Crise de 1929 - Antecedentes, Causas, Impactos e Lições
Crise de 1929 - Antecedentes, Causas, Impactos e Lições
Crise de 1929 - Antecedentes, Causas, Impactos e Lições
ANTECEDENTES
● A Primeira Guerra Mundial, que ocorreu entre 1914 e 1918, causou um grande impacto na economia
global, levando a um período de instabilidade financeira e desequilíbrio econômico.
● A superprodução industrial dos Estados Unidos, que ocorreu durante a década de 1920, resultou em
um excesso de produtos no mercado e uma diminuição dos preços.
● A política monetária adotada pelo Federal Reserve dos Estados Unidos, que aumentou as taxas de
juros na tentativa de conter a especulação, acabou exacerbando a crise.
● A queda dos preços agrícolas devido à superprodução e às dívidas dos agricultores levou a um colapso
no setor agrícola e a uma diminuição do consumo.
● O aumento das tarifas comerciais, como a Lei Smoot-Hawley de 1930, levou a uma diminuição do
comércio internacional e a um agravamento da crise econômica.
● O surgimento de assuntos políticos e sociais, como o crescimento do movimento sindical e a luta pelos
direitos dos trabalhadores, contribuíram para o clima de instabilidade durante esse período.
● A redução dos níveis de confiança dos investidores e consumidores, devido à incerteza econômica e ao
colapso do mercado de ações, levou a uma diminuição dos investimentos e do consumo.
● O desequilíbrio nas finanças públicas, com altos níveis de endividamento e déficits orçamentários,
também contribuiu para a crise econômica.
● A eclosão de eventos catastróficos, como a seca no Meio Oeste dos Estados Unidos durante a década
de 1930, agravou a crise agrícola e a situação econômica geral.
● A falta de políticas eficazes de combate à crise, tanto a nível nacional quanto internacional, impediu
uma recuperação rápida da economia.
● O colapso do sistema financeiro global, com o fechamento de bancos e a falta de crédito disponível,
contribuiu para a propagação da crise.
● O impacto da Grande Depressão nos países ao redor do mundo, levando a uma recessão global e à
diminuição do comércio internacional, tornou a crise ainda mais grave e prolongada.
● Os anos do pós-Primeira Guerra Mundial: os EUA estavam envolvidos na reconstrução da Europa por
meio de investimentos e empréstimos às nações. Isso gerou uma expansão em sua produção
industrial, chamada de superprodução.
● A década de 1920, chamada de os Golden Twenties (os anos vinte dourados, em tradução livre): uma
época de grande euforia econômica interna nos EUA, de muito consumo dos produtos industrializados,
chamado também de superconsumo.
● O American Way of Life (o modo de vida americano, em tradução livre): um conjunto de valores
culturais que envolviam o consumismo e a valorização de novos e modernos produtos industriais. Essa
mentalidade foi exportada para o mundo.
CAUSAS DA CRISE
● Especulação no mercado de ações, levando a um aumento nos preços das ações e criação de uma
bolha especulativa.
● Política monetária do Federal Reserve dos Estados Unidos, que aumentou as taxas de juros na
tentativa de conter a especulação, exacerbando a crise.
● Acúmulo de dívidas por parte dos consumidores e das empresas, levando a um aumento no
endividamento e instabilidade financeira.
● Queda dos preços de commodities, como o colapso dos preços agrícolas, resultando em dificuldades
econômicas para agricultores e redução do consumo.
● Aumento das tarifas comerciais com a Lei Smoot-Hawley de 1930, levando a uma diminuição do
comércio internacional e agravando a crise econômica.
● Crise agrícola devido a fatores como a seca no Meio Oeste dos Estados Unidos, prejudicando a
economia do país.
● Colapso do sistema bancário, com falências de bancos em cascata e corridas bancárias, levando a
uma crise de liquidez.
● Falta de confiança no sistema financeiro e instituições bancárias, resultando em uma diminuição dos
investimentos e da disponibilidade de crédito.
