LIBRAS - LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS - Aula 1
LIBRAS - LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS - Aula 1
LIBRAS - LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS - Aula 1
Questão 1 - Correta
Questão com problema?
Graças à luta sistemática e persistente das pessoas com deficiência auditiva, foi reconhecida pela
Nação brasileira a Libras, com a publicação da Lei nº 10.436, de abril de 2002 e a Lei nº 10.098, de
dezembro de 2000. A conquista deste direito traz impactos significativos na vida social e política da
Nação brasileira. Requer o seu ensino, a formação de instrutores e intérpretes, a presença de intérpretes
nos locais públicos e a sua inserção nas políticas de saúde, educação, trabalho, esporte e lazer, turismo
e, finalmente, o uso da Libras pelos meios de comunicação e nas relações cotidianas entre pessoas
surdas e não-surdas (Eduardo Azeredo, Senador da República).
“Todos sabem que cada “povo” tem sua cultura e diferença. Assim, nada como encaminhar ações
diretas ao “povo/mundo” do surdo, respeitando a sua Língua. Se houve aqueles que acreditaram, por
muito tempo, que a utilização da Língua de Sinais prejudicava o trabalho de aprendizado da fala, isto
não é verdade. é, sim, uma forma de segregação social. Todo surdo pode aprender a falar sem usar as
mãos. Porém, o aspecto da comunicação fica relegado a segundo plano, o que prejudica profundamente
o uso de sua língua viva, capaz de conceituar e simbolizar o mundo no qual vive.” (Antônio C. Abreu).
Já sabemos que muitos surdos se comunicam através da libras. Nesse sentido, qual é o seu significado?
Questão 2 - Correta
Questão com problema?
“Eu, que me acreditava única e destinada a morrer criança, como costumam imaginar que aconteceria
às crianças surdas, acabava de descobrir que existia um futuro possível, já que Alfredo era adulto e
surdo. [...] Essa lógica cruel permanece quando as crianças surdas não se encontram com um adulto
[surdo]'' (LABORIT, 1994, p. 49).
Emmanuelle Laborit (1994), extraído da autobiografia da atriz e escritora surda francesa, nunca havia
conhecido um surdo adulto e, por isso, criava hipóteses em sua cabeça, de que eles não existiam.
"O seu grande objetivo foi conseguir que os surdos falassem. Considerava que o método para ensinar
os surdos, através da dactilologia, era perigoso e prejudicial para os seus alunos. Concluiu que os
surdos deviam, primeiro, aprender a falar e depois a escrever, tal como as crianças ouvintes."
(CARVALHO, 2007, p. 29).
Comentário: Heinicke era um defensor do oralismo, criou uma escola para surdos, onde era
vetado o uso da língua de sinais, do alfabeto manual ou da gesticulação espontânea. Era contrário ao
uso de gestos, sinais ou alfabeto manual (datilologia).
Questão 4 - Incorreta
Questão com problema?
“Muda significa que não faz uso da palavra. As pessoas me veem como alguém que não utiliza das
palavras! é um absurdo. Eu as utilizo. Com minhas mãos, com minha boca. Exprimo-me com os sinais
e falo o francês. Utilizar a língua dos sinais não significa ser muda. Posso falar, gritar, rir, chorar, sons
saem da minha garganta. Ninguém me cortou a língua! Tenho uma voz particular, só isso.”
(LABORIT, 1994, p.199)
A atriz e escritora Emmanuelle Laborit ratifica que a surdez não implica a mudez, ou seja, a ausência
da fala, pois surdos podem se comunicar pela Libras e pela oralidade. Os órgãos fonoarticulatórios
responsáveis pela oralidade não são acometidos pela surdez.
Solução esperada: As perdas mistas acometem o tronco cerebral, regiões subcorticais e córtex
cerebral.
Questão 5 - Correta
Questão com problema?
"Pensar o surdo no singular, com uma identidade e uma cultura surda, é apagar a diversidade e o
multiculturalismo que distingue o surdo negro da surda mulher, do surdo cego, do surdo índio, do
surdo cadeirante, do surdo homossexual, do surdo oralizado, do surdo de lares ouvintes, do surdo de
lares surdos, do surdo gaúcho, do surdo paulistano, do surdo de zonas rurais..." (GESSER, 2009, p.
55).
Comentário: A autora reforça a teoria de que existem diferentes identidades surdas que formam o
sujeito, identidades que se constroem a partir de elementos em comum, tal como, gênero, língua,
cultura, etnia, raça, região, etc.