Lição Facil N. 11 - 3trim2024

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INÍCIO DO ESTUDO

PENSAMENTO CRISTÃO: “Quando você como Jesus coloca a vida no altar, quando se
prontifica e aceita morrer, você se torna invencível. Não tem mais nada a perder”.
MEDITAÇÃO
VERSO AUREO: MARCOS 14:36 = “E disse: Aba, Pai, todas as coisas te são possíveis;
afasta de mim este cálice; não seja, porém, o que eu quero, mas o que tu queres”.
INTRODUÇÃO: A narrativa da paixão de Cristo
Em Marcos 14 somos levados a ver um turbilhão de eventos cruciais na vida de Jesus Cristo.
Esse capítulo rico em narrativa e simbolismo apresenta momentos intensos que culminam
com a traição e prisão de Jesus. Nessa narrativa somos conduzidos às últimas horas antes
dEle ser crucificado, onde a trama do seu julgamento se desdobra com uma mistura de emo-
ções e expectativas. O escritor Marcos parece ficar em suspense diante de tudo que aconte-
ce. Esse capítulo começa com uma cena marcante da conspiração de Judas Iscariotes em
parceria com as autoridades religiosas. Existe um contraste entre a amizade que Jesus de-
monstra com o que Judas pretende fazer, criando uma atmosfera de suspeita no ar durante a
Ceia. Tudo isso nos leva a uma reflexão profunda sobre lealdade, traição, sacrifício e reden-
ção. Essa narrativa é um convite para que exploremos não apenas os eventos históricos, mas
também a mensagem intrínseca de amor e redenção que Marcos mostra em seus escritos.
Ilustração: Kazainak era um chefe de salteadores que habitava nas montanhas da Groen-
lândia. Um dia ele chegou à cabana de um missionário, que estava traduzindo o Evangelho
de Marcos e ele quis saber o que o missionário estava fazendo; e quando este lhe explicou
como os sinais representavam palavras, e como um livro era capaz de falar, ele quis ouvir o
livro falar. O missionário leu a história dos sofrimentos de Cristo. Ao terminar, aquele chefe
dos ladrões perguntou: – Que fez aquele homem para morrer? Porventura roubou de al-
guém? Matou alguém? – Não – respondeu o missionário. – Não roubou de ninguém, a nin-
guém matou; não fez mal algum para ninguém. – Então, por que sofreu? Por que foi morto? –
Escute – disse o missionário – esse Homem não fez mal algum; mas Kazainak tem feito muito
mal. Este Homem sofreu para que Kazainak não sofresse; morreu para que Kazainak não
morresse. O assombrado assaltante entendeu a mensagem e assim aquele endurecido ban-
dido foi levado para o pé da cruz consciente de que Jesus morrera em seu lugar. Essa é a
maior mensagem do capitulo 14 a 16 do livro de Marcos.
A lição desta semana vai se concentrar no tratamento que Jesus recebeu dos judeus e das
autoridades religiosas que viram na prisão de Jesus a oportunidade de culpa-lo de blasfêmia.
E.G.White escreveu: "O Sinédrio declarara Jesus digno de morte; mas era contrário à nação
judaica julgar um preso de noite. Numa condenação legal, coisa alguma se poderia fazer
senão à luz do dia, e em plena sessão do conselho. Não obstante, o Salvador foi tratado
então como criminoso condenado, e entregue para ser maltratado pelos mais baixos e vis da
espécie humana”. – D.T.Nações, 710.
Ilustração: O famoso evangelista Finney pregou certa ocasião sobre o texto de I João 1:7: "O
sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos limpa de todo o pecado." Ao terminar o sermão foi
abordado por um homem de feia aparência que, chamando-o à parte, lhe disse: "Sr. Finney,
pode orar por mim? Tenho sido uma praga para a humanidade e gostaria que o sangue de
Cristo me limpasse”. O pregador orou e o homem dias mais tarde foi batizado. Era o pior
elemento da cidade e se tornou depois missionário entre os índios, levando Jesus a milhares
de corações. Fora transformado. O livro de Marcos nos mostra um Jesus que passou por
duros contrastes para salvar pessoas sem esperança alguma. Olhemos isso nesse estudo!
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Na vida de Jesus, as coisas nem sempre foram fáceis. Se não fosse o poder divino ampa-
rando Jesus em seu ministério, os líderes religiosos teriam acabado com ele muito cedo. O
que impedia as ações dos fariseus, saduceus e sacerdotes era justamente a apreciação do
povo por Jesus. Eles estavam sempre cercando Jesus para fazê-lo parecer um revolucionário
diante do império romano ou fazê-lo ter um comportamento contrário às regras judaicas. O
que marcou a vida de Jesus porém não foram as perseguições, mas os atos de amor por Ele.

