Semiologia

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Semiologia

Entrevista
A entrevista compreensiva é mais do que um diálogo organizado entre duas pessoas.
Exige certas habilidades do enfermeiro, como saber ouvir e entender, saber explorar os
dados que o paciente traz (sem invadir seu espaço pessoal), demonstrar interesse e
conhecimento, ser receptivo e estabelecer comunicação com o paciente para que ele se
sinta à vontade em responder às perguntas.

Objetivos

Saber como o cliente está: condições físicas e psíquicas


Situar como o cliente é, suas características gerais e seus hábitos
Conhecer como o cliente percebe o processo saúde-doença: crenças e valores
Identificar as demandas de cuidado: percebidas pelo paciente e pelo enfermeiro
Identificar sinais e sintomas de alterações fisiológicas, emocionais, mentais, espirituais e
sociais

É preciso:

Em uma entrevista de qualidade é possível dados completos sobre o estado de saúde da


pessoa, incluindo a cronologia dos sintomas.
Estabelecer vínculo com paciente, para uma maior abertura e melhor coleta de dados.
Orientar a pessoa sobre seu estado de saúde, de forma que ela possa participar da
identificação de problemas.
Ensinar sobre prevenção de doenças e promoção de saúde.

Fatores importantes para uma boa entrevista:

Um ambiente próprio e privado.


vestimenta adequada.
Anotações
Ter cuidado com as interrupções

Fases da entrevista

Fase de orientação: Apresentação + Explicação do que vai acontecer (Bom dia sr, tal, meu
nome é geisla e eu sou a enfermeira que vai te atender hoje, e preciso de algumas
informações a seu respeito para que possamos cuidar do senhor da melhor forma)
Fase de funcionamento: Coleta de dados
Fase de conclusão: o enfermeiro deve conscientizar o paciente de que a entrevista está
terminando, dando-lhe a oportunidade para que exponha algo que ainda não tenha sido
abordado e que julgue importante.
O que evitar:

Perguntas fechadas
Lista longa de perguntas
perguntas duplas

Armadilhas

Fornecer tranquilização falsa


Dar conselhos não necessitados
Uso de autoritarismo
Uso de eufemismo
Distanciamento
Vocabulário técnico
Perguntas tendenciosas
Falar demais
Interrupções

Habilidades não verbais

Aparência
Postura
Vestimenta
Gestos e expressões faciais
contato visual e físico

Anamnese procura-se saber

Dados biográficos
Motivo da busca ao atendimento
Histórico de doenças atual e familiar
Histórico patológico e progressão (a evolução da condição ao longo do tempo com base
em informações de diagnóstico e patologia)
Revisão dos sistemas (exame físico)
Avaliação funcional ou atividades da vida diária

Exame físico

Objetivo

Levantar dados basais sobre o estado de saúde do paciente.


Complementar, confirmar ou refutar dados subjetivos constantes no histórico de
enfermagem.
Identificar e confirmar os diagnósticos de enfermagem.
Tomar decisões clínicas em relação às mudanças do estado de saúde e do tratamento do
paciente.
Avaliar os resultados dos cuidados ao paciente.
Para uma boa inspeção, é preciso:

Uma boa iluminação- Posicionar a parte que vai ser examinada na luz.
Observar tamanho, forma, cor, assimetria, posição e anormalidades em cada área

Palpação

Observar:

Resistência
rugosidade
textura
mobilidade
temperatura
elasticidade

Áreas sensíveis serão as ultimas a serem palpadas.

Palpação superficial:
Determina áreas sensíveis.
Depressão de até 1cm.

Palpação profunda:
Depressão de até 4cm
Examinar condição dos órgãos.

Tipos de palpação

Manual
Bimanual
Digital
Bidigital

Palpação com pontas dos dedos: Melhor para examinar edemas, textura da pele, pulsação
e determinar presença de nódulos.

Pressão entre polegar e dedos: Para determinar posição, formato, consistência de um órgão
ou massa.

Dorso das mãos e dos dedos: Determinar a temperatura

A Base dos dedos: Detectar vibrações.

:
Percurssão

Golpear levemente a pele da pessoa com toques curtos e firmes, para avaliar estruturas
subjacentes

Objetivo

Mapear a localização de um órgão


Sinalizar a densidade de uma estrutura por notas de percussão características
detectar massas anormais que sejam razoavelmente superficiais (Vibrações penetram 5
cm de profundidade).
Desencadear dor se a estrutura adjacente estiver inflamada como nas regiões sinusiais
desencadear um reflexo tendinoso profundo

Percurssão

Pode ser direta ou indireta

1. Percussão Direta:
Na percussão direta, o médico ou profissional de saúde usa os dedos para aplicar
batidas leves e rápidas diretamente sobre a área do corpo que está sendo avaliada.
Esta técnica é comumente utilizada para avaliar a sensibilidade, identificar áreas de
dor ou sensibilidade aumentada e determinar a presença de estruturas anatômicas
subjacentes, como órgãos sólidos.

