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Dilatação Térmica

Professora: Ana Paula Perdigão Praxedes


Introdução
O que nos vem a mente quando pensamos na palavra
dilatação?

- Para fazer o exame oftalmológico, precisamos dilatar a sua pupila.

Vemos que neste caso, a pupila aumenta de tamanho.


Introdução
Dilatação térmica- é o aumento das dimensões de um corpo devido ao
aumento da temperatura. O oposto é a contração térmica.

Dilatação linear- Quando o objeto dilata apenas em uma dimensão

Dilatação superficial- Quando o objeto dilata em duas dimensões.

Dilatação volumétrica- Quando o objeto dilata em três dimensões.


Introdução
Temperatura – Está associada ao grau de agitação das
moléculas.

O aumento no grau de agitação gera um aumento da


distância entre as moléculas, que acarreta em uma expansão
do corpo, ou dilatação. A diminuição gera a diminuição no
volume do corpo ou contração.

É difícil visualizar a dilatação.


Na torre Eiffel, por exemplo, a altura varia cerca de 11 cm em
um dia.
Introdução

Aplicações da expansão térmica de sólidos e líquidos

Pontes e prédios – Estes devem possuir a junta de dilatação, já


que o concreto dilata e comprime com a variação de temperatura
diária.

Para abrir um pote de vidro com tampa de metal, em geral


aquecemos a tampa para que ela dilate, folgue e se desprenda do
vidro.
Introdução
Introdução
Introdução

Aplicações da expansão térmica de sólidos e líquidos

Porque os móveis estalam durante a noite?


Durante o dia, a temperatura é mais alta, logo os objetos em
geral se dilatam. Durante a noite, a temperatura diminui e
portanto os objetos se contraem, e com isso estalam.
Dilatação linear dos sólidos
Vamos tratar aqui a dilatação em apenas uma dimensão,
no comprimento, que é a dilatação linear.

Exemplos: dilatação do comprimento de uma ponte, ou do


comprimento dos trilhos de um trem, etc.

Considere uma barra de comprimento L0 à temperatura t0 e


comprimento L à temperatura t, como na figura abaixo. A
variação na temperatura é Δ t e no comprimento é Δ L .
L0
ΔL Δ L= L−L0 Δ T =T −T 0
T0
Δ L=α⋅L0⋅Δ T
T

L
L=L0⋅(1+α⋅Δ T )
Coeficientes de dilatação linear

Maior coeficiente
de dilatação

Maior contração ou
dilatação

Unidade de medida:

⁰C-1 ou K-1
Coeficientes de dilatação linear

Em dias quentes, vemos que os cabos de eletricidade das ruas


formam “barrigas” maiores que aquelas dos dias frios. Isso é efeito
da dilatação térmica. Para evitar o rompimento do cabo, eles são
apoiados sobre estruturas.
Coeficientes de dilatação linear

Nas construção de calçadas ou ainda de quadras, devemos


sempre ter as juntas de dilatação. Caso contrário, as diversas
partes do concreto irão de chocar com o aumento da temperatura
e fazer com que o concreto possua rachaduras.
Exemplos
Uma barra de aço tem, a 10⁰C, um comprimento de 5m. Se
aquecermos essa barra até que sua temperatura seja 60⁰C, qual será
o novo comprimento da barra, sabendo que o coeficiente de dilatação
−6 −1
linear do aço é α=12⋅10 ⁰ C .

L− L0=α⋅L0⋅Δ T

L−5=12⋅10−6⋅5⋅(60−10)

L=5,003 m
Gráfico da dilatação linear

Através do gráfico ao lado,


comprimento versus
L-L0
temperatura, a partir do
comprimento inicial,
L0
θ calcular o coeficiente de
dilatação linear.
T0 T T

tg θ=α⋅L0
Exemplos
(UFPE) O gráfico abaixo representa a variação, em milímetros, do
comprimento de uma barra metálica, de tamanho inicial igual a
1000mm, aquecida em um forno industrial. Qual o valor do coeficiente
de dilatação do material de que é feito a barra em unidades de
10⁻⁶/⁰C?

tg θ=α⋅L0
15 mm
=α⋅1000 mm
500⁰ C

α=0,00003 mm/⁰ C=30⋅10⁻ ⁶ mm/⁰ C


Dilatação superficial e volumétrica dos sólidos
Vamos tratar aqui a dilatação em duas e três dimensões,
que é a superficial e a volumétrica

Exemplos: Dilatação de uma placa de aço ou a dilatação de


um copo de vidro.

