O Simbolismo Da Cruz

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O Simbolismo da Cruz

San
O Simbolismo da Cruz
“Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos
salvos, é o poder de Deus.” — ¹Coríntios 1:18

Sumário
I. O que é um símbolo?
II. Deus e Símbolo
III. O Plano Horizontal-Vertical
IV. O Simbolismo da Cruz
Escrito por: San

O que é um símbolo?

A palavra símbolo, symbolon – neutro –, vem do grego symbolê, que significa aproximação,
ajustamento, encaixamento; a origem etimológica da palavra símbolo surge do prefixo syn
e em seguida por bolê, donde se origina o termo bola, roda, círculo e etc; refere-se deste
modo, a moeda que os gregos utilizavam para formar amizades, acordos e juntar pessoas
que até então estavam separadas. A palavra no grego também significa substituição, afinal,
o símbolo é algo que substitui, portanto, que se revela como referência a um outro.1 O
símbolo é tudo quanto está num lugar de outro sem a acomodação à presença desse
outro.
O símbolo sempre tem, objetivamente, algo do simbolizado. Vamos pegar a
“garoa” como exemplo; a garoa em um dia quente de verão é um símbolo da Graça
divina, que portanto, alivia o sofrimento, porque ela possui – em sua criação – algo dessa
Graça. Como bem observou Coomaraswamy: um símbolo é, de certo modo, aquilo que

1
(Santos, M.F, 1959, p.13 - 26).
exprime. Aqui, damos por suposto que a eficácia de um autêntico símbolo sobrevive à sua
compreensão: símbolos autênticos não morrem. O símbolo, assim, é visto como fonte de
sentido que prolonga a hierofania2 ou a substitui; revela uma realidade sagrada ou
cosmológica não possibilitada por nenhuma outra “manifestação”. É por isso que quando
Deus fala de Si-Mesmo, Ele utiliza símbolos e analogias.3 Porque só assim, através de
símbolos, podemos abarcar todos os mistérios deste mundo.

O símbolo é, portanto, dual:


1) Há uma analogia de atribuição intrínseca que nos mostra um ponto
de encontro com o simbolizado.
2) Uma parte ficcional quanto ao simbolizado.

É exatamente por isso que não devemos ver um sinal como um símbolo, porque, afinal,
todo símbolo é um sinal, mas nem todo sinal é um símbolo. Os símbolos são capazes de
nos dar percepções sutis, vislumbres de reinos transcendentes aos limites estreitos do
universo convencional; uma dimensão que transforma o cosmos, de uma mera coisa, num
símbolo bona ƒide: numa teofania, mais precisamente; é a dimensão que nutre o artista, o
poeta e, principalmente, o místico e o homo religiosus dentro de nós4 — a dimensão que nos
permite ser plenamente humanos.

