Projeto Político Pedagógico: Colégio Estadual Pilar Maturana
Projeto Político Pedagógico: Colégio Estadual Pilar Maturana
Projeto Político Pedagógico: Colégio Estadual Pilar Maturana
PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO
CURITIBA - PARANA
2014
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ........................................................................................... 04
1 IDENTIFICAÇÃO .......................................................................................... 05
2 HISTÓRICO................................................................................................... 07
1
3.4.2 Ensino Médio Noturno .................................................................. 25
2
4.2.7 Conceito de Trabalho Pedagógico na Escola ......................... 48
3
5.6 ASPECTOS A SEREM TRABALHADOS COM OS PROFESSORES ...... 69
APRESENTAÇÃO
4
Se a verdadeira democracia caracteriza-se dentre outras coisas pela participação
ativa dos cidadãos na vida pública, considerados não apenas como “titulares do
direito”, mas também como “criadores de novos direitos”, é preciso que a
educação se preocupe com dotar-lhes das capacidades exigidas para exercerem
essas atribuições, justificando-se, portanto da necessidade da escola pública
cuidar de forma planejada e não apenas difusa, de uma autêntica formação
democrata. (PARO, 2001).
Cientes de que este projeto poderá sofrer alterações sempre que necessário,
demandando reuniões de estudo e tomada de decisões objetivando a participação de
todos os segmentos da comunidade escolar. As alterações serão validadas pelo
Conselho Escolar da instituição.
5
1 IDENTIFICAÇÃO
Endereço: Rua Rio Guaporé, 1689 – Bairro Alto – Curitiba – PR CEP: 82.840-
320
6
2 HISTÓRICO
7
Entre 2004 e 2005, foi solicitado junto a Promotoria pública a oferta do ensino
Médio, que veio a ser implementado no ano de 2007, RESOLUÇÃO – 6032PARECER
3319/2006CEF (implantação gradativa no período matutino), com a entrega oficial do
prédio próprio.
Em janeiro de 2007 a denominação passa a ser COLÉGIO ESTADUAL PILAR
MATURANA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO, ofertando aulas no período matutino
e vespertino RES.AUT. 3905/04, parecer 292/08CEE, então com 1.200 alunos
distribuídos nas seguintes turmas : sete 5ª séries, quatro turmas de 6ª séries, três turmas
de 7ª séries quatro turmas de 8ª séries, seis 1º anos, um 2º ano e um 3º ano , com
aproximadamente 38 alunos por turma.
Sua denominação, Escola Estadual Pilar Maturana, é uma homenagem da
comunidade local, a então, irmã e educadora da Congregação do Sagrado Coração de
Jesus, Maria Pilar Maturana (carinhosamente conhecida com “Vovozinha”), que dedicou
grande parte de sua vida às crianças da Escola Cônego Camargo e à comunidade do
Bairro Alto.
No ano de 2007 o Colégio passa a ofertar o CELEM (Centro de Línguas
Estrangeiras Modernas Espanhol), como curso de complementação curricular.
Com a aprovação do atual regimento do Estabelecimento de ensino em
(16/12/009) sob decreto nº3879/08SEED pelas atribuições legais conferidas pela
RESOLUÇÃO 3879/08SEED, o Colégio passa a ofertar Ensino Médio organizado por
blocos de disciplinas semestrais, diurno e noturno, EJA (Educação de Jovens e Adultos -
noturno) e alteração do Ensino Fundamental de bimestres para trimestres.
Também em 2009, o Colégio passa a ser estabelecimento de atendimento
presencial do E-TEC Brasil (Escola Técnica Aberta do Brasil), nos Cursos de
Secretariado, Gestão Pública, Administração, Segurança do Trabalho. Esses cursos
caracterizam-se na modalidade de Educação Profissional, no nível subsequente,
ofertados de forma semipresencial. O Curso é realizado pelo Governo Federal, através do
IFPR – Instituto Federal do Paraná.
No ano de 2011, o Colégio realiza um Adendo Regimental que altera a organização
do Ensino Fundamental de Nove Anos, atendendo assim à legislação da SEED, conforme
a normatização legal e a fundamentação teórica. O estabelecimento se prepara neste
momento para receber os alunos oriundos da organização de nove anos.
Em 2014 o Ensino Fundamental está organizado com turmas do 6º Ano ao 9º Ano.
O Ensino Médio está organizado com turmas dos 1º Anos e 2º Anos com progressão
8
regular por série e turmas de 3º Anos, organizado em Blocos de Disciplinas Semestrais,
onde está sendo feita a cessação gradativa com finalização em dezembro de 2014.
ENSINO FUNDAMENTAL
QUANTIDADE DE
ANO TURMA
ALUNOS
9º A 33
9º B 33
9º C 32
9º D 30
9º E 33
ENSINO MÉDIO
9
QUANTIDADE DE
ANO TURMA
ALUNOS
1º A 30
1º B 27
1º C 28
1º D 29
1º E 28
1º G 32
2º A 24
2º B 28
2º C 22
3º A 23
3º B 26
3º C 22
ENSINO FUNDAMENTAL
ANO TURMA QUANTIDADE DE
ALUNOS
6º A 27
6º B 26
6º C 27
6º D 25
6º E 22
7º A 26
7º B 30
7º C 26
7º D 27
7º E 26
8º A 27
8º B 26
8º C 30
8º D 25
10
- 01 turmas de 2º Ano
- 01 turmas de 3º Ano
ENSINO MÉDIO
QUANTIDADE DE
ANO TURMA
ALUNOS
1º F 28
2º E 23
3º D 25
E.J.A – 93 alunos
Sala de Apoio –
11
3.2.1 Para Atendimento ao Aluno
- 01 refeitório
- 01 cozinha
- 01 Dispensa
- 01 Sala com banheiro para uso das agentes educacionais
- 01 sala pequenas para almoxarifado
- 01 pátio coberto.
- 05 banheiros masculino
12
Banheiro nº 1 -...... pias... vasos sanitários
Banheiro nº 2 - ......pias... vasos sanitários
Banheiro nº 3 - ......pias... vasos sanitários
Banheiro nº 4 - ......pias... vasos sanitários
Banheiro nº 5 - ......pias... vaso sanitário no ginásio de esportes
- 05 Banheiros femininos
Banheiro nº 1 -...... pias... vasos sanitários
Banheiro nº 2 - ......pias... vasos sanitários
Banheiro nº 3 - ......pias... vasos sanitários
Banheiro nº 4 - ......pias... vasos sanitários
Banheiro nº 5 - ......pias... vaso sanitário no ginásio de esportes
O Colégio conta ainda com uma Quadra de Esportes, para a prática de Educação
Física em perfeitas condições de uso. Além da Quadra de Esportes a escola conta
também com um pátio coberto e um aberto que pode ser usado pelos professores de
educação física como também pelos professores de outras disciplinas para o
desenvolvimento de outras atividades educativas.
