Constituição Do Estado de São Paulo

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 25

Constituição do Estado de São Paulo:

Nesta parte do nosso curso, estudaremos regras afetas à natureza, estrutura, funções e
organização do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.
Sabe-se que o Tribunal de Contas não é órgão do Poder Judiciário, tampouco do Poder
legislativo. Segundo Asseverou o Min. Celso de Mello “os Tribunais de Contas ostentam
posição eminente na estrutura constitucional brasileira, não se achando subordinados, por
qualquer vínculo de ordem hierárquica, ao Poder Legislativo, de que não são órgãos
delegatários nem organismos de mero assessoramento técnico.
A competência institucional dos Tribunais de Contas não deriva, por isso mesmo, de delegação
dos órgãos do Poder Legislativo, mas traduz emanação que resulta, primariamente, da própria
Constituição da República”. (ADI 4190/2010)

Artigo 32 - A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do


Estado, das entidades da administração direta e indireta e das fundações instituídas ou
mantidas pelo Poder Público, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação de
subvenções e renúncia de receitas, será exercida pela Assembleia Legislativa, mediante
controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Parágrafo único - Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, de direito público ou de
direito privado que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores
públicos ou pelos quais o Estado responda, ou que, em nome deste, assuma obrigações de
natureza pecuniária.
Artigo 33 - O controle externo, a cargo da Assembleia Legislativa, será exercido com auxílio do
Tribunal de Contas do Estado, ao qual compete:
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Governador do Estado, mediante parecer
prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias, a contar do seu recebimento;
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores
públicos da administração direta e autarquias, empresas públicas e sociedades de economia
mista, incluídas as fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público estadual, e as contas
daqueles que derem perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário;
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer
título, na administração direta e autarquias, empresas públicas e empresas de economia
mista, incluídas as fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público, excetuadas as
nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de
aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o
fundamento legal do ato concessório;
IV - avaliar a execução das metas previstas no plano plurianual, nas diretrizes orçamentárias
e no orçamento anual;
V - realizar, por iniciativa própria, da Assembleia Legislativa, de comissão técnica ou de
inquérito, inspeções e auditoria de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, do
Ministério Público e demais entidades referidas no inciso II;
VI - fiscalizar as aplicações estaduais em empresas de cujo capital social o Estado participe de
forma direta ou indireta, nos termos do respectivo ato constitutivo;
VII - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados ao Estado e pelo Estado, mediante
convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres;
VIII - prestar as informações solicitadas pela Assembleia Legislativa ou por comissão técnica
sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre
resultados de auditorias e inspeções realizadas;
IX - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as
sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao
dano causado ao erário;
X - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato
cumprimento da lei, se verificada a ilegalidade;
XI - SUSTAR, se não atendido, a execução do ATO IMPUGNADO, comunicando a decisão à
Assembleia Legislativa;
XII - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados;
XIII - emitir parecer sobre a prestação anual de contas da administração financeira dos
Municípios, exceto a dos que tiverem Tribunal próprio;
XIV - comunicar à Assembleia Legislativa qualquer irregularidade verificada nas contas ou na
gestão públicas, enviando-lhe cópia dos respectivos documentos.
§1º - No caso DE CONTRATO, o ATO DE SUSTAÇÃO SERÁ ADOTADO DIRETAMENTE PELA
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo, as medidas
cabíveis.
§2º - Se a Assembleia Legislativa ou o Poder Executivo, NO PRAZO DE NOVENTA DIAS, não
efetivar as medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito.
§3º - O Tribunal encaminhará à Assembleia Legislativa, trimestral e anualmente, relatório de
suas atividades.
Artigo 34 - A Comissão a que se refere o artigo 33, inciso V, diante de indícios de despesas não
autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou de subsídios não
aprovados, poderá solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco
dias, preste os esclarecimentos necessários.
§1º - Não prestados os esclarecimentos, ou considerados esses, insuficientes, a Comissão
solicitará ao Tribunal pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta dias.
§2º - Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa
causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá à Assembleia Legislativa
sua sustação.
Artigo 35 - Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada,
sistema de controle interno com a finalidade de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos
programas de governo e dos orçamentos do Estado;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados quanto à eficácia e eficiência da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração estadual,
bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III - exercer o controle sobre o deferimento de vantagens e a forma de calcular qualquer
parcela integrante do subsídio, vencimento ou salário de seus membros ou servidores; (NR)
- Inciso III com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
IV - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e
haveres do Estado;
V - apoiar o controle externo, no exercício de sua missão institucional.
§1º - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer
irregularidade, ilegalidade, ou ofensa aos princípios do artigo 37 da Constituição Federal,
dela darão ciência ao Tribunal de Contas do Estado, SOB PENA DE RESPONSABILIDADE
SOLIDÁRIA.
§2º - Qualquer cidadão, partido político, associação ou entidade sindical é parte legítima para,
na forma da lei, denunciar irregularidades ao Tribunal de Contas ou à Assembleia Legislativa.
Artigo 36 - O Tribunal de Contas prestará suas contas, anualmente, à Assembleia Legislativa,
no prazo de sessenta dias, a contar da abertura da sessão legislativa.

No Estado de São Paulo, o Departamento de Controle e Avaliação, órgão ligado ao Gabinete


do Secretário da Fazenda, é responsável pela execução de ações de controle interno no
âmbito do Poder Executivo. Sua estrutura é definida pelo Decreto 64.152/2019. No tocante ao
Poder Judiciário Paulista, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo preocupado em
assegurar a legalidade, economicidade, eficiência, eficácia, dentre outros fatores relevantes
para o desempenho das gestões administrativas, criou a unidade de controle interno, através
da Resolução nº 504/2009 Finalizando, cumpre salientar que o controle interno é muito
parecido com o controle externo, em geral as atuações se equivalem, porém, deve-se
entender o controle interno como forma de auxílio ao controle externo (conforme o inciso V
do art. 35 da CE/SP).
Salienta-se que, tem o dever de prestar contas qualquer pessoa física ou jurídica, de direito
público ou de direito privado que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro,
bens e valores públicos ou pelos quais o Estado responda, ou que, em nome deste, assuma
obrigações de natureza pecuniária. (art. 32,parágrafo único).

Artigo 111 - A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes
do Estado, obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade,
razoabilidade, finalidade, motivação, interesse público e eficiência. (NR) – LIMPEFRIM
*:
Finalidade: segundo esse princípio, a norma administrativa deve ser interpretada e aplicada
da forma que melhor garanta a realização do fim público a que se dirige. Deve-se ressaltar
que o que explica, justifica e confere sentido a uma norma é precisamente a finalidade a que
se destina.
Razoabilidade: Consiste em agir com bom senso, prudência, moderação, tomar atitudes
adequadas e coerentes, levando-se em conta a relação de proporcionalidade entre os meios
empregados e a finalidade a ser alcançada, bem como as circunstâncias que envolvem a
pratica do ato
Interesse público: as atividades administrativas são desenvolvidas pelo Estado para benefício
da coletividade. O interesse público não pode ser visto como o interesse de uma maioria,
pois fere e marginaliza os interesses das minorias. Sua abordagem é, na realidade,
qualitativa, entendido como o interesse coletivo abstratamente considerado com base nos
valores constitucionais.
Motivação: determina que a autoridade administrativa deve apresentar as razões que a
levaram a tomar uma decisão.