Deus e Símbolo

Para Deus as coisas são meros símbolos. Já para nós, é como se, exempli gratia, uma mesa
tivesse um Ser, como se ela fosse algo; mas para Deus a mesa é apenas uma ideia que Ele
pintou. É por isso que os judeus ainda esperam pelo Messias; na bíblia5, o Messias
prometido apareceria para libertar os judeus do povo estrangeiro e torná-los o povo mais
poderoso da terra; contudo, aconteceu algo totalmente diferente — na perspectiva
humana —, pois foi Jesus que apareceu, mas Ele não apareceu de uma família rica,
poderosa e etc, mas sim de uma família humilde; Jesus andava como um mendigo, não
ostentava e muito menos tentou derrubar o império romano da época.
É preciso lembrar que todos os eventos — em seu conteúdo essencial — contidos
no universo são necessários. Enquanto em manifestação do espírito eles já estão
pré-determinados, mas em suas formas acidentais, eles não estão; por isso a sua biografia
não está concluída desde o princípio, mas o sentido da sua existência sempre será o
2
Hierofania pode ser definida como o ato de manifestação do sagrado. O termo foi cunhado por Mircea Eliade em
seu livro Traité d'histoire des religions.
3
A analogia pode ser entre coisas do mesmo nível e pode não possuir nenhuma característica do objeto análogo.
4
O historiador das religiões Eliade concebe o símbolo como ligado ao sagrado, marcado por uma dimensão
ontológica, enquanto homo religiosus, a partir do homo significans que caracteriza o homo symbolicus – Eliade concebe o
homo religiosus aberto ao símbolo, sendo esse meio exercício de sua transcendência.
5
O Antigo Testamento está repleto de pistas sobre o Messias de Israel. Entre elas há referências a ele como o Deus
encarnado (Sl 45.6,7; cf. Hb 1.8,9), como rei soberano e eterno sumo sacerdote (Sl 110.1-7; cf. Mt 22.43,44; At
2.33,34; Hb 1.13; 5.6-10; 6.20).
mesmo desde a eternidade. É por isso que “a letra mata e o espírito vivifica”6, porque se a
letra não “matasse”, o versículo “tome diariamente a sua cruz e siga-me” teria que
acontecer de forma literal; todo cristão que quisesse seguir Cristo, teria que ser
crucificado e ressuscitado. Portanto, dificilmente uma profecia escrita em uma escritura
sagrada se realizará ao pé da letra. O fenômeno não aconteceu ainda, ele só aconteceu no
seu princípio estruturante.

O Plano Horizontal-Vertical

Foi em virtude do Homem ser a imagem completa do mundo ao mesmo tempo a uma
imagem completa de Deus, que o Divino Geômetra criou a Terra como habitat do
Homem, e o Sol, a Lua e as estrelas como “para os signos, as estações, os dias e os anos”;
foi na plenitude dos tempos, desde a origem de tudo, antes de existir a Terra, que o
Divino Geômetra com o seu compasso estabeleceu os céus, traçou o horizonte sobre a
superfície do abismo; fixou as nuvens em cima e estabeleceu as fontes do abismo;
determinou as fronteiras do mar para que as águas não ultrapassassem seu ordenamento,
quando assinalou as balizas dos alicerces da Terra.7 Dito de outro modo, o Homem é
central porque ele é o mais precioso dos entes corpóreos. O Homem é o maior ponto de
encontro entre o criador e criatura.
No que diz respeito ao “Céu e a Terra”, é interessante notar que Deus não cria
duas coisas; mas apenas uma. O “Céu” e “Terra” podem referir-se respectivamente aos
pólos espiritual e material da criação, ou, mais concretamente, a um reino espiritual e a
um reino corpóreo. Afinal, se “Céu” e “Terra” foram trazidos à existência por meio de
um único ato criativo, “No princípio, Deus criou os Céus e a Terra”, como é dito em Gênesis
1; é totalmente possível crer que constitui apenas uma única criação. Mas vale a pena
lembrar que há mais um reino , um reino intermediário — uma metaxia8, em termos
platônicos —, pois como Platão foi o primeiro a observar: “É impossível que duas coisas,
a partir unicamente de si próprias, unam-se harmonicamente”. Portanto, conclui-se que o
cosmos em sua integralidade deve compreender três níveis ou escalas ontológicas, que
são, em ordem ascendente: o corpóreo, o intermediário e o espiritual.

6
II Coríntios 1:3
7
Provérbios 8:27
8
Diversas qualificações do metaxo são fornecidas por Platão em sua ontologia, cosmologia e epistemologia: a
realidade intermediária entre o mundo inteligível e o mundo sensível, chamada khôra, “terceiro tipo” (triton genos)
entre o ser e o não-ser; os espíritos (daemones) que intermedeiam os deuses aos humanos:
“Se aparecesse algo que ao mesmo tempo é e não é, tal coisa ficaria em posição intermédia (metaxy) entre o
ser puro e o que de todo modo não é” – A República 478d

