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NEUROANATOMOFISIOLOGIA

Organização do Sistema Nervoso


Como chegamos hoje?
Retomando…

● Introdução à Neurociência
● Origem e evolução do Sistema Nervoso
● Organização do Sistema nervoso
Organização do
Sistema ●

Nervoso
Seção 2: Origem e Evolução do Sistema
Nervoso

● Organização Morfofuncional do Sistema Nervoso - nervos cranianos


● Organização Morfofuncional do Sistema Nervoso - sistema límbico
● Organização Morfofuncional do Sistema Nervoso - tronco encefálico
Encéfalo
Telencéfalo

● Cada hemisfério dividido em lobos:


○ frontal
○ temporal
○ parietal
○ occipital
○ ínsula.
Telencéfalo
● Giro pré-central imediatamente anterior ao
sulco central: área motora primária do
córtex cerebral

● Giro pós-central: imediatamente posterior


ao córtex cerebral
Lobos cerebrais
Telencéfalo

● O sulco central separa o lobo frontal do


parietal.
● Sulco lateral: separa o lobo frontal do
temporal.
● Sulco parietoccipital: separa o lobo parietal
do lobo occipital.
Sulcos e giros - Lobo frontal

Sulcos:
● Sulco pré-central: mais ou menos paralelo ao
sulco central.

● Sulco frontal superior: inicia-se na porção


superior do sulco pré -central e dirige-se
anteriormente no lobo frontal. É perpendicular
a ele.

● Sulco frontal inferior: partindo da porção


inferior do sulco pré-central, dirige-se para
frente e para baixo.
Sulcos e giros - Lobo frontal

Giros:
● Giro pré-central: localiza-se entre o sulco central e o
sulco pré-central. Neste giro se localiza a área motora
principal do cérebro (córtex motor).

● Giro frontal médio: localiza-se entre o sulco frontal


superior e inferior.

● Giro frontal inferior: localiza-se abaixo do sulco frontal


inferior. O giro frontal inferior do hemisfério esquerdo é
o centro cortical da palavra falada.
Sulcos e giros - Lobo parietal

Sulcos:
● Sulco pós-central: localiza-se
posteriormente ao giro pós-central. É
paralelo ao sulco central.

● Sulco intraparietal: geralmente localiza-se


perpendicular ao sulco pós-central (com o
qual pode estar unido) e estende-se para
trás para terminar no lobo occipital.
Sulcos e giros - Lobo parietal

Giros:
● Giro pós-central: localiza-se entre o sulco
central e o sulco pós-central. É no giro
pós-central que se localiza uma das mais
importantes áreas sensitivas do córtex, a
área somestésica.

● Lóbulo parietal superior: localiza-se


superiormente ao sulco intra-parietal.

● Lóbulo parietal inferior: localiza-se


inferiormente ao sulco intraparietal.
Sulcos e giros - Lobo parietal

Giros:
● No lóbulo parietal inferior, descrevem-se dois
giros:

○ Giro supramarginal, curvando em torno


da extremidade do ramo posterior do
sulco lateral.

○ Giro angular, curvando em torno da


porção terminal e ascendente do sulco
temporal superior.
Sulcos e giros - Lobo temporal

Sulcos:
● Sulco temporal superior : inicia-se próximo
ao pólo temporal e dirige-se para trás
paralelamente ao ramo posterior do sulco
lateral, terminando no lobo parietal.

● Sulco temporal inferior: paralelo ao sulco


temporal superior, é geralmente formado
por duas ou mais partes descontínuas.
Sulcos e giros - Lobo temporal

Giros:
● Giro temporal superior: localiza-se entre o
sulco lateral e o sulco temporal superior.

● Giro temporal médio: localiza-se entre os


sulcos temporal superior e o temporal
inferior.

● Giro temporal inferior: localiza-se abaixo do


sulco temporal inferior e se limita com o
sulco occípito-temporal.
Sulcos e giros - Lobo occipital

● Possui áreas de associação visual.

Sulcos:
- Sulco parieto-occipital
- Sulco calcarino
Sulcos e giros - Lobo occipital

● Possui áreas de associação visual.

