4.1 - Proctologia
4.1 - Proctologia
4.1 - Proctologia
Anatomia do reto distal: abaixo de mucosa, não tem epitélio para segurar
o Tem 2 epitélios divididos pela linha pectínea ou esse vaso em crescimento no seu lugar, então ele
linha denteada. acaba se projetando para dentro da luz do reto.
Acima dela é mucosa, com células cilíndricas. Com o tempo, a hemorroida está tão projetada
O CA que surge nele é adenocarcinoma. que, ao esforço, pode sair para fora do reto!
Não tem inervação tátil! Então não há dor ali.
Abaixo dela é epitélio, Causa:
O CA que surge nele é carcinoma o Principal: Constipação!
epidermoide. o Outras: Ficar muito tempo sentado, sobretudo
Há inervação sensorial, então é necessário na tampa do vaso, que impede o fluxo correto da
uso de anestesia nos tratamentos daqui. drenagem venosa e linfática da região do períneo.
o A musculatura de contração é dividida entre os
músculos: Clínica:
M. esfíncter anal interno Involuntário. o Hemorroida interna:
M. esfíncter anal externo Voluntário. Sangramento INDOLOR + Prolapso.
M. elevador do ânus. Prurido.
o Glândulas: ficam no espaço interesfincteriano
(entre os mm. Interno e externo) e se chamam Obs: a interna sangra porque é inferior a uma
Glânulas de Chiari. mucosa, que não segura esse sangue.
Ficam exatamente na mesma altura da linha
pectínea e ao redor de todo o ânus.
Função: produção de muco Facilita a saída
das fezes no canal anal.
Para levar o muco ao reto, ela tem um “tubinho”
transesfincteriano (passa por dentro do esfinc.
Interno).
Pode obstruir e infeccionar, causando
abscessos anorretais.
Tratamento da interna:
o Estadiamento (Tipos): com base no prolapso.
Tratamento da externa:
POSOLOGIA:
Proctyl: passar 2cm de pomada, 2~3x dia até
melhora dos sintomas. Depois, manter 1x dia até Legenda: resuminho de fissura aguda x crônica.
resolução dos sintomas. Passar idealmente após
evacuação.
o Crônica:
> 6 semanas.
Dor ao evacuar.
Plicoma anal sentinela Formação de prega
anal resultante de múltiplas cicatrizações da
região.
Papilite hipertrófica Sensação tátil de que
as papilas anais estão mais grossas no toque
retal.
Esbranquiçada. Devido fibrose.
Tratamento:
1. Esfincterotomia lateral interna
- Tem 80% de chance de sucesso, enquanto o
tratamento conservador tem sucesso de 30%. Gab: B. O sangramento anal é mais comum em
↓ (Se paciente apresentar frouxidão no canal pacientes com hemorroidas.
anal).
2. Avanço cutâneo ABSCESSOS ANORRETAIS
- É uma alternativa que fecha mais o canal anal.
É indicada para pacientes que ao invés de ter Introdução:
hipertonia, tem hipotonia! o Conceito: Infecção das glandulas de Chiari.
o Fisiopatologia: o muco se acumula na glândula
Obs: quando o paciente não aceita a cirurgia logo de e não consegue drenar para o canal retal. Quando
cara, podemos tentar o conservador antes na crônica. infecciona, causa um abscesso.
Não funciona tanto, mas pode ajudar em alguns o Possíveis lugares:
casos. Interesfincteriano: local de origem da glândula.
Perianal: depois de tanto ser “amassado”
devido a movimentação dos músculos, o
abscesso desce para uma região mais distal,
abaixo dos mm. Esfíncteres. O mais comum.
Proctologia
Supraelevador: quando ao invés de descer, o
abscesso sobe para cima do músculo elevador
do ânus. É pélvico.
Isqueorretal: quando a pressão faz ele furar o
músculo esfincter externo, mandando ele para
as nadegas.
Clínica:
o Dor perianal contínua + Abaulamento localizado.
o Sinais de sepse Febre, mal estar geral,
inapetência.