“Parece que descobrimos, então, que as muitas convenções sobre o múltiplo, daquilo que é belo e honrado
e outras coisas, são relegadas à região intermediária a circular entre o não ser e o ser puros. [...] Mas
concordamos com antecedência que, se algo desse tipo for descoberto, deve ser denominado opinável, não
conhecível, o viajante entre o ser captado pela faculdade que está entre.” – A República 479d
Este ternário define uma dimensão — uma quarta dimensão, pode-se dizer — que no
jargão metafísico se pode classificar como vertical. Isto porque o plano vertical
corresponde à unidade ontológica, à essência, que é “interior” e transcendente, enquanto
que a horizontal simboliza o plano existencial.
Assim como em toda a criação, o Homem também é tripartite: corpus, anima e
spiritus. Portanto, o Homem se apresenta não como uma mera “coisa” do universo — não
mais que um vestígio infinitesimal na imensidão do espaço-tempo! —, mas como um
microcosmo, um verdadeiro universo! E que também personifica aquela dimensão
vertical, sendo, quer perceba ou não, parte angélico e parte terreno em sua composição.9
É, portanto, necessário compreender que o plano existencial corpóreo não é, de
modo algum, subjetivo, nem concebido pelo intelecto humano, mas que deriva
precisamente de um Fiat lux Divino (não há dúvidas que o ternário “corpus, anima e
spiritus” corresponde ao “pneuma-psyche-soma” de São Paulo, o que significa que somos
intimados a amar a Deus não apenas com nossas faculdades mentais e espirituais, mas
também com nosso ser corpóreo). Esses primeiros limites foram, em termos figurativos,
impostos pelo Divino Geômetra do universo quando Ele traçou o horizonte na superfície do
abismo, como o livro de Provérbios tão admiravelmente expressou.
Em a grande e bela esperança no discurso de Sócrates no fédon10, sugere que há em
nós, em nossa estrutura ontológica, uma antecipação de um embate tenebroso evocado
pela liturgia pascal:

Mors et vita duello Conflixere mirando11


(A morte e a vida travaram um admirável combate)

9
Para Al-ghazali, essas qualidades, sejam elas animais, ferozes, angelicais ou demoníacas, foram conferidas ao
homem, para que, por meio delas, o corpo se adaptasse a ser veículo do espírito, e para que o espírito, por meio do
corpo, que é seu veículo, buscasse aqui o conhecimento e o amor de Allah, como o caçador procuraria fazer da fênix
e do grifo suas presas. Ler: A alquimia da felicidade, p. 16.
10
Sobre a esperança (ἐιπίο) na morte são inúmeras as passagens: “Pensemos agora na grande esperança que há de
que a morte seja um bem” (Apol., 40c). “Também vós, juízes, deveis como eu ter esperança na morte e tomar
consciência desta verdade, que nenhum mal pode acontecer a um homem de bem, nem em vida, nem depois de
morrer, e que nunca os deuses se desinteressam da sua sorte” (Apol., 41c-d). “Por minha parte, Símias e Cebes, se não
estivesse tão convicto de ir para junto de outros deuses, também sábios e bons, e, além disso, de me reunir pela
morte a homens melhores do que estes daqui, seria erro não me revoltar por morrer. Mas não é esse o caso: e,
podem estar certos, se alimento a esperança de me reunir lá a homens virtuosos (o que, mesmo assim, não faço
questão em garantir...), muito mais me move, insisto, a de alcançar a companhia desses excelentes amos que são os
deuses – e isso sim, garanti-lo-ia a pés juntos, se é que, neste assunto, alguma coisa pode garantir-se! Eis por que, em
vez de me revoltar, me conservo, pelo contrário, na bela esperança de que algum destino aguarda os que morrem,
destino esse que, a crer na tradição, será infinitamente mais compensador para os bons do que para os maus” (Fédon,
63b-c). “Se isso é exato, meu amigo (Símias), então há boas razões para confiar que, chegando ao meu destino, ali,
com mais fortes possibilidades, me será dado alcançar o fruto de tantos esforços despendidos ao longo da vida. E
daí que não encare sem uma alegre esperança esta viagem que agora me é imposta e, como eu, qualquer outro que
sentisse o seu espírito preparado e, por assim dizer, purificado” (Fédon, 67b-c). “Como explicar, de fato, que
encarassem sem alegria essa partida para o Além onde, ao lá chegarem, há a esperança de alcançar aquilo que
ardentemente amavam em vida – ou seja, a sabedoria – e verem-se livres da indesejável presença do corpo?” (Fédon,
68a).
11
Victimae paschali laudes (latim)
Tal feito atinge em seu âmago a estrutura do espaço-tempo humano. Ele abala em sua
raiz a permanência do corpo em sua morada mundana, mostrando-o como carne no
sentido bíblico, em sua fragilidade e em seu efêmero florescer, tende a morrer. Portanto, a
morte neste sentido, torna-se não um pesar, nem muito menos uma tristeza, mas uma
grande esperança! Mostra-se, na verdade, como um evento ontológico ou como simples
dissolução da oposição dialética entre o plano vertical e o plano horizontal que define o
homem. É necessário elevar-se — “elevou-se aos céus à vista deles, e uma nuvem o
ocultou aos seus olhos” (At 1,9) — à categoria do espírito para poder antever a vitória da
vida sobre a morte.

