Vigiai

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Os principais verbos desta parte expressam uma ordem absoluta que deve ser obedecida

irrestritamente: “aprendei”, “vigiai”, “estai”, etc. Todos denotam a urgência de se estar atento
a fim de não ser surpreendido pela vinda repentina de Jesus.
Estará você preparado para este dia e hora?
Muitos serão surpreendidos pela vinda do Senhor. Embriagados pelas ânsias desta vida,
teimam em viver como se a vinda de Jesus fosse a mais remota das hipóteses. À semelhança
daqueles escarnecedores referidos pelo apóstolo Pedro, perguntam: “Onde está a promessa
da sua vinda?” O que tais crentes não sabem é que já estamos em plena era escatológica;
vivemos os últimos dias desta dispensação.
Estarás tu vigiando, quando Jesus voltar?

I. O QUE SIGNIFICA VIGIAR


Vigiar é um dos verbos mais conhecidos nos arraiais evangélicos. Leva-nos esta palavra a uma
ordem expressa e urgente de Nosso Senhor Jesus Cristo: “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia
nem a hora em que o Filho do Homem há de vir” (Mt 25.13). Tal mandamento, deu-nos Ele
pouco antes do início de sua paixão, morte e ressurreição. O que significa, porém, vigiar?
1. Definição. Este vocábulo significa: observar atentamente, tomar cuidado, estar acordado,
velar com toda atenção, postar-se como sentinela, precaver-se. É uma palavra rica em
significados. Quando Cristo a usou, sabia Ele perfeitamente que os seus servos, nestes tempos
difíceis e trabalhosos, teriam de munir-se de todos os cuidados possíveis, a fim de não serem
subvertidos pelos acontecimentos que haveriam de preceder o soar da última trombeta.
2. Conceituação teológica. “Vigiar, no original, é um verbo mui sugestivo; significa estar sóbrio
e manter a mente limpa. Nestes dias de intensa fúria das forças do mal, conservemos nossas
mentes em contínuo equilíbrio para que não percamos de vista a vinda de Cristo. Como,
porém, manter o equilíbrio em meio a tantas pressões? Através da oração e súplica. Quanto
mais buscarmos a face de Deus, mais aptos estaremos para resistir ao período derradeiro da
Igreja na terra” (Dicionário de Escatologia Bíblica, 1998, p.177, CPAD).
Diante do exposto, a pergunta não pode ser ignorada: Estamos realmente vigiando? Ou,
simplesmente, estamos a brincar de crentes, como se este mundo, que jaz no maligno, fosse
um imenso parque de diversões?

II. OLHAI, VIGIAI E ORAI


Ao transcrever o Sermão Profético de Nosso Senhor, o evangelista Marcos registra uma ênfase
que todos deveríamos levar em consideração: “Olhai, vigiai e orai, porque não sabeis quando
chegará o tempo” (Mc 13.33). Vejamos, a seguir, o por quê da ênfase que Jesus empregou
nesta ordem escatológica.
1. Olhai. Este imperativo leva o crente a olhar para todos os acontecimentos que, nestes
últimos dias, estão marcando a Igreja de Cristo e a História Universal. Lembra-se do que
estudamos nas primeiras lições deste trimestre? Na segunda lição, vimos que a Igreja vem
sendo atacada por uma onda inédita de heresias, apostasias. Na terceira, realçamos os sinais
mencionados pelo Senhor em seu Sermão Profético.
Por conseguinte, “quando essas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai a
vossa cabeça, porque a vossa redenção está próxima” (Lc 21.28). Contemplemos os sinais não
com espanto e medo; contemplemo-los com pleno regozijo; afinal, estão eles a assinalar-nos
de que breve Jesus voltará.
2. Vigiai. Como já vimos acima, o vigiar diz respeito à nossa conduta e ao nosso andar como
discípulos de Cristo Jesus. Os que não vigiam, estão a agir como aqueles servos das parábolas
do Senhor. Um resolveu enterrar o talento outro pôs-se a espancar os conservos; as néscias
dormiram sem se aperceberem de azeite. E, assim, quando o Senhor voltou, encontrou todos
desprevenidos.
Está você vigiando? Ou acha que Jesus nunca nos chamará a prestar contas?
3. Orai. Como viver sem oração num mundo que, declaradamente, jaz no maligno? O apóstolo
Paulo, ao discorrer sobre estes dias aos irmãos de Tessalônica, exortou-os: “Orai sem cessar”
(1 Ts 5.17). Oremos, pois, em todo o tempo, a fim de que o Senhor nos leve a viver de vitória
em vitória.

III. VIGIAI EM SANTIDADE


A doutrina da santificação vem sendo esquecida em muitos de nossos púlpitos. Na procura
insana por aquilo que se convencionou chamar de politicamente correto, substituiu-se a
teologia da santificação por um ensino de auto-ajuda e triunfalista. A grande proeza destes
dias selvagens não é o ser santo, mas o triunfar na profissão e prosperar materialmente, como
se estas fossem o parâmetro exigido por Deus para herdarmos a vida eterna. Todavia, a
Palavra de Deus não deixa qualquer dúvida quanto às reivindicações divinas: “Portanto,
santificai-vos e sede santos, pois eu sou o Senhor, vosso Deus” (Lv 20.7).
No Apocalipse, deixa-nos o evangelista uma exortação que jamais deveria ser esquecida por
aqueles que lutam por viver a eternidade ao lado de Cristo: “Quem é injusto faça injustiça
ainda; e quem está sujo suje-se ainda: e quem é justo faça justiça ainda; e quem é santo seja
santificado ainda” (Ap 22.11).
É chegado o momento de os santos mostrarem-se cada vez mais santos. Não há dúvida de
que, nestes últimos dias, presenciaremos o surgimento de uma geração que, amorosa e
sacrificialmente, tudo fará para honrar o Cordeiro de Deus através de uma vida irrepreensível
e piedosa: “Esta é a geração daqueles que buscam, daqueles que buscam a tua face, ó Deus de
Jacó” (Sl 24.6). Infelizmente, o número dos abomináveis aumentará de forma assustadora, e
tudo farão para trazer o mundo para a Igreja.
Tem você vigiado em santidade? Tem buscado ao Senhor de todo o seu coração? Sem a
santificação, ninguém verá o Senhor (Hb 12.14).
Busquemos, pois, ter uma vida irrepreensível diante daquEle que, em breve, virá buscar-nos.
Não podemos agir de maneira displicente como se fôssemos viver, neste mundo, por
alongados dias. Aqui não é a nossa pátria. Somos peregrinos! E, assim, andando e chorando,
caminhemos em direção da cidade, cujo arquiteto e construtor é o Senhor.

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