Pergunta 1– Que relação existe entre a história do plano para matar Jesus e a história
da mulher ungindo-o com um perfume caríssimo?
Marcos 14:1-11 = . 1 E dali a dois dias era a páscoa, e a festa dos pães ázimos; e os princi-
pais dos sacerdotes e os escribas buscavam como o prenderiam com dolo, e o matariam. 2
Mas eles diziam: Não na festa, para que porventura não se faça alvoroço entre o povo. 3 E,
estando ele em Betânia, assentado à mesa, em casa de Simão, o leproso, veio uma mulher,
que trazia um vaso de alabastro, com ungüento de nardo puro, de muito preço, e quebrando o
vaso, lho derramou sobre a cabeça. 4 E alguns houve que em si mesmos se indignaram, e
disseram: Para que se fez este desperdício de ungüento? 5 Porque podia vender-se por mais
de trezentos dinheiros, e dá-lo aos pobres. E bramavam contra ela. 6 Jesus, porém, disse:
Deixai-a, por que a molestais? Ela fez-me boa obra. 7 Porque sempre tendes os pobres
convosco, e podeis fazer-lhes bem, quando quiserdes; mas a mim nem sempre me tendes. 8
Esta fez o que podia; antecipou-se a ungir o meu corpo para a sepultura. 9 Em verdade vos
digo que, em todas as partes do mundo onde este evangelho for pregado, também o que ela
fez será contado para sua memória. 10 E Judas Iscariotes, um dos doze, foi ter com os
principais dos sacerdotes para lho entregar. 11 E eles, ouvindo-o, folgaram, e prometeram
dar-lhe dinheiro; e buscava como o entregaria em ocasião oportuna.
Explicando= A mulher cheia de gratidão ungiu Jesus num prenuncio de sua morte,
enquanto Judas e os líderes religiosos tramavam sua morte. Uma história está ligada à
outra pelos acontecimentos em operação.
Comentário:. Marcos 14 descreve o perigo que Jesus estava correndo no momento da
páscoa. Para os líderes religiosos, o momento não poderia ser mais oportuno de um lado e
mais perigoso por outro lado para o grupo de líderes religiosos que buscavam pegar Jesus
para mata-lo. Em paralelo a tudo isto, alguém com o coração transbordando de gratidão,
procurava demonstrar esse sentimento fazendo um grande sacrifício: ungir Jesus com o
perfume mais caro naquela ocasião, um vaso do melhor perfume da época. Isso daria credibi-
lidade à pessoa de Jesus como profeta. Jesus disse que a oferta de Maria seria uma oferta
inesquecível na história bíblica porque fora uma doação de amor e gratidão.
Ilustração: Um enfermeiro cristão deu o seguinte testemunho: Ha muitos anos atrás, quando
eu trabalhava como voluntário em um hospital, eu vim a conhecer uma menininha chamada
Liz que sofria de uma terrível e rara doença. A única chance de recuperação para ela parecia
ser através de uma transfusão de sangue do irmão mais velho dela de apenas 5 anos que,
milagrosamente tinha sobrevivido a mesma doença e parecia ter, então, desenvolvido anti-
corpos necessários para combate-la. O medico explicou toda a situação para o menino e
perguntou, então, se ele aceitava doar o sangue dele para a irmã. Eu vi ele hesitar um pouco,
mas depois de uma profunda respiração ele disse: "Ta certo, eu topo já que é para salva-
la...". À medida que a transfusão foi progredindo, ele estava deitado na cama ao lado da
cama da irmã e sorria, assim como nós também, ao ver as bochechas dela voltarem a ter cor.
De repente, o sorriso dele desapareceu e ele empalideceu. Ele olhou para o médico e per-
guntou com a voz tremula - "Eu vou demorar para morrer?" Por ser tão pequeno e novo, o
menino tinha interpretado mal as palavras do médico, pois ele pensou que teria que dar todo
o sangue dele para salvar a irmã! Sua doação foi uma tremenda lição de amor e se tornou um
gesto inesquecível para os dois que hoje são jovens saudáveis.
Na história de Jesus, duas atitudes se tornaram inesquecíveis: o ato de Maria ungi-lo com um
perfume caríssimo e a atitude de Judas procurando uma boa ocasião para trair Jesus. Que
possamos desenvolver em nossa vida atitudes que se tornem inesquecíveis para Jesus.