3.2.6 Biblioteca
Biblioteca, entendida como um espaço onde não apenas o aluno seja frequentador,
mas também professores e a própria comunidade. Deve ser um local privilegiado para a
prática pedagógica. Tem que ser organizada para se integrar com a sala de aula no
desenvolvimento do currículo escolar.
13
Ciência e Tecnologia são elementos essenciais para a transformação e o
desenvolvimento da sociedade atual. As atividades de laboratório deverão auxiliar o
professor no encaminhamento metodológico dos temas de estudo, proporcionando a
participação ativa dos educando para facilitar a compreensão de conceitos e fenômenos.
EDUCAÇÃO ARTÍSTICA
DIREÇÃO
CRISTINA COSTA COM HAB. ARTES QPM
AUXILIAR
CÊNICAS
PEDAGOGIA
ESPECIALIZAÇÃO
DIRCELIA EMALISE DOMINGUES PEDAGOGA PSICOPEDAGOGIA PSS
CLÌNICA E
INSTITUCIONAL
14
PEDAGOGIA
DIREÇÃO
MARCO VANDERLEY BIANCHESSI EDUCAÇÃO FÍSICA QPM
GERAL
PEDAGOGIA
SANDRA VALÉRIA DOS SANTOS FIALLA PEDAGOGA ESPECIALIZAÇÃO QPM
GESTÃO ESCOLAR
PEDAGOGIA
ESPECIALIZAÇÃO
SILVANE REGINA HERDLER PEDAGOGA QPM
GESTÃO DO TRABALHO
PEDAGOGICO
PEDAGOGIA
ESPECIALIZAÇÃO
VERA LUCIA JARENKO DA CRUZ PEDAGOGA ORGANIZAÇÃO DO QPM
TRABALHO
PEDAGÓGICO
15
FÍSICA OCEANOGRAFIA PSS
ANA GABRIELA GASPARELLO B. ESPECIALIZAÇÃO
VIEIRA GESTÃO AMBIENTAL
MESTRADO
DESENVOLVIMENTO DE
TECNOLOGIA
BIOLOGIA BIOLOGIA PSS
ANGELITA DO ROCIO SCARPIN
GEOGRAFIA
EDUARDO CORDEIRO UHLMANN GEOGRAFIA QPM
MATEMÁTICA
EUZÉRIO DA SILVA JUNIOR MATEMÁTICA ESPECIALIZAÇÃO PARA PSS
PROF. ENSINO MÉDIO
MESTRANDO EM
MÉTODOS NUMÉRICOS
PARA ENGENHARIA
MATEMÁTICA
FERNANDO APARECIDO FERREIRA READAPTADO ESPECIALIZAÇÃO ENSINO QPM
DA ANDRADE DE MATEMÁTICA
EDUCAÇÃO FÍSICA
FERNANDO MALLMANN PRATES ED. FÍSICA ESPECIALIZAÇÃO QPM
CIÊNCIAS DO
TREINAMENTO
DESPORTIOVO
16
BRASILEIRA/CONTAÇÃO
DE HISTÓRIAS E
LITERATURA INFANTO
JUVENIL
LETRAS
GRACIELY MACEDO MARTINS INGLÊS PORTUGUÊS/INGLÊS PSS
TRADUÇÃO E DOCÊNCIA
ENSINO SUPERIOR
GEOGRAFIA
IRENE DO ROCIO SCHIOCHET GEOGRAFIA GEOGRAFIA FÍSICA QPM
MORAIS
LETRAS
LARISSA APARECIDA R. BROTTO LÍNGUA PORTUGUÊS/ESPANHOL QPM
PORTUGUESA ESPECIALIZAÇÃO
ESPENHOL LEITURA E PRODUÇÃO
TEXTUAL
LETRAS
MARCELINO NUNES DE SOUZA LÍNGUA (PORTUGUÊS/INGLÊS/ QPM
PORTUGUESA LITERATURA)
LÌNGUA LATO SENSU EM LÍNGUA
INGLESA PORTUGUESA
STRICTO SENSU EM
COMUNICAÇÃO SOCIAL E
MÍDIAS DIGITAIS
ARTES ESPECIALIZAÇÃO
MARI KUSSOMOTO ARTE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS QPM
NO ENSINO DA ARTE.
HISTÓRIA
MARILICE ZALESKI HISTÓRIA METODOLOGIA DO QPM
SOCIOLOGIA ENSINO DE HISTÓRIA
MATEMÁTICA
NERICE TEREZINHA STREIT DE MATEMÁTICA ESPECIALIZAÇÃO QPM
FARIA INTERDISCIPLINARIEDADE
17
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS.
PAULA ADRIANA FRANQUI CIÊNCIAS ENSINO SUPERIOR QPM
GEOGRAFIA
PAULA MARIELA MENEGUZZO GEOGRAFIA ESPECIALIZAÇÃO QPM
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
MESTRADO GESTÃO DO
TERRITÓRIO
HISTÓRIA
REJIANE DA SILVA FERREIRA HISTÓRIA ESPECIALIZAÇÃO PSS
SOCIOLOGIA ORGANIZAÇÃO DO
ENS.RELIGIOSO TRABALHO PEDAGÓGICO
LETRAS ESPECIALIZAÇÃO
RITA DE CASSIA HASCHEL DE LÍNGUA ENSINO SUPERIOR E ED. QPM
SOUZA PORTUGUESA ESPECIAL
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
ROBERTA ABATI BIOLOGIA ESPECIALIZAÇÃO EM QPM
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
HISTÓRIA
RODRIGO H. PALMA HISTÓRIA METODOLOGIA DO QPM
FILOSOFIA ENSINO DE HISTÓRIA
SOCIOLOGIA
MATEMÁTICA
SILMARA RUDEK MATEMÁTICA ESPECIALIZAÇÃO QPM
PROFESSORES DE
MATEMÁTICA
MESTRANDA.
LETRAS:
SILVANA SILVIA DRUCIAK INGLES PORTUGUÊS/INGLÊS QPM
ESPECIALIZAÇÃO
PRODUÇÃO E
INTERPRETAÇÃO DE
TEXTO
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
SILVIA SOUZA SANTANA BIOLOGIA ESPECILAIZAÇÃO QPM
GERENCIAMENTO
AMBIENTAL.
PSS
TALITA FRAGUAS CIÊNCIAS
LETRAS:
TANIA MARIA ROCHA LÍNGUA PORTUGUÊS/INGLÊS PSS
PORTUGUESA
EDUCAÇÃO FÍSICA
UBIRATAN CESAR PEREIRA ED. FÍSICA PSS
MATEMÁTICA
18
VANESSA BELMUDE DE CARDOSO MATEMÁTICA ESPECIALIZAÇÃO PSS
EDUCAÇÃO ESPECIAL
COM ÊNFASE EM
INCLUSÃO e ORIENTAÇÃO
E SUPERVISÃO
EDUCACIONAL.
