Objetos Litúrgicos - Missa Passo A Passo

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Conheça os objetos litúrgicos católicos


A Igreja Católica é repleta de costumes que dão sustentação para a celebração de
missas, sacramentos, vigílias e tantas outras coisas. Dentro desses costumes, existe
a utilização de objetos litúrgicos que compõem cada momento das cerimônias
religiosas e possuem um significado muito particular. Quer saber mais sobre eles?
Então, conheça aqui quais são os objetos litúrgicos católicos e qual é a finalidade
de cada um deles.

 Presbitério
É o espaço onde está o altar e de onde o padre preside a
missa. O presbitério é um lugar sagrado porque nele está
contido o altar. Ao redor do presbitério toda a comunidade
se reúne para celebrar a Missa.

 Altar
O altar é a mesa em que o padre celebra a Eucaristia. É o
centro de toda a liturgia. O Altar deve estar coberto com uma
toalha branca.

 Ambão
É um objeto alto feito de pedra, mármore ou madeira de onde se
proclama a Palavra de Deus durante a Missa, ou seja, de onde são feitas
as leituras do Antigo e do Novo Testamento. Essas leituras são feitas
em um grande livro chamado Lecionário.

 Cadeira
É uma cadeira solene, colocada no presbitério, na qual se senta o
sacerdote, o presidente da celebração. Essa cadeira pode ser de
pedra, mármore ou madeira.

 Suporte
É um pequeno móvel de ferro ou madeira, com um plano
inclinado: é utilizado para apoiar o Missal ou outros livros
sagrados.

 Sacrário
É o lugar onde o Pão Eucarístico, ou seja, as hóstias consagradas, é
guardada.

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 Lecionário
Livro que contém as leituras que serão proclamadas na
Missa.

 Missal Romano
É um livro grosso que contém todo roteiro da missa, exceto as leituras.
Esse livro contém as orações para as celebrações eucarísticas durante o
ano litúrgico.

 Evangeliário
Livro que os diáconos leem o evangelho nas missas.

 Âmbula
A âmbula é um recipiente fundo em que são colocadas as hóstias para
consagração durante a missa. É também usada para guardar as hóstias
consagradas que sobrarem da celebração. Esta âmbula é colocada no
sacrário para visitação ao Santíssimo Sacramento. Ela é levada até o altar
e depois da transubstanciação, e é utilizada para distribuir as hóstias
consagradas para os fiéis da igreja.

 Cálice
Jesus usou o cálice na última ceia, ao instituir a Eucaristia. O cálice é
um dos objetos mais sagrados da celebração porque se destina a
receber o sangue de Cristo após a consagração. O cálice tem um
formato parecido com o da âmbula, mas, geralmente, é maior. Nele, é
colocado o vinho que, depois da consagração, será tornado o sangue de
Cristo.
 Sanguíneo
Espécie de toalhinha, retangular, usada durante a Eucaristia para, caso
seja necessário, limpar o cálice, a boca, os dedos e evitar que o sangue
de Cristo caia no chão.

 Pala e Patena
A patena é um pequeno prato de metal usado como
recipiente para a Hóstia grande. Em cima dela é
colocada a Pala, um quadrado de material firma
revestido de pano para cobrir a Hóstia e o Cálice.

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 Hóstia
As hóstias têm o mesmo formato redondo em todos os lugares.
Existe uma grande, que é utilizada pelo sacerdote durante a
consagração para exposição aos fiéis, e outras menores, chamadas
de partículas, que são distribuídas aos fiéis.
 Corporal
O corporal é um pano grande e quadrado de linho com uma
cruz no centro. É usado para forrar o altar no local onde
serão colocados o Cálice com o vinho e a Patena com o pão
e a âmbula para consagração.

 Galhetas
As galhetas são levadas ao altar junto com a âmbula. Elas são
recipientes, onde são levadas a água e o vinho, colocados no
cálice para o momento da consagração.

 Lavabo / Jarra com bacia


Pequena Jarra que contém água que é necessário para que o padre
purifique as mãos durante a celebração.

 Manustérgio
É uma pequena toalha onde o sacerdote seca as mãos depois de
lavadas (purificadas), preparando-se para o momento da
consagração.

 Turíbulo e Naveta
São usadas somente em missas solenes, que são datas
especiais da Igreja Católica, para incensar a Igreja. A naveta
leva o incenso e o turíbulo as brasas. No momento certo, o
incenso é colocado no turíbulo, representando oração
elevada a Deus e purificação do local.

 Balde e Aspersório
Em algumas ocasiões especiais o balde e aspersório é usado. O
aspersório é mergulhado no balde que contém água benta para
aspergir os fiéis, representando a bênção.

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 Cruz processional
É uma cruz que é carregada na procissão de entrada e saída da
celebração. Quem leva essa cruz é chamado de cruciferário.

 Castiçais
São o suporte das velas que são carregados na procissão de entrada
e de saída juntamente com a cruz, é usada também na leitura do
evangelho. Quem leva os castiçais é chamado de ceroferário.

