Lendas e Instruções Na Maçonaria Vol. 05

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Índice dos assuntos


1) SIMBOLATRIA – VENERAÇÃO EXCESSIVA POR
SÍMBOLOS
2) HOSPITALEIRO
3) QUAL É A ORIGEM DA D IVISA LIBERDADE,
IGUALDADE, FRATERNID ADE?
4) O ENTUSIASMO EM LOJA
5) COMO SE FORMA UM MAÇOM?
6) RITO MEMPHIS-MISRAIM
7) DESAFIOS QUE A MAÇON ARIA DEVE VENCER.
8) GOTEIRA: A ORIGEM DO TERMO
9) O INFERNO, O DIABO
10) MEMPHIS-MIZRAIM E O MARTINISMO
11) CINCO MOTIVOS PARA NÃO SER MAÇOM
12) VIRTUDE OU VÍCIO?
13) A ESCADA DE JACÓ
14) O TEMPLO (SALOMÃO)
15) O QUE É “ESTUDAR MAÇONARIA”?
16) A MAGIA
17) O AVENTAL
18) CAMPANHA EU RESPEITO A ORDEM MAÇÔNICA.
19) DO RITO DE HEREDOM AO RITO FRANCÊS
20) RITUAL DE EMULAÇÃO

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21) O QUE É UM TRIÂNGULO MAÇÔNICO?
22) QUEM É O DEUS DA MAÇONARIA?!
23) CARACTERÍSTICAS DO R ITO ANTIGO E PRIMITIVO
DE MEMPHIS MISRAÏM
24) POR QUE “AUGUSTA E RESPEITÁVEL LOJA
SIMBÓLICA”?
25) PERGUNTAS SOBRE MAÇO NARIA
26) OBJETIVOS DA MAÇONAR IA
27) CRUZ ANSATA
28) AS COLUNAS ZODIACAIS
29) FILHO DA VIÚVA
30) ENTENDENDO O NOME INEFÁVEL
31) O PRIMEIRO ESTATUTO DE WILLIAM SCHAW (15 98)
32) A CORDA DE 81 NÓS

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SIMBOLATRIA – VENERAÇÃO EXCESSIVA POR
SÍMBOLOS

Há muitos anos, grande parte dos escritores


maçônicos afirma que o simbolismo maçônico
constitui um meio privilegiado para alcançar as “mais
altas verdades da ordem”. Esta crença leva alguns
Irmãos a buscarem significados mais profundos para
os nossos símbolos, em áreas frequentemente não
relacionadas à Maçonaria. E isso se torna o principal
assunto nos trabalhos apresentados em loja. O
resultado disso é o desenvolvimento de um
simbolismo tal que os símbolos são reverenciados por
si só, o que parece estabel ecer um novo culto, a
“simbolatria” ou veneração excessiva aos símbolos
maçônicos.
A ideia de um “conhecimento de ordem maior”,
inacessível pelos meios habituais disponíveis para o
homem, mas que pode ser alcançado através do uso
de símbolos, estava em vog a desde a origem da
Maçonaria, sendo uma das principais preocupações

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dos primeiros maçons. Este conceito foi
potencializado por alguns autores, como Oswald
Wirth, Jules Boucher, René Guénon, Jean -Pierre
Bayard, entre outros…
Boucher, por exemplo, escreveu: “A Maçonaria abre o
caminho para a iniciação, ou seja, o conhecimento, e
seus símbolos permitem o acesso a isto”.
Esta declaração nos informa que os símbolos
maçônicos são o meio de ascender a um certo
conhecimento. Na verdade, a simbolatria é um desvio
desta declaração, um exagero dessa teoria, que tem
pelo menos quatro características: ausência de
método, exacerbação interpretativa, a teoria da livre
interpretação de símbolos e a perda do senso comum
mais básico.
Texto completo
https://opontodentrocirculo.com/category/simbolis
mo-e-simbolos/

HOSPITALEIRO
“Nome dado a um dos Oficiais de uma Loja Maçónica,
porque esse oficial é o encarregado não só da
arrecadação dos óbulos por meio de seu ”giro”
litúrgico com formalidade, como também de atender
aos necessitados”.

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“É o irmão oficial que têm o cargo e a
responsabilidade da distribuição dos fundos de
caridade para o uso com os necessitados”.
Através do Saco de Beneficência, ou Tronco da Viúva,
os óbulos arrecadados são aplicados pelo
Hospitaleiro, de forma autónoma e independente,
sem que lhe seja exigida qualquer prestação de
contas, permanecendo o montante da coleta em sigilo
(somente o Hospitaleiro o conhecerá). A obrigação de
prestar contas, não dos valores, mas das ações que
pratica em nome da Loja é por isso exclusiva do
Hospitaleiro.
É também ele o irmão encarregado de visitar, cuidar
e socorrer aos irmãos enfermos que sejam membros
da própria Loja, ou profanos por ela re comendados.

Hospitaleiro - Bolsa
O Hospitaleiro recebe atribuições diretamente
relacionadas à organização dos atos de beneficência e
solidariedade maçônicas em defesa dos menos
favorecidos, passando desde a obrigação de fazer
circular o Tronco de Benefic ência durante as sessões
até presidir a Comissão de Beneficência. Concretiza o
verdadeiro símbolo do mensageiro do amor fraterno,
sendo-lhe confiada a Jóia representada por uma
Bolsa, artefato que bem representa o ato de coleta
dos óbolos da Beneficência.

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QUAL É A ORIGEM DA DIVISA LIBERDADE ,
IGUALDADE, FRATERNIDADE?

Prancha Pública, história.


A Maçonaria teve historicamente por lema Liberdade,
Igualdade, Fraternidade… Esta mentira deve ser
refutada de uma vez por todas. Não! A maçonaria
francesa, bem entendido, não impôs este lema; ela
pediu-o emprestado à República. Vamos explicar os
detalhes.
Tradicionalmente, a Maçonaria não tem lema, mas
máximas e aclamações. No século XVIII, os
documentos maçónicos oficiais, as pranchas traçadas
dos últimos trabalhos são, geralmente, precedidas
pela fórmula simples “Saúde, Força, União”.
A ideia de combinar Liberdade, Igualdade e
Fraternidade tem origem, aparentemente num dos
principais atores da revolução, a saber, Maximilien de
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Robespierre (1758-1794), que propôs em 27 de Abril
de 1791 à Assembleia Constituinte inscrever três
palavras na bandeira e botões das Guardas nacionais;
com o único propósito de prestar homenagem ao seu
civismo e à sua coragem.
A proposta de Robespierre não foi aprovada, bem
como foi em vão a iniciativa tomada por Jean -Nicolas
Pache, prefeito de Paris, em 21 de junho de 1793, para
colocar cartazes na cidade com a inscrição “Unidade e
indivisibilidade da República , Liberdade, Igualdade,
Fraternidade ou a Morte”.
Também sem sucesso foi a inclusão das três palavras
anteriormente citadas pelo redator da acta dos
trabalhos do retomar das atividades da Grande Loja
de França, em 24 de junho de 1795, depois de um
adormecimento forçado de vários anos.
Voltemos a julho de 1791 para extrair de uma circular
da Loja Mãe do Rito Escocês Filosófico, São João do
Contrato Social, esta afirmação: "Muitos séculos
antes que Rousseau, Mably ou Raynal tivessem escrito
sobre os direitos humanos e tivessem lançado na
Europa a massa de Iluminismo que caracteriza o seu
trabalho, nós praticávamos nas nossas Lojas todos os
princípios de uma verdadeira sociabilidade. A
igualdade, a liberdade, a fraternidade era para nós os
deveres mais fáceis de cumprir, pois tiramos de nós
mesmos os erros e preconceitos que, por tanto tempo,
foram a infelicidade das nações”.

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De qualquer forma, será preciso esperar até 25 de
fevereiro de 1848 para que Louis Blanc (1811 -1882),
então membro de um governo republica no provisório
– e futuro Maçom – fizesse inscrever a tríade
Liberdade, Igualdade, Fraternidade como divisa
nacional na Constituição da Segunda República.
E não será até 10 de agosto do ano seguinte, ou seja,
1849, que será adoptado como divisa maçónico pel o
Grande Oriente, antes que todas as potências
francesas viessem a reclamá -lo por sua vez. Portanto,
a César o que é de César; Reddite quae sunt Caesaris,
Caesari.
Admitindo, no entanto, que, se oficialmente os
maçons não podem reivindicar o facto de que f oram
eles os primeiros a fazer uso de uma divisa
globalmente reconhecida, podem apesar de tudo
alegar ter inspirado a nação para este. Convém
lembrar especialmente que um secretário de Loja, em
7 de agosto de 1793 em Lille, rubricou um diploma
“em nome e sob os auspícios da Liberdade, Igualdade
e Fraternidade“; diploma em que ele tinha acabado de
riscar a inscrição maçónica impressa “em nome e sob
os auspícios do Sereníssimo Grão -Mestre“. Isto, uns
56 anos antes do advento da Segunda República.

A.C.T

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O ENTUSIASMO EM LOJA
A loja é a célula da maçonaria, instituição secular para
uns, milenar para outros, mas uma instituição que na
nossa era produz bons frutos. É uma organização
voltada para paz, a concórdia, o desenvolvimento
intelectual e moral do ser humano. Por si só isto já é
um bem grandioso para a humanidade.
Como célula, a loja encerra em si todo gene da
maçonaria seguindo a orientação que vem da sua
potência.
É preciso entusiasmo nos trabalhos de loja posto que
só as pessoas entusiasmadas são cap azes de vencer
desafios do cotidiano. E por quotidiano devemos
entender as vinte e quatro horas do dia. Logo, o
quotidiano está no nosso trabalho, na nossa família,
no nosso desporto ou lazer.
O entusiasmo é contagiante: Quando se lê o ritual de
tal forma que convencemos de que se tem de tornar
realidade aquilo que está a ser lido, convence também
o irmão que o está ouvindo. Daí o verbo entusiasmar
que significa provocar entusiasmo em alguém. Mas
como transmitir calor se se está frio? Só é capaz de
entusiasmar aquele que está cheio de entusiasmo. E
neste caso específico, não dá para enganar. Bater
palmas, gritar “vamos à luta”, sem entusiasmo, é
muito pouco ou quase nada.
A loja precisa de entusiasmo até por uma questão de
sobrevivência: Honoré Balzac teria dito que “O
homem começa a morrer na idade em que perde o
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entusiasmo”. Isto é plenamente aplicável à loja. O
marasmo da repetição semanal de um texto que não
nos instiga à luta não deixa de ser uma morte lenta e
gradual.
Precisamos de entender o texto do r itual na sua
acepção lendo na mesma entonação de quem o
escreveu para ter nele o real significado da
maçonaria. Nem tudo será fácil, nem toda batalha
vitoriosa, mas vale a pena acreditar na afirmação de
Winston Churchill quando disse que “o sucesso é ir de
fracasso em fracasso sem perder entusiasmo”.

Pesquisa: Douglas Merlin M∴M∴

COMO SE FORMA UM MAÇOM?


A questão que foi colocada é simples!
Como é que uma loja deve formar um irmão para que
seja um excelente Maçom no futuro?
A simplicidade da pergunta, denota alguma
ingenuidade, mas obriga a uma resposta nada fácil.
Certamente outros estudiosos da nossa sublime
instituição, encontrariam aqui matéria para uma
grande dissertação filosófica.
Mas eu confesso que fiquei atrapalhad o!
Assim surgiu-me uma ideia.
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Tudo começa no princípio, e o princípio é a escolha,
quando abordamos alguém para ser futuramente
nosso Irmão, que critérios usamos?
Sabemos que a maçonaria lapida o carácter, mas não
a personalidade humana, pois esta é imut ável. Assim
a matéria prima, o futuro Irmão tem que ser muito
bem escolhido, muito bem investigado, muito bem
inquirido, e o seu escrutínio deve ser realmente sem
favorecimentos.
Não deverá ser só porque é meu chefe, meu colega,
muito influente ou outras s egundas escolhas que não
a mais importante, que segundo eu deverá ser: Se tem
bom Carácter se é livre e de bons costumes.
Nem todos os que lidam diariamente conosco deverão
servir para ser nossos irmãos, digo eu!
E se fizermos realmente esta pergunta, ant es de
indicarmos alguém para ser iniciado, com Certeza
estaremos a construir o futuro da Maçonaria que é
dependente da formação de bons maçons.
Não se forma bom carácter de quem não tem
personalidade e coração sensível ao Bem, de quem
não é livre e de bons costumes.
Assim mais uma vez reforço que o futuro para se ser
um bom Maçom começa pelas escolhas.
Quem realmente pode ser digno de ser nosso Irmão e
não haver interesses pessoais ou até mais escusos,
como se vê em muitas lojas, que só almejam impor
vaidades aos seus membros, como forma cabal e
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néscia de demonstração de poder, de uma
enfermidade que chega às raias do ridículo das
vaidades pessoais e até mesmo de um grupo de
pseudomaçons.
Agora se fizermos uma boa escolha resposta fica mais
fácil de ser esplanada.
O verdadeiro Irmão já nasce Maçom, já o demonstrou
nas suas atitudes no mundo profano, no s eu
relacionamento profissional, na família, enfim! Na sua
vida.
Este sim, está pronto para ser lapidado.
Uma pedra bruta que o maço e o cinzel, irão tornar
numa escultura de beleza ímpar, capaz de sentir o
verdadeiro amor fraternal.
A verdadeira maçonaria é esculpida no interior da
subjetividade, legando a cada um o ónus de se
inscrever no livro de presenças da grande Loja do
Oriente Eterno.
Não se pode confundir o reconhecimento de direito
com o reconhecimento de facto.
Ter carteira e estar em dia com a loja, é condição para
ser reconhecido como regular.
Mas ser honrado e praticar os ensinamentos
maçónicos e vivenciar a verdadeira essência
maçónica, é ofício a ser burilado e aplanado pelo
mestre interior, e pelos vigilantes da própria
consciência e da vi da.

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O Maçom precisa de ser um construtor de templos à
virtude, pois assim são os ditames da fraternidade.
A loja é a escola da sua formação.
Para esse mister, a ela os maçons comparecem com
assiduidade, para, com os seus irmãos se instruírem
reciprocamente nas práticas da virtude.
O Maçom mesmo esculpindo-se, adapta-se ao espaço
que lhe foi reservado no levantamento do edifício
social, construindo o seu templo interior.
Mas precisa estar advertido de que na construção do
templo, de permeio, no material, enc ontram-se vários
obstáculos, entre eles, a ignorância, os preconceitos,
a perfídia e o erro.
Escuso-me aqui de enumerar o significado de cada
obstáculo, pois são bem conhecidos por todos nós.
Aqui volto ao início das nossas ponderações: “A Nossa
Escolha” quem serão os nossos futuros irmãos?
Será sempre Ratificadora, daquilo que almejamos
para a nossa ordem”.
Podemos pressupor que todos os verdadeiros maçons
têm o domínio sobre o saber necessário para se
comportar de forma digna em todos os momentos.
Outro paradigma importante.
A maçonaria é uma escola de formação de líderes e
lideranças.

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Liderar é influenciar positivamente as pessoas para
que elas atinjam resultados que atendam às
necessidades tanto individuais quanto coletivas, e
ainda, responsabilizar-se pelo desenvolvimento de
novos líderes.
Para que tal aconteça, devemos desenvolver entre
outras, a capacidade de perseverança, é esta
qualidade que nos permite levar por diante o nosso
objetivo, com firmeza na construção mais apreciada.
Concluo que o Maçom é livre e de bons costumes e
sensível ao bem e que, pelos seus ensinamentos da
maçonaria busca o seu engrandecimento como ser
humano atuante e culto, combatendo a ignorância.
A ignorância é o vício que mais aproxima o homem do
irracional.
Assim sendo e p or ser Maçom, deve conduzir -se com
absoluta isenção e a máxima honestidade de
propósitos, coerentes com os princípios maçónicos, e
para ser um obreiro útil a serviço da nossa ordem e da
humanidade.
Não se aprende tudo de uma só vez.
O saber é o acumular d e experiências e de
conhecimentos a que se vai tendo acesso.
E esta experiência continuada e construtiva da
maçonaria exerce -se em loja, nos trabalhos e no
convívio social, conduzindo o homem aos caminhos da
justiça e da tolerância.

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Não nos esqueçamos como começamos esta
dissertação: O mais importante é a matéria -prima, nas
nossas escolhas está o futuro da Ordem.
O verdadeiro Maçom já nasce, a iniciação é apenas a
formalização de qualidade de direito, pois de fato ele
já o é desde o seu nascimento.

RITO MEMPHIS-MISRAIM
O Rito Antigo e Primitivo de Memphis -Misraim é
Deísta, e por isso, considerado o Rito Maçônico mais
plural do ponto de vista da Tolerância e Respeito no
campo da espiritualidade, e o mais Esotérico e
Discreto a operar no Brasil.
Entre os vários Ritos maçônicos, este Rito ocupa uma
posição particular desde a sua origem. Tem a sua
inspiração na simbologia do Antigo Egito e apoia-se na
fonte das mais antigas tradições iniciáticas do
mediterrâneo: pitagóricos, autores herm éticos
alexandrinos, neoplatónicos, sabeístas, ismaelitas, e
dos Rosa-Cruzes e Templários. Contudo, acabou por
ser no século XVIII que encontrou os seus ecos na
Europa. Foram numerosos esses Ritos e Rituais, porém
só dois, dentre eles, chegaram até nós: o Rito de
Misraim e mais tarde o Rito de Memphis.
Até 1881 os Ritos de Memphis e Misraim seg uiram
rotas paralelas. Os Ritos começaram então a agrupar
e chamar até si Maçons interessados pelo Ocultismo e
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no estudo do simbolismo esotérico da Maçonaria,
incluindo a Gnose, Cabala Judaica e o Hermetismo.
Esta Obediência Maçônica, que celebrou o
bicentenário em 1988, surgiu quando os dois Ritos, de
Memphis e de Misraim, foram reunidos em 1881 por
Giuseppe Garibaldi, que se tornou o seu primeiro
Grão-Mestre Geral.
As Lojas do Rito Antigo e Primitivo de Memphis -
Misraim, acrescentam ao compasso e esquadro, a
régua, símbolo de retidão.

M∴ M∴ Sandro Barbosa

DESAFIOS QUE A MAÇON ARIA DEVE VENCER.


Nestas primeiras décadas do século 21, a Maçonaria,
de uma maneira geral, enfrenta um inimigo maior que
todos aqueles que já a confrontaram – a indiferença:
A indiferença por parte dos seus membros de que não
há mais batalhas a serem vencidas;
A indiferença e a acomodação por parte dos seus
membros de que as grandes causas se resumem a
encontros sociais e a discursos vazios desassociados
da realidade prática de um mundo em transformação,
um mundo que exige respostas rápidas para questões
cada vez mais complexas;

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A indiferença por parte dos seus membros com
relação aos equívocos internos e à luta insana por um
poder sem poder algum;
A indiferença diante de grupos que simplesmente se
esquecem dos compromissos assumidos no instante
das suas iniciações.
Portanto, o maior inimigo da Maçonaria não está
somente no crescimento de movimentos
antimaçônicos, no crescimento de teorias de
conspirações, nos ataques de grupos extrem istas que
se têm infiltrado dentro da Ordem, com o intuito de
se valerem da “proteção” dos seus templos para fins
menores e escusos.
O maior inimigo da Maçonaria está na constituição,
interna-mente, nas nossas fileiras, de grupos de
interesses particulares , na construção de uma
oligarquia, de um governo de poucos, por si só
perverso, com pretensões de se perpetuar no poder
da Institui-ção, transformando -se numa autocracia ou
mesmo numa pluto-cracia.
O que se tem visto de uma forma generalizada é que
os inte-resses maiores, os interesses sociais e
culturais de grande parte da sociedade profana e
maçónica, foram deixados de lado, em troca de uma
política feita para garantir regalias efémeras e
reuniões festivas sem significados maiores.

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GOTEIRA: A ORIGEM DO TERMO
Um termo muito comum e curioso, na linguagem
maçônica, é o “Goteira”, servindo para identificar o
não Maçom, que se utiliza de artifícios para descobrir
os nossos Mistérios, ou até mesmo para se introduzir
no seio de uma Loja Maçônica, tentando faze r-se
passar por um iniciado. Desde a Antiguidade, que as
escolas de ofícios, portadoras dos segredos da sua
arte, se resguardaram de intrusos, que tentavam,
ilegalmente, beneficiar-se dos direitos restritos aos
membros daquelas classes organizadas.
Há relatos de que, no antigo Egito, muito antes da
Maçonaria se estabelecer nas suas Lojas de Ofício,
existiam diversas outras Ordens, detentoras dos
Mistérios da Construção (Medidas Canônicas,
transmitidas através da Geometria Sagrada, aos
iniciados), que já utilizavam sinais, toques e palavras
para a identificação dos seus membros, afim de
preservar os seus segredos.
Tais curiosos e “vantagistas” existem até aos dias de
hoje e, entre os maçons brasileiros, são tratados pela
alcunha de “Goteira”. Alguns autor es mais
imaginativos alegam que a sua origem remonta aos
tempos em que os Maçons, afim de se esconderem da
perseguição dos inquisidores, se reuniam às
escondidas em cavernas, e quando um curioso se
tentava infiltrar no grupo, era colocado debaixo da
goteira de uma estalactite, onde permanecia de
castigo.

