Trabalho Individual de HB - Marcelino Jaime Semente
Trabalho Individual de HB - Marcelino Jaime Semente
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Table of Contents
Introdução...................................................................................................................................................2
Importância Ecológica da Área Afectada....................................................................................................3
Efeitos sobre o meio ambiente, a terra e os espaços rurais.......................................................................3
Efeitos Culturais e Socio Economico da Região Centro Afectadas pelo Ciclone....................................4
Conclusão....................................................................................................................................................7
Referencias Bibliográficas...........................................................................................................................8
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Introdução
A passagem do ciclone Idai pelo sudeste africano teve efeitos devastadores sobre a região,
especialmente em Moçambique. O ciclone destruiu a cidade portuária de Beira, uma das mais
importantes do país devido a sua capacidade portuária e sua posição de ligação entre a região
norte e sul de Moçambique. Segundo estimativas das Nações Unidas (ONU), cerca de 2,6
milhões de pessoas foram atingidas e 130 mil estão vivendo em abrigos improvisados. Neste
cenário, o governo de Moçambique disse não ter condições de lidar com a tragédia sozinho e
requisitou ajuda internacional, é com esta abrordagem que nos interessa estudar os Efeitos
Ambientais, Culturais e Socio Economico da Região Centro Afectadas pelo Ciclone IDAI.
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Importância Ecológica da Área Afectada
Segundo a FDNS (2017) diz que “area área atingida pelo ciclone Idai é de importância ecológica
e da biodiversidade significativamente alta devido aos seus ecossistemas e habitats variados e
ameaçados, como o Delta do Rio Zambeze, que inclui vastas áreas de mangais e terras húmidas;
bosques e florestas de Miombo e os últimos trechos remanescentes de florestas de montanha. A
área alberga parques nacionais emblemáticos, como o PN da Gorongosa, a Reserva de Marromeu
e os seus blocos adjacentes de coutadas de caça, a Reserva de Chimanimani, a Reserva de Gilé,
as Ilhas Primeiras e Segundas, e sete reservas florestais”.
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As Florestas e Mangais na área sofreram diversos danos tais como a desfoliação e a
quebra, e a sedimentação dos mangais. Uma avaliação rápida dos danos aos mangais
estimou que cerca de 2500 ha de mangais na área ao redor da Beira foram afectados. A
dimensão dos danos e perdas detalhadas são, no entanto, difíceis de estimar devido à
inacessibilidade persistente, assim como à dificuldade inerente a um cálculo imediato da
ruptura dos serviços dos ecossistemas, pois as calamidades desta dimensão provocam
efeitos retardados, tais como a deterioração degenerativa dos mangais 9 meses a 1 ano
após o impacto. As perdas devem ser avaliadas como parte da Estratégia de Recuperação
e calculadas tanto em termos de renda dos agregados familiares perdidas e que eram
derivadas das florestas/mangais, bem como em termos do valor dos muitos serviços dos
ecossistemas que fornecem.
Resíduos e Detritos: O ciclone teve um impacto significativo sobre o já frágil sistema e
infra-estruturas de gestão de resíduos sólidos da Beira. Os detritos no centro da cidade
foram principalmente removidos pelo Município, mas nos subúrbios, onde a situação é
agravada devido à densidade populacional, ainda há necessidade de recolha de detritos.
O ciclone também interrompeu o acesso ao aterro principal devido à inundação/corte das
estradas, deixando os locais de depósito de resíduos na cidade superlotados de detritos
gerados pelo ciclone (troncos, folhas, outros resíduos). A maior parte do equipamentos
de gestão de resíduos do Município também ficou danificado (camiões, escavadoras, pás
mecânicas, etc.), complicando ainda mais os esforços de limpeza e recolha de lixo. O
ciclone provocou uma grande exposição de resíduos perigosos, principalmente amianto
(das chapas de Lusalite), bem como lixo hospitalar de hospitais danificados, e resíduos
do parque industrial da Beira, incluindo resíduos biomédicos, de engenharia e outros. Os
resíduos perigosos requerem tratamento específico e cauteloso para encaminhamento e
transporte adequado para o depósito final.
