Construções Especiais: Mauricio Thomas

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CONSTRUÇÕES

ESPECIAIS

Mauricio Thomas
Materiais e produtos
que minimizam o uso
de recursos naturais
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

„„ Identificar os sistemas prediais de reaproveitamento de água.


„„ Expressar os sistemas prediais de captação e armazenagem de energia
solar.
„„ Relacionar os sistemas construtivos que reduzem a geração de
resíduos.

Introdução
Atualmente, o conceito de desenvolvimento sustentável se difundiu
por diversos setores da economia e a consciência da sociedade sobre a
importância da preservação ambiental para a manutenção da qualidade
de vida é cada vez maior. Nesse sentido, a questão ambiental e o uso dos
recursos naturais passaram a receber maior atenção por parte da socie-
dade, que começou a sentir as consequências dos impactos das atividades
do homem sobre o meio ambiente e, diante disso, tem aceitado com mais
facilidade a necessidade de mudança do atual modelo de desenvolvi-
mento. Uma prova disso é a constante preocupação dos compradores de
imóveis com o quesito da sustentabilidade. De antemão, pessoas que têm
o desejo de adquirir um bem imóvel buscam informações a respeito das
práticas de sustentabilidade adotadas durante a construção e se houve
uma preocupação voltada à preservação do meio ambiente.
Neste capítulo, você vai conhecer alguns sistemas prediais de rea-
proveitamento da água, bem como identificar os sistemas prediais de
captação e armazenagem de energia solar. Também vai relacionar os
sistemas construtivos que reduzem a geração de resíduos em obras.
2 Materiais e produtos que minimizam o uso de recursos naturais

Sistemas prediais de reaproveitamento de água


Nesse tópico, você verá os tipos de água a serem consideradas no projeto de
reaproveitamento de água de uma edificação para fins não potáveis, que são
comumente utilizadas hoje em dia, e as variáveis necessárias para seguir as
boas práticas de um sistema eficaz.
Inicialmente, é essencial conhecer os tipos de água que podem abastecer
o projeto de reaproveitamento de água. Vamos focar especialmente nas águas
pluviais, que costumam ser mais aceitas pelos usuários, e nas águas cinzas.

Águas pluviais
O uso de água pluvial (água da chuva) consiste em uma das importantes
medidas para a gestão da água, contribuindo tanto para a economia de água
potável quanto como medida não estrutural de drenagem, a qual é realizada no
próprio lote. Atualmente, percebe-se que os problemas com o abastecimento
de água e também com o aumento do escoamento superficial provocado pela
crescente impermeabilização das cidades têm incrementado a sua utilização
nos edifícios.
Esse sistema de aproveitamento de águas pluviais costuma ser utilizado para
consumo não potável e consiste de um conjunto de elementos, de tecnologia
relativamente simples e econômica, que objetiva captar e armazenar a água
da chuva para uso futuro.
O sistema é composto basicamente por:

„„ área impermeabilizada de captação;


„„ calhas e condutores verticais;
„„ filtro autolimpante;
„„ reservatório de descarte da água de limpeza do telhado (água da pri-
meira chuva);
„„ reservatório de armazenamento;
„„ tratamento da água.

A Figura 1 apresenta um esquema comum e simplificado de um sistema


de captação para futuro aproveitamento da água pluvial.
Materiais e produtos que minimizam o uso de recursos naturais 3

CAPTAÇÃO água da chuva água da rua água filtrada e reutilizada

bomba

filtro
reservatório
subterrâneo

Figura 1. Esquema básico de um sistema de aproveitamento de águas pluviais.


Fonte: Joli ([2013]).

Você também pode se perguntar do porquê de realizar o aproveitamento


da água da chuva. Alguns motivos encontram-se a seguir:

„„ fonte alternativa à água potável;


„„ conservação dos recursos hídricos disponíveis;
„„ redução do risco de enchentes e erosões em áreas urbanas;
„„ redução do escoamento superficial;
„„ instalação de baixa complexidade;
„„ água captada com baixa concentração de poluentes;
„„ redução dos custos associados às tarifas de água.