O Simbolismo da Cruz
A Cruz é símbolo das quatro estações, dos quatro pontos cardeais, das quatro idades do
homem e também do próprio Cristo.

As formas hieráticas da cruz, por exemplo, são a representação das muitas modalidades
da irradiação divina: o centro divino que se revela neste espaço obscuro que é o mundo.

Nestas diferentes formas de cruz, todas originárias dos primeiros séculos do


cristianismo, ora predomina o aspecto irradiante da cruz, ora o aspecto estático do
quadrado; esses dois elementos combinam-se, em formas diversas, ao círculo ou disco. A
cruz de Jerusalém, por exemplo, com ramificações que terminam em cruzes menores,
sugere, pela irradiação múltipla do centro divino, a onipresença da Graça, e, ao mesmo
tempo, une misteriosamente a cruz ao quadrado. Na arte céltica cristã, a cruz e a roda
solar estão unidas em uma síntese plena de evocações espirituais.12 As formas hieráticas

12
Por exemplo, a cruz inscrita no círculo, símbolo que pode ser considerado a figura-chave da arquitetura sagrada,
representa também o esquema dos quatro elementos, agrupados em tomo da “quintessência”, e reunidos pelo
da tiara e da mitra também lembram símbolos solares. Quanto ao bordão dos bispos -
que termina ora em duas cabeças de serpente opostas, como nos caduceus, ora em espiral
-, às vezes é estilizado na forma de um dragão com a boca aberta sobre o cordeiro pascal:
é a imagem do ciclo cósmico, que “devora” a vítima sacrificial, o sol ou o
Homem-Deus.13
A cruz, assim como todo símbolo, possui inúmeros sentidos, contudo, o sentido
que me importa aqui é o metafísico. A cruz é vista como a transcendência do plano
espaço-temporal, ou seja, da realidade corpórea (“Jesus elevou-se aos céus à vista deles, e
uma nuvem o ocultou aos seus olhos” – At 1,9); é vista também como a comunhão
perfeita entre a totalidade dos estados do ser, harmônica e conformemente
hierarquizados, num desabrochar integral nos dois sentidos da “amplitude” e da
“exaltação”.
É interessante notar que, o plano horizontal da cruz representa toda a existência
em perfeita “amplitude”, o “espaço” e o “tempo”, a vida do Cristo enquanto homem. O
plano horizontal é, portanto, temporal: é dela que a ciência se ocupa, a ciência e a arte da
era moderna evoluem no plano horizontal da trama “material”; a ciência e a arte da Idade
Média, ao contrário, referem-se ao plano vertical, à urdidura transcendente. Pois como
bem observou Wolfgang Smith: “Encontrar-se no tempo e no espaço é o sintoma
inefável de mortalidade. É indício não de ser, mas de devir, de fluxo incessante; porque já
observava Platão, ‘como pode o que nunca fica no mesmo estado ser algo?’” Portanto, algo que teve
sua primeira origem no espaço e no tempo terá também seu fim no espaço e no tempo;
uma tal entidade está fadada a perecer, condenada a desaparecer como uma nuvem que se
esfumaça. Mas tal não é o caso das coisas dotadas de ser como o homem que é pensado
em sua unicidade, ou seja, que implica, portanto, possuidor de essência, de uma