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directa para a segurança alimentar e necessidades sociais. A falta de combustível, alimentos e
recursos constitui um perigo imediato para as comunidades rurais e, por sua vez, pode levar a um
maior esgotamento dos recursos para satisfazer essas necessidades a curto e médio prazo. As
consultas feitas às comunidades costeiras com efeito já apontavam para o aumento da pressão
sobre os mangais, devido à falta de outros materiais de construção para reconstruírem as suas
casas. As consultas feitas aos membros da comunidade também indicavam que se haviam
perdido matas comunais devido ao uso de plantas medicinais, que é muito generalizado. A
Governação e a Tomada de Decisão sobre os recursos naturais também sentiram o impacto dado
que muitos recursos são geridos através de organizações comunitárias de Gestão de Recursos
Naturais Baseada na Comunidade (tais como os Comitês de Gestão dos Recursos Naturais -
CGRNs, e os Conselhos Comunitários de Pesca, CCP), cujo funcionamento foi afectado pelo
ciclone. As consultas ao CGRN que faz a gestão dos mangais de Nhangau na Beira, considerados
exemplos de sucesso na gestão dos mangais baseada na comunidade, mostram, por exemplo, que
enquanto as necessidades primárias não são satisfeitas, tais como habitação e disponibilidade de
alimentos, a gestão dos recursos naturais torna-se menos prioritária e os recursos são explorados
de forma insustentável para suprir as necessidades imediatas de combustível e de material de
construção”.
Silva (2017) diz que “as mudanças nos Processos de Governação e de Tomada de Decisão,
Maiores Riscos e Vulnerabilidades As comunidades rurais da área afectada são bastante
dependentes de recursos naturais e de ecossistemas saudáveis (costeiros, marinhos, florestas,
terras húmidas) para a sua subsistência. A destruição provocada pelo ciclone Idai aos recursos
naturais, como os solos, florestas, mangais, recursos e habitats marinhos e à biodiversidade,
resultou na perda de meios de subsistência e de renda para as famílias rurais pobres e
representam uma ameaça directa para a segurança alimentar e necessidades sociais. A falta de
combustível, alimentos e recursos constitui um perigo imediato para as comunidades rurais e, por
sua vez, pode levar a um maior esgotamento dos recursos para satisfazer essas necessidades a
curto e médio prazo. As consultas feitas às comunidades costeiras com efeito já apontavam para
o aumento da pressão sobre os mangais, devido à falta de outros materiais de construção para
reconstruírem as suas casas. As consultas feitas aos membros da comunidade também indicavam
que se haviam perdido matas comunais devido ao uso de plantas medicinais, que é muito
generalizado. A Governação e a Tomada de Decisão sobre os recursos naturais também sentiram
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o impacto dado que muitos recursos são geridos através de organizações comunitárias de Gestão
de Recursos Naturais Baseada na Comunidade (tais como os Comitês de Gestão dos Recursos
Naturais - CGRNs, e os Conselhos Comunitários de Pesca, CCP), cujo funcionamento foi
afectado pelo ciclone. As consultas ao CGRN que faz a gestão dos mangais de Nhangau na
Beira, considerados exemplos de sucesso na gestão dos mangais baseada na comunidade,
mostram, por exemplo, que enquanto as necessidades primárias não são satisfeitas, tais como
habitação e disponibilidade de alimentos, a gestão dos recursos naturais torna-se menos
prioritária e os recursos são explorados de forma insustentável para suprir as necessidades
imediatas de combustível e de material de construção”.
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Conclusão
Em suma, o evento climático trata-se de um dos grandes desafios humanitários do século XXI,
tanto ao nível local quanto internacional, e evidencia-se como uma das maiores crises que a
humanidade está enfrentando hoje.
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Referencias Bibliográficas
Agriconsulting (2010) Plano de Maneio da Área de Conservação de Chimanimani.Volume1.
Moçambique.
SILVA, Igor Castellano (2017). Política Externa na África Austral: Guerra, Construção do
Estado