 Ostensório
É um objeto utilizado para expor o Santíssimo Sacramento, ou para
leva-lo em procissão. É bem parecido com um grande sol para iluminar
o corpo de Cristo que está ali dentro.

 Teca
Pequeno invóculo de metal, geralmente redondo, usado para levar a
comunhão aos enfermos.

 Ordem dos objetos


utilizados no cálice:
Primeiramente temos o cálice, em
seguida o sanguíneo, patena, hóstia e
pala. Não é obrigatório colocar o
corporal em cima de tudo, é uma opção
do celebrante.

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A missa se divide nas seguintes partes: ritos iniciais, liturgia da Palavra, liturgia da
Eucaristia, rito de comunhão e rito de conclusão.

I. Ritos iniciais

Chegamos à igreja e nos preparamos para celebrar o maior mistério da nossa fé.
Durante este rito, os fiéis ficam em pé.

A. Canto e procissão de entrada: entoamos um canto apropriado, com muita


alegria. A procissão simboliza o caminho percorrido pela Igreja peregrina
rumo à Jerusalém celeste. O sacerdote chega ao altar, o beija e, conforme o
caso, o incensa. Incensar é um símbolo de honra, purificação e santificação.
Depois, ele faz o sinal da cruz.
B. Saudação do sacerdote: recorda as saudações que São Paulo fazia às primeiras
comunidades cristãs em suas cartas.
C. Ato penitencial: nós nos reconhecemos pecadores e fracos diante de Deus. É
um ato de humildade. E lhe pedimos perdão por todas as nossas faltas. O ato
penitencial tem 4 partes:
 Convite aos fiéis para que se examinem e se reconheçam pecadores, em
um momento de silêncio.
 Pedido perdão, expresso na oração “Confesso a Deus todo-poderoso, e a
vós, irmãos…” e ao bater no peito: “Por minha culpa, minha tão grande
culpa”.
 Absolvição, expressa um desejo de perdão de Deus. O sacerdote implora:
“Deus todo-poderoso tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados
e nos conduza à vida eterna”. O povo responde, dizendo: “Amém”.
 Petição: “Senhor, tende piedade de nós”.
D. Glória, é um hino venerável com o qual a Igreja glorifica Deus Pai e faz sua
súplica ao Cordeiro. O texto deste hino não pode ser trocado por outro.
Louvamos Deus e reconhecemos diante dele o quanto necessitamos dele.
E. Oração (exclusiva do sacerdote): É a oração que o padre, em nome de todos,
faz ao Pai. Nela, são agrupadas as necessidades de toda a assembleia.

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II. Liturgia da Palavra

Os fiéis estão sentados. Nas leituras (que também são um alimento espiritual), Deus
fala ao seu povo, mostra-lhe os mistérios da redenção e da salvação. O serviço de
proclamar as leituras não é presidencial, mas ministerial.

As leituras da missa variam ao longo do ano, conforme os tempos litúrgicos


(advento, natal, quaresma, páscoa, tempo comum) e se dividem em três ciclos, um
por ano: A, B e C. Portanto, o fiel que for à missa diariamente, após 3 anos, terá
escutado a Bíblia quase completa.

Nesse momento, Deus nos fala e quer que guardemos essa mensagem em nosso
coração, que a meditemos e apliquemos ao longo do dia. O leitor vai até o ambão e
os fiéis se sentam. No final de cada leitura, o leitor diz: “Palavra do Senhor”, que não
é um esclarecimento, mas uma confissão de fé.

 Primeira leitura: sempre é tirada do Antigo Testamento. Nele, Deus nos fala
por meio da história do povo de Israel e dos seus profetas.
 Salmo responsorial: é uma resposta à Palavra de Deus, relacionada com a
primeira leitura. O Senhor fala ao seu povo por meio dos salmos.
 Segunda leitura: é sempre tirada do Novo Testamento, e está presente nas
solenidades e em algumas festas).
 Aleluia: Os fiéis ficam em pé e cantam o Aleluia (exceto na Quaresma).
 Proclamação do Evangelho: segundo o caso, incensa-se o evangeliário.
 Homilia: nesse momento da missa, o sacerdote explica o significado das
leituras, bem como sua aplicação às nossas vidas.
 Credo: os fiéis proclamam sua fé em pé. O Credo (ou Profissão de Fé) é uma
confissão da fé, feita também como resposta à Palavra de Deus.
 Oração dos fiéis: em geral, as intenções são pelas necessidades da Igreja; pelos
que governam e pela salvação do mundo; pelos que sofrem e por qualquer
dificuldade; e pela comunidade local.

III. Liturgia eucarística

A. Canto do ofertório
B. Procissão das oferendas (momento de maior participação dos coroinhas)

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C. Apresentação do pão e do vinho, da água e da oferenda dos fiéis: nesta parte
da Missa, o sacerdote apresenta o pão e o vinho a Deus, oferecendo-lhe estes
dons para que se convertam no Corpo e Sangue de Cristo.

É o momento de oferecer-lhe interiormente um novo esforço por alcançar aquilo que


nos propusemos espiritual e humanamente.

O sacerdote toma em suas mãos a patena com a hóstia e, elevando-a um pouco, recita
uma oração de bênção. Faz o mesmo com o cálice.