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O INFERNO, O DIABO
Autor: O Iniciado
Muitas religiões e crenças dividem o dogma da
existência do Opositor Perfeito, aquele que está na
diametral Oposta de Deus e que de alguma forma
pode com ele embater pelas almas daqueles que
vivem. Sendo a personificação do mal e mantenedor
deste mal, então, nessa visão, Deus seria o Bem e
estaria do lado Oposto ao Opositor, que é mal. Para
isso, deveria então existir um Lugar maior que Deus e
o Diabo, para conter o em bate dos dois...
Primeiramente, é preciso que olhemos para uma
Verdade Irretorquível, verdade essa que somente
pode ser alcançada por Grandes Mentes ou através do
Aprendizado.
Essa verdade, é que: “OS OPOSTOS SÃO IGUAIS”
Inicialmente isso pode parecer e stranho, mas quanto
mais levantarmos o véu que cobre essa Verdade, mais
sentido ela fará.
- Pesado e Leve são medidos na mesma balança
- Alto e Baixo são medidos na mesma régua
- Pequeno e Grande são medidos na mesma métrica
- Quente e Frio são medidos no mesmo termômetro

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- Bonito e Feio (embora abstratos) são medidos pelos
mesmos critérios
- Escuridão e Luz são medidos pelo mesmo luxímetro.
(medida para contagem dos fótons)
- Barulhento e Silencioso são medidos pelo mesmo
decibelímetro. (aparelho qu e mede decibéis).
Logo, fica claro que tudo é composto por opostos, é
pela variação desses opostos que temos as nuances da
vida.
Você só está vivo porque seu coração também faz isso,
bate por um instante e para de bater em outro, seu
pensamento vem em pulsos elétricos que ora são e ora
deixam de ser.
Essas ondulações entre os Opostos geram a Própria
Existência como a conhecemos: Um Plano Dual.
Contudo, é errado acreditar que Deus estaria em uma
dessas diametrais, na verdade, é Dele a Régua e a
Métrica.
O Bem existe, é claro, o Mal existe e também é
verdade, contudo, esses são reflexos da métrica e não
do Coeficiente. As duas energias emanam da Única
Fonte, essa, chamamos Deus, ou, Grande Arquiteto do
Universo.
As religiões que buscam suas razões para e ntender
Deus sobre o prisma de Bom em oposição ao Diabo,
personificação do Mal, evocam um passado natural ao
ser humano.

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Ao ver a transição do dia para a noite e a mudança da
segurança para a incerteza, via -se ali sinal claro da
dualidade, a luz era boa e a escuridão perigosa, e por
aproximação, as divindades também deveriam reger o
dia e a noite, ou, o bem e o mal, sendo Deus o Bom e
o Diabo o Mal.
Chamamos Luz o bem e Treva o mal, mais uma vez,
isso evoca nossa percepção da realidade, quando
passamos a dominar o fogo, fugir da treva tornou -se
uma opção, instruir -se nessa arte era dominar o mal e
por tanto, também assim deveria o ser a nível
espiritual.
A tudo isso, há o Símbolo. O Animal Humano é um
Animal Simbólico, Cultural e Político.
Contudo, o Her metismo vem de encontro ao Único.
Deus, seja lá o que isso significa, não é nem o Bem e
nem o Mal, mas é chamado de o Verdadeiro Bem pelo
Hermetismo, pois, na visão dos textos herméticos, ser
Verdadeiramente Bom é dar em continuidade, e Deus,
continua sua doação da Existência. Emanando
continuamente o Todo.
Façamos uma pequena analogia.
O Sol é bom?
Ele não se importa com isso, ele faz sua função de dar
o tempo inteiro, a todo o momento ele consome a si
próprio e envia a energia da qual todos nós somos
frutos, agora, não importa para o Sol se você o acha
bom ou mal, dele nascem também os grandes

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incêndios, foram suas rajadas solares que retiraram
toda a atmosfera de marte, ele nasce pela manhã na
hora em que ele deve nascer e não se importa se você
está orando para que ele não venha pois está
atrasado, ele faz o que deve ser feito. Não atoa foi
tomado por divindade por centenas de nações, mas
para o Hermetismo é Símbolo do Masculino Perfeito
justamente por essas características de Doação Ativa.
A Lua é boa?
Ela não se importa com isso, ela faz sua função de
atrair as marés e refletir a luz solar, não importa se
essas marés se tornarão em tsunamis, ou se puxarão
as marés para as casas na orla, a luz que emite é a luz
que recebe. Ela regula os ciclos do sono (ciclo
circadiano), os ciclos menstruais das mulheres, as
colheitas, o crescimento até mesmo dos cabelos, mas
ela não se importa se você está orando para que ela
não suba as marés hoje porque deixou suas coisas na
praia, e por essas razões foi tida por muitas crenças
como deusa, mas para o hermetismo é símbolo do
Feminino Perfeito, justamente pelos fa tos citados de
ser Receptora Ativa.
Deus é o Sol?
Deus é a Lua?
Não, para o hermetismo, O Sol é teu Pai, a Lua é Tua
Mãe e a Terra o Embalou em seu ventre.
Masculino e Feminino se uniram para que você fosse.
Mas Deus, não é nem o Masculino e nem o Femi nino,

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e para dizer isso é possível chamá -lo de ambas as
coisas.
Se a Lei dos Gêneros e dos Opostos se aplicam aqui,
também o que se refere a Dualidade entre Bem e Mal
deve valer de igual modo.
A Crença de que haja algo que vá contra a Vontade do
Cósmico, Deus, é uma violação clara da Estrutura
Cósmica.
Existe Algo que mantém todas as coisas, a Esse Algo,
chamamos Deus, qualquer outra coisa que fuja desse
Princípio Único e Inviolável é mera crença humana.
Deus não tem para si Opositores pois não há nada f ora
Dele, pode algo levantar -se contra si mesmo e lutar
contra si próprio?
O Hermetismo irá evocar que Deus é Algo de
Extraordinário, algo que foge a qualquer forma
humana de entendimento.
Logo, a ideia de criar um Opositor é escape para
nossas culpas, u ma vez que eu possa fazer a Visita ao
Interior de Mim Mesmo e Achar a Pedra Filosofal ela
servirá de Métrica e é aí que verei que eu ondulo
entre os Opostos e que sou eu quem deve escolher
pelo Pêndulo para onde Ir, alguns dirão que acertar
isso é estar “No Prumo”, outros dirão que “Vieram ao
Centro”, ao “Áxis Mundi”, etc. Etc. Etc. Sendo assim,
é aqui que Sócrates afirma que conhecer a si mesmo
é conhecer os deuses, o universo e a verdade.

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Essa Filosofia é conhecida como Filosofia Perene. Ela,
libertará o homem do medo que carrega de criaturas
infernais de sua própria criação.
Lembramos, é claro, que aqui há a escolha, a doutrina
da quimbanda, por exemplo, evoca para si entidades
que assumidamente são aquelas que escolheram não
evoluir após a morte, mas, manter-se presas no plano
terreno, vemos nesse caminho pessoas
completamente perdidas nos seus axiomas, afinal,
não tem para si Mestres Verdadeiros. Mas pretensos
magistas que dizem evocar todo o sortilégio de
demônios.
Nas Igrejas os fiéis evocam para si santos e pastores,
padres e epíscopos, que parecem ser aqueles que
estão na diametral oposta da régua, contudo, como
sugere a simbologia da Escada de Jacó, os degraus da
evolução fogem a visão humana, tão grande ô é.
Certa vez um homem foi até o Mestre N azareno e
interpelando disse: “Bom mestre me ensine a alcançar
a salvação”
E Jesus lhe respondeu duramente: “Por que me
chamas bom? Só um é bom, D’us é Bom”...
Aquele que puder entender esse estudo, poderá dizer
abertamente que adquiriu parte da Filosofi a Tríplice,
uma das Três Partes da Filosofia Universal.
O que não quer dizer que você deva escolher o mal em
detrimento do bem. Mas que você deve ser o
Observador da Lei e não Juiz dela.

Pág in a 25 d e 1 29
No discurso de Krishna, veremos que a Personalidade
Suprema de Deus, ensina Arjuna que, o Yoga
Devocional, os melhores Yogues, são aqueles que se
dedicam na contemplação do Imanifesto e não em
divindades.

Terna e Fraternalmente:
O Mestre Oculto dos Cem

MEMPHIS-MIZRAIM E O MARTINISMO
O Rito de Memphis-Mizraim que tem forte ligação com
o Martinismo, Apesar de pouca literatura disponível,
tem9s alguns documentos que atestam essa ligação.
Os Ritos Orientais de Memphis e Mizraim
representavam na Europa a Maçonaria Ocultista e
Hermética. Em tais ritos procurava -se admitir aqueles
Irmãos que tinham interesse em se aprofundar no
estudo da doutrina Maçônica. Através de seus rituais,
graus, símbolos, inserem -se uma série de Tradições
Iniciáticas Antigas que não deixam de interessar aos
SS. II. e FF. RR. CC.. A própria d enominação destes
Ritos: Memphis e Mizraim, perpetua dois importantes
Centros da Iniciação e do Sacerdócio Egípcio na mente
de todos os iniciados do Ocidente.
A este Rito pertenceu na Europa o Irmão Ragon, que
esteve em contato com o Imperator R+C ou Chefe dos
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Rosa-Cruzes e, inclusive, foi seu aluno o Conde de
Saint-Germain. Por outro lado, na Itália este Rito teve
uma grande importância nos acontecimentos
históricos que deram nascimento à nação Italiana.
Devemos recordar que Garibaldi pertenceu a esta
Ordem. No nosso vizinho país, a Argentina, o Rito de
Memphis teve um período de grande esplendor não
faz muito tempo, chegando a contar com cerca de
setenta Lojas.
O Rito de Memphis é de origem oriental. Foi renovado
em 1820 pelo Irmão Boulage, professor da Fa culdade
de Direito de Paris, sujeitando -se ao plano dos
Grandes e dos Pequenos Mistérios do Egito e da
Grécia Antiga. O Rito de Misraim, também
denominado Egípcio e, às vezes, judaico, foi fundado
em Paris, em 1805, pelo Irmão Lechangeur.
Conforme o traçado arquitetônico destes Ritos da
Maçonaria Oriental, a origem da Ordem remonta às
primeiras idades do mundo, supondo -se que um
nasceu na Índia o outro no Egito, nas margens do Nilo,
sendo uma continuação dos antigos Mistérios.
Consideram-se fundadores diret os do Rito os
Cavaleiros da Palestina e os Irmãos Rosa -Cruzes do
Oriente.
Os diversos graus do Rito de Memphis e Mizraim
foram tomados do Escocismo, do Martinismo (por este
motivo conserva a influência de Pasqually e de Saint
Martin), da Maçonaria Hermética e de vários outros
sistemas e reformas que praticaram -se com êxito na
Pág in a 27 d e 1 29
Alemanha, França e Itália, em épocas anteriores a
1730. Um documento muito interessante sobre a
Maçonaria Oriental e Espiritualista é a "Muito Santa
Trinosofia" escrita pelo Conde de S aint-Germain.
O Rito conta com um total de 96 graus divididos em
três séries: simbólica, filosófica e mística. Por outro
lado, o Rito Misraim conta com 90 graus classificados
em quatro séries e divididas em 17 categorias, a
saber:
1º - Série - Simbólica: compreende os 33 primeiros
graus divididos em seis classes, que ensinam a moral
e o estudo do homem.
2º - Série - Filosófica: compreende 33 graus a partir
do 34º ao 66º, divididos em 4 classes. Ensina as
ciências naturais, a filosofia da história e explicaç ão
os mitos poéticos da Antig uidade que, sob a alegoria
da fábula, encerram a origem dos Mistérios.
3º - Série - Mística: compreende 11 graus, do 67º ao
77º, divididos em 4 classes, desenvolve a parte
transcendental da Filosofia Maçônica.
4º - Série - Cabalística: Inclui os 13 últimos graus, do
78º ao 90º, divididos em 3 classes e contém as chaves
do ensinamento e doutrinas do Rito, chaves que são
de índole Cabalista, conforme as Tradições Rosa -
Cruzes do Oriente.
A organização e estabelecimento destes Ritos exige
por parte dos Dignitários um perfeito conhecimento
das Tradições Iniciáticas do Oriente e do Ocidente,

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além de outras condições muito especiais que não se
podem improvisar. A menos que estes requisitos
sejam cumpridos, torna-se muito difícil subsistirem
tais ritos.
Ainda que em alguns aspectos a terminologia do Rito
possa nos parecer pomposa e bizarra, devemos
compreender que não era considerada desta maneira
no século XVIII, a cujo espírito e compreensão
obedece.
Cavaleiros: da Abóbada Sagrada, da E spanha e do
Oriente, de Jerusalém, da Águia Vermelha e Negra, do
Oriente e do Ocidente, Rosa -Cruz, Noaquita ou da
Torre, da Serpente de Bronze, da Cidade Santa da
Alegria, do Tabernáculo.
Filalete: Doutor dos Planisférios, Sábio Sivaísta,
príncipe do Zodía co, Sublime Filósofo Hermético,
Cavaleiro das Sete Estrelas, das Sete Cores ou do Arco -
Iris, Rei Pastor dos Hurtz, Príncipe da Colina Sagrada,
Sábio das Pirâmides.
Filho da Lira: Cavaleiro da Fênix, da Esfinge, do
Pelicano, Sábio do Labirinto, Pontífice de Cadméa,
Mago Sublime, Príncipe Brahman, Cavaleiro do
Templo da Verdade, Sábio de Heliópolis, Pontífice de
Mithra, Guardião do Santuário, Sublime Kavi,
Sapientíssimo Muni.
Sublime Príncipe da Cortina Sagrada: Intérprete dos
hieróglifos, Doutor Órfico, Guar dião dos Três Fogos,
Guardião do Nome Incomunicável, Doutor do Fogo
Sagrado, Doutor dos Vedas Sagrados, Cavaleiro do
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Tesouro de Ouro, Sublime Cavaleiro do Triângulo
Luminoso, Sublime Cavaleiro do Temível Sadah,
Sublime Cavaleiro Teósofo, Sublime Mestre do Anel
Luminoso, Sublime Mestre da Grande Obra, Soberano
Príncipe de Memphis, etc..

Alguns dos Sinais Hieroglíficos e Cabalísticos:


Paralelogramo com 7 pontos - arco-íris - o ponto no
centro de um quadrado - duas linhas cruzadas dentro
de um quadrado - duas linhas cruzadas dentro de um
quadrado com um ponto no centro - um círculo com
um quadrado dentro e um ponto no centro destes -
dois círculos concêntricos dentro de um quadrado
com três pontos, no centro, formado um triângulo -
duplo círculo encerando a es trela de quatro pontas -
edifício quadrado e de pedra sobre o qual repousam
as bases de quatro triângulos em cujo centro figura
um olho, ou uma gama, uma estrela, esferas,
crescentes, flechas, claves, orlas dentadas, serpentes,
águias negras ou vermelhas, varetas floridas e de
ouro, as Tábuas da Lei, a Arca da Aliança - o
Tabernáculo, altares de sacrifício e dos perfumes,
palmas e lauréis, candelabros de 3, 7 ou 9 velas, o
Livro dos Sete Selos, salamandras, castelo com
ameias, abóbadas estreladas, subterrân eos
luminosos, Sol de Ouro, Lua, Estrela Polar, uma
medalha de ouro cunhada em 2995 AC, o Zenite e o
Nadir, cabeças de mortos e ossaturas... uma tumba,
etc..

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Os diferentes graus contêm invocações a Jehovah,
Adonai, Iod, Alá, Emmanuel, Salomão, Hiram,
Zorobabel, Abraão, Daniel, Jonas, Zabulão, com
elementos das lendas Hebraícas, Caldéias e Islâmicas.
De seus rituais convém lembrar o termo "Autópsia",
tomado dos Mistérios Antigos. Nenhum outro poderia
simbolizar melhor a conclusão da Obra Iniciática. Da
mesma maneira que o médico busca nos órgãos a
causa da morte de um sujeito para tentar preservar os
outros seres humanos, assim também o Iniciado deve
buscar nele as causas do Mal para combatê -lo e fazer
triunfar o Bem.
Demi-our-gros, reunião das palavras grega s: Demo (eu
construo), ouranos (o céu), gros (a terra),
simbolizando o "Grande Arquiteto do Universo",
porém na interpretação Maçônica que é diferente da
interpretação Martinista que reconhece ser Yeschouá
(Jesus Cristo) o GADU.
"Pensa que, para chegar à esfera da inteligência, é
preciso sondar, sem medo, os mistérios da morte
física."
"Despoja-te do homem velho para renascer na
virtude. Lança um olhar para teu passado. Busca
motivos de esperança no porvir."
"A morte não pode separar o que está unido pela
virtude. Proceda assim como queres que procedam
contigo."

Pág in a 31 d e 1 29
"Se a bebida que te oferecem é amarga em lugar de
ser agradável, ao menos, bebe -a com resignação,
porém afasta-a dos demais, já que a bebida amarga é
o símbolo da adversidade."
"Tu que desejas passar rapidamente pelos graus de
instrução, recorda que antigamente não era admitido
ninguém a Maestria senão depois de transcorridos
sete anos dedicados ao estudo das ciências úteis ao
gênero humano e haver compreendido os segredos da
Natureza. Estuda suas forças e busca suas causas
segundas."
"Busca as causas e as origens, compreende o mito
poético dos antigos, desenvolve teu sentido
humanitário e compreensivo."
"O Conhecimento completa, ao Iniciado, sua ascensão
para além do plano em que moram seus seme lhantes."
"O mundo é uma eterna figueira, cujas raízes estão no
céu e que estende seus ramos sobre o abismo.
Recorda este princípio dos Vedas."
"Tudo segue de 7 em 7, em todos os sistemas e em
todas as seitas: 7 esferas celestes dos antigos, os 7
dias da semana, as 7 cores e os 7 sons fundamentais,
etc.."
"O gênero humano é Um, apesar da diversidade de
línguas."
"Todas as religiões assemelham -se com suas lendas:
Rama, o Indiano; o Egípcio Osíris; Adônis; Hércules e

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Baconos Gregos; o Atys dos Frígios e o Cri sto não são
mais que uma só e mesma alegoria."
"Não te ocupes senão de trabalhos úteis, iluminando -
os com a tocha da tua razão e trabalha na elevação e
enobrecimento do espírito humano."
"O mais útil dos conhecimentos é o de si mesmo, pelo
qual aprenderás a desenvolver tua natureza, tomando
consciência de tua dignidade."
"Para que uma civilização material não se degenere, é
necessário que seja limitada por uma civilização
moral."
"A escala misteriosa das existências deve ser subida
progressivamente pelos qu e se acham dignos de
chegar perfeitos ao triângulo. Não é senão pelo
estudo e a perseverança que se pode chegar até lá."
"O Espírito sobrevive à matéria, animada por sua força
e que vai se aperfeiçoando mediante os corpos que
vai animando sucessivamente."
"As partículas da Matéria, animadas por esta força,
aglomeram-se para constituir, reconstituir e
aperfeiçoar as espécies."
"A morte é um sono seguido de renascimentos."
"Recorda as máximas e conselhos do programa
iniciático."
"A iniciação não é nem uma ciê ncia nem uma religião,
mas uma escola em que se é instruído nas Artes,
Ciências, Moral, Filosofia e nos fenômenos da Criação,
Pág in a 33 d e 1 29
com o propósito de conhecer a verdade sobre todas
as coisas."
"Não é a iniciação que faz o iniciado, mas a educação
e a meditação."
"Faz sair a luz das Trevas, a Beleza da Incoerência."
"Mais vale esclarecer os inimigos da virtude do que
combatê-los."
"Regula as ações de acordo com a Razão e não
conforme as paixões."
"Os atos dos homens não são senão a sucessão do que
viram e aprenderam, da mesma maneira que a forma
da pedra bruta depende dos golpes que o artista vai
lhe dando com seu martelo e cinzel."
"O homem é mais ou menos vicioso, ou mais ou menos
esclarecido, segundo as verdades ou os erros que se
lhes inculquem."
"Estuda a arte de dirigir os homens para concentrar o
domínio da Verdade, modular a propagação, deter a
perigosa e demasiada dispersão."
"A inteligência é a causa e não o efeito da evolução."
"A cadeia das causas e dos efeitos constitui o Mundo."
"A pluralidade, concen trada na Unidade, governa
tudo."
"Saber, calar, querer, ousar. Sabedoria, Força, Beleza
na harmonia."