ARTES CÊNICAS
VIVIANE DAS GRAÇAS MOCELIN ARTE ESPECIALIZAÇÃO QPM
PSICOPEDAGOGIA
ED.FÍSICA
WALDEMAR ANDRADE NETO ED FÍSICA ESPECIALIZAÇÃO CIÊNCIA QPM
DO MOVIMENTO HUMANO
MATEMÁTICA
WILLIAM SFORZA MATEMÁTICA PSS
ESTUDOS SOCIAIS e
YURI ANDRÉ FREDERICO IWANKIW HISTÓRIA HISTÓRIA QPM
19
LEDUINA DOS SANTOS AGENTE I QFEB
20
O Grêmio Estudantil é a organização representativa dos estudantes do Colégio.
Tem a finalidade de promover o relacionamento e a convivência entre os alunos,
exercendo papel importante na formação e desenvolvimento educacional, cultural e
político.
3.3.2 Conselho Escolar
3.3.3 APMF
É uma entidade jurídica de direito privado (sem fins lucrativos) que tem, dentre
outros objetivos, o de discutir ações de assistência ao educando, de aprimoramento do
ensino e integração família-escola-comunidade. Propõe ações em consonância com a
proposta pedagógica para apreciação do Conselho Escolar.
É constituída pelos pais, ou responsáveis legais, Mestres (Professores) e
Funcionários da unidade escolar, bem como ex-alunos, pais, professores e funcionários
que manifestam o desejo de participar.
A APMF administra:
- a cantina comercial (local onde o aluno pode comprar lanches e bebidas
autorizadas);
21
- uma fotocopiadora (xerox, para reproduzir textos solicitados pelos professores e
materiais de interesse do aluno);
- o projeto Anjos da Escola (contribuição autorizada em conta de luz para apoiar
atividades sócio-educativas do Colégio).
Os recursos obtidos são utilizados na sua manutenção e atividades educativas da
escola.
22
relevante para o processo ensino-aprendizagem, tendo em vista que o apoio e o
acompanhamento da vida escolar do estudante refletem em um maior aproveitamento
das situações de aprendizagem. O que se faz nítido também quando 60% das famílias
demonstram consciência da importância ao afirmarem saber da atuação do Conselho
Escolar e da APMF.
Em relação ao tipo de moradia em que residem 64% das famílias afirmaram morar
em casa própria ou financiada e 23% em casa alugada ou cedida, mais da metade
dessas famílias são residentes do Bairro Alto, em Curitiba, local onde se encontra o
Colégio Pilar Maturana. Algumas famílias que até este ano residiam no Bairro Alto em
moradias irregulares às margens do Rio Atuba, foram realocadas em moradias populares
no Bairro Santa Cândida e os alunos permanecem matriculados no Colégio. É importante
destacar ainda, que muitos alunos moram em cidades da região metropolitana de
Curitiba, sendo Pinhais e Colombo as duas regiões citadas. 63% dos alunos desta
pesquisa moram com pai e mãe, 29% apenas coma mãe e 6 % com avós, tios ou
cônjuges. Quanto ao mantenedor da renda familiar foi possível perceber, que poucos
alunos, dos entrevistados, são trabalhadores, e dos que vivem com os ambos os pais, em
grande parte pai e mãe trabalham para suprir as necessidades da família. Dos alunos que
convivem apenas com a mãe, a mãe aparece sempre como trabalhadora. Em relação ao
nível de escolaridade dos pais, ficou nítido que maioria dos pais e mães tem ensino médio
completo, sendo uma parcela muito pequena representando pais com ensino superior.
Suas ocupações profissionais condizem com o grau de escolaridade, como empregos de
técnicos em diversas áreas, auxiliar administrativos, auxiliar de serviços gerais,
vendedores, professores, entre outros. E com isso a média salarial das famílias está entre
1 a 2 salários, em 47% dos que responderam à pesquisa, e 45% entre 3 e 5 salários.
A partir da pesquisa foi constatado que muitas das famílias utilizam o sistema
público de saúde, mesmo quando demonstrado que possuírem outro plano da saúde.
Apenas 8% das famílias afirmaram ser beneficiários de programas sociais como Bolsa
Família.
3.4.2 Ensino Médio Noturno
As famílias dos estudantes do Ensino Médio, período noturno têm filhos no Ensino
Médio noturno. Quanto à participação das famílias nas convocações para tratar de
assuntos da escola, 10% não participam e 80% das famílias que responderam o
23
questionário afirmaram que sempre que são convocados comparecem às reuniões no
Colégio.
Quanto à moradia, 74% das famílias vivem em casa própria e 26% das famílias
residem em casas alugadas. Dos estudantes matriculados no Ensino Médio Regular,
período noturno, 72% moram os pais e irmãos, 5% dos estudantes moram com os pais,
irmãos e outros parentes, 18% dos estudantes moram com tios ou avós, 5% moram com
a mãe e os irmãos e um pequeno grupo mora com a mãe e com o tio ou com o pai e
irmãos.
Sobre a manutenção econômica da família, 50% das famílias tem o pais como
provedor; 30% das famílias tem a mãe como provedora e 20% os provedores são o pai e
mãe. E, também alguns filhos que trabalham contribuem para o suprimento familiar.
Quanto à vida profissional 65% dos pais trabalham; 10% são aposentados, 10%
são desempregados realizando trabalhos autônomos. Entre as mães 75% trabalham e
20% estão desempregadas. A renda familiar mensal, 40% de um a dois salários mínimos.
40% de três a quatro salários mínimos e em média 5% têm renda familiar mensal acima
de R$2.500,00.
A religião das famílias do Ensino Médio, 55% das famílias são católicas, 30% são
evangélicos, 10% as famílias frequentam duas religiões, como mão evangélica e pai
católico e 5% não frequentam nenhuma religião.
Quanto a escolaridade dos pais dos estudantes do Ensino Médio noturno, 50%
concluíram o Ensino Médio, 50% das mães concluíram o Ensino Médio, 20% dos pais tem
Ensino fundamental completo, 10% das mães tem o Ensino fundamental completo, 10%
dos pais tem Ensino fundamental incompleto, 10% das mães tem Ensino Fundamental
incompleto, 4% dos pais concluíram o Ensino superior e 1% é analfabeto.
Quanto a Assistência médica 30% das famílias tem um Plano de Saúde e os
demais trata da saúde nas Unidades de Saúde Bairro Alto Atuba e alguns na Unidade de
Saúde Perneta.
Quando a conhecimento da APMF 30% dos pais conhecem a função da APMF,
mas nunca participaram de reuniões e quanto ao Conselho Escolar os pais conhecem a
função, mas não frequentam das reuniões, e não acessam o site do Colégio.
