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AO JUÍZO DE DIREITO DA __ VARA DA COMARCA DE

PINHEIRO/MA.

VALDECI PINHEIRO CARVALHO, brasileiro, solteiro, maior incapaz, portador da


Carteira de Identidade nº 0000966601980, expedida pelo SSP/MA, inscrito(a) no CPF sob
o nº 002883869308, representado por sua curadora, a sra. MARIA DEUSDETE
PINHEIRO CARVALHO, brasileira, viúva, portadora da Carteira de Identidade nº
0540708920145, expedida pelo SSP/MA, inscrito(a) no CPF sob o nº 88829324353,
conforme termo de interdição anexo, vem por meio de seu procurador infra-assinado, vem
à presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 319 e seguintes do Código de
Processo Civil – Lei 13.105/2015, ajuizar

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS

Em face de EQUATORIAL MARANHÃO DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S/A


pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob n.º 06.272.793/0001-84, com
endereço eletrônico www.cemar.com.br, localizada na Alameda A, Quadra SQS, s/n,
Loteamento Quitandinha, Altos do Calhau, São Luís/MA, CEP: 65.071-680, na pessoa de
seu representante legal, ou de quem as vezes lhe faça, pelas razões de fato e de direito a
seguir aduzidos;
DA ASSISTÊNCIA JURÍDICA GRATUITA

Inicialmente, requer a Vossa Excelência, que seja deferido o benefício da


gratuidade de justiça, com o amparo no art. 5° inciso LXXIV da Constituição Federal, e
lei 1060/50, alterações introduzidas pela lei 7.5101/86 e pela lei 13.105/2015(NCPC)
nos artigo 98 e seguintes, por não ter condição de arcar com às custas processuais e
honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento e de sua família.

Dessa forma, ciente de que está afirmação produzira todos os efeitos legais,
assume inteira responsabilidade pelas declarações desde já afirmadas, sob as penas da
lei, e requer a V.Exa., que seja concedido o beneficio da assistência jurídica gratuita,
para as custas processuais e honorários advocatícios.

I - DOS FATOS

O autor é titular da contra/contrato n º 3112187 junto à demandada. Em


meados de outubro de 2023 foi surpreendido por um funcionário da ré que alegou que a
conta de energia elétrica correspondente ao mês de 09/2023, cujo vencimento ocorrera
em 18/09/2023, não fora paga, motivo pelo qual realizaria o corte. A demandante então
apresentou o comprovante de pagamento da referida conta, o qual se junta anexo,
evitando, naquele momento, o corte da energia.

Tal situação voltou a acontecer por diversas vezes, gerando demasiado


constragimento à autora, que então realizou reclamanção na central de atendimento da
ré (protocolo anexo).

No dia 17/01/2024, novamente, funcionários da ré foram a residência da


autora realizar o corte de energia pelo não pagamento da conta do mês 09/2023 e, em
que pese apresentado o comprovante de pagamento, o corte foi realizado naquele dia.

Ao se dirigir novamente à empresa ré, fora informada que o débito referente


ao mês 09/2023 constava no sistema e que só seria realizada a religação mediante a
quitação, mesmo a autora tendo apresentado o comprovante de pagamento que foi feito
no dia 18/09/2023, dia do venciemento da referida conta.

Ao consultar o site da empresa requerida foi possível observar que o único


débito constante, de fato, era aquele, embora ja tivesse sido pago, como podemos
observar na captura de tela seguinte:
Não restando outra alternativa para ter seu forneciemnto de energia
restabelecido, a autora teve que realizar NOVAMENTE o pagamento da conta do mês
09/2023, conforme demonstra comprovante de pagamento anexo, bem como o
protocolo de atendimento.

O prazo para religação foi de 24 horas, de modo que a autora passou todo
esse tempo sem energia elétrica em sua casa, o que lhe causou enormes prejuízos.

Nesse sentido, Excelência, a empresa errou ao efetuar o corte, uma vez


que restou comprovada a inexistência de débitos.

Diante dessa situação a Requerente sentiu-se lesada materialmente e


moralmente, não lhe restando alternativa senão buscar a tutela jurisdicional, a fim de ter
seus direitos assegurados e por fim ser indenizado pelo constrangimento sofrido.

II – DA FUNDAMENTAÇÃO JURIDICA
II.I DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

Inicialmente verificamos que o presente caso trata-se de relação de consumo,


sendo amparada pela lei 8.078/90, que trata especificamente das questões em que
fornecedores e consumidores integram a relação jurídica, principalmente tocante a matéria
probatória.