Giros:
- Cúneos
- Giro occipito-temporal medial
Lobos frontal e parietal - face mesial

Sulcos:

- Sulco do corpo caloso


- Sulco do cíngulo
- Ramo marginal
- Sulco subparietal
- Sulco paracentral
Lobos frontal e parietal - face mesial

Giros:

- Lóbulo paracentral
- Giro do cíngulo
- Pré-cuneos
- Giro frontal superior
Áreas de Brodman

● Região do córtex definida com base nas suas estruturas


citoarquitetônicas e organização de suas células.
● Existem 52 já identificadas.
● A diferença está na arquitetura células das lâminas corticais.
Áreas de Brodman
Áreas de Brodman
Áreas de Brodman
Área de Brodman

Áreas 1, 2 e 3 córtex somestésico – lobo parietal

Área 17 córtex visual primário – lobo occipital.

Área 22 (principal) área de Wernicke – lobo


temporal.

Área 4 córtex motor.

Áreas 44, 45 área de broca.


Homúnculo de Penfield
● Existem áreas do nosso corpo que são mais
sensíveis ao estímulo do que outras.

● O homúnculo é uma representação distorcida do


corpo, onde determinadas áreas recebem mais
inervação (como é o caso da face e da mão em
humanos), de acordo com sua importância e
necessidade de precisão de movimentos e
sensações.
Homúnculo de Penfield

● As regiões do corpo mais sensíveis ao toque


requerem um número desproporcional de células
nervosas no centro de sensações do cérebro para
processar o estímulo.

● As mãos estão cheias de músculos de alta


precisão, a enorme quantidade de cérebro
dedicada à mão tem uma representação maior no
esquema.
Homúnculo motor
Homúnculo motor
● Está localizado ao lado do homúnculo sensorial,
exatamente no sulco central do córtex frontal.
● Esta é a área mais importante para o funcionamento
do nosso corpo.
● Elabora e executa os movimentos motores do nosso
corpo.
● Sua aparência é diferente do homúnculo sensorial, a
boca, os olhos e as mão são enormes, devido à maior
especificidade na localização dos receptores e dos
nervos.
● Ela se desenvolve de forma diferente em cada ser
humano, ou seja, a velocidade do seu
desenvolvimento é única e pessoal.
Homúnculo sensorial
Homúnculo sensorial
● Representa a sensibilidade tátil, pressão ou de
dor no nosso corpo, e está localizado no lobo
parietal, na sua junção com o lóbulo frontal.

● Compreende as áreas 1, 2 e 3 de Broadman.

● A área sensorial recebe a maioria das


projeções de informação do nosso corpo
através do tálamo.

● É responsável pela própria percepção, ou seja,


o estado do nosso sentimento interno – nos
informa sobre a postura, o estado dos órgãos e
dos nossos músculos.
Síndrome do membro fantasma

● Ocorre quando o nosso cérebro continua a sentir ou perceber as sensações de um membro


amputado.

● Um derivado do membro fantasma é a dor fantasma, que é basicamente a área sensorial que
representa a parte do corpo amputada, enviando sensação de dor a partir do nosso cérebro,
isso significa que embora o membro esteja amputado, devido a atividade dos neurônios do
homúnculo sensorial, não deixamos de sentir.
Tronco encefálico
Tronco encefálico

● Localizado entre a medula espinhal e o


diencéfalo (conexão entre as estruturas)

● Representa mais uma zona de transição


funcional nervosa, com a localização de
alguns centros nervosos (vários núcleos), do
que propriamente uma unidade anatômica
funcionalmente homogênea.