1. Percussão Indireta:
Na percussão indireta, o médico ou profissional de saúde usa um dedo ou
instrumento para aplicar batidas leves em uma área adjacente à área do corpo que
está sendo avaliada.
A percussão indireta produz ondas sonoras que viajam através dos tecidos e órgãos
subjacentes. O profissional de saúde então interpreta o som produzido para
determinar as características dos tecidos ou órgãos.
Esta técnica é frequentemente utilizada para avaliar a presença de líquido em
cavidades corporais, como os pulmões (avaliação da presença de líquido nos
pulmões, chamado de derrame pleural) ou o abdômen (avaliação da presença de
líquido no abdômen, chamado de ascite)

Ausculta

A ausculta deve ser a ultima técnica a ser realizada exceto durante um exame abdominal,
pois a palpação e percussão alteram os sons intestinais.

Olfato

Ajuda na identificação de ingestão de álcool, diabetes, infecção do trato urinário, abscessos,


comida não digerida, obstrução intestinal, acidose urêmica, infecção bacteriana...
Posições para exames

Sentada
Supina ou dorsal: Nessa posição, o paciente é colocado deitado de costas na mesa de
exame ou cirurgia, com as pernas elevadas e flexionadas em direção ao tórax, e os pés
apoiados em estribos ou suportes especiais.
litotômica: Nessa posição, o paciente está deitado de costas, com a face voltada para
cima e o abdômen para cima.
Sims: Paciente é colocado de lado, com o lado inferior do corpo voltado para baixo e o
lado superior do corpo voltado para cima. Essa posição é frequentemente utilizada em
exames retais, procedimentos cirúrgicos no reto ou no cólon sigmoide.
Prona ou decúbito ventral: A posição de decúbito ventral, também conhecida como
posição prona, é aquela em que o paciente está deitado de bruços com o abdômen
voltado para baixo e as costas para cima.
Genupeitoral: Nessa posição, o paciente fica de joelhos e cotovelos, com o tórax e a
cabeça apoiados no suporte da mesa ou da cama.

A posição recumbente refere-se a qualquer posição em que o paciente está deitado, seja de
costas (decúbito dorsal), de lado (decúbito lateral) ou de bruços (decúbito ventral), com o
corpo em uma posição horizontal. Aqui estão algumas características da posição
recumbente:

1. Decúbito Dorsal (Supina):


O paciente está deitado de costas, com o abdômen para cima e as costas para baixo.
É uma posição comum para exames médicos, procedimentos cirúrgicos e descanso.
2. Decúbito Lateral:
O paciente está deitado de lado, com um lado do corpo apoiado na superfície.
Essa posição é frequentemente utilizada para exames médicos, procedimentos
cirúrgicos e para promover a drenagem pulmonar em pacientes com problemas
respiratórios.
3. Decúbito Ventral (Prone):
O paciente está deitado de bruços, com o abdômen para baixo e as costas para cima.
Essa posição é menos comum em procedimentos médicos, mas pode ser usada em
cirurgias de coluna ou para procedimentos que requerem acesso à região dorsal.

Preparação para o exame físico

Controle de infecção
Ambiente
Equipamento
Preparação física do paciente
Preparação psicológica
Exame Geral

Aparência geral e comportamento (neurológico)

Nível de consciência
orientação
Gênero
raça
idade
Sinais de sofrimento
Tipo corporal
postura
vestimenta
higiene
coloração da pele e mucosa labial
Marcha
Movimentos corporais
Higiene e aparência
Vestuário
Odores corporais
Afeto e humor
Fala
Vítima de abuso
Sinais vitais

Medidas antropométricas

Peso
Altura

Circunferência

A razão cintura-quadril (RCQ) é um indicador utilizado na avaliação do risco de doenças


cardiovasculares e outras condições de saúde. É calculada dividindo a circunferência da
cintura pela circunferência do quadril

A RCQ fornece informações sobre a distribuição de gordura corporal, especificamente a


gordura abdominal versus a gordura glútea e do quadril. Uma RCQ alta, indicando uma
maior circunferência da cintura em relação ao quadril, está associada a um maior risco de
desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, resistência à insulina,
síndrome metabólica e outras condições de saúde.

