Trabalho de DG Final

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 15

1

Elaboração do Plano de Aula – Elementos a ter em conta na sua


elaboração

Joel Chaúque, sonschaj@gmail.com


Universidade Save – Faculdade de Ciências Naturais e Exactas

Licenciatura em Matemática

Docente: Paulino Albino Machava. PhD

Introdução

Sabemos que de uma maneira geral, para muitos professores da actualidade, o acto de planear não
é uma tarefa fácil. Além disso, a falta de planeamento pode trazer consequências prejudiciais para
os sujeitos envolvidos.

É interessante salientar que o acto de planear está incutido em nosso quotidiano, norteando as
nossas acções e decisões, sendo o mesmo, essencial para nossa vida social. Em cada acção de
nossas vidas é necessário que haja planeamento, e no contexto educacional não é diferente. No
entanto, a acção do professor deve estar pautada nas necessidades dos alunos, que por sua vez são
os principais agentes no contexto educacional.

Este trabalho aborda o tema “Plano de aula”, visando especificamente apresentar o seu
significado, princípios norteados na sua elaboração, elementos a constar nele, e por fim a
elaboração do mesmo.

Discutir o assunto sobre planeamento e/ou plano de aula, é de grande importância, principalmente
aos profissionais da educação, pois favorece a organização do trabalho didáctico, e estabelece
uma metodologia facilitada com ordem de execução no qual sem dúvidas poderá influenciar nos
futuros resultados de ensino – aprendizagem nos quais professores e alunos estão submetidos.

Tendo em vista o exposto acima, o presente trabalho tem como objectivo principal: compreender
o contributo do plano de aula para o trabalho docente. Quanto aos objectivos secundários espera
– se que no final saibamos: definir plano de aula; identificar e caracterizar os elementos de um
plano de aula; elaborar um plano de aula.
2

Com relação a metodologia usada para a produção deste trabalho, baseou – se fundamentalmente
na consulta bibliográfica, onde primeiramente seguiu – se a fase da pesquisa e colecta da
informação referente ao tema, de seguida, fez – se a análise do material e por fim compilou – se o
mesmo.

Estrutura do trabalho: plano, plano de aula, elementos de um plano de aula, elaboração de um


plano de aula.

Revisão da Literatura

Definição dos Conceitos

Segundo Libâneo (1994), o planeamento e/ou plano trata – se de “um processo de racionalização,
organização e coordenação da acção docente, articulando a actividade escolar e problemática do
contexto social” (p. 222).

Para Gandin e Cruz (1995), um plano será instrumento de construção de realidade se tiver três
elementos: “a definição do que se quer alcançar”, “a indicação da distância a que se está deste
ideal”, e a “proposta para diminuir essa distância” (p. 25).

De acordo com Côrrea, et al., (2015), “O plano de aula pode ser definido como a previsão dos
conteúdos e actividades de uma ou de várias aulas que compõem uma disciplina ou uma unidade
de estudo” (p. 5).

Elementos de um Plano de Aula

Em geral, o plano de uma aula do professor assume formas que variam de um diário a um
seminário. Nessa perspectiva, conforme refere Tobase, Almeida, & Vaz, (2010), em um modelo
(mas não único), estruturalmente o plano de aula é constituído por:

Cabeçalho e Identificação: onde se escreve o nome da instituição de ensino ou escola, da turma,


da disciplina, do professor(a), a data de execução, tipo de aula, a classe, número de lição, carga
horária ou duração da aula, e por fim o tema.

Objectivos: onde se define claramente e precisamente o que se espera que o aluno seja capaz de
fazer após a conclusão da aula (Gil, 2009).

Pré-requisitos: deve – se considerar conteúdos aprendidos anteriormente e que integram uma


nova aprendizagem. O professor poderá em alguns casos fazer uma brevíssima recapitulação.
3

Conteúdos: estes devem ter um vínculo com os objectivos, serem aplicáveis à vida real,
relacionarem com experiências pessoais dos sujeitos, atenderem às necessidades e interesses dos
alunos, se adequarem à diversidade dos sujeitos e ao tempo da acção. Para facilitar o
delineamento dos conteúdos e selecção das estratégias de ensino Zabala (1998) propõe a tipologia
dos conteúdos de aprendizagem factuais, conceituais, procedimentais e atitudinais.