Quanto ao trabalho, 46% dos estudantes trabalham e contribuem com as despesas
da família. 35% dos estudantes trabalham e não contribuem com as despesas da família.
19% dos estudantes não trabalham.
24
Dos estudantes que trabalham 45% dos estudantes são estagiários e recebem
bolsa auxílio. 41% dos estudantes são registrados em carteira de trabalho e 2% dos
estudantes trabalham com os pais em atividade desenvolvida pela família. A renda
mensal dos estudantes, 40% recebem salário até R$400,00; 34% dos estudantes
recebem salário acima de R$500,00 e 32% dos estudantes recebem salário de
R$1.000,00 ou mais.
No que se refere a importância que os estudantes atribuem aos estudos, 28%
estudam porque consideram que estudar é importante para ter um futuro melhor. 16%
estudam porque o ensino Médio oportuniza um emprego melhor e remuneração maior.
52% dos estudantes que concluir o ensino Médio e ingressar no ensino Superior.
Quanto à vida escolar 38% dos estudantes nunca reprovaram de ano; 34%
reprovaram 1 ano de sua vida escolar e 34% reprovaram 2 anos ou mais. Os estudantes
do período noturno declaram ainda que, escolheram estudar neste horário, 82% porque
precisam trabalhar. 8% estudam a noite porque preferem e10% dos estudantes não
tiveram oportunidade de estudar no período noturno porque não tinha vaga no período
diurno.
25
Quanto à escolaridade dos pais 30% dos pais tem o Ensino Fundamental
incompleto; 15% tem o Ensino Fundamental completo, 30% Ensino Médio incompleto
15% Ensino Médio completo e 10% dos estudantes não informaram a escolaridade dos
pais.
Quanto à religião das famílias dos estudantes 45% são católicos, 20% são
evangélicos e os demais pertencem a outras religiões (Batista, Cristã, espírita...).
26
construção da cidadania da sociedade a qual está inserido.
2. Valorizar a participação da comunidade escolar no processo de tomada de decisões
coletivas e na construção do Projeto Político Pedagógico, enquanto concretização da
concepção democrática e emancipatória de educação.
3. Desenvolver uma gestão democrática fundamentada em processos de decisão
coletiva, na socialização do conhecimento e na construção da cidadania.
3.6 O PEDAGÓGICO
3.6.2 Projetos
3.6.3 Pibid
27
No entanto, a comunidade escolar acredita ser necessário avançar quanto a
conhecer e seguir os pressupostos do Projeto Político Pedagógico da escola que estão
pautados nos princípios da participação, autonomia, trabalho coletivo e gestão
democrática, porém, nos deparamos com algumas situações desafiadoras tais como: o
envolvimento dos professores nas tomadas de decisões que busquem a melhoria da
qualidade de ensino, a necessidade de organizar, planejar ações que correspondam aos
anseios da comunidade escolar. Dentre essas ações implica participar e assumir
responsabilidades em conjunto, através das quais podemos discutir, propor e elaborar
ações que estejam ligadas ao interesse de um grupo maior.
De acordo com a comunidade escolar, é necessário avançar quanto à
compreensão dos alunos sobre o papel e a função social da escola. Nesse sentido, há a
necessidade de uma ação quanto a hábitos de estudos, através de intervenção da equipe
pedagógica e equipe de professores, quanto à necessidade de organização das tarefas e
atividades escolares, para melhor aproveitamento da aprendizagem.
Entende-se que as situações de faltas constantes de professores interferem de
forma negativa no processo pedagógico, e que em relação a isso é necessário avançar,
compreendendo e resguardando a saúde e qualidade de trabalhos dos profissionais, mas
também resguardando qualidade do processo de ensino e aprendizagem do
estabelecimento. Abaixo a matriz curricular das etapas de ensino ofertadas neste
estabelecimento e o calendário escolar aprovado para o ano de 2014.
6 7 8 9
28
5 HISTORIA (501) BNC 3 2 3 4 S
9 L.E.M.-INGLES (1107) PD 2 2 2 2 S
Total C.H. 25 25 25 25
Semanal
1 2 3
29
9 MATEMATICA (201) BNC 2 3 4 S
13 L.E.M.-INGLES (1107) PD 2 2 2 S
Total C.H. 29 29 25
Semanal
2 EDUCACAO BNC 4 0 4 0 4 0 S
FISICA (601)
5 LINGUA BNC 6 0 6 0 6 0 S
PORTUGUESA
(106)
9 MATEMATICA BNC 0 6 0 6 0 6 S
(201)
10 SOCIOLOGIA BNC 0 3 0 3 0 3 S
(2301)
12 L.E.M.-INGLES PD 4 0 4 0 4 0 S
(1107)
30
13 L.E.M.-ESPANHOL PD 4 0 4 0 4 0 Lingua Estrangeira S
(1108) Moderna
Total C.H. 29 25 29 25 29 25
Semanal
31
32
3.6.9 Resultados Educacionais
2009
ESCOLA PARANÁ BRASIL
Português 240,27 246,28 236,96
Matemática 244,57 250,97 240,29
2011
ESCOLA PARANÁ BRASIL
Português 244,5 243,2 267,6
Matemática 257,5 251,9 273,9
33
IDEB
A partir dos dados expostos é possível concluir que apesar de não estarmos longe
das médias estaduais e nacionais, se faz necessária uma reflexão crítica coletiva em
torno destes resultados, principalmente quando se refere aos números referentes à
aprovação por conselho de classe nos últimos dois anos. É preciso uma reflexão
permanente sobre os mecanismos metodológicos utilizados em sala de aula, sobre o
currículo em ação e sobre quem é o sujeito no processo ensino-aprendizagem, pois,
certamente ao melhorarmos os dados que estão mais próximos de nossa prática, os
índices nacionais e estaduais se apresentarão mais positivos nos próximos anos.
No plano de ação, elaborado e reelaborado anualmente pela equipe profissional e
pela comunidade, por meio dos órgãos representativos, na perspectiva da gestão
democrática, sente-se o compromisso pela educação pública de qualidade e para uma
formação humana integral, na qual o estudante é protagonista e a relação professor-aluno
se consolida numa perspectiva linear e o conhecimento será consequência de um
processo de construção a partir do marco conceitual neste documento fundamentado.
A escola enquanto instituição educativa tem como função social ensinar conteúdos
historicamente acumulados pelos homens. Contudo, sabemos que o processo educativo
perpassa por uma conjuntura muito complexa que requer análise constante. Neste
sentido, é indispensável que os envolvidos no processo pedagógico, tenham claro os
34
princípios norteadores da prática educativa. A escola inserida em um dado momento
histórico visa, então, atender as necessidades criadas pelos homens deste contexto que
embora, de continuidades e rupturas apontam para a construção de uma sociabilidade
capaz de responder e lidar com o mundo atual.
Nesse interim, compete-nos apresentar os elementos que norteiam o processo
educativo desta instituição, as relações entre escola e sociedade, trajetória da escola
pública brasileira e o contexto atual, tendência pedagógica orientadora bem como as
demais considerações acerca da prática educativa, a fim de que se tornem
compreensíveis aos sujeitos que nela estão inseridos.
A escola foi criada por uma necessidade humana. Por isso ela é histórica e tendo
ela uma história é importante ressaltar as finalidades dessa criação. Se considerarmos o
modelo de escola que temos hoje havemos de analisar um complexo de relações
estabelecidas nas contradições postas pela atual sociedade.
Entretanto, na história da humanidade e mais especificamente do Brasil, vimos
essa trajetória imbricada desde o advento do capitalismo, numa relação antagônica de
classes, que consequentemente revelam tais contradições. “A educação, como todo
campo social, é palco de uma série de embates de caráter ideológico”. (DUARTE, 2004,
p. 76). Certamente, a escola deste século reflete o quadro econômico, político e social de
onde vivemos. Contudo, a atividade educativa é uma dentre tantas que se responsabiliza
pela educação, de fato, não como “salvadora” do mundo, mas como peça de uma
engrenagem social.
De fato, mudanças ocorrem no mundo do trabalho, e se tomamos por base o
modo de produção material entendemos que a mundialização da economia, a
competitividade internacional, bem como a ascensão da era tecnológica leva-nos as
modificações dos padrões de produção e consumo. Segundo Antunes, hoje estamos
vivendo a realidade do consumo destrutivo e supérfluo gerador de necessidades
múltiplas, mas ao tempo de imensa exclusão, ou seja, cada vez, mais se produz produtos
com menor durabilidade para que haja circulação rápida de compra e venda no mercado.
Paralelo, a essa conformação sabemos que historicamente, o Brasil como país de
origem colonial, foi e ainda é influenciado por teorias educacionais de outros países. No
período de 1549 a 1759, tivemos uma estrutura educacional marcada pela educação
jesuítica. Os jesuítas vieram para o Brasil no ano de 1549 com o objetivo de difundir a fé
católica e catequizar os índios que aqui viviam. Segundo Piletti (1985 p. 170), a escola de
primeiras letras foi um dos instrumentos que lançaram mão os jesuítas para alcançar seu
35
objetivo mais importante a difusão e a conservação da fé católica entre os senhores de
engenho, colonos, negros, escravos e índios.
A educação nesses parâmetros se estendeu até o ano de 1759, quando os jesuítas
foram expulsos devido aos conflitos de interesses entre o governo português e os
interesses religiosos. Da expulsão dos jesuítas ate a chegada da Família Real em 1808, a
educação centrou-se na substituição dos interesses da fé pelo interesse do Estado. A
partir disso, a preocupação fundamental do governo no que tange a educação, passou a
ser a formação das elites dirigentes do país. Houve a abertura de cursos superiores
isolados, especialmente de Engenharia e Medicina.
A República instaurada em 1889, não herdou do Império um sistema articulado de
ensino, a educação era restrita a uma pequena elite. O ensino primário era de
responsabilidade da província, o secundário ficava a cargo da iniciativa privada, a
organização era de aulas avulsas.
Ora, essencial torna-se a compreensão do processo histórico e humano que
culmina na sociedade contemporânea. A escola pública criada no século XIX explica
porque e para quem foi instituída. O conhecimento que dependendo do contexto toma
significados distintos, ainda cumpre a condição de desvendar a realidade, objetivando
nesse espaço impelir os homens a lutarem pelos seus “direitos” ou ainda por condições
dignas de humanização. Entretanto, a escola feita para os trabalhadores não podia e para
muitos, talvez ainda não possa, desvelar o verdadeiro conhecimento. Utilizando uma
lógica alienante, incute no sujeito uma falsa moral, de cidadão cumpridor de seus deveres
ou ainda como afirma Souza (2009, p. 9):
36
Como mencionado, o conhecimento historicamente produzido pelo homem é
determinante do que ele se tornou. Para que o ser homem possa se tornar humano, ele
precisa apropriar-se da riqueza humana, ou seja, apropriar-se de tudo que os homens já
produziram espiritual e materialmente ao longo dos anos. Ao nascermos potencialmente
humanos, faz-se necessário possuirmos essa gama de conhecimento ou conceitos que
obrigatoriamente se dá através daqueles que nos ensinam o que histórica e socialmente
já existe. Como afirma Oliveira (2005, p.25) “o homem transforma-se de biológico em
sócio histórico, num processo em que a cultura é parte essencial da constituição da
natureza humana”.
Segundo Silva (2013), é válido destacar que a educação brasileira recebeu fortes
influências, especialmente dos Estados Unidos. Estas ideias marcaram as teorias e
tendências a respeito da pedagogia brasileira e por isso, numa abordagem curricular
precisamos considerar as tensões que o constitui.
Nesse sentido, pensar a escola implica compreender uma nova qualidade do
trabalho curricular, ou ainda, se há mudanças, contradições, tensão, diversidade, precisa-
se de uma nova forma de ensinar.
No livro Escola Democracia, Saviani (1989), aborda as diferentes tendências que
se delinearam no Brasil a partir do século XX. O autor faz uma classificação das teorias
críticas e não críticas para evidenciar as tendências fundamentaram a prática pedagógica
nas escolas brasileiras ao longo da história. As tendências pedagógicas denotam um
conjunto de didáticas e pedagogias que possibilitam a organização da prática educativa,
sendo esta fundamentada numa determinada teoria.
Em crítica a tendência tradicional, tecnicista e nova, nos anos 80 surge uma nova
tendência pedagógica: a Pedagogia Histórico-Crítica. Ciência da educação que
encaminha a ação pedagógica pautada no método dialético. Sendo assim, para ser
histórico-crítica precisa reconhecer que a educação é determinada socialmente, mas
também admitir que ela possa transformar as condições sociais. Saviani por vezes
considera que a Pedagogia Histórico-Crítica e dialética são sinônimos e que só não usa
o termo “dialético” porque, de um lado, há muito simplório que não sabe o que “dialético”
quer dizer, pensando que dialética é a mesma coisa que dialógico e, de outro, há muito
iluminado que pensa que já sabe o que dialético quer dizer, e, portanto, não pergunta,
assim impedindo que se explique.
Sendo assim, a responsabilidade da escola no cumprimento da função educativa
é especificamente combater o discurso presente que procura camuflar com argumentos
37
educativos, acerca da melhoria dos homens e da sociedade, o caráter profundamente
desumano das relações capitalistas de produção. (DUARTE, 2004, p. 80).
