Prova I

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Vestibular 2025

Medicina

001. Prova I
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C
Nesta prova, utilize caneta de tinta preta.
Assine apenas no local indicado. Será atribuída nota zero à questão que apresentar nome, rubrica,
assinatura, sinal, iniciais ou marcas que permitam a identificação do candidato.
Esta prova contém 8 questões discursivas e uma proposta de redação.
Quando for permitido abrir o caderno, verifique se está completo ou se apresenta imperfeições.
Caso haja algum problema, informe ao fiscal da sala para a devida substituição.
A resolução e a resposta de cada questão devem ser apresentadas no espaço correspondente. Não
serão consideradas respostas sem as suas resoluções, nem as apresentadas fora do local indicado.
Encontra-se neste caderno a Classificação Periódica, que poderá ser útil para a resolução de questões.
As provas terão duração total de 5h e o candidato somente poderá sair do prédio depois de
transcorridas 3h, contadas a partir do início da prova.
Os últimos três candidatos deverão se retirar juntos da sala.
Ao final da prova, antes de sair da sala, entregue ao fiscal a Folha de Respostas, a Folha de Redação
e os Cadernos de Questões.

Nome do candidato

RG Inscrição Prédio Sala Carteira

USO EXCLUSIVO DO FISCAL

ausente

Assinatura do candidato

Confidencial até o momento da aplicação.


FMJU2401 | 001-Prova-I 2 Confidencial até o momento da aplicação.
QUESTÃO 01

Analise o gráfico que apresenta a produção de gás oxigênio (O2) em função do tempo para a decomposição da água
oxigenada (H2O2) catalisada por iodeto de potássio (KI).

Apesar de catalisadores não serem consumidos durante as reações, o KI reage com o oxigênio produzido na reação de
decomposição do H2O2, conforme a equação:

2KI + O2     K2O + I2

a) Determine em qual instante, t1, t2 ou t3, o KI foi adicionado ao sistema. Escreva a equação balanceada que representa
a decomposição do H2O2.

b) A partir da reação do KI com O2, escreva a equação iônica que representa a oxidação do íon I –, formando iodo mole­
cular (I2). Considerando a constante de Avogadro igual a 6 × 1023 mol–1, calcule a quantidade de elétrons fornecida
pelo íon I– quando o KI reage com 0,05 mol de O2.

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QUESTÃO 02

Em um recipiente de volume 10 L estão presentes 2 mol de gás hidrogênio (H2), 0,5 mol de gás oxigênio (O2) e 2,5 mol de
gás hélio (He), a uma temperatura de 300 K. Em determinado momento, uma faísca elétrica é produzida por um gerador e
lançada no interior do recipiente, promovendo a reação entre os gases H2 e O2. Após o restabelecimento da temperatura
à condição inicial, verifica-se que existe água (H2O) no estado líquido no interior do recipiente e que a nova pressão do
sistema é igual a X. A equação que representa a reação ocorrida é:

2H2 (g) + O2 (g)     2H2O (ℓ)       ∆H = – 286 kJ/mol

A figura mostra a composição do sistema


antes de a faísca elétrica ser lançada
no interior do recipiente.

a) Considerando que haja excesso de gás hidrogênio na reação, represente, na figura existente no campo de Resolução e
Resposta, a composição do sistema após o lançamento da faísca no interior do recipiente. Explique, com base no ∆H da
reação, por que se deve esperar que a temperatura seja restabelecida antes de se realizar a medição da nova pressão.

b) Calcule a massa de água, em gramas, produzida na reação ocorrida no interior do sistema. Considerando o valor da
constante universal dos gases (R) igual a 0,08 atm ⋅ L ⋅ mol–1 ⋅ K–1, calcule o valor da pressão X, em atm, observada
após o restabelecimento da temperatura à condição inicial.

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QUESTÃO 03

A maturação artificial de determinados vegetais pode ser promovida pela adição do gás acetileno (C2H2) em ambiente
fechado. No entanto, essa maturação artificial pode ser prejudicial ao consumidor que se alimenta de vegetais submetidos
a esse procedimento. Os gráficos a seguir mostram as diferentes concentrações dos íons sódio (Na+), bicarbonato (HCO3–),
potássio (K+) e cloreto (Cℓ–) no plasma de ratos alimentados por um vegetal submetido a uma maturação natural (A) e pelo
mesmo tipo de vegetal submetido a uma maturação artificial utilizando-se o gás acetileno (B).

(Osezele C. Ugbeni e Chidube A. Alagbaoso. “Danos renais induzidos por plátano maturado artificialmente”.
Jornal Brasileiro de Nefrologia, 2023. Adaptado.)

