Lei #9109.2009 - Compilada - Atualizado Até A Lei 10919-2018

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ESTADO DO MARANHÃO

PODER JUDICIÁRIO

LEI Nº 9.109 DE 29 DE DEZEMBRO DE 2009

Dispõe sobre custas e emolumentos e dá


outras providências.

A GOVERNADORA DO ESTADO DO MARANHÃO, Faz saber a todos


os seus habitantes que a Assembleia Legislativa do Estado decretou e
eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º As custas devidas ao Estado pelo processamento dos feitos são


fixadas segundo a natureza do processo e a espécie do recurso, e os
emolumentos, de acordo com o ato praticado, sendo ambos contados
e cobrados conforme as tabelas anexas, que fazem parte integrante
desta Lei.

Art. 2º Consideram-se custas:


I - a taxa judiciária;
II - os valores e percentuais previstos nas tabelas I a XII, em anexo;
III - as despesas relativas a serviços de comunicação;
IV - as despesas decorrentes de impressos, de reproduções
reprográficas e de publicações em órgão de divulgação;
V - as despesas de guarda e conservação de bens penhorados,
arrestados, sequestrados ou apreendidos judicialmente a qualquer
título;
VI - as multas impostas nos termos das leis processuais às partes, aos
servidores do Poder Judiciário e aos serventuários extrajudiciais;
VII - outras despesas judiciais.

Parágrafo único. As custas serão arrecadadas, através de boleto


bancário acompanhado da devida conta, conforme regulamentação do
Tribunal de Justiça, em favor do Fundo Especial de Modernização e
Reaparelhamento do Judiciário – FERJ.

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Art. 3º Consideram-se emolumentos as despesas decorrentes dos


atos notariais e de registro praticados em razão de ofício, conforme
incidência especificada nas tabelas XIII a XVII desta Lei.

Parágrafo único. Os emolumentos serão pagos diretamente ao titular


da serventia extrajudicial mediante recibo.

Art. 3º-A. Nos protestos de Certidão da Dívida Ativa da Fazenda


Pública, os emolumentos previstos na Tabela XVII desta Lei serão
pagos exclusivamente pelo devedor no ato elisivo do protesto ou na
data do pedido de cancelamento do protesto, observados os valores
vigentes à pedido do ato elisivo ou do pedido de cancelamento.
(Incluída pela Lei n.º 10.534/2016, publicada no D.O. Poder
Executivo de 31.11.2016).

§ 1º Não serão devidos emolumentos, taxas nem quaisquer outras


despesas pela Fazenda Pública credora quanto esta solicitar a
desistência ou o cancelamento do protesto por remessa indevida, bem
como no caso de sustação judicial. (Incluída pela Lei n.º 10.534/2016,
publicada no D.O. Poder Executivo de 31.11.2016).

§ 2º O pagamento e o parcelamento da dívida crédito após o envio da


Certidão da Dívida Ativa para o protesto não eximem o devedor do
pagamento dos emolumentos e das despesas do protesto.(Incluída
pela Lei n.º 10.534/2016, publicada no D.O. Poder Executivo de
31.11.2016).

3º-B. Quando as custas processuais e taxa judiciária forem


apresentadas a protesto, bem como, quando o credor for beneficiário
da gratuidade da justiça, o recolhimento dos emolumentos e custas
cartorárias será diferida para o momento do pagamento ou do
cancelamento do protesto, às expensas do devedor. (Incluída pela
Lei n.º 10.534/2016, publicada no D.O. Poder Executivo de
31.11.2016).

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Art. 3º-C - O fato gerador dos emolumentos, caso ainda não recolhidos
e apurados em auditoria, será a data da notificação para pagamento,
devendo ser utilizada a tabela de emolumentos do ano vigente.
(Incluída pela lei 10.919/2018, publicada no D.O. Poder Executivo
em 07.08.2018).

Art. 4º O recolhimento das custas será certificado nos autos, e o dos


emolumentos cotados no próprio ato e à margem dos traslados,
certidões, instrumentos ou papéis expedidos, conforme tabela
respectiva, apondo-se, em ambos os casos, a data do efetivo
pagamento.

