O Sacrifício Mais Agradável A Deus, 04 11 2008

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O sacrifcio mais agradvel a Deus

Fonte: Evangelho Segundo o Espiritismo, X: 7, 8 - Mateus, V: 23-24

O sacrifcio mais agradvel a Deus


7. Se, portanto, quando fordes depor vossa oferenda no altar, vos lembrardes de que o vosso irmo tem qualquer coisa contra vs, - deixai a vossa ddiva junto ao altar e ide, antes, reconciliar-vos com o vosso irmo; depois, ento, voltai a oferec-la. - (S. MATEUS, cap. V, vv. 23 e 24.) 8. Quando diz: "Ide reconciliar-vos com o vosso irmo, antes de depordes a vossa oferenda no altar", Jesus ensina que o sacrifcio mais agradvel ao Senhor o que o homem faa do seu prprio ressentimento; que, antes de se apresentar para ser por ele perdoado, precisa o homem haver perdoado e reparado o agravo que tenha feito a algum de seus irmos. S ento a sua oferenda ser bem aceita, porque vir de um corao expungido de todo e qualquer pensamento mau. Ele materializou o preceito, porque os judeus ofereciam sacrifcios materiais; cumpria--lhe conformar suas palavras aos usos ainda em voga. O cristo no oferece dons materiais, pois que espiritualizou o sacrifcio. Com isso, porm, o preceito ainda mais fora ganha. Ele oferece sua alma a Deus e essa alma tem de ser purificada. Entrando no templo do Senhor, deve ele deixar fora todo sentimento de dio e de animosidade, todo mau pensamento contra seu irmo. S ento os anjos levaro sua prece aos ps do Eterno. Eis a o que ensina Jesus por estas palavras: "Deixai a vossa oferenda junto do altar e ide primeiro reconciliar-vos com o vosso irmo, se quiserdes ser agradvel ao Senhor." PONDERAES: Deus, no est assim to interessado nas nossas ofertas materiais, mas nas do corao, mas nas da justia, mas nas da paz, mas nas do amor uns pelos outros, portanto se Deus valorizasse seu povo pelos presentes ou oferendas, quem Lhe oferecesse mais, valeria mais e seria privilegiado e a oferta cobriria suas faltas, mesmo as que tivesse ofendido ao prximo. Deus no atua assim, Deus no Materialista como muitos querem que Ele seja, porquanto muito em voga hoje em dia, o valor da pessoa dado segundo sua contribuio para a Igreja, Misso, Instituio ou outrem, portanto no : Quem tem mil reais, quem tem quinhentos? Venha os depositar para o Senhor! Depois venham por ordem os demais frente para que todos possam contribuir, no se esqueam que furtar do dzimo furtar a Deus, e no se esqueam que ningum pode enganar Deus, pois Deus sabe quanto podem dar ou contribuir!. Pois bem, Jesus alertou que o sacrifcio agradvel a Deus, se uma pessoa ao fazer sua oferta se lembrar, que ofendeu algum, Deus fica contente se a pessoa for pedir desculpa e fazer as pazes com ela, a sim, amar o prximo como a si mesmo. Jesus j teria advertido aos homens do Templo, cujos responsveis incentivavam uma lei ou dogma, em que se os filhos pagassem certa contribuio ao Templo, ficavam isentos de olhar pelos pais.2 Aproveitemos esta advertncia de Jesus para dizer: No vamos cair em substituir deveres espirituais com tributos de dinheiro a fim de isentarmos de deveres espirituais, porquanto se a cada um que recai a responsabilidade de seu progresso, 3 quem fica enganado a prpria pessoa. O sacrifcio agradvel a Deus vem do corao, no com dinheiro que se pague, pois ouvi falar que h gente que faz promessas a Deus ou a Santos, depois disso: paga a algum para cumprir a promessa, por isso dizem que h: pagadores de promessas, ou at de sacrifcios. H tambm pessoas caridosas, bem famosas por serem caridosas, mas no com seu dinheiro, e sim com o dinheiro dos outros; exercitam e organizam festas ou jantares para levantar fundos, e conseguem seu objetivo, mas mesmo assim, no a mesma coisa, que se fosse com seu prprio dinheiro, porm devemos admitir, que a pessoa s possa entrar com seu dom de trabalho, e nisso agradecer-lhe-emos por isso! ***
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Estudo feito no Centro Esprita Joana dArc a 04/11/2008. Mateus, XV: 3-5. Livro dos Espritos, questo, 779.

