Iluminismo

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Aluno(a): -------------------------------------- Serie: 3º B

Professora: Ailma Rocha

O que foi o iluminismo?

O iluminismo foi um movimento intelectual que surgiu na Europa no século XVIII. Tinha como
ponto central a defesa da razão e ciência para guiar a humanidade e explicar os fenômenos
da natureza. Por conta disso, os iluministas foram grandes defensores da ciência e
contribuíram para o desenvolvimento científico nesse período.

Por meio do iluminismo, combateu-se uma visão de mundo teocêntrica estabelecida por
influência do cristianismo, e ganhou espaço na sociedade o racionalismo científico. Os
iluministas tinham a crença de que o racionalismo permitiria à humanidade encontrar o
caminho do progresso e construir uma sociedade sem injustiças sociais e sem conflitos.

A influência do iluminismo sobre o século XVIII na Europa foi tão grande que ele recebeu o
nome de “século das luzes”. Esse nome se explica porque o termo iluminismo remonta à ideia
de iluminação. Os iluministas defendiam iluminar as mentes de seu século, retirando-as da
escuridão da ignorância.

A influência do iluminismo se estendeu por diversas áreas da sociedade, pois, além da


ciência, seus representantes propunham mudanças para áreas como a política, a religião, a
cultura, a economia, o funcionamento da sociedade etc. O iluminismo foi catalisador de
inúmeras transformações na sociedade europeia a partir do século XVIII e foi resultado de
uma renovação intelectual que estava em curso na Europa desde séculos anteriores.

Ideias iluministas

→ Iluminismo e absolutismo

Os iluministas eram profundamente críticos do absolutismo, considerando que essa forma de


governo, na verdade, era uma tirania. Lembrando que o absolutismo foi uma forma de
governo marcada pela "concentração do poder no monarca. Além disso, os regimes
absolutistas possuíam sociedades estamentais, nas quais havia um grupo que gozava de
inúmeros privilégios.

O iluminismo criticava o absolutismo, defendendo a necessidade de estabelecer limites ao


poder real por meio de reformas políticas que dessem maiores poderes a um órgão legislativo
(como um Parlamento) e/ou pela elaboração de uma Constituição que estabelecesse limites
legais para o poder real.
Além disso, os iluministas defendiam a necessidade de se combater (até certo ponto) os
privilégios que existiam nas sociedades absolutistas. Defendiam a importância de estabelecer
liberdades individuais, como a liberdade de expressão e a liberdade religiosa. Defendiam
também a ideia de igualdade jurídica, em que todos os homens seriam iguais perante a lei.

O interesse dos iluministas esteve diretamente relacionado com os interesses da burguesia


enquanto classe social. Essa classe desejava combater os privilégios da nobreza e as limitações
que o absolutismo estabelecia para essa classe econômica e, principalmente, politicamente.
Por isso, os ideais iluministas foram a base ideológica da queda do absolutismo na Europa.

A economia sob o viés iluminista

Além de se opor ao absolutismo, os iluministas se opunham às práticas econômicas dos reinos


absolutistas. Conhecidas como mercantilismo, as práticas da economia absolutista são
entendidas como um estágio de formação do capitalismo, ainda que tivessem sido marcadas
fortemente pela interferência do Estado na economia.

O Estado intervia frequentemente na economia para garantir o objetivo das economias


absolutistas: o acúmulo de riquezas a fim de fortalecer o poder real. Esse controle estatal na
economia não era bem-visto pelos iluministas, que defendiam que deveria haver maior
liberdade econômica.

Uma vertente que se popularizou por meio dos iluministas foi o liberalismo econômico, que
defende que o Estado não deve intervir na economia porque o mercado deve se autorregular
pela via do livre comércio e da livre iniciativa. Com isso, o nível dos preços das mercadorias,
o valor dos salários não devem ser responsabilidade do Estado, mas, sim, do próprio mercado.

Iluminismo e as ciências

Como vimos, os iluministas eram fortes defensores do racionalismo científico, afirmando que
a ciência e a razão deveriam ser os guias da humanidade, e não a fé. Com base nisso,
acreditavam que seria possível encontrar o caminho do progresso e construir uma sociedade
sem tirania e sem injustiça social.

Por isso, os iluministas eram críticos profundos do poder da Igreja. Suas críticas iam no
sentido de criticar o poder que a instituição possuía política e socialmente, pois ela tinha
enorme influência, era muito rica e controlava a vida e a mente das pessoas.

"Eram defensores da liberdade de expressão também para poder divulgar livremente suas
convicções sem que fossem vítimas da opressão e perseguição da Igreja, por exemplo. Além
disso, eram críticos da falta de liberdade religiosa na Europa e dos conflitos causados por isso.

A defesa da razão feita pelos iluministas contribuiu para o avanço científico e para a
popularização do conhecimento. Tendo em vista defender a razão e o conhecimento
difundido pelo movimento, os iluministas decidiram criar as enciclopédias, grandes volumes
de livros que continham o resumo de todo o conhecimento daquele período.
A enciclopédia se tornou um fenômeno na Europa, sendo impressa e consumida por
inúmeros leitores. Continha conhecimentos científicos, filosóficos, econômicos e condensava
bem as propostas iluministas. Acabou sendo proibida pelas autoridades absolutistas e passou
a ser impressa e publicada de maneira clandestina.

"Consequências do iluminismo

Os ideais iluministas influenciaram movimentos de luta pela liberdade em diferentes partes


da Europa, e também no continente americano. Na América, o iluminismo deu força para a
defesa da liberdade contra o domínio e a exploração coloniais. A Revolução Americana é um
grande exemplo de movimento inspirado pelos ideais iluministas.

Na Europa, a luta pela igualdade entre os homens e pela conquista de importantes


liberdades, como a de expressão e a religiosa, contribuiu diretamente para a Revolução
Francesa, movimento que iniciou a contestação do absolutismo na Europa. A concentração
de poder dos monarcas e os privilégios da nobreza e do clero foram combatidos nesse
acontecimento histórico.

Principais pensadores do Iluminismo

O iluminismo foi influente principalmente na França, e, por isso, uma parte expressiva dos
principais nomes desse movimento intelectual é de lá. Entretanto, nem todos os grandes
iluministas foram franceses. Entre os principais iluministas, destacaram-se:

Denis Diderot; Jean le Rond d’Alembert; Immanuel Kant;

Adam Smith; David Hume; Voltaire;

Montesquieu; Jean-Jacques Rousseau; René Descartes.

1. A partir de que condição os iluministas pensavam a sociedade, a política e a economia?

2. Que críticas os iluministas faziam à sociedade estamental?

3. Que críticas os iluministas faziam ao absolutismo monárquico? O que propunham?

4. Que críticas os iluministas faziam à economia mercantilista? O que propunham?

5. Quem foi o principal representante do liberalismo econômico?

Observando o mapa mental abaixo, construa um texto sobre como, em geral, a Educação era
vista pelos Iluministas.

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