De fato, ao sabermos que a escola pública foi criada para os trabalhadores, para
de uma forma conservadora impor-lhes uma adaptação ao novo modo de produção
estabelecido, fica evidente o papel da escola nessa sociedade. Compete a esta imbuída
da investigação da sua realidade, ou ainda de toda trajetória que a constituiu, sinalizar o
que realmente pode e deve fazer. Descartada a gama de atribuições produzidas pelo
próprio sistema, de promotora da transformação do mundo a mera reprodutora da ordem
social, resta dizer que essencialmente a função social da escola consiste em:
Entretanto, a escola pública para, além disso, precisa também se constituir num
campo de luta pela construção de uma nova sociedade, ou seja, a necessidade criada
consequentemente para essa escola, a superação do que está posto. É necessário, pois,
uma luta para além de ideais, uma luta fundada na defesa de uma educação que abdique
o que a classe dominante incutiu historicamente através do processo formativo do
indivíduo, por meio de uma educação geral e técnica contribuindo para que o homem
moderno defendesse e garantisse a ordem social capitalista, conduzindo esse homem a
uma educação que não o permite reconhecer a luta de classes, não permite enxergar-se
na sua real condição social e consequentemente, não o oportuniza conhecimentos para
que possa lutar contra a exploração, as injustiças, a manipulação alienada, por fim, é
preciso transformar a escola num campo de luta pela superação da sociedade capitalista,
ou ainda pela luta essencial que é educar para a humanidade.
38
Para tanto, pressupõe como metodologias de ensino estratégias diversificadas, tais
como: discussões coletivas e em pequenos grupos, debates, leituras, trabalhos
individuais e em grupo, entrevistas, etc.
Compreendemos que os métodos adotados nas práticas desse estabelecimento,
buscam orientar-se através da prática social dos sujeitos envolvidos. Toma como início do
processo pedagógico a identificação do objeto a ser apreendido é feita pelo aluno, para
que se consiga problematizar a prática. Através da instrumentalização, isto é o momento
de apropriação dos conteúdos (ferramentas culturais) pelos sujeitos envolvidos, para que
possam compreender a realidade em que estão inseridos. Após apropriar-se dos
conteúdos, os sujeitos expressam a sua compreensão acerca do que apreenderam,
expressando a conscientização acerca daquele objeto de estudo. Finalmente, busca-se
que os alunos tenham, no final desse processo, novamente a prática social, e possam
nela, interferir ativamente e transformá-la.
Nesse processo, a relação entre o sujeito e o objeto de conhecimento se dá de forma
dialética, pois são mediados pelas relações histórico sociais, são desvelados através dos
conteúdos.
39
No entender de Luckesi (1999. p. 43) “para não ser autoritária e conservadora, a
avaliação tem a tarefa de ser diagnóstica, ou seja, deverá ser um instrumento dialético do
avanço, terá de ser o instrumento da identificação de novos rumos”.
Partindo do princípio e da importância de assumir a escola como um espaço de
direito do cidadão e como um espaço onde atuam sujeitos sócios culturais e históricos
que se formam mutuamente das relações sociais, a avaliação é um processo que permite
a análise, o conhecimento, o diagnóstico, a medida e/ou julgamento do conjunto de
conhecimentos adquiridos pelo estudante.
Os educadores passaram então, a perceber a necessidade de compreender a
integração entre educar e a ação de avaliar, como dois momentos relacionados na prática
pedagógica.
A avaliação não pode assumir um caráter classificatório e seletivo, deixando de
cumprir sua verdadeira função de diagnosticar o processo ensino - aprendizagem, de
estar, portanto, a serviço da construção do melhor resultado possível, apontando
indicativos de alternativas pedagógicas que viabilizem a apropriação do conhecimento
pelos alunos.
Ao se pensar a avaliação nessa perspectiva para compor a proposta pedagógica
da escola, implica na compreensão de que se fala não só de aferição de nota, mas de
relações que perpassam, simultaneamente, os campos da avaliação, da didática, da
relação entre professores e aluno, da organização pedagógica da escola, do resgate de
qualidade do ensino.
Nesta compreensão, a avaliação da aprendizagem escolar não será um ato
pedagógico isolado, mas sim um ato integrado com todas as outras atividades
pedagógicas, assim, enquanto se ensina se avalia, ou, enquanto se avalia se ensina. No
ato de ensinar, está contido o avaliar, na perspectiva de rever continuamente o processo,
retomando com novas alternativas e dinamizando, desta forma, a construção do
conhecimento.
A avaliação, nessa concepção, é entendida enquanto ato diagnóstico e formativo,
com uma ação contínua vinculada à especificidade da escola, à competência técnica do
educador e ao seu compromisso político. Está, portanto, diretamente ligada à
aprendizagem dos conteúdos, e à metodologia adotada. A avaliação deve identificar as
dificuldades dos alunos para que o professor possa rever sua metodologia
proporcionando a aprendizagem.
Assim, num processo educativo onde a metodologia de ensino privilegia a
40
construção interativa e crítica do conhecimento pelo aluno, a avaliação terá um caráter de
acompanhamento desse processo, enfatizando a qualidade da reelaboração e produção
de conhecimentos apreendidos por cada aluno e dinamizando novas oportunidades de
conhecimento.
Entende-se que a avaliação formativa é um componente obrigatório neste processo
de mudanças, pautada na regulação individualizada das aprendizagens, na diferenciação
das intervenções didáticas e dos encaminhamentos pedagógicos, na diversidade de
estratégias e de ritmos de aprendizagem.
O maior objetivo da nossa proposta pedagógica é concretizar e garantir a
aprendizagem de todos. Nesse trabalho, o professor assume o papel de pesquisador que
investiga quais problemas os alunos enfrentam na construção dos conceitos, das atitudes
e dos procedimentos que compõem o plano curricular, identificando possíveis causas e
propondo novas possibilidades de aprendizagem.
O Projeto Político da Escola na sua legitimidade de construção afirma que a Escola
jamais deixará de conscientizar o aluno sobre a função da aprendizagem/conhecimento.
Dentro do apoio legal, encontra-se a própria LDB Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (Lei no. 9394/96 de 20/12/96), que endossa esta postura avaliativa,
abrindo espaço para que se faça uma releitura do processo de avaliação até então
adotado e recomenda em seu artigo 24, inciso V, alínea a, a avaliação contínua e
cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os
quantitativos, e dos resultados ao longo do período, sobre os de eventuais provas finais.
A avaliação passa, então, a ter um outro sentido não se avalia a capacidade do
aluno de reter informações, mas a capacidade de dar sentido a estas informações, dando
respostas adequadas a diferentes problemas.
Para formalização dessas avaliações utilizaremos os Conselhos de Classe
previstos no calendário escolar, antecipados pelo pré conselho no decorrer do trimestre
em curso, onde serão levantados todos os dados pertinentes ao processo de
aprendizagem, bem como o pós conselho a fim de organizar o trabalho pedagógico
necessário a cada aluno e turma.
