Artigo Acupuntura JESUS ALMEIDA Pronto
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ELEMENTO MADEIRA
RESUMO
Este estudo pretende abordar o elemento Madeira conforme a Medicina Tradicional Chinesa
(MTC), de forma, a compreender sua origem energética e suas funções. Neste estudo
realizou-se uma pesquisa bibliográfica em livros da MTC. Sendo um aglomerado de
conhecimentos teórico-empíricos, a acupuntura visa a cura de doenças por intermédio de
aplicações de agulhas. A teoria dos cinco elementos: Madeira, Fogo, Terra, Metal e Água;
supõe que tais símbolos provêm de forças cósmicas denominadas Yin e Yang e que estas
forças foram geradas através do TAO (energia original) que criou todas as coisas. O elemento
Terra possui o baço-pâncreas e o estômago como órgão e víscera, respectivamente. O baço-
pâncreas transforma os alimentos em essências distribuídas em todo o corpo, equilibra os
estados emocionais, harmoniza a forma corporal, balanceia a digestão, além de muitas outras
características. Já o estômago está acoplado ao baço-pâncreas e o auxilia nestes processos.
Como considerações finais constata-se que estes conhecimentos são fundamentais para
realizar o diagnóstico e um tratamento eficaz e integral.
ABSTRACT
This study intends to approach the Earth element according to Traditional Chinese Medicine
(TCM), in order to understand its energetic origin and functions. In this study, a
bibliographical research was carried out in TCM books. Being a cluster of theoretical-
empirical knowledge, acupuncture aims to cure diseases through needle applications. The
theory of the five elements: Wood, Fire, Earth, Metal and Water; it assumes that such symbols
come from cosmic forces called Yin and Yang and that these forces were generated through
the TAO (original energy) that created all things. The Earth element has the spleen and the
stomach as an organ and viscera, respectively. The spleen-pancreas transforms food into
essences distributed throughout the body, balances emotional states, harmonizes body shape,
balances digestion, and many other features. The stomach is connected to the spleen and helps
in these processes. As final considerations, it should be noted that this knowledge is
fundamental to carry out the diagnosis and an effective and integral treatment
¹ Jesus Garcia de Almeida. Bacharel em Fisioterapia. Aluno do curso de Formação e Pós-Graduação Lato Sensu
em acupuntura. E-mail: subtenentejesus96.eb@gmail.com.
² Claudia Mara Stapani Ruas. Doutora em Educação pela Universidade Católica Dom Bosco. Professora de
Graduação e da Pós-Graduação da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) e da Associação Brasileira de
Acupuntura /Faculdade Einstein- BA no curso de Formação e Pós-Graduação Lato Sensu em acupuntura. E-mail:
abapuntura.ms@hotmail.com
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INTRODUÇÃO
Neste presente estudo tem-se como objetivo desta pesquisa discorrer um segmento da
MTC: sendo o Elemento Madeira, compreendendo o conceito energético em que a energia Qi
está sempre em constante transformação, no qual, o Yin e Yang e os cinco Elementos,
existindo em sua conformidade o ciclo de geração e o ciclo de dominância, entre estes
elementos.
A MTC que possui como pilar de sustentação, a filosofia Taoísta, na qual, foi
difundida desde os primórdios de geração para geração, seus conceitos e conhecimento
obtidos na antiguidade, onde, a Acupuntura tem seu surgimento registrado.
Na segunda parte deste artigo, discorre sobre a organização da MTC, na forma de que
existe a energia celeste, terrestre e entre as duas, encontra-se o homem, isso trata-se da
Energia Qi, a qual, é representada no pentagrama os cinco Elementos, onde, o elemento
madeira gera o elemento Fogo, este gera o elemento terra, esta gera o elemento metal, este
gera o elemento água, este por sua vez gera a madeira e assim sendo, fechando o ciclo da
geração; no ciclo dominância , o elemento madeira domina o elemento terra, esta domina o
elemento água, este domina o elemento fogo, que domina o elemento metal, este por sua vez
domina o elemento madeira, fechando o ciclo da dominância do pentagrama.
Os chineses em sua visão clássica tem a crença, de que o corpo humano, possui uma
rede de meridianos, os quais se conectam com os órgãos e vísceras, denominados de Zang FU,
responsáveis em transportar a energia Qi.
Desta forma, através desta teoria, surgiu a base fundamental, da técnica da aplicação
de agulhas e a utilização de moxabustão, obtém-se uma harmonização e proporciona um
efeito terapêutico, quando puntuando pontos específicos dentro do meridianos que deve ser
harmonizado, de forma a realizar uma tonificação ou uma dispersão da energia que encontra-
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A história da acupuntura também é descrita por algumas lendas como as que são
conhecidas por marcos originário da acupuntura, sendo o desaparecimento do continente da
Atlântida, reconhecida com o berço do conhecimento que dela partiram os que sobreviveram,
e difundiram os ensinamentos para o mundo, chegando a China, os continentes africano e
americano, iniciando para esse povo o ensinamento da técnica. (GALLIAN E ROCHA, 2016).
Por fim, buscou-se evidenciar, nas considerações finais que foram se desenvolvendo, a
abordagem para o Elemento Madeira que possui grande importância para a acupuntura, mas,
contudo, é uma parte do todo, sendo igualmente importante, como os demais elementos.
Ajustar a energia do organismo e prepará-lo para obter melhor qualidade de vida, tanto
na esfera física, mental e emocional, como adotar práticas de atividade física, como o TAI
CHI, disfrutando de uma boa dietética, aumentar as horas de descanso e lazer, diminuir horas
de trabalho, fazer acupuntura promovem o bem estar e garantem a melhora da saúde do
paciente.
1. A ORIGEM DA ACUPUNTURA
Este conceito foi observado de forma simbólica pois o calendário chinês tem seu início
na data do seu nascimento, assim, a origem da acupuntura se mistura com o início da
civilização e da cultura chinesa (DULCETTI JUNIOR, 2001).
Esta arte milenar era transmitida na antiguidade passando de mestre para discípulo de
forma verbal. O Imperador Amarelo foi o autor dos primeiros tratados da MTC, deixando
verdadeiros tesouros de ensinamentos tratando a respeito da saúde do corpo, do espírito e uma
grande variedade de receitas de uma vida galgada na sistemática com o objetivo de uma saúde
plena.
A medicina Clássica Chinesa, nos seus primórdios, teve dois personagens importantes
que contribuíram para o desenvolvimento da Acupuntura, o Imperador Amarelo (HUANG TI),
que difundiu seus conhecimentos em saúde do corpo (XING), espirito (SHEN), dicas de
mudança de hábito (TAO), e o Divino Laborioso, que foi o herdeiro do Pai da civilização
Chinesa” FU XI. O segundo foi EL JIA (2004), algumas mudanças nos fatores ambientais que
foram causadores de doenças, relacionadas ao Yin Yang, como frio e calor, foram
evidenciados no ano de 771 a. c.
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Houve um período no qual foi caracterizado pela explosão da filosofia Taoísta, isto
ocorreu, na dinastia dos HAN, onde de 219 a.C. até 206 a. C., no período compreendido 207 a
110 a.C, foram prescritas fórmulas de inibição à dor, analgésicas e anestésicas de fitoterapia
para realização de cirurgias.
Os pontos ASHI foram descritos pela dinastia TUNG, aparece o SUN SI MIAO (590-
682), onde formulou a aplicação de pontos e dietética. A acupuntura foi revigorada durante a
dinastia SONG, onde houve seu maior desenvolvimento.
Cheng (2008) descreve que a China sempre concedeu ao social e ao político, mesmo
que o individual tenha ocupado um lugar de destaque na época de rebelião e confusão, porém,
sempre lembrando que o papel de conselheiro do príncipe raramente se perdia de vista na
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época imperial. Uma vez que Confúcio desenvolveu a noção de mandato celeste, mesmo com
a queda do regime imperial, o destino do pensamento chinês está ligado ao das dinastias.
Desde a antiguidade na metade do século II antes da era cristã os primeiros escritos
encontrados exibiram características da civilização chinesa que sustenta suas raízes no culto
aos antepassados e no caráter divinatório da escrita e da racionalidade.
Através da aposta que Confúcio lançou sobre o homem, forjou-se uma ética que
nunca deixará de estimular a consciência chinesa. Perante os reinos combatentes (séc, IV-III)
aperfeiçoou-se uma mistura de ideias em virtude as multiplicações das correntes de
pensamentos. É nessa fase que os trunfos, os temas centrais, os riscos, as premissas, os
desafios e as orientações futuras se definem.
Wen (1985) menciona que não existe documento que relatam como foi o surgi-
mento inicial da acupuntura, mas sabe-se que, desde tempos antigos, esta era uma arte muito
difundida entre os chineses.
Por volta dos anos 60, o Dr Edvaldo Leite utilizou pontos específicos da analgesia
cirúrgica. Em 1983, fundou-se uma entidade aliada a ABA, no qual, seus fundadores são: o Dr
Dulcetti e a Professora Pérola G. Dulcetti, onde cultivam os trabalhos do mestre Soulié de
Morant, somados com os ensinamentos do professor Spaeth, Elizabet Rochat, Claude Larre,
Dr Jean Schtz que são os diretores da Escola Europeia de Acupuntura (DULCETTI JUNIOR,
2001).
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2.1 QI – AS ENERGIAS
Nossa energia ancestral vai diminuindo com o decorrer dos anos, para que possa durar
mais tempo, haja vista que não se pode aumentá-la, deve-se tomar cuidados essenciais, de
forma a preservá-la.
Gendende e Grendene (2021) explicam que a MTC tem seus princípios baseados em
uma filosofia Daoista, seguindo uma ideia de “Ordem, Leis ou Princípios”, desde a origem do
universo, no cosmo e em seus fenômenos e manifestações. Deste modo, a Acupuntura e todas
as suas formas terapêuticas seguem a linha racional de que tudo o que se manifesta tem
origem de uma energia original, o TAO. Sendo este, imaterial, ele não simboliza o
“manifesto”, mas sim uma condição onde não há manifestações, suscitando a ideia de vazio
extremo ou primordial que precede a origem de todas as coisas, este estado é denominado Wú
Jí: o grande vazio potencial, que não possui polaridade. Providos de uma visão não
especulativa e observacional, os chineses antigos direcionavam sua atenção a fim de retratar o
que percebiam do que tentar encontrar o motivo da existência do universo, partindo do
princípio que é frívolo tentar explicar o inexplicável. Seguindo essa perspectiva, é inútil
descobrir a origem, motivo, significado ou fim da existência, mas é útil aprender como o TAO
funciona e aceitar as leis que o animam.
Com relação ao Yin e o Yang, segundo a MTC, são energias opostas que se
complementam e estão em constante mutação de cada coisa, cada ser, onde um não existe um
sem o outro, como por exemplo, o yin não é totalmente yin e o yang não é totalmente yang
(EEL JIA, 2004).
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Existe a maré energética, onde cada órgão e cada víscera atinge maior atividade dentro
de um horário específico, ajudando o indivíduo a organizar rotina de alimentação, exercícios,
produtividade e descanso, assim sendo, organizando todo o ciclo circadiano e harmonizando
cada elemento e seu acoplado com a mudança nos hábitos de vida, adquirindo hábitos
saudáveis para desta forma, aumentar sua longevidade e qualidade de vida (AUTEROCHE E
NAVIL, 1992)
Com a mudança nas estações do ano que são: primavera, verão, interestação, outono e
inverno, existe maior evidência do yin ou yang, no qual, seu oposto declina, colocando o
próximo em ascensão.
Segundo Cordeiro e Cordeiro (2018) nada é totalmente Yin ou Yang, podendo-se até
determinar em alguns setores, verdadeiras escalas em que a quantidade de uma destas formas
de energia vai aumentando enquanto a outra vai diminuindo; é o que acontece em relação aos
sabores e as cores: o sabor picante é o mais Yang e a seguir, na ordem crescente da quantidade
de Yin e decrescente de Yang, temos os sabores: ácido, doce, salgado e amargo que é o menos
yang e mais Yin. Quanto às cores a ordem é: vermelho, alaranjado, amarelo, verde, azul anil e
violeta, sendo interessante observar que o vermelho é mais Yang e mais quente enquanto o
violeta é a cor mais Yin e mais fria (WONG, 1995).
Os ensinamentos dos orientais revelam que o QI, energia vital provém dos doze
meridianos principais comparados como as águas que circulam no leito de um rio, que quando
há precipitação em alguns dias de chuva, estes rios enchem, ocasionando o seu
transbordamento, inundando os vales. Na visão da MTC, este fenômeno metafórico traz a luz
da interpretação que em situações que os meridianos transbordam da energia do QI, motivado
pelo excesso de energia inundam os outros meridianos extras que não têm a competência de
conter e transportar o QI.
3. O ELEMENTO MADEIRA
Segundo Dulcetti Junior (2001) o termo chinês Madeira quer dizer romper, com os
corpos, bem como que nasce após brotar na superfície alcançando a luz do sol. Expressa algo
que se solta da superfície do solo. Sua estação proporcional é a primavera, a cor é o verde que
é a cor da vida. O elemento Madeira se encontra no setor Leste, onde se manifesta a força
vital.
Hicks; Hicks; Mole (2007) descreve que a característica do elemento madeira vem da
árvore e de todo reino vegetal, e seu processo natural de crescimento, respeitando o ciclo de
crescimento das plantas. As sementes se depositam no solo no outono, no inverno ficam em
repouso no solo e em reação ao yang do calor e a luz da primavera a semente começa a brotar,
mas, só sendo possível com a umidade, solo apropriado e minerais para alcançar toda sua
capacidade de crescimento. A semente tem como destino crescer e se tornar uma planta e mais
nada. Crescerá encontrando dificuldades, mas sem desistir seguirá sua crescente direção,
podendo melhorar o progresso do seu desenvolvimento, ao longo desse processo de
transformação dará o seu melhor.
A cor referente da Madeira é o verde, o tom de voz é o grito, o sabor é o azedo, o
odor é rançoso e a emoção é a raiva. A Madeira tem como poder o nascimento,
correspondendo a todo seu processo de transformação, o clima é o vento, o órgão do sentido é
a visão, os orifícios são os olhos e a secreção são as lágrimas, o tecido correspondente ao
elemento são os ligamentos e tendões e os resíduos da Madeira são as unhas.
De acordo com Hicks; Hicks; Mole (2007) os órgãos que representam o elemento
Madeira são o Fígado e a Vesícula biliar, eles são nessa ordem o órgão yin e yang. Ainda que
suas funções sejam diferentes, são bem próximos e tem funções em comum.
O fígado tem o cargo de general das forças armadas, tem como função avaliar as
circunstâncias, planejar estratégias, ter consciência dos propósitos finais e força. O tempo
todo o planejamento está acontecendo, em todos os pontos do corpo, da mente e do espírito.
Perceber que a função planejamento do fígado falhou e mais fácil quando a mente fica
desorganizada e incapacitada de pensar o que poderia ser feito. O fígado nos deixa superar os
desafios da vida com vigor e flexibilidade.
Os órgãos yin guardam um “espirito”, o Hun que é descrito como “Alma Etéria” é
guardado pelo fígado. O Hun acomete algumas funções mentais como, o sono, pensamento,
consciência e concentração mental, por um lado, e raciocínio e capacidade de estratégia com
discernimento e sabedoria, por outro.
O Hun está preso ao sangue do fígado, e quando esse sangue não está benéfico, as
pessoas podem manifestar uma sensação de flutuação ao tentar dormir, ou sonambulismo, ter
muitos sonhos e não diferenciar o sonho da realidade. O Hun se afeta com o álcool e com
drogas facilmente. Porém se o fígado está em harmonia, o Hun permanece preso e a realidade
do sonho é diferenciada facilmente, assim, o desequilíbrio pode variar entre distrações leves,
até a completa distorção das percepções.
Campliglia (2004) descreve que fígado é regulador das Vias das Águas e mantém o
sangue nos vasos, também é encarregado pelo fluxo livre de Qi. Se manifesta nos olhos,
tendões, ligamentos e unhas e do fluxo de Qi que protege que não haja acúmulos ou nós de
energia. Durante o descanso, a circulação tende a ficar mais lenta e o sangue fica reservado, o
fígado é o responsável por essa armazenagem, somente ele pode liberar o sangue durante
atividade física rigorosa. Assim, como o sangue é um portador de energia, o fígado ao
reservar esse sangue também reserva a energia. O fígado precisa estar em equilíbrio para que
se possa ver e enxergar, assim como as emoções que ele regula.
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A vesícula Biliar é descrita como uma víscera especial, pois não recebe líquidos e
alimentos diferente de outras. É responsável pelas tomadas de decisões e escolhas, além disso
é responsável por acumular e excretar a bile, sendo a bile considerada energia pura do fígado.
No plano mental pela sua importante função ela recebe o nome de víscera de comportamento
particular. O elemento madeira tem a cor verde como descrição e as patologias do fígado e da
Vesícula biliar são principalmente esverdeadas. As patologias associadas envolvem
transformações emocionais, como irritações, ansiedade, estresse, vômitos, edemas, soluços,
cefaleias, tonturas e problemas nos olhos. A pessoa com as características madeira quando
bem equilibrado consegue seguir suas intuições e seus ritmos sem passar por cima dos seus
sentimentos para agir. Entende como equilibrar liberdade e responsabilidade, mas para isso,
precisa desenvolver a visão para si compreender.
Existe um ramo que passa por trás e entra no ouvido, dirigindo-se pela frente da orelha
no ângulo lateral do olho. Do mesmo ponto, deixa outro ramo que desce pelo lado medial da
mandíbula, atravessa a região maxilar inferior do olho, e se estende pelo pescoço até atingir a
fossa supra clavicular. Continuamente, junto do outro ramal, se estende pelo mediastino, passa
pelo diafragma e liga-se com o fígado e a vesícula biliar. Saindo da vesícula biliar, se estende
pelo lado lateral do abdômen e atinge a região inguinal e vira por trás, na região trocantérica.
Continuando seu trajeto, sobe pelo lado do abdômen, até a reborda costal, ligando-se
ao fígado e à vesícula biliar. Este meridiano possui um ramo que vai atravessando o diafragma
pelo lado posterior do tórax, esôfago, laringe, passa pela região naso-faringeal e liga-se aos
olhos. Desse ramo, sai dos olhos atingindo a região maxilar em volta dos lábios. O ramo do
fígado passa pelo diafragma e pulmão ligando-se ao meridiano do pulmão. Como pode ser
observado na figura abaixo:
De acordo com Faria (2015) o elemento tem como função organizar, integrar e
fornecer propriedades de energia, as transformações do metabolismo, bem como suas
caracterizações e composições, a capacidade de agir, planejar e executar. O fígado é o órgão
responsável pelo metabolismo fisiológico e energético do organismo, ele promove uma
limpeza na energia do sangue tornando possível sua reutilização. Sua função hepática
transforma substancias químicas e energéticas originais em outras estruturas que o organismo
irá reutilizar. Ele também é o órgão responsável pela renovação do sangue (Xue).
Dulcetti Junior (2001) discorre que a vesícula biliar tem a função de decisão e
sentença. Ela controla o fígado, energeticamente., o Meridiano da vesícula biliar antecede o
meridiano do fígado. As decisões da vesícula biliar, quer dizer que ela se acumula
energeticamente das essências. Pela bile determina uma conexão com o sistema nervoso
central pelo envio das essências às regiões cerebrais. Assim relacionam as energias as energias
originais Yin/Yang no Ming Men ou Porta do destino.
CONSIDERAÇÕES FINAI S
Esta técnica de origem milenar nos mostra e nos ensina que para ter um corpo em
plena harmonia energética, física e emocional e em constante equilíbrio, é necessário realizar
mudanças no hábito de vida, na forma de pensar e trabalhando seu ambiente interno e externo,
melhorando a alimentação, praticando atividade física, realizar atividades que busca o
equilíbrio mental e energético, atividades respiratórias, evitar os excessos como de trabalho e
sexual, desta forma, a energia ancestral é preservada, equilibrando a energia defensiva e de
nutrição, protegendo contra energia perversa.
REFERÊNCIAS
CAMPIGLIA, Helena. Psique e Medicina Tradicional Chinesa. São Paulo: Roca, 2004.
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EEL, Jia, Jou. Ch'na Tao Conceitos Básicos: Medicina Tradicional Chinesa. São Paulo:
Andrei, 1996
GALLIAN, Dante Marcello Claramonte; ROCHA, Sabrina Pereira. A acupuntura no Brasil:
uma concepção de desafios e lutas omitidos ou esquecidos pela história – entrevista com
dr. Evaldo Martins Leite. Interface - comunicação, saúde, educação, Botucatu, v.20, n.50,
p.239-247, mar. 2016. Disponível em https://interface.org.br/wp-content/uploads/2015/12/v-
20-n-56-jan-mar-2016.pdf. Acesso em: 04 de abr. 2023.
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