Estratégias: corresponde aos caminhos ou meios para atingir os objectivos, como por exemplo
jogos, dramatização, dinâmica do grupo, roda de conversa, palestra, resolução de problemas,
seminários e outros. Ao seleccionaras estratégias deve – se considerar as características dos
alunos, do professor, do assunto abordado, o tempo para o desenvolvimento da acção, domínio
dos objectivos e os recursos disponíveis: materiais, físicos, humanos e financeiros.

Recursos Didácticos: são meios necessários à concretização da estratégia. Devem ser previstos os
recursos materiais, físicos, humanos e financeiros. Estes variam desde quadro, giz, e apagador,
projector de slides, filmes, mapas, cartazes, aplicativos e softwares de última geração,
considerando o actual perfil dos alunos.

Funções Didácticas: são etapas que ocorrem no processo de ensino – aprendizagem. Elas devem
ter uma ligação entre si, e realizadas isoladamente.

Actividades: é onde faz – se a distribuição das actividades, isto é, o que o professor vai fazer na
sala de aula e o mesmo acontece com o aluno.

Avaliação: trata – se da avaliação dos objectivos e compreende o processo de avaliação, os


critérios e os instrumentos necessários a esse propósito. É importante saber o que, como, quando
e por que avaliar. É desejável que a avaliação tenha carácter contínuo e processual, e os métodos
de avaliação devem ser alinhados com as estratégias de ensino, os objectivos e os resultados a
serem alcançados.

Cronograma: faz – se a distribuição de actividades que serão feitas fora da sala de aula. Estas
devem ser coerentes com os objectivos, adaptadas às necessidades e características da faixa
etária, apresentadas com clareza, atractivas, inter-relacionadas e ordenadas e variadas.

Bibliografia: o professor necessita seleccionar referências actualizadas e de origem confiável


oriundas de órgãos governamentais, instituições de renome, reconhecidas nacional ou
internacionalmente e compartilhar com os alunos para que possam aprimorar o aprendizado.
4

Conclusão

Em virtude do que se apresentou neste trabalho, conclui – se que a o plano de aula está
directamente relacionado ao plano de ensino, mas descreve uma sequência didáctica a ser seguida
para o desenvolvimento integral e integrado da aprendizagem, diariamente em cada aula ou
actividade prática (laboratório, estágio, visita). Desta forma, além de facilitar a visualização da
dinâmica da aula, contribui para que outro docente ou professor possa utilizar – se desta
referência, em caso de impossibilidade ou ausência do responsável. Portanto a ausência de um
plano de aula pode acarretar em aulas monótonas, improvisadas, desorganizadas,
desestimulantes, desencadeando desta forma o desinteresse dos alunos pelo conteúdo e pelas
aulas, o que é extremamente prejudicial, em oposição aos resultados desejados para a formação.

Sobre elementos do plano de aula, observa – se de uma maneira geral que seguem uma ordenação
quase aproximada em vários modelos existentes. No entanto, em cada elemento deve se
considerar alguns aspectos essencialmente primordiais. Para melhor dizer, existem inúmeros
modelos de um plano de aula, mas estruturalmente comuns.

Referências Bibliográficas

Côrrea, A. K., Góes, F. S., Andrade, L. S., Clapis, M. J., Gonçalves, M. F., Silva, M. A., &
Camargo, R. A. (2015). Plano de aula: apoio e fundamentos para prática docente. São
Paulo: USP.

Gandin, D., & Cruz, C. H. (1995). Planeaamento na Sala de Aula. Porto Alegre: Edição dos
Autores.

Gil, A. C. (2006). Didáctica do Ensino Superior. São Paulo: Atlas.

Libâneo, J. C. (1994). Didáctica. São Paulo: Atlas.

Tobase, L., Almeida, D. M., & Vaz, D. R. (2020). Plano de Aula: Fundamentos e Prática. São
Paulo: USP.

Zabala, A. A. (1998). A Prática Educativa: Como Ensinar. Porto Alegre: Artes Médicas Sul
Ltda.
5

PLANO DE AULA

Disciplina: Matemática

Tipo de Aula: Nova Lição Nº: 5

Duração: 45 minutos Classe: 7ª Classe

Data de Execução: 19/04/2023 Escola: Secundária de Chókwè

Unidade Temática III: Geometria Plana Turma: 2

Tema: Figuras Planas Nome do professor: Joel Chaúque

Objectivos

No fim desta aula, o aluno deve ser capaz de:

 Conhecer uma figura plana


 Comparar e nomear figuras planas, por meio de características ou elementos
 Desenhar uma figura plana (polígono, circunferência, círculo, etc)

Pré-requisitos:

 Noção dos conceitos primitivos da geometria plana (ponto, recta e plano).