Geralmente, valores de RCQ considerados de alto risco são:

Para homens: RCQ acima de 0,90.


Para mulheres: RCQ acima de 0,85.
Valores abaixo desses limiares indicam um menor risco de desenvolvimento de doenças
relacionadas à gordura abdominal.

É importante observar que a RCQ é apenas um dos muitos indicadores de saúde e deve ser
interpretada em conjunto com outros fatores, como índice de massa corporal (IMC),
histórico médico e estilo de vida, para uma avaliação completa do risco de doenças e da
saúde geral.

IMC

O Índice de Massa Corporal (IMC) é uma medida utilizada para avaliar se uma pessoa está
em um peso saudável em relação à sua altura. É calculado dividindo o peso (em
quilogramas) pela altura (em metros) ao quadrado. A fórmula para calcular o IMC é a
seguinte:

O IMC é frequentemente usado como uma ferramenta de triagem para identificar indivíduos
com peso insuficiente, peso saudável, sobrepeso ou obesidade. Aqui estão as faixas típicas
de IMC e suas classificações:

Abaixo de 18,5: Abaixo do peso


18,5 a 24,9: Peso saudável
25,0 a 29,9: Sobrepeso
30,0 ou mais: Obesidade

É importante observar que o IMC é uma medida simples e amplamente utilizada, mas tem
algumas limitações. Por exemplo, não leva em consideração a distribuição de gordura
corporal ou a composição corporal total (massa muscular versus gordura). Portanto, em
alguns casos, indivíduos com alta massa muscular podem ter um IMC mais alto, mas ainda
estar em boa forma física. Além disso, em populações específicas, como atletas, idosos e
crianças, as faixas de IMC podem ser interpretadas de maneira diferente.
Portanto, o IMC é uma ferramenta útil como parte de uma avaliação mais ampla da saúde,
mas deve ser interpretado com cuidado e em conjunto com outras medidas de saúde e
fatores de risco.

Circunferência

Encefálica, torácica e abdominal

EPI

Precaução universal: Lavagem de mãos após o contato com cada paciente e tocar em
materiais.

Microbiota das mãos

Residente ou colonizadora
Transitória ou contaminante
A microbiota das mãos refere-se ao conjunto de microrganismos que naturalmente residem
na superfície da pele das mãos. Estes microrganismos incluem bactérias, fungos, vírus e
outros micro-organismos que formam uma comunidade complexa e dinâmica.

Residente:

Não e facilmente removível por escovação


Inativada por antissépticos, viáveis por longo período de tempo
Baixa virulência, com risco no imunocomprometido, no trauma de pele e em
procedimentos invasivos.
Constituídas por bactérias gram-positivas e negativas.

Transitória:

Removível com água e sabão


Inábeis para multiplicação na pele
destruídas por antissépticos
viáveis a curto prazo
Microbiota causadora da maioria das infecções hospitalares

Sabão

Remove microrganismos viáveis e não colonizadores, age por ação mecânica e não tem
atividade bacteriana. A formação da espuma extrai e facilita a eliminação de partículas.

Antissépticos

São germicidas que atuam na microbiota contaminante e colonizadora, destinados à


aplicação na pele e mucosa e possui atividade residual.

Álcool

Em relação a toxidade causa desidratação celular e é inativado por matéria orgânica. Não
produz efeito residual e a ação é imediata.

Iodóforos

O início da ação é após 2 minutos de contato, possui efeito residual de 2h, é citotóxico e
inativado por matéria orgânica

Clorohexidina

O início da ação é intermediário, efeito residual de 6H, é ototóxico e pouco afetado por
matéria orgânica.
Quando lavar as mãos?

Antes do contato com paciente


Antes de realizar procedimentos
Após risco de exposição a fluídos corporais
Após contato com o paciente e após contato com áreas próximas ao paciente

Quando usar Luvas

Quando se toca em sangue, fluidos corporais, secreções, excreções, pele não intacta,
membrana mucosa ou artigos contaminados.

Quando usar máscara e óculos?

Quando houver a possibilidade de sangue ou fluidos corporais espirrarem ou se


espalharem.

Quando usar luva ou capote?

São usados se as roupas estiverem sujas de sangue ou fluido corporal, e se o paciente


estiver em isolamento por contato.

Categoria de transmissão

Transmissão pelo ar- Forma de barreira= Máscara

Transmissão por contato:- Contato direto com o paciente ou ambiente= Luva, roupão e
máscara

Sinais vitais- Temperatura, pulso, respiração, dor, PA.