Artigo 111-A - É vedada a nomeação de pessoas que se enquadram nas condições de


inelegibilidade nos termos da legislação federal para os cargos de Secretário de Estado,
Secretário-Adjunto, Procurador-Geral de Justiça, Procurador-Geral do Estado, Defensor
Público-Geral, Superintendentes e Diretores de órgãos da administração pública indireta,
fundacional, de agências reguladoras e autarquias, Delegado-Geral de Polícia, Reitores das
universidades públicas estaduais e ainda para todos os cargos de livre provimento dos
poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do Estado. (NR)
Artigo 112 - As leis e atos administrativos externos deverão ser publicados no órgão oficial do
Estado, para que produzam os seus efeitos regulares. A publicação dos atos não normativos
poderá ser resumida.
Artigo 113 - A lei deverá fixar prazos para a prática dos atos administrativos e estabelecer
recursos adequados à sua revisão, indicando seus efeitos e forma de processamento.
Artigo 114 - A administração é obrigada a fornecer a qualquer cidadão, para a defesa de seus
direitos e esclarecimentos de situações de seu interesse pessoal, no prazo máximo de dez
dias úteis, certidão de atos, contratos, decisões ou pareceres, sob pena de responsabilidade
da autoridade ou servidor que negar ou retardar a sua expedição. No mesmo prazo deverá
atender às requisições judiciais, se outro não for fixado pela autoridade judiciária.
Artigo 115 - Para a organização da administração pública direta e indireta, inclusive as
fundações instituídas ou mantidas por qualquer dos Poderes do Estado, é obrigatório o
cumprimento das seguintes normas:
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, o aprovado em concurso
público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos
concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo
efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos,
condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de
direção, chefia e assessoramento; (NR)
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical, obedecido o
disposto no artigo 8º da Constituição Federal;
VII - o servidor e empregado público gozarão de estabilidade no cargo ou emprego desde o
registro de sua candidatura para o exercício de cargo de representação sindical ou no caso
previsto no inciso XXIII deste artigo, até um ano após o término do mandato, se eleito, salvo se
cometer falta grave definida em lei;
VIII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; (NR)
IX - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para os portadores de
deficiências, garantindo as adaptações necessárias para a sua participação nos concursos
públicos e definirá os critérios de sua admissão (em geral entre 5 e 20%).
Devidamente reproduzido na CE/SP, o referido dispositivo constitucional, no ordenamento
jurídico paulista, foi disciplinado na Lei Complementar nº 683, de 18 de setembro de 1992.
Acerca do percentual mínimo a ser destinado às pessoas com deficiência, a legislação de
regência especial paulista assim dispõe:
Artigo 1º - O provimento de cargos e empregos públicos, nos órgãos e entidades da
administração direta, indireta e fundacional, obedecido o principio do concurso público de
provas ou de provas e títulos, far-se-á com reserva do percentual de até 5% (cinco por cento)
para pessoas portadoras de deficiência;
X - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado, para atender a
necessidade temporária de excepcional interesse público;
XI - a revisão geral anual da remuneração dos servidores públicos, sem distinção de índices
entre servidores públicos civis e militares, far-se-á sempre na mesma data e por lei específica,
observada a iniciativa privativa em cada caso; (NR)
Acerca do referido dispositivo, cabe destacar que, segundo entendimento do STF, o chefe do
Poder Executivo não está obrigado a apresentar anualmente projeto de lei com vistas a
conceder a revisão geral da remuneração dos servidores assegurada pela Constituição, mas
deve justificar ao Poder Legislativo as razões do não envio do projeto
XII - em conformidade com o artigo 37, XI, da Constituição Federal, a remuneração e o subsídio
dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e
fundacional, os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos
cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não
poderão exceder o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo , o subsídio
dos Deputados Estaduais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores
do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do
subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do
Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores
e aos Defensores Públicos; (NR) – questão da limitação desembargador federal.
XIII - até que se atinja o limite a que se refere o inciso anterior, é vedada a redução de salários
que implique a supressão das vantagens de caráter individual, adquiridas em razão de tempo
de serviço, previstas no artigo 129 desta Constituição. Atingido o referido limite, a redução se
aplicará independentemente da natureza das vantagens auferidas pelo servidor;
XIV - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser
superiores aos pagos pelo Poder Executivo;
XV - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito
de remuneração de pessoal do serviço público, observado o disposto na Constituição Federal;
(NR)
- Inciso XV com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
XVI - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem
acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores sob o mesmo título ou idêntico
fundamento;
"as vantagens pecuniárias não incidem "em cascata" (cumulativamente, uma sobre outras). Ou
seja, o valor do vencimento-base constitui o parâmetro para o cálculo das vantagens, sem que
uma incida sobre a outra". (JUSTEN FILHO, Marçal, Curso de Direito Administrativo, Ed.
Saraiva, São Paulo, 2005, p. 635)
XVII - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são
irredutíveis, observado o disposto na Constituição Federal; (NR)
- Inciso XVII com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
XVIII - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver
compatibilidade de horários:
a) de dois cargos de professor;
b) de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas; (NR)
- Alínea “c” com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
O referido dispositivo regulamenta as hipóteses de acumulação de cargos, que sempre
dependerá da compatibilidade de horários. Temos mais 6 (seis) hipóteses constitucionais de
acumulação de cargos públicos, quais seja:
• Servidor investido no cargo de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as
vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo.
(Art. 38, inciso III, da CF/88);
• Os magistrados podem acumular suas atribuições com uma de magistério público (art. 95,
parágrafo único, inciso I, da CF/88);
• Os membros do Ministério Público podem acumular suas atribuições com uma de magistério
público (art. 128, § 5º, inciso II, alínea “d”, da CF/88);
• Os Ministros dos Tribunais de Contas podem acumular suas atribuições com uma de
magistério público (art. 73, § 3º da CF/88);
• O militar da área de saúde pode acumular, no âmbito civil, cargo ou emprego privativos de
profissionais de saúde, com profissões regulamentadas (art. 142, § 3º, inciso VIII, da CF/88);
• Os militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, nos termos do art. 42, §3º, da
CF/88, poderão acumular os respectivos cargos com:
➢um cargo de professor;
➢um cargo técnico ou científico; ou
➢um cargo ou emprego privativo de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.
XIX - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias,
fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades
controladas, direta ou indiretamente, pelo Poder Público; (NR)
- Inciso XIX com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
XX - a administração fazendária e seus agentes fiscais de rendas, aos quais compete exercer,
privativamente, a fiscalização de tributos estaduais, terão, dentro de suas áreas de
competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da
lei;
XX-A - a administração tributária, atividade essencial ao funcionamento do Estado, exercida
por servidores de carreiras específicas, terá recursos prioritários para a realização de suas
atividades e atuará de forma integrada com as administrações tributárias da União, de outros
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, inclusive com o compartilhamento de cadastros
e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio; (NR)
- Inciso XX-A acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
XXI - a criação, transformação, fusão, cisão, incorporação, privatização ou extinção das
sociedades de economia mista, autarquias, fundações e empresas públicas depende de prévia
aprovação da Assembleia Legislativa;
XXII - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das
entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em
empresa privada;
Segundo o Supremo, para satisfazer a exigência do inciso XX do art. 37 da CF, que é idêntico
ao do art. 115, inciso XXII, da CE/SP, é suficiente que haja um dispositivo genérico
autorizando a instituição de subsidiárias na própria lei que criou a entidade da administração
indireta matriz. A mesma interpretação deve ser dada à parte final do dispositivo, referente
à participação no capital de empresas privadas.
Deste modo, por exemplo, caso a lei que autorizou a criação de determinada empresa
pública ou sociedade de economia mista também autorize, de forma genérica, que essas
entidades criem subsidiárias ou adquiram participações societárias em outras empresas, não
há necessidade de nova autorização legislativa para cada subsidiária que se pretenda criar
ou para cada participação societária que se pretenda adquirir. Portanto, vê-se que, em
relação à especificidade da lei, a orientação é diferente quando se compara, de um lado, a
criação das entidades matriz e, de outro, a instituição das respectivas subsidiárias e a
participação no capital de empresas privadas. No primeiro caso, o dispositivo legal deve ser
específico; no segundo, pode ser genérico.
XXIII - fica instituída a obrigatoriedade de um Diretor Representante e de um Conselho de
Representantes, eleitos pelos servidores e empregados públicos, nas autarquias, sociedades
de economia mista e fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público, cabendo à lei
definir os limites de sua competência e atuação;
XXIV - é obrigatória a declaração pública de bens, antes da posse e depois do desligamento,
de todo o dirigente de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia e fundação
instituída ou mantida pelo Poder Público;
XXV - os órgãos da administração direta e indireta ficam obrigados a constituir Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA - e, quando assim o exigirem suas atividades,
Comissão de Controle Ambiental, visando à proteção da vida, do meio ambiente e das
condições de trabalho dos seus servidores, na forma da lei;
XXVI - ao servidor público que tiver sua capacidade de trabalho reduzida em decorrência de
acidente de trabalho ou doença do trabalho será garantida a transferência para locais ou
atividades compatíveis com sua situação;
XXVII - é vedada a estipulação de limite de idade para ingresso por concurso público na
administração direta, empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia e fundações
instituídas ou mantidas pelo Poder Público, respeitando-se apenas o limite constitucional
para aposentadoria compulsória; O entendimento do STF não é da vedação absoluta, pode
se tiver previsão expressa em Lei, no edital e atendido os princípios da racionalidade e
proporcionalidade em razão das naturezas da atribuição do cargo.
XXVIII - os recursos provenientes dos descontos compulsórios dos servidores públicos, bem
como a contrapartida do Estado, destinados à formação de fundo próprio de previdência,
deverão ser postos, mensalmente, à disposição da entidade estadual responsável pela
prestação do benefício, na forma que a lei dispuser;
XXIX - a administração pública direta e indireta, as universidades públicas e as entidades de
pesquisa técnica e científica oficiais ou subvencionadas pelo Estado prestarão ao Ministério
Público o apoio especializado ao desempenho das funções da Curadoria de Proteção de
Acidentes do Trabalho, da Curadoria de Defesa do Meio Ambiente e de outros interesses
coletivos e difusos.
§1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas da administração pública
direta, indireta, fundações e órgãos controlados pelo Poder Público deverá ter caráter
educacional, informativo e de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos e
imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
§2º - É vedada ao Poder Público, direta ou indiretamente, a publicidade de qualquer natureza
fora do território do Estado, para fins de propaganda governamental, exceto às empresas que
enfrentam concorrência de mercado e divulgação destinada a promover o turismo estadual.
(NR)
- § 2º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 21/10/2009.
§3º - A inobservância do disposto nos incisos II, III e IV (Concurso Público)deste artigo
implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei.
§4º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado, prestadoras de serviços
públicos, responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
§5º - As entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas ou
mantidas pelo Poder Público, o Ministério Público, bem como os Poderes Legislativo e
Judiciário, publicarão, até o dia trinta de abril de cada ano, seu quadro de cargos e funções,
preenchidos e vagos, referentes ao exercício anterior.
§6º - É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes dos
artigos 40, 42 e 142 da Constituição Federal e dos artigos 126 e 138 desta Constituição com a
remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na
forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de
livre nomeação e exoneração. (NR)
§7º - Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XII
do "caput" deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei. (NR)
§8º - Para os fins do disposto no inciso XII deste artigo e no inciso XI do artigo 37 da
Constituição Federal, poderá ser fixado no âmbito do Estado, mediante emenda à presente
Constituição, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do Tribunal de
Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal
dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos
subsídios dos Deputados Estaduais. (NR)
- §§ 6º ao 8º acrescentados pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
§ 9º - O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado para exercício de
cargo cujas atribuições e responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que tenha
sofrido em sua capacidade física ou mental enquanto permanecer nessa condição, desde que
possua a habilitação e o nível de escolaridade exigidos para o cargo de destino, mantida a
remuneração do cargo de origem. (NR)
§ 10 - A aposentadoria concedida com a utilização de tempo de contribuição decorrente de
cargo, emprego ou função pública, inclusive do Regime Geral de Previdência Social,
acarretará o rompimento do vínculo que gerou o referido tempo de contribuição. (NR)
- §§ 9º e 10 acrescentados pela Emenda Constitucional nº 49, de 06/03/2020.
Artigo 116 - Os vencimentos, vantagens ou qualquer parcela remuneratória, pagos com
atraso, deverão ser corrigidos monetariamente, de acordo com os índices oficiais aplicáveis à
espécie.

