Escalas

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Escalas:

classificações e formas de representação


Prof. Dr. Alyson Bueno Francisco
1. Conceituações
 “Escala é a relação entre a medida de um objeto ou
lugar representado no papel e sua medida real” (IBGE,
1998).

 “Escala é definida como a relação existente entre as


dimensões das linhas de um desenho e as suas
homólogas” (IBGE, 1998).

 “A escala de um mapa é a relação constante que


existe entre as distâncias lineares medidas sobre o
mapa e as distâncias lineares correspondentes,
medidas sobre o terreno” (JOLY, 1990).
2. Classificação das escalas
 Escala numérica: expressa por uma fração cujo
numerador é a medida no mapa e o denominador é a
medida correspondente no terreno, com o auxílio da
mesma unidade (JOLY, 1990).
 As escalas mais comuns têm para numerador a unidade
e para denominador, um múltiplo de 10. Ex.: 1:1.000.000,
1:100.000, 1:50.000, 1:25.000
 Uma escala é tanto maior quanto menor for o seu
denominador. Quanto maior a escala, maior a riqueza
de detalhes representados no documento cartográfico.
 Escala grande: até 1:25.000 (cartas cadastrais e plantas)
 Escala média: entre 1:25.000 e 1:250.000 (cartas
temáticas e topográficas)
 Escala pequena: menores que 1:250.000 (mapas)
2. Classificação das escalas
 Escala gráfica: É a representação gráfica de várias
distâncias do terreno sobre uma linha reta graduada.
 É constituída de um segmento à direita da referência
zero, conhecida como escala primária.
 Consiste também de um segmento à esquerda da
origem denominada de talão ou escala de
fracionamento, que é dividido em sub-múltiplos da
unidade escolhida graduadas da direita para a
esquerda.
3. Erro de graficismo
 O erro de graficismo (eg) é uma função da acuidade
visual, habilidade manual e qualidade do equipamento
de desenho. De acordo com a NBR 13133 (Execução
de Levantamentos Topográficos), o erro de graficismo
admissível na elaboração do desenho topográfico para
lançamento de pontos e traçados de linhas é de 0,2
mm e equivale a duas vezes a acuidade visual.
 Em função deste valor é possível definir o valor da
precisão da escala (pe), ou seja,o menor valor
representável em verdadeira grandeza, em uma
escala.
pe = eg.D
Sendo: eg = 0,2mm D = denominador
4. Escala de áreas
 Para o cálculo de áreas a partir da área no desenho e da
escala do desenho, basta multiplicar a área no desenho
pelo denominador da escala ao quadrado.

Ex.: um lote com as dimensões de 0,5 cm x 01 cm na carta


cadastral de escala 1:2.500, calcula-se a área do lote
At = 0,5 cm² . 2500² = 1.562.500 cm² = 156,25 m²

Ex.: Em qual escala está representado um imóvel de 500 m²


sendo sua área na carta com 5 cm²?
At = Ad.D² D² = At/Ad D² = 0,0005/500
D = √ 0,000001 = 0,001 E=1/D E=1/0,001 E=1:1.000
5. Generalização
 “A generalização é a operação pela qual os elementos
de um mapa são adaptados ao desenho de um mapa
na escala inferior” (JOLY, 1990).
 Generalização estrutural: eliminar os detalhes
desprezíveis para atenuar as características importantes
nas representações das menores escalas.
 Generalização conceitual: mudança
de símbolos, ex.: pequenas cidades
em mapas deixam de ser
representadas pela malha
urbana para serem representadas
por círculos. Fonte: Joly (1990, p. 23)
6. Escala: qual utilizar nos mapeamentos?
 A escolha da escala resulta dos seguintes aspectos:

Escala das bases cartográficas (ex. cartas


topográficas do IBGE na escala 1:50.000);
Escala dos dados coletados em campo e gabinete
(ex. levantamentos topográficos, dados coletados
de imagens orbitais, etc.);
Objetivos e finalidades dos mapeamentos (ex.
mapas didáticos terão mais generalizações e
portanto menores escalas do que cartas temáticas
com mais detalhes e maiores escalas).
7. Referências

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.


Noções Básicas de Cartografia. Rio de Janeiro: Diretoria
de Geociências do IBGE, 1998.

JOLY, F. A cartografia. 6.ed. Campinas: Papirus, 1990,


Tradução de Tânia Pellegrini.

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