É um indicador do estado de saúde do paciente, são sinais necessários para a manutenção


da vida.

`Pulso- Limite palpável do fluxo de sangue na artéria periférica.

O pulso é a onda de pressão detectável em uma artéria, resultado das contrações rítmicas
do coração que impulsionam o sangue pelo corpo. É medido pressionando-se os dedos
sobre uma artéria e contando o número de batimentos em um minuto. Essa medição
fornece informações vitais sobre a frequência cardíaca e o ritmo cardíaco, sendo essencial
na avaliação da saúde cardiovascular de uma pessoa.

Débito cardíaco

Quantidade de sangue que o coração é capaz de bombear para fora do ventrículo esquerdo
em um minuto. É uma medida crucial da função cardíaca e representa o fluxo sanguíneo
total que circula pelo corpo a cada minuto. O débito cardíaco é determinado pelo volume de
sangue e pela frequência cardíaca
Volume sistólico: É a quantidade de sangue depositado na aorta na contração do ventrículo
(volume de sangue ejetado pelo ventrículo esquerdo a cada batimento cardíaco).

Objetivos de verificar o pulso

Verificar frequência cardíaca- bpm


V. a frequência do pulso- 60 a 100 bpm
V. o estado da parede arterial- Facilmente depressivas, macias, paredes tortuosas,
endurecida ou irregular.
Verificar o estado circulatório periférico- Principalmente em diabéticos, pessoas que
sofreram AVE
Verificar ritmo do pulso
Verificar magnitude ou amplitude da parede da artéria
v. ausência de pulso

Termos para pulso

Pulso regular: Intervalo rítmico entre pulsações.


Pulso taquícardico: N° de pulsação acima dos valores normais
Pulso braquicárdico: N° de pulsação abaixo dos valores normais
Pulso filiforme: Pulso fraco, débil. Desaparece facilmente com a compressão
Pulso forte- difícil de desaparecer com compressão
Pulso caótico: Sem padrão.
Pulso intermitente: Período irregular+ regular

Pulso apical

O pulso apical é sentido na região do coração, mais especificamente na região do


ápice cardíaco, que é o ponto onde se encontra o coração mais próximo da parede
torácica.
Para palpar o pulso apical, um estetoscópio é colocado sobre o peito, geralmente no
quinto espaço intercostal na linha hemiclavicular esquerda, e os batimentos
cardíacos são ouvidos e contados por um período de tempo determinado,
geralmente um minuto.
O pulso apical fornece uma avaliação direta da atividade cardíaca e é particularmente
útil em situações onde o pulso periférico pode ser difícil de detectar, como em
pacientes com perfusão reduzida ou arritmias cardíacas.

Pulso Periférico:

O pulso periférico é sentido nas artérias localizadas fora da região do coração, nas
extremidades do corpo, como as artérias radial no pulso, braquial no antebraço,
femoral na virilha, poplítea na região posterior do joelho e pediosa no pé.
Para palpar o pulso periférico, os dedos são colocados diretamente sobre a artéria
escolhida e os batimentos cardíacos são sentidos e contados por um período de
tempo determinado, geralmente um minuto.
O pulso periférico é comumente avaliado em exames físicos de rotina e é utilizado
para monitorar a circulação sanguínea nas extremidades do corpo, além de fornecer
informações sobre a função cardíaca e a pressão arterial.
Locais para verificação de pulso:

Temporal- Acima do osso temporal e abaixo da lateral do olho


Carotídeo: Localizado ao longo da borda medial do M. esternocleidomastóideo.
Braquial: Fossa antecubital, usado para auscultar PA.
Radial: Lado radial
Femoral: Abaixo do ligamento inguinal.
Poplíteo: Atrás do joelho
Tibial posterior: Lado interno do calcanhar.
Pedioso: Dorso do pé.

Pulso apical-radial

Verificação, por 2 profissionais de saúde, do pulso apical e radial simultaneamente.


Deficiência de pulso = pulso radial - apical

Frequência de pulso

Lactantes= 120-160
infantes= 90-140
pré escolares 80-110
escolares 75-100
Adolescente 60-90
adulto 60-100

Pressão arterial

Parâmetro que mede a pressão/força do sangue nas paredes da artéria.

A PA sistólica é a força exercida nas paredes das artérias no momento da sístole, que é a
contração do ventrículo esquerdo do coração. No momento em que o ventrículo se contrai,
ele injeta aproximadamente 70 ml de sangue na artéria aorta, isso faz com que ocorra uma
dilatação, causando uma pressão nas paredes arteriais pelo próprio sangue.