Artigo 117 - Ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e


alienações serão contratados mediante processo de licitação pública, que assegure igualdade
de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de
pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente
permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do
cumprimento das obrigações.
Parágrafo único - É vedada à administração pública direta e indireta, inclusive fundações
instituídas ou mantidas pelo Poder Público, a contratação de serviços e obras de empresas que
não atendam às normas relativas à saúde e segurança no trabalho.
Artigo 118 - As licitações de obras e serviços públicos deverão ser precedidas da indicação do
local onde serão executados e do respectivo projeto técnico completo (BASICO +
EXECUTIVO) , que permita a definição precisa de seu objeto e previsão de recursos
orçamentários, sob pena de invalidade da licitação.
Parágrafo único - Na elaboração do projeto mencionado neste artigo, deverão ser atendidas
as exigências de proteção do patrimônio histórico-cultural e do meio ambiente, observando-
se o disposto no § 2º do artigo 192 desta Constituição.
Artigo 192 - A execução de obras, atividades, processos produtivos e empreendimentos e a
exploração de recursos naturais de qualquer espécie, quer pelo setor público, quer pelo
privado, serão admitidas se houver resguardo do meio ambiente ecologicamente
equilibrado.
(...)
§2º - A licença ambiental, renovável na forma da lei, para a execução e a exploração
mencionadas no “caput” deste artigo, quando potencialmente causadoras de significativa
degradação do meio ambiente, será sempre precedida, conforme critérios que a legislação
especificar, da aprovação do Estudo Prévio de Impacto Ambiental e respectivo relatório a
que se dará prévia publicidade, garantida a realização de audiências públicas.
Artigo 119 - Os serviços concedidos ou permitidos ficarão sempre sujeitos à regulamentação
e fiscalização do Poder Público e poderão ser retomados quando não atendam
satisfatoriamente aos seus fins ou às condições do contrato.
Parágrafo único - Os serviços de que trata este artigo não serão subsidiados pelo Poder
Público, em qualquer medida, quando prestados por particulares.
Artigo 120 - Os serviços públicos serão remunerados por tarifa previamente fixada pelo
órgão executivo competente, na forma que a lei estabelecer.
Artigo 121 - Órgãos competentes publicarão, com a periodicidade necessária, os preços
médios de mercado de bens e serviços, os quais servirão de base para as licitações realizadas
pela administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas ou mantidas pelo Poder
Público.
Artigo 122 - Os serviços públicos, de natureza industrial ou domiciliar, serão prestados aos
usuários por métodos que visem à melhor qualidade e maior eficiência e à modicidade das
tarifas.
De início, vale esclarecer que taxa é um tributo, previsto no art. 145, II da CF, portanto,
instituída unilateralmente pelo Estado, compelindo o particular a efetuar seu pagamento,
quando há uma atuação específica do Estado, seja na restrição (poder de polícia) ou no
acréscimo de um direito (serviço público). Serão objeto de taxas de acordo com o art. 77 do
Código Tributário Nacional, os serviços:
a) Quando utilizados de forma efetiva ou potencial (art. 79, I, "a" e
"b") e b) Quando forem específicos e divisíveis.
Portanto, taxa é o tributo cobrado de alguém que se utiliza de serviço público especial e
divisível, de caráter administrativo ou jurisdicional, ou o tem à sua disposição, e ainda
quando provoca em seu benefício, ou por ato seu, despesa especial dos cofres públicos.
Utilização efetiva é quando o usuário realmente frui o serviço. Neste caso, a taxa só poderá
incidir se houver fruição efetiva e comprovada.
A taxa de serviço fruído decorre da facultatividade da utilização do serviço pelo o
contribuinte, ou seja, ele não será compelido a utiliza-lo.
Utilização potencial é quando a simples disponibilidade do serviço ao contribuinte autorizará
a tributação, ou seja, será a Taxa por serviço fruível.
São os serviços, que por força legal, serão de utilização compulsória, ou seja, os quais o
Estado compele os administrados a utilizar, através do pagamento. A Lei irá impor a
compulsoriedade sempre que o interesse público, constitucionalmente, o exigir, ou seja,
quando a utilização for imprescindível
A saúde pública, por exemplo, é um valor relevante, que torna obrigatório o uso do serviço
de água encanada e coleta de lixo. Isso significa que ainda que o contribuinte terá que pagar
por eles ainda que não use de fato, já que o tributo incide ainda mesmo sem utilização
efetiva, como forma de compelir sua fruição. Significa dizer que se trata de um serviço
obrigatório por imposição legal, que só admitirá a cobrança por taxa, não por tarifa.
Outra diferenciação a ser feita quanto aos serviços públicos, para o estudo da taxa, é quanto
ao caráter de especificidade e divisibilidade. Serviço Público Específico é aquele prestado a
uma categoria delimitada de usuários. Está previsto no art. 79, inciso II do CTN, que define
"Consideram-se específicos os serviços públicos quando passam a ser destacados em
unidades autônomas de intervenção, de utilidade ou de necessidade públicas", isso quer
dizer que serviço específico é aquele que é prestado de forma própria, não genérica. Por
exemplo, o serviço de coleta de lixo, o serviço de coleta de esgoto, entre outros.
Serviço divisível é aquele que pode ser mensurado, medido, ter sua quantidade aferida por
algum instrumento, ser prestado de forma individualizada ao usuário. Está capitulado no art.
79, III do CTN. Entendem-se divisíveis, os serviços quando suscetíveis de utilização,
separadamente, por parte de cada um dos usuários.
A ideia que está por trás da taxa de serviço é a de que, como apenas uma pessoa em
particular é beneficiada por aquela atuação, não seria justo utilizar o dinheiro advindo dos
impostos, que são pagos por todos sem nenhum retorno específico, para beneficiar apenas
um cidadão. Também por isso, a taxa apenas é exigida daquela pessoa que se beneficiar de
um serviço público específico e divisível. Quem não for, não precisará pagar nenhuma taxa.
Já a Tarifa mencionada no art. 120 da CE/SP, também conhecida como preço público, é o
valor cobrado pela prestação de serviços públicos por empresas públicas, sociedades de
economia mista , empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos (art. 2° e
3° do Código de Defesa do Consumidor).
Aqui, o Estado também presta serviço público, mas por meio dos órgãos da administração
indireta, ao contrário do tributo taxa, cobrado pelos órgãos da Administração Direta, que
podem, inclusive, celebrar contratos administrativos para a prestação de serviços taxados.
Tarifa é um instituto típico de direito privado, existente em uma relação de consumo, em
que há a autonomia da vontade, a liberdade de contratar e de discutir cláusulas e condições
de contrato, ou seja, do pacta sunt servanda.
Parágrafo único - Cabe ao Estado explorar diretamente, ou mediante concessão, na forma da
lei, os serviços de gás canalizado em seu território, incluído o fornecimento direto a partir de
gasodutos de transporte, de maneira a atender às necessidades dos setores industrial,
domiciliar, comercial, automotivo e outros. (NR).

