Revisão - Ac1 - 2º Ano - Literatura Colégio Master Prof : Asenate Brasil Conteúdos

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REVISÃO – AC1 – 2º ANO – LITERATURA

COLÉGIO MASTER
PROFª: ASENATE BRASIL

CONTEÚDOS:
• PRÉ-MODERNISMO
• VANGUARDAS EUROPEIAS

01. São características do Pré-Modernismo:

a) Riqueza em detalhes e pelo exagero.


b) Linguagem coloquial.
c) Exaltação da natureza.
d) Marginalidade dos personagens.
e) Nacionalismo e Indianismo.

02. Indique a alternativa correta.

a) Para muitos estudiosos, o Pré-Modernismo não é uma escola literária.


b) O Pré-Modernismo teve início da Semana de Arte Moderna, em 1922.
c) Manuel Bandeira e Graciliano Ramos são autores Pré-Modernistas.
d) Os Sertões e Grande Sertão: Veredas são da autoria de Euclides da Cunha.
e) Dentre as principais características do Pré-Modernismo, podemos citar a liberdade de expressão, a
imprecisão e a espontaneidade.

03. Relacione os memes às características correspondentes


Inquieto, dramático e explosivo. _________________________
Desproporcional, bagunçado e sem perspectivas. _____________________
Lúdico, irracional e fora da realidade. __________________________
Responsável pelo que eu digo e não pelo que você entende. ___________________________

04.
Psicologia de um vencido

Eu, filho do carbono e do amoníaco,


Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênese da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.

Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância…
Sobe–me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.

Já o verme — este operário das ruínas —


Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra,

Anda a espreitar meus olhos para roê–los,


E há de deixar–me apenas os cabelos,
Na frialdade ignorância da terra!
ANJOS, A. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

A poesia de Augusto dos Anjos revela aspectos de uma literatura de transição designada como pré-
modernista. Com relação à poética e à abordagem temática presentes no soneto, identificam–se marcas dessa
literatura de transição, como

a) a forma do soneto, os versos metrificados, a presença de rimas e o vocabulário requintado, além do


ceticismo, que antecipam conceitos estéticos vigentes no Modernismo.
b) o empenho do eu lírico pelo resgate da poesia simbolista, manifesta em metáforas como “Monstro de
escuridão e relutância" e “influência má dos signos do zodíaco".
c) a seleção lexical emprestada ao cientificismo, como se lê em “carbono e amoníaco", “epigênese da
infância" e “frialdade ignorância", que restitui a visão naturalista do homem.
d) a manutenção de elementos formais vinculados à estética do Parnasianismo e do Simbolismo,
dimensionada pela inovação na expressividade poética, e o desconcerto existencial.
e) a ênfase no processo de construção de uma poesia descritiva e ao mesmo tempo filosófica, que incorpora
valores morais e científicos mais tarde renovados pelos modernistas.

05.
O falecimento de uma criança é um dia de festa. Ressoam as violas na cabana dos pobres pais, jubilosos
entre as lágrimas; referve o samba turbulento; vibram nos ares, fortes, as coplas dos desafios, enquanto, a
uma banda, entre duas velas de carnaúba, coroado de flores, o anjinho exposto espelha, no último sorriso
paralisado, a felicidade suprema da volta para os céus, para a felicidade eterna — que é a preocupação
dominadora daquelas almas ingênuas e primitivas.
CUNHA, Euclides da. Os sertões: campanha de Canudos. Edição comemorativa do 90.º ano do lançamento. Rio de Janeiro:
Ediouro, 1992, p. 78.

Nessa descrição de costume regional, é empregada

a) variante linguística que retrata a fala típica do povo sertanejo.


b) a linguagem científica, por meio da qual o autor denuncia a realidade brasileira.
c) a modalidade coloquial da linguagem, ressaltando–se expressões que traduzem o falar de tipos humanos
marginalizados
d) linguagem literária, na modalidade padrão da língua, por meio da qual é mostrado o Brasil não–oficial dos
caboclos e do sertão.
e) variedade linguística típica da fala doméstica, por meio de palavras e expressões que recriam, com
realismo, a atmosfera familiar.