Vejamos no Livro dos Espritos a questo sobre caridade, 886:

Caridade e amor do prximo

886. Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus? Benevolncia para com todos, indulgncia para as imperfeies dos outros, perdo das ofensas. O amor e a caridade so o complemento da lei de justia. pois amar o prximo fazer-lhe todo o bem que nos seja possvel e que desejramos nos fosse feito. Tal o sentido destas palavras de Jesus: Amai-vos uns aos outros como irmos. A caridade, segundo Jesus, no se restringe esmola, abrange todas as relaes em que nos achamos com os nossos semelhantes, sejam eles nossos inferiores, nossos iguais, ou nossos superiores. Ela nos prescreve a indulgncia, porque da indulgncia precisamos ns mesmos, e nos probe que humilhemos os desafortunados, contrariamente ao que se costuma fazer. Apresente-se uma pessoa rica e todas as atenes e deferncias lhe so dispensadas. Se for pobre, toda gente como que entende que no precisa preocupar-se com ela. No entanto, quanto mais lastimosa seja a sua posio, tanto maior cuidado devemos pr em lhe no aumentarmos o infortnio pela humilhao. O homem verdadeiramente bom procura elevar, aos seus prprios olhos, aquele que lhe inferior, diminuindo a distncia que os separa. *** Na verdade quem faz caridade seja em que gnero for, isso bom, porquanto mostra que entrou no caminho estreito da vida espiritual, pois est vencendo o egosmo, o mal que nos assalta constantemente, ou seja o querermos tudo para ns. Da na caridade h um bom sinal de progresso moral. Quem ama Deus tem que amar o prximo, 4 porquanto Jesus personifica-se na caridade dizendo: O que fizerdes a um destes pequeninos a mim o fizestes.5 Quanto a sacrifcio vejamos no Livro dos Espritos a questo, 669:

Sacrifcios
669. Remonta mais alta Antigidade o uso dos sacrifcios humanos. Como se explica que o homem tenha sido levado a crer que tais coisas pudessem agradar a Deus? Principalmente, porque no compreendia Deus como sendo a fonte da bondade. Nos povos primitivos a matria sobrepuja o esprito; eles se entregam aos instintos do animal selvagem. Por isso que, em geral, so cruis; que neles o senso moral, ainda no se acha desenvolvido. Em segundo lugar, natural que os homens primitivos acreditassem ter uma criatura animada muito mais valor, aos olhos de Deus, do que um corpo material. Foi isto que os levou a imolarem, primeiro, animais e, mais tarde, homens. De conformidade com a falsa crena que possuam, pensavam que o valor do sacrifcio era proporcional importncia da vtima. Na vida material, como geralmente a praticais, se houverdes de oferecer a algum um presente, escolh-lo-eis sempre de tanto maior valor quanto mais afeto e considerao quiserdes testemunhar a esse algum. Assim tinha que ser, com relao a Deus, entre homens ignorantes. a) - De modo que os sacrifcios de animais precederam os sacrifcios humanos? Sobre isso no pode haver a menor dvida. b) - Ento, de acordo com a explicao que vindes de dar, no foi de um sentimento de crueldade que se originaram os sacrifcios humanos? No; originaram-se de uma idia errnea quanto maneira de agradar a Deus. Considerai o que se deu com Abrao. Com o correr dos tempos, os homens entraram a abusar dessas prticas, imolando seus inimigos comuns, at mesmo seus inimigos particulares. Deus, entretanto, nunca exigiu sacrifcios, nem de homens, nem, sequer, de animais. No h como imaginar-se que se Lhe possa prestar culto, mediante a destruio intil de Suas criaturas. *** Quanto ao que se deu com Abrao a ocorrncia est mencionada na Bblia no livro Gnesis, cap. XXII: 1-13:-

Deus manda Abrao matar seu filho Isaque

1 Sucedeu, depois destas coisas, que Deus provou a Abrao, dizendo-lhe: Abrao! E este respondeu: Eisme aqui. 2 Prosseguiu Deus: Toma agora teu filho; o teu nico filho, Isaque, a quem amas; vai terra de Mori, e oferece-o ali em holocausto sobre um dos montes que te hei de mostrar.
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I Joo, IV: 7. Mateus, XXV: 40.