Dos Servidores Públicos do Estado


Dos Servidores Públicos Civis
(...)
Assim, a CE/SP reconhece aos servidores do Estado ocupantes de cargo público, alguns
direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, incluídos os trabalhadores domésticos, quais
sejam:
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas
necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde,
lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe
preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
(...)
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração
variável;
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da
aposentadoria;
X – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos
da lei;
(...) XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou
convenção coletiva de trabalho;
(...)
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à
do normal;
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário
normal;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e
vinte dias;
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos
termos da lei; (...)
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores e dezoito e de
qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de
quatorze anos;
(...)
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão
por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

§ 5º - É vedada a incorporação de vantagens de caráter temporário ou vinculadas ao


exercício de função de confiança ou de cargo em comissão à remuneração do cargo efetivo.
(NR)
Artigo 125 - O exercício do mandato eletivo por servidor público far-se-á com observância do
artigo 38 da Constituição Federal.
§1º - Fica assegurado ao servidor público, eleito para ocupar cargo em sindicato de
categoria, o direito de afastar-se de suas funções, durante o tempo em que durar o
mandato, recebendo seus vencimentos e vantagens, nos termos da lei.
§2º - O tempo de mandato eletivo será computado para fins de aposentadoria especial.

Artigo 126 - O Regime Próprio de Previdência Social dos servidores titulares de cargos
efetivos terá caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do Estado de São Paulo,
de servidores ativos, de aposentados e de pensionistas , observados critérios que preservem
o equilíbrio financeiro e atuarial. (NR)

A São Paulo Previdência - SPPREV é a entidade gestora única do Regime Próprio de


Previdência dos Servidores Públicos titulares de cargos efetivos - RPPS e do Regime Próprio
de Previdência dos militares do Estado de São Paulo - RPPM, criada nos termos da Lei
Complementar nº 1.010/2007.
São segurados do RPPS e do RPPM do Estado de São Paulo, administrados pela SPPREV:
• os titulares de cargos efetivos;
• os membros da Polícia Militar do Estado;
• servidores titulares de cargos vitalícios, efetivos e militares, da Administração direta e
indireta;
• os servidores titulares de cargos efetivos da Assembleia Legislativa, do Tribunal de Contas
do Estado e seus Conselheiros, das Universidades, do Poder Judiciário e seus membros, e do
Ministério Público e seus membros, da Defensoria Pública e seus membros;
• os servidores ativos e inativos admitidos, até a data de 1º de junho de 2007, com
fundamento nos incisos I e II do artigo 1º da Lei nº 500, de 13 de novembro de 1974.
A SPPREV tem por finalidade administrar o Regime Próprio de Previdência dos Servidores
Públicos titulares de cargos efetivos - RPPS e o Regime Próprio de Previdência dos Militares
do Estado de São Paulo - RPPM.

§ 1º - Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão
aposentados: (NR)
1 - por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em que estiver investido, quando
insuscetível de readaptação, hipótese em que será obrigatório realizar avaliações periódicas
para verificar a continuidade das condições que ensejaram a concessão da aposentadoria, na
forma da lei; (NR)

Além disso, é importante que você saiba que a aposentadoria por incapacidade permanente
do servidor público não tem carência.
Significa dizer que não importa quantas contribuições foram feitas ao sistema antes da
incapacidade, para ter acesso ao benefício. Diferentemente do que ocorre aos trabalhadores
na iniciativa privada, que precisam ter cumprido carência de 12 meses.
Portanto, os requisitos são:
a) ser servidor público;
b) estar incapacitado física ou mentalmente;
c) não ser possível a readaptação em atividades compatíveis com a limitação, qualificação e
habilitação do servidor

Após a reforma da previdência (EC 103/2019), os servidores serão aposentados por


incapacidade permanente com proventos proporcionais ao seu tempo de contribuição, no
entanto a média aritmética simples será de 100% das contribuições desde julho de 1994, não
há mais o descarte das 20% menores contribuições.
Feita a média aritmética simples, será necessário verificar se a incapacidade que gerou a
aposentação tem origem em doença ocupacional ou acidente do trabalho, ou se teve origem
em doença comum ou mesmo doença grave.
No primeiro caso (doença ocupacional ou acidente de trabalho), os proventos de
aposentadoria serão correspondentes a essa média aritmética.
Já para as aposentadorias geradas por doenças comuns ou graves, primeiro far-se-á a média
de 100% das contribuições desde julho de 1994, e sobre a média se aplicará 60% para o caso
do servidor que tenha contribuído por até 20 anos, somando-se 2% a cada ano de
contribuição que exceder aos 20 anos.
Desta forma, é possível perceber que agora o servidor público somente perceberá
aposentadoria integral, que representará 100% da média de suas remunerações da ativa,
desde julho de 1994 quando:
a) sua incapacidade tiver se dado por doença comum, mas o servidor já tiver contribuído 40
anos antes de se incapacitar;
b) se a sua incapacidade tiver se dado em razão de acidente de trabalho; ou
c) se a sua incapacidade tiver se dado em razão de doença ocupacional. A regra que garante
que a aposentadoria do servidor público civil nunca seja inferior a ⅓ de sua remuneração na
ativa, permanece em vigor.

2 - compulsoriamente, nos termos do artigo 40, § 1º, inciso II, da Constituição Federal; (NR)
A CE/SP, alinhada ao que dispõe a CRFB (inciso II, do § 1º, do art. 40), prevê que os
servidores serão aposentados compulsoriamente em duas possíveis situações:
B.1) Aos 70 anos de idade;
B.2) Aos 75 anos de idade na forma de lei complementar federal
A LC n. 152/2015 dispõe sobre a aposentadoria compulsória por
idade. Veja-se:
Art. 2º Serão aposentados compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de
contribuição, aos 75 (setenta e cinco) anos de idade:
I - os servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, incluídas suas autarquias e fundações;
II - os membros do Poder Judiciário;
III - os membros do Ministério Público;
IV - os membros das Defensorias Públicas;
V - os membros dos Tribunais e dos Conselhos de Contas
Importante: o servidor será aposentado compulsoriamente por idade (70 anos ou 75 anos)
com proventos proporcionais.

3 - voluntariamente, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, e aos 65 (sessenta e


cinco) anos de idade, se homem, observados o tempo de contribuição e os demais requisitos
estabelecidos em lei complementar. (NR)

Mulher: 62 (sessenta e dois) anos de idade + tempo de contribuição + demais requisitos


estabelecidos em lei complementar.
• Homem: 65 (sessenta e cinco anos) de idade + tempo de contribuição + demais requisitos
estabelecidos em lei complementar.
Alinhada às novas regras constitucionais estabelecidas por meio da EC 103/2019, a CE/SP
não especifica as regras para aposentadoria voluntária com proventos proporcionais ou com
proventos integrais, tampouco, menciona o requisito de cumprimento mínimo de 10 nos de
efetivo exercício no serviço público e 05 anos no cargo efetivo em que se dará a
aposentadoria.

§ 2º - Os proventos de aposentadoria não poderão ser inferiores ao valor mínimo a que se


refere o § 2º do artigo 201 da Constituição Federal ou superiores ao limite máximo
estabelecido para o Regime Geral de Previdência Social, quanto aos servidores abrangidos
pelos §§ 14, 15 e 16. (NR)
§ 4º - É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de
benefícios no regime próprio previsto no “caput”, ressalvados, nos termos definidos em lei
complementar, os casos de aposentadoria de servidores: (NR)
1 - com deficiência; (NR)
2 - integrantes das carreiras de Policial Civil, Polícia Técnico Científica, Agente de Segurança
Penitenciária e Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária; (NR)
3 - que exerçam atividades com efetiva exposição a agentes nocivos químicos, físicos e
biológicos prejudiciais à saúde, ou à associação desses agentes, não se permitindo a
caracterização por categoria profissional ou ocupação. (NR)

§ 5º - Os ocupantes do cargo de professor terão a idade mínima reduzida em 5 (cinco) anos


em relação àquelas previstas no item 3 do § 1º, desde que comprovem tempo de efetivo
exercício das funções de magistério na educação infantil, no ensino fundamental ou no
médio, nos termos fixados em lei complementar. (NR)
§ 6º - Declarado inconstitucional, em controle concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal.
§ 6º-A - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma da
Constituição Federal, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta de
Regime Próprio de Previdência Social, aplicando-se outras vedações, regras e condições para
a acumulação de benefícios previdenciários estabelecidas no Regime Geral de Previdência
Social. (NR)
§ 7º - A pensão por morte dos servidores de que trata o item 2 do § 4º, será concedida de
forma diferenciada, nos termos da lei. (NR)
§ 8º - Declarado inconstitucional, em controle concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal.
§ 8º-A - É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter
permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei. (NR)
§ 9º - O tempo de contribuição federal, estadual, distrital ou municipal será contado para
fins de aposentadoria, observado o disposto nos §§ 9º e 9º-A do artigo 201 da Constituição
Federal, e o tempo de serviço correspondente será contado para fins de disponibilidade.
(NR)
§ 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição
fictício. (NR)
O Regime de Previdência Complementar - RPC tem por finalidade proporcionar ao
trabalhador uma proteção previdenciária adicional àquela oferecida pelo Regime Geral de
Previdência Social – RGPS ou pelo Regime Próprio de Previdência Social – RPPS, para os quais
as contribuições dos trabalhadores são obrigatórias.
A adesão ao RPC é facultativa e desvinculada da previdência pública (RGPS e RPPS),
conforme previsto no art. 202 da Constituição Federal.
Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma
autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na
constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por lei
complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

- § 10 acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.


§ 11 - Aplica-se o limite fixado no artigo 115, XII, desta Constituição e do artigo 37, XI, da
Constituição Federal à soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando
decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades
sujeitas a contribuição para o regime geral de previdência social, e ao montante resultante
da adição de proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma
desta Constituição, cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e
de cargo eletivo. (NR) – Professor apresentou entendimento sobre acumulação de cargos na
atividade pacifico que ok, na inatividade problemática.
§ 12 - Além do disposto neste artigo, serão observados no Regime Próprio de Previdência
Social, no que couber, os requisitos e os critérios fixados para o Regime Geral de Previdência
Social. (NR)

Sobre o § 11 do art. 126 da CE/SP, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em
06/08/2020, que o teto constitucional remuneratório deve incidir sobre a soma do benefício
de pensão com a remuneração ou os proventos de aposentadoria recebidos pelo servidor
público. A decisão, por maioria de votos, ocorreu no julgamento do Recurso Extraordinário
(RE) 602584, com repercussão geral (Tema 359):
Tese: Ocorrida a morte do instituidor da pensão em momento posterior ao da Emenda
Constitucional nº 19/1998, o teto constitucional previsto no inciso XI do artigo 37 da
Constituição Federal incide sobre o somatório de remuneração ou provento e pensão
percebida por servidor. (RE 602584 RG, Relator(a): MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado
em 06/08/2020).
A Fundação de Previdência Complementar do Estado de São Paulo (Prevcom) foi criada pela
Lei 14.653, de 22 de dezembro de 2011, com a atribuição de administrar o Regime de
Previdência Complementar de servidores públicos de São Paulo e, desde 2017, tem
autorização para gerir planos de outros estados e municípios da federação (Lei nº 16.391).
A Prevcom é uma entidade fechada, sem fins lucrativos e com autonomia administrativa,
financeira, patrimonial e de gestão de recursos humanos. É regida por Estatuto Social e
administrada conjuntamente por um Conselho Deliberativo, um Conselho Fiscal e uma
Diretoria Executiva.
O Regime de Previdência Complementar do Estado de São Paulo fixou um limite máximo
para a concessão de aposentadorias e pensões pagas pelo Regime Próprio igual ao do teto
do Regime Geral de Previdência Social (RGPS).
Por meio da Prevcom o servidor pode contribuir mensalmente com um percentual do seu
salário e contar com a contrapartida do Estado para a formação de sua reserva financeira. O
objetivo fundamental é garantir um benefício seguro de aposentadoria aos seus
participantes
§ 13 - Ao agente público ocupante exclusivamente de cargo em comissão declarado em lei de
livre nomeação e exoneração, de outro cargo temporário - inclusive aos detentores de
mandato eletivo - ou de emprego público, aplica-se o Regime Geral de Previdência Social.
(NR)
§ 14 - O Estado, desde que institua regime de previdência complementar para os seus
respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderá fixar, para o valor das
aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite
máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o
artigo 201 da Constituição Federal. (NR)
§ 15 - O Regime de Previdência Complementar de que trata o § 14 oferecerá plano de
benefícios somente na modalidade contribuição definida, observará o disposto no artigo 202
da Constituição Federal e será efetivado por intermédio de entidade fechada de previdência
complementar. (NR)
§ 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser
aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato
de instituição do correspondente regime de previdência complementar. (NR)
§ 17 - Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do benefício previsto no
§3° serão devidamente atualizados, na forma da lei. (NR)
§ 18 - Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo
regime de que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os
benefícios do regime geral de previdência social de que trata o artigo 201 da Constituição
Federal, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos.
(NR)
§ 19 - Observados os critérios a serem estabelecidos em lei, o servidor titular de cargo
efetivo que tenha completado as exigências para a aposentadoria voluntária e que opte por
permanecer em atividade poderá fazer jus a um abono de permanência equivalente, no
máximo, ao valor da sua contribuição previdenciária, até completar a idade para
aposentadoria compulsória. (NR)
§ 20 - Fica vedada a existência de mais de um Regime Próprio de Previdência Social para os
servidores titulares de cargos efetivos e de mais de um órgão ou entidade gestora desse
regime, abrangidos todos os Poderes, os órgãos e as entidades autárquicas e fundacionais,
que serão responsáveis pelo seu financiamento, observados os critérios, os parâmetros e a
natureza jurídica definidos em lei complementar federal. (NR)
§ 21 - O rol de benefícios do Regime Próprio de Previdência Social fica limitado às
aposentadorias e à pensão por morte. (NR)
§ 22 - O servidor, após noventa dias decorridos da apresentação do pedido de aposentadoria
voluntária, instruído com prova de ter cumprido os requisitos necessários à obtenção do
direito, poderá cessar o exercício da função pública, independentemente de qualquer
formalidade. (NR)
Artigo 127 - Aplica-se aos servidores públicos estaduais, para efeito de estabilidade, o
disposto no artigo 41 da Constituição Federal.

Segundo o STF, como regra geral, os empregados públicos não fazem jus à estabilidade
prevista no art. 41 da CF, salvo aqueles admitidos em período anterior ao advento da EC
19/1998
É importante deixar claro que o STF, excepcionalmente, só reconhece estabilidade aos
empregados públicos (CLT) que a adquiriram até a entrada em vigor da Emenda
Constitucional nº 19/1998. Antes dessa Emenda, o texto do art. 41 da CRFB era:
“Art. 41 – São estáveis, após dois anos de efetivo exercício, os servidores nomeados em
virtude de concurso público.”
Nota-se que sob a vigência desse texto, não havia distinção entre empregados e estatutários
para obtenção de estabilidade. Com o advento da EC 19/1998, o texto passou a ser:
"Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo
de provimento efetivo em virtude de concurso público.".
Tal redação limitou a estabilidade aos servidores estatutários efetivos.

O rol do § 1º do art. 41 da CRFB prevê que o servidor perderá o cargo em virtude de sentença
judicial transitada em julgado. Seria melhor que se tivesse utilizado a expressão “decisão”,
pois a perda do cargo pode decorrer também de acórdão transitado em julgado (condenação
em segunda instância após absolvição na primeira, p.ex.); e a condenação pode ocorrer na
esfera penal (crime contra a administração pública, p. ex.) ou cível-administrativa
(improbidade administrativa).
A segunda hipótese se refere a processo administrativo, em que lhe seja assegurada ampla
defesa. O processo administrativo disciplinar está regulado na Lei n. 8.112/1990, nos arts.
143/182, para os servidores públicos federais, e na Lei n. 10.261/1968, nos arts. 274 ao 311,
para os servidores públicos paulistas.
O terceiro caso previsto no artigo 42 decorre de inabilitação em procedimento de avaliação
periódica de desempenho, na forma de lei complementar.
Trata-se de uma forma de implementar o princípio da eficiência, tornando possível à
Administração exonerar (pois essa perda do cargo não tem caráter punitivo) o servidor que,
estável, não mais corresponda às atribuições exigidas para o cargo.
Sobre a temática, três enunciados de Súmulas do STF se destacam:
Súmula 19: É inadmissível segunda punição de servidor público, baseada no mesmo processo
em que se fundou a primeira.
Súmula 20: É necessário processo administrativo com ampla defesa, para demissão de
funcionário admitido por concurso.
Súmula 21: Funcionário em estágio probatório não pode ser exonerado nem demitido sem
inquérito ou sem as formalidades legais de apuração de sua capacidade.
Caso a demissão do servidor estável seja invalidada por sentença judicial, ele será reintegrado
na administração pública, conforme previsão contida no art. 136 da CE/SP.
Artigo 136 - O servidor público civil demitido por ato administrativo, se absolvido pela Justiça,
na ação referente ao ato que deu causa à demissão, será reintegrado ao serviço público, com
todos os direitos adquiridos.
Na hipótese de reintegração o servidor receberá os vencimentos devidos:
a) desde a data do ajuizamento da ação, em caso de impetração de mandado de segurança
(MS 200600801481 - STJ); ou
b) desde a data de demissão/exoneração, em caso de ajuizamento de ação ordinária que
obedeça o rito comum
(AgRg no AI nº 640138 - STJ)
Artigo 128 - As vantagens de qualquer natureza só poderão ser instituídas por lei e quando
atendam efetivamente ao interesse público e às exigências do serviço.
Artigo 129 - Ao servidor público estadual é assegurado o percebimento do adicional por
tempo de serviço, concedido no mínimo por quinquênio, e vedada a sua limitação, bem
como a sexta-parte dos vencimentos integrais, concedida aos vinte anos de efetivo exercício,
que se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos, observado o disposto no artigo
115, XVI, desta Constituição.