06.
Negrinha
Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. Preta? Não; fusca, mulatinha escura, de cabelos ruços e olhos
assustados.
Nascera na senzala, de mãe escrava, e seus primeiros anos vivera-os pelos cantos escuros da cozinha, sobre
velha esteira e trapos imundos. Sempre escondida, que a patroa não gostava de crianças.
Excelente senhora, a patroa. Gorda, rica, dona do mundo, amimada dos padres, com lugar certo na igreja e
camarote de luxo reservado no céu.
Entaladas as banhas no trono (uma cadeira de balanço na sala de jantar), ali bordava, recebia as amigas e o
vigário, dando audiências, discutindo o tempo. Uma virtuosa senhora em suma “dama de grandes virtudes
apostólicas, esteio da religião e da moral”, dizia o reverendo.
Ótima, a dona Inácia.
Mas não admitia choro de criança. Ai! Punha-lhe os nervos em carne viva.
[...]
A excelente dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças. Vinha da escravidão, fora senhora de
escravos e daquelas ferozes, amigas de ouvir cantar o bolo e estalar o bacalhau. Nunca se afizera ao regime
novo essa indecência de negro igual.
LOBATO, M. Negrinha. In: MORICONE, I. Os cem melhores contos brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000 (fragmento).
A narrativa focaliza um momento histórico-social de valores contraditórios. Essa contradição infere-se, no
contexto, pela
a) falta de aproximação entre a menina e a senhora, preocupada com as amigas.
b) receptividade da senhora para com os padres, mas deselegante para com as beatas.
c) ironia do padre a respeito da senhora, que era perversa com as crianças.
d) resistência da senhora em aceitar a liberdade dos negros, evidenciada no final do texto.
e) rejeição aos criados por parte da senhora, que preferia tratá-los com castigos.

07. Assinale a alternativa INCORRETA sobre o contexto histórico e literário da prosa pré-modernista a
que pertence o fragmento de Os Sertões.
a) Os prosadores pré-modernistas produziram uma literatura problematizadora da realidade brasileira de sua
época.
b) Entre os temas pré-modernistas, está o subdesenvolvimento do sertão nordestino.
c) A investigação social presente na prosa pré-modernista colabora para o aprofundamento do sentimento
ufanista nacional.
d) A prosa da época é marcada por obras de análise e interpretação social significativas para a literatura
brasileira.
e) O pré-modernismo antecipou formal ou tematicamente práticas e ideias que foram desenvolvidas pelos
modernistas.

08.
Astrologia
Minha estrela não é a de Belém:
A que, parada, aguarda o peregrino.
Sem importar-se com qualquer destino
A minha estrela vai seguindo além…
- Meu Deus, o que é que esse menino tem? -
Já suspeitavam desde eu pequenino.
O que eu tenho? É uma estrela em desatino…
E nos desentendemos muito bem!
E quando tudo parecia a esmo
E nesses descaminhos me perdia
Encontrei muitas vezes a mim mesmo…
Eu temo é uma traição do instinto
Que me liberte, por acaso, um dia
Deste velho e encantado Labirinto
(QUINTANA, Mario. Quintana de bolso. Porto Alegre: L&P, 1997, p. 102).
A influência dos astros na vida dos homens faz-se presente, também, nos seguintes versos do poeta Augusto
dos Anjos:
“Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênese da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.”
(Psicologia de um vencido. In: ANJOS, Augusto dos. Os melhores poemas de Augusto dos Anjos. São Paulo: Global, 1997, p. 51).
Comparando o poema Astrologia, de Mario Quintana, com os versos de Augusto dos Anjos, considere as
afirmativas:
I. Nos versos de Augusto dos Anjos e no poema de Mario Quintana, há uma visão pessimista da matéria, da
vida e do cosmo.
II. No poema de Mario Quintana a inquietação em relação ao destino não assume um tom angustiado, como
se observa nos versos de Augusto dos Anjos.
III. O poema de Mario Quintana e os versos de Augusto dos Anjos expressam a dor de existir e uma
profunda descrença na vida humana.
Está(ão) correta(s):
a) todas
b) apenas I e II
c) apenas I e III
d) apenas II e III
e) apenas II

09. Nas duas primeiras décadas de nosso século, as obras de Euclides da Cunha e de Lima Barreto, tão
diferentes entre si, têm como elemento comum:
a) a intenção de retratar o Brasil de modo otimista e idealizante.
b) a adoção da linguagem coloquial das camadas populares do sertão.
c) a expressão de aspectos até então negligenciados da realidade brasileira.
d) a prática de um experimentalismo lingüístico radical.
e) o estilo conservador do antigo regionalismo romântico.