A NBR 15527 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,


2007) (Água de chuva – aproveitamento de coberturas em áreas urbanas para
fins não potáveis) recomenda que, para se coletar água com menor contamina-
ção para fins de aproveitamento, se considere apenas a captação de águas em
áreas de coberturas. O subsistema de tratamento deve propiciar a remoção dos
poluentes, de forma a não prejudicar a saúde dos usuários. Porém, o grau de
contaminação geralmente varia em função de diferentes aspectos, destacando-
4 Materiais e produtos que minimizam o uso de recursos naturais

-se: época de chuvas e de estiagem, e materiais e estado de conservação da


área de captação, reservatórios e demais partes do sistema.
Com relação ao dimensionamento do sistema, este mesmo deve iniciar com
a determinação da vazão diária demandada da água da chuva ou do volume
mensal demandado. Essa demanda nada mais é do que a representação de
todos os pontos de consumo do empreendimento que permitam a utilização
da água da chuva.
O atendimento total ou parcial da demanda depende da qualidade da
água captada, da área de captação disponível e dos índices pluviométricos
da localidade. Quanto à área de captação, esta pode ser qualquer superfície
impermeabilizada, sempre dando preferência a telhados que possibilitem a
captação da água com melhor qualidade. É sempre melhor que hajam telhados
com uma razoável inclinação, pois isso facilita a captação da água da chuva
e acaba reduzindo possíveis perdas. Para se determinar a área de captação,
deve-se seguir os passos da NBR 10844 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 1989) (Instalações prediais de águas pluviais). Também
há a recomendação de que o ponto de captação esteja próximo ao ponto de
uso, pois dessa maneira você acaba diminuindo os custos com encanamento
e bombeamento.
Viggiano (2005) aponta a possibilidade do uso do sistema de aproveita-
mento da água pluvial como uma possível maneira de se reduzir o consumo
de água potável, pois, nesse caso, o uso de água potável seria limitado para
a alimentação e a higienização, por exemplo, e para uso não potável, como
água para bacias sanitárias, lavagem de pisos e irrigação de jardins, em que
seria utilizada a água proveniente do sistema de captação de água pluvial.
O tratamento da água pluvial requer um tratamento para poder ser utilizada.
O nível de tratamento a ser empregado depende, principalmente, do uso pre-
tendido (potável ou não potável) e da qualidade da água bruta que é captada.
A Agência Nacional das Águas – ANA (BRASIL, 2005) diz que, conside-
rando os usos não potáveis mais comuns em edifícios, são empregados sistemas
de tratamento compostos de unidades de sedimentação simples, filtração
simples e desinfecção com cloro ou radiação ultravioleta. Eventualmente,
há a possibilidade de se utilizar sistemas mais complexos que proporcionem
níveis de qualidade mais elevados. O tratamento da água da chuva depende
da qualidade da água coletada e do seu destino final. Depende, também, da
capacidade do reservatório, pois o seu tratamento deverá ser diferenciado caso
a água fique parada por muito tempo, eliminando os riscos de apodrecimento
ou contaminação. Para um tratamento simples, podem ser utilizadas sedi-
Materiais e produtos que minimizam o uso de recursos naturais 5

mentação natural, filtração simples e cloração. Podem ser utilizados também


tratamentos complexos, como desinfecção por ultravioleta ou osmose reversa.
Ainda, de acordo com o Bassanesi (2014), os tratamentos da água são
divididos em três categorias. São eles:

„„ Tratamento avançado: são técnicas de remoção e/ou inativação de


constituintes refratários aos processos convencionais de tratamento,
os quais podem conferir à água características como cor, odor, sabor e
atividade tóxica ou patogênica.
„„ Tratamento convencional: é feita uma clarificação com utilização
de coagulação e floculação, seguida de desinfecção e correção de pH.
„„ Tratamento simplificado: são realizadas a clarificação por meio de
filtração e a desinfecção e a correção de pH, quando necessário.

Águas cinzas
No atual momento, observa-se uma crescente importância do tema de reuso de
águas cinzas no contexto das construções sustentáveis em nosso país. A busca
por soluções tecnológicas que visam ao melhor aproveitamento dos recursos
naturais e maior conforto e economia nas construções não para de aumentar,
objetivando sempre atingir o mínimo de impacto e a máxima integração com
o ambiente. Em especial, a preocupação com o aumento da demanda de água
tratada tem feito com que o reuso da água ganhe, a cada dia, maior destaque.
Para se ter uma ideia, de acordo com Gonçalves (2009), no Brasil, o con-
sumo médio per capita de água em 2006 foi de 145,1 L/hab/dia. Desse volume,
segundo o autor, cerca de 60 a 70% é transformado em águas cinzas.
Nesse contexto, segundo o Manual da FIESP (2005), a água cinza para
reuso é o efluente doméstico que não tem contribuição de bacia sanitária e pia
de cozinha, ou seja, utilizam-se os efluentes gerados pelo uso de banheiras,
chuveiros, lavatórios, máquinas de lavar roupas e até mesmo águas conden-
sadas, geradas por aparelhos de ar-condicionado.
Alguns autores, como Nolde (1999) e Christova-Boal, Eden e Macfarlane
(1996), não consideram como água cinza o efluente oriundo de cozinhas,
incluindo as águas oriundas das máquinas de lavar louça, por considerá-las
altamente poluídas, putrescíveis e com inúmeros compostos indesejáveis,
como óleos e gorduras.
6 Materiais e produtos que minimizam o uso de recursos naturais