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"Tudo vem do Fogo, condensador e animador
universal, sem o qual o Grande Todo voltaria a cair na
noite do caos primitivo."
Em um interessante folheto publicado por J. Bricaud,
em Lyon, em 1933 e reeditado por Chevillon em 1938,
intitulado "Notas históricas sobre o Rito Antigo e
Primitivo de Memphis-Mizraim", consta que, "em
1908, constituiu-se em Paris um Soberano Grande
Conselho Geral do Rito de Memphis e Mizraim para a
França e suas dependências. A Patente Constitutiva
foi outorgada pelo Soberano Santuário da Alemanha e
estava assinada e selada em 24 de junho, em Berlim,
pelo Grão-Mestre Théodor Reuss Peregrinos."
"Foram designados Grão-Mestre e Grão-Mestre
Adjunto", escreve Bricaud, "o Dr. Gérard Encausse
(Papus) e Charles Détré (Téder). A Loja "Humanidade",
anteriormente auspiciada pelo Rito Nacional
Espanhol, chegou a ser a Loja -Mãe do Rito de
Memphis e Mizraim para a Franç a", vemos, portanto,
mais uma ligação do Rito com o Martinismo, desta vez
com dois de seus mais importantes protagonistas.
Em sua obra "O que deve saber um Mestre Maçon",
Papus que havia obtido os graus 33, 90 e 96 diz: "Se a
Franco-Maçonaria é uma simples sociedade de ação
social, por que existem então estes mistérios, esta
linguagem tão peculiar e toda essa decoração? Se isso
não serve de nada, francamente, poderia ser
suprimido. Porém, se sob esses símbolos oculta -se
uma elevada verdade, cujo conheciment o pode

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conduzir a adaptações sociais libertadoras da
Humanidade, então estudemos esta ciência maçônica
com todo o devido respeito."
"Não é na França, onde quase todas as tradições,
lamentavelmente, se perderam, mais no estrangeiro,
na Inglaterra, na Espanh a e, sobretudo, na Alemanha,
que prorroguei minhas investigações sobre esse
ponto."
"Em minhas conversações com o meu Ilustre Irmão
John Yarker, chefe Supremo do Rito Primitivo e
Original; com o Dr. W. Wescott, da Sociedade
Rosacruciana da Inglaterra; com Villarino del Villar,
ilustre Maçon Espanhol e com os Rosa -Cruzes e
Alquimistas da Alemanha é que consegui estudar de
uma maneira séria, fora dos livros, a origem da
Ciência Maçônica."
Em nosso país, há informações seguras da atividade
do Rito de Memphis e Mizraim, que inclusive atraiu a
censura da Grande Loja do Chile, que se sentiu
menosprezada em sua exclusividade para auspiciar
Lojas Maçônicas no território da República, conforme
o direito de território que possuem as Grandes Lojas.
Como consequência disto os Ilustres Irmãos que, na
realidade, sustentavam as Colunas de Memphis e
Mizraim com seu talento e capacidade, retiraram -se,
deixando o dito Rito abandonado à sua sorte, porque
a Ordem de Memphis e Mizraim deixou de existir no
Chile, em seu aspecto espiritual e iniciático.
Atualmente, continuam trabalhando com esse Rito,
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algumas Lojas de Santiago e Valparaiso, ainda que sem
maiores irradiações espirituais e cada dia com maior
flacidez.
Convém esclarecer no final deste artigo que O
Martinismo e a Maçonaria são organizações distintas
e autônomas. Nada impede, entretanto, que os
Martinistas se tornem Maçons ou que Maçons se
tornem Martinistas.

M∴ M∴ Sandro Barbosa.

UM POUCO DOS RITOS INICIÁTICOS DO RITO


MEMPHIS MIZRAIM:
A Maçonaria Egípcia, ou os Ritos de Memphis-
Mizraim. E a Simbologia Maçônica do Ritos Escocês
que eram usados por nos Templários de 1118 a 1314:
Estes Ritos foram transmitidos pelos povos da
Atlântida aos sobreviventes do último Dilúvio. Que
eram atlantes ou "Sumérios " que sobreviveram ao
dilúvio entre os mais conhecidos Osíris, Noé, Krisna e
mais 10 Cientistas, Pedreiros do Grande Arquiteto do
Universo. Mas antes de fazer qualquer iniciação se faz
necessário sabermos que, a maior iniciação é a
espiritual. Todos os Ritos são exercícios para
despertar o espírito para a caminhada evolutiva. Na
cultura do Egito Antigo conta -se que os "Deuses", que
eram mortais, estes Deuses eram seres humanos mais
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evoluídos em moralidade, em tecnologia, e cultura,
levaram para o Egito, a tecnologia, a cultura, a
matemática, e a geometria sagrada.
No Egito assim como na instituição Maçonaria
existiam vários Ritos...
Na atual Maçonaria existem cerca de 500 Ritos. E no
Egito não era diferente.
Existiam os Ritos ou Ética de Ma'at que além de um
Rito era um regra de convivência humanitária que os
Faraós e o povo em geral utilizavam , que era um
código de ética de fazer o bem comum (origem do
ágape), os Ritos de Passagem, de Faraó do
acampamento ou loja , ou ainda ritos de morte e
renascimento, cujo Rito consistia em após a Morte do
Faraó, na noite após a morte em uma câmara com
duas pilastras na entrada eram colocados o corpo do
antigo Faraó na Câmara mortuária e o novo faraó era
deitado na cama de Hórus. Era aplicada uma solução
alucinógena para que o candidato a Hórus pudesse
fazer uma viagem astral junto com o antigo Faraó e
assim mundo Quântico Receber a iniciação de todos
os Antigos Faraós do Egito. Ao acordar do êxtase
mediúnico ou extra existencial (transe sensorial) uma
hora antes da estrela Merica sumir no horizonte eram
proferidas o seguinte Rito.
Ao fim deste Rito era realizado aos primeiros raios de
Ra ou do Sol o seguinte Rito. (Livro dos Mortos de
recordação da memória do morto). Este Rito era
realizado pelos Sacerdotes Egípcios.
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Os Ritos Egípcios eram praticados. Por sacerdote e por
faraó, e ambas as classes tinham suas Escolas
iniciáticas e suas sociedades secretas.

M∴ M∴ Sandro Barbosa.

CINCO MOTIVOS PARA NÃO SER MAÇOM

1) Influência Política – Poder


Ao contrário do que muitos pensam, a Maçonaria
Universal, pelo menos a Maçonaria Regular, não
detém mais influência no Poder Político, como
ocorreu no passado, do que qualquer outra instituição
social, a exemplo das igrejas praticantes dos mais
variados credos religiosos, sindicatos classistas,
movimento dos “sem-terra” e outros do gênero,
porque a Maçonaria nada tem a ver com política
partidária, nem com os políticos inescrupulosos que
infestam a sociedade, nos dias de hoje. A única
influência que a Maçonaria pode exercer, nesse
sentido, quando age e pensa como Maçonaria, é
apenas a influência de ordem moral, pelo exemplo
efetivo dos seus membros, por meio da aplicação dos
seus princípios fundamentais, apregoados ao longo
dos séculos. Engana-se, pois, quem pensa que, ao
agregar-se à Maçonaria, através dela, pelo respeito

Pág in a 39 d e 1 29
que ela ainda inspira, terá livre acesso aos corredores
do Poder.
Aliás, uma das coisas que o maçom logo observará,
quando fizer uso do bom senso e da sabedoria
Maçônica, é que esse famigera do Poder é mais
ilusório do que real, além de efêmero e corruptor dos
bons costumes, com o esclarecimento adicional de
que, num ambiente democrático qualquer,
conscientemente, deverá ficar bem claro que o Poder
só conferirá autoridade àquele que os demais
indivíduos membros admitirem reconhecer e permitir.
Em Loja Maçônica Regular, entretanto, o detentor do
Poder e condutor das decisões, em razão da
autoridade conferida pelos seus membros ativos, é o
Venerável Mestre, com a observação oportuna, de
que todos os Mestres que sentam na Cadeira do Rei
Salomão, paradoxalmente, não possuem mais direitos
do que o Aprendiz mais recente, mas têm, em
contrapartida, mais responsabilidades e deveres de
que todos os demais Mestres.
Ante o exposto, conclui -se, então, que quem busca o
perfume do Poder, sem a busca, em primeiro plano,
do fiel cumprimento dos seus deveres Maçônicos,
inclusive sem a consciência de quais sejam as suas
responsabilidades, como “parcela ativa” da
sociedade, esse certamente não encontrará apoio e
guarida na Maçonaria, porque na Maçonaria, ao
contrário do que ocorre no mundo profano, a maior
autoridade tem o nome de humildade e é reconhecida

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como aquela que serve, que transpira fraternidade,
age com honestidade e fomenta a harmonia.

2) Influência econômica – Negócios e Dinheiro


Quem pensar que o ingresso na Maçonaria possa
representar uma “porta aberta”, para se obter
contato com as pessoas economicamente influentes,
realizar bons negócios e, desse modo, propiciar
condições para “subir na vida”, pens e outra vez,
pense melhor até, pois se esse for mesmo o seu
propósito, poupe-se ao trabalho e às despesas
consequentes, porque dentro da Maçonaria jamais
conseguirá fazer negócios diferentes daqueles que
faria, estando fora dela. O que todos lhe pedirão, a qui
na Maçonaria é que dê algo de si, continuadamente,
em prol dos seus semelhantes, sem mesmo cogitar em
retorno algum de ordem material e benefícios de
ordem pessoal, de qualquer natureza, porque todos
os negócios praticados na Maçonaria, estão sempre
relacionados com a elevação moral e espiritual dos
seus membros, através da busca incessante pela
sublimação do espírito sobre a matéria e engajamento
efetivo dos seus obreiros, no projeto de se construir
um mundo social melhor, mais fraterno e mais justo.

3) Influência social – Honrarias e Reconhecimento


Na Maçonaria Regular, como se sabe, todos os seus
membros ativos usam aventais, colares, joias,

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emblemas e comendas diversas, mas o verdadeiro
maçom considera todos esses utensílios, uns como
vestimentas úteis e necessárias à prática da
ritualística Maçônica, outros como meros adereços
pessoais, sem qualquer significação simbólica ou
esotérica, com a observação oportuna, inclusive, a
bem da verdade, que o único avental que todos os
maçons podem usar, indepen dentemente do seu grau
e qualidade, no âmbito da Maçonaria simbólica, é o
avental do Aprendiz Maçom, com a sua simbologia
única, cuja brancura e pureza devem ser preservadas,
nunca conspurcadas pela prática de ações
censuráveis, ilícitas ou indignas, de qu alquer
natureza. As diferenças entre o avental mais rico, o
avental bordado e o mais colorido deles, se
comparado com o avental branco utilizado pelo
Aprendiz Maçom, são só os preços cobrados pelos
seus fabricantes, porque todos eles são igualmente
importantes e indispensáveis, de uso obrigatório, em
todas as solenidades ritualísticas.
Por outro lado, um maçom regular não deve ser
diferente do outro, no cumprimento dos seus deveres
Maçônicos, tampouco deve utilizar a autoridade de
que é detentor, para usufr uir de privilégios especiais,
que não sejam os de reconhecimento fraterno e de
respeito à autoridade conferida pelo seu cargo, sem a
reprovável prática de culto à sua profissão, distinção
econômica ou posição cultural, exceto nas múltiplas
relações iniciadas ainda no mundo profano, porque o
tratamento a ser dispensado, nessas ocasiões, será
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mesmo o apropriado à sua autoridade profana,
mesmo quando se tratar de maçom. Ser reconhecido
simplesmente como “Irmão maçom”, em todos os
casos, enfim, é a maior honrar ia recebida pelo
obreiro, independentemente do seu status social,
profissional ou cargo Maçônico que ocupe na
instituição.

4) Beneficência – Ajuda ao Próximo


O maçom bem-intencionado, que, porventura procure
no seio da Maçonaria, que insista na procura de um
instrumento ou de uma maneira de, como dar vazão
ao seu desejo impulsivo de ajudar ao próximo através
de movimentos eminentemente beneficentes e, se for
essa a única e principal razão que o move em direção
da Maçonaria, esse maçom também está muito
enganado. Não que a Solidariedade e a Beneficência
não sejam privilegiadas pela Maçonaria. Claro que o
são. Mas não é essa a razão de existência da
Maçonaria, porque a Solidariedade e a Beneficência
Maçônica, é um subproduto consequente de um
trabalho organizado e comprometido com o bem -estar
da humanidade, nunca a causa principal da sua
existência, sob pena de se ver prejudicada a sua
finalidade primordial. Portanto, se são a
Solidariedade e a Beneficência que atraem o bem -
intencionado e nada mais do que isso , seja maçom ou
não, o melhor que ele pode fazer é desenvolver esse
trabalho meritório em organizações beneficentes

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vocacionadas, como Lions, Rotary, Associações etc. e
mesmo sem se juntar a qualquer organização,
certamente encontrará na sua rua ou na sua
localidade alguém que necessita da sua ajuda. E em
sendo maçom no seu propósito de auxiliar sempre ao
seu Irmão necessitado, em tudo aquilo que for
necessário e justo, sem prejuízo seu, de seus
familiares e de seu trabalho.

5) Curiosidade – Conhecer o “Segredo Maçônico”


Se a curiosidade, estimado irmão, tem sido o
combustível que tem alimentado o seu desejo de
continuar maçom, em detrimento da busca
permanente pela sua elevação moral e espiritual, por
meio do aperfeiçoamento dos costumes e prática
constante da verdadeira fraternidade, como tem
ensinado a Sublime Instituição, então não se iluda
mais, mude de atitude logo, porque enquanto pensar
desse modo, será um obreiro fadado ao insucesso e à
indiferença, essa doença insidiosa e letal, que tem
atacado as nossas colunas e ceifado a muitos, sem
esquecer de que, distante desse espírito maléfico de
curiosidade que o envolveu, somente o trabalho, a
persistência, a determinação e o querer converter -se
em legítimo construtor social, aliado ao respeito pelas
nossas tradições, autoridades legalmente constituídas
e sistema normativo em uso, somente nessa condição,
o Irmão poderá incorporar o modelo de maçom

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vitorioso e de obreiro que sabe praticar, eficazmente,
a verdadeira Maçonaria.
Portanto, caro curioso, se é a c uriosidade que o move
a ser maçom, esqueça! Há outros meios de o
satisfazer! E, afinal, se o que pretende é apenas
conhecer como pensam, o que fazem e de que tratam
os maçons, nem sequer precisam se incomodar muito:
basta-lhe entrar na Internet e continuar lendo os
diversos e inumeráveis sites Maçônicos.

Fonte: Revista Universo Maçônico

VIRTUDE OU VÍCIO?
"Justiça é uma constante e perpétua vontade de viver
honestamente, não prejudicar a outrem e dar a cada
um o que lhe pertence"
Levantam-se templos à virtude e cavam-se masmorras
ao vício!
Temos realmente uma responsabilidade muito grande
ao sermos Maçons.
Levantar templos à Virtude significa preservar os bons
costumes, manter a liberdade a todo custo, sermos
sempre iguais em todos os momentos e viver a
fraternidade no dia -a-dia.

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A virtude e o vício estão ao alcance de qualquer ser
humano.
Aqui, dentro da Maçonaria, somos colocados de
frente com os vícios e com as virtudes.
No mundo profano, dificilmente temos essa
oportunidade.
E já que essa chance nos apareceu hoje, procuremos
então estudá-la.
Devemos estar sempre unidos e compartilharmos
todos os momentos de nossas vidas com nossos
Irmãos.
Temos vários vícios, essa é uma verdade!
Analisando, assim, reconheçamos que temos de
conviver com os vícios dos Irmãos!
É um tolerando o outro, pelo menos até que haja uma
disposição interior de cada Irmão para se dominar e
superar esse ou aquele vício.
O que dizer de um Irmão que tenha o vício da vaidade?
Digo que a vaidade nos move a fazer as coisas
somente para aparecermos.
A vaidade é o alicerce de todo egoísta.
Ele quer ser sempre o centro das atenções, quer todas
as honras para si próprio.
E do Irmão que tenha falsidade?
Que a falsidade é a ponta de um iceberg, que é a
mentira.
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No fundo, toda pessoa falsa é uma mentirosa.
Mente para si e para os outros.
Nunca podemos confiar em uma pessoa falsa.
O que podemos falar de um Irmão que tenha inveja?
É uma pessoa desestruturada, fracassada ou até
mesmo desestimulada.
Essa pessoa deseja obter tudo que os outro s
conseguem, mas quer realizar tal desejo sem esforço
algum.
Tudo que os outros fazem dá por mal -empregado.
Quando vê alguém se saindo bem, deseja o mal e que
o outro também sinta o que ele já sentiu, ou seja, o
gosto do fracasso.

O que dizer de um ranc oroso?


É uma pessoa má!
Não se perdoa e não perdoa a ninguém.
Por ser muito exigente, não aceita que os outros
possam errar, principalmente se errar contra ele.
É muito difícil conviver com uma pessoa assim, pois
temos a preocupação de estarmos sempre co mo que
“pisando em ovos”.
..."Com certeza, seremos seu próximo inimigo se
tivermos qualquer deslize de atitude com essa pessoa,
engordando assim sua longa lista de inimizades"...

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..."E um Irmão que é crítico?
O crítico sempre tenta comparar as pessoas.
Procura constantemente falha nas atitudes dos
outros.
É incapaz de ajudar a solucionar um problema sequer.
Jamais soma esforços com os irmãos, mas está sempre
pronto a atirar farpas para destruir qualquer iniciativa
que venha a surgir de qualquer irmão q ue seja"...

Podemos analisar também o tagarela.


Esse não é confiável.
Temos sempre a preocupação com o que passa em sua
cabeça, pois tudo o que ele venha a saber será logo
levado como notícia a todos que encontrar. Sua língua
não cabe em sua boca.
Por ser assim, sempre evitamos discutir assunto
sigiloso em sua presença.
Esses são alguns vícios que temos, eu e vocês!
Passemos a analisar as virtudes.
Sabemos também que temos várias virtudes e,
portanto, devemos preservá -las, custe o que custar.

O que dizer de um Irmão que seja humilde?

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Esse é um obreiro sereno e pacato.
Reconhece o seu lugar e não complica o bom
andamento da vida dos companheiros.
O humilde sempre cabe em qualquer lugar, aceita a
todos como são e busca em qualquer ocasião estar em
sintonia com todos os que o rodeiam.
Quem dera se cada um de nós fosse humilde.
Certamente teríamos poucos problemas e atritos em
nossas vidas e também dentro de nossas Lojas.

O que podemos dizer de um Irmão autêntico?


É um companheiro fiel em quem podemos confiar,
visto que o autêntico não se esforça para dizer a
verdade.
Tem sempre uma amizade sincera e notadamente será
destacado como um ótimo companheiro por ser leal.

O que dizer de um Irmão que tenha a mansidão?


A mansidão é um dom da serenidade com a qual temos
a tranquilidade para resolver os problemas
existentes.
Esse irmão não se deixa abalar pelas adversidades.
Ele será sempre um conciliador e um amigo fácil de se
conviver.

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E o Irmão que possui a sabedoria?
A sabedoria, juntamente com uma boa d ose de
mansidão, falará o que vê de errado e não causará
constrangimentos.
A sabedoria vem com o passar dos anos.
Ela consiste em saber sair das adversidades que a vida
nos traz.
Sabedoria não é ser inteligente e passar os outros
para trás, mas é contorn ar todas as situações fazendo
com que a vida tenha mais alegrias e menos
contrariedades.
É o dom mais sublime, pois todos querem ouvir sábios
conselhos nos momentos de contrariedades.
O sábio sempre facilita a compreensão das
dificuldades e mantém a harmo nia.
Parece que nada o abala, pois consegue tirar o melhor
das piores situações que possam surgir.
Esse Irmão não critica ninguém, colocando -se sempre
na posição de defesa da fraqueza humana.
Devemos, pois, meus Irmãos, continuar a levantarmos
templos às virtudes e procurar acabar com os vícios.
Somente assim seremos verdadeiros Irmãos e
poderemos, neste momento, expandir o verdadeiro
amor que existe na nossa Maçonaria.

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A ESCADA DE JACÓ
Milo Bazaga

Segundo a Bíblia, Jacó, “Tendo chegado a certo lugar,


e, querendo nele descansar depois do Sol posto,
tomou uma das pedras que Ali estavam, e, pondo -a
debaixo DA cabeça, dormiu naquele mesmo lugar. Viu
em sonhos uma escada posta sobre a terra, cujo cimo
tocava o céu, e OS anjos de Deus subindo e descendo
por ela e o Senhor apoiado na escada, que lhe dizia:
Eu sou o Senhor; darei a ti e à tua descendência a terra
em que dormes. Eu serei o teu protetor para onde
quer que fores, e não te abandonarei, sem cumprir
tudo o que desse”.
No painel DA Loja de Aprendiz est á presente a Escada
de Jacó.
A escada tem muitos degraus, OS quais indicam as
virtudes por cuja prática temos de ascender até a
perfeição simbolizada pela estrela, no seu ápice.
Os degraus DA escada partem das profundidades e
alcançam as alturas. A Casa do Grande Arquiteto tem
muitas moradas, muitos níveis e lugares de descanso
para as suas criaturas, dentro DA suas diferentes
condições e graus de processo. Esses níveis, planos e
sub-planos, estão simbolizados pelos degraus DA
escada. Eles retratam três pla nos do mundo que se
reproduzem no homem: o plano físico, o emocional e
o mental. O primeiro corresponde à sua matéria física

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ou corpo sensório; o segundo, à sua natureza
emocional ou de desejo, que resulta DA interação
entre seus sentidos físicos e a sua m ente ultra-física;
o terceiro, o plano mental, corresponde à sua
mentalidade, que está ainda mais afastada de sua
natureza física, e forma o laço entre esta e o seu ser
espiritual.
O universo e o homem estão constituídos à maneira
de uma escada, numa orden ada série de degraus. Há
dois movimentos por esses degraus: a substância
única, símbolo do universo, “desce” do estado de
extrema sutiliza, por sucessivas etapas de
densíficação, até chegar à mais grosseira
materialidade; e depois “ascende”, por análoga
gradação de planos, ao seu ponto de origem, mais
enriquecida com as experiências acumuladas no
processo.
Foi esse processo cósmico o objeto DA visão ou sonho
de Jacó. O que ele sonhou ou contemplou, com visão
supra-ciente, pode igualmente ser hoje percebido por
quem tenha abertos OS olhos internos.
Todo verdadeiro iniciado obteve uma ampliação de
sua consciência e de suas faculdades, a qual, em
algumas circunstâncias, pode capacitá -lo para
contemplar OS mundos sutis revelados aos patriarcas
hebreus. E tão esp ontaneamente quanto é possível,
ao profano, ver, com seus olhos corporais, OS
fenômenos do mundo material.

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Através DA Escada de Jacó, o iniciado pode
contemplar a Grande escada do Universo, com o
mecanismo DA involução, diferenciação, evolução e
re-sintetização, que constitui o processo DA vida.
Dá-se a descida das essências, ou almas humanas,
através de planos de crescente densidade e
decrescente medida vibratória; descem revestidas de
véus de matéria peculiar a cada plano, até que por fim
alcançam o nível de sua completa materialização.
É quando se dá, então, a acérrima luta pela
supremacia entre o homem interno e o externo, entre
o espírito e a carne, entre o verdadeiro ser e o ser
ilusório. A batalha tem que ser travada no tabuleiro
de xadrez de nossa atual existência, entre OS opostos,
brancos e negros, DA luz e das trevas.
Igualmente, pode o iniciado observar o ascendente
retorno daqueles que venceram na luta, conseguiram
sua regeneração, transmutaram OS bens terrenos
adquiridos durante a sua descida, e chegaram à sua
fonte, puros e incontaminados das misérias deste
imperfeito mundo.
Na escada há três emblemas; uma Cruz, uma âncora e
um cálice com uma mão estendida, em atitude de
alcançá-lo. São as três virtudes principais: a fé, a
esperança e a caridade.
À medida que cada um sobe, no seu feliz retorno, pela
Escada de Jacó, tem de subir sozinho. Entretanto,
como as tradições secretas ensinam, e dentro do que
significam OS braços DA Cruz, cada um tem que
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estender as duas mãos; uma, para alcançar OS
protetores invisíveis, de cima, e a outra para ajudar
OS irmãos débeis a subirem, de baixo.
Cada vida e todas as vidas são fundamentalmente uma
só e ninguém vivem para si, sozinha.

O TEMPLO (SALOMÃO)
A construção de uma casa permanente para substituir
o tabernáculo, ocupou sempre o pensamento de Davi,
e, por isso, tratou logo no princípio de seu reinado,
de armazenar os materiais necessários à realização de
seu plano, 2Sm 7; 1Rs 5.3 -5; 8.17; 1Cr 22; 28 .11 a
29.9.
Ajuntou 100.000 talentos de ouro e 1.000.000 de
talentos de prata, para os gastos da casa do Senhor,
1Cr 22.14. Além disso, deu ele de seu bolso 3.000
talentos de ouro e 7.000 talentos de prata; e os
príncipes contribuíram com 5.000 talentos de ouro,
10.000 soldos de ouro, e 10.000 talentos de prata,
fazendo um total de 108.000 talentos de ouro, 10.000
soldos de ouro e 1.017.000 talentos de prata.
Esta soma equivale a quase 4,9 milhões de dólares, ou
quase 2,4 milhões de dólares, se fizermos o c álculo
pelo sistema de peso mais reduzido.
Não é para admirar que ele pudesse ajuntar tão
grandes riquezas, tomando em conta os despojos das

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guerras com os reinos vizinhos e os tributos dos países
vencidos.
Todo o material amontoado foi posto à disposição do
rei Salomão para a construção do templo e ainda
sobejou 1Rs 7.51; 2Cr 5.1. Salomão deu princípio à
obra no quarto ano de seu reinado e completou -a
dentro de sete anos e meio, 1Rs 6.1,38.
A aliança de Salomão com Hirão, rei de Tiro, facilitou
a aquisição de madeiras do Líbano e de hábeis
artífices.
O rei escolheu obreiros em todo o Israel, 30.000
homens, que ele mandava ao Líbano por seu turno,
dez mil cada mês, 1Rs 5.13. Havia mais 150.000 entre
carregadores e cabouqueiros, 1Rs 5.15; 9.20,21; 2Cr
2.2,17,18. Sobre este número de operários havia 550
inspetores e 3.300 sub -inspetores, 1Rs 5.16; 9.23, dos
quais 3.600 eram cananeus e 250 israelitas, 2Cr 2.17;
8.10.
O templo foi levantado sobre o Monte Moriá, no lugar
que tinha sido mostrado a Davi seu pai, na eira de
Ornã, jebuseu, 2Cr 8.1.
O plano geral obedecia ao mesmo plano do
tabernáculo; as dimensões eram em dobro e as
ornamentações mais ricas. O interior do edifício
media 60 côvados de comprimento e 20 de largura e
30 de altura (1 Côvado, aproximadamente 45 cm).
Neste particular, as proporções não condiziam com as
do tabernáculo, 1Rs 6.2. As paredes do templo foram

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construídas com pedras que já vinham prontas,
lavradas e perfeitas.
A coberta era de pranchões de cedro. As paredes da
casa pelo interior eram guarnecidas de tábuas de
cedro. Todo o Interior era coberto de ouro puríssimo,
1Rs 6.20,22,30; e 2Cr 3.7, e os muros, ornamentados
com figuras de querubins, de palmas e de flores.
O santo dos santos media 20 côvados de cada lado
com igual altura, 1Rs 6.16 ,20. O espaço de quase 10
côvados de alto, compreendido entre o teto e a
cobertura, servia provavelmente para as câmaras
superiores, revestidas de ouro, 1Cr 28.11; 2Cr 3.9.
A arca repousava no santo dos santos, 1Sm 8.6, sob as
asas de dois querubins, feito s de pau de oliveira e
cobertos de ouro. Cada um deles tinha 10 côvados de
alto; o comprimento das asas era de 5 côvados, Isto é,
10 côvados desde a extremidade de uma das asas até
a extremidade da outra. Os querubins tinham as suas
asas estendidas, e uma asa tocava na parede, e a asa
do segundo querubim, tocava na outra parede, e as
asas ajuntavam-se no meio do templo. Os querubins
estavam em pé e os seus rostos virados para o templo
exterior, 1ºRs 6.23-28; 2ºCr 3. 13.
A divisão entre o santo dos santos e o lugar santo era
feita de tábuas de cedro, forradas de ouro de ambos
os lados, e tinha duas portas de pau de oliveira,
decoradas com palmas, querubins e flores, e também
forradas de ouro, 1 ºRs 6.16,21,31,32; 2ºCr 8.14.

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O lugar santo, ou santuário tinha 40 côvados de
comprimento, 20 de largo, e 30 de alto, com janelas
oblíquas, próximas ao teto, para facilitar a ventilação
e dar saída à fumaça, 1ºRs 6.4. O altar do incenso era
feito de cedro e coberto de ouro, 1 ºRs 6.20,22; 7.48.
Pertencia ao santo dos sant os, Hb 9.3,4, mas
permanecia fora dele, sem dúvida, para que os
sacerdotes, que só entravam no santo dos santos uma
vez no ano, pudessem diariamente oferecer o incenso.
Havia dez castiçais de ouro e dez mesas. A entrada
para o santuário tinha portas de pau de faia, 1ºRs
6.33,34. Sobre a parede do templo havia diversos
andares com quartos à roda, destinados aos oficiais
do templo e à guarda das alfaias, 1 ºRs 6.5-10.
Havia um pórtico diante do templo, de 20 côvados de
comprimento e 10 de largura e 120 de altu ra, 1º Rs
6.3; 2º Cr 3.4. Este pórtico tinha duas colunas de
bronze, Jaquim e Boaz, cada uma delas com 18
côvados de altura, ricamente ornamentadas, 1Rs 7.15 -
22; 2º Cr 3.15-17.
O templo tinha dois átrios, o átrio dos sacerdotes e o
grande átrio, 2º Rs 23.12; 2º Cr 4.9; Jr 36.10,
separados entre si, tanto por diferença de nível, como
por um pequeno muro, formado de três ordens de
pedras cortadas e de uma ordem de cedro, 1 º Rs 6.36;
7.12. No átrio dos sacerdotes, havia um altar de
bronze para os sacrifícios, 1º Rs 8.64; 2º Rs 16.14; 2º
Cr 15.8, quatro vezes maior do que o que havia no
tabernáculo, e um mar de bronze, 1 º Rs 7.23-39. O

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mar de bronze destinava -se à purificação dos
sacerdotes (eles lavavam as mãos e os pés, antes de
irem para o altar e de entrarem no santuário); as
bacias serviam para receber a farinha e o azeite e
também o sangue dos sacrifícios, era feita de ouro,
prata ou cobre.
O átrio exterior, ou grande átrio destinava -se ao povo
de Israel, 1º Rs 8.14, cujo pavimento era lajeado de
pedra, cercado por um muro com porta lado a lado.
Os babilônios saquearam e reduziram a cinzas este
templo, quando tomaram Jerusalém no ano 587 a .C.,
2º Rs 25.8-17.
Fonte: Dic. Da Bíblia John Davis.

O QUE É “ESTUDAR MAÇONARIA”?


José Maurício Guimarães

Desde que fui iniciado, percebo uma espécie de


arrepio entre os maçons quando se fala em “estudar
maçonaria”. A princípio, estranhei muito isso − pois
os que me indicaram para participar da Ordem e os
que fizeram minha sindicância, garantiam que a
Maçonaria era uma escola de filosofia moral, social e
espiritual estruturada num sistema consciente, uma
união de homens sábios e inteligentes, ligados pelo

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dever de esclarecer e preparar a humanidade para a
emancipação e progresso.
Quem não se entusiasmaria com u ma “propagada”
dessa? E quem, nos tempos tumultuosos que vivemos,
não se entusiasma diante de uma “pregação” dessa
magnitude?
Por que então – eu sempre me perguntava, e ainda me
pergunto – esse ar de admiração, esse
estremecimento de espanto e calafrio qua ndo falamos
em “estudar maçonaria”? Por que a estupefação que
desanda em deboche e pilhéria quando nos referimos
à História, à Filosofia, à Psicologia e à literatura
especializadas? Nenhuma dessas coisas ou aspectos
são mais espetaculosas do que a avalanch e de
fotografias, medalhas, títulos, diplomas e
condecorações de que vivem alguns setores da Ordem
− condecorações, títulos e medalhas diplomas que só
se justificam pelo mérito (sendo mérito o conjunto de
fatos e provas que norteiam uma decisão).
Pois bem: “estudar maçonaria” é fato e prova de
relevância na formação do Mérito Maçônico, ou seja:
o adquirir habilidades e conhecimentos próprios da
“escola essencial” à existência e sobrevivência da
Maçonaria, como organização e instituição.
Se o que eu disse até aqui, nessas 240 palavras,
pareceu obscuro, recomendo uma releitura atenta (à
moda das “análises e interpretações de texto” dos
cursos pré-universitários). Tive o cuidado de –
eliminando, por substituição, quaisquer palavras ou
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indícios referentes à Maç onaria − mostrar esse texto
de 240 palavras a quatro jovens escolares na faixa
entre 14 e 19 anos; e eles entenderam perfeitamente
o sentido do texto, apenas me questionando sobre os
significados das palavras “sindicância”,
“emancipação”, “magnitude” e “es tupefação”. Um
acerto interpretativo, portanto, de 98,3% do que eu
escrevera!

O que pretendo demonstrar com isso?


Se quatro jovens em idade escolar pré -universitária
abarcaram, pelo entendimento, 98,3% desse texto,
significa que qualquer maçom – independentemente
do nível de estudo formal – tem potencial para ler,
entender e colocar em prática a seguinte Síntese de
Conhecimentos ou de habilidades próprias da
Maçonaria:

a) os textos ritualísticos;
b) as instruções dos Graus;
c) a legislação maçônica bási ca (que reúne os
seguintes documentos: A Constituição da Potência; o
Regulamento Geral da Potência; a Legislação Penal
Maçônica; o Regimento Interno da Loja Simbólica.
É esse “LER, ENTENDER E COLOCAR EM PRÁTICA”
acima citado que constitui “ESTUDAR MAÇONARI A”.
Por que, então, a persistência nos mesmos erros?

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Ninguém vai exigir do maçom que ele se especialize
em história egípcia, filosofia grega, cânones
medievais, estética renascentista, matemática
superior, geometria descritiva de Gaspard Monge,
geometria analítica, música ou resistência dos
materiais – pelo contrário: às vezes muita informação
acaba criando confusão, visto que não somos uma
Universidade, e sim uma UNIVERSALIDADE.
Chegará o momento em que o maçom investigativo,
ávido por conhecimento, defini rá suas prioridades na
aplicação do escopo (intenção, objetivo) geral da
Maçonaria. Ele poderá optar por uma “especialidade”
e, paralelamente a um dos saberes Universitários,
desenvolver esta ou aquela PESQUISA, por sua própria
iniciativa e no âmbito da Ma çonaria. Pode acontecer
(e de fato SEMPRE acontece) que estoutro ou
aqueloutro definam suas prioridades como conquistar
o cargo de Venerável Mestre... ou alonguem seus
anseios em alcançar o Primeiro Malhete de sua
Potência. Então, esses desprendidos servid ores de
seus Irmãos se empenharão mais ainda em PESQUISAS
mais enraizadas e entranhadas nos textos originais
dos “Landmarks” e das “Constituições de Anderson”,
além de esmerada proficiência no que tange à Justiça
Maçônica e à técnica legislativa Maçônica.
(No parágrafo anterior, coloquei a palavra PESQUISA
em destaque como indicativo de relevância ao
objetivo das Lojas de Pesquisas que vêm sendo criadas
a exemplo daquela que foi a primeira do mundo – a

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“Quatuor Coronati Lodge Nº 2076” da Grande Loja
Unida da Inglaterra) (1)
CONCLUSÃO: Isto, meus caríssimos Irmãos, significa –
em síntese − “estudar maçonaria”; nada além do
cumprimento do dever de iniciados e, principalmente,
galardão daqueles que ostentam o avental de Mestre
Maçom.
(1) A “Quatuor Coronati Lod ge Nº 2076”, primeira Loja
de Pesquisas do mundo, assim define seus objetivos
(The Aims of the Lodge):
Proporcionar centro e vínculo de união aos que
estudam a Maçonaria e a história maçônica;
Atrair maçons para reuniões, a fim de incentivar uma
visão crítica (apreciação) da pesquisa maçônica;
Submeter as descobertas ou conclusões dos
pesquisadores ao julgamento e críticas de seus pares
por meio de artigos lidos em Loja;
Submeter e comunicar as discussões (debates, exames
minuciosos) que surjam ao corpo geral do Simbolismo
publicando os anais da Loja;
Reimprimir trabalhos escassos e valiosos sobre a
Maçonaria;
Permitir que a língua pátria se familiarize com o
progresso dos estudos maçônicos em outros lugares
por traduções (e vice-versa);

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Organizar, de maneira concisa, as relações da Loja e
seu progresso com as Oficinas congêneres no país e
no exterior;
Formar uma biblioteca e museu maçônicos em
instalações permanentes.
(tradução livre e adaptada do Site da “Quatuor
Coronati Lodge Nº 2076”

A MAGIA
A Maçonaria é impregnada pela Magia; ela deve ser,
além disso, hebraica, mítica, esotérica e mística.
A magia é a ciência dos magos, porém o vocábulo é
usado quando surgem “resultados” decorrentes dos
atos litúrgicos; a formação de Egrégora dentro do
Templo é um ato de Magia. Ela surge das forças
secretas internas e espirituais. Moisés, durante a saga
da fuga dos israelitas do Egito, teve oportunidade de
praticar inúmeros atos de magia.
Os Sacerdotes persas iniciaram o culto do mistério e
passaram a ser denominados de Magos; os Magos
surgem sempre que invocados e quando houver
necessidade real de sua intervenção.
A Maçonaria possui muitas cerimônias em que a magia
atual, e exemplo disso são: a formação da Egrégora; a
da Cadeia de União e o Pedido de Socorro, do Te rceiro
Grau.
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Hoje, a “alta magia” confunde -se com a parapsicologia
e faz parte de outras ciências, como a própria
Psicologia.
Os atos mágicos decorrem da observação do maçom,
de sua “entrega” durante a meditação, de ser
consciente de que a mente humana tem reservado
para nos surpresas e revelações.
A fonte da magia é o conhecimento; o maçom deve
instruir-se para obter os resultados que a Maçonaria
possui para lhe oferecer, Assiduidade e
compenetração no trabalho logístico são caminhos
seguros para alcançar as metas

O AVENTAL
Aparentemente, o uso do avental sugere proteção,
uma vez que cobre partes do baixo -ventre, onde situa
o órgão reprodutor.
O homem sempre teve a tendência de se proteger,
primeiramente das intempéries, depois de tudo que
lhe era adverso ou inimigo.
Hoje, temos aventais de toda espécie, inclusive de
chumbo, para proteger os que lidam com
radioatividade.
Em Maçonaria, contudo, essa proteção é simbólica e
diz respeito ao cuidado para não "manchar" o avental,
mantendo-o imaculado, simbolizan do pureza.
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Porém, para o cotidiano, que lição nos apresenta o
avental?
Em nossa imaginação maçônica, temos o dever de
sempre usar o avental, mesmo que não haja a matéria,
mas apenas a imagem mental, porque assim teremos
em nós, desperto, o cuidado, o zelo e o propósito de
servir.
A prática evangélica de maior bem -aventurança para
quem serve, que para o servido, é a lição que devemos
preservar como proteção, não deixando livre o
egoísmo e a esperteza de "levar vantagem".
O avental deve ser "vestido"; logo, r evistamo-nos
permanentemente dessa proteção simbólica, para que
nossa vida seja proveitosa.
Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. –
São Paulo. Madras, 2014, p. 64.

CAMPANHA EU RESPEITO A ORDEM MAÇÔNICA.


Apesar do juramento em Loja, muitos irmãos têm
divulgado, em mídias sociais, fotos, vídeos e
conteúdos que não foram preparados para o mundo
profano mas para o uso único e exclusivo do
aperfeiçoamento pessoal em Loja.
Infelizmente alguns Maçons estão publi cando em
mídias sociais (Whatsapp, Facebook, Instagram etc...)
fotos e vídeos de Sessões Maçônicas fechadas,
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paramentados inclusive de Balandrau e outras
indumentárias, como se aquele momento (que deveria
ser um momento de aprendizado Maçônico) fosse uma
atividade social e que deveria ser ostentado nessas
diversas mídias.
Sabemos de casos em que foram publicadas fotos de
sessões Ritualísticas com os Irmãos executando sinais
Maçônicos.
Ao divulgarmos assuntos internos estamos incorrendo
em perjuro e sujeitos as penalidades do Código Penal
Maçônico.
Façamos nossa parte:
 Assunto de Loja, fica em Loja;
 Simbologia de Loja, fica em Loja
 Alegoria de Loja, fica em Loja.
Tenha maturidade Maçônica e não contribua para a
banalização de nossa Ordem e de seu conteúdo
bibliográfico, em mídias sociais.
(Até porque sabemos que existem grupos pseudo -
Maçônicos espúrios com todo tipo de participantes, e
grupos Maçônicos onde ocasionalmente se descobrem
profanos infiltrados).
Honremos o juramento de silêncio, somos
responsáveis por nossos atos e por contribuir com o
futuro da Maçonaria.