Fatores de risco:
o Obesidade, doença de Chron, SII e DM.
Gab: A.
Diagnóstico: Clínico.
o Anamnese + Exame proctológico
FÍSTULA ANORRETAL
Anuscopia.
Introdução:
Obs: às vezes dói tanto que é preciso anestesiar o
o Conceito: é a cronificação de um abscesso
paciente para fazer a anuscopia!
anorretal.
Obs2: Nos casos dos abscessos com localização
Quando drenamos, abrimos uma comunicação
mais estranha (supraelevador e isquiorretal), podemos
entre o meio externo e o interior do abscesso.
usar uma RM para fechar o diagnóstico.
Esse abscesso, por sua vez, tem comunicação
com a glândula de Chiari, que tem comunicação
Tratamento:
com o lumen retal. Forma-se, assim, um trajeto
fistuloso.
1. Drenagem imediata!
Exterior Gg. Chiari Reto
- Tem que ser imediato para impedir transformação de
O tipo de fístula varia conforme o tipo de
gangrena de Fournier.
abscesso de origem.
+ (Se sinais de repercussão sistêmica ou
imunossuprimidos)
2. ATB
- Tratamento de sepse.
Clínica:
o Dor + Secreção purulenta.
o Classificação: as inter, trans, supra e extra.
Diagnóstico: Clínico.
o Anamneses + exame físico (regra de Goodsall
Salmon).
Legenda: Os tipos de fístula. o Em casos de fístulas mais complexas, pode usar
exames de imagem.
A regra de Goodsall Salmon: RM ou Fistulografia.
o Serve para presumir o trajeto de fístulas simples
(a inter e a trans). Tratamento:
o Sabendo que o abscesso vai procurar uma forma
de drenar pela pele respeitando (1) a gravidade e Depende se for simples ou complexo. Isso se define
(2) as forças expulsivas que o cercam, dá para com base na distância do esfíncter anal.
imaginar os trajetos possíveis.
o Os abscessos posteriores estão atrás do reto, Simples Distancia para o ânus < 3 cm.
então eles têm que contornar o órgão para achar Complexo Distância para o ânus > 3 cm.
a pele por onde vai drenar.
o Os abscessos anteriores estão antes do reto, 1. Se simples
então eles só descem e acham a pele. - Fistulotomia ou fistulectomia.
- Abre a fistula toda para drenar ela.
Por isso: - Encontra o trajeto da fístula e corta ele todo.
Abscessos posteriores: trajeto curvilíneo. OU
Abscessos anteriores: trajeto retilíneo. 2. Se complexo
- Drenagem com sedenho ou
Para saber isso, tem que olhar onde a fístula está - Drenagem com plug ou
localizada. Se ela estiver na região mais anterior ao - Retalhos.
ânus, provavelmente ela tem trajeto retilíneo. Por
outro lado, se for posterior, a tendencia é que o trajeto
seja curvilíneo.
Legenda: CA de ânus.
Introdução:
o Subtipo: Carcinoma epidermoide. Gab: B. A questão chega a falar de “lesão
o Fatores de risco: HPV (principal), tabagismo, ulcerada”, o que nos leva a pensar nas fissuras,
mas depois ele diz que a dor é pouca, então isso
etilismo, imunossuprimidos (devido condição, uso
meio que exclui.
de corticoides ou transplante de órgãos sólidos).
o Clínica:
Nódulos localizados com sangramento e
prurido.
o Diagnóstico:
Biópsia incisional!
o Estadiamento:
o devemos palpar os linfonodos inguinais (são o
primeiro sítio de drenagem) Se palpáveis =
doença avançada.
Palpação de linfonodos inguinais Busca por
infartos. São o primeiro foco de drenagem. Se
infartados, é sinal de doença avançada. Legenda: resumo de procto.
TC de tórax e abdome Busca por
metástases.
RM de pelve Avaliar acometimento de
estruturas adjacentes.
o Tratamento: