UNID 01 e 02 - Teoria Geral Dos Recursos

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INSTITUTO DOCTUM DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA LTDA.

Faculdades Unificadas Doctum de Guarapari


Curso: DIREITO
Curso reconhecido pela Portaria N. 752 de 08.06.2009
Publicado no Diário Oficial da União em 10.06.2009
Av. Jones dos Santos Neves, 3535 – Muquiçaba- Guarapari - ES

Curso: Direito Período: 5° Período Turno: Noturno


Disciplina: Processo Civil II - Recursos
Docente: Prof. Esp. Rubens dos Santos Filho.

UNIDADE I – TEORIA GERAL DOS RECURSOS

1.1. Conceito:

Recurso, numa acepção técnica e restrita, é o meio idôneo para provocar a impugnação
e, consequentemente, o reexame de uma decisão judicial, com vistas a obter, na
mesma relação processual, a reforma, a invalidação, o esclarecimento ou a integração
do julgado.

O recurso não se confunde com ação, uma vez que, por meio dele, não se forma novo
processo, há apenas um prolongamento da relação processual. Constitui o recurso
apenas uma etapa do procedimento, seja no processo de conhecimento ou de execução.
Nessa parte, inclusive, o recurso difere de outros meios de impugnação das decisões
judiciais, por exemplo, a ação rescisória (que visa à desconstituição de decisão judicial
sobre a qual se operou a coisa julgada), o mandado de segurança e os embargos de
terceiro.

Uma das características dos recursos é a voluntariedade. A parte que se sentir


prejudicada com uma decisão judicial tem o ônus de recorrer, mas não há
obrigatoriedade. Deixando de recorrer, há preclusão, ou seja, supera-se uma fase
procedimental ou forma-se coisa julgada.

1.2. Espécies e Classificação dos Recursos:

O art. 994 contempla as seguintes espécies de recursos:

- Apelação;
- Agravo de Instrumento;
- Agravo Interno;
- Embargos de Declaração;
- Recurso Ordinário;
- Recurso Especial;
- Recurso Extraordinário;
- Agravo em Recurso Especial ou Extraordinário;
- Embargos de divergência.

Existem outros recursos em legislação extravagante, entretanto, em razão do objetivo do


nosso estudo, ocupar-nos-emos apenas dos recursos elencados no art. 994 do Novo
CPC.

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1.3. Princípios Fundamentais dos Recursos:

- Duplo Grau de Jurisdição;


- Taxatividade;
- Singularidade;
- Fungibilidade;
- Proibição da Reformatio in pejus;
- Voluntariedade;
- Dialeticidade;
- Preclusão Consumativa e Complementariedade;

1.3.1. Duplo Grau de Jurisdição:

Os recursos, por terem como objetivo a impugnação e o reexame de uma decisão judicial,
relacionam-se intimamente com o princípio do duplo grau de jurisdição, segundo o qual se
possibilita à parte que submeta matéria já apreciada e decidida a novo julgamento, por
órgão hierarquicamente superior.

1.3.2. Taxatividade:

Conforme o princípio da taxatividade, consideram-se recursos somente aqueles


designados por lei federal, pois compete privativamente União legislar sobre essa matéria
(art. 22, I, da CF/1988). Por conseguinte, não há como admitir a criação de recursos pelos
tribunais brasileiros, razão pela qual se deve reputar inconstitucional a previsão, em
regimento interno de tribunal, de qualquer espécie de recurso.

1.3.3. Singularidade:

Em decorrência do princípio da singularidade ou unirrecorribilidade, cada decisão


comporta uma única espécie de recurso. Consequentemente, não se admite a divisão do
ato judicial para efeitos de recorribilidade, devendo-se ter em mente, para aferir o recurso
cabível, o conteúdo mais abrangente da decisão no sentido finalístico.

1.3.4. Fungibilidade:

Como decorrência do princípio da singularidade, analisado no tópico anterior, a


impugnação do ato judicial deve ser realizada por meio do recurso adequado para tal
mister, sob pena de inadmissão da via recursal utilizada por ausência de um dos
requisitos de admissibilidade (cabimento).