Parágrafo único - O disposto no “caput” não se aplica aos servidores remunerados por
subsídio, na forma da lei. (NR)

- Parágrafo único acrescentado pela Emenda Constitucional nº 49, de 06/03/2020.


Artigo 130 - Ao servidor será assegurado o direito de remoção para igual cargo ou função, no
lugar de residência do cônjuge, se este também for servidor e houver vaga, nos termos da
lei.
Parágrafo único - O disposto neste artigo aplica-se também ao servidor cônjuge de titular de
mandato eletivo estadual ou municipal.
Artigo 131 - O Estado responsabilizará os seus servidores por alcance e outros danos
causados à administração, ou por pagamentos efetuados em desacordo com as normas
legais, sujeitando-os ao sequestro e perdimento dos bens, nos termos da lei.

Artigo 132 - Os servidores titulares de cargos efetivos do Estado, incluídas suas autarquias e
fundações, desde que tenham completado cinco anos de efetivo exercício, terão computado,
para efeito de aposentadoria, nos termos da lei, o tempo de contribuição ao regime geral de
previdência social decorrente de atividade de natureza privada, rural ou urbana, hipótese
em que os diversos sistemas de previdência social se compensarão financeiramente,
segundo os critérios estabelecidos em lei. (NR)
- Artigo 132 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 133 - Revogado.

- Artigo 133 revogado pela Emenda Constitucional nº 49, de 06/03/2020, assegurada a


concessão das incorporações que, na data da promulgação da Emenda Constitucional nº 103,
de 12/11/2019, tenham cumprido os requisitos temporais e normativos previstos na
legislação então vigente.

Artigo 134 - O servidor, durante o exercício do mandato de vereador, será inamovível.

Artigo 135 - Ao servidor público titular de cargo efetivo do Estado será contado, como
efetivo exercício, para efeito de aposentadoria e disponibilidade, o tempo de contribuição
decorrente de serviço prestado em cartório não oficializado, mediante certidão expedida
pela Corregedoria-Geral da Justiça. (NR)
- Artigo 135 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 136 - O servidor público civil demitido por ato administrativo, se absolvido pela
Justiça, na ação referente ao ato que deu causa à demissão, será reintegrado ao serviço
público, com todos os direitos adquiridos.
Artigo 137 - A lei assegurará à servidora gestante mudança de função, nos casos em que for
recomendado, sem prejuízo de seus vencimentos ou salários e demais vantagens do cargo
ou função-atividade. – MUDANÇA DE FUNÇÃO NÃO SE CONFUNDE COM MUDANÇA DE
CARGO.
Dos Servidores Públicos Militares
Artigo 138 - São servidores públicos militares estaduais os integrantes da Polícia Militar do
Estado.
§1º - Aplica-se, no que couber, aos servidores a que se refere este artigo, o disposto no
artigo 42 da Constituição Federal.
§2º - Naquilo que não colidir com a legislação específica, aplica-se aos servidores
mencionados neste artigo o disposto na seção anterior.
§3º - O servidor público militar demitido por ato administrativo, se absolvido pela Justiça, na
ação referente ao ato que deu causa à demissão, será reintegrado à Corporação com todos
os direitos restabelecidos.
§4º - O oficial da Polícia Militar só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do
Oficialato ou com ele incompatível, por decisão do Tribunal de Justiça Militar do Estado.
§5º - O oficial condenado na Justiça comum ou militar à pena privativa de liberdade superior
a dois anos, por sentença transitada em julgado, será submetido ao julgamento previsto no
parágrafo anterior.
§6º - O direito do servidor militar de ser transferido para a reserva ou ser reformado será
assegurado, ainda que respondendo a inquérito ou processo em qualquer jurisdição, nos
casos previstos em lei específica.

E os integrantes do Corpo de Bombeiros Militar de São Paulo? Eles não são considerados
militares do Estado?
Para respondermos essa pergunta, vamos nos valer das disposições previstas no art. 4º da
Lei Complementar nº 1.257, de 6 de janeiro de 2015, que institui o Código Estadual de
Proteção Contra Incêndios e Emergências e dá providências correlatas.
Vejamos:
Artigo 4º - O Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo – CBPMESP,
instituição permanente, organizada com base na hierarquia e na disciplina, em
conformidade com as disposições previstas na legislação vigente, destina-se a realizar
serviços e atividades de bombeiros no território do Estado de São Paulo.

Tem-se, assim, que o Corpo de Bombeiros paulista, como órgão estatal, integra da Polícia
Militar do Estado de São Paulo e compartilham do mesmo regulamento disciplinar, gestão de
pessoal, folha de pagamento etc.
Possui como missão primordial a execução de atividades de defesa civil, prevenção e
combate a incêndios, buscas, salvamentos e socorros públicos no âmbito do estado de São
Paulo. É atualmente o maior Corpo de Bombeiros do Brasil e da América Latina em termos
de efetivo.
O CBPMESP é Força Auxiliar e Reserva do Exército Brasileiro, e integra o Sistema de
Segurança Pública e Defesa Social do Brasil. Assim como os demais membros da Polícia
Militar do Estado de São Paulo, os integrantes do CBPMESP são denominados Militares dos
Estados, em razão do disposto pela Constituição Federal de 1988. Vejamos a previsão da
CE/SP
Artigo 142 - Ao Corpo de Bombeiros, além das atribuições definidas em lei, incumbe a
execução de atividades de defesa civil, tendo seu quadro próprio e funcionamento definidos
na legislação prevista no §2º do artigo anterior.
Em 23 de outubro de 2014, ganhou autonomia em relação a Polícia Militar passando a
reportar-se diretamente ao Secretário da Segurança Pública, sobre temas relacionados às
operações.
A corporação já tinha autonomia financeira e logística, como na aquisição e propriedade de
veículos. Como visto, a própria CE/SP assegura ao CBPMESP um quadro próprio de pessoal.
Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro, adotando um conceito moderno, “o poder de polícia é a
atividade do Estado consistente em limitar o exercício dos direitos individuais em benefício
do interesse público”.
Assim, podemos distinguir:
a) polícia administrativa lato sensu; - limitações do estado em caráter individual em
beneficio da coletividade
b) polícia de segurança, dividida em:
b.1) polícia administrativa (polícia preventiva, ou ostensiva): atua preventivamente,
evitando que o crime aconteça. Não deve confundir-se com a ideia de poder de polícia lato
sensu do Estado; e
b.2) polícia judiciária (polícia de investigação): atua repressivamente, depois de ocorrido o
ilícito penal.
Segundo o art. 144 da CF/88, a segurança pública, dever do estado, direito e
responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da
incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
I - polícia federal;
II - polícia rodoviária federal;
III - polícia ferroviária federal;
IV - polícias civis;
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
VI - polícias penais federal, estaduais e distrital
*ROL TAXATIVO norma reprodução obrigatoria.

Da Segurança Pública
SEÇÃO I
Disposições Gerais
Artigo 139 - A Segurança Pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é
exercida para a preservação da ordem pública e incolumidade das pessoas e do patrimônio.
§1º - O Estado manterá a Segurança Pública por meio de sua polícia, subordinada ao
Governador do Estado.
§2º - A polícia do Estado será integrada pela Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de
Bombeiros.
§3º - A Polícia Militar, integrada pelo Corpo de Bombeiros é força auxiliar, reserva do
Exército.

SEÇÃO II
Da Polícia Civil
Artigo 140 - À Polícia Civil, órgão permanente, dirigida por delegados de polícia de carreira,
bacharéis em Direito, incumbe, ressalvada a competência da União, as funções de polícia
judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares.
§1º - O Delegado-Geral da Polícia Civil, integrante da última classe da carreira, será nomeado
pelo Governador do Estado e deverá fazer declaração pública de bens no ato da posse e da
sua exoneração.
§2º - Aos integrantes da carreira de delegado de polícia fica assegurada, nos termos do
disposto no art. 241 da Constituição Federal, isonomia de vencimentos.
- § 2º, em sua redação original, em virtude da declaração de inconstitucionalidade da
Emenda Constitucional nº 35, de 03/04/2012, em controle concentrado, pelo Supremo
Tribunal Federal, nos autos da ADI nº 5522.
- Referência ao artigo 241 da Constituição Federal de 1988, em sua redação original.
§3º - A remoção de integrante da carreira de delegado de polícia somente poderá ocorrer
mediante pedido do interessado ou manifestação favorável do Colegiado Superior da Polícia
Civil, nos termos da lei.
§4º - Lei Orgânica e Estatuto disciplinarão a organização, o funcionamento, os direitos,
deveres, vantagens e regime de trabalho da Polícia Civil e de seus integrantes, servidores
especiais, assegurado na estruturação das carreiras o mesmo tratamento dispensado, para
efeito de escalonamento e promoção, aos delegados de polícia, respeitadas as leis federais
concernentes.
§5º - Lei específica definirá a organização, funcionamento e atribuições da Superintendência
da Polícia Técnico-Científica, que será dirigida, alternadamente, por perito criminal e médico
legista, sendo integrada pelos seguintes órgãos:

I - Instituto de Criminalística;
II - Instituto Médico Legal.
- §§ 3º, 4º e 5º, em sua redação original, em virtude da declaração de inconstitucionalidade
da Emenda Constitucional nº 35, de 03/04/2012, em controle concentrado, pelo Supremo
Tribunal Federal, nos autos da ADI nº 5522.