Tronco encefálico

Dividido em:

● Bulbo
● Ponte
● Mesencéfalo

Tronco encefálico

● Bulbo (ou medula oblonga):

○ “Centro vital”

○ Regulação das funções vegetativas:


■ batimento cardíaco, respiração,
pressão sanguínea, etc.
■ centro respiratório, centro
vasomotor, centro do vômito
Tronco encefálico

● Bulbo (ou medula oblonga):

○ Continuação da parte superior da


medula espinhal
○ Forma a parte inferior do tronco
encefálico
○ Tem início no forame magno e
estende-se até a margem inferior da
ponte.
Tronco encefálico

● Bulbo (ou medula oblonga):

○ Dentro da substância branca do bulbo


estão:
■ todos os tratos sensitivos
(ascendentes)
■ motores (descendentes)

Se entendem entre a medula espinhal e outras


partes do encéfalo
Tronco encefálico
● Bulbo (ou medula oblonga):

○ Logo acima da junção do bulbo com a medula


espinhal:
■ 90% dos axônios situados na pirâmide
esquerda cruzam para o lado direito.
■ 90% dos axônios situados na pirâmide
direita cruzam para o lado esquerdo.

Cruzamento: Decussação das pirâmides

Responsável pelo controle dos movimentos


no lado oposto do corpo.
Tronco encefálico

● Bulbo (ou medula oblonga):

● Núcleos associados com as sensações


de tato, de propriocepção consciente, de
pressão e vibração
Tronco encefálico

● Bulbo:
○ Lesões traumáticas, neoplásicas, vasculares ou
inflamatórias que acometam esta região são
caracteristicamente graves:
■ importantes problemas respiratórios e
cardio-circulatórios
■ óbito.
■ no Bulbo estão localizados muitos núcleos de nervos
cranianos baixos e importantes centros reguladores de
funções fisiológicas básicas, como a respiração e o
ritmo cardíaco.
Tronco encefálico

● Ponte:
○ Une partes do encéfalo entre si;
○ Essas conexões são formadas por feixes de axônios,que
conectam os lados direito e esquerdo do cerebelo.
○ Em diversos núcleos pontinos, os sinais para os
movimentos voluntários originam-se no córtex cerebral e
são retransmitidos para o cerebelo.
○ São outros núcleos a área pneumotáxica e a área
apnêustica, junto com a área respiratória rítmica, que
ajudam a controlar a respiração.
Tronco encefálico

● Ponte:

○ Zona de transição: passam inúmeros feixes de fibras


nervosas que se dirigem ao Cérebro ou que saem dele para
alcançar outras regiões do corpo e do próprio Sistema
Nervoso Central.

○ As funções da Ponte são similares às do Bulbo:


■ controle do ciclo sono-vigília
■ coordenação motora em conjunto com o Cerebelo
■ controle de funções viscerais.
Tronco encefálico

● Ponte:
○ Anatomicamente, representa a estrutura que se segue ao
Bulbo superiormente.
○ Sua superfície dorsal constitui o assoalho de uma
importante cavidade encefálica, o quarto ventrículo, cujo
teto corresponde ao Cerebelo.
○ A superfície ventral apresenta o formato de uma ponte
medieval curvada, daí a sua denominação.
Tronco encefálico

● Ponte:
○ Alguns nervos cranianos emergem de sua superfície.
○ A Ponte ainda apresenta um núcleo destacado
envolvido com a audição, entre tantos outros
relacionados às funções dos nervos cranianos.
Tronco encefálico

● Lesões na ponte:

○ oftalmoplegia (lesão do nervo abducente)


○ perda de sensibilidade facial e fraqueza dos
músculos da mastigação (lesão do nervo trigêmeo)
○ fraqueza dos músculos da face (lesão do nervo facial)
○ surdez
○ vertigem (lesão do nervo vestibulococlear).
Tronco encefálico
Mesencéfalo:

● O mesencéfalo estende-se da ponte até o diencéfalo.


● O aqueduto do mesencéfalo passa através do
mesencéfalo, conectando o 3º ventrículo, acima com o 4º
ventrículo abaixo.
● Como o bulbo e a ponte, o mesencéfalo contém tratos e
núcleos.
Tronco encefálico
● Mesencéfalo:
Subdividido em teto e tegmento pelo aqueduto
cerebral.

No teto estão os colículos;

● superiores (relacionados com a visão)


● inferiores (audição).