3 Levantou-se, pois, Abrao de manh cedo, albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus moos e Isaque, seu filho; e, tendo cortado lenha para o holocausto, partiu para ir ao lugar que Deus lhe dissera. 4 Ao terceiro dia levantou Abrao os olhos, e viu o lugar de longe. 5 E disse Abrao a seus moos: Ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o mancebo iremos at l; depois de adorarmos, voltaremos a vs. 6 Tomou, pois, Abrao a lenha do holocausto e a ps sobre Isaque, seu filho; tomou tambm na mo o fogo e o cutelo, e foram caminhando juntos. 7 Ento disse Isaque a Abrao, seu pai: Meu pai! Respondeu Abrao: Eis-me aqui, meu filho! Perguntou-lhe Isaque: Eis o fogo e a lenha, mas onde est o cordeiro para o holocausto? 8 Respondeu Abrao: Deus prover para si o cordeiro para o holocausto, meu filho. E os dois iam caminhando juntos. 9 Havendo eles chegado ao lugar que Deus lhe dissera, edificou Abrao ali o altar e ps a lenha em ordem; o amarrou, a Isaque, seu filho, e o deitou sobre o altar em cima da lenha. 10 E, estendendo a mo, pegou no cutelo para imolar a seu filho. 11 Mas o anjo do Senhor lhe bradou desde o cu, e disse: Abrao, Abrao! Ele respondeu: Eis-me aqui. 12 Ento disse o anjo: No estendas a mo sobre o mancebo, e no lhe faas nada; porquanto agora sei que temes a Deus, visto que no me negaste teu filho, o teu nico filho. 13 Nisso levantou Abrao os olhos e olhou, e eis atrs de si um carneiro embaraado pelos chifres no mato; e foi Abrao, tomou o carneiro e o ofereceu em holocausto em lugar de seu filho. *** O homem conforme sua noo da Divindade sempre quis agradar a Deus, se v que desde tempos antigos, por exemplo dos tempos de Abrao procuravam oferecer sacrifcios para agradar, para apaziguar ou ganhar favores dos seus deuses, e eis que Jesus nos ensina a agradar Deus com nosso corao, com justia, com compreenso, com paz, com amizade, com caridade, isto uns aos outros, e assim agradamos a Deus. obvio que a passagem de Deus pedir a Abrao seu filho, foi para desenvolver a f de Abrao, pois o costume dos povos era de oferecer a Deus sacrifcios e Deus sempre acompanhou o desenvolvimento do homem pacientemente, pois o desenvolvimento espiritual s avanava com o desenvolvimento material, e ainda hoje em dia a mentalidade do homem s avanou um pouquinho devido ao avano da cincia e os desenvolvimentos intelectuais, que provocou a chegada da hora de o Espiritismo vir desenvolver o conhecimento da vida espiritual, porquanto teria chegado a hora dos espritos vir ajudar o homem com a permisso de Deus e cumprimento das palavras de Jesus: Muitas coisas eu tenho para vos dizer... 6 Vejamos no Evangelho Segundo o Espiritismo, VI: 3 e 4:

Consolador prometido

3. Se me amais, guardai os meus mandamentos; e eu rogarei a meu Pai e ele vos enviar outro Consolador, a fim de que fique eternamente convosco: - O Esprito de Verdade, que o mundo no pode receber, porque o no v e absolutamente o no conhece. Mas, quanto a vs, conhec-lo-eis, porque ficar convosco e estar em vs. -Porm, o Consolador, que o Santo Esprito, que meu Pai enviar em meu nome, vos ensinar todas as coisas e vos far recordar tudo o que vos tenho dito. (S. JOO, cap. XIV, vv. 15 a 17 e 26.) 4. Jesus promete outro consolador: o Esprito de Verdade, que o mundo ainda no conhece, por no estar maduro para o compreender, consolador que o Pai enviar para ensinar todas as coisas e para relembrar o que o Cristo h dito. Se, portanto, o Esprito de Verdade tinha de vir mais tarde ensinar todas as coisas, que o Cristo no dissera tudo; se ele vem relembrar o que o Cristo disse, que o que este disse foi esquecido ou mal compreendido. O Espiritismo vem, na poca predita, cumprir a promessa do Cristo: preside ao seu advento o Esprito de Verdade. Ele chama os homens observncia da lei; ensina todas as coisas fazendo compreender o que Jesus s disse por parbolas. Advertiu o Cristo: "Ouam os que tm ouvidos para ouvir." O Espiritismo vem abrir os olhos e os ouvidos, porquanto fala sem figuras, nem alegorias; levanta o vu intencionalmente lanado sobre certos mistrios. Vem, finalmente, trazer a consolao suprema aos deserdados da Terra e a todos os que sofrem, atribuindo causa justa e fim til a todas as dores. Disse o Cristo: "Bem-aventurados os aflitos, pois que sero consolados." Mas, como h de algum sentir-se ditoso por sofrer, se no sabe por que sofre? O Espiritismo mostra a causa dos sofrimentos nas existncias anteriores e na destinao da Terra, onde o homem expia o seu passado. Mostra o objetivo dos sofrimentos,
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Joo, XVI: 12