Art. 5º Caberá às partes prover as despesas dos atos que realizam ou


requeiram no processo, observado o disposto nas leis processuais e
nesta Lei.

Art. 6º Na cobrança de custas é vedada a contagem progressiva.

Art. 7º As despesas dos atos adiados ou repetidos ficarão a cargo da


parte, de servidor do Poder Judiciário, do representante do Ministério
Público ou do magistrado que, sem justo motivo, houver dado causa
ao adiamento ou à repetição.

Art. 8º É vedado a cobrança de emolumentos em decorrência da


prática de ato retificado, refeito ou renovado em razão de erro
imputável aos respectivos notários e registradores.

Art. 9º Verificando-se em decisão transitada em julgado, a


imprestabilidade de laudo pericial por erro grosseiro ou por má-fé,
perderão o perito e o assistente técnico o direito ao valor
remuneratício, devendo restituí-lo devidamente corrigido, se já
recebido.

Parágrafo único. Considerar-se-á erro grosseiro nas avaliações,


estimativas e arbitramentos, a diferença superior a trinta por cento

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entre o valor adotado na decisão e a conclusão de qualquer perito ou


assistente.

Art. 10. Para o cálculo de emolumentos por atos praticados por


notários e registradores que envolvam documentos cujo valor esteja
expresso em moeda estrangeira, converter-se-á o total em moeda
corrente nacional, obedecido o câmbio de compra do dia da prática do
ato.

Art. 11. Para o cálculo de emolumentos por atos praticados por


notários e registradores que envolvam documentos cujo valor esteja
expresso em produto agropecuário, converter-se-á o total do(s)
produto(s) para moeda corrente nacional, obedecendo-se a cotação
de mercado do dia da prática do ato.

11-A. Para o cálculo de custas judiciais será considerado o valor da


causa atualizado ao momento do lançamento. (Incluída pela Lei n.º
10.534/2016, publicada no D.O. Poder Executivo de 31.11.2016).

Parágrafo único. Poderá o magistrado de ofício alterar o valor da


causa ou a parte solicitar com o devido instrumento, em conformidade
com o Código de Processo Civil. (Incluída pela Lei n.º 10.534/2016,
publicada no D.O. Poder Executivo de 31.11.2016).

CAPÍTULO II
DAS ISENÇÕES E DAS REDUÇÕES

Art. 12. São isentos do pagamento de custas:


I - a União, os Estados, os Municípios, os Territórios e o Distrito
Federal, suas autarquias e as suas fundações que não explorem
atividade econômica;
II - o réu pobre nos feitos criminais;
III – o beneficiário da assistência judiciária;
IV – o Ministério Público;
V – a Defensoria Pública;

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VI – os processos de habeas corpus e habeas data;


VII – nas ações de alimentos e de acidente de trabalho, o alimentando,
o acidentado e seus beneficiários, quando vencidos;
VIII – as cartas precatórias criminais;
IX – o simples encaminhamento de documentos de um juízo para
outro;
X – os autores na ação popular, na ação civil pública e na ação
coletiva de que trata o Código de Defesa do Consumidor, ressalvada a
hipótese de litigância de má-fé;
XI – os processos de competência da Justiça da Infância e Juventude;
XII – as vítimas nos processos de competência da Justiça Especial da
Lei nº. 11.340, de 07 de agosto de 2006.

§ 1º A isenção prevista neste artigo não alcança as entidades


fiscalizadoras do exercício profissional, nem exime as pessoas
jurídicas referidas no inciso I da obrigação de reembolsar as despesas
judiciais feitas pela parte vencedora.

§ 2º Se houver recurso unicamente de parte das pessoas jurídicas


referidas no inciso I, o pagamento das custas será efetuado ao final
pelo vencido, salvo se este também for isento.

§ 3º - Deverá ser fixado selo judicial oneroso nos Alvarás expedidos


em favor de advogado, mesmo que esteja representando parte
beneficiária da justiça gratuita. (Incluída pela Lei n.º 10.534/2016,
publicada no D.O. Poder Executivo de 31.11.2016).