PA sistólica: A pressão sistólica é o valor mais alto da pressão arterial, registrado durante a
fase de contração do coração, conhecida como sístole. Reflete a pressão nas artérias quando
o coração está bombeando sangue para fora, ou seja, quando os ventrículos estão
contraídos. A pressão sistólica é medida em milímetros de mercúrio (mmHg) e é uma parte
importante da leitura da pressão arterial, sendo representada pelo primeiro número em
uma leitura, como em 120/80 mmHg. Em resumo, a pressão sistólica é a pressão arterial
máxima, indicando a pressão nas artérias durante a contração do coração
PA Diastólica: A pressão diastólica é o valor mais baixo da pressão arterial, registrado
durante a fase de relaxamento do coração, conhecida como diástole. Reflete a pressão nas
artérias quando o coração está entre batimentos, ou seja, quando os ventrículos estão
relaxados e se enchem de sangue. A pressão diastólica é medida em milímetros de mercúrio
(mmHg) e é uma parte importante da leitura da pressão arterial, sendo representada pelo
segundo número em uma leitura, como em 120/80 mmHg. Em resumo, a pressão diastólica
é a pressão arterial mínima, indicando a pressão nas artérias durante o relaxamento do
coração.

PA= Débito cardíaco x resistência vesicular periférica

RPV= Resistência ao fluxo de sangue determinada pelo enrijecimento da musculatura


vascular e redução do diâmetro dos vasos sanguíneos. Quanto menor o lúmen de um vaso
maior é a resistência vascular periférica ao fluxo sanguíneo.

Fatores que influenciam na PA

Idade
estresse
genêro
etnia
variação diurna
medicação
exercícios
alimentação
genética

Valores normais

PA ≥ 120/80 mmHg
PA ≤ 100/60 mmHg

Valores muito próximos são anormais, como 110/90

FASES DE KOROTKOFF
• Fase I - Aparecimento de sons. O primeiro som é claro como uma pancada, e sua clareza
depende da força, velocidade e quantidade de sangue.
• Fase II - Batimento com murmúrio devido ao fato da artéria estar pressionada e a
contracorrente repercute murmúrios na parede
dos vasos.
• Fase III - Os batimentos passam a ser mais audíveis e mais acentuados. A artéria que sofreu
constrição continua a se dilatar com a redução da pressão do manguito.
• Fase IV - Os batimentos repentinamente tornam-se menos acentuados.
.
Fase V - Desaparecimento dos sons, pois se restabelece o calibre normal da artéria e o
sangue não provoca ruídos.
PREPARO DO PACIENTE PARA A MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL

Explicar o procedimento ao paciente


Repouso de pelo menos 5 minutos em ambiente calmo.
Evitar bexiga cheia.
Não praticar exercícios físicos há pelo menos 60 minutos.
Não ingerir bebidas alcoólicas, café ou alimentos e não fumar 30 minutos antes.

PREPARO DO PACIENTE PARA A MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL

Manter pernas descruzadas, pés apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e


relaxado.
Remover roupas do braço no qual será colocado o manguito.
Posicionar o braço na altura do coração (nível do ponto do esterno ou quarto espaço
intercostal), apoiado, com a palma da mão voltada para cima e o cotovelo ligeiramente
fletido.
Solicitar para que não fale durante a verificação.
Nunca verifique a pressão arterial de uma pessoa sem que o tensiômetro tenha
descansado 1 minuto

Respiração

Troca gasosa, entra 0² e sai CO²


A necessidade de oxigênio tem origem nas células, e é nesse nível celular que a
respiração acontece. Para ir do sangue até a célula, o oxigênio passa através das paredes
dos capilares, pelo líquido intersticial (solução aquosa e transparente encontrado entre
as células), e depois passa por meio da parede celular, onde é utilizado na produção de
ATP.

Respiração é: Mecanismo utilizado pelo corpo para realizar a troca de gases, oxigênio (02) e
dióxido de carbônico (CO2), entre o meio ambiente, o sangue e as células. Para ser realizada
com sucesso depende de quatro processos: Ventilaçã, difusão, transporte sanguíneo dos
gases e respiração celular.
Controle neurológico da respiração

O suspiro é uma respiração profunda e prolongada, um mecanismo fisiológico de


proteção para expandir pequenas vias aéreas e alvéolos não ventilados durante uma
respiração normal.

1. Centro Respiratório na Medula Oblongata:


O centro respiratório na medula oblongata é responsável pela geração do
ritmo respiratório básico. Ele está localizado no bulbo, uma parte do tronco
encefálico.
O centro respiratório na medula oblongata contém neurônios especializados
que geram impulsos rítmicos para os músculos respiratórios, como o
diafragma e os músculos intercostais, coordenando a inspiração e a
expiração.