10. O Surrealismo buscou a comunicação com o irracional e o ilógico, deliberadamente desorientando e


reorientando a consciência por meio do inconsciente.
Fiona Bradley. Surrealismo, 2001

Verifica-se a influência do Surrealismo nos seguintes versos:

a) Um gatinho faz pipi.


Com gestos de garçom de restaurant-Palace
Encobre cuidadosamente a mijadinha.
Sai vibrando com elegância a patinha direita:
– É a única criatura fina na pensãozinha burguesa.

(Manuel Bandeira, “Pensão familiar”.)

b) A igreja era grande e pobre. Os altares, humildes.


Havia poucas flores. Eram flores de horta.
Sob a luz fraca, na sombra esculpida
(quais as imagens e quais os fiéis?)
ficávamos.
(Carlos Drummond de Andrade, “Evocação Mariana”.)

c) Nunca me esquecerei desse acontecimento


na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.

(Carlos Drummond de Andrade, “No meio do caminho”.)

d) E nas bicicletas que eram poemas


chegavam meus amigos alucinados.
Sentados em desordem aparente,
ei-los a engolir regularmente seus relógios
enquanto o hierofante armado cavaleiro
movia inutilmente seu único braço.

(João Cabral de Melo Neto, “Dentro da perda da memória”.)

e) – Desde que estou retirando


só a morte vejo ativa,
só a morte deparei
e às vezes até festiva;
só morte tem encontrado
quem pensava encontrar vida,
e o pouco que não foi morte
foi de vida severina.

(João Cabral de Melo Neto, “Morte e vida severina”.)

11. O autor foi o criador do Ready-made, termo criado para designar um tipo de objeto, por ele
inventado, que consiste em um ou mais artigos de uso cotidiano, produzidos em massa, selecionados
sem critério estético e expostos como obras de arte em espaços especializados como museus e
galerias. Ao transformar qualquer objeto em obra de arte, o artista realiza uma crítica radical ao
sistema da arte.

Assinale a alternativa que mencione respectivamente o nome do artista responsável pelos trabalhos
apresentados na questão e o movimento artístico que adotava os procedimentos expostos no enunciado,
levando muitos a exclamarem: “Isso não é arte!”
Fonte: Carol Strickland. Arte Comentada.

a) Marcel Duchamp – Dadaísmo


b) Georges Braque – Expressionismo;
c) Alberto Giacometti – Surrealismo;
d) Henri Moore – Surrealismo;
e) Franz Arp – Dadaísmo.
12. As artes, com suas vanguardas e seus desafios estatísticos, ganharam espaços históricos no mundo
capitalista. Picasso, Van Gogh, Salvador Dali, Miró e tantos outros pertencentes a essas vanguardas:

a) mantiveram as tradições culturais do Ocidente, reafirmando o valor da estética do classicismo.


b) romperam com modelos acadêmicos da época, mudando as regras no mercado das artes.
c) foram muito bem aceitos pelos críticos europeus da época, sendo exaltados pelas suas ousadias.
d) conseguiram espaço imediato nos grandes museus, tendo uma aceitação popular indiscutível e
surpreendente.
e) renovaram a forma de fazer arte no Ocidente, mas ficaram restritos ao mundo acadêmico e intelectual do
século XX.

13. São informações relacionadas à vanguarda futurista:

a) Surgimento a partir de uma crítica de Louis Vauxcelles sobre uma exposição de arte no Salão de Outono,
em 1905.
b) valorização da cor e das misturas de tintas, que deviam ser feitas na própria tela, enfatizando a pesquisa
dos efeitos óticos.
c) visão questionadora e crítica da realidade, sugerindo um futuro em que a desigualdade social seja
atenuada.
d) a pintura futurista apoiava-se em elementos do inconsciente, baseada em teorias da psicanálise de
Sigmund Freud.
e) tal vanguarda enaltecia a velocidade e o dinamismo surgido no início do século XX. Tinha como base
ideias fascistas e culto à violência.

GABARITO:
01. B /D
02. A
03. Expressionista / Cubista / Surrealista / Dadaísta
04. D
05. D
06. D
07. C
08. E
09. C
10. D
11. A
12. B
13. E

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