O acetileno pode ser produzido pela reação entre o carbeto de cálcio (CaC2) e a água (H2O), de acordo com a equação:

CaC2 (s) + 2H2O (ℓ)     Ca(OH)2 (s) + C2H2 (g)

a) Utilizando as informações obtidas a partir dos gráficos, escreva a fórmula do sal formado pelo cátion que sofre a
menor alteração de sua concentração e pelo ânion que sofre o maior aumento de sua concentração, quando o vegetal
é submetido à maturação induzida por acetileno. Considerando os núcleos de todos os átomos, qual é o número total
de prótons existente em uma fórmula desse sal?

b) Escreva a fórmula de Lewis para o acetileno. Considerando o produto iônico da água (Kw) igual a 10–14, calcule o pH de
uma solução formada pela dissolução de 0,005 mol da base produzida na reação de produção do acetileno a partir do
carbeto de cálcio em água suficiente para a obtenção de 1 L de solução.

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QUESTÃO 04

A melaleuca (Melaleuca alternifólia) é uma planta medicinal rica em óleo essencial e com poderosa ação antimicrobiana
e antifúngica. O óleo essencial dessa planta contém, em grande quantidade, as substâncias terpinen-4-ol (M = 154 g/mol)
e γ-terpineno (M = 136 g/mol), cujas estruturas estão representadas a seguir.

Para que o óleo de melaleuca apresente eficácia como antisséptico, ele deve conter pelo menos 30% em massa de
terpinen-4-ol. O óleo de melaleuca com efeito antisséptico tem densidade igual a 0,9 g/mL.

a) Identifique a função orgânica do terpinen-4-ol. Qual o nome da reação química que deve ser realizada para que o
terpinen-4-ol seja convertido em γ-terpineno?

b) Calcule a massa de terpinen-4-ol, em gramas, presente em 300 mL de óleo com o teor mínimo de terpinen-4-ol neces­
sário para que ele tenha eficácia como antisséptico. Calcule a concentração, em mol/L, de terpinen-4-ol presente no
óleo de melaleuca com efeito antisséptico.

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QUESTÃO 05

O esquema representa de forma simplificada o ciclo de Krebs, no qual são geradas substâncias como o NADH + H+,
a molécula X e a molécula Y, além de ocorrer a descarboxilação.

a) Determine a molécula representada pela letra Y. Qual composto é liberado no processo de descarboxilação?
b) Determine a molécula representada pela letra X. Por que a molécula X e o NADH + H+ são essenciais na terceira etapa
da respiração?

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QUESTÃO 06

O padrão da herança da cor dos grãos do trigo, descrito por Nilsson-Ehle, é condicionado por dois pares de genes não
ligados, cada um desses genes apresenta apenas dois alelos. Nesse padrão, quanto maior o número de alelos dominantes no
genótipo de uma planta, mais intenso será o seu fenótipo, que pode ser branco, vermelho-claro, vermelho, vermelho-escuro
e púrpura, conforme o esquema.

(Benjamin A. Pierce. Genética: um enfoque conceitual, 2016. Adaptado.)

a) Utilizando as letras A e B para representar os genes, cite o genótipo das plantas de F1 representadas no esquema.
Quantos gametas diferentes uma planta de F1 é capaz de produzir?
b) Na figura existente no campo de Resolução e Resposta, construa um gráfico de barras que indiquem as proporções
dos fenótipos obtidos na geração F2 e deixe expressas as respectivas proporções no eixo y. Qual o fenótipo mais
frequente obtido a partir do cruzamento de uma planta que produz grãos vermelho-escuros com uma planta que produz
grãos vermelho-claros?

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QUESTÃO 07

As viúvas-negras (Latrodectus sp.) são aranhas que constroem teias irregulares, vivem em arbustos e gramíneas, de
hábitos domiciliares e peridomiciliares. São predadoras preferencialmente de formigas. Por entrarem nas residências,
essas aranhas podem, pela picada, causar acidentes graves nas pessoas. As viúvas-negras produzem uma peçonha que
contém a alfa-latrotoxina, que atua sobre terminações sensitivas e causa muita dor no local da picada. Essa toxina age no
sistema nervoso autônomo e leva à liberação de neurotransmissores adrenérgicos e colinérgicos.

a) Diferencie, quanto ao número de pernas, uma aranha de uma formiga.


b) Uma das consequências da alfa-latrotoxina são os espasmos musculares. Relacione a ação dessa toxina no sistema
nervoso com esses espasmos gerados nos músculos.

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Confidencial até o momento da aplicação. 9 FMJU2401 | 001-Prova-I


QUESTÃO 08

Pesquisadores sugeriram que a principal causa do sucesso de ervas daninhas da espécie Centaurea diffusa e
C. maculosa, nativas da Europa e Ásia Menor, invasoras nas pastagens norte-americanas, seja a liberação de compostos
com efeitos tóxicos que impedem o crescimento das plantas presentes nesse novo ambiente. Esses compostos tóxicos
têm efeitos apenas leves sobre as plantas da Eurásia, regiões onde as espécies de Centaurea são nativas, o que pode ser
resultado de adaptações evolutivas de tolerância à presença dessas substâncias químicas nocivas.
(Jessica Gurevitch et al. Ecologia vegetal, 2009. Adaptado.)

a) Qual relação ecológica é estabelecida entre as espécies de Centaurea e as espécies nativas das pastagens norte­
-americanas? Por que essa relação é considerada desarmônica?

b) Que processo evolutivo manteve apenas as variedades de espécies tolerantes aos compostos tóxicos produzidos
pela Centaurea nas regiões da Eurásia? Explique, a partir da teoria moderna da evolução, como a produção desses
compostos tóxicos surgiu nas plantas do gênero Centaurea.