Para que essas águas pudessem ser utilizadas no reuso, seria necessária
uma política de conscientização em nosso país que enfatizasse a importância
do descarte correto e adequado do lixo doméstico.
Alves et al. (2009) reitera que a reutilização de águas cinzas tratadas em
residências contribuem reduzindo o consumo residencial de água potável, o
que acaba reduzindo também o volume de contaminantes do solo. Em alguns
casos, principalmente se tratando de edificações de grande porte, a prática do
reuso apresenta-se como uma alternativa mais atrativa, em termos econômicos,
do que a utilização de águas pluviais.
Quanto ao sistema de reuso, a FIESP (2005) cita alguns cuidados que
merecem destaque:

„„ o sistema hidráulico deve ser identificado e totalmente independente


do sistema de abastecimento de água potável;
„„ todos os pontos de acesso à água de reuso devem ter acesso restrito, e
devem ser identificados adequadamente;
„„ as pessoas que trabalharem em atividades inerentes ao sistema de reuso
devem receber instruções;
„„ os reservatórios de armazenamento de água de reuso devem ser
específicos.

May e Hespanhol (2006) destacam que o sistema necessário para aprovei-


tamento desses efluentes deve consistir basicamente em:

„„ um sistema de condutores, tanto verticais como horizontais, que possi-


bilite o transporte do efluente do chuveiro, do lavatório e da máquina
de lavar até o sistema de armazenamento;
„„ o armazenamento deve ser composto por um ou mais reservatórios que
irão armazenar o conteúdo proveniente dos coletores;
„„ o tratamento dependerá da qualidade que a água coletada deverá receber,
para atender às necessidades do seu destino.

A Figura 2 apresenta um esquema simplificado do sistema de reuso das


águas cinzas.
Materiais e produtos que minimizam o uso de recursos naturais 7

Rede pública
Captação e reserva
Distribuição

Rede pública Tratamento Reservatório Bomba


de reuso

Figura 2. Esquematização de reuso de águas cinzas.


Fonte: Adaptada de Stec ([201-?]).

Viggiano (2005) também cita que o sistema de coleta e uso de águas cinzas
está associado à verificação dos pontos de coleta e de uso, ao levantamento das
vazões disponíveis, ao dimensionamento do sistema que captará e transportará
os efluentes, ao dimensionamento do reservatório que abrigará as águas e ao
tratamento adequado da água.

As normas brasileiras que versam sobre o aproveitamento de água pluvial são a ABNT
NBR 15527:2007 (Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não
potáveis) e a ABNT NBR 10844:1989 (Instalações prediais de águas pluviais).
Ainda não existe legislação que regulamente e crie diretrizes para o aproveitamento
de água de chuva em nível nacional e estadual. Existe um projeto de lei (PL nº. 7.818/2014)
em nível federal para a criação da Política Nacional de Captação, Armazenamento e
Aproveitamento de Águas Pluviais. Em nível estadual, existem vários projetos de lei que
abordam o assunto, destacando-se o PL nº. 1.621/2015, que objetiva criar o Programa
de Captação de Água de Chuva.
8 Materiais e produtos que minimizam o uso de recursos naturais

Sistemas prediais de captação e


armazenagem de energia solar
De acordo com a Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado,
Ventilação e Aquecimento (2012), a energia solar está fortemente presente
no Brasil. O Estado brasileiro com menor incidência de radiação solar, Santa
Catarina, no que se refere à quantidade média de radiação recebida, supera
em 30% a Alemanha, um dos países mais desenvolvidos no aproveitamento
da energia solar.
De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica — ANEEL (BRA-
SIL, 2005), a conversão direta da energia solar em energia elétrica ocorre
pelos efeitos da radiação (calor e luz) sobre determinados materiais, particu-
larmente os semicondutores. Dentre eles, destacam-se os efeitos termoelétrico
e fotovoltaico. O primeiro caracteriza-se pelo surgimento de uma diferença de
potencial, provocada pela junção de dois metais, em condições específicas. No
segundo, os fótons contidos na luz solar são convertidos em energia elétrica,
por meio do uso de células solares.
Rodrigues (2002) salienta que a energia solar pode ser considerada a fonte
alternativa ideal, especialmente por algumas características básicas: é abun-
dante, permanente, renovável a cada dia, não polui nem prejudica o ecossis-
tema e é gratuita. Essa fonte de energia encontra-se em grande quantidade
no Brasil, o que o torna o país em uma das maiores potências do mundo em
termos de energia solar.
Dentre os vários processos de aproveitamento da energia solar, os mais
usados atualmente são o aquecimento de água e a geração fotovoltaica de
energia elétrica. No Brasil, o primeiro é mais encontrado nas regiões Sul e
Sudeste, em razão de características climáticas, e o segundo, nas regiões Norte
e Nordeste, em comunidades isoladas da rede de energia elétrica.