Art. 13. São isentos do pagamento de emolumentos:


I – os atos praticados em cumprimento de mandado judicial expedido
em favor da parte beneficiária de assistência judiciária e sempre que
assim for expressamente determinado pelo juiz;
II – os atos relativos à criança e ao adolescente em situação irregular;
III – o registro de nascimento ou de óbito, incluída a primeira certidão
para todas as pessoas; e as demais certidões para as pessoas
reconhecidamente pobres na forma da lei;

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IV – o processo de habilitação de casamento para pessoas


reconhecidamente pobres na forma da lei, e, se celebrado, o registro e
a respectiva certidão;
V – as certidões do registro de nascimento ou do registro de
casamento quando destinadas ao alistamento eleitoral;
VI – os registros de títulos de domínio de imóveis rurais em processo
de desapropriação para fins de reforma agrária, conforme disposto no
art. 26-A da Lei 8.629, de 25 de fevereiro de 1993;
VII – a expedição de documentos requisitados por autoridade judicial
para instruir inquéritos ou processos criminais, ou ainda processos
cíveis, se a parte for beneficiária de assistência judiciária;
VIII – a certidão do registro de nascimento ou casamento das
mulheres vítimas de violência doméstica, bem como a certidão do
registro de nascimento de seus filhos menores de dezoito anos;
IX – os atos de registro de atas, alterações de estatutos e expedições
de certidões para as entidades e instituições sem fins lucrativos com
sede no Estado do Maranhão, inclusive as associações de pequenos
agricultores;
X – o Ministério Público Estadual nos atos referente às suas
atribuições (primárias ou institucionais no âmbito administrativo e
jurisdicional, exceto no interesse secundário ou econômico). (Incluída
pela Lei n.º 10.534/2016, publicada no D.O. Poder Executivo de
31.11.2016).
XI – a Defensoria Pública Estadual nos atos referente às suas
atribuições (primárias ou institucionais no âmbito administrativo e
jurisdicional, exceto no interesse secundário ou econômico). (Incluída
pela Lei n.º 10.534/2016, publicada no D.O. Poder Executivo de
31.11.2016).
XII - o procedimento de reconhecimento de paternidade no registro
civil para as pessoas reconhecidamente pobres na forma da Lei.
(Incluída pela Lei n.º 9.755/2013, publicada no D.O. Poder
Executivo de 10.01.2013).

§ 1º O estado de pobreza referido nos incisos V e VI será comprovado


por declaração do próprio interessado ou a rogo, em se tratando de

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analfabeto, neste caso, acompanhada da assinatura de duas


testemunhas.

§ 2º Para a isenção prevista no inciso IX as entidades e instituições ali


referidas deverão comprovar, cumulativamente, o seu funcionamento
há pelo menos um ano ininterrupto; o título de utilidade pública
concedido por lei municipal, estadual ou federal; e a previsão no
estatuto do não recebimento de qualquer tipo de remuneração por
parte de seus dirigentes. (Incluída pela lei 10.919/2018, publicada
no D.O. Poder Executivo em 07.08.2018).

§ 3º É proibida a inserção nas certidões expedidas em razão do


estado de pobreza ou de assistência judiciária qualquer indicativo
destas situações.

Art.13-A. Será suspenso o pagamento dos emolumentos do


beneficiário da justiça gratuita, em conformidade com §1º, IX e § 3º do
artigo 98 do Código de Processo Civil. (Incluída pela Lei n.º
10.534/2016, publicada no D.O. Poder Executivo de 31.11.2016).

§ 1º. Havendo dúvida fundada quanto ao preenchimento atual dos


pressupostos para a concessão de gratuidade, o notário ou
registrador, após praticar o ato, pode requerer, ao juízo competente
para decidir questões notariais ou registrais, a revogação total ou
parcial do benefício ou a sua substituição pelo parcelamento de que
trata o § 6o do artigo 98 do CPC.(Incluída pela Lei n.º 10.534/2016,
publicada no D.O. Poder Executivo de 31.11.2016).

§ 2º. Revogado o benefício da justiça gratuita, a parte arcará com as


despesas com emolumentos que, por conta dele, tiver deixado de
adiantar. (Incluída pela Lei n.º 10.534/2016, publicada no D.O.
Poder Executivo de 31.11.2016).