É importante ressaltar que o STF, no julgamento da ADI n. 2861/2003, reconheceu a


constitucionalidade do § 8º (ATUAL 5º) do art. 140 da CE/SP. Vejamos:
Ação direta de inconstitucionalidade. 2. Constituição, art. 140, § 8º, e Lei Complementar
756/1994 do Estado de São Paulo, que dispõem sobre a Superintendência de Polícia Técnico-
científica. 3. As Constituições Estaduais podem criar órgãos ou entidades que desempenhem
funções auxiliares às atividades policiais, sem atribuições de segurança pública. recedentes.
4. Ação direta de inconstitucionalidade julgada improcedente.
(ADI - AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE , GILMAR MENDES, STF.)
§2º - No desempenho da atividade de polícia judiciária, instrumental à propositura de ações
penais, a Polícia Civil exerce atribuição essencial à função jurisdicional do Estado e à defesa
da ordem jurídica. (NR)
§3º - Aos Delegados de Polícia é assegurada independência funcional pela livre convicção nos
atos de polícia judiciária. (NR)
§4º - O ingresso na carreira de Delegado de Polícia dependerá de concurso público de provas
e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas
fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, dois anos de atividades jurídicas,
observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação. (NR)
§5º - A exigência de tempo de atividade jurídica será dispensada para os que contarem com,
no mínimo, dois anos de efetivo exercício em cargo de natureza policial-civil, anteriormente
à publicação do edital de concurso. (NR) – JULGADOS INCONSTITUCIONAIS.

SEÇÃO III
Da Polícia Militar
Artigo 141 - À Polícia Militar, órgão permanente, incumbe, além das atribuições definidas em
lei, a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública.
§1º - O Comandante-Geral da Polícia Militar será nomeado pelo Governador do Estado
dentre oficiais da ativa, ocupantes do último posto do Quadro de Oficiais Policiais Militares,
conforme dispuser a lei, devendo fazer declaração pública de bens no ato da posse e de sua
exoneração.
§2º - Lei Orgânica e Estatuto disciplinarão a organização, o funcionamento, direitos, deveres,
vantagens e regime de trabalho da Polícia Militar e de seus integrantes, servidores militares
estaduais, respeitadas as leis federais concernentes.
§3º - A criação e manutenção da Casa Militar e Assessorias Militares somente poderão ser
efetivadas nos termos em que a lei estabelecer.
§4º - O Chefe da Casa Militar será escolhido pelo Governador do Estado entre oficiais da
ativa, ocupantes do último posto do Quadro de Oficiais Policiais Militares.
Artigo 142 - Ao Corpo de Bombeiros, além das atribuições definidas em lei, incumbe a
execução de atividades de defesa civil, tendo seu quadro próprio e funcionamento definidos
na legislação prevista no §2º do artigo anterior.
Artigo 143 - A legislação penitenciária estadual assegurará o respeito às regras mínimas da
Organização das Nações Unidas para o tratamento de reclusos, a defesa técnica nas
infrações disciplinares e definirá a composição e competência do Conselho Estadual de
Política Penitenciária.

Da Repartição das Receitas Tributárias


Artigo 167 - O Estado destinará aos Municípios:
I - cinquenta por cento do produto da arrecadação do imposto sobre a propriedade de
veículos automotores licenciados em seus respectivos territórios; - IPVA 50%
II - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto sobre operações relativas à
circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicação; - 25% ICMS E prestação de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação
III - vinte e cinco por cento dos recursos que receber nos termos do artigo 159, II, da
Constituição Federal; - 25 % (vinte e cinco por cento) dos 10% (dez por cento) IPI dos recursos
federais que o Estado receber do produto da arrecadação do imposto sobre produtos
industrializados, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos
industrializados.
IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no
domínio econômico que couber ao Estado, nos termos do § 4º do artigo 159 da Constituição
Federal e na forma da lei a que se refere o inciso III do mesmo artigo. (NR) - 25 % (vinte e cinco
por cento) dos 29% (vinte e nove por cento) da CIDE COMBUSTÍVEL dos recursos federais que
o Estado receber do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio, nos
termos do § 4º do artigo 159 da Constituição Federal e na forma da lei a que se refere o inciso
III do mesmo artigo
§1º - As parcelas de receita pertencentes aos Municípios, mencionadas no inciso II - ICMS,
serão creditadas conforme os seguintes critérios:
1 - três quartos 3/4, no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações relativas à
circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus territórios;
2 - até um quarto, de acordo com o que dispuser lei estadual.
§2º - As parcelas de receita pertencentes aos Municípios mencionados no inciso III IPI - serão
creditadas conforme os critérios estabelecidos no §1º.
§3º - Cabe à lei dispor sobre o acompanhamento, pelos beneficiários, do cálculo das quotas e
da liberação das participações previstas neste artigo.
Artigo 168 - É vedada a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos recursos
atribuídos nesta seção aos Municípios, neles compreendidos adicionais e acréscimos
relativos a impostos.
Parágrafo único - A proibição contida no “caput” não impede o Estado de condicionar a
entrega de recursos ao pagamento de seus créditos, inclusive de suas autarquias, e ao
cumprimento do disposto no artigo 198, § 2º, III, e § 3º, da Constituição Federal. (NR)
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e
hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as
seguintes diretrizes:
(...)
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente,
em ações e serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de
percentuais calculados sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
(...)
III – no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a
que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e §
3º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
§ 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos, estabelecerá:
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) Regulamento I - os percentuais de que
tratam os incisos II e III do § 2º; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)
II – os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde destinados aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios, e dos Estados destinados a seus respectivos Municípios,
objetivando a progressiva redução das disparidades regionais; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 29, de 2000)
III – as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas
federal, estadual, distrital e municipal;

Das Finanças
Artigo 169 - A despesa de pessoal ativo e inativo ficará sujeita aos limites estabelecidos na lei
complementar (LRF) a que se refere o artigo 169 da Constituição Federal.
Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total
com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação, não
poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida, a seguir discriminados:
I – União: 50% (cinquenta por cento);
II – Estados: 60% (sessenta por cento);
III – Municípios: 60% (sessenta por cento).
No que diz respeito ao limite de gasto com pessoal nos municípios, o percentual é de 60%,
quando 54% é o relativo de gastos com pessoal do executivo municipal, e 6% é de gastos com
pessoal do legislativo.
II - na esfera estadual:
a) 3% (três por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Estado; (Vide
ADI 6533)
b) 6% (seis por cento) para o Judiciário; (Vide ADI 6533)
c) 49% (quarenta e nove por cento) para o Executivo; (Vide ADI 6533)
d) 2% (dois por cento) para o Ministério Público dos Estados; (Vide ADI 6533)
I - na esfera federal:
a) 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal de
Contas da União;
b) 6% (seis por cento) para o Judiciário;
c) 40,9% (quarenta inteiros e nove décimos por cento) para o Executivo, destacando-se 3%
(três por cento) para as despesas com pessoal decorrentes do que dispõem os incisos XIII e XIV
do art. 21 da Constituição e o art. 31 da Emenda Constitucional no 19, repartidos de forma
proporcional à média das despesas relativas a cada um destes dispositivos, em percentual da
receita corrente líquida, verificadas nos três exercícios financeiros imediatamente anteriores
ao da publicação desta Lei Complementar;
Parágrafo único - A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação
de cargos ou a alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão de pessoal, a
qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive
fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público, só poderão ser feitas:
1 - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de
pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
2 - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as
empresas públicas e as sociedades de economia mista.
Artigo 170 - O Poder Executivo publicará e enviará ao Legislativo, até trinta dias após o
encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.
§1º - Até dez dias antes do encerramento do prazo de que trata este artigo, as autoridades
nele referidas remeterão ao Poder Executivo as informações necessárias.
§2º - Os Poderes Judiciário e Legislativo, bem como o Tribunal de Contas e o Ministério
Público, publicarão seus relatórios, nos termos deste artigo.
Artigo 171 - Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os
créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário,
do Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês,
em duodécimos, na forma da lei complementar a que se refere o artigo 165, § 9º, da
Constituição Federal. (NR)
- Artigo 171 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14/02/2006.
Artigo 172 - Os recursos financeiros, provenientes da exploração de gás natural, que
couberem ao Estado por força do disposto no § 1º do artigo 20 da Constituição Federal,
serão aplicados preferencialmente na construção, desenvolvimento e manutenção do
sistema estadual de gás canalizado.
Artigo 173 - São agentes financeiros do Tesouro Estadual os hoje denominados Banco do
Estado de São Paulo S/A e Caixa Econômica do Estado de São Paulo S/A.