A referida legislação faculta ao magistrado determinar a inversão do ônus da prova em


favor do consumidor conforme seu dispõe o artigo 6º, VIII:

"Art. 6º São direitos básicos do consumidor:


...
VIII - A facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do
ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for
verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras
ordinárias de experiência".
Da simples leitura deste dispositivo legal, verifica-se, sem maior esforço, ter o
legislador conferido ao arbítrio do juiz, de forma subjetiva, a incumbência de, presentes o
requisito da verossimilhança das alegações ou quando o consumidor for hipossuficiente,
poder inverter o ônus da prova.
Assim, presentes a verossimilhança do direito alegado e a hipossuficiência da parte
autora para o deferimento da inversão do ônus da prova no presente caso, dá-se como certo
seu deferimento.
II.II DA ESSENCIALIDADE DO SERVIÇO

O fornecimento de energia elétrica deve ser contínuo, não cabendo interrupção por
inadimplemento. Assim tem entendido o Superior Tribunal de Justiça, vejamos:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PÚBLICO NÃO


ESPECIFICADO. ENERGIA ELÉTRICA. RGE. EXTENSÃO DA REDE.
ESSENCIALIDADE DO SERVIÇO. MULTA DIÁRIA. Correta a
antecipação de tutela, no que tange à instalação de energia elétrica na
residência do autor, tendo em vista a essencialidade do bem de consumo
em apreço, do qual não pode prescindir o cidadão. Caso em que as
justificativas do agravante não se mostram plausíveis, uma vez que não
comprovada a impossibilidade de realização da obra de extensão de rede
elétrica na residência do autor, impõe-se a manutenção da bem lançada
decisão pelo juízo a quo. Cabível a fixação de multa diária na hipótese de
descumprimento de decisão judicial, nos termos do que dispõe o art. 461,
§ 5º, do CPC, observada a redação da Lei n. 10.444/02. Não houve
fixação de multa diária, de forma que não há que se falar em limitação
desta neste momento, carecendo a agravante de interesse recursal neste
ponto. NEGADO PROVIMENTO AO AGRAVO DE INSTRUMENTO.
UNÂNIME. (Agravo de Instrumento Nº 70067530477, Segunda Câmara
Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: João Barcelos de Souza Junior,
Julgado em 24/02/2016).

II.III DA RELAÇÃO DE CONSUMO

Incialmente alega-se que a presente ação se trata de relação de consumo, com


previsão legal no Código de Defesa do Consumidor ( CDC) em seus Arts. 2º e 3º:
Art. 2º Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza
produto ou serviço como destinatário final.
Parágrafo único: Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas,
ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.
Art. 3º Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada,
nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que
desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção,
transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização
de produtos ou prestação de serviços.
§ 1º Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.
§ 2º Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo,
mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de
crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter
trabalhista.
II. IV DO DANO MORAL

Por conta de todo o descrito a Requerente passou por situação constrangedora,


angustiante, ocasionando abalo emocional, tendo em vista o indevido corte de energia
elétrica, sendo o suficiente para ensejar danos morais e materiais.
O requerente é pessoa portadora de deficiência (PCD) e necessita de cuidados constantes,
ficar sem energia elétrica dificultou ainda mais sua situaçao, tendo que depender de vizinhos,
amigos e familiares para realizar seus afazeres diários, trazendo transtornos para toda a sua
família, inclusive sua curadora e genitora, a sernhora Maria Deusdete Pinheiro Carvalho que
ficou emocionalmente abalada, vez que não tinha a possibilidade de utilizar sua própria
moradia como de costume.
O dano moral, tem previsão na Constituição Federal em seu Art. 5º, inciso X:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
[...]
X - São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das
pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral
decorrente de sua violação.

O Código de Defesa do Consumidor também menciona a possibilidade jurídica de


indenização pelos danos morais, conforme previsão legal em seu Art. 6, VI:
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
VI - A efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais,
individuais, coletivos e difusos;
SAVATIER define o dano moral como:

“Qualquer sofrimento humano que não é causado por uma perda


pecuniária, abrangendo todo o atentado à reputação da vítima, à sua
autoridade legitima, ao seu pudor, a sua segurança e tranquilidade, ao seu
amor próprio estético, à integridade de sua inteligência, as suas afeições,
etc...” (Traité de La ResponsabilitéCivile, vol. II, nº 525, in Caio Mario da
Silva Pereira, Responsabilidade Civil, Editora Forense, RJ, 1989).