apontando-os como crises salutares que produzem a cura e como meio de depurao que garante a felicidade nas existncias futuras. O homem compreende que mereceu sofrer e acha justo o sofrimento. Sabe que este lhe auxilia o adiantamento e o aceita sem murmurar, como o obreiro aceita o trabalho que lhe assegurar o salrio. O Espiritismo lhe d f inabalvel no futuro e a dvida pungente no mais se lhe apossa da alma. Dando-lhe a ver do alto as coisas, a importncia das vicissitudes terrenas some-se no vasto e esplndido horizonte que ele o faz descortinar, e a perspectiva da felicidade que o espera lhe d a pacincia, a resignao e a coragem de ir at ao termo do caminho. Assim, o Espiritismo realiza o que Jesus disse do Consolador prometido: conhecimento das coisas, fazendo que o homem saiba donde vem, para onde vai e por que est na Terra; atrai para os verdadeiros princpios da lei de Deus e consola pela f e pela esperana. *** Temos ento, que no devemos procurar exclusividade perante Deus oferecendo -Lhe sacrifcios para angariar benefcios, pois Ele faz chover sobre todos, seja bom ou mau 7 e Ele no age como o homem, porquanto Ele l o corao das pessoas e um corao alquebrado Ele no despreza. Vejamos o Salmo, 51:16 e 17:-:

16 Pois tu no te comprazes em sacrifcios; se eu te oferecesse holocaustos, tu no te deleitarias. 17 O sacrifcio aceitvel a Deus o esprito quebrantado; ao corao quebrantado e contrito no desprezars, Deus.8 ***
interessante notar-se que cada povo, cada nao, cada sociedade, cada individuo progrediu seu conhecimento de Deus a seu prprio passo, a mais simples razo que Deus deu o livre-arbtrio a todos, mas pede que os mais adiantados auxiliem os mais atrasados, isto deu Jesus o exemplo ou seja mostrou a necessidade quando diz Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura, 9 Diremos ento que os discpulos de Jesus se sacrificaram doando-se de si a favor do prximo e que muitos depois deles tambm o fizeram, foram e so sacrifcios em prol do prximo que Deus no deixar de recompensar e est no agrado de Deus, e se Deus est conosco, vivamos uma boa f regozijando-nos em Deus nosso Pai e Salvador. Bem, que Deus seja conosco assim como outrora, hoje e sempre.

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Mateus, V: 43. Bblia, Salmo, 51: 16 e 17. Marcos, XVI: 15.

O homem verdadeiramente bom procura elevar, aos seus prprios olhos, aquele que lhe inferior, Diminuindo a distncia que os separa... *** Na verdade quem faz caridade seja em que gnero for, isso bom, Porquanto mostra que entrou no caminho estreito da vida espiritual, Pois est vencendo o egosmo, o mal que nos assalta constantemente, Ou seja, o querermos tudo para ns. Da na caridade h um bom sinal de progresso moral. Quem ama Deus tem que amar o prximo, 10 Porquanto Jesus personifica-se na caridade dizendo: O que fizerdes a um destes pequeninos a mim o fizestes.11

I Joo, IV: 7. Mateus, XXV: 40. Extrato do estudo Mais agradvel a Deus, dado por Martinho, no Centro Esprita Joana dArc, Situado rua Capito Salustiano, RJ. a 04/11/2008.
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