Antes de apresentar o vinho, o padre coloca algumas gotas de água no cálice. O que
esta mistura de água e vinho representa? Ela pode ter três significados: a união dos
fiéis (a água) com Cristo (o vinho), a união da natureza humana com a natureza divina
de Cristo e, sobretudo, simboliza a água e o sangue que brotaram do lado de Jesus,
ao ser atravessado com a lança. Segundo o caso, incensa-se o altar, o sacerdote e a
assembleia.

D. Lavatório das mãos: o sacerdote lava as mãos ao lado do altar, rito com o qual
expressa seu desejo de purificação interior.
E. Convite a orar: “Orai, irmãos, para que este sacrifício seja aceito por Deus
Pai…”
F. Oração sobre as oferendas
G. Oração eucarística
1) Prefácio: ação de graças na qual o sacerdote, em nome de todo o povo santo,
glorifica Deus Pai e lhe dá graças por toda a obra de salvação.
2) Aclamação: com ela, toda a assembleia, unindo-se aos coros celestiais,
canta o Santo. Esta aclamação é proclamada por todo o povo, juntamente
com o sacerdote.
3) Invocação do Espírito Santo para a consagração das espécies eucarísticas.
4) Narração da instituição da Eucaristia e consagração: os fiéis se ajoelham,
pois este é o momento central da Missa, no qual o pão e o vinho se
transformam em Corpo e Sangue de Cristo.
5) Aclamação da assembleia: o sacerdote proclama o mistério da fé.
6) A Igreja realiza o memorial do próprio Jesus, renovando principalmente
sua bem-aventurada paixão, sua gloriosa ressurreição e sua ascensão ao
céu.

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7) Oblação: ofertório do pão de vida e do cálice da salvação, com o qual a
Igreja oferece ao Pai, no Espírito Santo, a vítima imaculada.
8) Doxologia: é uma exclamação feita pelo sacerdote: “Por Cristo, com Cristo
e em Cristo…”. Com ela, expressa-se a glorificação de Deus, que é afirmada
e concluída com o “Amém” do povo.

IV. Rito da comunhão

A. Pai-Nosso: oração conjunta entre sacerdotes e fiéis.


B. Embolismo: uma oração exclusiva do sacerdote, última parte do Pai-Nosso
para a comunidade: “enquanto, vivendo a esperança, aguardamos a vinda de
Cristo salvador”. O povo conclui: “Vosso é o Reino, o poder e a glória…”.
C. Saudação da paz: é preciso manter o clima de recolhimento e silêncio. O fiel
saúda somente quem está ao seu lado, pois é só uma saudação de paz. Neste
momento, é necessário evitar algumas ações, tais como:
 A introdução de um “canto da paz”, inexistente no rito romano.
D. Cordeiro de Deus: o sacerdote toma o pão consagrado, parte-o sobre a patena
e deixa cair uma parte dele no cálice, dizendo uma oração em particular para
significar a unidade do Corpo e Sangue do Senhor.
E. Rito de procissão e canto de comunhão, ao qual todos os fiéis se unem em pé,
comungando ou não, dura até que o último fiel comungue.

A comunhão na mão é uma opção, mas a forma geral e ideal da Igreja é a recepção
da comunhão na boca como absoluto respeito ao Santíssimo Sacramento.

Antes de comungar, fazemos um ato de humildade e de fé. O sacerdote faz uma


genuflexão, toma o pão consagrado e, elevando-o sobre a patena, mostra-o ao povo,
dizendo: “Este é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Felizes os
convidados para a ceia do Senhor”. Os fiéis respondem: “Senhor, eu não sou
digno…”, usando as palavras do centurião de Cafarnaum quando se reconheceu
indigno de receber Jesus em sua casa.

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Chamamos Jesus de “Cordeiro” à semelhança dos cordeiros que eram sacrificados
no templo, mas com uma grande diferença: os cordeiros do templo não tiravam o
pecado do mundo, enquanto o “Cordeiro de Deus” o faz.

A comunhão é um dom que o Senhor oferece aos fiéis, imita-se um gesto do Senhor:
“Ele o deu, dizendo: tomai…”. Por isso, a Igreja não admite que os fiéis tomem por
si mesmos o pão consagrado e o cálice sagrado deve ser recebido.

F. Tempo amplo de silêncio: depois que o último fiel comunga e o guarda-se a


reserva de hóstias no sacrário, os fiéis se sentam ou se ajoelham e oram em
particular.
G. Oração após a comunhão: todos os fiéis ficam em pé e suplicam os frutos do
mistério celebrado, para terminar a súplica do povo de Deus e também para
concluir todo o rito de comunhão.

V. Rito de conclusão

A. Bênção: o povo recebe a bênção fazendo o sinal da cruz em silêncio.


B. Cântico final: depois do cântico, os fiéis podem sair da igreja. O momento da
saída é extensão do momento sagrado da missa. Ainda haverá pessoas orando,
desejando estender seu momento pessoal de intimidade com Deus; seja
compreensivo, colaborando com o silêncio.

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