CAPÍTULO III
DA CONTA DE CUSTAS E DO RESPECTIVO PAGAMENTO

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Art. 14. A conta de custas deverá ser feita de acordo com as tabelas
desta Lei, as quais serão interpretadas restritivamente, cancelando-se
a distribuição do processo, cujo autor não efetue o preparo no prazo
de trinta dias.

§ 1º O preparo consistirá no recolhimento antecipado das custas e da


taxa judiciária, salvo dispositivo de lei em contrário e por decisão
fundamentada do juiz diretor do fórum ou do juiz da causa.

§ 2º Na elaboração da conta de custas deverão ser discriminados


todos os atos praticados e os valores a eles atribuídos, bem como os
números dos itens e subitens das tabelas.

§ 3º. Na justiça de 1º grau, o recolhimento antecipado das custas que


trata o § 1º corresponderão aos itens constantes nas tabelas IV
(Processos Cíveis) ou V (Processos Criminais) dependendo da
natureza da ação, acrescidos das tabelas VI (Distribuição) e VII
(Contadoria). (Incluída pela Lei n.º 10.534/2016, publicada no D.O.
Poder Executivo de 31.11.2016).

§4º. Na justiça de 2º grau, o recolhimento antecipado das custas que


trata o § 1º corresponderão aos itens constantes nas tabelas I (Área
Cível) ou II (Área Criminal), dependendo de sua natureza, acrescidos
das tabelas III (Distribuição) e VII (Contadoria). (Incluída pela Lei n.º
10.534/2016, publicada no D.O. Poder Executivo de 31.11.2016).

§5º. Também serão acrescidos os itens da tabela XI (Oficial de Justiça)


e/ou expedição de carta com Aviso de Recebimento, além de outras
providências, casos solicitadas na petição inicial. (Incluída pela Lei
n.º 10.534/2016, publicada no D.O. Poder Executivo de 31.11.2016).

Art. 14-A. O fato gerador das custas judiciais finais e iniciais, caso
ainda não recolhidas, será o trânsito em julgado da sentença, devendo
ser utilizada a tabela de custas do ano vigente. (Incluída pela Lei n.º
10.534/2016, publicada no D.O. Poder Executivo de 31.11.2016).

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Artigo 14-B. Será suspenso o pagamento do adiantamento das custas,


inclusive o preparo, do beneficiário da justiça gratuita, em
conformidade com o Código de Processo Civil. (Incluída pela Lei n.º
10.534/2016, publicada no D.O. Poder Executivo de 31.11.2016).

Parágrafo único. Deverá ser observada a possibilidade de redução de


porcentual, parcelamento e da gratuidade ser concedida para
determinados atos judiciais antes de se conceder a gratuidade
integral.(Incluída pela Lei n.º 10.534/2016, publicada no D.O. Poder
Executivo de 31.11.2016).

Art. 15. Na reconvenção, as custas corresponderão à metade do valor


fixado nas tabelas anexadas a esta Lei.

Art. 16. No caso de redistribuição do feito no Estado do Maranhão, em


virtude do reconhecimento de incompetência, não haverá devolução,
nem nova cobrança de custas.

Art. 17. A extinção do processo, em qualquer fase, não desobriga do


pagamento das custas exigíveis e nem permite a restituição.

17-A. Revogado o benefício da justiça gratuita, a parte arcará com as


despesas processuais que, por conta dele, tiver deixado de adiantar.
Em caso de má-fé, a parte poderá ser condenada a pagar até o
décuplo do valor a título de multa, que será revertida em benefício do
Fundo Especial de Modernização e Reaparelhamento do Judiciário -
FERJ e poderá ser inscrita em dívida ativa do Estado. (Incluída pela
Lei n.º 10.534/2016, publicada no D.O. Poder Executivo de
31.11.2016).

Art. 18. O abandono ou a desistência do processo e a transação que


lhe ponha termo não implicam em desoneração das custas devidas ou
na restituição das recolhidas.

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Art. 19. Se cada litigante for, em parte, vencedor e vencido, serão


recíprocas e proporcionalmente distribuídas e compensadas, entre
eles, as despesas.

Parágrafo único. Se um litigante decair da condição de autor ou réu,


os vencidos responderão pelas custas.