Aquecimento de água
Há vários benefícios gerados por um sistema de aquecimento solar. Dentre eles,
o principal pode ser considerado a economia proporcionada ao usuário com
as reduções de gastos com a energia elétrica. Ainda nesse sentido, a ANEEL
(BRASIL, 2005) considera que todos os gastos do setor elétrico relativos ao
aquecimento de água em chuveiros elétricos poderiam ser evitados com a
utilização do sistema de energia solar.
Para se ter uma ideia, segundo dados da PROCEL (AVALIAÇÃO..., 2007),
o aquecimento de água no Brasil representa cerca de 24% do consumo médio
Materiais e produtos que minimizam o uso de recursos naturais 9

de energia de uma residência. A eletricidade é a fonte energética mais empre-


gada e o equipamento mais empregado para esse fim é o chuveiro elétrico,
principalmente quando falamos das regiões Sul e Sudeste, que passam por
períodos de baixas temperatura durante o ano.
Rodrigues e Matajs (2005) ainda citam vários benefícios ambientais que
os aquecedores solares para água podem fornecer, tais como:

„„ redução dos danos ambientais causados por fontes tradicionais de ener-


gia, como hidrelétricas e combustíveis fósseis;
„„ eliminação da emissão de gases tóxicos;
„„ eliminação da emissão de gases de efeito estufa para atmosfera;
„„ eliminação de lixo radioativo como herança para gerações futuras.

Pereira, Souza e Silva (2012) também afirmam que “o aquecimento so-


lar de água promove uma economia efetiva de energia para o consumidor
final, quando são adotadas as boas práticas de projeto, dimensionamento
e instalação”. Os autores ainda ressaltam o baixo custo de manutenção do
sistema e sua vida útil elevada, de aproximadamente 15 anos. Os sistemas
solares térmicos de aquecimento de águas requerem inspeção e manutenção
periódicas de modo com que todos os componentes do sistema funcionem de
forma eficiente. Geralmente, de tempos em tempos os componentes podem
precisar ser substituídos ou reparados. Deve-se tomar medidas de modo a se
evitar, principalmente, a calcinação, a corrosão e o congelamento.

O sistema de aquecimento de água é desenhado para armazenar água quente por


bastante tempo. No entanto, se estiver nublado ou chovendo por vários dias, ele
não será capaz de fornecer água quente, sendo necessário, nesse caso, fazer uso de
aquecimento elétrico ou a gás. Normalmente, essas outras formas de aquecimento
estão ligadas ao sistema para que sejam acionados facilmente quando necessários.
Cabe lembrar que no Brasil predominam os dias de sol. Na região Sul do país, por
exemplo, o uso de aquecimento solar é igual ou superior a 75% do tempo.
Já em períodos noturnos, não há a necessidade de se utilizar a energia elétrica para
o aquecimento da água, pois o sistema não consiste apenas em aquecer a água, mas
também em preservá-la quente em um reservatório. Assim, a água aquecida durante
o dia permanece quente no reservatório (boiler) para ser usada durante a noite.
10 Materiais e produtos que minimizam o uso de recursos naturais

Com relação ao sistema como um todo, a ANEEL (BRASIL, 2005) cita


coletores planos e concentradores solares como as duas principais ferramentas
utilizadas no aproveitamento da energia solar para aquecimento de fluidos.
Os coletores são utilizados, basicamente, em residências ou estabelecimentos
comerciais, enquanto os concentradores são aproveitados em aplicações que
necessitam de temperaturas mais elevadas, como a secagem de grãos e a
produção de vapor.
Segundo a ABNT NBR 15569:2008 (Sistema de aquecimento solar de
água em circuito direto: projeto e instalação), coletores solares, reservatórios
térmicos, tubulações e sistemas auxiliares são os principais componentes de
um sistema de aquecimento solar para água (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DE NORMAS TÉCNICAS, 2008).
Carvalho Júnior (2010) afirma que os coletores solares constituem a parte
principal do sistema, pois é por meio deles que a energia solar é absorvida e
transmitida à água que circula pelos tubos do interior do coletor. São divididos
em:

„„ fechados: utilizados no aquecimento dos chuveiros e podem aquecer


a água da temperatura ambiente até cerca de 100 ºC, dependendo da
própria temperatura e da radiação solar, e funcionam muito bem para
temperaturas em torno de 60 ºC;
„„ abertos: utilizados no aquecimento de piscinas e têm como característica
principal a ausência de vidro em sua cobertura, o que permite perdas de
calor por radiação infravermelha emitida pela placa ou por convecção.
Assim, esse tipo de coletor limita-se a atingir temperaturas não muito
superiores à temperatura ambiente.