O tegmento está relacionado com núcleos motores:


geram respostas reflexas dos olhos, orelhas e pescoço,
além do controle da dor e respostas emocionais.
Tronco encefálico
● Mesencéfalo:

Ventralmente, sobressaem os
pedúnculos cerebrais mesencefálicos:

● Local por onde atravessam


todas as fibras que deixam ou
chegam aos hemisférios
cerebrais
Tronco encefálico
● Lesões no mesencéfalo:

○ oftalmoplegia
○ dilatação pupilar
○ ptose (paralisia do nervo oculomotor)
○ paralisias e perdas de sensibilidade de
tronco e membro (todas as vias
ascendentes que vão ao diencéfalo e
cinco trato descendentes atrelados a
motricidade atravessam o mesencéfalo).
Tronco encefálico
Tronco encefálico
● Formação reticular: “Porteiro da
consciência”, “centelha da mente” e
“pântano neuronal”

a. uma região de substância branca e cinzenta,


considerada como o centro de controle da
homeostase com as funções de respiração e
ritmo cardíaco

● A formação reticular controla todas as


funções vitais, como frequência
cardíaca, respiração, temperatura e até
o estado de vigília.
Tronco encefálico

● 🧠 No tronco encefálico estão diversas


estruturas que são importantíssimas:

a. Substância negra do mesencéfalo, que


está envolvida com o Mal de
Parkinson;
Doença de Parkinson
● Acarreta alterações motoras nos indivíduos
devido a morte de neurônios dopaminérgicos
localizados na substância negra
Doença de Parkinson
● A deficiência de neurotransmissores, especialmente a
dopamina, afeta diversas áreas do sistema nervoso central à
medida que a doença progride:

○ Prejuízo na capacidade de controle dos movimentos


normais no organismo
○ Depressão
○ Ansiedade
○ Distúrbios do sono
○ Disfunção cognitiva
○ Hipotensão ortostática (tontura ao levantar)

Doença de Parkinson

● As manifestações clínicas mais comuns da


Doença de Parkinson são:
○ tremor de repouso
○ rigidez muscular
○ lentidão durante os movimentos
(bradicinesia)
○ instabilidade postural (postura encurvada e
flexionada para frente)

https://youtu.be/dMXyqVmapRI?si=2og6XWiyryFo7Ic9

https://www.youtube.com/watch?v=bwgMUV6FxHQ
Tronco encefálico e o nocaute

https://www.instagram.com/p/B6lyrscHqMh/
Tronco encefálico

a. Nervos cranianos com funções múltiplas em nosso organismo, por


exemplo, a visão, a audição e mímica facial, entre outros (10 dos 12
pares).
Nervos
● Nervos espinhais e cranianos
● Os nervos espinhais (n.e.) fazem
parte do sistema nervoso periférico.
Eles realizam a comunicação do
SNC aos receptores sensitivos, aos
músculos e glândulas em todas as
partes do corpo.
Nervos

● Existem 31 pares de nervos espinais:

○ 8 cervicais

○ 12 torácicos

○ 5 lombares

○ 5 sacrais

○ 1 coccígeo.
Nervos cranianos
● Os nervos cranianos compõem o sistema nervoso periférico e são eles que
fazem a conexão com o encéfalo (sistema nervoso central).
● Função: conduzir, por meio de suas fibras, impulsos nervosos do sistema
nervoso central para a periferia (impulsos eferentes – nervo motor), e da
periferia para o sistema nervoso central (impulsos aferentes – nervo sensitivo).
● A maioria está ligada ao tronco encefálico, com exceção apenas de dois, que
se ligam ao telencéfalo e ao diencéfalo, respectivamente:
○ olfatório (I par) e
○ óptico (II par),
Nervos cranianos

● Existem 12 pares desses nervos, numerados


em algarismos romanos.

● Cada um será responsável por funções


sensitivas e motoras do organismo humano,
algumas delas até mesmo vitais.

São eles:

● olfatório (I), óptico (II), oculomotor (III), troclear


(IV), trigêmeo (V), abducente (VI), facial (VII),
vestibular (VIII), glossofaríngeo (IX), vago (X),
acessório (XI) e hipoglosso (XII).
Nervos cranianos

Apresentam tanto fibras aferentes quanto eferentes, isoladas ou combinadas.

Existem nervos que terão função estritamente sensitiva (fibras aferentes) ou


motoras (fibras eferentes) e outros terão função mista (fibras aferentes e
eferentes).

● Nervos sensitivos: Olfatório (I), Óptico (II) e Vestibulococlear (VIII);


● Nervos motores: Oculomotor (III), Troclear (IV), Abducente (VI), Acessório
(XI) e Hipoglosso (XII);
● Nervos mistos: Trigêmeo (V), Facial (VII), Glossofaríngeo e Vago (X).
Nervos cranianos
Nervos cranianos

I – Nervo olfatório (nervo aferente somático


especial): função de olfação. Origem na região
olfatória das fossas nasais.
II – Nervo óptico (um nervo aferente somático
especial): sentido da visão. Origem na retina, nos
fotorreceptores, e as fibras formadas seguem em
direção ao disco óptico.
Nervos cranianos
III – Nervo oculomotor (nervo misto): movimentação
do bulbo do olho (nervo eferente motor) e inervar o
esfíncter da pupila e o músculo ciliar (eferente
visceral geral).

Sua função é desempenhada juntamente a dois


outros nervos, os IV e VI pares.

IV – Nervo troclear (nervo eferente motor): participa


também da movimentação do bulbo do olho,
atuando sobre o músculo oblíquo superior.
Nervos cranianos

V – Nervo trigêmeo (nervo misto): sensibilidade geral


da face, de parte da língua e até mesmo da meninge
dura-máter e, além disso, possui sua função motora,
sendo importantíssimo para a inervação de músculos
responsáveis pela mastigação.

Possui algumas divisões: em nervo oftálmico, nervo


maxilar e nervo mandibular.

Ex. nevralgia do trigêmeo


Nervos cranianos
VI – Nervo abducente (nervo eferente motor):
participa da movimentação do bulbo do olho,
juntamente ao III e IV pares, inervando o músculo
reto lateral.

VII – Nervo facial (nervo misto):

● Função sensitiva: inervação das glândulas salivares.


● Função sensorial: inervação dos 2/3 anteriores da
língua, conferindo a gustação.
● Função motora, realizada pela inervação dos
músculos da mímica facial.
Nervos cranianos

VIII – Nervo vestibulococlear (nervo sensitivo):


a porção vestibular é a responsável pelo
equilíbrio, enquanto a porção coclear está
relacionada à audição.

IX – Nervo glossofaríngeo (nervo misto):


promove a inervação sensitiva especial e geral
do 1/3 posterior da língua. Também inerva a
faringe e suas estruturas.
Nervos cranianos
X – Nervo vago (nervo misto): inervação das
vísceras, inervação parassimpática aos órgãos, além
de inervar partes da laringe e da faringe.

XI – Nervo acessório (nervo misto):

● Principal função motora: inervação de


alguns músculos próximos ao ombro, por
exemplo.
● Ação sensitiva especial por auxiliar o nervo
vago na inervação de algumas vísceras.
Nervos cranianos

XII – Nervo hipoglosso (nervo motor):


movimentação da língua.
O sistema límbico
O sistema límbico

Alfred & Shadow - A short story about emotions

https://youtu.be/SJOjpprbfeE?si=cIz7nTtt_Oijxd9F

Emoção x sentimentos
O sistema límbico
● Limbus: borda (entre o hipotálamo e o
cérebro)
● É considerado o epicentro da expressão
emocional e comportamental.
● Lobo límbico: anel de estruturas nas faces
medial e inferior e que contornam as
estruras do diencéfalo e do tronco
encefálico
● 1937: James Papez: lobo límbico envolvido
com os processos emocionais
O sistema límbico
● Circuito de Papez: envolvimento de
estruturas do lobo límbico e de outras fora
dele
○ estruturas que se estendem desde o
telencéfalo ao tronco encefálico, em
relação de proximidade com o
hipotálamo
○ Na verdade, o circuito está
relacionado com a memória
○ Amígdala é o centro do sistema
límbico
O sistema límbico
● Conjunto heterogêneo de estruturas que
nem sempre atuam em conjunto.

● Conjunto de estruturas corticais e


subcorticais interligadas morfologicamente
e funcionalmente, relacionadas com as
emoções e memória.
O sistema límbico
● Componente cortical (lobo límbico):
○ neocórtex, pelo córtex orbitofrontal,
hipocampo, córtex insular, e os giros
do cíngulo, subcaloso e
parahipocampal.

● Componente subcortical:
○ amígdala, o bulbo olfatório, o núcleo
septal, o hipotálamo e os núcleos
anterior e dorsomedial do tálamo.
O sistema límbico
Desempenha as seguintes funções:

● Saciedade e fome
● Memória
● Resposta emocional
● Reprodução sexual e instintos maternos
● Excitação sexual
Hipocampo
Hipocampo

Está envolvido em criar memórias explícitas ou


declarativas baseadas em conhecimento (hipocampo
posterior).

● Porção anterior do hipocampo: conexões com o


córtex olfatório, amígdala e ínsula, assim como o
hipotálamo.
○ área quente (ligada com as emoções, regulação
das respostas de estresse e pode estar
envolvida com transtornos afetivos como a
depressão)
Hipocampo

Porção posterior do hipocampo: conecta-se com o


giro do cíngulo, hipotálamo e tálamo

● processamento de informações
visuoespaciais, memória e elementos de
exploração ambiental
Hipocampo

● Lesão bilateral no hipocampo: Amnésia


anterógrada

● Paciente HM

● Doença de Alzheimer: acentuada diminuição de neurônios na formação


hipocampal, que pode levar a um isolamento funcional de suas estruturas

Filme: Para sempre Alice https://youtu.be/U_RUDZx6vYM?si=aTiQWvKpckjiya9y

Série: This is us
Hipocampo

Lesão nessa estrutura também está relacionada a doenças como:

● epilepsia
● esquizofrenia
● transtorno de estresse pós-traumático (TEPT)
● amnésia global transitória (TGA).
Hipotálamo

• Função: Regulação dos processos emocionais

manifestações periféricas das emoções (SNA).


Amígdala
● Localiza-se em frente ao hipocampo e está
principalmente envolvida com o processamento
emocional

● Forma de uma amêndoa, daí seu nome.


Amígdala
● Porção basolateral: recebe informações sensoriais,
inclusive de dor, e faz conexões com as regiões
pré-frontais do córtex

● Porção corticomedial: conexões com áreas


olfatórias do córtex, participa de respostas
emocionais e se projeta para o hipotálamo e
formação reticular
Amígdala
● Relacionada com aspectos emocionais e
motivacionais

● Interage com uma área do córtex


pré-frontal chamada orbitofrontal ou
ventromedial para gerar e processar as
principais emoções:

○ raiva, felicidade, nojo, surpresa,


tristeza e, particularmente, medo.
Amígdala
● Relaciona-se com o comportamento
agressivo, maternal, sexual e ingestivo

● participa dos mecanismos de


recompensa

● Participa de processos cognitivos, como


atenção, percepção e memória explícita
(conexão com hipocampo)
Amígdala
● É importante para conferir significado
emocional às experiências cotidianas.
● Processa interação entre informações
do meio externo e do meio interno.
● Pode desencadear respostas
autonômicas e comportamentais
● Pode interferir nos processos
ideacionais.
Amígdala
● Pessoas que sofreram danos na
amígdala têm habilidades reduzidas
ao reagir e evitar situações que
induzem ao medo
● Experiência com macacos
○ reconhecimento de faces de medo

○ fuga de animais ameaçadores

○ comportamento sexual e alimentar


inadequados
Córtex orbitofrontal

● A amígdala e outras estruturas do


sistema límbico interagem com a
parte do córtex pré-frontal
chamada córtex orbitofrontal.
● Parte medial e inferior do córtex
pré-frontal (excluindo as áreas
laterais chamadas córtex
pré-frontal lateral).
Córtex orbitofrontal