Considere uma placa de área A0 e volume V0 à temperatura t0


e área A e volume V à temperatura t, como na figura abaixo. A
variação na temperatura é Δ T, no comprimento é Δ A e no
volume é Δ V .
Δ A= A− A 0 Δ T =T −T 0
A0 A
ΔT Δ A=β⋅A 0⋅Δ T
ou
V0
V
A= A 0 (1+β⋅Δ T )
Relação entre os coeficientes de dilatação
Δ V =V −V 0

Δ V =γ⋅V 0⋅Δ T
ou

V =V 0 (1+ γ⋅Δ T )

α Coeficiente de dilatação linear

β Coeficiente de dilatação superficial


γ Coeficiente de dilatação Volumétrica

β=2 α γ=3 α

Ex: Um copo vazio de vidro, pode ao ser aquecido, aumentar o seu


volume.
Exemplos
Uma placa retangular de alumínio tem 10cm de largura e 40cm, à
temperatura de 20⁰C. Essa placa é colocada num ambiente cuja
temperatura é de 50⁰C. Sabendo que o coeficiente de dilatação
superficial é de 46 X 10⁻⁶ ⁰C⁻¹, calcule:
a) A dilatação superficial da placa;
b) A área da placa nesse ambiente.

a) A 0 =10 cm⋅40 cm=400cm²

Δ A=β⋅A 0⋅Δ T Δ A=46⋅10 ⁻ ⁶⋅400⋅(50−20)


Δ A=0,552 cm²

b) Δ A= A− A 0=0,552 cm²
A−400=0,552 A=400,552 cm²
Exemplos
Um paralelepípedo a 10⁰C, possui dimensões iguais a 10cm X 20cm X
30cm, sendo construído de um material cujo coeficiente de dilatação
linear é 8 X 10⁻⁶ ⁰C⁻¹. Determine o acréscimo no volume quando sua
temperatura aumenta para 110⁰C.

γ=3 α=3⋅8⋅10 ⁻ ⁶=2,4⋅10 ⁻ ⁵ ⁰ C−1

Δ V =γ⋅V 0⋅Δ T Δ V =2,4⋅10−5⋅(10⋅20⋅30)⋅(100−10)

Δ V =2,4⋅10−5⋅(10⋅20⋅30)⋅(100−10)

Δ V =14,4 cm³
Exemplos
Anel de gravenzo

Este instrumento foi inventado pelo matemático e físico holandês Willem Jacob's
Gravesande (1688-1742), serve para mostrar, de modo simples mas muito eficaz,
que mesmo as substâncias sólidas, suficientemente aquecidas, possam dilatar-se
de maneira sensível. É por esta razão, por exemplo, que sobre as pontes ou
viadutos das auto estradas faz-se necessário o uso de uma série de junções ou
juntas de dilatação, sem as quais, a dilatação devido as altas temperaturas dos dias
quentes provocaria perigosas tensões nas suas estruturas.
Dilatação dos líquidos

Por que o Pyrex é melhor que o vidro comum?

O Pyrex tem um coeficiente de dilatação alto e maior que o de um vidro


comum. No vidro comum, ao ser aquecido, as superfícies se dilatam de
maneiras diferentes e o vidro quebra. No Pyrex a dilatação é muito
pequena, e ele é portanto, mais resistente que o vidro comum.
Anomalia da água
Os líquidos não possuem forma própria, logo assumem a
forma do recipiente que os contêm. Logo, para eles só há
coeficiente de dilatação volumétrica.
Tabela de coeficientes de dilatação volumétrica dos líquidos.

Substância Coeficiente de dilatação


volumétrica (g) em ºC-1
Álcool 100 x 10-5
Gases 3,66 x 10-3
Gasolina 11 x 10-4
Mercúrio 18,2 x 10-5
A água não se comporta termicamente como a maioria dos líquidos. Imagine que
colocarmos a água a 0⁰C num recipiente que não se dilata. Ao aumentar a
temperatura até 4⁰C, o volume da água diminui. Acima dessa temperatura, o
volume aumenta. Ou seja, no aquecimento de 0⁰C a 4⁰C, a água sofre contração.
Esse comportamento é chamado de dilatação anômala da água.
Anomalia da água
Exemplos
O gelo é um isolante térmico

O gelo é um isolante térmico.


O gelo é um isolante térmico. Por isso, no lago apenas a
Por isso se constroem iglus superfície congela. O gelo é
com gelo, já que dentro o menos denso que a água e
ambiente é aquecido e flutua, isolando-a termicamente
possibilita um conforto ao e impedindo que ela congele.
esquimó.
Dilatação dos líquidos

A dilatação aparente do líquido é igual ao volume que foi extravasado;

A dilatação real do líquido, é dada pela soma da dilatação aparente do


líquido e da dilatação volumétrica sofrida pelo recipiente.

Δ V real =Δ V aparente +Δ V recipiente

γ real =γ aparente + γ recipiente


Exemplos
Um recipiente de vidro está completamente cheio com 400cm³ de
mercúrio a 20⁰C. Aquece-se o conjunto até 35⁰C. Dados que :
γ Hg =0,00018⁰ C ⁻ ¹ γ vidro =0,00003⁰ C ⁻ ¹
Calcule:
a) A dilatação do recipiente;
b) A dilatação real do mercúrio;
c) O volume de mercúrio extravasado;
a)
Δ V vidro= γ vidro⋅V 0⋅Δ T

Δ V vidro=400⋅0,00003⋅(35−20)=0,18 cm ³
Δ V real = γ Hg⋅V 0⋅Δ T
b) Δ V real =400⋅0,00018⋅(35−20)=1,08 cm ³
c) Δ V real =Δ V aparente +Δ V recipiente
1,08=Δ V aparente +0,18
Δ V aparente =0,9 cm ³

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