As causas da Crise de 1929 foram diversas. Em primeiro lugar, é importante ter em mente que o contexto dos
anos 1925 e 1926 foi determinante para a crise: os países europeus que estavam, desde 1918, em movimento
de reconstrução encerraram esse processo e, portanto, passam a importar menos da indústria dos EUA e a
depender menos de seus empréstimos. No entanto, a produção industrial estadunidense não diminuiu, o que
gerou o subconsumo.
Em uma análise direta, a crise foi causada pela relação entre dois fatores antagônicos:
a superprodução, ou seja, a produção industrial elevada, que produz além do que o mercado normalmente quer
comprar;
o subconsumo, ou seja, o consumo inferior ao normal, gerado por circunstâncias do contexto histórico
específico.
IMPACTOS DA CRISE
● A quebra da Bolsa de 1929 causou uma crise econômica devastadora nos Estados Unidos, resultando
em uma grande depressão que durou até a década de 1930.
● Milhões de pessoas perderam seus empregos devido à recessão, levando a uma taxa de desemprego
que atingiu cerca de 25%.
● O colapso do sistema bancário levou a uma crise financeira generalizada, com bancos falindo e muitas
pessoas perdendo suas economias.
● A queda na produção industrial e agrícola levou a uma diminuição da atividade econômica, resultando
na falência de muitas empresas e no fechamento de fábricas.
● A crise levou a uma queda acentuada no consumo e no investimento, levando a uma espiral
descendente na economia.
● . Muitas famílias foram despejadas de suas casas devido à incapacidade de pagar hipotecas, levando a
um aumento na falta de moradia e na pobreza.
● A crise teve um impacto global, levando a uma recessão em muitos países ao redor do mundo e
prejudicando o comércio internacional.
● . A redução das receitas fiscais levou a déficits orçamentários e dificuldades financeiras para o governo
dos Estados Unidos e de outros países afetados pela crise.
● A crise afetou negativamente o sistema de seguridade social, levando a cortes nos programas de
assistência social e de bem-estar.
● . A quebra da Bolsa de 1929 teve um impacto duradouro na confiança do público no sistema financeiro
e nas instituições, levando a mudanças regulatórias e reformas econômicas para evitar crises similares
no futuro.
● O Brasil em 1929 vivia o fim da Primeira República, no último governo oligárquico da chamada
república do café com leite: o do presidente Washington Luís, que governou de 1926 a 1930. Nessa
época, o café era o centro da economia brasileira e o governo se esforçava para investir nos produtores
e exportadores.
● Com a quebra da Bolsa de Nova Iorque, as exportações de café caíram sensivelmente, sobretudo
porque os EUA eram o maior comprador do café brasileiro. Com isso, para não reduzir drasticamente a
produção nacional e reverberar a crise em solo brasileiro, o governo comprou toneladas de café e
queimou, num esforço de manter os preços altos.
● No entanto, essa manobra foi feita com dinheiro público, o que também acarretou prejuízos para o
Brasil, que contraiu pesados empréstimos para viabilizar a compra das safras.
LIÇÕES APRENDIDAS
● Regulação financeira mais rigorosa: Após a quebra da Bolsa de 1929, foram implementadas medidas
regulatórias mais rigorosas para controlar práticas especulativas e arriscadas no mercado financeiro.
● Papel do governo na economia: A crise de 1929 mostrou a importância do governo como regulador e
estabilizador da economia, levando a uma maior intervenção estatal para evitar crises econômicas
futuras.
● Estabilização do sistema financeiro: A crise de 1929 levou a uma maior atenção e regulamentação do
sistema financeiro para evitar práticas irresponsáveis que possam levar a um colapso financeiro.
● Políticas fiscais contracíclicas: A crise econômica resultante da quebra da Bolsa de 1929 mostrou a
importância de políticas fiscais contracíclicas para estimular a economia durante períodos de recessão.
● 1 Prevenção de monopólios e concentração de poder: A quebra da Bolsa de 1929 levou a uma maior
atenção à prevenção de monopólios e à regulação da concentração de poder econômico para evitar
crises sistêmicas no futuro.