2. Centros Respiratórios no Ponto Bulbar (Ponte):


Além do centro respiratório na medula oblongata, há também centros
respiratórios localizados na ponte, outra parte do tronco encefálico.
Esses centros na ponte são responsáveis pela modulação da respiração,
ajustando o ritmo respiratório em resposta a sinais nervosos vindos de
outras partes do corpo, como os centros superiores do cérebro que
controlam a atividade voluntária da respiração, bem como os reflexos
respiratórios, como os reflexos de quimiorreceptores.

Controle neurológico da respiração

• O centro respiratório no tronco cerebral regula o controle involuntário das


respirações.
• Durante a inspiração,
centro
respiratório envia impulsos ao longo do nervo frênico, causando contrações do
diafragma.
• O diafragma move aproximadamente 1 cm e as costelas elevam-se 1,2 a 2,5
cm da linha mediana do corpo.

DIFUSÃO
É o movimento de oxigênio e dióxido de carbono entre os alvéolos e as hemácias.

TRANSPORTE SANGUÍNEO DOS GASES

Realizado pela circulação sanguínea sistêmica que promove a distribuição periférica


de oxigênio e a extração do dióxido de carbono. O transporte de oxigênio até a
célula e o transporte de dióxido de carbono da saída da célula depende de diversos
fatores: adequada irrigação sanguínea capaz de atingir todos os capilares do corpo.
PADRÃO RESPIRATÓRIO NORMAL

O padrão normal da respiração é chamado EUPNÉIA, isto é, o paciente está com a


frequência, profundidade e ritmo dentro dos parâmetros de normalidade.
Ex: pote consciente, alerta, orientado, eupneico, acianótico,
hidratado...

VENTILAÇÃO
Troca de ar para dentro e para fora dos pulmões. Ela é regulada pelos níveis de CO2, 02 e
concentração do íon de hidrogênio (pH) no sangue arterial. Quando há elevação do CO2 o
controle respiratório do cérebro eleva a frequência e profundidade da ventilação.

ALTERAÇÕES NO PADRÃO RESPIRATÓRIO

HIPERPNÉIA- Aumento da profundidade com frequência normal.


HIPERVENTILAÇÃO- Aumento da profundidade e da frequência.
HIPOVENTILAÇÃO- Diminuição da frequência e da profundidade.
APNÉIA- Ausência de respiração por 10 segundos ou mais que pode evoluir para
parada respiratória.
DISPNÉIA- Dificuldade respiratória (pode estar acompanhada por sinais como:
batimento de asas nasais, ser ruidosa, aumento da frequência...).
BRADIPNÉIA- Diminuição da frequência respiratória abaixo dos valores normais.
TAQUIPNÉIA- Aumento da frequência respiratória acima dos valores normais.
KUSSMAUL- Respiração trabalhosa, anormalmente profunda, regular com intervalos
maiores. Relacionada à acidose diabética e lembra um peixe fora da água
CHEYNE-STOKES- O ciclo respiratório começa com respirações superficiais e lentas,
que gradualmente aumentam para ritmo e profundidade anormais. O ciclo se
reverte diminuindo a frequência e a profundidade chegando a apnéia e depois se
inicia novo ciclo.
BIOT- Anormalmente superficial seguida de períodos de
apnéia.

FATORES QUE INFLUENCIAM A RESPIRAÇÃO

•Exercícios
• Aumento e/ou diminuição da temperatura corporal
• Dor aguda
• Ansiedade
•Tabagismo
• Posição do corpo
•Medicações
• Lesões neurológicas e abdominais
•Redução dos níveis de hemácias
Se a frequência respiratória estiver abaixo de 12 ou acima de 20 pode requerer
intervenção imediata.
Se o paciente já apresentar dispnéia, seja por insuficiência cardíaca congestiva, ascite,
final de gravide... Não reposicioná-lo, pois com o esforço aumentará a frequência
respiratória.

Avaliação de ventilação

Frequência
profundidade
ritmo

Perfusão

Nível de saturação de oxigênio

Percussão

• A percussão atinge somente 5 a 7 cm para dentro da caixa torácica, e, portanto, não


detecta lesões profundas.
• Determina se o tecido pulmonar está cheio de ar ou sólido.
• Realizada nos espaços intercostais em áreas simétricas lado a lado.