A NBR 15569 ainda destaca que os coletores sejam instalados sempre


voltados para o norte geográfico, sendo permitidos desvios máximos de 30º em
relação a esta direção. Aconselha-se, também, que as placas sejam instaladas
com ângulo de inclinação igual ao da latitude do local de instalação, acrescidos
de 10º (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2008). A
norma diz também que, em um sistema de aquecimento de água, a energia
captada deve ser armazenada em reservatórios térmicos apropriados, pois a
disponibilidade da energia solar não é contínua. Esses reservatórios devem
ser selecionados de maneira que evitem perdas térmicas e mantenham bons
níveis de estratificação de temperatura.
Materiais e produtos que minimizam o uso de recursos naturais 11

A norma ainda estabelece que a circulação da água em um sistema de aque-


cimento solar pode ser do tipo natural, ocorrendo em sistemas denominados
como passivos, ou forçada, aparecendo nos sistemas denominados como ativos.
Nos sistemas passivos, como visto na Figura 3, a água circula naturalmente
entre as placas coletoras de energia solar e o reservatório térmico devido à
diferença de densidade existente entre a água fria e a água aquecida. Toda
vez que há o aquecimento de água no coletor, há um aumento de seu volume
e, consequentemente, a diminuição de sua densidade. Esse processo é deno-
minado efeito termossifão e é o mais utilizado no Brasil, em razão da grande
intensidade de radiação solar recebida pelo país ao longo do ano, o que permite
o seu funcionamento.

Saída para
consumo
Água quente

Água proveniente
da caixa d’água
Água fria

Sifão

Sentido de circulação
da água no sistema

Retorno de
água quente
mín 30 cm

mín 30 cm
Dreno Entrada de
água fria

Figura 3. Circulação de água por termossifão em um sistema passivo.


Fonte: Adaptada de Komeco (2008).
12 Materiais e produtos que minimizam o uso de recursos naturais

Já nos sistemas ativos, a NBR 15569 recomenda que quando a circulação


por termossifão não for possível, deve-se utilizar a circulação forçada, insta-
lando uma motobomba no circuito entre os coletores solares e o reservatório
térmico, como observado na Figura 4 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2008). Essa motobomba, que caracteriza os sistemas
ativos, é acionada por meio de sensores instalados na entrada e na saída dos
coletores. A bomba entra em funcionamento quando a temperatura da água
na entrada dos coletores, proveniente do fundo do reservatório térmico, é
inferior à temperatura na saída.

Figura 4. Circulação forçada em um sistema ativo.


Fonte: Decorsol (2012).

Transformação de energia elétrica


Segundo a ANEEL (BRASIL, 2005), a radiação solar pode ser diretamente
convertida em energia elétrica, por meio de efeitos da radiação (calor e luz)
sobre determinados materiais, em especial os semicondutores. Dentre eles,
destacam-se os efeitos termoelétrico e fotovoltaico. O primeiro se caracteriza
Materiais e produtos que minimizam o uso de recursos naturais 13

pelo surgimento de uma diferença de potencial, provocada pela junção de


dois metais, quando tal junção está a uma temperatura mais elevada do que
as outras extremidades dos fios. Embora muito empregado na construção de
medidores de temperatura, seu uso comercial para a geração de eletricidade
tem sido impossibilitado pelos baixos rendimentos obtidos e pelos custos
elevados dos materiais. Já o segundo decorre da excitação dos elétrons de
alguns materiais na presença da luz solar (ou outras formas apropriadas de
energia). Dentre os materiais mais adequados para a conversão da radiação
solar em energia elétrica, os quais são usualmente chamados de células solares
ou fotovoltaicas, como visto na Figura 5, destaca-se o silício.

Figura 5. Ilustração de um sistema de geração fotovoltaica de energia elétrica.


Fonte: Adaptada de Brasil (2005).

Para compreender melhor o funcionamento dos componentes do sistema


próprio de energia, a primeira coisa que você deve saber é que existem dois
tipos de sistemas fotovoltaicos:

„„ Conectados à rede (chamados on-grid ou grid-tie): este tipo de sis-


tema fotovoltaico precisa, necessariamente, estar conectado à rede de
distribuição de energia. São mais eficientes que os sistemas off-grid
e dispensam a utilização das baterias e dos controladores de carga.
Por não ter dispositivo de armazenamento, toda a energia excedente
produzida (aquela que não é utilizada pela residência ou pela empresa)
é enviada de volta à rede convencional de energia elétrica.
14 Materiais e produtos que minimizam o uso de recursos naturais

„„ Isolados da rede ou autônomos (off-grid): são aqueles sistemas autônomos,


independentes da rede de distribuição de energia elétrica, que se sustentam
por meio de baterias, que são seus dispositivos de armazenamento. São
compostos por painéis solares, cabos e estrutura de suporte, que com-
põem juntos o bloco de geração de energia; inversores e controladores de
carga, que formam o bloco de condicionamento de potência; e as baterias
propriamente ditas, que são do bloco de armazenamento.

Existem muitos pequenos projetos nacionais do Governo de geração foto-


voltaica de energia elétrica, principalmente para o suprimento de eletricidade
em comunidades rurais e/ou isoladas do Norte e no Nordeste do Brasil. Esses
projetos atuam basicamente com quatro tipos de sistemas:

„„ bombeamento de água, para abastecimento doméstico, irrigação e


piscicultura;
„„ iluminação pública;
„„ sistemas de uso coletivo, tais como eletrificação de escolas, postos de
saúde e centros comunitários;
„„ atendimento domiciliar.

Outro fato interessante de ser abordado é que, por meio das regras de geração
distribuída criadas pela ANEEL em sua Resolução Normativa nº. 482, de abril
de 2012 (BRASIL, 2012), criou-se o sistema de compensação de energia elétrica.
Assim, os milhares de consumidores brasileiros que geram a sua própria energia
por meio dos sistemas fotovoltaicos, hoje, o fazem na modalidade de autocon-
sumo, ou seja, o fazem para suprir o próprio consumo de sua casa ou empresa.
Com a nova normativa, todo o excedente de energia gerado pelo sistema do
consumidor será injetado na rede e “emprestado” à distribuidora, a qual devolve
essa energia ao consumidor na forma dos créditos energéticos. Esses créditos,
então, são usados pelo consumidor para abater do que ele consumiu da rede da
distribuidora nos momentos em que seu sistema não está gerando energia (à
noite) ou quando a geração não suprir o consumo (dias nublados e/ou chuvosos).

Sistemas construtivos que reduzem


a geração de resíduos
No atual cenário da construção civil brasileira, a utilização de novos sistemas
construtivos pode representar reduções significativas no uso de insumos e
Materiais e produtos que minimizam o uso de recursos naturais 15

operações nos canteiros de obras, reduzindo automaticamente a redução de


resíduos das construções. O setor da construção civil exerce grande influência
no desenvolvimento econômico e social do país, mas também traz consigo
efeitos negativos, como os impactos ambientais. O elevado consumo de recursos
naturais e produção de resíduos são alguns dos principais impactos causados.
Dessa maneira, novas técnicas e novos sistemas construtivos têm ingressado no
mercado brasileiro, buscando se adequar à legislação ambiental e procurando
reduzir cada vez mais os impactos causados ao ambiente.
Você verá, nos itens a seguir, quatro dos principais métodos construtivos que
ganham força no mercado brasileiro e que começam a substituir tradicionais
e antigos sistemas de construção.

Light Steel Framing (LSF)


O sistema construtivo LSF é um sistema caracterizado pelo uso de perfis leves
de aço zincado formados a frio, como mostra a Figura 6, compondo estru-
turas esbeltas vedadas com painéis ou chapas industrializadas, e vem sendo
empregado em larga escala em países desenvolvidos, seja como elemento de
vedação externa ou como elemento estrutural autoportante, montado in loco
no canteiro de obras ou pré-fabricado em módulos (MEDEIROS et al., 2014).

Figura 6. Estrutura de LSF.


Fonte: Edler von Rabenstein/Shutterstock.com.
16 Materiais e produtos que minimizam o uso de recursos naturais

Rocha (2017) destaca que a utilização do LSF vem crescendo nos últimos
anos, principalmente como elemento de vedação externa e na construção de
habitações unifamiliares, hospitais, escolas, edifícios de até quatro pavimentos
e retrofit de edificações existentes. Recentemente, também houve a inserção do
LSF no mercado como uma alternativa inovadora para a execução de fachadas
em edifícios de múltiplos pavimentos, substituindo o processo tradicional por
uma tecnologia mais ágil.
Quando comparados aos sistemas tradicionais, os sistemas com maior grau
de industrialização, tais como o LSF, tendem a proporcionar melhorias nas
operações dos canteiros de obras, tais como uma expressiva redução de mão de
obra e melhorias nas condições de logística interna dos canteiros, economizando
espaço para o armazenamento de material no local, o que acarreta em melhor
controle de qualidade da produção, redução de desperdício e possibilidade de
um gerenciamento de cadeia de suprimentos mais eficiente (ROCHA, 2017).