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Naqueles dias Jesus tomou a iniciativa da celebração da ceia. Era chegado o momento da
última ceia. Nessa íntima ocasião de despedida, na qual o Senhor Jesus estava desejoso de
falar francamente a Seus discípulos, algo angustiava Seu espírito. Não era a cruz que se
aproximava, mas a indizível tristeza de saber que ali, entre os doze, havia um homem que
decidira sua própria ruína. "Um dentre vós... me trairá." Por sua vez, os discípulos se entriste-
cem e interrogam uns aos outros. Eles não têm aqui a mesma confiança em si mesmos que
aparece nos versículos 29 e 31, quando de suas solenes afirmações de lealdade e devoção,
particularmente ditas por parte de Pedro. O momento é solene e inspira consagração.

Pergunta 2– Que cerimônia Jesus instituiu que se tornou significativa para a fé cristã?
Marcos 14:22-31 = 22 E, comendo eles, tomou Jesus pão e, abençoando-o, o partiu e deu-
lho, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo. 23 E, tomando o cálice, e dando graças, deu-
lho; e todos beberam dele. 24 E disse-lhes: Isto é o meu sangue, o sangue do novo testa-
mento, que por muitos é derramado. 25 Em verdade vos digo que não beberei mais do fruto
da vide, até àquele dia em que o beber, novo, no reino de Deus. 26 E, tendo cantado o hino,
saíram para o Monte das Oliveiras. 27 E disse-lhes Jesus: Todos vós esta noite vos escan-
dalizareis em mim; porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas se dispersarão. 28 Mas,
depois que eu houver ressuscitado, irei adiante de vós para a Galiléia. 29 E disse-lhe Pedro:
Ainda que todos se escandalizem, nunca, porém, eu. 30 E disse-lhe Jesus: Em verdade te
digo que hoje, nesta noite, antes que o galo cante duas vezes, três vezes me negarás. 31
Mas ele disse com mais veemência: Ainda que me seja necessário morrer contigo, de modo
nenhum te negarei. E da mesma maneira diziam todos também.
Exodo 24: 8 = . 8 Então tomou Moisés aquele sangue, e espargiu-o sobre o povo, e disse:
Eis aqui o sangue da aliança que o Senhor tem feito convosco sobre todas estas palavras.
Explicando= Jesus instituiu a Santa Ceia que mostrou em seu simbolismo o pão como
o corpo de Cristo entregue para o sacrifício e o sangue de Jesus simbolizado pelo suco
puro da videira e que representou o sangue da aliança para salvar toda a humanidade.
Comentário: A ceia celebrada por Jesus junto com seus discípulos deixou uma lição profun-
da de acompanhamento do Salvador com seus filhos. Ele disse: Fazei isso em memória de
mim, porque assim estareis anunciando a morte do Senhor, até que ele venha a segunda vez.
Ilustração: Um pastor lutava há muitos anos sem ver sua igreja crescer e sem preparar-se
para a segunda vinda de Cristo. Ele pensou em realizar uma Santa ceia e preparou a mensa-
gem para o dia seguinte pregar na igreja. Durante a noite ele sonhou que estava pregando e
era ouvido atentamente por um visitante desconhecido sentado no ultimo banco da igreja. No
final do culto, o pastor foi cumprimentar a visita, e não mais a encontrou. Perguntou para um
diácono sobre o visitante e o diácono disse: -Pastor o senhor não reconheceu aquele homem,
era Jesus, Ele mesmo ali estivera ouvindo seu sermão. Assim, por causa desse sonho o seu
ministério foi mudado pela convicção de que Jesus estava sempre presente às suas prega-
ções e ele lembrou-se das palavras"... Eis que estou convosco todos os dias, até a consuma-
ção dos séculos". A Santa Ceia aconteceu e a igreja foi reavivada e consagrada.
E.G.White escreveu: "A santa ceia aponta para nossa consagração às ordens de Cristo e
aponta para sua segunda vinda. Foi destinada a conservar viva essa esperança na mente dos
discípulos. Nas tribulações, encontravam conforto na esperança da volta de seu Senhor.
Indizivelmente precioso era para eles o pensamento: Todas as vezes que comerdes este pão
e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha”. – D.T.Nações, 659.
Quando Moisés no Egito falou da páscoa, o sangue do cordeiro foi colocado como principal
para salvar os primogênitos. Na Ceia o pão lembra o corpo de Cristo e seu sangue nos ajuda
em nossa preparação pessoal para o encontro com nosso Senhor. Jesus era o Cordeiro de
Deus que fora entregue para salvar a todos os que Nele creem. Jesus sabendo do caso de
Judas que o trairia e de Pedro que o negaria, alertou-os e mostrou a todos que eles fugiriam
quando tudo acontecesse. Eles disseram: De modo nenhum te deixaremos, depois fugiram
com medo. Jesus não os condenou por isso, mas os perdoou e os fortaleceu depois.