1.3.5. Proibição da Reformatio in pejus:

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Consoante o princípio da proibição da reformatio in pejus, é vedada a reforma da decisão


impugnada em prejuízo do recorrente e, consequentemente, em benefício do recorrido.

Desse modo, sendo interposto recurso por determinado motivo, o órgão julgador só pode
alterar a decisão hostilizada nos limites em que ela foi impugnada, não podendo ir além.

1.3.6. Voluntariedade:

Conforme afirmado em linhas anteriores, a parte não está obrigada a interpor recurso
contra a decisão que lhe for desfavorável. Contudo, se não o fizer, arcará os ônus
respectivos.

A voluntariedade também está presente na desistência do recurso. Consoante o art. 998,


“o recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos
litisconsortes, desistir do recurso”.

1.3.7. Dialeticidade:

Ao interpor recurso, a parte deverá expor as razões do seu inconformismo, indicando-as


de forma clara e com a devida fundamentação.

1.3.8 Preclusão Consumativa e Complementariedade:

A parte que pretender impugnar o ato decisório deve fazê-lo dentro do prazo previsto em
lei. Se a decisão é publicada e a parte vencida entende que deve interpor recurso de
apelação, terá 15 dias úteis (art. 219) para preparar a peça recursal. Se, no entanto, já no
dia seguinte à publicação da decisão ela interpõe o recurso, não pode posteriormente
complementar as razões recursais, ainda que dentro do prazo, exceto na hipótese
prevista no § 4º do art.
1.024.

1.4. Pressupostos de admissibilidade dos recursos:

Para que o recurso produza o efeito de devolver o exame da matéria impugnada ao


tribunal, é indispensável que estejam presentes certos pressupostos de admissibilidade.

Assim, divide-se o julgamento do recurso em duas etapas: juízo de admissibilidade e


juízo de mérito. Na primeira parte do julgamento, verifica o tribunal se o recurso pode ser
admitido, em outras palavras, o tribunal conhece ou não conhece do recurso. Deliberando
o tribunal pelo conhecimento, passa-se à segunda parte, que se refere ao mérito, quando
então ao recurso pode se dar ou negar provimento.

De acordo com parte da doutrina, os requisitos de admissibilidade dos recursos dividem-


se em subjetivos e objetivos.

 Requisitos Subjetivos:

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- legitimidade;
- interesse.

 Requisitos Objetivos:

- cabimento;
- tempestividade;
- preparo;
- regularidade formal;
- inexistência de fato extintivo ou impeditivo do direito de recorrer.

1.4.1. Cabimento:

Para que seja preenchido o requisito do cabimento, o recurso deve estar previsto em lei
contra determinada decisão judicial e, ainda, ser o adequado à obtenção do resultado
pretendido. Assim, pode-se dizer que o requisito do cabimento é composto pela
recorribilidade (previsão legal de recurso contra a decisão que se busca impugnar) e
pela adequação.

1.4.2. Tempestividade:

Tem legitimidade para recorrer quem participou da relação processual, isto é, as partes,
os intervenientes e o Ministério Público, se for o caso, tanto na condição de parte
quanto na de fiscal da ordem jurídica (art. 996). Também o terceiro prejudicado, ou seja,
aquele que pode sofrer prejuízo pela eficácia natural da sentença, tem legitimidade para
recorrer (art. 996, parágrafo único).

1.4.3. Interesse:

Para recorrer não basta a legitimidade. Não basta ter sido parte ou interveniente na
relação processual. É preciso também ter interesse, em outras palavras, é indispensável
que o recurso seja útil e necessário ao recorrente, a fim de evitar que sofra prejuízo com
a decisão.

1.4.4. Tempestividade:

A lei fixa prazo para interposição de todos os recursos. Em geral, o prazo é de 15 dias,
com exceção dos embargos de declaração, cujo prazo é de 5 dias (arts. 1.003, § 5º, e
1.023).

Os prazos processuais, repita-se, serão contados sempre em dias úteis (art. 219). Além
disso, os dias do começo (termo inicial) e do vencimento do prazo (termo final) serão
protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente
forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade
da comunicação eletrônica (art. 224, § 1º).