Alvenaria estrutural com blocos de concreto


A alvenaria estrutural de concreto é um sistema construtivo racionalizado, no
qual os elementos que desempenham a função estrutural são de alvenaria, ou
seja, os próprios blocos de concreto. No sistema convencional de construção, as
paredes apenas fecham os vãos entre pilares e vigas, encarregados de receber
o peso da obra. Já na alvenaria estrutural, pilares e vigas não são necessários,
pois as paredes — chamadas portantes — distribuem a carga uniformemente
ao longo da fundação. Na alvenaria estrutural de blocos de concreto, elimina-se
a estrutura convencional, o que conduz a importante simplificação do processo
construtivo, reduzindo etapas e mão de obra, com consequente redução do
tempo de execução e diminuição dos resíduos da obra.
O sucesso de uma obra de alvenaria estrutural começa com o projeto, que
deve ser elaborado sempre seguindo a norma ABNT NBR 15961:2011 (Alve-
naria estrutural — blocos de concreto) (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2011). É de extrema importância o projeto já nascer
com as premissas que o cliente desejar.
Basicamente, a alvenaria estrutural de blocos de concreto apresenta as
seguintes vantagens:

„„ economia de fôrmas, armaduras e concreto;


„„ redução de mão de obra e tipos de materiais;
„„ facilidade de projeto, detalhamento e supervisão da obra;
Materiais e produtos que minimizam o uso de recursos naturais 17

„„ técnica de execução simplificada;


„„ redução de espessuras de revestimentos;
„„ redução de quebras, desperdícios e entulho na obra;
„„ apresentam baixíssima variação de dimensões, evitando desperdícios
por quebras em obra.

Pré-fabricados de concreto
É um sistema construtivo em que as peças de concreto são preparadas na
fábrica e trazidas diretamente para o canteiro, prontas para serem encaixadas
e formar, assim, a edificação, como mostra a Figura 7. De acordo com a ABCP
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND, 2009), o pré-
-fabricado de concreto é um dos sistemas que mais evoluiu nos últimos anos.
Mais recentemente, as inovações tecnológicas do sistema têm sido colocadas
a serviço da arquitetura, por meio das formas arrojadas das estruturas e
fachadas pré-fabricadas. Feitos sob medida para cada obra, os painéis, por
exemplo, podem reproduzir qualquer desenho de fachada com qualidade e
rapidez. A construção formal está migrando para os sistemas pré-fabricados
de concreto em função da agilidade, economia e limpeza do canteiro que esse
tipo de obra proporciona.

Figura 7. Placas de concreto preparadas em fábrica.


Fonte: Doniak (2018).
18 Materiais e produtos que minimizam o uso de recursos naturais

Outro fato que vem contribuindo muito para reduzir a geração de entulhos é
NBR 15873:2010 (Norma de coordenação modular para edificações), que exige
que os sistemas e os componentes tenham medidas padronizadas de forma
industrial e sejam compatibilizados desde o projeto. Com isso, a construção se
torna mais racionalizada, com alto índice de produtividade e com zero geração
de entulho (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2010).

Sistema de containers
Os containers são caixas de metal, geralmente de grandes dimensões, destina-
dos ao acondicionamento e transporte de carga, a longa distância, em navios
e trens. Têm, geralmente, uma vida útil de 10 anos e, após esse período, surge
a necessidade de se oferecer um destino correto para essas peças, já que são
produzidos a partir de materiais metálicos e não biodegradáveis, o que os torna
um grande problema, por formarem montanhas de lixo no contexto urbano
das cidades portuárias.
Ultimamente, esse material tem sido utilizado como alternativa de habita-
ção no Brasil. Para Fernandes (2003), a habitação desempenha três diferentes
funções:

„„ função social: abrigo da família e base para o seu desenvolvimento;


„„ função ambiental: inserção no ambiente urbano com garantia da qua-
lidade do espaço construído, diminuição do consumo de resíduo em
obra e para reutilização, de forma sustentável, de um bem que seria
descartado;
„„ função econômica: novas oportunidades de geração de emprego e renda,
além da profissionalização.

A ideia de casa container, conforme apresenta a Figura 8, corrobora as


definições de Aguirre, Oliveira e Correa (2008), pois trata-se de mais uma
tecnologia alternativa para habitações, que fornecem abrigo de forma sus-
tentável, pois se faz uso de containers que seriam descartados. A habitação
projetada a partir do uso de containers reciclados se mostra adequada para o
propósito habitacional com valores sustentáveis.
Materiais e produtos que minimizam o uso de recursos naturais 19

Figura 8. Exemplo de casa container.


Fonte: joker1991/Shutterstock.com.

Também segundo Borges (2012), as casas containers refletem uma mudança


de comportamento da sociedade, pois acabam assumindo um papel prático na
vida das pessoas, seja por causa da mobilidade, do preço ou das constantes
catástrofes naturais. Esse tipo de arquitetura deixa a tradicional forma de se
estabelecer em família ou em comunidade e se transforma numa das mais
liberais, modernas e práticas opções do estilo de vida na sociedade moderna.