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Muitas pessoas falam que a tristeza pertence ao diabo e que as pessoas boas, ou os filhos de
Deus não podem passar por momentos de agonia, de tristeza. Essa ideia não é verdadeira
porque em Marcos 14:32-42 o escritor mostra Jesus agonizando de tristeza por motivos reais,
fora do seu controle, tanto que Ele chega a pedir ajuda a Deus em oração. Getsemãni era
um jardim que ficava no sopé do monte das oliveiras. Getsemãni significa “prensa de azeite,
Lagar de azeite”. Era nesse espaço que as azeitonas eram esmagadas e, foi ali que a alma
de Jesus foi esmagada e ele se rendeu em oração ao Pai. Jesus exibiu ali uma tristeza sem
igual. Ele já enfrentara diversas tristezas na sua vida e não foi só no Getsemãni. Cristo ficou
triste e chorou por causa da morte de Lazaro. Jesus ficou triste olhando para a impenitente
cidade de Jerusalém que, era rebelde e assassinava os profetas. Ficou triste com a escolha
de Judas em traí-lo. Mas, a tristeza de Jesus nesse momento no jardim foi diferente. Fazia-
lhe suar sangue. Por isso levou consigo seus melhores amigos para que o ajudassem em
oração. Infelizmente eles não entenderam sua agonia e dormiram.

Pergunta 3– Que tipo de oração Jesus elevou a Deus no Getsemani e como Deus res-
pondeu sua angustiosa oração?
Marcos 14:32-42 = 32 E foram a um lugar chamado Getsêmani, e disse aos seus discípu-
los: Assentai-vos aqui, enquanto eu oro. 33 E tomou consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, e
começou a ter pavor, e a angustiar-se. 34 E disse-lhes: A minha alma está profundamente
triste até a morte; ficai aqui, e vigiai. 35 E, tendo ido um pouco mais adiante, prostrou-se em
terra; e orou para que, se fosse possível, passasse dele aquela hora. 36 E disse: Aba, Pai,
todas as coisas te são possíveis; afasta de mim este cálice; não seja, porém, o que eu quero,
mas o que tu queres. 37 E, chegando, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Simão, dormes?
não podes vigiar uma hora comigo? 38 Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o
espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. 39 E foi outra vez e orou, dizendo as
mesmas palavras. 40 E, voltando, achou-os outra vez dormindo, porque os seus olhos esta-
vam pesados, e não sabiam o que responder-lhe. 41 E voltou terceira vez, e disse-lhes:
Basta; é chegada a hora. Eis que o Filho do homem vai ser entregue nas mãos dos pecado-
res. 42 Levantai-vos, vamos; eis que está perto o que me trai.
Explicando= Jesus pediu a Deus que se possível o livrasse daquela situação (passas-
se dele o cálice), mas Deus disse “não” porque a salvação da humanidade dependia do
sacrifício de Jesus na cruz.
Comentário: A forma como Jesus entrou no Jardim do Getsemãni com seus discípulos dava
a impressão que Ele iria para uma batalha espiritual. Primeiro deixou oito discípulos numa
certa distância e chamou Pedro, Tiago e João para irem com Ele mais adiante. Chegando a
certa distância deixou também os três discípulos lhes dizendo que sua alma estava triste até
a morte e recomendando que eles orassem por Ele. Assim ao se distanciar e ficar sozinho
orando, mostrava simbolicamente a solidão e o sofrimento que enfrentaria para salvar a
humanidade. Jesus era muito submisso ao Pai e orou pedindo uma outra forma de salvar a
raça caída se houvesse essa alternativa, mas se rendeu às evidências da vontade divina.
Ilustração: Numa noite um pastor, no fim de um culto, perguntou a um cavalheiro por que não
era crente. Ele respondeu: "O motivo é porque sou um incrédulo. "Você não crê em Deus?",
perguntou o pastor. "Ah, isso sim; jamais deixei de crer em Deus." "Bem, se crê em Deus,
Você quer agora mesmo tomar uma decisão de obedecer a vontade de Deus e ir até aonde
Ele o levar?" –Tentarei fazê-lo tanto quanto possa. –Não é isso que lhe perguntei. Quero
saber se você está mesmo disposto a fazer a vontade de Deus qualquer que ela seja. –
Nunca tomei tal decisão. – Você quer tomá-la agora? – Quero. – Muito bem, esse é um cami-
nho que pode levar você até a verdade. Você quer entrar nesse caminho? Quer rogar a Deus
que lhe mostre se Jesus é o Seu salvador, e como deve obedecê-lo? – Vou fazê-lo. Os dois
se separaram depois do homem assumir esse compromisso. Não muito tempo depois disto
ele veio a um culto, mas já com uma expressão muito diferente estampada no rosto. Tinha
feito exatamente o que prometera e suas dúvidas desapareceram como se nunca tivessem
existido. Fazer a vontade divina nos coloca no caminho da obediência e foi isso que aconte-
ceu com Jesus a vida toda. Não foi algo nascido no Getsemãni, foi a prática da vida toda.
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Estudando o capitulo 14 de Marcos percebemos que ele é muito triste, se pensarmos no que
Jesus fez de bom para todas as pessoas e no tanto que ele sofreu. Mas esse capítulo pode
ser alegre, se tivermos em mente o plano de redenção, agora cumprido e vitorioso. Jesus
sabia das coisas e disse aos discípulos: Levantai-vos que o traidor se aproxima e o Filho do
homem vai ser entregue nas mãos dos pecadores. Nesse momento Jesus alertou os discípu-
los sobre a profecia de Zacarias 13 a respeito do pastor ser ferido e as ovelhas ficarem dis-
persas numa alusão à sua prisão e a fuga dos discípulos. Ele disse: “Ainda esta noite, todos
vós me abandonareis. Pois assim está escrito: 'Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho
serão dispersas”. (Mat. 26:31).

Pergunta 4– Quais acontecimentos no Getsemãni foram importantes para o plano da


salvação?
Marcos 14:43-52 = 43 E logo, falando ele ainda, veio Judas, que era um dos doze, da parte
dos principais dos sacerdotes, e dos escribas e dos anciãos, e com ele uma grande multidão
com espadas e varapaus. 44 Ora, o que o traía, tinha-lhes dado um sinal, dizendo: Aquele
que eu beijar, esse é; prendei-o, e levai-o com segurança. 45 E, logo que chegou, aproximou-
se dele, e disse-lhe: Rabi, Rabi. E beijou-o. 46 E lançaram-lhe as mãos, e o prenderam. 47 E
um dos que ali estavam presentes, puxando da espada, feriu o servo do sumo sacerdote, e
cortou-lhe uma orelha. 48 E, respondendo Jesus, disse-lhes: Saístes com espadas e vara-
paus a prender-me, como a um salteador? 49 Todos os dias estava convosco ensinando no
templo, e não me prendestes; mas isto é para que as Escrituras se cumpram. 50 Então,
deixando-o, todos fugiram. 51 E um certo jovem o seguia, envolto em um lençol sobre o corpo
nu. E lançaram-lhe a mão. 52 Mas ele, largando o lençol, fugiu nu.
Explicando= No Getsemani Judas como traidor identificou Jesus com um beijo e Jesus
foi preso e levado para ser julgado e os discípulos fugiram de medo.
Comentário: A traição de Judas marcou muito a vida e a morte de Jesus e também a vida
dos discípulos que não conseguiam entender os motivos que levaram Judas a ter aquela
atitude para com o Mestre. Na ceia Jesus disse que um dos discípulos iria traí-lo e seria
aquele que ele daria o bocado. Como deu pão para todos, Judas não foi identificado de ime-
diato. Depois Satanás entrou no coração de Judas e Jesus disse para ele: “O que tens para
fazer, faze-o depressa”.(João 13:27).
Ilustração: Um pastor fez uma santa ceia com sua igreja e montou uma cruz no meio da igreja
com pequenas mesas onde cadeiras foram colocadas ao redor das mesas cuidadosamente
cobertas por toalhas de linho. As pessoas foram chegando e se assentando, porem uma
cadeira ficou vazia e ninguém nela se assentou. É que o pastor colocou colado na cadeira um
papel com as palavras: ”Um de vós irá me trair”. E colocou a pergunta de Judas: Porventura
sou eu Senhor?”. Todo mundo que via a cadeira vazia e ia até ela para se assentar lia a frase
e saía pensativo para procurar outro lugar para se assentar. Todos foram levados a pensar
na resposta de Jesus a Judas: “Tu o dizes”. Isso nos deve levar a pensar que resposta Jesus
nos daria nesse momento da nossa vida, quando dizemos que o amamos e que estamos a
segui-lo nesta vida? Pode ser que em algum momento tenhamos feito como Judas ou tenha-
mos fugido como os discípulos. Se formos sinceros Jesus nos aceitará e nos perdoará tudo.
E.G.White escreveu: "A história de Judas apresenta o triste fim de uma vida que poderia ter
sido honrada por Deus. Houvesse Judas morrido antes de sua última viagem a Jerusalém, e
teria sido considerado digno de um lugar entre os doze, e cuja falta muito se faria sentir.
Havia, porém, um desígnio em ser seu caráter exposto perante o mundo. Seria uma adver-
tência para todos quantos, como ele, traíssem sagrados depósitos.”. – D.T.Nações, 716
A traição é uma atitude deplorável e marcou Judas para sempre. Seu nome morreu com ele.
Os discípulos deixaram tudo e fugiram, deixando Jesus sozinho. Marcos narra um fato curio-
so de um jovem que seguia Jesus, enrolado em um lençol e que alguém lhe arrancou o lençol
e ele deixando tudo fugiu de Jesus. A maioria que deixa tudo é para seguir Jesus e não fugir
de Jesus. Foi um fato curioso e que nos deixa uma lição sobre estarmos preparados para
deixarmos tudo para seguirmos Jesus. Isso tem um custo, mas também uma recompensa.
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Quando analisamos o apóstolo Pedro perto de Jesus com suas declarações, percebemos
uma pessoa altamente preocupada com a integridade física de Jesus. Pedro é discípulo, mas
carrega uma espada a quem muito bem conheceram as pessoas que o viam pescar antes de
seguir Jesus. Pedro tem tão boa espada que talvez por isso, muitas vezes os que tentaram
prender Jesus, se afastaram ao ver Pedro perto dele, pronto para agir. Tanto é verdade que
quando os soldados avançam para prender Jesus, ele só avança com sua espada contra um
exército inteiro de soldados e se Jesus não mandasse ele guardar a espada haveria de cortar
mais orelhas além da de Malco. Contudo, o que lhe sucede nesta mesma noite?
Prometeu a Jesus que, se todos fraquejassem, só ele haveria de ser constante até morrer se
fosse necessário e é tanto pelo contrário que só ele fraqueja mais que todos e basta a voz de
uma mulher para o fazer tremer e negar Jesus. Porém temos que fazer justiça a Pedro. Por-
que às vezes deixamos de reconhecer que até o último momento o comportamento de Pedro
nessa noite é de uma valentia fantasticamente temerária. Começa tirando a espada no jardim
com a coragem de quem pretende enfrentar sozinho toda uma turba. Nessa vontade de
defender Jesus, fere o servo do Sumo-Sacerdote. Agora, a simples prudência terá levado
Pedro a não se deixar notar naquele ambiente. O último lugar onde ninguém sonha que
Pedro vai é o pátio da casa do Sumo-Sacerdote. Perto dos outros discípulos, Pedro era muito
corajoso e só negou Jesus por uma prudência temerária que o permitiria acompanhar todo o
processo. Afinal as perguntas das pessoas foram no sentido de saber: Que é voce Pedro?