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Façamos uma corrente com estas orientações até que
cheguem aos perjuros que vivem distribuindo nossos
ensinamentos ao mundo profano.
"A discrição é a mãe da virtude."
(São Bento)
O que passar di sso é vaidade.
E a vaidade é o argumento dos que não tem outro
talento a exibir.
Lembre-se:
Ser Maçom é ser discreto.

Autor Desconhecido.

DO RITO DE HEREDOM AO RITO FRANCÊS


Mourice Joton

“Trabalho colocado em observações próprias do autor


e na conferência realizada no Subl:. Capítulo L’Amitié
(Amizade) em Lousanne em 5 de maio de 1923”
A influência das Cruzadas devia fazer -se sentir, não só
entre os artífices, mas ainda entre os nobres que
também conheceram na Palestina, formas de
associações novas e, uma vez de volta a Europa
constituíram Ordens, semelhantes às do Oriente, nas
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quais admitiram logo outros iniciados. É assim que em
1196, se fundou na Escócia a “Ordem dos Cavaleiros
do Oriente“, cujos membros tinham como ornamento
uma cruz entrelaçada por quatro rosas.
sta Ordem foi trazida da Terra Santa no ano de 1188
da Era Cristã, da qual o rei Eduardo I da Inglaterra,
(1239-1307), veio a fazer parte dela. Um século após
a fundação da Ordem dos Cavaleiros do Oriente, ou
seja pelo ano de 1300, em seguida a última Cruzada
em que também tomara parte o rei de uma Ordem
estabelecida no Monte Moria, na Palestina (lugar
escolhido por Salomão para a construção do seu
Templo), fundaram um Capítulo d esta mesma Ordem,
fixando-lhe a sede dos Hébridas, e mais tarde em
Kilwinning, denominando essa Ordem de “Ordem de
Heredom” (lembramos que a palavra “Heredom” e
composta de “hieros” - santo e “domos” - casa,
portanto Casa Santa ou Templo).
Alguns anos mais t arde, no começo do século XIV, o
papa Clemente V e o rei da França, Felipe o Belo,
iniciaram a sua nefasta obra de perseguição contra os
Templários.
Para se compreender o papel que a Ordem do Templo
desempenhou na Maçonaria Escocesa é necessário
resumir a sua história.
A Ordem do Templo foi fundada após a primeira
Cruzada, por Godofredo de Bouillon, Hugues de
Payens e Godofredo de Saint -Omar, com o fito de

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proteger os peregrinos que de Jerusalém se dirigiam
ao lago de Tiberiade.
Associados em 1118, à outras sete Cavaleiros, os
Templários fizeram o seu quartel numa casa vizinha
ao terreno do Templo de Jerusalém. Dez anos mais
tarde receberam do papa, os estatutos que os
constituíram em Ordem, ao mesmo tempo Religiosa e
Militar.
Em breve esta Ordem tomou um de senvolvimento
considerável, que no século XII, possuía nove mil
residências na Europa. No século XIV, contava com
mais de vinte mil membros. Apesar do seu poder e da
sua riqueza, o mistério que os Templários cercavam as
reuniões do seu Capítulo e das suas iniciações e,
prestava-se as acusações de impiedade e de crueldade
que o vulgo em todos os tempos proferiu contra as
associações secretas.
Consciente de uma impopularidade crescente o Grão -
Mestre Jacques de Molay pediu ao papa Clemente V,
em 1306, a abertura de um inquérito, mas este
contentou-se com convidar Molay a ir a Avignon, em
França, onde, por força de circunstâncias adversas
estava, provisoriamente instalado o papado.
Por outro lado, o rei de França tinha mais do que
nunca necessidade de dinheiro, e para resolver esta
dificuldade valia-se dos Templários que lhe
emprestavam elevadas somas. Ora, naquele tempo,
quando alguém se queria desembaraçar de uma
dívida, o meio mais simples era desembaraçar -se do
Pág in a 69 d e 1 29
credor. Foi por isso que em setembro de 1307, todos
os oficiais do rei receberam instruções mais que
misteriosas, sendo que a 12 de Setembro do mesmo
ano Molay era preso no Templo, ao mesmo tempo que
outros membros da Ordem também o eram, em todos
os pontos da França. No mesmo dia todos foram
levados perante inquisidores, que os acusaram dos
mais abomináveis crimes, e como não podiam
confessar um crime que não cometeram, foram
levados a tortura. Disse um deles aos seus juízes: – Fui
de tal modo torturado, atormentado, exposto a força
que as carnes dos meus calcanhares foram
consumidas, que os ossos caíram poucos dias depois.
O Rei, Felipe o Belo, apressou -se a se apoderar do
tesouro da Ordem, depositado no Templo de Paris. O
concílio que deveria julgar os Templários reuniu -se
em Viena, no Delfinado à 13 d e outubro de 1311, onde
ninguém foi citado para defender -se. Porém diante da
resistência do concílio em julgar tal iniquidade, o
papa, Clemente V, cassou a autoridade da Ordem do
Templo em 12 de abril de 1312, quando os concílios
de Ravena, Salamanca e Mog uncia tinham absolvido
os Templários, sendo estes levados à sua presença.
A supressão da Ordem dos Templários teve o seu
epílogo em 1313. O papa reservara para si o
julgamento do Grão-Mestre e dos dignitários presos à
sete anos, nas masmorras de Felipe o B elo. A 18 de
Março de 1313 todos se retractaram e na noite
daquele mesmo dia todos pereceram nas fogueiras,
que com antecedência tinham sido preparadas.
Pág in a 70 d e 1 29
Prevaleceu a força e o interesse sobre a justiça. A
última frase de Jacques de Molay foi: “Spes mea in
Deo est”
Esta frase tornou-se uma divisa para o Grau 32 do Rito
Escocês Antigo e Aceito.
É muito provável que os sobreviventes da Ordem dos
Templários, anatematizados pela igreja, tenham
então procurado agrupar-se de novo noutras
associações, em especial a Ordem Cavalheiresca de
Heredom, ou ao Grande Capítulo de Kilwinning.
Entretanto desde que começaram as perseguições na
França, vários templários escaparam, fugindo para a
Escócia, e alistaram-se sob a bandeira do Rei Roberto
I, que criou a 24 de junho de 1334, a “Ordem do
Cardo”, em favor dos maçons e dos Templários que
tinham contribuído para o sucesso das suas armas em
Bannock-Bum, na qual as recepções eram semelhantes
às da Ordem do Templo.
Parece, pois, que, o rei da Inglaterra quis
recompensar os Temp lários, restabelecendo a sua
Ordem, com as suas formas, mas com outra
designação. Há outro facto mais importante ainda, um
ano depois, Roberto I, fez a fusão da Ordem do Cardo
com a Ordem de Heredom e elevou a Loja Mãe de
Kilwinning a categoria de Loja Rea l e, estabeleceu
junto a ela o Grande Capítulo da Ordem Real de
Heredom de Kilwinning e dos Cavaleiros Rosa -Cruz.
Este nome de Cavaleiro Rosa Cruz aparece aqui pela
primeira vez, no século XVI (antes, portanto, dos

Pág in a 71 d e 1 29
“Manifestos Rosacruzes” na Europa) fazend o, tudo
supor, que não é senão outra designação da Ordem
dos Cavaleiros do Oriente, cujo emblema era uma cruz
enlaçada por quatro rosas.
Estes fatos históricos são de importância capital para
o Escocismo e pedem mais atenção para o assunto.
Verificamos em primeiro lugar, que nos séculos XII e
XIII, a Maçonaria Operativa viu abrigarem -se nas suas
Lojas, Ordens de Cavalaria que nenhuma relação
tinham com aquela associação de ofício, e cujas
iniciações, praticas, cerimónias e graus eram
diferentes dos seus. Algumas dessas Ordens,
refugiavam-se na nova Ordem estabelecida pelo rei
Roberto I, por si próprias, outras pelo beneplácito dos
reis da Inglaterra, que acumulavam dos mesmos
favores, à maçons e cavaleiros, em recompensa aos
serviços prestados à coroa, e agr upava-os numa
fraternidade, sobre a qual se podiam apoiar, em caso
de necessidade.
Uma outra constatação importante para o Escocismo,
é que os Templários, desde 1307, penetravam nas
Lojas da Escócia, que estavam sob a égide da Ordem
do Cardo, levando não o bstante as cerimónias
Templárias e seus graus. Estes graus junto aos outros
da Ordem da Cavalaria eram conferidos pelo Grande
Capítulo Real de Heredom de Kilwinning, e formavam
o sistema escocês, conhecido pelo nome de Rito de
Heredom ou de Perfeição.

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Pode-se assim explicar como, após a suspensão da
Ordem do Templo, certas Ordens de Cavalaria, que
tinham mantido a sua influência sobre a maçonaria
operativa da Escócia, acharem o meio de
desenvolverem o cerimonial das iniciações dos
pedreiros, num ritual comp leto e susceptível de
incutir nos seus iniciados mais do que a simples
comunicação dos segredos da arte de construir.
É também por esta época, ou seja, mais de
quatrocentos anos antes da constituição da Grande
Loja da Inglaterra, que se viu nascer na Escóc ia o
nome de Maçom Adoptado, pelo qual entenderam os
membros das Lojas que não pertenciam a profissão de
pedreiros. Insistamos em que esta fusão da Maçonaria
operativa com as Ordens da Cavalaria, se operou
somente na Escócia, mas não na Inglaterra. Isto
explica, portanto, a origem escocesa dos graus,
outros, que não eram conferidos pela corporação dos
pedreiros de outros países – aprendiz, companheiro e
mestre.
Enfim, realcemos o papel político das Ordens da
Cavalaria e das Lojas da Escócia, inteiramente
devotados ao rei da Inglaterra, compreenderemos
então a fidelidade que a Maçonaria Escocesa defendia
a causa dos destronados.
Para terminar esta parte deste trabalho, é
interessante notar quais os graus que a Loja Real de
Kilwinning e o seu Grande Capítulo d e Heredom
conferiam desde o seu estabelecimento. A própria

Pág in a 73 d e 1 29
Loja trabalhava com os graus da Maçonaria operativa,
ou sejam Aprendiz, Companheiro e Mestre de ofício,
mas convém notar que o Grau de Mestre não existia
naquela época em que os mestres não eram se não os
dirigentes das Oficinas, isto é, das construções, cada
qual na sua profissão.
Os demais graus inspirados pelos Rosa -Cruz, foram
criados no começo do século XVIII, quando o Capítulo
de Heredom, conferia aos membros da Ordem dos
Cavaleiros do Oriente ou Ordem dos Cavaleiros Rosa -
Cruz, e a Ordem do Cordo, ou do Templo, todos os
graus dessas duas Ordens.
Depois de ter assim, brevemente resumido as
tradições da confraria dos pedreiros e estabelecido,
em consequência de circunstâncias, as Ordens da
Cavalaria a elas se ligaram.
Convém deter-nos um instante na Ordem da Rosa -
Cruz, que exerceu uma influência preponderante na
transformação da Maçonaria Operativa na sua forma
Simbólica, como a conhecemos hoje. Poucos
historiadores se ocuparam da real origem da Ro sa-
Cruz, que, entretanto, desempenhou papel
considerável nos séculos XVI e XVII. O motivo dessa
abstenção, se explica pela ausência da necessária
documentação história que os Rosa -Cruz não se
preocuparam em guardar, pois viveram espalhados
pelo mundo, conh ecido então, reunindo-se uma vez
por ano para transmitir, uns aos outros, os
conhecimentos adquiridos, porem estes

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conhecimentos sempre foram transmitidos
verbalmente.
A Conferência Internacional dos Cavaleiros Rosa -Cruz,
realizada em Bruxelas em 1880, fel izmente lançou
uma nova luz sobre a história dessa Ordem.
A princípio a conjuração dos Rosa -Cruz, não foi mais
do que uma afirmação da liberdade de pensar. Uma
obra de apaziguamento e de tolerância. O que os
Templários tinham querido fazer no seio da Igrej a
Romana, os Rosa-Cruz também tentaram realizar,
porém ficando cautelosamente fora de qualquer
afirmação confessional.
Passados quase quinhentos anos, desde que os
Templários remanescentes do massacre ordenado por
Clemente V, estabeleceram -se na Escócia, durante os
quais o Escocismo se consolidou e se espalhou pela
Europa, é que vamos encontrar nos novos registros
das mudanças estabelecidas no Escocismo, tal qual o
conhecemos hoje. É conveniente lembrar, que o poder
directivo da Ordem não mais estava na Escócia nem
na França, mas sim na Prússia, onde Frederico II, seu
rei, tinha efectivado profundas modificações no
Escocismo, fazendo vigorar a primeira Constituição,
Regulamentos e Leis normalizando o Escocismo. Uma
destas mudanças foi a de dar ao Escocismo os actuais
trinta e três graus, pois até então somente tinha vinte
e cinco.
As grandes Constituições de 1786 não chegara m a
realizar imediatamente o fim a que se tinham
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proposto, e é fácil determinar a causa. Três meses
depois de serem publicadas em 17 de agosto de 1786,
Frederico II, seu autor, morreu. Todos que, com
Frederico II, compuseram o primeiro Conselho da
Ordem, reestruturada, foram obrigados a se
dispersar, premidos pelo novo rei Frederico
Guilherme II, que só queria a Ordem Rosa -Cruz e
passou a não tolerar outra forma de Maçonaria.
Deste modo a reforma foi levada para a França, por
um dos colaboradores de Frederi co II, o conde
D’Esterno, embaixador da França em Berlim, e um dos
signatários das Grandes Constituições. D’Esterno,
tentou introduzir, desde o seu regresso, o Rito
Escocês Antigo e Aceito no seu país, fundando para
isso um Supremo Conselho, em Paris, em c uja
presidência ficou o duque de Orleans e do qual
tomaram parte Chaítlon de Joinville, o Conde de
Clermont-Tonnerre e o Marquês de Bercy. Este
Supremo Conselho teve vida efémera, sendo obrigado
a desaparecer pelas circunstâncias revolucionárias
que se estabeleceram na Franca.
Há um facto curioso a ser registado. O Escocismo,
tinha sido fundado na Europa, onde adormeceu, e
voltou a funcionar mais tarde, voltando da América de
uma forma mais vigorosa e mais envolvente, pelas
seguintes razões.
A 27 de Agosto de 1761, o Conselho dos Imperadores
do Oriente e do Ocidente tinha entregue ao Irmão
Estevão Morin cujos negócios o chamavam à América,

Pág in a 76 d e 1 29
uma Patente de Grão-Mestre Inspector, autorizando -
o a “Trabalhar regularmente pelo próprio proveito e
adiantamento da Ar te Real e constituir Irmãos nos
Sublimes Graus de Perfeição”. Morin, saindo de Paris,
chegou a São Domingos onde instalou o seu gabinete,
espécie de Grande Oriente para os Altos Graus no
Novo Mundo. Em 1770, fundou o Conselho dos
Príncipes do Real Segredo de Kingston, na Jamaica,
criou muitos Inspectores Gerais, entre eles, Francken,
De Grasse-Tilly, De la Hogue e Hacquest.
Ora, estes Maçons da América, pertenciam ao Rito de
Perfeição, mantinham assíduas relações com o Grande
Consistório de Bordeaux. Mas, c omo já foi dito este
adormece em 1781. Desde então os novos Corpos de
São Domingos e da Jamaica passam a manter relações
com Berlim até a morte de Frederico II, que era tido
como o Grão-Mestre Universal. É provável, entretanto
que não podendo mais usarem -se de Actos
Constitucionais emanados de uma autoridade
desaparecida, aqueles maçons se dirigiram a Berlim
tendo em vista agruparem -se sob outro sistema, e
ligaram-se em definitivo ao Rito constituído pelas
Grandes Constituições.
A 29 de novembro de 1785, Sa lomão Bush, Grão -
Mestre de todas as Lojas e Capítulos da América do
Norte, dirige-se a Frederico II na sua qualidade de
chefe supremo da Maçonaria para lhe dar a conhecer
a criação, em presença de uma grande assembleia de
Irmãos, de uma “Sublime Loja” em P hiladelphia, que
“se submeteria as Leis e Constituições que a Ordem
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deve ao seu Chefe Soberano”, e exprime o desejo de
que a “Grande Luz de Berlim condescenderá em
iluminar a nova Loja“. Não obstante, os maçons da
América trabalham até 1801 com o Rito de P erfeição,
pois até aquela data o mais alto grau conhecido na
América era o de Príncipe do Real Segredo, ou seja, o
Grau 25, na escala do Escocismo, antes da reforma
estabelecido por Frederico II, que lhe acrescentou
mais sete graus.
A 31 de Maio do mesmo a no, foi constituída em
Charleston uma nova Potência dirigente que adopta
as Grandes Constituições de 1786 e os trinta e três
Graus nelas estabelecidas. Esta Potência que tomou o
nome de “Supremo Conselho dos Grande Inspectores
Gerais para os Estados Unidos da América“, foi
realmente o primeiro a realizar de modo definitivo o
objectivo das Grandes Constituições de Frederico II,
ou seja, a primeira a praticar o Escocismo como é hoje
conhecido. De Grasse-Tilly, era membro do Supremo
Conselho de Charleston. Em 1802 voltou à Jamaica e
fundou com De La Houge naquela cidade, um Supremo
Conselho de qual foi o Mui Poderoso Soberano Grande
Comendador. Em 1803, De Grasse -Tilly regressou à
França onde instalou em 22 de setembro de 1804 um
Supremo Conselho em Paris, com jurisdição
internacional.
Assim o Rito Escocês Antigo e Aceito e o Escocismo,
renasciam das suas cinzas no solo francês, de onde
não mais saiu, e achava -se definitivamente
constituídos sobre as bases das Grandes
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Constituições. Sucessivamente foram fundados outros
Supremos Conselhos em muitos países da Europa e na
maior parte dos da América. Estes Supremos
Conselhos formam hoje o Escocismo e o Rito Escocês
Antigo e Aceito, que é o Rito maçónico mais praticado
no mundo (@MDD em 1923… hoje pode -se dizer que
o rito de Emulação é o mais praticado no Mundo, mas
o REAA ainda é o mais praticado na América do
Sul/Brasil).

RITUAL DE EMULAÇÃO
Ritual de Emulação (do original "Emulation Ritual" em
inglês) é uma coleção de cerimônias da Maçonaria de
origem inglesa. As cerimônias maçônicas que os
franco-maçons praticam nas suas Lojas são
procedimentos tais como abertura e fechamento da
sessão, promoção na hierarquia dos integrantes, etc.
Essas cerimônias são compostas por textos e
procedimentos seg uidos com formalidade e tradição
pelos membros das Lojas.
Ao se espalhar pelo mundo, essas cerimônias
naturalmente foram adquirindo grandes variações
regionais. As variações que envolvem a estrutura
hierárquica foram chamadas de Ritos Maçônicos. As
variações que envolvem apenas pequenas alterações
de texto dentro de um mesmo rito foram chamados
genericamente de Rituais Maçônicos, uma alusão aos

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livretos comumente usados pelos maçons para
facilitar a memorização dos textos das cerimônias.
O Ritual de Emulação refere-se ao conjunto de
cerimônias maçônicas tal como praticadas na sua
exatidão por uma loja maçônica Inglesa em especial,
a Emulation Lodge of Improvement for Master
Masons. Essa loja inglesa de instrução tem como
maior propósito a demonstração prátic a das
cerimônias nos 3 graus fundamentais da Maçonaria
para mestres maçons do mundo inteiro, tal como foi
concebido e aprovado pela Grande Loja Unida da
Inglaterra na sua formação. Ritual de Emulação é
também o nome do livreto contendo os textos e
recomendações de procedimento para as cerimônias.
Chamar o Ritual de Emulação de Rito é um erro
grosseiro, pois o Rito a que os praticantes do Ritual
de Emulação pertencem é o Rito Inglês Moderno
(também chamado de Craft, ou Rito Inominado no
Brasil). Da mesma forma que o Ritual de Emulação,
pertencem a esse mesmo Rito outros rituais "irmãos"
tais como o Stanford, Bristol, Stability, Taylor's, etc.
A diferença entre Rito e Ritual não é levada em conta
por muitos porque a maioria dos ritos prevalentes no
Brasil, tal como o Rito Escocês, são Ritos de apenas
um Ritual.

