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Uma Carta Para...

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Cap 1- "Emilly"

Oi, se você estiver lendo essa carta, isso significa


que meu plano deu certo. Mas, antes de continuar a ler, já quero que saiba que você foi uma
das pessoas mais importantes da minha vida. Levarei essa gratidão ao túmulo junto comigo.

Emilly Morgan, 16 anos, nascida em Los Angeles e transportadora de uma doença no coração
onde tenho insuficiência cardíaca. Eu nasci com essa doença e fiz várias cirurgias quando
pequena, mas nada adiantou. Meu médico disse que a única forma de eu me curar
totalmente, é através de um transplante de coração doado por outra pessoa.

Eu cresci sem pôde viver como as outras


crianças, sem conseguir brincar que nem elas e sem conseguir fazer muitos amigos. Pega
Pega? Isso era como veneno pra mim, eu perdia grande parte do meu ar e meu coração
começava a acelerar descontroladamente. A última vez que isso aconteceu, eu quase morri...
E eu senti como se minha alma estivesse saindo de meu corpo. Foi extremamente bizarro.

Mesmo que minha vida durante a infância


não tenha sido nada fácil, eu tive uma melhor amiga que viveu comigo durante minha vida
inteira, desde os meus 4 anos, até agora na minha adolescência. Pétala, é o nome dela, minha
melhor amiga. Ela também é transportadora de uma doença, e por isso, eu e ela nos unimos
e cuidamos uma da outra, assim como irmãs.

Minha família é conduzida pela minha


mãe, minha avó, meu padastro, meu irmão mais velho, meus irmãos gêmeos casulas e eu. O
meu pai morreu em um acidente de carro quando eu tinha 3 anos de idade, eu não consigo
me lembrar muito bem dos meus momentos com ele, mas as fotos dele ainda vivo me
ajudam ao menos saber como era seu rosto.

Eu sou feliz, mas... A vida é complicada,


né? Não é como se eu tivesse com raiva ou triste com a minha vida, eu apenas estou cansada.
Cansada de viver. Não sei explicar esse sentimento muito bem, mas eu simplesmente não
tenho vontade de fazer mais nada. É como se a vida, tivesse perdido totalmente o sentido,
perdido a direção.

Vozes, pensamentos negativos a todo


momento, crises e mais crises, inseguranças e medo. Isso, é o que eu ando sentindo durante
minha vida inteira, mas que só agora isso se intensificou. Vivo a base de remédios e
calmantes, mas não posso exagerar muito, pois meu coração não aguenta mais de 3 pílulas
de outros remédios que não sejam pra ele por dia.

Meu coração acaba acelerando por qualquer


coisinha, então eu preciso tomar muito cuidado com qualquer coisa que eu faça, um susto é o
suficiente para eu acabar parando internada no hospital. Qualquer estresse excessivo,
cansaço extremo e preocupação por mínimas coisas, podem simplesmente me levar a óbito.
Eu sei, é impossível de viver assim.

Eu não quero que sintam dó nem nada,


até porque, não irá me ajudar em absolutamente nada. Vai por mim, as palavras, os olhares e
as expressões de pena, me fazem sentir mil vezes pior do que eu já estou. Não quero viver
como alguém que a qualquer momento o coração pode parar e acabar indo a sete palmos da
terra. Não que eu possa fazer algo pra mudar isso, mas é extremamente desconfortável essa
situação.

Pensando no meu bem estar e na minha


educação, minha mãe resolveu que eu iria completar meu ensino médio em uma escola de
verdade, até porque, estudei minha vida inteira em casa e não tive muito contato com outras
crianças. Agora adolescente, eu precisava conhecer melhor o mundo e as pessoas, e não é
uma doença que iria me impedir de fazer isso.

Não vou mentir, eu estava com muito


medo dessa nova fase na minha vida, eu sentia que eu ainda não estava preparada, e isso me
deixava ainda mais assustada. "Será que eu vou ser aceita pelas pessoas?", "Será que os
outros adolescentes irão me achar esquisita e vão acabar me excluindo?". Pensamentos como
esses perturbavam minha mente a todo momento, minha cabeça não calava a boca.

Mas sabe, mesmo com tudo isso acontecendo,


eu estava muito animada e mal esperava pelo meu primeiro dia de aula em uma escola de
verdade! Porém, penso muito bem se eu deveria ter convencido minha mãe de deixar eu
continuar estudando em casa, talvez, agora eu não estaria escrevendo essa carta.

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