Igualmente, o dano moral, por se tratar de um tema relevante possui previsão legal
em outros dispositivos legais, estando presente também nos Arts. 186 e 927 do Código
Civil, segue:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito ( arts. 186 e 187), causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente
de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade
normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza,
risco para os direitos de outrem.
Dessa forma, verifica-se que a Requerida cometeu ato ilícito violando moralmente
a Requerente, que não deu causa ao ocorrido, e por sua ilicitude é obrigada a reparar o
dano causado, conforme será demonstrado a seguir:.
A jurisprudência é pacífica quanto a reparação pode dano moral:
“Entende-se por dano moral a lesão a um bem jurídico integrante de
própria personalidade da vítima, como a sua honra, imagem, saúde,
integridade psicológica, causando dor, tristeza, vexame e humilhação
à vítima. ” (TRF 2ª Região – 5ª Turma; Apelação Cível nº 96.02.43696-
4/RJ – Rel. Desembargadora Federal Tanyra Vargas).

É notório que que Doutrinadores e Tribunais estão de acordo quanto a indenização


por dano moral para satisfação da ofensa de atos lesivos à honra, à dignidade, ao nome de
quem é atingido e denegrido por abusos, fato este que ocorreu com a Requerente.
Frisa-se que o dano moral por sua natureza subjetiva, prescinde de demonstração, da
prova do dano, sendo suficiente para caracterizá-lo a ocorrência de seus três elementos
essenciais, que são: o dano, o ato culposo e o nexo causal – todos estes presentes na
presente ação.
No que tange a demonstra do dano, o STJ tem entendido da seguinte forma:

“Conforme entendimento firmado nesta Corte, não há falar em prova de


dano moral, mas, sim, na prova do fato que gerou a dor, o sofrimento,
sentimentos íntimos que o ensejam. Precedentes: REsps. Nºs:.261.028/RJ;
294.561/RJ;661.960/PB. - STJ - REsp nº 702872/MS - Rel. Min. Jorge
Scartezzini - 4ª Turma – DJU 01/07/2005 - p. 557..” (grifo nosso).

Demonstrada a possibilidade de reparação de dano moral, estando presente todos


os requisitos, analisamos o quantum da indenização, que não deve ser exagerado, mas
também não poderá ser arbitrada como indulgência a quem causou malefício a outrem.
Nessa linha, o Tribunal de Justiça do Maranhão, tem entendido:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C


INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. CORTE NO
FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA. FATURA PAGA.
CORTE INDEVIDO. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA.
POSSIBILIDADE. DIREITO DO CONSUMIDOR. ARTIGO 6, VIII,
CDC. DANOS MORAIS. CONFIGURADOS. QUANTUM
INDENIZATÓRIO. RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE.
ATENDIDOS. I. Não há falar em desacerto na decisão que inverte o ônus
da prúva na relação entre consumidor e fornecedor de serviços de energia
elétrica, nos termos do artigo 6°, VIII, do CDC. I. Tendo em vista a
conduta ilicita praticada pela apelante, consistente no corte indevido de
energia elétrica do consumidor, resta caracterizada a responsabilidade
civil, devendo a concessionária responder pelo prejuízo sofrido pelo
apelado. iII. O dano moral sofrido pelo apelado independe da prova do
prejuízo, eis que se trata de dano in re ipsa. IV. O quantum indenizatório
arbitrado pelo juízo a quo se revela excessivo, de modo que o montante
deve ser reduzido para R$ 5.000,00 (cincomil reais), em atenção aos
princípios da razoabilidade e proporcionalidade. V. Apelação parcialmente
provida. (ApCiv 0360032018, Rel. Desembargador(a) JOSÉ JORGE
FIGUEIREDO DOS ANJOS, SEXTA CÂMARA CÍVEL, julgado em
14/03/2019, DJe 21/03/2019)

Sendo assim, está claramente demonstrado o dano moral sofrido pelo Requerente, que
é PCD, diante do corte indevido de energia elétrica que lhe ocasionou grande abalo emocional,
constrangimentos e gastos extraordinários como já mencionado, e tudo por motivo alheio a
sua conduta.

II. V DO DANO MATERIAL E RESTITUIÇÃO EM DOBRO

O autor precisou realizar novamente o pagamento da conta do mês 09/2023 para ter
o fornecimento de energia restabelecido. Deste modo, a cobrança indevida da conta de
energia configura um erro por parte da empresa fornecedora, resultando em enriquecimento
sem causa por parte desta. Conforme o artigo 876 do Código Civil brasileiro, aquele que
recebeu o que lhe não era devido fica obrigado a restituir.

A cobrança indevida da conta de energia, portanto, enseja a obrigação da empresa


fornecedora de restituir o valor cobrado indevidamente.

O Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990) estabelece, em seu artigo 14, a


responsabilidade objetiva dos fornecedores por eventuais danos causados aos consumidores
por defeitos relativos à prestação de serviços, incluindo cobranças indevidas.

A empresa fornecedora de energia elétrica, ao cobrar indevidamente pelo serviço


prestado, viola essa disposição legal, assumindo a responsabilidade pelos danos materiais
causados ao consumidor.