História
Já faz quase 200 anos que a "Lodge of Reconciliation"
foi criada para mesclar os rituais praticados pelas
Pág in a 80 d e 1 29
duas grandes lojas originais, e depois demo nstrá-lo
para a recém-formada Grande Loja Unida da
Inglaterra. Depois do seu trabalho concluído e
aprovado, a loja parou seus trabalhos em junho de
1816. No ano seguinte formou -se a primeira loja
permanente de demonstração do novo Ritual, a
"Stability Lodge of Instruction", que contava em seu
quadro com vários dos membros da "Lodge of
Reconciliation".
Houve outras lojas de instrução anteriores à ELoIfMM,
tais como Burlington (1810) e a Perseverance (1818),
pois só em 2 de outubro de 1823 a "Emulation Lodge
of Improvement for Master Masons" fez a sua
primeira sessão sob a sanção da "Lodge of Hope". No
entanto ela é a única que se manteve até hoje
ininterruptamente e semanalmente demonstrando as
cerimônias na sua exatidão.
Dede a sua origem tem sido a política do "committee
of the Emulation Lodge of Improvement" preservar o
ritual tão próximo quanto possível à forma original
que foi aprovada pela Grande Loja Unida da
Inglaterra, permitindo apenas as mudanças aprovadas
pela Grande Loja a se tornar prática estabe lecida. O
ritual, no entanto, toma seu nome da Emulation Lodge
of Improvement, e não o contrário.
É importante lembrar que até bem recentemente era
proibido aos maçons escrever os rituais, e, portanto,
os mesmos tinham de ser memorizados e ser
aprendidos pelos iniciados apenas observando e

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praticando em loja os mesmos. Mas esse tipo de
aprendizado de-boca-a-ouvido tem uma desvantagem
óbvia: com o passar do tempo e com o aumento do
número de lojas espalhadas no mundo, fica muito
difícil manter uniforme as f alas e procedimentos das
cerimônias. E havia ainda o problema de se divulgar o
novo ritual adotado a partir de 1813. Para resolver
esse problema foram criadas as Lojas de Instruções,
cujo único propósito eram demonstrar
repetitivamente todo o ritual na sua forma exata para
Mestres de Cerimônia de toda a jurisdição maçônica.
A "Emulation Lodge of Improvement for Masters
Masons" não foi a primeira loja de instrução, mas é a
mais antiga que se mantem trabalhando até hoje
desde 1823 sem interrupções. Daí que as Lojas que
seguem as cerimônias na forma recomendada por essa
Loja de Instrução dizem-se ter adotado o "Ritual de
Emulação".
Desde 1969 os rituais já podem ser impressos e
vendidos livremente, facilitando muito o aprendizado
e memorização do Ritual de Emul ação, mas isso não
diminuiu a importância das lojas de instrução, pois a
experiência de se executar os rituais em toda a sua
pompa e dignidade depende de detalhes de postura,
movimentação, e atitude que dificilmente podem ser
traduzidas em palavras que um livro possa conter.

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Rito ou Ritual
E porque não Rito de Emulação? Porque o Rito
Maçônico refere-se as diversas "carreiras" de
evolução maçônica. A maçonaria inglesa, como
descrito na constituição da UGLE, e em algumas das
compilações de Landmarks, prevê que os três graus da
evolução maçônica se constituem apenas de 3 graus:
Aprendiz, Companheiro e Mestre (faz menção também
ao Arco Real... mas isso é outra história). Esses graus
são obtidos pelo maçom conforme ganhe experiência
e demonstre conhecimento e proficiência no ritual.
Cada um desses degraus prevê certas cerimôn ias
reservadas apenas para os maçons do grau ou dos
graus superiores. No entanto, cada uma das outras
formas de Rito que surgiram criaram as suas próprias
"carreiras" ou "escadas" maçônicas, de tal forma que
é muito comum confundir -se Rito com Ritual. No
Brasil, em especial, é comum a confusão entre Ritual
de Emulação e o Rito de York (Este de origem
americana, e de rituais bem diferentes mesmos nos
três graus básicos). Para deixar claro a diferença: cada
Grau de cada Rito Maçônico tem um Ritual próprio. E
quando falamos de Ritual de Emulação, estamos
falando na verdade de três rituais: o Ritual para o grau
de Aprendiz, o Ritual para o grau de Companheiro e o
Ritual para grau de Mestre. Depois de atingir o grau
de Mestre numa loja do Ritual de Emulação, o Me stre
Maçom pode escolher qualquer Rito para seguir (York,
REAA, Shriners, Arco Real, etc) em outras lojas.

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Distinção com o Rito de York
O "legítimo" Rito de York é muito semelhante nos
quatro primeiros graus ao ritual praticado pela finada
Grande Loja dos Antigos, e atualmente representa por
volta de 50% da maçonaria nos EUA. No Brasil este
ritual possui poucos adeptos, mas tem crescido em
adoção assim como o Ritual de Emulação. A confusão
com o Ritual de Emulação remonta a um Obreiro do
GOB que sem conhec er alguns dos relevantes
meandros históricos, ao providenciar uma nova
edição do mencionado Ritual de 1920, inseriu -lhe, por
conta própria, a catastrófica denominação Cerimônias
Exatas do Rito de York, adulterando o título usado
pelo Irmão Joseph Thomaz Wi lson Sadler, ou seja
"Cerimônias Exatas da Arte Maçônica" (Masonic
Craft).
A edição anterior de 1976, apesar de redigida em
português, é pertinente à United Grand Lodge of
England, pois foi elaborada para a Campos Salles
Lodge, de São Paulo, subordinada àquela potência
maçônica inglesa. O maior de todos os absurdos
estaria no fato de o Grande Oriente do Brasil, ao
imprimir o seu próprio Ritual do Ritual inglês, de
acordo com o Decr eto nº 41, de 12 de dezembro de
1983, com o nome de "Rito de York" e pretensamente
de origem americana, assinado pelo então Soberano
Grão-Mestre Jair Assis Ribeiro, cometeu a incúria de
copiar, letra por letra, o referido Ritual da Campos
Salles Lodge, de origem obviamente inglesa. Copiou
até mesmo o texto em que o Venerável Mestre mostra
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ao Neófito a Carta Patente e lhe entrega cópias dos
Livros da Constituição da United Grand Lodge of
England.

Onde é mais comum o Ritual de Emulação


O ritual de Emulação é o mais adotado na Inglaterra.
E lá, concorre com rituais muitíssimos parecidos, que
são patrocinados por outras Lojas de Instrução, tais
como Stanford, Bristol, Stability, Taylor's, etc. Na
prática a diferença entre esses rituais ingleses são
apenas algumas palavras em todo o cerimonial. De
uma forma geral diz-se que o Ritual na Inglaterra é
simplesmente o Craft. É o mais comum também em
outras ex-possessões inglesas, tais como Índia, Nova
Zelândia e Austrália. Nos EUA, no entanto, apenas
algumas poucas lojas adotam esse Ritual.

Características do ritual
Em relação a outros rituais, em especial ao praticado
no Rito Escocês Antigo e Aceito que é o mais comum
no Brasil, o Ritual de Emulação pode ser resumido
como espartano. Ou seja, as Lojas têm menos
adereços especiais, os procedimentos são mais
objetivos, as cerimônias são mais enxutas. Mas por
outro lado dá-se muita importância para a exatidão
das posturas, das falas e dos sinais. Exige -se que todas
as falas sejam feitas de cor e bem encenadas, o que

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confere um ar de elegância e dignidade especial às
cerimônias.
Em relação ao Rito de York (o americano,
naturalmente) ressalta -se grandes diferenças na
indumentária e na disposição do mobiliário da Loja:
no York o mestre sempre usa chapéu (tipo Bonaparte),
o avental não tem os círculos ou taus de distinção de
grau. O cargo de mestre de cerimônias chama -se
Marechal, e não existe a figura do guarda interno. O
livro sagrado fica aberto em uma mesa triangular no
centro da sala rodeada por 3 candelabros, no lugar
onde o Ritual de Emulação recomenda a colocação da
tábua de delinear. Diferente do que muita autoridade
maçônica no Brasil acredita, o Ritual do Rito de York
nos graus simbólicos (os três primeiros) é muito
diferente dos r ituais ingleses atuais (em especial do
Ritual de Emulação), pois foi criado a partir do Ritual
praticado pela extinta Grande Loja dos "Antigos", e
sofreu muitas alterações desde então. E enquanto o
rito inglês é eclético, o Rito de York exige que o
candidato seja cristão, para que possa atingir os mais
altos graus - vide Duncan's Monitor (York) e
Emulations First Degree.

O QUE É UM TRIÂNGULO MAÇÔNICO?


Um Triângulo Maçônico é um núcleo maçônico
provisório formado por três a seis Mestres Maçons
com o intuito de formar uma Loja Maçônica.
Pág in a 86 d e 1 29
Segundo o Ir∴ Nicola Aslan no Grande Dicion ário
Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia, “É a
reunião de três Maçons em localidade onde não exista
Loja Maçônica, com o propósito de criar uma. Este
número pode ir até seis, fun cionando o triâgulo sob a
responsabilidade de uma Loja que fará as iniciações e
os aumentos de salário até se conseguir número
suficiente para funcionar como Loja”
O Regulamento Geral do Grande Oriente do Brasil
assim define: “Funda-se um Triângulo pela reunião de
três a seis Mestres Maçons, em pleno gozo de seus
direitos maçônicos, quando não existir, no local, Loja
do mesmo Rito. Fundado o Triângulo, este solicitará
ao Grande Oriente autorização para o funcionamento
provisório mediante simples requerime nto instruído
com os mesmos documentos exigidos para a fundação
de uma Loja. Um Triângulo sempre funcionará a
coberto. Após a autorização definitiva de
funcionamento, os Triângulos poderão iniciar
candidatos, filiar ou regularizar Maçons em uma Loja
regular e com auxílio desta. O Triângulo que possuir
sete ou mais Mestres Maçons requererá sua
transformação em Loja... Um Triângulo é um núcleo
maçônico provisório, só podendo funcionar por três
anos, findos os quais será dissolvido pelo Grão -Mestre
se não se transformar em Loja”.
Consoante o citado Regulamento, a Administração do
Triângulo é assim composta:

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 - Com 3 Mestres Maçons: Venerável – Orador;
Mestre de Cerimônias – Cobridor; e Secretário –
Tesoureiro;
 - Com 4 Mestres Maçons: Venerável – Orador;
Mestre de Cerimônias; Secretário; e Cobridor –
Tesoureiro;
 - Com 5 Mestres Maçons: Venerável – Orador;
Mestre de Cerimônias; Secretário; Cobridor –
Tesoureiro; e Vigilante – Chanceler;
 - Com 6 Mestres Maçons: Venerável – Orador;
Mestre de Cerimônias; Secretário; Cobridor –
Tesoureiro; 1º Vigilante – Chanceler; e 2º
Vigilante – Hospitaleiro.

(Desconheço autor)

QUEM É O DEUS DA MAÇONARIA?!


Senhoras e Senhores, queridos amigos e amados
irmãos, sabemos que a maçonaria pelo fato de ser
discreta sempre gera muitas dúvidas e especulações
na mente do profano.
Muitos chegam a cogitar a hipótese da maçonaria
possuir um deus específico ou até mesmo mencionar
que a ordem cultua ao demônio.
Falam tudo isso sem embasamento em nada.
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Então nós da Academia Maçônica Mundial - SP vamos
esclarecer algumas dúvidas.

1 ° Qual é o nome do Deus da maçonaria?


- A maçonaria não é uma religião que presta culto, não
há proselitismo dentro da ordem, não existe um deus
que a maçonaria criou ou até mesmo roubou de
alguma religião pra adorar.

2 ° Quem é o G ∴ A ∴ D ∴ U ∴ ?
- GADU é o termo usado para definirmos o grande
geometra, aquele que em tudo habita, aquele que é a
fonte de toda vida, aquele que tudo criou...
GADU é o alfa e o ômega, GADU é Deus, o termo
apenas se aplica para que dentro da maço naria não
exista conflitos por nomenclaturas entre divindades,
desta forma cada irmão ali presente enobrece e
enrique sua fé

3 ° O MAÇOM faz sacrifícios?


- A resposta é sim, o maçom faz grandes sacrifícios,
dos quais todos deveríamos fazer.
O maçom se esforça todos os dias pra dar o melhor de
si, o maçom sacrifica todos os dias suas próprias
limitações, o maçom se sacrifica em prol de sua
sociedade e de seus semelhantes, o maçom se

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sacrifica todos os dias pelas gerações vindouras e o
futuro da nação, o maç om se sacrifica pra entender e
desbastar suas imperfeições.
O maçom sabe que sem o criador Incriado ele nada
seria.

CARACTERÍSTICAS DO RITO ANTIGO E PRIMITI VO DE


MEMPHIS MISRAÏM
Rito Antigo e Primitivo de Memphis Misraïm tem as
seguintes características: Tradicionalista, Simbólica e
Iniciática, Esotérica, Deísta, Maçonaria Egípcia.

Tradicionalista
Por esta descrição, os Maçons do Rito vêm reiterar o
seu forte compromisso com a “Tradição Maçônica”.
Tradição Maçônica não é mais que o descrito na
“Charte Immuable”, valores fundamentais de todas as
civilizações no passado e no futuro. Esta Carta baseia -
se no respeito dos direitos e da dignidade da pessoa
humana, no espírito de independência e integridade
do seu corpo. A negação desses valores que moldam a
nossa ética, é um sinal de alguma regressão qualquer
que seja a explosão de progresso científico ou
tecnológico. Na confusão que muitas vezes
caracteriza o nosso tempo, foi diluído, mesmo
distorcido, o termo Tradição, em atribuir -lhe uma
conotação já ultrapas sada, é rígido, conservador e
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“fundamentalista”. Vemos, portanto, desvios de
linguagem que refletem uma degeneração das ideias
relevantes! A nossa referência à Tradição não deve ser
confundida com mero conservadorismo. Romper com
a tradição, é romper com a Sabedoria e com os
princípios universais da consciência humana.

Simbólica e Iniciática
A Maçonaria Operativa remonta aos antigos
construtores das pirâmides, das catedrais Judaicas,
Romanas e Medievais.
Foi uma sociedade iniciática antes de ter nascido a
Maçonaria Especulativa. Ela criou uma linguagem
simbólica, onde os instrumentos atribuídos aos
Aprendizes, Companheiros e Mestres exemplos, para
poderem transformar a pedra bruta (profano) em
pedra talhada, e poderem tomar o seu lugar no
Templo Universal.
O ensino iniciático assenta na vontade e esforço por
todos, a trabalharem a sua própria pedra.
O símbolo, linguagem universal para ultrapassar a
barreira linguística, destina -se a sugerir que continua
a ser um sistema aberto para um pensamento Livre.

Esotérico
Nas Constituições do Rito de Memphis -Misraïm,
podemos ler esta proclamação: “você tem dois
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ouvidos para ouvir o mesmo som, dois olhos para
receber o mesmo aspecto, duas mãos para realizar o
mesmo ato”. Do mesmo modo: “A ciência é maçônica
exotérica e esotérica”; “Esoterismo é pensar”,
“Exoterismo é a ação”.
No entanto, ainda hoje, o conceito de esoterismo é
muitas vezes ignorado. Parece -nos, pois, necessário
recordar a definição do que é “esotérico” que vem do
grego “esoterikon” – “reservado para seguidores”,
uma classificação atribuída a escolas de pensamento
dos antigos filósofos, o que significa que algumas
áreas foram incompreensíveis ou difíceis de
interpretar pelos não-iniciados.

Deísta
Segundo a própria definição do termo, a Ordem de
Memphis-Misraïm não se refere a qualquer divindade
conforme relatado. Ela funciona “Á Glória do
Arquiteto Sublime de Todos os Mundos”, acreditando
na fé para o progresso humano, e provavelmente
pressupõe a existência de uma inteligência no
trabalho em todo o unive rso.
Cada Maçom é livre com suas crenças e opiniões,
desde que, contudo, não as imponha a outros, e que
estas não tenham quaisquer tendências
fundamentalista ou intolerante.

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O sublime Arquiteto de Todos os Mundos é “Princípio
Superior que poderá ser evocad o sob vários nomes e
diversos nomes”.

Egípcia
O nosso ritual tem origem em alguns dos antigos
mistérios egípcios celebrados nos Templos de
Memphis, e depois recuperados no Líbano pela
Maçonaria “Druse” e reencontrados por Gerard de
Nerval.
Isto levou a qu e os Maçons que acompanharam
Bonaparte durante a missão para o Egito, renegaram
a autoridade Maçônica da Grande Loja Unida da
Inglaterra e começaram a praticar este Rito.
Rito de Memphis foi constituído em Montauban em
França em 1815, por Franco -Maçons que em 1799
haviam participado com Napoleão Bonaparte na
Missão do Egito. A maioria dos membros que
acompanharam Bonaparte na Missão do Egito eram
Maçons pertencentes a antigos Ritos iniciáticos:
Philalétes, Irmão Africanos, Rito Primitivo e Grande
Oriente de França.
No Cairo descobriram uma sobrevivência gnóstica
hermética e no Líbano entraram em com a Maçonaria
drusa, a mesma encontrada por Gérard de Nerval,
remontando assim à Maçonaria "operativa" que
acompanha os seus protetores, os Templários.
Consequentemente, os Irmãos da Missão do Egito

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decidiram renunciar a filiação maçônica vinda da
Grande Loja da Inglaterra.
Rito de Misraim, foi fundado em Veneza em 1788. A
sua filiação veio através de Cagliostro, que dirigiu com
os Graus Menores da Grande Loja de Inglaterra e os
Altos Graus da Maçonaria Templária Alemã. O Rito
difundiu-se rapidamente em Milão, Gênova, Nápoles
e apareceu na França com Michel Badarride, que
recebeu o Grão-Mestrado em 1810, em Nápoles.
De 1810 a 1813, os três Irmãos Badarride
desenvolveram o Ri to de Misraim na França, de certa
forma sob a proteção do Rito Escocês. Ilustres Maçons
pertenceram a ele, como o Conde Muraire, Soberano
Grande Comendador do referido Rito Escocês Antigo
e Aceito, o Duque Decazes, o Duque de Saxe -Weimar,
o Duque de Leicester, entre outros.
Nossa Obediência maçônica, que celebrou seu
bicentenário em 1988, surgiu quando os dois Ritos, de
Memphis e de Misraim, foram reunidos em 1881, na
Itália, por Giuseppe Garibaldi, que se tornou seu
primeiro Grão-Mestre e que trouxe para o Brasil.

POR QUE “AUGUSTA E RESPEITÁVEL LOJA


SIMBÓLICA”?
Essa questão intriga muitos irmãos, principalmente
aqueles que, ao viajarem para o exterior ou
pesquisarem sobre a maçonaria em outros países,
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veem que esse não é um termo comumente utilizado
fora do Brasil.
A origem desse termo é similar ao exposto no artigo
“Palavrões aos Grão-Mestres”, quanto aos distintos
axiônimos adotados para os Grão -Mestres no Brasil,
em comparação ao restante do mundo. Trata -se de
reflexo da nossa agitada história maçônica e das
insistentes práticas irregulares que algumas
obediências mantiveram por muitas décadas no país,
em especial aquela prática infeliz do controle das
obediências simbólicas sobre os altos graus dos ritos,
que perdurou até, pelo menos, o início da segun da
metade do século XX, a qual gerou a cisão de 1927,
que deu origem às Grandes Lojas brasileiras, e que,
até hoje, vem gerando conflitos no seio do Grande
Oriente do Brasil.
Originalmente, os axiônimos utilizados na Maçonaria
eram algo extremamente simple s, e ainda o são em
muitas localidades. Vejamos: Uma Loja é governada
por um Mestre. Logo, uma Grande Loja é governada
por um... Grão-Mestre. Então, a Loja e o Mestre
ganharam o axiônimo de “Worshipful” (Venerável).
Assim, uma Venerável Loja é governada po r um
Venerável Mestre.
E, logo, uma Mui Venerável Grande Loja é governada
por um Mui Venerável Grão -Mestre. Simples assim.
Entretanto, o termo em inglês “Worshipful”, além de
“Venerável”, pode ser traduzido como “Respeitável”.
E não demorou para, nos paíse s que não adotam a
Pág in a 95 d e 1 29
língua inglesa, surgir variações na tradução. Assim,
surgiram os termos “Respeitável Loja” e “Mui
Respeitável Grande Loja”, predominantes no restante
do mundo.
Enquanto esses termos se consolidaram
mundialmente na maçonaria simbólica, ou tros termos
foram surgindo para uso dos chamados Altos Corpos,
de forma a diferenciá-los dos primeiros. Porém, no
século XIX, a maçonaria brasileira ainda sofria o mal,
então já abolido nos países mais desenvolvidos, dos
altos graus serem concedidos em Loj a.
Dessa forma, ao que tudo indica, os termos utilizados
para se referir a uma determinada Loja indicavam se
ela somente trabalhava nos graus simbólicos ou se ela
tinha autorização para conceder altos graus de seu
Rito. Uma Loja que trabalhasse apenas nos graus
simbólicos era chamada de “Respeitável Loja” ou pela
forma mais completa, “Respeitável Loja Simbólica”,
como ainda é em quase todo o mundo. Já uma Loja do
REAA que concedesse graus além do de Mestre era
chamada de “Augusta Loja”. E as Lojas dos Ritos
Adonhiramita e Moderno (então chamados de “Ritos
Azuis”, em contraste com o REAA, que na época
adotava sua cor original, vermelha) que também
concedessem altos graus eram chamadas de “Augusta
Loja Capitular”.
Autor: Kennyo Ismail

Pág in a 96 d e 1 29
PERGUNTAS SOBRE MAÇO NARIA

O QUE É QUE ACONTECE QUANDO O APRENDIZ


MAÇOM RECEBE A LUZ?
Passa a trabalhar para a futura sociedade na qual os
homens se dedicarão ao trabalho e à justiça

DURANTE QUE PERÍODO TRABALHA O APRENDIZ


MAÇOM?
Do meio-dia a meia-noite

O QUE SIGNIFICA A EXPRESSÃO MEIO-DIA?