● Suponha que, em alguma sexta-feira à noite em particular, enquanto dirige


para casa, você quase bata em outro carro em um cruzamento específico.
● É bem provável que, por muito tempo depois disso, ao aproximar-se desse
cruzamento, principalmente às sextas-feiras, você sinta uma pontada de
medo ou inquietação.
● Seu córtex orbitofrontal armazenou as circunstâncias, e a amígdala
armazenou o medo.
CÓRTEX INSULAR ANTERIOR
O córtex cingulado anterior

● Parte mais anterior do córtex cingulado


● Monitora o progresso em direção a
qualquer objetivo que você busque e gera
um sinal de aviso quando as coisas não
funcionam para indicar que uma mudança
de estratégia pode ser necessária.
● “Domesticação”
● Tristeza - estipulação: diminuição da
depressão
Área septal

● Situada abaixo da parte anterior do Corpo


Caloso.
● Constitui um dos Centros do prazer do
Cérebro.
● Alguns acreditam ser o Centro do orgasmo
(outros, acham que quem comanda é o
hipocampo, amígdala e o núcleo caudado, em
conjunto).
● “Raiva septal”, reação anormal aos estímulos
sexuais
Núcleo accumbens

● Situado entre o núcleo caudado e o putâmen


(núcleos da base)
● Faz parte do corpo estriado ventral
● Recebe aferências dopaminérgicas
● É o mais importante componente do sistema
mesolímbico (Sistema de recompensa)
Habênula

● Função: Regulação dos níveis de dopamina (inibição do sistema


mesolímbico);
● Frustração (não recompensa).

• Lesão: melhora nos quadros depressivos.


Processos motivacionais e o circuito de
recompensa

● As zonas do cérebro identificadas como centros de recompensa foram o


sistema límbico e o núcleo accumbens, cujos neurônios têm numerosos
receptores para o neurotransmissor dopamina, a "molécula do prazer".
● O sentimento de prazer é uma das principais forças que nos faz agir. Sem
ele, não teríamos motivação nem para levantar da cama todos os dias.
● A anedonia, que é a perda da capacidade de sentir prazer, é um sintoma
compartilhado por vários transtornos mentais.
Processos motivacionais e o circuito de
recompensa

● É responsável pelo incentivo


biológico (motivação e vontade,
desejo) e aprendizado associativo
(reforço positivo,
condicionamento clássico),
emoções positivas que envolvem
componente prazeroso (alegria,
euforia, êxtase).
Processos motivacionais e o circuito de
recompensa

● Recompensa é uma propriedade


atrativa e motivacional de um
estímulo que induz comportamento
de aproximação e consumatório.
● Estímulo recompensa = objeto,
evento, atividade ou situação que tem
potencial para nos fazer aproximar e
consumí-lo. O estímulo recompensa
pode funcionar como reforço positivo.
Circuito de recompensa
● VTA: Área tegmentar ventral
● Núcleo accumbens
● Córtex pré-frontal

O VTA contém toneladas de dopamina,


que é liberada no accumbens e no córtex
pré-frontal

Circuito ativado por um estímulo de


recompensa (agradável) que encharca o
cérebro de dopamina
Processos motivacionais e o circuito de
recompensa

● O circuito da recompensa e do prazer


são objetos de estudos científicos
pela sua relação direta com as áreas e
mecanismos neurais ligados ao abuso
de drogas lícitas e ilíticas, e as
compulsividades (p.ex. compras e
sexo) que podem ser manipulados
para desviar o foco de atenção do
paciente dependente e compulsivo.
Dopamine and Brain Reward: Understanding How the Brain Responds to
Natural Rewards and Drugs of Abuse
https://www.youtube.com/watch?v=7VUlKP4LDyQ
REFERÊNCIAS

Neurociências : desvendando o sistema nervoso [recurso eletrônico] / Mark F.


Bear, Barry W. Connors, Michael A. Paradiso ; tradução: [Carla Dalmaz ... et al.] ;
[revisão técnica: Carla Dalmaz, Jorge Alberto Quillfeldt, Maria Elisa
Calcagnotto]. – 4. ed. – Porto Alegre : Artmed, 2017.

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