Petição Inicial
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PINHEIRO/MA.
Dessa forma, ciente de que está afirmação produzira todos os efeitos legais,
assume inteira responsabilidade pelas declarações desde já afirmadas, sob as penas da
lei, e requer a V.Exa., que seja concedido o beneficio da assistência jurídica gratuita,
para as custas processuais e honorários advocatícios.
I - DOS FATOS
O prazo para religação foi de 24 horas, de modo que a autora passou todo
esse tempo sem energia elétrica em sua casa, o que lhe causou enormes prejuízos.
II – DA FUNDAMENTAÇÃO JURIDICA
II.I DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
O fornecimento de energia elétrica deve ser contínuo, não cabendo interrupção por
inadimplemento. Assim tem entendido o Superior Tribunal de Justiça, vejamos:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
[...]
X - São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das
pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral
decorrente de sua violação.
Igualmente, o dano moral, por se tratar de um tema relevante possui previsão legal
em outros dispositivos legais, estando presente também nos Arts. 186 e 927 do Código
Civil, segue:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito ( arts. 186 e 187), causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente
de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade
normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza,
risco para os direitos de outrem.
Dessa forma, verifica-se que a Requerida cometeu ato ilícito violando moralmente
a Requerente, que não deu causa ao ocorrido, e por sua ilicitude é obrigada a reparar o
dano causado, conforme será demonstrado a seguir:.
A jurisprudência é pacífica quanto a reparação pode dano moral:
“Entende-se por dano moral a lesão a um bem jurídico integrante de
própria personalidade da vítima, como a sua honra, imagem, saúde,
integridade psicológica, causando dor, tristeza, vexame e humilhação
à vítima. ” (TRF 2ª Região – 5ª Turma; Apelação Cível nº 96.02.43696-
4/RJ – Rel. Desembargadora Federal Tanyra Vargas).
Sendo assim, está claramente demonstrado o dano moral sofrido pelo Requerente, que
é PCD, diante do corte indevido de energia elétrica que lhe ocasionou grande abalo emocional,
constrangimentos e gastos extraordinários como já mencionado, e tudo por motivo alheio a
sua conduta.
O autor precisou realizar novamente o pagamento da conta do mês 09/2023 para ter
o fornecimento de energia restabelecido. Deste modo, a cobrança indevida da conta de
energia configura um erro por parte da empresa fornecedora, resultando em enriquecimento
sem causa por parte desta. Conforme o artigo 876 do Código Civil brasileiro, aquele que
recebeu o que lhe não era devido fica obrigado a restituir.
b) A inversão do ônus da prova, nos termos do artigo 6º, VIII do Código de Defesa do
Consumidor, por se tratar de relação de consumo;