Como sinônima da divisão do tempo, equivale a doze
horas, marca do instante teórico em que o Sol se acha
no zênite do lugar considerado como centro da
abobada celeste

O QUE SIGNIFICA A EXPRESSÃO MEIA -NOITE?


Significa a hora do repouso material e espiritual do
homem, bem como da própria natureza

O QUE INDICA O PERÍODO DE TEMPO COMPREENDIDO


ENTRE O MEIO- DIA E A MEIA-NOITE?
Começando os trabalhos ao meio -dia simbólico e
prolongando-se durante doze horas figu radas,
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indicam que o maçom deve empregar metade do seu
tempo em tarefas úteis, instruindo -se
fundamentalmente

PORQUE OS APRENDIZES TRABALHAM DO MEIO -DIA A


MEIA-NOITE?
Porque Zoroastro, um dos primeiros fundadores dos
mistérios da antiguidade, reunia sec retamente os
seus discípulos ao meio -dia e terminava os seus
trabalhos à meia-noite, depois de uma ceia fraternal

O QUE PRETENDE DEMONSTRAR A MAÇONARIA


DURANTE AS DOZE HORAS SIMBÓLICAS DE TRABALHO?
Quer apresentar aos maçons as chaves de todos os
segredos da sua doutrina. Combate a ignorância, a
tirania e os preconceitos, glorificando o direito e a
justiça, levantando templos à virtude e cavando
masmorras ao vicio

O QUE É O GRAU DE APRENDIZ?


É o marco inicial de toda carreira maçônica. Constitui
o pedestal de toda filosofia desenvolvida nos outros
graus que o seguem

COMO É QUE UM APRENDIZ PROVA QUE É MAÇOM?

Pág in a 98 d e 1 29
Pelas provas da sua iniciação e outras circunstâncias,
prestando-se sempre a rigoroso exame, desde que
seja regularmente exigido

COMO DEVE TRABALHAR UM APRENDIZ MAÇOM?


Com independência, fervor, devoção e inteligência

O QUE DEVE PROCURAR O APRENDIZ MAÇOM?


Aproximar-se da verdade, convencendo -se de que a
sua investigação não deve ter limites, senão aqueles
dirigidos pelo bom senso, pela moral e pela razão

QUANTO TEMPO DEVE UM APRENDIZ TRABALHAR


PARA OBTER AUMENTO DO GRAU?
Antigamente, sete anos. Atualmente, o tempo
determinado pela sua Obediência

O QUE SE ENTENDE POR AUMENTO DE SALÁRIO?


Aumento de salário, significa aumento de grau. Assim,
completado o seu tempo de serviço, receberá em
retribuição, como aumento, o grau de companheiro.
Representa a evolução que os maçons obtêm pelo seu
próprio esforço

Pág in a 99 d e 1 29
QUAIS AS EXIGÊNCIAS PARA QUE UM APRENDIZ
RECEBA O SEU AUMENTO DE SALÁRIO?
1) Deverá estar no grau o tempo mínimo exigido pela
sua Obediência
2) Ter assistido pelo menos a X das sessões do seu
grau realizadas pela Loja (depende da Obediência)
3) Estar em dia com as suas obrigações junto da
tesouraria da Loja
4) Demonstrar conhecimento do simbolismo do grau
e das Leis que regem a Ordem, por questionário
e/ou verbalmente, a critério da Loja
5) Apresentar trabalho por escrito sob tema fixado
pelo Venerável Mestre da Loja

OBJETIVOS DA MAÇONAR IA
Que pretende, pois, a Maçonaria ao Iniciar
Candidatos? Exatamente o que todas as sociedades
secretas iniciáticas da Antiguidade pretenderam:
transformar Profanos em Iniciados. Tanto os mistérios
antigos, como os mistérios cristãos, eram escolas
cujos discípulos se empenhavam co m todas as suas
forças ao seu próprio desenvolvimento, mas não em
benefício de seus próprios interesses; buscavam
tornarem-se melhores visando tão-somente o
benefício de seus semelhantes. Viam no seu próprio

Pág in a 10 0 d e 12 9
desenvolvimento moral e intelectual a primeira
condição para que pudessem trabalhar para os outros.

Solidariedade Maçônica
Embora a Maçonaria não seja de nenhum modo uma
sociedade de beneficência nem de socorros mútuos,
como muitos erradamente pensam, o espírito de
solidariedade, não obstante, não est á alheio ao
Maçom; deve, ao contrário, fazer parte de sua própria
natureza e condição de Maçom…
A Maçonaria põe em relevo, com um poder de lógica
não alcançado por nenhuma outra doutrina, a
fraternidade e a solidariedade. A verdadeira
superioridade consist e nas qualidades adquiridas e se
traduz principalmente por um sentimento profundo
dos nossos deveres para com os humildes e os
deserdados deste mundo. Há obrigações devidas por
todo Maçom aos seus irmãos, que assim podemos
resumir: •Assistir um irmão em su a aflição ajudá-lo
em suas virtuosas empresas, fazer votos para o seu
bem-estar, conservar os seus segredos, e defender a
sua reputação tanto na sua ausência como na sua
presença. Em linguagem mais extensa:
Quando as necessidades de um irmão solicitarem o
meu auxílio estarei sempre pronto para prestar -lhe tal
assistência, para salvá-lo da ruína, enquanto não for
prejudicial a mim ou às minhas relações, se achá -lo
merecedor disso.

Pág in a 10 1 d e 12 9
A indolência não será causa de minha hesitação, nem
de minha indignação e não me farão desviar; mas
esquecendo qualquer consideração egoísta, serei
sempre pronto para servir, socorrer e ser benevolente
para um companheiro em aflição, e mais
particularmente a um Maçom.
Quando fizer votos ao Deus Todo -Poderoso para o
bem-estar de um Irmão, lembrá-lo-ei como se fosse eu
próprio; como as vozes das crianças e dos inocentes
sobem para o Trono da Graça, assim com toda certeza
as súplicas de um coração fervoroso elevam -se até as
mansões da bênção, tanto quanto as nossas preces
são certamente necessárias aos outros.
Guardarei como se fosse meu o segredo de um irmão
a mim confiado como tal; como se traindo esta
confiança poderia fazer -lhe o maior dano que seria
capaz de sofrer nesta vida mortal; não somente isto,
mas seria semelhante à vilania de um assassino, que
se embosca na escuridão a fim de apunhalar o seu
adversário, quando desarmado e não estando
preparado para enfrentar um inimigo.
Suportarei o temperamento de um irmão em sua
ausência como o faria em sua presença; se estiver em
meu poder, não insultaria injustamente, nem
permitiria que outros o fizessem.
A solidariedade não constitui para o Maçom um ideal
ou uma finalidade. O Maçom deve encará -la apenas
como uma disciplina, como algo natural. É por este
motivo que, em todas as reuniões m açónicas, percorre
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a Oficina o Tronco de Solidariedade ou de
Beneficência. Através dele, lembra -se o Maçom o
espírito de solidariedade, o qual, para ele, deve
transformar-se em hábito.
“Os nossos antepassados há muitos séculos,
reuniram-se sob ritos antigos, não para exercer a
caridade, mas para procurar a verdadeira luz… A
caridade é uma consequência das nossas doutrinas, e
não a finalidade das nossas reuniões”.
Para muitos Maçons que não distinguem a diferença
entre as duas palavras, basta dizer que a car idade é
um favor que se presta, ao passo que a solidariedade
é uma obrigação. A finalidade das Lojas, de um lado,
é facilitar a procura da Verdade e, do outro, é ensinar
o duro e penoso trabalho do desbaste da Pedra Bruta.
Contudo, o que há de menos difíci l é contribuir
materialmente para o alívio dos infortúnios que
podem ser socorridos. A Maçonaria, desde os tempos
mais remotos, impôs aos seus adeptos a obrigação de
assegurar a existência das viúvas e dos órfãos da
Confraria. O ancião impotente tampouco e ra
abandonado; recebia cuidados convenientes e sabia
que funerais decentes lhes seriam reservados. Os
Maçons modernos não se quiseram subtrair a estes
tradicionais e sagrados encargos; assim toda Loja tem
o seu tronco de beneficência, sem prejuízo de
contribuições à caixa de socorros e outras obras de
caridade: orfanatos, asilos, etc.

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CRUZ ANSATA

Cruz Ansata é um dos nomes pelos quais é conhecido


o símbolo egípcio Ankh, que também pode ser
chamado de Cruz Egípcia ou Cruz Ankh. É um antigo
símbolo, ou hieróglifo, da terra dos faraós que
simboliza a vida ou a vida eterna.
A Cruz Ansata ou Ankh possui em sua parte superior
duas linhas que se juntam em uma forma oval, no seu
centro temos uma linha horizontal e abaixo desce uma
linha vertical emprestando -lhe alguma semelhança
com uma cruz tradicional.
A parte superior com duas linhas que se juntam
representa o encontro do princípio masculino e
feminino, ou seja, a união fundamental que dá origem
a vida. Encontro que também pode ser interpretado
como a união dos polos opostos em perfeito
equilíbrio.

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Uma outra explicação para o significado da Cruz
Ansata é o de que ela representa a união de Ísis e
Osíris, os deuses egípcios que concebem Hórus, o deus
que representa o caminho da iluminação espiritual na
religião egípcia, equivalente ao Jesus Cristo do
ocidente, por assim dizer. Ou ainda, seu significado
pode ser entendido como o da união de Ísis e Osíris
responsável, segundo a tradição, pelas cheias anuais
do rio Nilo.
A Cruz Ansata é vista com bastante frequênci a
representada em túmulos do Antigo Egito, sendo
comum a representação de deuses e faraós com o
símbolo em suas mãos.
A imagem da cruz começa a aparecer no Egito a partir
da 5ª dinastia, e é encontrada especialmente nos
templos de Karnak, Luxor, Edfu e Me dinet Habu, além
de murais e obeliscos.

AS COLUNAS ZODIACAIS
Excerto do livro O que um Aprendiz Maçom deve saber
Irm∴ Almir Sant’Anna Cruz

Nos Templos Maçônicos encontram -se 12 Colunas na


parte Ocidental, seis no lado Norte e seis no lado Sul,
simbolizando os 12 signos zodiacais, com diversas

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interpretações, inclusive relacionando -as aos quatro
Elementos e aos sete Planetas da Antiguidade:

No lado Norte temos:


 ÁRIES: Fogo, Marte
 TOURO: Terra, Vênus
 GÊMEOS: Ar, Mercúrio
 CÂNCER: Água, Lua
 LEÃO: Fogo, Sol
 VIRGEM: Terra, Mercúrio

No lado Sul estão:


 LIBRA: Ar, Vênus
 ESCORPIÃO: Água, Marte
 SAGITÁRIO: Fogo, Júpiter
 CAPRICÓRNIO: Terra, Saturno
 AQUÁRIO: Ar, Saturno
 PEIXES: Água, Júpiter

A disposição dessas Colunas, que seguem o aparente


caminho do Sol, é que justificam a circulação em Loja,
no sentido destrocêntrico, ou seja, no sentido dos
ponteiros do relógio.
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Como as Colunas estão dispostas a penas no Ocidente,
não é correto haver circulação no Oriente, embora
diversas Potências Maçônicas assim proceda.
Conquanto não se possa afirmar com segurança que
os caldeus tenham sido os precursores da Astrologia,
certamente foi na Caldéia que alcançou se u
esplendor, misto de ciência e religião.
Há registros de práticas astrológicas em regiões e
povos completamente distintos: egípcios, persas,
gregos, romanos, indianos, chineses, árabes, incas,
maias e astecas, entre outros.
Se bem que os judeus estivesse m proibidos por Deus,
a classe sacerdotal praticou a Astrologia,
influenciados durante o cativeiro em Babilônia, até
que o profeta Isaías condenou tais práticas.
Os antigos consideravam os signos zodiacais como a
chave de todas as ciências humanas e natura is.
A Astrologia e a Astronomia eram estudadas nas
antigas civilizações mesopotâmicas e, na Babilônia e
Assíria, a Astrologia era utilizada pela classe
sacerdotal para interpretar a vontade dos deuses,
uma vez que se baseava na teoria do governo
universal pela vontade divina.
Ao lado de todos os templos da mesopotâmia, há
cerca de 4000 mil anos antes de Cristo, erguia -se uma
torre, chamada Zigurate, e o alto dessa torre era
pintada de amarelo, cor do Sol. Servia de observatório
astronômico para a classe sac erdotal.

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Pesquisas recentes demonstraram que o fenômeno da
precessão dos equinócios já era conhecido pelos
astrônomos da Babilônia.
Através das posições dos corpos celestes predizia -se
o futuro, interpretava-se os acontecimentos, as vidas
humanas e o cará ter das pessoas, baseando -se no
conceito do homem como centro do universo.
A partir daí, era lógico julgar -se que o universo girasse
em torno de nossa espécie, influindo em nosso
destino. Com o triunfo do Cristianismo, passou -se a
admitir, no mundo ociden tal, que os astros não eram
agentes finais do destino.
Se o futuro pode ser previsto, presume -se que esteja
determinado; onde fica, então, o livre -arbítrio
humano? Golpe mortal no determinismo religioso da
Astrologia!
Contudo, até o século XVIII, a Astro logia continuava
sendo respeitada como ciência. Foi em época
relativamente recente que a Astronomia se
desvencilhou da Astrologia, assim como a Química da
Alquimia e a Física da Metafísica natural. Todavia, não
se pode negar a contribuição dessas pseudociê ncias
para com as ciências modernas.
Já de algum tempo, a Astrologia está fora do reino da
respeitabilidade intelectual e, portanto, carece de
valor.

EDGAR
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Amado irmão,
Permita-me recriar, tão bela peça de arquitetura.
Está correto quando afirma que as colunas se dispõe
de acordo com o aparente movimento do sol ao redor
do círculo zodiacal.
Por isso, necessito lhe ajudar com uma correção:
Quando o sol atinge o topo da coluna (trópico) de
câncer, o sol sai do norte ( solstício de verão no Norte)
para percorrer o sul até atingir a base da coluna
(trópico) de capricórnio ( solstício de verão no sul)
quando volta para circular pelo norte.
Portanto, as colunas precisam se dispor ao Norte e ao
Sul, tal qual a passagem do sol por elas, portanto
temos:

NORTE (ocidente para oriente):


 Aquário
 Peixes
 Aries
 Touro
 Gêmeos
 Câncer

SUL (oriente para ocidente):


 Leão
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 Virgem
 Libra
 Escorpião
 Sagitário
 Capricórnio

E não de acordo com os equinócios.

ALMIR
Lembremos que a disposição das Colunas está em
conformidade com o hemisfério Norte.
Também é fato que o Calendário Maçônico se inicia
em 21 de março (Áries)

FILHO DA VIÚVA
Excertos do livro Maçonaria para Maçons,
Simpatizantes, Curiosos e Detratores
Irm∴ Almir Sant’Anna Cruz

Várias explicações e versões foram propostas para


explicar o significado desse termo antiquíssimo.

Pág in a 11 0 d e 12 9
Tudo começa com a Bíblia ao identificar Hiram Abif, o
Arquiteto do Templo de Salomão, como sendo um
“filho da viúva”.
Em I Reis (7:14), ele é apresentado com o “filho de uma
viúva da tribo de Neftali e fora seu pai um homem de
Tiro”.
Já em II Crônicas (2:14) ele é mencionado como sendo
“filho duma mulher das filhas de Dã, e cujo pai foi
homem de Tiro”.
Portanto, embora os textos bíblicos divirjam quanto a
tribo de sua mãe, são concordes em que ele era um
“filho de uma viúva”. Em I Reis é assim apresentado e
em II Crónicas está implícito com a utilização do verbo
no passado (“foi homem ...”).
Não obstante todas as versões serem concordes em
apontar os “filhos da viúva” como sendo o nome
alegórico dos Maçons, há divergências quanto a quem
seria a “viúva”. Recolhemos algumas explicações:
- Joaquim Gervásio de Figueiredo in Dicionário de
Maçonaria diz que para alguns estudiosos, essa frase
significa “Iniciado nos Mistérios Menores”, ao passo
que “Filhos da Virgem” corresponde a “Iniciado nos
Mistérios Maiores”.
- Lorenzo Frau Abrines & Rosendo Arus Arderiu in
Diccionario Enciclopaédico de la Masonería, afirmam
que a viúva seria a terra, mãe e fossa comum de toda
a Humanidade.

Pág in a 11 1 d e 12 9
- Persigout in Annales Maçonniques Universelles,
infere que a viúva seria a Natureza, sempre virgem e
fecunda.
- Jules Boucher in A Simbólica Maçônica, deduz que a
palavra viúva vem do latim vidua, que significa, com
sentido de espaço, vazio, pr ivado de. Assim, a
expressão filhos da viúva significaria filhos do espaço
e, como o espaço é símbolo de líberdade, os Maçons
seriam os filhos da liberdade. Boucher desenvolve
também o complicado raciocínio de que como a viúva
caracteriza-se com um véu negro, que simboliza as
trevas, também inerentes ao espaço, os Maçons são,
ao mesmo tempo, os filhos da viúva e os filhos da luz.
Eles são filhos do mundo das trevas, mas, no seio do
mundo, manifestam-se como filhos da luz.
- Guillemain de Saint-Victor in Recueil Précieux,
afirma que a viúva é a mãe de Hiram Abiff, que foi
cuidada pelos Maçons depois que seu filho foi
assassinado por três maus Companheiros.
A interpretação de que a viúva seria a própria
Maçonaria é comum a vários autores:
- Para os que apontam a origem da Maçonaria na
Ordem dos Templários, a viúva seria a própria
Maçonaria, desde quando Jacques de Molay, Grão -
Mestre da Ordem, foi morto pela Inquisição.
- Plantageneta in Causeries en Chambre du Milieu, diz
que todos os Maçons – filhos do mesmo pai, Hiram
Abiff – ficaram solidários na defesa comum de sua
viúva, a Franco-Maçonaria.
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- Alec Mellor in Dicionário da Franco -Maçonaria e dos
Franco-Maçons, afirma que, segundo a Bíblia, Hiram
Abiff foi apresentado a Salomão como filho de uma
viúva da tribo de Neftali (I Reis 7:14). Com a morte de
Hiram Abiff, a Maçonaria ficou viúva e os Maçons
passaram a ser os “filhos da viúva".
Mas há aqueles que vão mais longe, aos antigos
Mistérios egípcios:
- Gédalge in Dictionnaire Rhéa após afirmar que a
expressão “filhos da viúva” se refere aos Maçons em
memória da viúva que foi mãe do arquiteto Hiram,
completa afirmando que Ísis, a “grande viúva” de
Osíris, procurando os membros esparsos de seu
esposo, é igualmente encarada como a mãe de todos
os Maçons, os quais, a seu exemplo, procuram o corpo
de seu Mestre Hiram Abiff.
- Oswald Wirth in Le Livre du Maître, conta que a viúva
é Ísis, personificação da Natureza, a mãe universal,
mãe de Osíris, o deus invisível que ilumina as
inteligências.
- Nicola Aslan expõe, in Grande Dicionário
Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia, que muitos
autores interpretam que Ísis, símbolo da terra, é a
“grande viúva” de Osíris, símbolo do Sol, que a
fecunda e da qual somos todos filhos. Como a Loja,
onde se reúnem os Maçons, tem o sign ificado de
mundo, por extensão, os Maçons são os filhos do
universo, por serem todos uma de suas partículas.

Pág in a 11 3 d e 12 9
Como uma síntese de todas as versões que
relacionamos, Ragon in Ritual do Grau de Mestre,
afirma que Hiram Abif representa Osíris, o Sol, a Luz;
sua viúva Ísis é a Terra, a Natureza, a Loja; e seu filho
Órus é o Homem, o Maçom. Assim, os Maçons moram
na “Loja Terrestre” e são os “filhos da viúva”, os
“filhos da natureza”, os “filhos da luz”.