Tendo em vista as dificuldades de aprendizagem apresentadas pelos alunos
durante o processo, torna-se necessário ofertar a recuperação que é um direito previsto
na legislação vigente a fim de oportunizar a revisão dos conteúdos não adquiridos em
forma de oferta de recuperação paralela (concomitante ao período letivo), de forma
simultânea, durante a carga horária da disciplina, apoiando os alunos com maior
41
necessidade desenvolvendo atividades complementares de aprendizagem.
Toda a atividade proposta em sala de aula é passível de verificação de
aprendizagem, sendo registrado em livro próprio, pontuando numericamente cada
produção, a fim de aferir a média necessária, conforme a legislação vigente.
A oferta das salas de apoio de aprendizagem para os sextos anos conforme
instrução 05/2005 SUED/SEED também visa uma ação pedagógica para enfrentamento
dos problemas relacionados a aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática no que
se refere a recuperação de conteúdos de leitura, escrita e cálculo , fazendo parte do
processo avaliativo.
Por meio da análise e observação das diversas produções do aluno, com formas
das mais variadas, o professor poderá diagnosticar os avanços, bem como, detectar as
dificuldades apresentadas para a retomada dos conteúdos. Assim, o processo de
recuperação de estudos, será concomitantemente ao período letivo, constituindo um
conjunto integrado ao processo de ensino. O resultado de cada etapa escolar,
estabelecido aqui em trimestres, será comunicado aos pais e alunos, por meio de boletins
individuais e entrevistas previamente agendadas com o professor e equipe pedagógica,
por área de conhecimento, em hora atividade, conforme previsto no regimento escolar.
Enfim, o que se propõe a partir da construção deste Projeto Político Pedagógico é
uma cultura avaliativa baseada no compromisso do professor com a aprendizagem de
todos os alunos, acompanhando o educando na sua trajetória de construção do
conhecimento, pelo domínio dos fundamentos científicos tecnológicos, pela compreensão
do significado da ciência, das letras e das artes, da língua materna como instrumento de
comunicação, pelo exercício de sua plena cidadania.
A partir do exposto a Escola propõe uma concepção mais ampla de avaliação,
procurando analisar o processo educacional como um todo, delineando seus limites e
avanços, para traçar novas metas e retomar seu processo pedagógico no decorrer do
percurso educativo, cada vez que se fizer necessário.
Os critérios estabelecidos trimestralmente, pelo professor, devem prever no mínimo
4 atividades diferentes para avaliação a cada trimestre no Ensino Fundamental e Médio,
sendo divididos em provas oral e escritas, trabalhos, seminários, debates, simulado,
pesquisas, avaliações práticas de educação física, no laboratório de informática, e no
laboratório de ciências.
42
A organização curricular do Colégio Estadual Pilar Maturana é disciplinar. O
currículo disciplinar dá ênfase a uma escola como lugar de socialização do conhecimento.
Os conteúdos disciplinares devem ser tratados, na escola, de modo
contextualizado, estabelecendo-se, entre eles, relações interdisciplinares. Um currículo de
qualidade aposta na autonomia intelectual dos educadores para gestar uma escola
pública de qualidade e emancipadora, resgatando a função da escola como espaço de
aprendizagem, de produção de saber cultural que questiona o que aprender, para que
aprender, o que ensinar e como ensinar.
A escola deve incentivar a prática pedagógica fundamentada em diferentes
metodologias, valorizando concepções de ensino, de aprendizagem e de avaliação que
permitam aos professores e estudantes conscientizarem-se da necessidade de uma
transformação emancipadora.
O currículo como configurador da prática, produto de ampla discussão entre os
sujeitos da educação, fundamentado nas teorias críticas e com organização disciplinar é a
proposta destas Diretrizes para a rede estadual de ensino do Paraná, no atual contexto
histórico.
Embora se compreendam as disciplinas escolares como indispensáveis no
processo de socialização e sistematização dos conhecimentos, não se pode conceber
esses conhecimentos restritos aos limites disciplinares. A valorização e o aprofundamento
dos conhecimentos organizados nas diferentes disciplinas escolares são condições para
se estabelecerem as relações interdisciplinares, entendidas como necessárias para a
compreensão da totalidade.
Na opção por um currículo que trabalha com a totalidade de conhecimento
historicamente produzido pela humanidade, citada acima, automaticamente há a renúncia
ao enfoque individualista e, portanto, fragmentado e superficial de tratamento ao
conhecimento.
43
[...] a partir da concepção construtivista de aprendizagem escolar, esse
conhecimento não é nem uma cópia do mundo, nenhum descobrimento solitário,
mas é uma construção que o indivíduo realiza mediante a sua atividade mental,
atividade que ele desenvolve para identificar, estabelecer relações, generalizar,
em definitivo, para fazer aprendizagens significativas que lhe permitam
desenvolver suas potencialidades. (MOSHMAN, 1982; MONEREO, 1995, p. 135).
44
de forma adequada e eficiente, nas diversas situações em que precisamos ou queremos
ler ou escrever.” (SOARES, p. 22, input SEED, 2010).
Portanto, letramento é processo de internalização dos saberes ao longo da vida,
pensado sob a ótica da formação humana integral, desde o ingresso na vida escolar o
educando vivencia práticas de leituras diversas que fornecerá a este possibilidades de
interpretar o mundo que o cerca, cerceado nos pilares da ciência, da cultura, do trabalho
e da tecnologia.
45
treinamento e domesticação do trabalhador, exigidas em diferentes graus, pelo mundo do
trabalho na sociedade moderna, mas sim que a educação pode ter como preocupação
fundamental o trabalho em sua forma mais ampla.
Analisar o processo educacional a partir de reflexões teóricas para compreender a
nossa realidade, significa refletir sobre as contradições da nossa sociedade, sobre as
possibilidades de superação de suas condições adversas e empreender, no interior do
processo educativo, ações que contribuam para a humanização plena do conjunto dos
homens em sociedade.
O trabalho pedagógico deve partir da análise de problematizações, visando a
conscientização de valores humanos, a vivência constantemente recriada de conteúdos
culturais e buscando formas democráticas de interação social. Portanto, a concepção de
educação deve contemplar uma visão de futuro que considera a condição humana como
objeto essencial de todo trabalho pedagógico.
46
Deve ser levado em conta, ainda, que hoje não se concebe um aluno passivo, mas
que seja sujeito da aprendizagem e da própria história, que desenvolva a capacidade de
pensar crítica e criativamente, que seja apto para obter informações e interpretá-las
adequadamente, que construa e reconstrua o saber, que saiba definir o seu destino e
dele participar ativamente.
Continuar aprendendo durante toda a vida é exigência não só para os alunos, mas
para todas as pessoas que estão inseridas no mundo do trabalho, na vida social e
escolar. A LDB, 9394/96 em consonância com essa demanda atual do mundo do
trabalho, afirma em seu artigo 67, que os sistemas de ensino deverão promover a
valorização dos profissionais da educação, assegurando - lhes "aperfeiçoamento
profissional continuado" e "período reservado a estudos, planejamento e avaliação,
incluído na carga de trabalho", o que confirma a necessidade da hora/atividade para o
professor na escola.