Sons normais da respiração

• Vesicular
• Broncovesicular
• Brônquico
VESICULAR

O som da respiração vesicular é o ruído normal e suave produzido pelo fluxo de ar nos
pequenos bronquíolos e alvéolos dos pulmões durante a inspiração e expiração. É descrito
como um som suave, contínuo e de baixa frequência, ouvido mais claramente durante a
inspiração. A ausculta da respiração vesicular é uma parte essencial do exame físico para
avaliar a saúde dos pulmões e detectar possíveis anormalidades.

BRONCOVESICULAR

• Sopros de média tonalidade e intensidade. A fase inspiratória é igual a fase expiratória.


Bem audível posteriormente entre as escápulas e anteriormente sobre os bronquíolos
laterais ao esterno no primeiro e segundo espaços intercostais.

BRÔNQUICO

• Sons fortes de alta tonalidade com uma qualidade oca. A expiração dura mais tempo que a
inspiração. Mais bem ouvido sobre a
traqueia.

Sons adventícios

Creptações
Roncos
Sibilos
Atrito pleural

SIBILOS

Os sibilos são sons respiratórios contínuos que podem ser percebidos em qualquer fase
do ciclo respiratório, embora sejam mais audíveis na expiração, popularmente são
descritos com os seguintes termos: assobio, chiado piado, miado de gato.
Sibilos Indicam obstrução das vias aéreas podendo ocorrer a presença de secreção nas
mesmas e vibração das paredes das vias aéreas que podem se colapsar (fechar). Pode
haver espessamento das paredes das vias aéreas ou obstrução do lúmen (cavidade).
Os sibilos estão caracteristicamente presentes em uma crise de asma, mas qualquer
obstrução ao fluxo das vias aéreas de grosso e médio calibre podem gerar sibilos. Por
exemplo, um corpo estranho, secreção ou tumor central.

ATRITO PLEURAL

Som contínuo, de baixa frequência, ouvido ao inspirar e ao expirar, causado pela fricção
entre a pleura parietal e visceral devido a um processo inflamatório (pleurite), neoplásico
(câncer de pulmão) ou derrame pleural.
RONCOS

Local da ausculta - primeiramente, sobre a traqueia e os brônquios, mas, se for alto o


suficiente, pode ser ouvido sobre a maior parte dos campos pulmonares.
Causa: fluido ou muco nas e vias aéreas maiores. É mais ouvido durante a expiração.

ESTERTORES OU CREPITAÇÕES

Local da ausculta - mais comuns em lobos inferiores direito e bases do pulmão


esquerdo.
Causa - reinflação súbita de grupos de alvéolos e aumento de fluido em pequenas vias
aéreas.
Som como "esmagamento de papel celofane"
Mais ouvidos durante o fim da inspiração.

Sistema osteomuscular e neurológico

O que investigar:

Uso de medicações
Cefaleia
traumatismo craniano
Tontura ou vertigem
convulsões
tremores
fraqueza
incordenação
dormência ou formigamento
dificuldade de deglutição ou de fala
Histórico pregresso de AVE
Lesão na medula
meningite, encefalite, alcoolismo e risco ambiental ocupacional.

Preparação:

Exame neurológico de triagem, completo ou de revisão.

Sequência de ex. neurológico completo observar:

Estado mental
Nervos cranianos
Sistema motor e reflexos

Nervos cranianos para observar:

Nervo olfativo: Relacionado a Anosmia neurológica


Nervo óptico
Nervo oculomotor, troclear e abducente
Nervo trigêmio
reflexo corneal
Sentido do paladar

Teste neurológico do sist. motor

Tônus muscular.
Mov. involuntários
Marcha
Teste de romberg
Mov. alternado rápido
Teste dedo a dedo
teste dedo no nariz
teste calcanhar na canela

Teste neurológico para o sistema sensorial

Hipoalgesia, analgesia e hiperalgesia.


Temperatura.
Tato leve
Teste de vibração

Exame físico cabeça e pescoço

Inspeção:

Posição da cabeça
Tamanho, forma, contorno e simetria
Mov. involuntários ou tremores
Mov. de confirmação sincronizado com o pulso (Insuficiência aórtica)
Inclinação da cabeça para o lado
Fontanelas (em crianças)

Palpação

Crânio
Região temporal
Seios da face
Articulações temporomandibilar

Investigar:

Cefaleia
lesões cranianas
tontura
dor no pescoço
Cirurgias e prática de esportes de contato
Observar na face:

Coloração da pele
Manchas nas regiões dos molares
facies: Conjunto de alterações na expressão facial que caracterizam uma doença

Investigar nos olhos:

Dificuldade visual
sensação de corpo estranho
Madarose
Queimação ou ardência
Olho seco
Prurido
Dor ocular
Fotofobia
Estrabismo
Nistagmo
Diplopia
Cefaleia frontal
vermelhidão
edema
lacrimejamento
secreção
glaucoma
Uso de óculos ou lente
Retinopatia
Padrões de cuidados pessoais

Exames no olho

Pupilas normais- Isocória


Dilatadas- Midriáticas
Contraídas- Mióticas
Assimétricas- Anisocóricas

Ouvido

Inspecionar:

Dor no ouvido
infecção
secreção
perda auditiva
ruído do ambiente, zumbidos, campainhas e estalidos.
vertigem
presença de adorno.
Nariz

Investigar

Olfato obstruído
presença de pelos
Sangramento ou secreção
Dor nos seios paranasais

Sistema tegumentar

Composição: Pele, unha e pelos.

Avaliação tegumentar inclui:


• Couro cabeludo
• Cabelo
• Pele
• Unhas

O que constitui a pele:

• Epiderme: Não é irrigada por sangue, nem com terminação nervosa


• Poro sudoríparo
• Camada córnea (queratinizada), superficial a epiderme
• Derme: Irrigação sanguínea, arteríola, folículo piloso(por onde sai o pelo)

Lesão por pressão

• Quando não a mudança de posição do paciente o local onde ocorre maior pressão (lombar,
reg. Escapular...) perde a irrigação e as veias e artérias presente são degradadas.
• Essas feridas por pressão ocorrem onde tem proeminências ósseas.
• O que evita: Mudança de posição.
• Osteomielite: Infecção no osso que pode ser causada por lesão de pressão
• Quando a lesão é curada, o tecido que recobre é o tecido cicatricial, que é mais sensível,
não tem glândulas sudorípara ou pelos.

Funções da pele

• Proteção: A pele minimiza as lesões provocadas por agentes químicos, térmicos e ondas
luminosas.
• Previne a penetração: A pele é uma barreira que impede a penetração de microrganismo e
a perda de água e eletrólitos originados no interior do corpo.
• Perigo dos queimados, perde muita água e eletrólitos podendo levar a morte.
• Percepção: Pele é uma grande superfície sensitiva que contém órgãos neurosenssoriais
finais para o tato, dor, temperatura e pressão.
Regulação da temperatura: Dissipação de calor pelas glândulas sudoríparas e o
armazenamento de calor pelo isolamento subcutâneo.
Identificação: Impressões digitais, padrão de beleza
Recuperação de feridas
Absorção e excreção: A pele executa alguns detritos metabólicos, produtos colaterais da
decomposição celular, como minerais, açucares, aminoácidos, colesterol, ácido úrico e
uréia.
Ajuda na síntese de vitamina D: A pele é a superficir na qual a luz do sol converte
colesterol em vitamina D.

Entrevista

• História pregressa de doenças cutâneas pessoal e familiar


• Alteração de pigmentação
• Alteração de verrugas
• Ressecamento ou umidade excessivos
• Prurido (Coceira)
• Equimoses abundantes (Mancha roxa)
• Erupção ou lesão (Acne)
• Cicatrizes
• Uso de medicações
• Perda de pelos e cabelos
• Alteração nas unhas
• Riscos ambientais ou ocupacionais
• Comportamento de cuidados pessoais

Inspeção

• Pigmentação geral
• Ausência de pigmentação
• Modificação disse j adas da cor -Palidez, eritema, cianose, icterícia
• Presença de maculas, pápulas, vesículas, pústula, nódulos, tumor, úlceras e atrofia
• Tatuagem
• Marcas de picadas de agulhas

Palpação

Observar:
• Temperatura
• Umidade
• Textura
• Espessura
• Edema
• Mobilidade e turgor
• Lesões
Couro cabeludo e cabelos

Inspeção e palpação

• Higiene
• Lesões couro cabeludo
• Presença de parasitas
• Cicatriz
• Alopecia
• Distribuição dos cabelos
• Uso de produtos químicos.

Unhas

Inspeção

• Formato e contorno
• Coloração
• Lesões
• Higiene

Baqueteamento

• Causa: falta crônica de oxigênio por doenças pulmonares e cardíacas.


• Unha mais arredondado, em forma de baqueta.
• Provavelmente tem algum problema cardíaco, pulmonar ou respiratório.

Ciloníquia

• Unha em forma de colher


• Causa: anemia ferropriva, uso de detergentes fortes, sífilis.
Linhas de beau
• Causa: doença sistêmica como infecção grave, traumatismo

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