ENTENDENDO O NOME INEFÁVEL


Sejamos sinceros: tem muito Mestre por aí que não
tem a mínima noção do que é o Nome Inefável, sua
origem e simbologia.
Já outros fazem o favor de inventar lendas e teorias
místicas que vão além da imaginação dos simples
mortais.
Entre elas, podemos citar a lenda de que, se você
pronunciar o Nome corretamente, terá poderes
ilimitados (Superman?).
Tratemos aqui apenas do que é real: O que é Inefável?
A palavra inefável descreve algo que não pode se r
pronunciado, ou seja, impronunciável, indizível.
Seria algo tão sagrado que sua pronúncia seria
indevida, restrita apenas aos escolhidos, e dita
apenas nos momentos apropriados.
Assim, o Nome Inefável seria o nome de um Deus
eterno, único, onipresente e invisível.
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Afinal de contas, se só há Ele, então Ele não precisa
ser nomeado, e se Ele está presente em todos os
lugares, então Ele não precisa ser chamado.
Com essa crença, os judeus posicionaram seu Deus
acima dos deuses de outros povos, pois Ele não estava
vinculado a animais ou aos astros e não possuía
concorrentes.
Mas para transmitir as histórias e ensinamentos de
sua crença, os judeus precisavam se referir a Ele de
alguma forma.
Para isso, adotaram “títulos” como Elohim (a
Autoridade), El Shaddai (Todo Poderoso), Adonai
(Senhor), Elyon (Altíssimo), Ehyeh -AsherEhyeh (Eu
sou o que sou), e outros.
Esses títulos foram devidamente traduzidos nas
bíblias tradicionais e são amplamente usados pelas
igrejas e seus sacerdotes ao mencionarem o GADU.
Como em todos os povos das mais remotas eras
tinham nos sacerdotes os guardiões de algum tipo de
segredo ou mistério, com os judeus não poderia ser
diferente.
Assim, ficou o Sumo Sacerdote, líder religioso do povo
judeu, responsável por guardar a pronúncia do
verdadeiro nome do GADU e pronunciá -lo apenas
quando em cerimônia específica no Templo de
Jerusalém.
O nome teria sido informado inicialmente a Moisés
por Deus através da Sarça Ardente.
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Dessa forma, o nome servia como uma espécie de
senha, um segredo que era transmitido pelo Sumo
Sacerdote a seu sucessor e aos Reis coroados por ele,
sempre de forma ritualística, dentro do Templo.
Na verdade, todo bom judeu sabia como se escrevia o
nome verdadeiro de Deus, mas apenas o Sumo
Sacerdote e o Rei sabiam pronunci á-lo.
Você deve estar se perguntando: Como isso é
possível?
Explicando de uma forma bem simplista: O hebraico é
uma língua que só se escreve com consoantes.
Assim, o leitor judeu precisa conhecer a pronúncia da
palavra para pronunciar as vogais corretas .
Para quem achar isso um pouco estranho, saiba que
produzimos exemplos claros disso todos os dias: vc =
você; tbm = também; blz = beleza.
O nome de Deus seria escrito com 04 letras hebraicas
correspondentes às letras JHVH de nosso alfabeto
(tetragramaton), mas como as pessoas nunca haviam
escutado a palavra, não sabiam como pronunciá -la.
Poderia ser mais de 100 combinações, Isso sem
considerar a hipótese das consoantes estarem
misturadas, o que aumenta as possibilidades de
combinação para mais de mil.
De qualquer forma, seja pela morte daqueles que a
sabiam ou pela destruição do Templo, único lugar
onde o nome poderia ser pronunciado, a palavra se
perdeu.
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Uma versão que surgiu com o tempo foi a utilização
das vogais de Ehyeh-AsherEhyeh (Eu sou o que sou)
com o Tetragramaton, o que gerou a versão Jihaveh
(Javé, em português).
Mas também convencionou -se adotar os sons de
Adonai, título mais comum para denominar Deus, em
combinação com o Tetragramaton, o que gera o nome
Jihovah (Jeová, em português), que se consolidou
como a “versão correta” do nome do GADU, apesar de
não existir quaisquer outros indícios para tanto.
Por esse motivo, o nome continua sendo “inefável”
para os judeus ortodoxos e muitas outras vertentes
religiosas e esotéricas.
Para nós, Mestres Maçons, independente de qual seja
a pronúncia correta, o que realmente importa são os
profundos ensinamentos que esse símbolo ilustra.
E uma dessas lições é de que, apesar do GADU ser
chamado de tantos diferentes nomes e visto de tant as
diferentes formas, conforme a cultura, costumes e
crenças de cada povo e cada ser,
Ele é o mesmo, único, oculto aos nossos olhos, mas
presente em nossas vidas.

Kennyo Ismail M∴M∴

O PRIMEIRO ESTATUTO DE WILLIAM SCHAW (15 98)


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A Escócia era uma terra se lvagem e rebelde no final
do século XVI e há muito procurava preservar sua
independência apesar das guerras e invasões.
A Escócia era governada pelo filho de Maria, a viúva
de Francisco II.
O rei dos últimos trinta anos, James VI (1566 -1625)
aplicou dentro de seu reino uma política de direito
divino absolutista, garantindo paz e ordem.
Sua mãe foi executada em 1587 em Londres. Isto fez
dele o herdeiro da rainha virgem, Elizabeth I, a quem
sucedeu no trono de Inglaterra em 1603.
Os cortadores de pedra, de acordo com a tradição
maçônica, chegaram na Grã -Bretanha na época de St.
Alban (Santo Agostinho) e Rei Athelstan, e na Escócia
construíram igrejas, castelos, casas e outras mansões,
logo instalaram e estabeleceram lojas permanentes,
que já não eram apenas locais de trabalho, mas
lugares para se reunirem.
Em 1583, William Schaw foi nomeado pelo rei James
VI da Escócia (então um reino independente da
Inglaterra) como Mestre do Trabalho e Vigilante
Geral.
Em 28 de dezembro de 1598, ele publicou o primeiro
dos agora famosos Estatutos Schaw que
estabeleceram os deveres de todos os membros para
com a loja e com o público.
Ele também impôs sanções por trabalho insatisfatório
e segurança inadequada durante o trabalho.
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Seu estatuto exigia que todas as lojas mantiv essem
registros escritos com suas determinadas datas, assim
sendo, lançou as bases para futuras lojas como o são
hoje.
O documento (Estatuto Schaw), que faz parte de um
registo de seis volumes, é agora propriedade da Lodge
of Edinburgh Nº1, a Mary’s Chapel .
... O texto (Tradução livre por Luciano R. Rodrigues)...
Em Edimburgo, dia 28 de dezembro, O ano de Deus,
mil e quinhentos e noventa e oito.
Os estatutos e regulamentos a serem observados por
todos os Mestres Maçons dentro deste reino,
estabelecidos por William Schaw, Mestre de Trabalho
da Sua Majestade [Rei Jaime VI] e Vigilante Geral do
Craft, com o consentimento dos Mestres depois
especificados.
1 – Primeiramente, observar e manter todos os bons
regulamentos estabelecidos anteriormente sobre os
privilégios do Craft por seus predecessores de boa
memória e especialmente que eles sejam verdadeiros
uns com os outros e vivam juntos na caridade, como
se tornaram, em juramento, irmãos e companheiros
no Craft.
2 – Que eles sejam obedientes aos seus vigilantes,
diáconos e mestres em todas as coisas relativas ao
Craft.
3 – Que sejam honestos, fiéis e diligentes em seu
trabalho e tratem corretamente com os mestres ou
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proprietários das obras que serão pagas por
empreitada, alojamento e alimento ou por semana.
4 – Que não empreenderá qualquer obra, grande ou
pequena, que ele não seja capaz de realizar de forma
qualificada, sob a pena de quarenta libras ou então a
quarta parte do valor da dita obra, sem prejuízo da
reparação e compensação a serem feitas aos
proprietários da obra, devem ter a estimativa e juízo
do Vigilante-Geral, ou na sua ausência, a estimativa
dos vigilantes, diáconos e mestres do condado, onde
o referido trabalho está sendo construído ou
trabalhado.
5 – Que nenhum mestre adote qualquer trabalho de
outro mestre, depois que o primeiro mestre
concordou com o dono da obra por contrato,
oralmente ou condição verbal, sob pena de quarenta
libras.
6 – Que nenhum mestre deve assumir o trabalho de
qualquer obra que outros mestres trabalharam antes,
até que os primeiros trabalhadores tenham recebido
o pagamento pelo trabalho que fizeram, sob a mesma
pena anteriormente mencionada.
7 – Que haja um vigilante escolhido e eleito todos os
anos para se encarregar de cada loja, como elas são
divididas, e que pelo voto dos mestres das referidas
lojas e com o consentimento de seu Vigilante -Geral,
se acontecer de estar presente. Se ele não estiver
presente, que ele seja informado de que tal vigilante

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foi escolhido por um ano, para que o Vigilante -Geral
possa enviar instruções para o vigilante eleito.
8 – Que nenhum mestre tenha mais que três
aprendizes durante sua vida sem o consentimento
especial de todos os vigilantes, diáconos e mestres do
condado onde habita o dito aprendiz que deve ser
recebido.
9 – Que nenhum mestre d eve conduzir ou se
comprometer com qualquer aprendiz por menos de
sete anos e também não será permitido fazer o
aprendiz, um irmão e companheiro no Craft até que
tenha exercido outros sete anos, até o fim de seu
aprendizado, salvo por uma licença especial
concedida pelos vigilantes, diáconos e mestres,
reunidos para esse fim, e que se faça um julgamento
suficiente, da dignidade, qualificação e habilidade da
pessoa que deseja se tornar um companheiro no Craft,
isto sob uma multa de quarenta libras a ser
considerada como uma penalidade pecuniária da
pessoa que o fez um companheiro no Craft, contra
este decreto, além das penalidades concedidas contra
ele pela loja onde ele pertence.
10 – Que não será lícito a qualquer mestre vender seu
aprendiz a qualquer outro mestre, nem dispensar os
anos de seu aprendizado através de pagamento, sob
pena de quarenta libras.
11 – Que nenhum mestre receba qualquer aprendiz
sem informar ao vigilante da loja que pertence, para

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que o nome do referido aprendiz e o dia da sua
recepção possam ser registrados nos livros.
12 – Que nenhum aprendiz será iniciado sem que seja
respeitada esta ordem, a realização do devido
registro.
13 – Que nenhum mestre ou companheiro do Craft
seja recebido ou admitido sem que haja seis mestres
e dois aprendizes presentes, sendo o vigilante da loja
um dos ditos seis, e que o dia da recepção do
companheiro do Craft ou mestre, seja devidamente
registrado e seu nome e marca inseridos no referido
livro com os nomes dos seis que o receberam e dos
aprendizes aceitos, e os nomes dos intendentes que
serão escolhidos para cada pessoa também devem ser
inscritos em seu livro.
14 – Ninguém será admitido sem um exame e
suficiente julgamento de sua habilidade e dignidade
em sua vocação no Ofício.
15 – Que nenhum mestre dev e trabalhar em qualquer
obra de construção sob a responsabilidade ou
comando de qualquer outro artífice que já tenha
tomado o trabalho de qualquer obra de pedreiro.
16 – Que nenhum mestre ou companheiro do Craft
receba qualquer cowans para trabalhar em sua
presença ou companhia, ou enviar qualquer de seus
ajudantes para trabalhar com cowans, sob a pena de
vinte libras, quantas vezes esta regra for quebrada.

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17 – Não será lícito a qualquer aprendiz aceito,
empreender qualquer tarefa maior ou obra de um
proprietário, por mais do que a soma de dez libras,
sob a penalidade acima mencionada, a saber, vinte
libras, e depois de ter executado esta tarefa, não
iniciará outra sem permissão dos mestres ou do
vigilante da loja.
18 – Que todos os mestres empreendendo qua lquer
obra, devem ser muito cuidadosos com os seus
andaimes e passarelas, para que estejam
corretamente colocados e dispostos, a fim de que
através de sua negligência e preguiça, nenhuma ferida
ou ferimento possa ocorrer a qualquer pessoa que
trabalhe na obra, sob a pena de ser proibindo de
trabalharem como mestres encarregados de qualquer
obra, mas sujeito a todo o resto de seus dias a
trabalhar sob a responsabilidade de outro mestre
principal, responsável pela obra.
19 – Que nenhum mestre receba ou resta beleça
(equivocadamente adquira propriedade de outro)
qualquer aprendiz ou ajudante de outro mestre que
tenha fugido do serviço de seu mestre ou no caso de
ter agido sem conhecimento, não o manterá depois de
ter obtido as informações, sob a pena de multa d e
quarenta libras.
20 – Que todas as pessoas das lojas de maçons se
reunirão na hora e no local definido, depois de terem
sido legalmente avisadas, sob a pena de dez libras.

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21 – Que todos os mestres que possam ser convocados
para qualquer assembleia ou re união, prestarão o
juramento de não esconder ou ocultar falhas ou erros
cometidos por qualquer um dos outros, nem as faltas
ou erros que qualquer homem tenha feito aos
proprietários das obras que eles estão trabalhando, e
que sob a pena de dez libras a ser em pagos por
aqueles que dissimular as falhas.
22 – Ordena-se que todas as penalidades acima
mencionadas sejam aplicadas sobre os infratores e
transgressores destas ordens, pelos vigilantes,
diáconos e mestres das lojas onde os infratores fazem
parte e sejam distribuídos para caridade de acordo
com a consciência e parecer destas pessoas.
23 – E para o cumprimento e a observância destes
decretos aqui estabelecidos, todos os mestres
convocados no referido dia, obrigam -se fielmente. Por
este motivo, o Vigilante Geral requer que este
presente documento seja assinado por sua própria
mão, para que uma cópia autêntica do mesmo possa
ser enviada a cada loja particular dentro deste reino.

William Schaw,
Mestre do Trabalho.

Luciano Rodrigues M∴M∴

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A CORDA DE 81 NÓS
Nicola Aslan
Corda com Nós tem ligação direta com a Orla Dentada,
o Pavimento Mosaico, a Cadeia de União e as Romãs,
colocadas no topo das colunas B ∴ e J∴. Todos eles são
símbolos equivalentes que a Corda com Nós sintetiza
e complementa. Eis o significado desses símbolos na
interpretação do exegeta Plantagenet: “Cada um
desses símbolos nos lembra que todos os Maçons,
espalhados na superfície do globo, forma m, entre
eles, uma única família de Irmãos. Conviria,
entretanto, ressaltar que essa fraternidade não
implica uma necessária identidade entre os inúmeros
elos da cadeia. É o que faz o Pavimento Mosaico que
– segundo os velhos rituais – tem por significado a
união estreita reinante entre os Iir ∴MM∴, ligados
entre si pela verdade” (Edouard E. Plantagenet –
“Causeries Initiatiques pour le Travail en Loge
d’Apprentis”, p. 140).
A Corda de 81 Nós percorre o friso do Templo da Loja,
formando, de distância em dist ância, nós, chamados
“laços de amor”. Fazem -se formando um anel (fêmea)
no qual é introduzida a extremidade (macho) da
corda. Trata-se de um dos símbolos mais antigos da
humanidade.
“Esquematicamente, esse símbolo figura a lemniscata,
curva em formato de oito deitado que representa o
infinito em matemática; o sentido da corrente volta
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após uma dupla inversão ao seu sentido primitivo, e a
figura central ou laço perfaz uma cruz dupla. Esse nó
não foi escolhido arbitrariamente, por certo, entre
todas as formas possíveis de nós.” (Jules Boucher –
“La Symbolique Maçonnique”, p. 172.)
As extremidades da Corda têm uma borla e alcançam,
respectivamente, as duas colunas. Outras vezes,
pendem nos quatro pontos extremos da Loja e
lembram quatro Virtudes: Temperança, Ju stiça,
Coragem e Prudência. Segundo Leadbeater, as borlas
podem, também, representar os quatro elementos:
terra, água, ar e fogo.
O mais certo, todavia, seria representar, nos Painéis,
somente a “Corda com Nós”, sem a Orla Dentada. Três
“laços de amor” no grau de Aprendiz e cinco no grau
de Companheiro, relembrando a idade simbólica
desses graus.
“Deve-se notar que o laço de amor é um atributo
assim definido em heráldica: cordão entrelaçado cujas
pontas atravessam o centro, saindo por baixo à destra
e à sinistra”. O cordão de seda preta e branca, com
que as viúvas circundam o seu escudo, é feito de laços
de amor; da mesma forma, os brasões dos cardeais,
dos bispos e dos abades comportam, por baixo de um
chapéu, o cordel formado por laços de amor e
terminado por borlas.” (Jules Boucher – “La
Symbolique Maçonnique”, pp. 172 e 173.)
É de se notar, porém, que o número de borlas é
proporcional à dignidade. Esses nós simbólicos
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figuram, também, no cordel dos franciscanos e dos
capuchinhos, relembrando três votos: C astidade,
Pobreza e Obediência.
Segundo Octaviano de Menezes Bastos, a Corda com
Nós significa União e tem o mesmo significado da
Cadeia de União. A Corda com 81 Nós deve ser,
evidentemente, um símbolo maçônico relativamente
moderno e, portanto, desconheci do nos primórdios da
Maçonaria Especulativa.
Deve datar, como tantos outros, da segunda metade
do século XVIII e ser originário da França. Em
princípios desse século, os Maçons reuniam -se em
tavernas ou cervejarias, onde realizavam as sessões
maçônicas. Dava-se ao local designado um caráter
particular, ainda que passageiro. Qualquer local podia
ser transformado em Loja. Terminados os trabalhos,
todos os traços da sessão maçônica eram apagados.
“Traçou-se, de início, sobre o solo, com giz, um
paralelogramo, dentro do qual todos os assistentes
tomavam lugar. Figurou -se, a seguir, no meio desse
paralelogramo, um quadrilátero menor, em volta do
qual se alinhavam os Irmãos; dentro dele, os
instrumentos de arquitetura eram traçados sobre a
areia ou desenhados com giz no soalho.
As figuras traçadas dentro do pequeno paralelogramo
representavam duas colunas, B \e J\, que se erigiam,
outrora, no vestíbulo do Templo de Salomão, o
Pavimento Mosaico, a Orla Dentada, o Esquadro, a
Régua, o Compasso, o Prumo, a Prancheta, a Estrela
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Flamejante, etc. Supunha -se que a Loja possuía três
janelas: uma no leste, uma no sul e uma no oeste. Era
iluminado por três velas colocadas sobre altos
candelabros.
O Mestre da Loja estava sentado no Oriente sobre
uma poltrona, atrás de uma mesa sobre a qual
estavam colocados uma Bíblia e o Malhete, do qual se
servia para bater, sobre a mesa, as pancadas
regulamentares. Os Irmãos alinhavam -se sobre duas
“colunas” ao longo do tapete: os Aprendizes do lado
de J\, os Companheiros do lado de B \. Na extremidade
das duas fileiras, fazendo face ao Mestre, estavam
colocados os dois Vigilantes.” (R. Le Forestier –
“L’Occultisme et la Franc -Maçonnerie Ècossaise”; p.
152.)
Esses fatos são confirmados por Leadbeater: “Diz -se-
nos que, no começo do século dezoit o, marcavam-se,
no solo, com giz, os símbolos da Ordem, e esse
diagrama era circundado por uma corda pesada,
ornamentada de borlas; era, por isso, chamada “borla
dentada”, posteriormente, corrompida em “borda
marchetada”. Os franceses a chamam “la houppe
dentelée” e a descreveram como sendo “uma corda
com lindos nós que rodeia o quadro de traçar” (C. W.
Leadbeater – “A Vida Oculta na Maçonaria” p. 69).
O pequeno paralelogramo, traçado no chão da sala
onde se reunia a Loja, foi, posteriormente,
substituído por um tapete pintado, sobre o qual eram
desenhados os símbolos do Aprendiz e do

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Companheiro, desenrolado por ocasião das reuniões.
Vimos um tapete semelhante na Loja Concórdia et
Humanitas, do Rito de Schröeder, da Grande Loja da
Guanabara.
O tapete foi, por sua vez, substituído pelo painel das
Lojas. Nesse painel, no grau de Aprendiz, existia uma
corda com três “laços de amor”, que subiam a cinco
no grau de Companheiro, circundando o painel.
Essas cordas com “laços de amor” eram desenhadas
primitivamente no pequeno paralelogramo, traçado
no chão com giz, e circundavam o painel que continha
os símbolos dos graus de Aprendiz e Companheiro:
“Pode-se, portanto, razoavelmente, pensar que os
primeiros Maçons especulativos, tendo substituído o
“cordel” operativo por um cordão ornamental, deram,
muito naturalmente, a esse cordão nós, figurando,
nos brasões, o Painel ou Tapete da Loja, que enfeixa
os símbolos essenciais da Maçonaria; pode ser
considerado como o Armorial Maçônico” (Jules
Boucher – “La Symbolique Maçonnique”, p. 173).

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