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O prazo para recorrer será em dobro quando o recorrente for o Ministério Público (art.
180), a Fazenda Pública (art. 183) ou a Defensoria Pública (art. 186). O prazo para
recorrer também será contado em dobro quando os litisconsortes tiverem diferentes
procuradores, de escritórios de advocacia distintos, mas desde que os processos não
tramitem na forma eletrônica (art. 229).

O termo a quo do prazo deve observar o disposto nos arts. 230 e 231. Entretanto, se a
decisão tiver sido proferida em audiência, é a partir desta que será contado o prazo.

1.4.5. Preparo:

De modo geral, os recursos estão sujeitos a preparo, ou seja, ao pagamento das


despesas processuais correspondentes ao recurso interposto, que compreendem as
custas e o porte de remessa e de retorno (art. 1.007).

1.4.6. Regularidade Formal:

Quanto à forma, a interposição do recurso deve observar o que for estabelecido em lei,
podendo-se arrolar alguns pressupostos que devem ser preenchidos de modo geral:

a) no processo civil, os recursos são interpostos por petição escrita, não se


admitindo interposição oral (por termo), nem mediante cota nos autos. Nesse
ponto, os recursos cíveis diferem dos criminais, uma vez que estes podem ser
interpostos oralmente;

b) a interposição deve ocorrer no juízo de origem (a quo), com exceção do agravo


de instrumento, cuja interposição é diretamente realizada no juízo ad quem;

c) a petição deve indicar e qualificar as partes (salvo se já estiverem qualificadas


nos autos), vir acompanhada das razões do inconformismo (causa de pedir) e do
pedido de nova decisão, se for o caso;

d) no caso de recurso interposto por terceiro prejudicado, deve-se demonstrar “a


possibilidade de a decisão sobre a relação jurídica submetida à apreciação
judicial atingir direito de que se afirme titular ou que possa discutir em juízo como
substituto processual” (art. 996, parágrafo único).

1.4.7. Inexistência de fato extintivo ou impeditivo do direito de recorrer:

Trata-se de pressuposto recursal genérico de admissibilidade que, uma vez não


preenchido, autoriza a negativa de seguimento do recurso.
São fatos extintivos do direito de recorrer a renúncia e a aquiescência à decisão. São
fatos impeditivos a desistência do recurso (art. 998) o reconhecimento jurídico do pedido
(art. 487, III, “a”) e a renúncia ao direito sobre o qual se funda a ação (art. 487, III, “c”).

Podem ser incluídas nesse rol (i) a falta de depósito da multa (art. 1.026, § 3) e (ii) a
inexistência de repercussão geral (art. 1.035).

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1.5. Efeitos dos Recursos:

Primeiramente, cumpre destacar que qualquer recurso tem o efeito de obstar o trânsito
em julgado ou a preclusão, conforme seja interposto, respectivamente, em face de
sentença ou decisão interlocutória.

Além desse efeito obstativo da coisa julgada, inerente a todos os recursos, a doutrina
reconhece de modo unânime pelo menos outros dois, quais sejam, o devolutivo e o
suspensivo.

 São todos efeitos recursais:

- Efeito Devolutivo;
- Efeito Translativo;
- Efeito Suspensivo;
- Efeito Substitutivo, Expansivo e Ativo.

1.5.1. Efeito Devolutivo:

Geralmente, o recurso tem o efeito de devolver (transferir) ao órgão jurisdicional


hierarquicamente superior (tribunal ad quem) o exame de toda a matéria impugnada.

Trata-se do efeito devolutivo, que decorre logicamente do princípio dispositivo,


segundo o qual o órgão julgador age mediante provocação da parte ou do interessado e
nos limites do pedido (arts. 2º, 141 e 492).

Conforme entendimento majoritário, aplica-se a todos os recursos, e não só à apelação,


o aforismo tantum devolutum quantum appellatum, ou seja, todo e qualquer recurso
devolve ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada. A regra, portanto, é a
devolução, a transferência ao tribunal de toda matéria impugnada.

1.5.2. Efeito Translativo:

O efeito translativo, como dito, constitui uma particularidade do efeito devolutivo,


entendido como a possibilidade de o julgamento recursal extrapolar os limites do que foi
efetivamente impugnado. Como existe relação entre esses efeitos, alguns doutrinadores
costumam afirmar que o efeito translativo relaciona-se com a extensão (dimensão
horizontal) e profundidade (dimensão vertical) do efeito devolutivo.