A boa-fé objetiva, princípio fundamental do Direito Civil, estabelece que as partes


devem agir com lealdade e honestidade nas relações contratuais. Assim, espera-se que a
empresa fornecedora de energia elétrica atue de forma diligente e correta na cobrança de
seus serviços.

Além disso, a teoria do risco do empreendimento estabelece que o fornecedor é


responsável pelos riscos inerentes à sua atividade econômica, incluindo os prejuízos
decorrentes de falhas na prestação de serviços, como a cobrança indevida.

Deste modo, o requerente tem direito de receber em dobro os valores cobrados


indevidamente, nos termos do art. 42 do CDC e artigo 940 do Código Civil.

Neste mesmo sentido, decidiu o Tribunal de Justiça do Maranhão:


APELAÇÃO CIVEL. RELAÇÃO DE CONSUMO. AÇÃO DE
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS C/C REPETIÇÃO DE
INDÉBITO. CORTE INDEVIDO. COBRANÇA INDEVIDA. FATURA
PAGA. SENTENÇA CITRA PETITA. CAUSA MADURA. VICIO
SANAVEL. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. RECONHECIMENTO.
DANO MORAL CONFIGURADO. MAJORAÇÃO. SENTENÇA
REFORMADA. APELO PROVIDO. I. Na origem, a autora alegou e
demonstrou que no dia 07/10/2016, a concessionária, ora apelada, efetuou
corte de energia elétrica na sua residência de UC n°. 11930506, com a
justificativa de que haveria a fatura do mês 06/2016 encontrava-se em
aberto. Todavia, restou comprovado que não havia débito algum da autora
para com ré.lI. A sentença reconheceu a responsabilidade objetiva da
cecessionária, haja vista o corte indevido, condenando-a somente quanto a
indenização por danos morais, no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais),
não mencionando quando a repetição de indébito requerida na inicial. II.
Diante dessa omissão, a sentença é citra petita, o que, a princípio, enseja a
sua nulidade, passivel de ser conhecida de oficio (AgRg no AREsp
164.686/DF, Rel. Min. Luis Felipe Salomão). [...] .IV. Comprovado o
pagamento de fatura já adimplida anteriormente pela autora, ora
apelante, deve a concessionária de energia efetuar a restituição em
dobro, in casu, no valor de R$ 270,22 (duzentos e setenta reais e vinte
e dois centavos), conforme a fatura de fl. 23, paga no valor de R$ 135,11
(cento e trinta e cinco reais e onze centavos).V. Restando configurado o
corte indevido, bem como cobrança indevida, entendo que merece reparo
o quantumindenizatório estipulado da sentença, uma vez que esta apenas
observou a ocorrência do corte de energia. Deste modo, compreendo por
bem, majorar o valor dos danos morais de R$3.000,00 (três mil reais) para
R$5.000,00 (cinco mil reais). VI. Sentença reformada. Apelação provida.
(ApCiv 0274022018, Rel. Desembargador(a) JOSÉ JORGE
FIGUEIREDO DOS ANJOS, SEXTA CÂMARA CÍVEL, julgado em
11/10/2018, DJe 17/10/2018)

VII. DOS PEDIDOS

Ante exposto, requer a Vossa Excelência:

a) A procedência do pedido quanto a gratuidade da justiça nos termos do artigo 5º,


LXXIV da Constituição Federal e pela Lei 13.105/2015 Código de Processo Civil,
artigo 98 e seguintes, inclusive para efeito de possível recurso;

b) A inversão do ônus da prova, nos termos do artigo 6º, VIII do Código de Defesa do
Consumidor, por se tratar de relação de consumo;

c) A citação da requerida para comparecer em audiência de conciliação a ser designada


por Vossa Excelência, podendo esta ser convolada em audiência de instrução e
julgamento nos termos da Lei n. 9099/95, sob pena de revelia e confissão;

d) A restituição em dobro dos valores pagos ante a cobrança de indevidade de farura


paga, nos termo do art. 42 do CDC e artigo 940 do Código Civil;
e) Seja julgada TOTALMENTE PROCEDENTE a presente ação, afim de condenar a
Requerida ao pagamento a título de DANOS MORAIS no valor de R$ 5.000,00 (cinco
mil reais).

Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos,


especialmente depoimento pessoal do representante legal da ré, prova testemunhal e
documental.
Dá-se causa o valor de R$ 5.246,14 (Cinco mil duzentos e quarenta e seis reais e quatorze
centavos)

Nestes termos, pede deferimento.


Pinheiro, 09 de março de 2024.

Fábio William Soares Matos


OAB/MA 19053

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