1. Importante medida na b) área impermeabilizada de


gestão de águas, o sistema de captação, calhas sem a
captação de águas pluviais é necessidade de condutores,
composto basicamente por: filtro autolimpante, reservatórios
a) Área de captação permeável, e tratamento da água.
calhas e condutores, filtro c) área impermeabilizada
autolimpante, reservatórios de captação, calhas
e tratamento da água. e condutores, filtro
20 Materiais e produtos que minimizam o uso de recursos naturais

autolimpante e reservatórios; eliminação da emissão de gases


não há a necessidade de tóxicos e eliminação da emissão
tratamento da água. de gases de efeito estufa.
d) área impermeabilizada de b) redução dos danos ambientais
captação, calhas e condutores, causados por hidrelétricas,
filtro autolimpante, reservatórios eliminação da emissão de gases
e tratamento da água. tóxicos e eliminação da emissão
e) Área de captação permeável de gases de efeito estufa.
e reservatórios, apenas. c) redução dos danos ambientais
2. Algumas das principais causados por hidrelétricas,
características da utilização de aumento da emissão de gases
aproveitamento da água da chuva tóxicos e eliminação da emissão
em sistemas prediais são: de gases de efeito estufa.
a) fonte alternativa à água potável, d) aumento dos danos ambientais
redução do risco de enchentes, causados por hidrelétricas,
redução do escoamento eliminação da emissão de gases
superficial e instalação de tóxicos e aumento da emissão
baixa complexidade. de gases de efeito estufa.
b) fonte alternativa à água e) redução dos danos ambientais
potável, aumento do risco causados por hidrelétricas,
de enchentes, redução do eliminação da emissão de gases
escoamento superficial e tóxicos e aumento da emissão
instalação de alta complexidade. de gases de efeito estufa.
c) não pode ser considerada fonte 4. A NBR 15569 (ASSOCIAÇÃO
alternativa à água potável, BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
redução do risco de enchentes, 2008) estabelece que a circulação
redução do escoamento da água em um sistema de
superficial e instalação de aquecimento solar pode ser:
baixa complexidade. a) forçada, ocorrendo em sistemas
d) fonte alternativa à água denominados ativos ou de
potável, redução do risco efeito termossifão; e natural, em
de enchentes, aumento do sistema denominado passivo.
escoamento superficial e b) natural, ocorrendo em sistemas
instalação de alta complexidade. denominados passivos; e forçada,
e) fonte alternativa à água potável, em sistema denominado ativo
aumento do risco de enchentes, ou de efeito termossifão.
aumento do escoamento c) natural, ocorrendo em sistemas
superficial e instalação de denominados ativos ou de
baixa complexidade. efeito termossifão; e forçada, em
3. As principais características sistema denominado passivo.
ambientais que os aquecedores d) forçada, ocorrendo em sistemas
solares de água podem fornecer são: denominados passivos ou de
a) aumento dos danos ambientais efeito termossifão; e natural, em
causados por hidrelétricas, sistema denominado ativo.
Materiais e produtos que minimizam o uso de recursos naturais 21

e) natural, ocorrendo em sistemas vedadas com painéis ou chapas


denominados passivos ou de industrializadas, é conhecido como:
efeito termossifão; e forçada, a) alvenaria estrutural com
em sistema denominado ativo. blocos de concreto.
5. O sistema construtivo caracterizado b) LSF.
pelo uso de perfis leves de c) pré-fabricados de concreto.
aço zincado formados a frio, d) alvenaria convencional.
compondo estruturas esbeltas e) concreto PVC.

AGUIRRE, L. M.; OLIVEIRA, J.; CORREA, C. B. Habitando o container. In: SEMINÁRIO IN-
TERNACIONAL NUTAU, 7., 2008, São Paulo. Anais eletrônicos... Disponível em: <https://
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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10844: instalações prediais de
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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15527: água de chuva: apro-
veitamento de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis. Rio de Janeiro:
ABNT, 2007.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15569: sistema de aquecimento
solar de água em circuito direto: projeto e instalação. Rio de Janeiro: ABNT, 2008.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15873: norma de coordenação
modular para edificações. Rio de Janeiro: ABNT, 2010.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15961: alvenaria estrutural:
blocos de concreto. Rio de Janeiro: ABNT, 2011.
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VIGGIANO, M. H. S. Sistemas de reuso das águas cinzas. Revista Téchne, ano 13, n. 98,
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Leituras recomendadas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6136: blocos vazados de con-
creto simples para alvenaria: requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2013.
BRASIL. Agência Nacional de Águas. The Evolution of Water Management in Brazil.
Brasília, DF: Agência Nacional de Águas, 2002.
LEMOS, H. M. O desenvolvimento sustentável na prática. Rio de Janeiro: Comitê Brasileiro
do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, 2007.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.

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