Art. 20. Concorrendo diversos autores ou diversos réus, os vencidos


responderão proporcionalmente pelas custas.

Art. 21. Se o processo terminar por desistência ou reconhecimento do


pedido, as custas serão pagas pela parte que desistiu ou reconheceu.

§ 1º No caso de desistência, as partes poderão acordar quanto ao


pagamento das custas.

§ 2º Havendo transação, as custas serão divididas igualmente, salvo


se de outra forma for convencionado pelas partes.

§ 3o Se a transação ocorrer antes da sentença, as partes ficam


dispensadas do pagamento das custas processuais remanescentes,
se houver. (Incluída pela Lei n.º 10.534/2016, publicada no D.O.
Poder Executivo de 31.11.2016).

Art. 22. Vencido o assistido, o assistente será condenado nas custas,


em proporção à atividade que tiver exercido no processo.

Art. 23. Nos processos cujo valor da causa resultar inferior ao da


liquidação, o vencedor deverá, para iniciar a execução ou nela
prosseguir, complementar as custas devidas, com base no valor então
apurado ou estabelecido em condenação definitiva.

Art. 24. Nos recursos o pagamento efetuado por um recorrente não


aproveita aos demais, salvo se for único e apresentado pelo mesmo
advogado.

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Art. 25. As custas devidas ao 2º Grau serão pagas, no prazo, pelo


recorrente no juízo a quo ou ad quem conforme dispuser a lei, sob
pena de deserção.

Parágrafo único. São isentos de preparo:


I – as remessas;
II – as pessoas relacionadas no art. 12, incisos I, II, III, IV, V, X e XII;
III – os conflitos de jurisdição, de competência e de atribuições
suscitados por autoridade judiciária ou pelo Ministério Público.

Art. 26. Antes de proceder ao arquivamento dos processos findos, o


contador judicial, ou quem lhe exerça as funções, apurará as custas e
as despesas processuais finais, de acordo com o que determinar a
sentença ou o acórdão, elaborando demonstrativo de cálculo ou
certificando nos autos sobre a inexistência de custas ou despesas a
serem recolhidas.

§ 1º O processo será imediatamente arquivado no sistema de controle


processual, caso não existam custas e/ou despesas processuais finais
a recolher.

§ 2º - Existindo custas ou despesas processuais finais a recolher, de


valor igual ou inferior a R$ 300,00 (trezentos reais) na comarca de São
Luís; igual ou inferior a R$ 200,00 (duzentos reais) nas comarcas de
entrância intermediária e; igual ou inferior a R$ 100,00 (cem reais) nas
comarcas de entrância inicial, o contador judicial, ou quem lhe exerça
as funções, lançará os dados da dívida em sistema informatizado do
FERJ, autorizando eletronicamente a baixa e o arquivamento do
processo.(Incluída pela lei 10.919/2018, publicada no D.O. Poder
Executivo em 07.08.2018).

§ 3º Apurados valores superiores de custas ou despesas processuais


finais aos mencionados no parágrafo anterior, o secretário judicial
providenciará a notificação do devedor por carta para pagamento do
débito no prazo de trinta dias, sob pena de inscrição do valor em
dívida ativa.

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§ 4º Ocorrendo o pagamento no prazo, os comprovantes serão


anexados ao processo para fins de baixa e arquivamento dos autos.

§ 5º Inexistindo pagamento, seja pela não localização do devedor, seja


pelo transcurso de prazo de trinta dias, o contador, ou quem lhe
exerça as funções, expedirá certidão de débito, preferencialmente por
meio eletrônico, encaminhando-a ao FERJ e, providenciando, ato
contínuo, a baixa e o arquivamento do processo judicial.

§ 6º A certidão de débito conterá:


I - a identificação do processo;
II - o nome, contato telefônico e endereço do devedor;
III - o nome, contato telefônico e endereço do advogado do devedor;
IV - o cálculo de custas ou despesas processuais;
V - o CPF ou CNPJ do devedor;
VI - a data do cálculo;
VII - a data da intimação do devedor para pagamento das custas ou as
razões da impossibilidade de fazê-lo.