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RESolução e resposta

FMJU2401 | 001-Prova-I 10 Confidencial até o momento da aplicação.


Classificação periódica

Confidencial até o momento da aplicação. 11 FMJU2401 | 001-Prova-I


Redação

Texto 1
Diferentemente de alguns anos atrás, quando imaginávamos que as mudanças climáticas afetavam somente ursos polares e
os faziam passar fome, derretia geleiras e icebergs e fazia calotas de gelo desprender, hoje as alterações do clima representam
ameaças — e danos — graves para o povo brasileiro e para o mundo inteiro. Nove a cada dez brasileiros acham que sofre­rão
impactos das mudanças climáticas em sua vida pessoal. Esses dados são de pesquisa do DataFolha, divulgada em março de
2023 — antes das fortes chuvas no Rio Grande do Sul e da seca histórica em Manaus e região.
Diante disso, é possível traçar alguns perfis de parlamentares, em nível federal, no que diz respeito ao entendimento sobre
as mudanças climáticas. Alguns negam que as mudanças existam. Para esses, elas são fruto de uma enorme conspiração global
que impediria países do Sul global de se desenvolverem e possuem uma atuação legislativa que contribui para a ampliação da
ecoansiedade. Outros até reconhecem a crise, mas se sentem tão apartados da discussão — e das suas consequências — que
espalham pelo Congresso Nacional que poderiam se isolar em suas enormes propriedades sem sentir os efeitos do clima. Por
fim, há ainda os que negam as mudanças climáticas com convicção e, para piorar, financiam pessoas que circulam pelo país
propagando esse negacionismo.
(Duda Salabert. https://diplomatique.org.br, 10.05.2024. Adaptado.)

Texto 2
• O que exatamente é a “ecoansiedade”?
A ansiedade ecológica é definida pela Associação Americana de Psicologia como o medo crônico da destruição am­
biental. É um termo guarda-chuva que inclui a ansiedade, mas também tristeza, pesar, raiva, às vezes culpa, desamparo e
impotência. Em tese, isso não é necessariamente ruim. Muitos profissionais de saúde mental argumentam que é saudável
sentir pelo menos um pouco de ecoansiedade, porque é uma resposta racional e normal a uma ameaça real que nossa
civilização enfrenta. No entanto, esse sentimento pode chegar ao ponto de paralisar a pessoa e prejudicar sua capacidade
de zelar pelo próprio bem-estar.
• O que devemos fazer para que as ecoemoções não se tornem debilitantes?
Temos defesas psicológicas que nos protegem da ansiedade e da dor para nos permitir sobreviver no mundo quando a
realidade é difícil de suportar. Desenvolvemos essas defesas inconscientes e poderosas mesmo quando isso pode significar que
estamos colocando em risco o nosso futuro a longo prazo por não nos concentrarmos nos perigos atuais. Vemos isso na crise
climática. Contudo, nesse caso, também estamos lidando com um ambiente de mídia em que as pessoas são bombar­deadas com
manchetes aterrorizantes o tempo todo, o que pode ser debilitante e narrativamente impeditivo do senso de futuro.
(Thayz Guimarães. https://oglobo.globo.com, 10.07.2022. Adaptado.)

Texto 3
As mudanças climáticas não afetam apenas as temperaturas e as condições do clima, influenciam também nosso estado de
espírito, correndo o risco de nos deixar impotentes, fracos e incapazes de concentrar nossas energias em comportamentos mais
positivos e úteis. As alterações do clima também nos induzem a acreditar que tudo que fazemos para o meio ambiente está errado
e acabamos nos envolvendo em uma sensação de negatividade. Todo esse desconforto por algo que parece iminente e indefinido
no tempo e no espaço — o aquecimento global —, aliado a um sentimento de rebeldia, surgiu, sobretudo nos últimos anos, com
o movimento liderado pela jovem ativista sueca Greta Thunberg nomeado Fridays for Future (Juventude pelo Clima), uma mobili­
zação de conscientização ambiental verdadeiramente notável que cativou adeptos especialmente entre os mais jovens. Contudo,
em alguns casos, a dificuldade em gerenciar a própria carga emocional pode levar ao negacionismo, ou seja, a ignorar o problema
por se achar incapaz de gerenciá-lo.
(www.enelgreenpower.com, 02.12.2022. Adaptado.)

Texto 4

(https://bichinhosdejardim.com, 14.12.2020.)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo,
empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

Degradação ambiental na atualidade: entre a ecoansiedade e o negacionismo

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Os rascunhos não serão considerados na correção.

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