Rompida a barreira da admissibilidade, em regra, a instância recursal limita-se a analisar


o que foi objeto de impugnação (art. 1.013). Contudo, os parágrafos do art. 1.013 trazem
regras que definem o horizonte (a extensão) da pretensão recursal.

1.5.3. Efeito Suspensivo:

Com relação ao efeito suspensivo, embora boa parte dos recursos não contemple tal
efeito, a regra é a suspensividade (art. 995). Omissa a lei, o recurso produz o efeito

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suspensivo, ou seja, impede a produção imediata das consequências e dos resultados da


decisão recorrida.

Entretanto, como se disse, algumas leis expressamente preveem a concessão apenas de


efeito devolutivo aos recursos interpostos, constituindo o efeito suspensivo medida
excepcional, a ser deferida quando houver risco de dano irreparável à parte.

1.5.4. Efeito Substitutivo, Expansivo e Ativo:

Além dos efeitos já abordados (obstativo da coisa julgada, devolutivo, translativo e


suspensivo), temos o efeito do julgamento do próprio recurso, denominado efeito
substitutivo, que consiste em substituir a decisão recorrida no que tiver sido objeto de
recurso (art. 1.008).

Saliente-se que a substituição é apenas da parte impugnada. Quanto à parte não


impugnada, esta permanece íntegra. Assim, sendo a apelação apenas parcial, o título
executivo é formado pela sentença, na parte transitada em julgado, e pelo acórdão.

O efeito expansivo consiste na possibilidade de o julgamento do recurso ensejar decisão


mais abrangente do que o reexame da matéria impugnada, que é o mérito do recurso.

Já o efeito ativo (ou suspensivo ativo) refere-se à possibilidade de o relator conceder,


antes do julgamento pelo órgão colegiado, a pretensão recursal almejada pelo recorrente.
Na verdade, o efeito ativo nada mais é do que a tutela antecipatória recursal.

1.6. Alcance do Recurso do Litisconsorte:

Art. 1.005. O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, salvo
se distintos ou opostos os seus interesses.

Parágrafo único. Havendo solidariedade passiva, o recurso interposto por um devedor


aproveitará aos outros, quando as defesas opostas ao credor lhes forem comuns.

A despeito do disposto no caput do art. 1.005, somente o recurso interposto por


litisconsórcio unitário aproveita aos demais. No nosso sistema, a regra é a completa
autonomia dos litisconsortes (art. 117). Assim, cada litisconsorte tem de apresentar
recurso independente, sob pena de contra ele a sentença transitar em julgado.

Apenas na hipótese de litisconsórcio unitário, quando o julgamento do recurso deve ser


idêntico para todos os litisconsortes, aplica-se o caput do art. 1.005. Exemplo: a ação de
petição de herança foi julgada improcedente. Apenas um herdeiro recorreu, porém todos
os herdeiros podem ser beneficiados pelo julgamento do recurso.

1.7. Recurso Adesivo:

Diz o art. 997 que cada parte interporá o recurso, independentemente, no prazo e
observadas as exigências legais. Sendo, porém, vencidos autor e réu, ao recurso
interposto por qualquer deles poderá aderir a outra parte.
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O recurso adesivo tem como pressuposto a sucumbência recíproca. Ambas as partes


são vencidas em suas pretensões. A subordinação ao recurso principal ou independente
é ampla, ou seja, a parte sucumbente que não interpôs o recurso independente poderá
fazê-lo na forma adesiva sem que a matéria impugnada se limite àquela do recurso
principal, interposto pela parte contrária. Isso porque a exigência de subordinação a que
alude o art. 997 deve ser aferida apenas no plano processual.

O recurso adesivo não é uma espécie de recurso, porquanto as espécies estão elencadas
no art. 994, mas uma forma de interposição. Tal forma de interposição, aderida e
condicionada ao recurso da outra parte, denominado principal, só é admissível na
apelação, no recurso extraordinário e no recurso especial (art. 997, § 2º, II).

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