 Noção de semi-recta, segmento de recta, posições relativas de rectas e os tipos de ângulos

Meios Didácticos: quadro, giz, apagador, caderno do aluno, esferográfica, lápis, borracha, régua, livro do aluno.

Métodos Escolhidos: expositivo, elaboração conjunta e trabalho independente.


6

Actividades
Tempo
Função Método Conteúdos
Didáctica Didáctico Didácticos Professor Aluno

Corresponde a saudação
Saudação; Saúda o professor
5 Minutos

Organização e Orienta a limpeza do quadro e


Introdução e Elaboração Apaga o quadro, organiza o
limpeza da sala; organização das carteiras
Motivação Conjunta seu material de aula e
Controle de Controla presenças e apresenta
presenças Confirma a sua presença.
o tema da aula.
Conceitos Gerais das
Explica o conteúdo dando
figuras planas, Acompanha a explicação da
25 Minutos

exemplos concretos e reais das


Expositivo e exemplos, resolução matéria, participa na
Mediação e figuras planas, resolve
elaboração de alguns exercícios resolução de exercícios de
Assimilação exercícios de assimilação junto
conjunta de assimilação e assimilação e regista
com os alunos e dita
registo de apontamentos.
apontamentos.
apontamentos
10 Minutos

Trabalho
Passa os exercícios do quadro
Domínio e independente e Exercícios de Copia os exercícios no
mural no quadro e orienta a
Consolidação elaboração Consolidação caderno e resolve os mesmos.
resolução dos mesmos.
conjunta

Orienta a correcção dos


Correcção dos Corrige os exercícios, anota o
exercícios, anuncia o tema o
5 Minutos

exercícios, anúncio tema da próxima aula com o


Controlo e Elaboração tema da próxima aula com o
do tema da próxima respectivo material
Avaliação conjunta respectivo material necessário,
aula, marcação do necessário, copia o TPC e
marca o TPC e faz exortações
TPC e exortações acata as exortações.
finais.
Plano de Aula
7

Quadro Mural

Definição

Uma figura plana é um plano que possui uma forma específica e para que ela exista é preciso que tenha no mínimo três lados.

As principais figuras planas são: polígonos, Circunferência e Círculo.

Polígonos

A palavra polígono é de origem grega “poli” - muito e “gono” – ângulo, isto é, muitos ângulos. Um polígono é uma região do plano
limitada por uma linha poligonal.

Uma linha poligonal é uma colecção de segmentos consecutivos. Com isso, podemos notar que o primeiro segmento tem um extremo
em comum com o segundo, o extremo livre do segundo é comum com o terceiro, e assim sucessivamente.

Se os extremos livres do primeiro e do último segmento coincidem, diz – se que a linha poligonal é fechada. Caso contrário, é aberta.

Exemplos

Linha Poligonal Polígono


Fechada Aberta
8

Elementos de um polígono

Os principais elementos de um polígono são: lados, vértices, ângulos e diagonais.

Chama – se lado de um polígono a cada um dos segmentos que forma a linha poligonal que o limita.

Os ângulos limitados por dois lados consecutivos são chamados de ângulos internos, e os que são limitados por um lado e pela
prolongação do lado consecutivo são chamados de ângulos externos ou exteriores.

Chama – se vértice aos pontos em que os lados se intersectam.

Cada um dos segmentos que une dois vértices não consecutivos chama – se diagonal.

Exemplo
9

Classificação de Polígonos

Segundo os ângulos dos polígonos classificam – se em dois grandes tipos: convexos e côncavos

Ângulos convexos são aqueles menores que 180º, isto é, obtusângulo.

Ângulos côncavos são aqueles maiores que 180º.

Convexos Côncavos

Se tem todos ângulos convexos Se ao menos um dos seua ângulos é côncavo

Pelo número de lados os polígonos classificam – se em:

Triângulo Quadrilátero Pentágono Hexágono Heptágono Octógono Eneágono Decágono

Três lados Quatro lados Cinco lados Seis lados Sete lados Oito lados Nove Dez lados
lados
10

Undecágono – onze lados, Dodecágono – doze lados, Icoságono – vinte lados; os outros são nomeados naturalmente, por exemplo,
polígono de catorze lados, de quinze, etc.