§ 7º Com base na certidão de débito, o FERJ providenciará a


cobrança administrativa, diligenciando no sentido de receber o valor
das custas ou despesas processuais finais.

§ 8º Inexitosa a cobrança administrativa, o FERJ encaminhará a


Certidão de Débito, com todos os requisitos exigidos pela legislação
tributária, à Secretaria de Estado da Fazenda para a devida inscrição
na dívida ativa do Estado.

§ 9º Efetuado o pagamento da dívida após a providência descrita no


parágrafo anterior, a Secretaria de Fazenda e a Procuradoria Geral do
Estado serão comunicadas para fins de baixa da inscrição em dívida
ativa ou extinção da ação de execução fiscal.

§ 10 Os débitos prescritos e aqueles cujos efeitos já tenham operado a


decadência do direito de cobrança das custas e despesas processuais

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finais não deverão ser encaminhados ao FERJ ou inscritos em dívida


ativa, mas providenciada a baixa dos autos e seu devido
arquivamento.

CAPÍTULO IV
DA FISCALIZAÇÃO E DAS PENALIDADES

Art. 27. A fiscalização referente à cobrança das custas, dos


emolumentos e das despesas judiciais de que tratam a presente Lei
será feita pelo corregedor-geral da Justiça, pelos juízes corregedores,
pelos juízes de direito, de ofício ou a requerimento do Ministério
Público ou dos interessados, sem prejuízo da fiscalização realizada
pelo Fundo Especial de Modernização e Reaparelhamento do
Judiciário – FERJ.

§1º A fiscalização a que se refere o caput deste artigo, será realizada


in loco ou através de meio eletrônico. (Incluída pela Lei n.º
10.534/2016, publicada no D.O. Poder Executivo de 31.11.2016).

§ 2º Verificando-se irregularidades na cobrança dos emolumentos,


bem como o não recolhimento da taxa de fiscalização ao FERJ, o
Notário será notificado para, no prazo de 15 (quinze) dias saná-las as
pendências ou apresentar defesa escrita. (Incluída pela Lei n.º
10.534/2016, publicada no D.O. Poder Executivo de 31.11.2016).

§ 3º Não sanadas as irregularidades apontadas no parágrafo anterior;


instaurar-se-á processo administrativo disciplinar. (Incluída pela Lei
n.º 10.534/2016, publicada no D.O. Poder Executivo de 31.11.2016).

§ 4º Apresentada a defesa e não acolhidos os argumentos nela


esponsados, conceder-se-á ao notário, o prazo de 05 (cinco) dias,
para sanar as irregularidades, sob pena de instauração de
procedimento administrativo disciplinar. (Incluída pela Lei n.º
10.534/2016, publicada no D.O. Poder Executivo de 31.11.2016).

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§ 5º A responsabilidade a que se refere o parágrafo anterior, é única e


exclusiva do notário ou do registrador, titular ou interino que deu fé
pública ao ato da serventia. (Incluída pela Lei n.º 10.534/2016,
publicada no D.O. Poder Executivo de 31.11.2016).

Art. 28. As custas pagas indevidamente ou a maior serão restituídas


através de processo administrativo, que tramitará perante a Diretoria
do Fundo Especial de Modernização e Reaparelhamento do Judiciário
(FERJ), ficando o servidor ou serventuário responsável passível de
pena disciplinar.

Parágrafo único. A devolução de recolhimento indevido ou a maior de


percentual de emolumentos devido ao Fundo de Reaparelhamento do
Judiciário será requerida pelo serventuário extrajudicial à Diretoria do
FERJ.

Art. 29. Os servidores do Poder Judiciário, os notários e os


registradores que receberem ou cobrarem custas ou emolumentos
excessivos ou indevidos serão punidos na forma de lei e obrigado à
devolução em dobro do valor cobrado indevida ou excessivamente.

CAPÍTULO V
DAS RECLAMAÇÕES E DOS RECURSOS

Art. 30. A reclamação contra cobrança de custas e despesas judiciais


indevidas será feita pelo interessado junto ao juiz do feito.

Art. 31. A reclamação relativa a emolumentos será dirigida ao juiz


diretor do fórum ou ao juiz dos Registros Públicos.