Pergunta 5–Como Jesus reagiu ao julgamento e como Pedro reagiu às acusações?


Marcos 14:60-72 = 60 E, levantando-se o sumo sacerdote no Sinédrio, perguntou a Jesus,
dizendo: Nada respondes? Que testificam estes contra ti? 61 Mas ele calou-se, e nada res-
pondeu. O sumo sacerdote lhe tornou a perguntar, e disse-lhe: És tu o Cristo, Filho do Deus
Bendito? 62 E Jesus disse-lhe: Eu o sou, e vereis o Filho do homem assentado à direita do
poder de Deus, e vindo sobre as nuvens do céu. 63 E o sumo sacerdote, rasgando as suas
vestes, disse: Para que necessitamos de mais testemunhas? 64 Vós ouvistes a blasfêmia;
que vos parece? E todos o consideraram culpado de morte. 65 E alguns começaram a cuspir
nele, e a cobrir-lhe o rosto, e a dar-lhe socos, e a dizer-lhe: Profetiza. E os servidores davam-
lhe bofetadas. 66 E, estando Pedro embaixo, no átrio, chegou uma das criadas do sumo
sacerdote; 67 E, vendo a Pedro, que se estava aquentando, olhou para ele, e disse: Tu
também estavas com Jesus Nazareno. 68 Mas ele negou-o, dizendo: Não o conheço, nem
sei o que dizes. E saiu fora ao alpendre, e o galo cantou. 69 E a criada, vendo-o outra vez,
começou a dizer aos que ali estavam: Este é um dos tais. 70 Mas ele o negou outra vez. E
pouco depois os que ali estavam disseram outra vez a Pedro: Verdadeiramente tu és um
deles, porque és também galileu, e tua fala é semelhante. 71 E ele começou a praguejar, e a
jurar: Não conheço esse homem de quem falais. 72 E o galo cantou segunda vez. E Pedro
lembrou-se da palavra que Jesus lhe tinha dito: Antes que o galo cante duas vezes, três
vezes me negarás. E, retirando-se dali, chorou.
Explicando= Durante o julgamento Jesus manteve a calma e declarou ser o Filho de
Deus, enquanto Pedro negou Jesus três vezes. Foi uma grande diferença de reação.
Comentário: Jesus sendo julgado se tornou um joguete nas mãos dos seus algozes, princi-
palmente nas mãos do sumo sacerdote que sob juramento pediu que Jesus dissesse se Ele
era mesmo o Messias, o filho de Deus. Jesus admitiu e foi o suficiente para despertar nas
pessoas a ira satânica e colocá-lo no centro das agressões. Jesus não teve medo de revelar
quem ele era, enquanto Pedro negava com insistência quem ele era por medo ou prudência.
Três vezes negou Jesus até que o galo cantou e ele olhou para Jesus, saindo dali para des-
moronar e chorar de arrependimento por ter sido fraco em cumprir o que prometera a Jesus.
Ilustração: Existe uma lenda que diz que Pedro chorou tanto que as lágrimas fizeram duas
marcas profundas no seu rosto e que nunca mais saíram. Quando as pessoas olhavam ele
explicava o porquê daquelas cicatrizes feitas com suas lágrimas. O que confortou Pedro foi
que Jesus o perdoou e ele foi restaurado ao discipulado e se tornou a base da igreja primitiva.