Os polígonos que têm todos os seus ângulos interiores iguais e lados iguais denominam – se regulares, caso contrário, denominam – se
irregulares. Os polígonos regulares são então equiláteros e equiângulos.

Classificação de triângulos

Quanto aos lados os triângulos classificam – se em:

Equiláteros Isósceles Escalenos

Três lados iguais Dois lados iguais Três lados distintos

Quanto aos ângulos, os triângulos classificam – se em:

Acutângulo Rectângulo Obtusângulo

Três ângulos agudos Um ângulo recto Um ângulo obtuso


11

Classificação de Quadriláteros Convexos

Os quadriláteros convexos classificam – se em paralelogramo e não paralelogramo. Um paralelogramo é um quadrilátero que tem os
lados paralelos e iguais dois a dois. Também seus ângulos são iguais dois a dois. Existem quatro tipos de paralelogramos:

Quadrado Rectângulo Losango Obliquângulo

Os lados e os ângulos Lados iguais dois a Os quatro lados são iguais e Lados iguais dois a dois e
são iguais dois e ângulos iguais os ângulos são distintos ângulos opostos iguais

Quadriláteros não Paralelogramos


Trapézios Não Trapézio

Exactamente dois lados Não tem nenhum par


paralelos de lados paralelos

Se um trapézio tem dois lados iguais chama – se isósceles, se tem dois ângulos rectos chama – se rectângulo, e se todos lados forem
diferentes chama – se escaleno.
12

Exemplo

Os paralelogramos têm muitas e variadas aplicações em desenho e construção.

Circunferência e Círculo

Uma circunferência é uma linha fechada e plana cujos pontos são equidistantes de um ponto interior chamado centro.

A porção de plano limitado por uma circunferência chama – se círculo.

Os principais elementos de uma circunferência são:

Centro – é o ponto interior equidistante de todos os pontos da circunferência

Raio – é o segmento que une o centro com qualquer ponto da circunferência.

Diâmetro – é o segmento que une dois pontos da circunferência e passa pelo centro, ou seja, é o dobro do raio.

Corda – é o segmento que une pontos quaisquer da circunferência.

Cada uma das partes em que uma corda divide circunferência chama – se arco.
13

Exemplo de circunferência e círculo

Exercícios de Assimilação

1. Observe a imagem dada e completa as lacunas.

a) A figura acima representa uma linha_____________com extremidades nos pontos ______ e _____.
b) AB , BC , CB , DE São____________________
2. Classifique os polígonos a seguir como côncavo ou convexo

3. Dos polígonos a seguir indique aquele que é sempre regular


a) Rectângulo
b) Losango
14

c) Triângulo
d) Quadrado
Exercícios de Consolidação
1. O polígono que possui o mesmo número de diagonal e de lados é um
a) Triângulo
b) Quadrilátero
c) Pentágono
d) Hexágono
2. Desenhe um polígono qualquer e trace suas diagonais.
3. Observa o conjunto das figuras planas abaixo e indique que polígonos são equiângulos, equiláteros, regulares e irregulares.

A B C D E F G H
Equiângul
o
Equilátero
Regular
Irregular
15

TPC

1. Observe a figura e responda.

a) Quais segmentos são raios?


b) Quais segmentos são cordas?
c) Quais segmentos são diâmetro?

2. Complete as lacunas:

a) Polígono regular é aquele que possui todos os .............. e .............. congruentes.

b) Um polígono de nove lados chama – se ...................................

c) Polígono que possui um ou mais ângulos internos reentrantes (forma ângulo para dentro) é chamado de polígono .....................

d) A região interna compreendida entre dois lados consecutivos chama – se ........................ do polígono.

e) Polígono ……........ possui todas as suas diagonais na região interna.

f) Polígono …............ possui lados e/ou ângulos internos com medidas diferentes.

Referências Bibliográficas

Asso, M. L. (2020). Figuras Planas. Textos Barea Verde.

Octávio, M. J., Neto, P., & João, W. (2014). Matemática 7ª Classe. Editora de Letras.

Você também pode gostar