Artigo 174 - Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão, com observância dos preceitos
correspondentes da Constituição Federal:
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
§1º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá as diretrizes, objetivos e metas da
administração pública estadual para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para
as relativas aos programas de duração continuada. (MÉDIO PRAZO).
Importante: O Governador enviará à Assembleia Legislativa, até 15 DE AGOSTO DO PRIMEIRO
ano do seu mandato, o projeto de lei dispondo sobre o plano plurianual. (art. 174, §9º,
número 1)
§2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração
pública estadual, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente,
orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação
tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
REDAÇÃO DA CF - § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades
da administração pública federal, ESTABELECERÁ AS DIRETRIZES DE POLÍTICA FISCAL E
RESPECTIVAS METAS, EM CONSONÂNCIA COM TRAJETÓRIA SUSTENTÁVEL DA DÍVIDA
PÚBLICa, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na
legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de
fomento. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
§3º - Os planos e programas estaduais previstos nesta Constituição serão elaborados em
consonância com o plano plurianual.
Importante: O Governador enviará à Assembleia Legislativa, até 30 DE ABRIL, anualmente, o
projeto de lei de diretrizes orçamentárias (art. 174, §9º, número 2).

§4º - A lei orçamentária anual compreenderá: LOA – 30/09.


1 - o orçamento fiscal referente aos Poderes do Estado, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas ou mantidas pelo Poder
Público;
2 - o orçamento de investimentos das empresas em que o Estado, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto;
3 - o orçamento de seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela
vinculados, da administração direta e indireta, bem como os fundos e fundações instituídas ou
mantidas pelo Poder Público;
4 - o orçamento da verba necessária ao pagamento de débitos oriundos de sentenças
transitadas em julgado, constantes dos precatórios judiciais apresentados ATÉ 1º DE JULHO,
a serem consignados diretamente ao Poder Judiciário, ressalvados os créditos de natureza
alimentícia e as obrigações definidas em lei como de pequeno valor. (NR)
§5º - A matéria do projeto das leis a que se refere o "caput" deste artigo será organizada e
compatibilizada em todos os seus aspectos setoriais e regionais pelo órgão central de
planejamento do Estado.
§6º - O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo dos efeitos
decorrentes de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira,
tributária e creditícia.
§7º - Os orçamentos previstos no §4º, itens 1 e 2, deste artigo, compatibilizados com o plano
plurianual, terão, entre suas funções, a de reduzir desigualdades inter-regionais.
§8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à
fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita,
nos termos da lei.
§9º - O Governador enviará à Assembleia Legislativa: (NR)
1 - até 15 de agosto do primeiro ano do mandato do Governador eleito, o projeto de lei
dispondo sobre o plano plurianual; (NR)
2 - até 30 de abril, anualmente, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias; e (NR)
3 - até 30 de setembro, de cada ano, o projeto de lei da proposta orçamentária para o
exercício subsequente. (NR)

Artigo 175 - Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao


orçamento anual e aos créditos adicionais, bem como suas emendas, serão apreciados pela
Assembleia Legislativa.
§ 1º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem
serão admitidas desde que:
1 - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
2 - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de
despesa, excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Municípios.
3 - sejam relacionadas:
a) com correção de erros ou omissões;
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
§2º - As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas
quando incompatíveis com o plano plurianual.
§3º - O Governador poderá enviar mensagem ao Legislativo para propor modificações nos
projetos a que se refere este artigo, enquanto não iniciada, na Comissão competente, a
votação da parte cuja alteração é proposta.
§4º - Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto
nesta seção, as demais normas relativas ao processo legislativo.
§5º - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei
orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes, poderão ser utilizados, conforme
o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização
legislativa.
§ 6º - AS EMENDAS INDIVIDUAIS AO PROJETO DE LEI ORÇAMENTÁRIA SERÃO DE 0,3% (TRÊS
DÉCIMOS POR CENTO) DA RECEITA CORRENTE LÍQUIDA PREVISTA NO PROJETO
ENCAMINHADO PELO PODER EXECUTIVO, SENDO QUE A METADE DO PERCENTUAL A SER
ESTABELECIDO SERÁ DESTINADA A AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE. (NR)
§ 7º - A execução do montante destinado a ações e serviços públicos de saúde previsto no §
6º deste artigo, inclusive custeio, será computada para fins do cumprimento do item 1 do
parágrafo único do artigo 222, vedada a destinação para pagamento de pessoal ou encargos
sociais. (NR)
§ 8º - É OBRIGATÓRIA A EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA DAS PROGRAMAÇÕES A
QUE SE REFERE O § 6º DESTE ARTIGO, EM MONTANTE DE 0,3% (TRÊS DÉCIMOS POR CENTO)
DA RECEITA CORRENTE LÍQUIDA REALIZADA NO EXERCÍCIO ANTERIOR , CONFORME OS
CRITÉRIOS DEFINIDOS NA LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS. (NR)
§ 9º - Os restos a pagar poderão ser considerados para fins de cumprimento da execução
financeira prevista no § 8º deste artigo, em montante estabelecido na lei de diretrizes
orçamentárias. (NR)
§ 10 - Se for verificado que a reestimativa da receita e da despesa poderá resultar no não
cumprimento da meta de resultado fiscal estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias, o
montante previsto no § 8º deste artigo poderá ser reduzido em até a mesma proporção da
limitação incidente sobre o conjunto das despesas discricionárias. (NR)
Artigo 175-A - As emendas individuais impositivas apresentadas ao projeto de lei orçamentária
anual poderão alocar recursos aos Municípios por meio de:
I - transferência especial; ou
II - transferência com finalidade definida.
§ 1º - Os recursos transferidos na forma do caput deste artigo não integrarão a receita do
Município para fins de repartição e para o cálculo dos limites da despesa com pessoal ativo e
inativo, bem como de seu endividamento, VEDADA, EM QUALQUER CASO, A APLICAÇÃO DOS
RECURSOS a que se refere o caput deste artigo no pagamento de:
1 - despesas com pessoal e encargos sociais relativas a ativos e inativos, e com pensionistas;
e
2 - encargos referentes ao serviço da dívida.
§ 2º - Na transferência especial a que se refere o inciso I (ESPECIAL) deste artigo, os recursos:
1 - serão repassados diretamente ao Município beneficiado, independentemente de
celebração de convênio ou de instrumento congênere;
2 - pertencerão ao Município no ato da efetiva transferência financeira; e
3 - serão aplicadas em programações finalísticas das áreas de competência do Poder Executivo
do Município beneficiado, observado o disposto no § 5º deste artigo.
§ 3º - O Município beneficiado pela transferência especial a que se refere o inciso I do caput
deste artigo poderá firmar contratos de cooperação técnica para fins de subsidiar o
acompanhamento da execução orçamentária na aplicação dos recursos.
§ 4º - Na transferência com finalidade definida a que se refere o inciso II (FINALIDADE
DEFINIDA) do caput deste artigo, os recursos serão:
1 - vinculados à programação estabelecida na emenda parlamentar; e
2 - aplicados nas áreas de competência constitucional dos Estados.
§ 5º - Pelo menos 70% (setenta por cento) das transferências especiais de que trata o inciso I
do caput deste artigo deverão ser aplicadas em DESPESAS DE CAPITAL, OBSERVADA A
RESTRIÇÃO A QUE SE REFERE O § 1º DESTE ARTIGO.
Artigo 176 - São vedados:
I - o início de programas, projetos e atividades não incluídos na lei orçamentária anual;
II - a realização de despesas ou assunção de obrigações diretas que excedam os créditos
orçamentários ou adicionais;
III - a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com fim preciso,
aprovados pelo Poder Legislativo, por maioria absoluta;
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas as permissões
previstas no artigo 167, IV, da Constituição Federal e a destinação de recursos para a pesquisa
científica e tecnológica, conforme dispõe o artigo 218, §5º, da Constituição Federal;
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem
indicação dos recursos correspondentes;
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de
programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;
VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;
VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da
seguridade social para suprir necessidade ou cobrir “déficit” de empresas, fundações e fundos,
inclusive dos mencionados no artigo 165, §5º, da Constituição Federal.
IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.
§1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser
iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena
de crime de responsabilidade.
§2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que
forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses
daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao
orçamento do exercício financeiro subsequente.

Artigo 176 - São vedados:


I - o início de programas, projetos e atividades não incluídos na lei orçamentária anual;
II - a realização de despesas ou assunção de obrigações diretas que excedam os créditos
orçamentários ou adicionais;
III - a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais COM FIM PRECISO,
aprovados pelo Poder Legislativo, POR MAIORIA ABSOLUTA;
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas as permissões
previstas no artigo 167, IV, da Constituição Federal e a destinação de recursos para a pesquisa
científica e tecnológica, conforme dispõe o artigo 218, §5º, da Constituição Federal;
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem
indicação dos recursos correspondentes;
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de
programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;
VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;
VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da
seguridade social para suprir necessidade ou cobrir “déficit” de empresas, fundações e fundos,
inclusive dos mencionados no artigo 165, §5º, da Constituição Federal.
IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.
§1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser
iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena
de crime de responsabilidade.
§2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que
forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses
daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao
orçamento do exercício financeiro subsequente.

Você também pode gostar