Análise Financeira Prof. Roberto Marchelli

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Análise Financeira

Módulo I
Data: 18 de maio de 2021

Consultor: Prof. Roberto Marchelli


Prof. Roberto Marchelli

 Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais na Pontifícia Universidade Católica de


São Paulo PUC-SP,
 MBA em Contabilidade e Finanças na FUNDACE Business School FEARP-USP,
 Especialista em Planejamento Contábil e Tributário pela Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais PUC-MG,
 graduado em Ciências Contábeis pelo Centro Universitário da Fundação
Educacional Guaxupé (UNIFEG),
 Professional and Self Coaching pelo Instituto Brasileiro de Coaching - IBC.
 Professor Convidado nos MBAs Gestão de Cooperativa de Crédito; Gestão de
Negócios; Agronegócios; na ESALQ/USP.
 Professor convidado no MBA Gestão de Cooperativas de Crédito na Valor
Humano/UNOESC.
 Instrutor credenciado pelo SESCOOP. Professor em cursos do ISAE/FGV.
 Professor em cursos de Graduação em Ciências Contábeis.
 Pesquisador em cooperativismo, com dezessete anos de experiência em
Cooperativa de Crédito.
Acordos

▪ Tempo de cada módulo 4hr, com intervalo de 15min;


▪ Durante as aulas os microfones desligados;
▪ Perguntas sobre assunto, abra o microfone;
▪ Lista de presença será coordenada pelo Sicoob;
▪ Participação efetiva dos alunos por meio do chat;
▪ Responder Avaliação de Reação;
▪ Certificado Gente & Gestão.
Objetivo do Curso

Análises Financeiras:
Setorial, de Balanços e Valuation
▪ Apresentar os instrumentos para análise setorial e
avaliação das demonstrações contábeis, a fim de
extrair as informações necessárias para a tomada de
decisões de investimentos em ações, de médio e
longo prazos, no mercado brasileiro e internacional.
Roteiro Programático

 Análise SetorialEstrutura das Demonstrações Financeiras:• Balanço patrimonial.•


Demonstrações do resultado do exercício (DRE).• Demonstração das origens e aplicações de
recursos (DOAR).• Fluxo de caixa.• Notas explicativas.• Parecer dos auditores.• Relatório da
diretoria.Análise Horizontal e VerticalAnálise por Índices (Indicadores de
desempenho)Estrutura de Capitais (endividamento):• Grau de endividamento.• Composição
de endividamento.• Imobilização do patrimônio líquido.• Imobilização dos recursos não
correntes.• Dependência financeira.• Endividamento oneroso.• Endividamento oneroso
líquido.• Grau de aplicações financeiras.Liquidez (solvência/risco):• Liquidez geral.• Liquidez
corrente.• Liquidez seca.• Cobertura de juros.• Cobertura de dividas.• Capital circulante
líquido.• Necessidade de capital de giro.• Efeito tesoura.Rentabilidade (lucratividade):• Giro
do ativo.• Margem bruta.• Margem líquida.• Rentabilidade do ativo (ROA).• Retorno sobre
o investimento (ROI).• Rentabilidade do patrimônio líquido (RSPL) (ROE).Atividade
(eficiência):• Ciclo operacional.• Ciclo financeiro (ou de caixa).• Ciclo econômico.• Prazo
médio de estocagem total (PME).• Prazo médio de vendas (PMV).• Prazo médio de
pagamento a fornecedores (compra).• Ciclos x Necessidade de capital de giro.Índices de
Ações (mercado):• Valor patrimonial das ações.• Preços/VPA.• Preço/LPA - (P/L).•
Yield..Avaliação de Empresas (Valuation )• Modelo Gordon e Shapiro• EVA e MVA.• Valor
presente líquido (VPA).• Estimando resultados futuros.Ferramentas para a tomada de
decisão de financiamento.Ferramentas para a tomada de decisão de
investimento.Montagem da carteira: Risco e Diversificação.Estudos de caso.
.
DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS
BALANCETE
Conceito

 Um balancete é um instrumento financeiro que se


utiliza para visualizar a lista do total dos débitos e
dos créditos das contas, juntamente com o saldo de
cada uma delas (seja devedor ou credor). Desta
forma, permite estabelecer um resumo básico de um
estado financeiro.

 O balancete é um relatório que pode ser mensal,


quinzenal e até diário, a depender das necessidades
de uma empresa
BALANÇO PATRIMONIAL
Balanço Patrimonial

É uma demonstração contábil que tem, por finalidade,


apresentar a posição contábil, financeira e econômica de uma
entidade em determinada data;
É uma representação estática;

Tem a finalidade representar a evolução do patrimônio total


da organização em um determinado período de tempo

Apresenta as origens e aplicações de recursos


Balanço Patrimonial

Ativo Passivo
Decrescente

Decrescente
Circulante Circulante
Não Circulante Não Circulante
Realizável a LP Exigível a LP
Inv. Imob. Int. Patrimônio Líquido

Conversibilidade Exigibilidade
(transformar em (prazo para
dinheiro mais rápido) pagamento)
Balanço Patrimonial
Interligação do BP com a DRE

Ativo Passivo
Circulante Circulante
Aplicação Origem dos
dos Recursos Não Circulante Não Circulante Recursos
Realizável a LP Exigível a LP
Permanente Patrimônio Líquido

Lucro
Balanço Patrimonial
DEMONSTRAÇÃO DE
RESULTADO DO EXERCÍCIO
Demonstração de Resultado do Exercício

“A Demonstração do Resultado do Exercício é um resumo ordenado das


receitas e despesas da empresa em determinado período. É apresentada
de forma dedutiva (vertical), ou seja, das receitas subtraem-se as
despesas e em seguida, indica-se o resultado (lucro ou prejuízo)”
Iudícibus (2004, p.194)

“A DRE é extremamente relevante para avaliar desempenho da empresa e


a eficiência dos gestores em obter resultado positivo.”

Marion (2003, p.127)


Demonstração de Resultado do Exercício
DEMONSTRAÇÃO DAS
MUTAÇÕES NO PL
DMPL

Trata-se de demonstração obrigatória constante do CPC 26.

É uma demonstração que apresentação todas as mutações que


ocorreram no patrimônio líquido da cooperativa.

Substituiu a DLPA, pois, todos os itens da mesma estão contidos na


DMPL.

É uma demonstração útil para discernir o “estilo” da entidade,


no que se refere a aumento de capital, dividendos, constituição
e reversão de reservas, propostas de distribuição de lucros etc
DFC
Demonstração dos Fluxos de Caixa

“É a demonstração que tem como objetivo prover informações


relevantes sobre os pagamentos e recebimentos, em dinheiro, de uma
empresa, ocorridos durante um determinado período, e com isso
ajudar os usuários das demonstrações contábeis na analise da
capacidade da entidade de gerar caixa e equivalentes de caixa, bem
como suas necessidades para utilizar esses fluxos de caixa.”

Fipecafi (2010, p. 567)

Como a empresa obtém


seus fluxos de caixa?
NOTA EXPLICATIVA
Conceito

Para elaboração da nota dois aspectos são primordiais a Materialidade e a


Relevância.
Material é quando o valor for significativo e Relevante é quando, mesmo que
Imaterial, o valor se refira a uma informação que, por si só, é importante ao
usuário, independentemente do seu valor.
É importante ter-se em mente que quando se elabora uma Nota deve-se
deixar de lado os aspectos “professorais”, afinal uma Nota não deve se
transformar em uma aula, mas sim num conjunto de informações que
possam auxiliar o usuário no entendimento e tomada de decisão.
Conceito

De acordo com a OCPC 07, e isso inclui então as


empresas sob a CVM, ou sob o CFC ou sob qualquer
órgão regulador que tenha aprovado essa Orientação,
a empresa deve fazer uma nota explicativa mesmo
com exigência legal, apenas quando os valores ou os
fatos forem materiais e se aplicarem a seu caso.
Conceito

“Informações complementares às demonstrações


contábeis, representando parte integrante das
mesmas. Podem estar expressas tanto na forma
descritiva como na forma de quadros analíticos[...]”
(Fipecafi, 2010 p. 593)
Detalhamento de alguma Investimentos em outras
Práticas contábeis adotadas
conta sociedades

Resumo de Políticas
Outras Divulgações
Contábeis
Resumo de Normas Contábeis
Importante

Dependendo do porte da
empresa ela ainda
publicará:

 Relatório de
Administração
 Relatório de Auditoria
REGIME DE COMPETÊNCIA
E REGIME DE CAIXA
Regime de Caixa

As receitas e despesas são reconhecidas no momento


do pagamento
Regime de Competência

As receitas e despesas são reconhecidas no momento


da ocorrência do fato gerador.
Exemplos

 Uma empresa efetua uma venda de mercadorias no


valor de R$3.000,00 no dia 01.06.2020 – a
mercadoria foi adquirida em 20.05.2020 por R$
1.500,00.
 Uma empresa recebeu em 28.05.2020 sua fatura de
consumo de energia elétrica no montante de R$
2.000,00 com vencimento em 10.06.2020.
DIVISÃO DO
ESTUDO DA
ECONOMIA
Microeconomia Macroeconomia

Estuda o comportamento das Estuda a determinação e o


unidades econômicas básicas: comportamento dos grandes
consumidores e produtores e o agregados, como PIB, consumo
mercado no qual interagem. nacional, investimento
Preocupa-se com a determinação agregado, exportação, nível geral
dos preços e quantidades em dos preços etc., com o objetivo de
mercados específicos. delinear uma política econômica.
MICROECONOMIA
Dez princípios da Economia - Mankiw

 Como as pessoas tomam decisões:


 Pessoas enfrentam Tradeoffs;
 O custo de alguma coisa é o que você desiste para obtê-la;
 Pessoas racionais pensam na margem;
 Pessoas respondem a incentivos
 Como as pessoas interagem:
 O comércio pode melhorar a situação de todos;
 Os mercados em geral são um boa forma de organizar a atividade econômica;
 Os governos podem às vezes melhorar o resultado do mercado
 Como funciona a economia como um todo:
 O padrão de vida de um país depende de sua capacidade de produzir bens e serviços;
 Os preços sobem quando o governo emite moedas demais;
 A sociedade enfrenta um trade-off de curto prazo entre inflação e desemprego
A sociedade enfrenta um tradeoff de curto
prazo entre inflação e desemprego

Curva de Philips
18
16
DESEMPREGO

14
12
10
8
6
4
2
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
INFLAÇÃO
METAS DE POLÍTICAS
MACROECONÔMICAS
Metas de Políticas Macroeconômicas

São as seguintes as metas de política


macroeconômica:

a) alto nível de emprego;

b) estabilidade de preços;

c) distribuição de renda socialmente justa;

d) crescimento econômico.
Alto Nível de Emprego

 A questão de desemprego eclodiu principalmente


após os anos 30.
 Momento em que se procurou meios de fazer a
economia recuperar o nível de emprego potencial.
 Nos EUA entre 1929 e 1933 a Produção Nacional
caiu 30% e a Taxa de Desemprego chegou a 25%.
 O trabalho do economista inglês John Maynard
Keynes, cujo livro A teoria geral do emprego, do
juro e da moeda (1936) representa um marco na
história econômica.
Estabilidade de Preços
 Define-se inflação como um aumento contínuo e
generalizado no nível geral de preços.
 Por que a inflação é um problema?
 Porque a inflação acarreta distorções principalmente sobre
a distribuição de renda, expectativas empresariais,
mercado de capitais e sobre o Balanço de Pagamentos.
 Costuma-se aceitar que um pouco de inflação é inerente
aos ajustes de uma sociedade dinâmica, em crescimento.
 Mesmo em países desenvolvidos, mostra-se que, quanto
maior o nível de atividade econômica, mais os recursos
produtivos tendem a ficar no limite de sua utilização, o que
gera normalmente tensões inflacionárias.
Distribuição Equitativa de Renda

 No Brasil, os críticos do chamado “milagre econômico” argumentam que piorou a


concentração de renda no país nos anos 67/73 devido a uma política
deliberada do Governo (a chamada “Teoria do Bolo”): primeiro crescer, para
depois pensar em repartição da renda.
 A posição oficial era a de que certo grau de aumento de concentração de
renda seria inerente ao próprio desenvolvimento capitalista, que traz
transformações estruturais.
 O economista Carlos Geraldo Langoni, da FGV-RJ, defendia a tese de que, no
desenvolvimento capitalista, gera-se uma demanda por mão-de-obra
qualificada, a qual, por ser escassa, obtém ganhos extras. Assim, o fator
educacional seria a principal causa da piora distributiva.
Crescimento Econômico

 Se existe desemprego e capacidade ociosa, pode-se


aumentar o produto nacional por meio de políticas
econômicas que estimulem a atividade produtiva.
 No entanto, feito isso, há um limite à quantidade que
se pode produzir com os recursos disponíveis.
Aumentar o produto além desse limite exigirá:
 ou aumento nos recursos disponíveis;
 ou avanço tecnológico
Crescimento Econômico

 Quando falamos em crescimento econômico, estamos pensando no crescimento


da renda nacional per capita.
 A renda per capita é considerada o melhor indicador, o mais operacional, para
se aferir a melhoria do bem-estar, do padrão de vida da população, embora
possa apresentar falhas (os países árabes, por exemplo, estão entre os países
com maiores rendas per capita, mas não com o melhor padrão de vida do
mundo).
 Um país está realmente melhorando seu nível de desenvolvimento econômico e
social se, juntamente com o aumento da renda per capita, estiver também
melhorando os indicadores sociais (pobreza, desemprego, etc).
Dilemas de Política Econômica
 O crescimento pode facilitar a solução dos problemas de pobreza, uma vez
que toma possível abrandar conflitos sociais sobre a divisão da renda, se a
renda aumentar. Nesse sentido, é possível aumentar a renda dos pobres sem
diminuir a dos ricos.
 Entretanto, particularmente em países em desenvolvimento, as metas de
crescimento e eqüidade distributiva têm se mostrado conflitantes, uma vez
que muitos acreditam que o aumento do nível de poupança (necessário para
sustentar o investimento para aumento do crescimento) seria mais facilmente
obtido por meio de uma distribuição desigual de renda
Dilemas de Política Econômica
 Outro conflito pode estabelecer-se entre as metas de redução de
desemprego e estabilidade de preços. Por exemplo, se essa redução de
desemprego é obtida pelo aumento das compras, isso pode aumentar a
inflação.
 aumento das compras (por exemplo, de automóveis) reduz o desemprego,
porque pessoas que estão desempregadas serão contratadas para
trabalhar nas fábricas de automóveis;
 No entanto, à medida que a economia aproxima-se do pleno emprego de
recursos, estes passam a escassear, provocando um aumento dos custos de
produção, e o aumento das compras tende a agravar a inflação,
Dilemas de Política Econômica
 Por outro lado, políticas de estabilização da inflação podem levar ao
aumento da taxa de desemprego, dado que tais políticas retraem a
demanda de bens e serviços, podendo produzir queda da atividade
econômica e, portanto, do emprego.
 Desse modo, o administrador público (policy-maker) tem que fazer uma
escolha quanto à ênfase a ser dada a diferentes objetivos.
PERSPECTIVAS FUTURAS DE
MERCADO
Regime de Metas de Inflação

O regime monetário de metas de inflação foi oficialmente


instituído em junho de 1999, sob a justificativa de ser o
instrumento mais adequado à manutenção da
estabilidade de preços em um cenário de liberalização
cambial.
O artigo 2º do Decreto que instituiu o regime conferiu ao
BCB independência de instrumentos para cumprir as
metas de inflação estabelecidas pelo COPOM.
COPOM

Órgão constituído no âmbito no BCB com a finalidade de estabelecer as


diretrizes da politica monetária e definir a taxa básica de juros.

Seus membros são:


 Presidente do Bacen
 Diretor de Administração – Dirad
 Diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos - Direx
 Diretor de Fiscalização - Difis
 Diretor de Organização do Sistema Financeiro e Controle de Operações do Crédito Rural - Diorf
 Diretor de Política Econômica - Dipec
 Diretor de Política Monetária - Dipom
 Diretor de Regulação - Dinor
 Diretor de Relacionamento Institucional e Cidadania - Direc
COPOM

 Comitê de Política de Política Monetária (Copom) se reúne a cada


45 dias, em caráter ordinário e, extraordinariamente, quando
necessário, mediante convocação de seu presidente.

 As reuniões normalmente ocorrem em dois dias seguidos e o


calendário de reuniões de um determinado ano é divulgado até o
mês de junho do ano anterior.
COPOM
COPOM
LEIA AS ATAS
DO COPOM
SEMPRE!
RELATÓRIO FOCUS

 O Relatório Focus resume as estatísticas calculadas considerando as


expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua
divulgação. Ele é divulgado toda segunda-feira. O relatório traz a
evolução gráfica e o comportamento semanal das previsões para
índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre
outros indicadores. As previsões são do mercado, não do BC.
Consumo de Energia Elétrica

Indicadores Volume de veículos pagando pedágio

importantes de Consumo de combustível

tendência de Frete

IBC-Br
mercado
Site IFI (Instituto Fiscal Independente)
Fontes importantes
BCB
de dados
econômicos
IBGE
VAMOS AVALIAR UM
POUCO DO ANO DE 2020
PIB Mundial
A QUEDA DO PIB NAS PRINCIPAIS
ECONOMIAS - IMF
E 2021!
Probabilidade de erro no crescimento
PIB
A ANÁLISE FINANCEIRA
Conceito

Para fazer análise de demonstrações contábeis é preciso


algumas poucas coisas:

1) Saber ler. E “saber ler” não é tão fácil! Há muitas coisas que
estão escritas somente nas entrelinhas. Você precisa
entender o que está lá, captar o não dito.
2) Ter conhecimento mínimo de qual modelo contábil está
sendo utilizado e se ele tem a capacidade de representar de
fato a situação da empresa. Ou seja, conhecer a empresa, o
negócio e... sua contabilidade!
Eliseu, M., Alves, D. J., José, M. G. (2017).
A ANÁLISE DE
DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS É UMA ARTE!
Conhecer o negócio da empresa;

Conhecer sua contabilidade;

Etapas Ler suas demonstrações contábeis;

Levantar indicadores contábeis;

Conclusão.
Balanço Patrimonial
31.12.16 31.12.17 31.12.18
Ativo
Caixa 3.000 4.000 2.000
Aplicações Financeiras 25.000 12.868 26.325
Duplicatas a receber 100.000 130.000 143.000
Estoques 90.000 75.000 65.000
Investimentos 43.000 65.000 98.000
Imobilizado 100.000 110.000 110.000
Depreciação Acumulada -20.000 -30.500 -41.500
Total 341.000 366.368 402.825

Passivo
Fornecedores 72.000 60.000 61.750
Provisão IR 2.000 4.485 1.820
Contas a pagar 15.000 12.000 11.000
Empréstimos 90.000 119.500 150.000
PL 162.000 170.383 178.255
Capital 150.000 150.000 150.000
Reserva de Lucros 12.000 20.383 28.255
Total 341.000 366.368 402.825
Demonstração do Resultado do Exercício
2017 2018
Vendas 445.000 485.000
Custo das Vendas -258.100 -310.400
Lucro Bruto 186.900 174.600
Equivalência Patrimonial 6.300 11.500
Despesas com Pessoal -75.000 -71.000
Outras Despesas Administrativas -65.000 -58.000
Despesas com Depreciação -10.500 -11.000
Despesas com devedores duvidosos -3.000 -3.900
Receitas Financeiras 2.500 2.316
Despesas Financeiras -20.950 -26.950
LAIR 21.250 17.566
IR -4.485 -1.820
Lucro Líquido 16.765 15.746
VAMOS ANALISAR AS
PRINCIPAIS VARIAÇÕES
Balanço Patrimonial
31.12.16 31.12.17 31.12.18
Ativo Disponibilidades são
Caixa 3.000 4.000 2.000
Aplicações Financeiras 25.000 12.868 26.325 irrisórias
Duplicatas a receber 100.000 130.000 143.000
Estoques 90.000 75.000 65.000
Investimentos 43.000 65.000 98.000 E as duplicatas a receber?
Imobilizado 100.000 110.000 110.000
Depreciação Acumulada
Total
-20.000
341.000
-30.500
366.368
-41.500
402.825
Aumento de 30% e 10%
respectivamente.
Passivo
Fornecedores
Provisão IR
72.000
2.000
60.000
4.485
61.750
1.820
Será que ocorreu um
Contas a pagar 15.000 12.000 11.000 aumento nas vendas?
Empréstimos 90.000 119.500 150.000
PL 162.000 170.383 178.255
Capital 150.000 150.000 150.000
Reserva de Lucros 12.000 20.383 28.255
Total 341.000 366.368 402.825
As vendas cresceram menos
Demonstração do Resultado do Exercício de 10%. Isso quer dizer que,
2017 2018
Vendas 445.000 485.000 garantidamente, o aumento
Custo das Vendas -258.100 -310.400 de Duplicatas a Receber não
Lucro Bruto 186.900 174.600 é efeito do aumento das
Equivalência Patrimonial 6.300 11.500
Despesas com Pessoal -75.000 -71.000 vendas!
Outras Despesas Administrativas -65.000 -58.000
Despesas com Depreciação -10.500 -11.000
Seria Inadimplência?
Despesas com devedores duvidosos -3.000 -3.900 Olhando devedores
Receitas Financeiras 2.500 2.316
Despesas Financeiras -20.950 -26.950 duvidosos temos uma
LAIR 21.250 17.566 variação mínima, nada
IR -4.485 -1.820 que chame a atenção.
Lucro Líquido 16.765 15.746
Seria aumento de prazo?
Em 2017 445.000 / 12
Demonstração do Resultado do Exercício aproximadamente 37.000. Como
2017 2018 tínhamos 100.000 (2016) 130.000
Vendas 445.000 485.000
(2017) em duplicatas a receber temos
Custo das Vendas -258.100 -310.400
Lucro Bruto 186.900 174.600
em média 115.000 refere-se em média
Equivalência Patrimonial 6.300 11.500
a 3,1 meses.
Despesas com Pessoal -75.000 -71.000 Em 2018 485.000/12
Outras Despesas Administrativas -65.000 -58.000 aproximadamente 40.000. Como
Despesas com Depreciação -10.500 -11.000 tínhamos 130.000 (2017) 143.000
Despesas com devedores duvidosos -3.000 -3.900
(2018) em duplicatas a receber temos
Receitas Financeiras 2.500 2.316
Despesas Financeiras -20.950 -26.950
em média 136.000 refere-se em média
LAIR 21.250 17.566
a 3,4 meses.
IR -4.485 -1.820 Portanto ocorreu aumento no prazo.
Lucro Líquido 16.765 15.746
P1- Porque aumentou o prazo?
Balanço Patrimonial Observamos uma redução
31.12.16 31.12.17 31.12.18 significativa no estoque. Isso é bom
Ativo
Caixa 3.000 4.000 2.000 ou ruim?
Aplicações Financeiras 25.000 12.868 26.325
Duplicatas a receber 100.000 130.000 143.000
Estoques 90.000 75.000 65.000
Investimentos 43.000 65.000 98.000 Pode estar diminuindo por
Imobilizado 100.000 110.000 110.000 problemas com fornecedores.
Depreciação Acumulada -20.000 -30.500 -41.500
Total 341.000 366.368 402.825

Passivo Ou por politica de estoque.


Fornecedores 72.000 60.000 61.750
Provisão IR 2.000 4.485 1.820
Contas a pagar 15.000 12.000 11.000
Empréstimos
PL
90.000
162.000
119.500
170.383
150.000
178.255
Vamos analisar a margem do
Capital 150.000 150.000 150.000 negócio!
Reserva de Lucros 12.000 20.383 28.255
Total 341.000 366.368 402.825
Em 2017 ela vendia 445.000 e tinha
Demonstração do Resultado do Exercício uma margem de 186.900 em 2018 ela
2017 2018
Vendas 445.000 485.000
vendeu mais, todavia a margem
Custo das Vendas -258.100 -310.400
diminuiu.
Lucro Bruto 186.900 174.600 Pode ter ocorrido um aumento de custos
Equivalência Patrimonial 6.300 11.500
sem a possibilidade de repasse no
Despesas com Pessoal -75.000 -71.000
Outras Despesas Administrativas -65.000 -58.000
preço de vendas.
Despesas com Depreciação -10.500 -11.000 Pode ser mudança no comportamento
Despesas com devedores duvidosos -3.000 -3.900 do mix de produtos.
Receitas Financeiras 2.500 2.316
Despesas Financeiras -20.950 -26.950 Até aqui temos: redução de estoque,
LAIR 21.250 17.566 aumento das duplicatas a receber,
IR -4.485 -1.820 aumento das vendas e redução das
Lucro Líquido 16.765 15.746
margens.
No passivo temos uma redução nos fornecedores.
Balanço Patrimonial
Que é esperado com a diminuição de estoques,
31.12.16 31.12.17 31.12.18
Ativo
todavia, enquanto os fornecedores diminuíram em
Caixa 3.000 4.000 2.000 12.000 os estoques diminuíram em 15.000.
Aplicações Financeiras 25.000 12.868 26.325
Duplicatas a receber 100.000 130.000 143.000
Esta queda de estoque quer dizer que as compras
Estoques 90.000 75.000 65.000 foram menores nesse valor no CMV, que portanto,
Investimentos 43.000 65.000 98.000 será ajustado a 243.000 ou aproximadamente
Imobilizado 100.000 110.000 110.000 20.000 por mês. Se os fornecedores em 2017 estão
Depreciação Acumulada -20.000 -30.500 -41.500 em 60.000 representa 3 meses.
Total 341.000 366.368 402.825
Pra 2018 queda de 10.000 nos estoques, portanto,
Passivo CMV ajustado fica em 300.000 ou
Fornecedores 72.000 60.000 61.750
Provisão IR 2.000 4.485 1.820
aproximadamente 25.000 por mês. Se os
Contas a pagar 15.000 12.000 11.000 fornecedores estão em 61.000 representa 2,4
Empréstimos 90.000 119.500 150.000 meses.
PL 162.000 170.383 178.255
Capital 150.000 150.000 150.000 P2 – Porque reduziu o prazo médio dos
Reserva de Lucros 12.000 20.383 28.255 fornecedores?
Total 341.000 366.368 402.825
Olhando os empréstimos vemos que tem um
Balanço Patrimonial
31.12.16 31.12.17 31.12.18
aumento significativo.
Ativo
Caixa 3.000 4.000 2.000
P3 – estas dívidas são de curto ou longo
Aplicações Financeiras 25.000 12.868 26.325 prazo? Quais tipos de empréstimos?
Duplicatas a receber 100.000 130.000 143.000
Estoques 90.000 75.000 65.000
Investimentos 43.000 65.000 98.000 Vamos olhas os Investimentos que
Imobilizado 100.000 110.000 110.000 aumentaram significativamente. Vemos na
Depreciação Acumulada -20.000 -30.500 -41.500 DRE que em 2017 a empresa obteve um
Total 341.000 366.368 402.825
retorno de equivalência patrimonial de 6.300
Passivo e sabemos que no inicio do ano a empresa
Fornecedores 72.000 60.000 61.750 investia 43.000 portanto, um retorno de 15%.
Provisão IR 2.000 4.485 1.820 Fazendo a mesma analise para 2018 temos
Contas a pagar 15.000 12.000 11.000
Empréstimos 90.000 119.500 150.000 um retorno de 11.500 e um investimento de
PL 162.000 170.383 178.255 65.000, que denota um retorno de quase
Capital 150.000 150.000 150.000 20%.
Reserva de Lucros 12.000 20.383 28.255
Total 341.000 366.368 402.825
Vamos agora ao retorno dos proprietários.
Demonstração do Resultado do Exercício
2017 2018
Vendas 445.000 485.000 A empresa gerou um retorno de 16.765
Custo das Vendas -258.100 -310.400 para um PL de 162.000, portanto,
Lucro Bruto 186.900 174.600 aproximadamente 10%. Em 2018 um
Equivalência Patrimonial 6.300 11.500 retorno de 15.746 para um PL de 170.383,
Despesas com Pessoal -75.000 -71.000
Outras Despesas Administrativas -65.000 -58.000
portanto, aproximadamente 9%.
Despesas com Depreciação -10.500 -11.000
Despesas com devedores duvidosos -3.000 -3.900
Receitas Financeiras 2.500 2.316 Observe que o retorno da empresa está em
Despesas Financeiras -20.950 -26.950 10% enquanto o retorno do investimento
LAIR 21.250 17.566 está entre 15% e 20%.
IR -4.485 -1.820
Lucro Líquido 16.765 15.746

P4 – Quais empresas são investidas? Qual o


motivo?
Demonstração do Resultado do Exercício
Vamos agora as despesas
2017 2018 financeiras.
Vendas 445.000 485.000
Custo das Vendas -258.100 -310.400 A empresa tem uma despesa de
Lucro Bruto 186.900 174.600
Equivalência Patrimonial 6.300 11.500 20.950 para um empréstimo
Despesas com Pessoal
Outras Despesas Administrativas
-75.000
-65.000
-71.000
-58.000
médio de 105.000
Despesas com Depreciação -10.500 -11.000 (90.000+120.000/2) que gera
Despesas com devedores duvidosos
Receitas Financeiras
-3.000
2.500
-3.900
2.316
uma taxa média de 20% a.a.
Despesas Financeiras -20.950 -26.950
LAIR 21.250 17.566
E seu negócio da um retorno de
IR -4.485 -1.820 10% a.a.
Lucro Líquido 16.765 15.746

Loucura isso?
79

ANÁLISE DE
DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS
Qual seria a empresa ideal?
O pipoqueiro
O nosso Pipoqueiro especial não tem nenhum bem e nem
dívidas. Ele acorda de manhã, passa no local onde aluga o
carrinho, depois passa no supermercado, onde já é freguês,
compra o milho, o sal, o óleo etc. e diz que no final da tarde
passa para pagar. Trabalha o dia inteiro, o milho que sobra ele
dá para os pombos e o sal e o óleo ele dá para os mendigos
que encontrar. Depois devolve o carrinho e paga o aluguel.
Paga o supermercado e vai embora para casa.
Na realidade não é bem assim!

ENDIVIDAMENTO INVESTIMENTO REGIME DE


COMPETÊNCIA
Indicadores de Liquidez

São indicadores que mostram a capacidade da empresa em


gerar fundos para amortizar as despesas de curto e de longo
prazo. Os principais indicadores são:

𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 𝐷𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒


Liquidez Corrente: Liquidez Imediata: 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒

𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 −𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠 𝐴𝐶+𝑅𝐿𝑃


Liquidez Seca: Liquidez Geral: 𝑃𝐶+𝐸𝐿𝑃
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
Indicadores de Liquidez

Os índices de liquidez são considerados satisfatórios quando


constatado que aumentos ou reduções no valor de Ativos
Circulantes não comprometem a capacidade de pagamento da
empresa nem representam perdas financeiras pelo uso
ineficiente de caixa.

Observar o
descasamento de
prazos.
O que é o Ciclo Operacional e o Ciclo de Caixa
Ciclo Operacional

É o tempo (em dias) entre a aquisição de


ativos para processamento e sua realização
em caixa ou seus equivalentes.
Pagamento
Aquisição de ao
Mercadorias Fornecedor

Venda Recebimento
das Vedas
Ciclo de Caixa ou Financeiro

É o tempo (em dias) entre o


pagamento do fornecedor e o
recebimento das vendas.
Pagamento
Aquisição de ao
Mercadorias Fornecedor

Venda Recebimento
das Vedas
Quantos dias Quantos dias
CASE: A FALÊNCIA!

Empresa de laticínios.
90
Indicadores de Rotatividade
de Contas Patrimoniais
Mensura a rapidez com que várias contas são convertidas em
vendas e caixa. Os principais indicadores são:

𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒 𝑥 𝑃𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜 (360) 𝐷𝑢𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑡𝑎𝑠 𝑎 𝑟𝑒𝑐𝑒𝑏𝑒𝑟 𝑥 𝑃𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜


PME: PMRV:
𝐶𝑀𝑉 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠

𝐹𝑜𝑟𝑛𝑒𝑐𝑒𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑥 𝑃𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜
PMPC: 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑎𝑠

CO: PME + PMRV CF: PME + PMRV - PMPC

𝑃𝑀𝑅𝑉
Posicionamento Relativo: 𝑃𝑀𝑃𝐶 𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠
Giro do Ativo: 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑜
Indicadores de Endividamento

São indicadores que mostram a proporção do total de ativos


financiados por dívidas ou capital de terceiros. Os principais
indicadores são:
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
Endividamento total: Alavancagem: 𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

𝐸𝑚𝑝𝑟.𝐵𝑎𝑛𝑐á𝑟𝑖𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝐶𝑃
Endividamento Bancário:
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒

𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐼𝑚𝑜𝑏𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜
Imobilização de Capital: 𝑃𝐿+𝐸𝑚𝑝𝑟é𝑠𝑡𝑖𝑚𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝐿𝑃
Indicadores de Endividamento

Os índices de endividamento são considerados satisfatórios


quando constatado que aumentos ou reduções de
endividamento geraram contrapartida de aumento nas margens
de lucratividade.

O endividamento deve
servir para aumentar a
lucratividade.
Indicadores de Margem de Lucratividade

São indicadores que mostram a capacidade da empresa em


gerar lucro em sua atividade operacional. Os principais
indicadores são:
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙
M. Lucratividade Op.: 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠

𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
M. Lucratividade Líquida:
𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠
Indicadores de Cobertura de Juros

São indicadores que mostram a capacidade da


empresa em gerar lucro operacional para cobrir as
despesas financeiras geradas pelos empréstimos
bancários.

𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙
I. Cobertura Juros: 𝐷𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎𝑠 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠
Indicadores de Rentabilidade

Mostra o retorno obtido sobre o investimento realizado pelos


supridores de capital. Os principais indicadores são:

𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
ROA.: 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
Cuidado pois o
lucro pode ser
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
ROE: 𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
manipulado.
Observe de onde
ele surgiu!
INDICADORES
ANALISE AVANÇADA
Capital Circulante Líquido

Para Assaf Neto (2015, p. 159), “[...] o conceito básico de


equilíbrio financeiro fica evidenciado ao ser demonstrado que
toda aplicação de recursos no ativo deve ser financiada com
fundos levantados a um prazo de recuperação proporcional à
aplicação efetuada”

CCL = 𝐴𝐶 − 𝑃𝐶
ou
CCL = PL+PNC – ANC
Capital Circulante Líquido

O indicador sempre que for POSITIVO irá nos mostrar que a


empresa possui mais aplicações de curto prazo do que
financiamentos de curto prazo.

PC
AC

PNC

ANC
PL
Capital Circulante Líquido

O indicador sempre que for NEGATIVO irá nos mostrar que a


empresa possui menos aplicações de curto prazo do que
financiamentos de curto prazo.

AC
PC

PNC
ANC

PL
Necessidade de Capital de Giro

O Ativo Circulante e o Passivo Circulante são compostos de


partes provenientes da operação da empresa e partes que não
são ligadas a operação.

Saber o montante de Capital Circulante Líquido é importante,


entretanto, é necessário decompô-lo classificando as contas em
cíclicas (operacionais) e financeiras.
Necessidade de Capital de Giro

Ativo Circulante Cíclico: clientes, estoques, impostos a recuperar,


adiantamentos, etc.

Ativo Circulante Financeiro: disponibilidades, aplicações financeiras,


ativos não circulantes disponíveis para venda, etc.

Passivo Circulante Cíclico: fornecedores, impostos, salários, encargos,


despesas operacionais a pagar, etc.

Passivo Circulante Financeiro: empréstimos, financiamentos,


antecipação de recebíveis, dívidas com coligas e controladas, etc.
Necessidade de Capital de Giro

Após a decomposição é possível calcular a NCG.

NCG = 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 𝐶í𝑐𝑙𝑖𝑐𝑜 − 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 𝐶í𝑐𝑙𝑖𝑐𝑜

Também é possível calcular o saldo em tesouraria, que sinaliza


como é a gestão financeira da empresa.

ST = 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑜 − 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑜


ESTRUTURAS DE RISCO
Analisando CCL, NCG e ST
Situação Excelente (pg. 135)
Situação Sólida (pg. 135)
Situação Insatisfatória (pg. 136)
Situação Péssima (pg. 137)
Situação Muito Ruim (pg. 137)
Situação Alto Risco (pg. 138)
Empresas de Alto Risco vão quebrar?
Vamos Escutar o Mestre

Vídeo – O Capital de Giro


https://www.youtube.com/watch?v=v1XV7Wnnqmk
EFEITO TESOURA
Conceito

 Quando uma empresa apresenta por vários


exercícios seguidos um crescimento do NIG
superior ao do CCL.

2016 2017 2018 2019 2020


Vendas 7.000,00 8.400,00 11.760,00 20.580,00 41.160,00
NIG 2.800,00 3.360,00 5.880,00 11.760,00 25.872,00
CCL 3.500,00 4.200,00 5.880,00 10.584,00 20.533,00
Efeito Tesoura

Efeito Tesoura
45.000,00
40.000,00
35.000,00
30.000,00
25.000,00
20.000,00
15.000,00
10.000,00
5.000,00
-
2016 2017 2018 2019 2020
Vendas NIG CCL
INDICADORES DE AÇÕES
Análise de Ações

 Convencionalmente é efetuada com base nos


indicadores:
✓ Valor Patrimonial;

✓ Lucro por ação;

✓ Preço/lucro;

✓ Distribuição de dividendos
Valor Patrimonial

Representa a parcela do capital próprio da empresa


que compete a cada ação emitida.

𝑃𝐿
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚𝑜𝑛𝑖𝑎𝑙 =
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑎çõ𝑒𝑠 𝑒𝑚𝑖𝑡𝑖𝑑𝑎𝑠

$ 160.000.000
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚𝑜𝑛𝑖𝑎𝑙 = = $2,50/𝑎çã𝑜
64.000.000
Lucro por ação

Representa a parcela do resultado líquido da empresa


que compete a cada ação.

𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
𝐿𝑃𝐴 =
𝑁º 𝑑𝑒 𝑎çõ𝑒𝑠 𝑒𝑚𝑖𝑡𝑖𝑑𝑎𝑠
Preço / Lucro

Indicador representa o tempo teórico do retorno do


Investimento acionário.

𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑚𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑎 𝑎çã𝑜


=
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑎çã𝑜 (𝐿𝑃𝐴)

𝑃𝑟𝑒ç𝑜 $4,80
= = 8,0
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 $0,60
Rendimento das ações

Representa a taxa de retorno dos ganhos de capital

𝑃𝑡 − 𝑃𝑡−1
𝑅𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑔𝑎𝑛ℎ𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 =
𝑃𝑡−1

P = preço
t= data atual
T-1 = data anterior
Dividendo por ação - DPA

Mede o valor dos dividendos pagos aos acionistas


calculados para cada ação emitida pela empresa.

𝐷𝑖𝑣𝑖𝑑𝑒𝑛𝑑𝑜𝑠
𝐷𝑃𝐴 =
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝐴çõ𝑒𝑠
DIVIDEND YIELD - DY

Este indicador revela os rendimentos de dividendos


oferecidos pela ação ao investidor. Demonstra
unicamente a taxa de retorno da ação calculada
unicamente com base nos dividendos pagos.

𝐷𝑃𝐴
𝐷𝑌 =
𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝑎çõ𝑒𝑠
Taxa de Retorno Total da Ação - TRA

 É formada pela soma de todos os ganhos oferecidos


pelo título, sendo calculado da seguinte forma:

𝐷𝑃𝐴 + (𝑃𝑡 − 𝑃𝑡−1 )


𝑇𝑅𝐴 =
𝑃𝑡−1
Exemplo

Empresa adquiriu ações de uma empresa por $17,20 e


ao final do período do mesmo ano estava cotada em
$20,50. A empresa obteve um DPA de $0,7867.

 Δ Preço da ação = $20,50 - $17,20 = $3,30/ação


 Retorno dos ganhos de capital = $3,30/$17,20 = 19,19%
 Dividend Yield = $0,7867/$17,20 => 4,57%
$0,7867+$3,30
 𝑇𝑅𝐴 = = 23,76%
$17,20
EBIT & EBITDA
EBIT

O EBIT – (Earnings Before Interest and Taxes), em português


traduzido como LAJIR – (Lucro antes dos Juros e Imposto de
Renda) seria correspondente ao “lucro operacional”, ou seja, o
lucro gerado pelas operações da empresa.

Excluem-se os juros e o imposto de renda, pois eles não fazem


parte do resultado das operações da empresa, mas de suas
decisões de financiamento e da política fiscal do governo.
EBITDA

O EBITDA – (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and


Amortization), em português traduzido como LAJIDA – (Lucro antes
dos Juros, Imposto de Renda, Depreciação e Amortização) seria,
aproximadamente, correspondente ao “fluxo de caixa operacional”.

É obtido excluindo-se do EBIT a depreciação e a amortização, ou


seja, excluem-se as despesas não-caixa (aquelas que são
contabilizadas, mas não são pagas, não saem do caixa), atingindo-se
aproximadamente o fluxo de caixa operacional.

Diz-se aproximadamente, pois para chegar ao valor exato seria


necessário calcular ainda a variação do capital de giro.
EBITDA

A contabilidade brasileira, contudo, possui outro padrão


de demonstração dos resultados, não totalmente
compatível com o EBIT e o EBITDA;

Para serem corretamente calculados, deve-se utilizar,


portanto, uma contabilidade gerencial.
Exemplo: Cálculo EBIT e EBITDA

Fonte: Adm. Fin. e Orçamentária. Hoji - 2014


Exemplo: Cálculo EBIT e EBITDA

Fonte: Adm. Fin. e Orçamentária. Hoji - 2014


EVA – ECONOMIC VALUE ADDED
Conceitos
EVA é uma marca registrada e explorada pela Stern
Stewart & Co.

EVA é “é a medida que contabiliza de forma apropriada


todas as complexas transações envolvidas na criação de
valor” (Stewart 2005)

EVA “é a medida ideal para estabelecer objetivos, avaliar


desempenho, determinar políticas de remuneração de
executivos, comunicar-se com investidores, decidir sobre
o orçamento de capital e realizar avaliações de qualquer
natureza”.
Fórmula

A fórmula de cálculo é bem simples

𝐸𝑉𝐴 = 𝑁𝑂𝑃𝐴𝑇 − 𝐶% × 𝑇𝐶

NOPAT = Net Operating Profit After Taxes

C% = Percentual do custo do capital investido

TC = Total Capital (Capital total Investido)


C%

Necessitamos de calcular o WACC (Weighted Average


Cost of Capital ou Custo Médio Ponderado de Capital)
𝐷 𝐸
𝑊𝐴𝐶𝐶 = 𝑘𝑑 𝑥 1 − 𝑇 × + 𝑘𝑒 × ( )
𝐶 𝐶
Kd = custo de capital de terceiros
Ke = custo de capital próprio
D/C = Capital de Terceiros/Capital Total
E/C = Capital Próprio/Capital Total
T = Taxa efetiva de impostos pagos sobre o capital de terceiros
CAPM (Capital Asset Pricing Model)

Trata-se de um indicador vindo da ciência financeira


para se obter o ke

𝑘𝑒 = 𝑅𝑓 + [𝛽𝑒 × 𝑘𝑚 − 𝑅𝑓 ]
Ke=retorno exigido sobre o ativo (retorno do acionista)
Rf = Taxa de retorno livre de risco
𝛽𝑒= Coeficiente beta do ativo
(https://br.investing.com/equities/cemig-pn-n1 )
Km= retorno de mercado
Como Calcular o EVA

𝐸𝑉𝐴 = 𝑁𝑂𝑃𝐴𝑇 − 𝑊𝐴𝐶𝐶 × 𝑇𝐶

Se o resultado for positivo a companhia esta


agregando valor, pois esta gerando resultado
operacional suficiente para cobrir pelo menos a
remuneração mínima esperada pelo acionista
Exemplo

PASSIVO ONEROSO Desp.


Financeira
3.310 248
INVESTIMENTOS
NOPAT
13.918
2.073
PATRIMÔNIO Lucro
LÍQUIDO Líquido
1.825
10.608
Calculando o CAPM

𝑘𝑒 = 𝑅𝑓 + [𝛽𝑒 × 𝑘𝑚 − 𝑅𝑓 ]
Rf = 11,25%
𝛽𝑒= 1,32
Km= 20%
𝑘𝑒 = 0,1125 + 1,32 × 0,20 − 0,1125
𝑘𝑒 = 0,1125 + 1,32 × 0,0875
𝑘𝑒 = 0,1125 + 0,1155
Ke = 0,2280
Ke=22,8%
Calculando o WACC

PASSIVO
ONEROSO Desp.
Financeira
INVESTIMENTOS 3.310 248
NOPAT
2.073 13.918 PATRIMÔNIO Lucro
LÍQUIDO Líquido
1.825
10.608

𝐷 𝐸
𝑊𝐴𝐶𝐶 = 𝑘𝑑 𝑥 1 − 𝑇 × + 𝑘𝑒 × ( )
𝐶 𝐶
3.310 10.608
𝑊𝐴𝐶𝐶 = 0,0749 𝑥 1 × + 0,2280 × ( )
13.918 13.918
𝑊𝐴𝐶𝐶 = 0,0749 × 0,2378 + 0,2280 × (0,7622)
WACC = 0,0178+0,1738 => 19,16%
Calculando o EVA

𝐸𝑉𝐴 = 𝑁𝑂𝑃𝐴𝑇 − 𝑊𝐴𝐶𝐶 × 𝑇𝐶


𝐸𝑉𝐴 = 2.073 − 0,1916 × 13.918
EVA = 2.073 – 2.666
EVA = (593)
VALUATION
Valuation

• Qual a melhor forma de avaliar uma empresa?


Existem inúmeros métodos e medidas para avaliar uma empresa e a
maioria das pessoas se perde na hora de escolher o melhor método.
O método do fluxo de caixa descontado (FCD) é o preferido dos
investidores e o mais utilizado pelas empresas de consultorias e
pelos bancos.
•Quanto sobra no caixa da “lojinha”?
Na hora de tomar a decisão sobre investir em um negócio o que deve
ser levado em consideração é o custo mensal e por quanto será
vendido um produto.
O valor de uma empresa não é apenas o valor total de seus ativos ou
recebíveis e sim a capacidade que ela tem de gerar caixa/lucros.
Mensurando o Valor da Empresa

Demonstração de Resultados 2019


RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 110.000,00
Custos dos produtos vendidos e serviços prestados (60.500,00)
LUCRO BRUTO 49.500,00
Despesas Operacionais (23.320,00)
Despesas com vendas (7.700,00)
Despesas administrativas (13.200,00)
Outras receitas e despesas operacionais (2.200,00)
Resultado financeiro líquido (220,00)
Depreciação (1.100,00)
LUCRO OPERACIONAL 25.080,00
Receitas e despesas não operacionais (1.320,00)
LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA 23.760,00
Imposto de Renda 8.078,40
LUCRO LÍQUIDO 15.681,60
Encontrando o Valor da Empresa

Receitas Líquidas: É necessário projetar as receitas líquidas,


considerando seu histórico de receitas, sua participação no
mercado, planejamento estratégico, crescimento da economia
brasileira e do setor que a empresa e seus clientes atuam.

Custos dos Produtos Vendidos: Projetou-se uma leve redução do


custo em relação as receitas.

Despesas Operacionais: Para simplificar também foi calibrado a


representatividade das despesas operacionais.

Depreciação: Foi projetada sem variação relevantes.


Encontrando o Valor da Empresa

Fluxo de Caixa de Investimentos: De acordo com o


planejamento estratégico da empresa, decidiu-se
investir R$ 4 mil, por ano, durante dez anos.

Fluxo de Caixa de Financiamentos: Desembolso de R$ 2


mil nas amortizações de dívidas.

Com a projeção de todos os dados é possível projetar o


fluxo de caixa livre da empresa que é dado por:

FCL=FCO+FCI+FCF
Encontrando o Valor da Empresa

•Taxa de Desconto
Após projetar o Fluxo de Caixa Livre é necessário calcular a taxa de
desconto que representa o custo de capital da empresa.
•Custo de Capital
Para calcular o custo de capital precisamos determinar o custo de
capital próprio e de terceiros.
Primeiro vamos calcular o custo de capital de terceiros e depois o
custo de capital próprio através do modelo de CAPM para
finalmente encontrarmos o Custo Médio Ponderado de Capital
(CMPC) ou WACC.
Encontrando o Valor da Empresa
Custo de Capital de Terceiros (Kd)

É o custo das emissões de dívidas. Vamos considerar


que a empresa tenha linhas de financiamento com uma
taxa de 11% a.a.. (passivo oneroso)

𝐶𝑇 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒+𝐸𝑥𝑖𝑔í𝑣𝑒𝑙 𝑎 𝐿𝑜𝑛𝑔𝑜 𝑃𝑟𝑎𝑧𝑜


=
𝑃𝑇 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙

𝐶𝑇 25.000
= = 41,67%
𝑃𝑇 60.000

Se 41,67% representa a proporção de capital de terceiros, temos


que 1 - 41,67% é igual a 58,33%.
Logo, o proporção do capital próprio é de 58,33%.
Encontrando o Valor da Empresa
Custo de Capital Próprio (Ke)

Utilizou-se o modelo CAPM :

𝑅𝑖 = 𝑅𝑓 +β𝑖 .(𝑅𝑚 -𝑅𝑓 )

Onde:

𝑅𝑖 = Retorno esperado da empresa


𝑅𝑓 = Taxa livre de risco
β𝑖 = Beta da empresa
𝑅𝑚 = Retorno de mercado
Custo de Capital Próprio (Ke)

Para simplificar, considerou-se a taxa básica de


juros (Selic) de 6,5% e, supondo que o beta da
empresa seja de 1,2 e o retorno de mercado seja
de 20%, calculou-se o custo de capital próprio:

CUSTO DE CAPITAL Proporção Taxa


CUSTO DE CAPITAL DE TERCEIROS 41,7% 11%
Passivo Circulante + Exigível a L.P 25.000,00
Passivo Total 60.000,00

CUSTO DE CAPITAL PRÓPRIO 58,3% 23%


Taxa Livre de Risco 6,50%
Retorno de Mercado 20%
Beta da Empresa 1,2
Custo Médio Ponderado de Capital

Definição:

CMPC = (proporção CP x custo CP) + ( proporção CT x custo


CT) x (benefício fiscal)

CMPC = (58,33% x 23%) + (41,67% x 11%) x (1-34%)

CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL - WACC 16,27%


Imposto de Renda + CSLL 34% 66%
Valor Presente da Empresa
Com o fluxo de caixa livre e com a taxa de risco
do negócio é possível calcular o valor presente
pela seguinte fórmula:

𝐹𝐶𝑡
VP = σ𝑛𝑡=1
(1+𝑟)𝑡
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028
FLUXO DE CAIXA LIVRE 19.548,60 26.582,02 34.772,47 41.224,63 45.001,95 47.621,84 56.273,98 65.865,80 70.896,40 77.324,12

VALOR PRESENTE 196.332,28 16,27% 16.813,59 19.664,26 22.124,32 22.559,83 21.181,43 19.278,57 19.593,91 19.725,05 18.261,11 17.130,21
Valuation da Empresa

Perpetuidade
O valor presente encontrado é para os próximos dez anos, mas
como a empresa não acabará em dez anos, considera-se que a
empresa estabilizará a sua capacidade de geração de caixa e seu
crescimento a partir de agora é representado pela taxa de
perpetuidade:
𝐹𝐶10
Perpetuidade =
(𝑟 −𝑔)

𝐹𝐶10
VP =
(1+𝑟)10

PERPETUIDADE 112.206,63 1,00% 506.489,84


VALOR DA EMPRESA R$ 308.538,91
ANÁLISE DE PROJETOS
Análise de Projetos

Conceitos
As razões para o dispêndio de capital são normalmente
motivadas para expansão de atividades, substituição ou
modernização de ativos obsoletos e redução de custos.
Análise de Projetos
Avaliação e Análise
Verificação de sua viabilidade
econômico-financeira, o custos e Tomada de Decisão
benefícios propostos são estimados e
então convertidos em uma série de A magnitude do desembolso, a
fluxos de caixa relevantes, aos quais importância do dispêndio de
técnicas de orçamento de capital, em capital aliada a visão estratégica
conjunto com a análise de risco, são
do projeto, determinará o nível
aplicadas para aferir o mérito do
investimento associado ao potencial hierárquico que se responsabilizará
desembolso. por sua implementação

Acompanhamento Implementação
Envolve monitoramento dos Uma vez que a proposta tenha
resultados, via acompanhamento da sido aceita, e os fundos estejam
realidade em termos de custo e
benefício em relação aos valores disponíveis o projeto é
estimados. Quando os resultados implementado, em se tratando
reais diferem dos resultados de valores pequenos a
projetados ações devem ser
implementação é questão de
tomadas visando corte de custo ou
melhoria dos benefícios, e até rotina, a provisão é feita e o
mesmo suspensão do projeto. pagamento realizado.

Métodos utilizados para análise de projetos:


1.Período de Recuperação do investimento – Payback
2.Valor presente Líquido – VPL
3.Taxa Interna de Retorno - TIR
Análise de Projetos
Comparação entre os métodos.

Payback VPL TIR


Não leva em conta o valor do Considera o valor do Considera o valor do
dinheiro no tempo. dinheiro no tempo, dinheiro no tempo,
mediante o uso da TMA. mediante o uso da TMA.

Não considera os riscos de Pode considerar Pode considerar


cada projeto, que podem ser diferentes riscos, diferentes riscos,
muito diferentes. ajustando a TMA de ajustando a TMA de
cada projeto. cada projeto.
Não considera os fluxos de Considera todos os Considera todos os
caixa após o período de fluxos de caixa, inclusive fluxos de caixa, inclusive
payback. com determinação de com determinação do
período de tempo para período de tempo para
a correta comparação a correta comparação
em termos de custo de em termos de custo de
oportunidade. oportunidade.
Análise de Projetos

Questões para revisão:


1) Um investimento empresarial no valor de R$ 80.000,00 pode gerar
um fluxo anual de receitas no valor de R$ 12.000 por um prazo de
10 anos. Sabendo-se que a taxa de juros ao ano é de 7,5%, assinale
a alternativa correta:
a) Este é um bom investimento dado que o VPL da operação é menor
que zero.
b) Este é um bom investimento dado que a TIR da operação é menor
que a taxa de juros.
c) Este é um bom investimento, pois o VPL é menor que zero e a TIR é
maior que a taxa de juros.
d) Este é um bom investimento, pois o VPL é maior que zero e a TIR é
maior que a taxa de juros.
Questões para revisão:

2) Um investimento industrial no valor de R$ 85.000,00 deverá gerar um


fluxo anual de receitas no valor de R$ 9.000,00 por um período de 10 anos.
Sabendo-se que a taxa de juros ao ano é de 3%, assinale a alternativa
correta:
a) Este é um investimento ruim, pois o VPL é maior que zero e a TIR é maior
que a taxa de juros.
b) Este é um bom investimento dado que o VPL da operação é maior que zero
c) Este é um bom investimento dado que a TIR da operação é maior que a
taxa de juros
d) Este é um investimento ruim, uma vez que o VPL da operação é menor que
zero
Indicação de livros
Muito obrigado!
Prof. Roberto Marchelli

www.gentegestao.com.br

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