verticalidade e de um ato-de-ser; uma individualidade que expressa uma transcendência
da psyche sobre a physis no dualismo finalista que atesta a presença da psyche na fronteira
entre o sensível e o inteligível, enfim em sua sociabilidade cuja manifestação plena é a
vida virtuosa, a vida feliz e divina que Platão e Aristóteles tanto citam, tendo como
degrau inferior a comunhão com os semelhantes e como degrau supremo a comunhão
com o próprio Deus. Portanto, o plano vertical na cruz significa a transcendência, o
“elevar-se à categoria de espírito”; a noção metafísica de verticalidade nos traz uma
ordem hierárquica da qual o plano corpóreo (ou horizontal), como normalmente
reconhecido, mostra-se como o mais baixo estrato. É do plano vertical que surge toda a
criação, que em sua concepção metafísica, compreende-se como um “acima”, que
obviamente se perdeu na cosmovisão contemporânea.
No mito de Caim e Abel, vemos quase a mesma coisa: Caim (horizontal)
simboliza o tempo-espaço; um estado não de ser, mas de existir, portanto, devir. Do
mesmo modo que Abel (vertical) simboliza o transcendente, o além do “tempo” e

movimento circular das quatro qualidades naturais: calor, umidade, frio e sequidão, que correspondem aos princípios
sutis que, segundo a Alquimia, regem a transmutação da alma. Assim, as ordens física, psíquica e espiritual estão
reunidas e relacionadas entre si, dentro de um só símbolo. (Burckhardt, Titus, 2004)
13
Titus Burckhardt, A arte sagrada no oriente e no ocidente, p. 103-104
“espaço”. Foi por causa dessa ascendência vertical — um Amor incondicional à Deus de
corpo, alma e espirito — que Deus aceitou seu sacrifício. Caim encontra-se no tempo;
Abel encontra-se diante de Deus na Eternidade. Porque devemos lembrar que qualquer
sacrifício, por sua vez, no plano humano — in illo tempore — é a repetição do ato da
Criação. Já Caim quer “preservar” a vida, vive colhendo os frutos do tempo, preso num
mundo horizontal, numa Samsara (संसार).14 Afinal, ao perder o senso de verticalidade
cosmográfica, Caim se encontra num universo planificado no qual as preocupações com
o transcendente, ou seja, com o próprio Deus fazem pouco sentido.
Eu ousaria dizer que, estamos nos tornando como Caim, porque a crença nos
ensinamentos do cristianismo — isto é, o que dela restou — tem se tornado cada vez
mais opaca e desprovida de realidade existencial. O homem ocidental tem cada vez mais
desprezado sua orientação espiritual: Caim é o pai da civilização moderna.

14
Samsara (sânscrito-devanagari: संसार: , perambulação) pode ser descrito como o fluxo incessante de renascimentos através
dos mundos, experimentado pelos seres sencientes. A maioria das tradições observa o Samsara de forma negativa, uma
condição a ser superada. Por exemplo, na escola Advaita de Vedanta hindu, o Samsara é visto como a ignorância do
verdadeiro eu, Brahman, e sua alma é levada a crer na realidade do mundo temporal e fenomenal.

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