Art. 32. Recebida a reclamação, o servidor, o notário ou o registrador


será ouvido no prazo improrrogável de dez dias, e a decisão será
proferida no mesmo prazo.

§ 1º Julgada procedente a reclamação, o juiz determinará a abertura


do devido processo administrativo disciplinar, conforme estabelecido

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no Código de Divisão e Organização Judiciárias do Estado do


Maranhão.

§ 2º Caso a pena a ser aplicada não for de sua competência, o juiz


encaminhará os autos ao corregedor-geral da Justiça.

§ 3º Se a reclamação não for decidida no prazo estabelecido, a parte


poderá reclamar diretamente ao corregedor-geral da Justiça.

Art. 33. Provado que o servidor, o notário ou o registrador não agiu de


má-fé, o juiz encaminhará as peças ao Fundo Especial de
Modernização e Reaparelhamento do Judiciário – FERJ para a
tramitação do processo administrativo de restituição, no caso de
custas judiciais, ou ordenará a restituição dos emolumentos, em se
tratando de notário ou registrador, sem impor outra punição.

Art. 34. Das decisões das reclamações e do processo administrativo


disciplinar e da imposição de penas caberá recurso ao corregedor
geral da Justiça, conforme estabelecido no art. 133 do Código de
Divisão e Organização Judiciárias do Estado do Maranhão.

Parágrafo único: da responsabilidade a que se refere

Art. 35. Quando a reclamação for contra servidor da Secretaria do


Tribunal de Justiça, a competência para conhecê-la será do presidente
do Tribunal.

CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 36. É obrigatória a exposição permanente e de forma visível, nas


serventias do Registro Civil das Pessoas Naturais do Estado do
Maranhão, e em local de acesso ao público, de cartazes legíveis com
a informação da gratuidade do registro civil e de óbito.

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PODER JUDICIÁRIO

Art. 37. O limite geral máximo das custas judiciais é de R$ 10.441,20


(dez mil, quatrocentos e quarenta e um reais e vinte centavos), e dos
emolumentos extrajudiciais é de R$ 14.742,10 (Catorze mil,
setecentos e quarenta e dois reais e dez centavos), no Estado do
Maranhão.(Incluída pela lei 10.919/2018, publicada no D.O. Poder
Executivo em 07.08.2018).

Art. 38. Os valores das faixas de referência, das custas e dos


emolumentos, constantes das tabelas anexas a esta Lei e o seu limite
geral, assim como os limites estabelecidos no § 2º do art. 26 desta
mesma Lei poderão ser reajustados, uma vez por ano, através de
resolução do Tribunal de Justiça, com base na variação do Índice
Nacional de Preços ao Consumidor – INPC, medido pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE ou por outro indexador
oficial que venha a substituí-lo. (Incluída pela lei 10.919/2018,
publicada no D.O. Poder Executivo em 07.08.2018).

Parágrafo único. O reajuste poderá ocorrer até o dia 31 de dezembro


de cada ano, com vigência no ano seguinte.

Art. 39. A alteração dos valores das tabelas só se aplicará às custas e


emolumentos ainda não pagos, não se incluindo os depósitos totais ou
parciais já realizados e parcelas já pagas.

Art. 40. Esta Lei entra em vigor após 90 (noventa) dias da data de sua
publicação, revogadas a Lei nº 6.584, de 15 de janeiro de 1996, e a
Lei nº 6.760, de 06 de novembro de 1996, e as demais disposições em
contrário.

Mando, portanto, a todas as autoridades a quem o conhecimento e a


execução da presente Lei pertencerem que a cumpram e a façam
cumprir tão inteiramente como nela se contém. O Excelentíssimo
Senhor Secretário-Chefe da Casa Civil a faça publicar, imprimir e
correr.

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PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO, EM SÃO


LUÍS, 29 DE NOVEMBRO DE 2009, 188º DA INDEPENDÊNCIA E
121º DA REPÚBLICA.

ROSEANA SARNEY
Governadora do Estado do Maranhão

JOÃO GUILHERME DE ABREU


Secretário-Chefe da Casa Civil

LUCIANO FERNANDES MOREIRA


Secretário de Estado da Administração e Previdência Social

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