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Resumo: Encerrar uma lição como essa nos faz refletir muito sobre tudo que o Senhor Jesus
passou e o que representou para Ele, a entrega, a aceitação do sofrimento e da morte na
cruz. Nosso compromisso com Ele só aumenta quando avaliamos o preço pago pela nossa
liberdade espiritual da morte eterna. Ele pagou o preço e não ficou devendo nada a ninguém.
Ilustração: Um homem depois de ler os últimos momentos da vida de Cristo acabou adorme-
cendo com a bíblia aberta no livro de Marcos capitulo 14 em diante. Súbito ele começou a
sonhar e viu um soldado romano com um chicote com um prego na ponta bater em Jesus que
estava amarrado a um tronco. Tamanha crueldade impôs ao homem um mal-estar que ele
não suportou e correndo pegou o agressor pelos ombros, lançando-o ao chão e gritando:
“Pare de bater no meu salvador”. Surpreso olhou para o rosto do soldado ao chão e tomou
um susto: O soldado tinha exatamente o seu rosto. Ele acordou de um sobressalto ao pensar
na terrível verdade que presenciara. O agressor era ele mesmo em seu sonho. A partir de
então passou a ser um cristão dedicado e divulgador da mensagem de salvação para muitos.
Assim o escritor Marcos narrou a sequência de fatos que levaram Jesus a ser preso e julgado
de forma incomum naqueles dias. Maria por exemplo foi mencionada na trajetória de Jesus
para a cruz, porque ungiu Jesus, num prenuncio de sua morte e ressurreição. Jesus disse a
Judas que questionou o desperdício do perfume: “Deixai-a porque ela fez isso me preparando
para a sepultura, pois onde for pregado esse evangelho, sua atitude será inesquecível”. Ela
demonstrou em sua atitude amor e honra ao Mestre.
Na ultima ceia Jesus mostrou a importância do seu sacrifício usando o pão e o vinho(suco da
videira) como símbolos do seu corpo e do seu sangue oferecidos para salvar a humanidade.
Jesus mencionou que haveria uma traição de alguém do grupo e que também o negariam e o
deixariam sozinho. Pedro se negou a crer nessas predições e afirmou que ele nunca faria isto
e foi então que Jesus o alertou que ele o negaria por três vezes. Foi contundente tudo isso.
No Getsemãni foi comovente a agonia de Jesus que chegou a transpirar sangue por tudo
que iria passar de sofrimento. Sua submissão a Deus é um exemplo para todos nós quando
muitas vezes queremos discutir com Deus nosso querer. Devemos aceitar a vontade divina.
Na prisão de Jesus ficou tudo confuso pois Judas o traiu e o entregou aos soldados. Pedro
como sempre impetuoso resolveu defender Jesus com sua espada e foi repreendido por
Jesus. Os outros discípulos fugiram, mas Pedro acompanhou Jesus em sua trajetória de
julgamento e nessa aventura, negou Jesus três vezes, chorando muito depois pelo ocorrido.
Graças a Deus Jesus com sua graça nos convida para amá-lo como fez com Pedro e a acei-
tação desse amor transformou a vida de Pedro para sempre. Que pena que Judas não teve a
mesma disposição que Pedro teve. Jesus o teria perdoado também e esse teria sido o capitu-
lo mais lindo do Novo Testamento. Hoje Jesus nos convida a amá-lo e nos perdoa as fraque-
zas e nos anima e nos fortalece para que sejamos seus discípulos como Pedro se tornou.
Deus vos abençoe e que tenhamos gratidão por tudo que Jesus fez por todos nós.

FELIZ SÁBADO

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POR DO SOL DE 13/ SETEMBRO - ESTUDO 11 - Fonte: www.apolo11.com


MANAUS : 17:59 P.VELHO: 18:10 BELÉM : 18:11 FORTALEZA:17:31 RECIFE :17:13
SALVADOR:17:28 VITÓRIA: 17:34 CUIABÁ : 17:39 BRASÍLIA : 18:04 C.GRDE:17:30
B.HORIZ : 17:46 R.JANEIR:17:45 S.PAULO : 17:59 CURITIBA : 18:08 P.ALEGRE:18:15

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