O uso das horas/atividades em nossa escola tem sido aproveitado para que parte
da formação continuada aconteça através de encontros de docentes por área de
conhecimento, orientados pela equipe pedagógica e pela direção. Precisamos ampliar,
entretanto, no contexto escolar estes espaços de reflexão da prática pedagógica, onde os
professores, equipe pedagógica, direção e funcionários tenham possibilidade de trocar
experiências, falar de suas dificuldades, desenvolver atividades de estudos, revendo e
alimentando assim a sua prática pedagógica, reservando tempo específico do calendário
escolar para que isto aconteça pelo menos uma vez ao mês.
47
ressignificar os conteúdos, seu modo de trabalhá-los e avaliá-los no dia a dia da
educação.
Assim, para que nosso Projeto Político Pedagógico , seja um processo dinâmico de
educação continuada dos professores, equipe pedagógica, direção e funcionários, é
preciso uma mudança de cultura profissional, que permita um clima cooperativo,
mantendo a todos motivados e envolvidos.
O papel profissional e o que se espera de cada um deve estar claro para todos.
Esse é o primeiro passo para construir essa cultura profissional de responsável e séria.
Só teremos melhoria na educação, quando se conquistar a qualificação dos professores,
equipe pedagógica, direção e funcionários, aliada a tão esperada valorização do
profissional.
Para tal, faz-se também necessário que os profissionais da escola sejam capazes
de oferecer oportunidade, as limitações, as potencialidades e os interesses de cada
aluno, ou seja, individualizando o ensino de acordo com as necessidades específicas.
Cada indivíduo, com padrões específicos de desempenho, é dotado de um potencial que,
bem orientado, pode permitir quase sempre a sua auto- realização.
48
A nova proposta de educação inclusiva foi deflagrada pela declaração de
Salamanca, a qual proclamou entre outros princípios, o direito de todos a educação,
independente das diferenças individuais. Esta Declaração teve como referencia a
Conferência Mundial sobre a Educação para todos. A educação inclusiva propõe que toda
as pessoas com necessidades educacionais especiais sejam matriculados na escola
regular, baseando-se no princípio de educação para todos, para tanto, valer-mos das
diferentes modalidades (classe especial, classe comum, sala de recursos, professores
itinerante) devem ser criadas no interior das escolas regulares. Elas se caracterizam
como alternativas de procedimentos didáticos e específicos e adequados às
necessidades educacionais desses alunos e implicam espaços físicos, recursos humanos
e materiais diferenciados.
49
Neste contexto, o ser humano é restrito à venda de sua força de trabalho, pois não
detém os meios de produção, estando então, nesta condição, subsumido aos
condicionantes do capital.
O contexto globalizado e as reformas neoliberais não têm como centro as questões
sociais (essas não são prioritárias). Assim, temos as diferenças, as injustiças e as
desigualdades. Mas, contraditoriamente, pouco se veem ações efetivas que busquem
qualificar a vida humana em suas dimensões, inclusive quanto à emancipação política e
social. Há de se buscar, na sociedade atual, a promoção da diminuição das injustas e
profundas diferenças sociais causadas pelo capitalismo.
A partir da década de 90, mais especificamente no Brasil, as políticas sociais se
pautam, também, na reestruturação social e econômica, organizando-se e atendendo às
necessidades do capital, numa sociedade em transformação, com vistas à inserção nesse
mundo globalizado.
No plano ideológico, por sua vez, a sociedade atual apresenta-se inserida num
ideário que:
50
Esses conteúdos, no entanto, não estão alheios á forma como a sociedade se
organiza, estando inseridos no contexto social.
A concepção de cultura, conforme afirma GOHN (1999), é sabidamente alvo de
muitas acepções ao longo da história, assim:
Sabemos que o termo cultura possui muitas acepções, foi interpretado de várias
formas ao longo da história e tem posições diferenciadas nos vários paradigmas
explicativos da realidade social. No senso comum, o termo é associado ao estudo,
à educação - escolaridade, ou ao mundo das artes, aos meios de comunicação de
massa, ao mundo do folclore, lendas crenças e tradições passadas, ou ainda, a
períodos e etapas da civilização humana.
SANTOS apud GOHN (1999) sistematizou as concepções sobre cultura em dois
blocos, ou seja, ligada com os aspectos da realidade social, a tudo aquilo que se
relaciona à existência de um povo, de uma nação etc. A segunda tem uma ligação
direta com o conhecimento, com o mundo das idéias e das crenças, as maneiras
como estas últimas existem na vida social. (GOHN, 1999, p. 22-23).
A concepção de cultura não pode ser reduzida, sendo que o tema constituiu-se
como políticas da vida social, e na construção cultural.
Para tanto, parte de uma configuração da situação em que se encontram as
relações entre educação e sociedade, desenvolvendo em seguida considerações sobre o
necessário redimensionamento de seu papel, em face das exigências postas pela
significação da condição humana, fundada na iminente dignidade dos seres humanos
como pessoas sendo objeto de estudo de diversos autores. No século XX, são apontados
autores como Max Weber, Karl Manheim, Mauss, Gramsci, Lévi – Strauss, Taylor,
Malinowski, entre outros. Entre os autores contemporâneos, destacam-se Bourdieu,
Habermas, e Adorno. No Brasil, são relevantes os trabalhos de autores como Mário de
Andrade, Gilberto Freire, Florestan Fernandes.
[...] a cultura passou a ser vista como tendo um caráter relacional, com sentido e
significados construídos nos processos de interação. A identidade cultural de um
grupo é construída neste processo, e há uma tensão constante entre os
significados e os sentidos que um grupo ou movimento social procura
atribuir/construir via suas práticas, e os outros significados e sentidos de outros
grupos/movimentos. Isto ocorre porque as relações de poder não aludem apenas
às relações de força física, material. A cultura é também uma força, enquanto uma
prática plena de significados. Ela demarca diferenças porque estas são produzidas
no interior dessas práticas de significações. O exercício das práticas produz
continuamente novos significados, pois muitas vezes está se procurando
demarcar as diferenças de outra forma. O preconceito racial, por exemplo, é uma
diferença carregada de negatividade, que busca separar, segregar, excluir. Contra
ela, os grupos organizados lutam e procuram construir outros significados para a
questão da raça, baseados em valores positivos. Ao fazer isso, geram identidade
a partir da demarcação de campo de suas diferenças. (GOHN, 1999, p.34-35).
51
A reflexão acerca da concepção de cultura apresentada permite compreender ser
a cultura como a forma de uma determinada sociedade, num determinado período
histórico, perceber o mundo em que vive.
52
em formação ou com ele consolidado, entre e sobre as pessoas. (BRANDÃO,
1986, p. 09).
53
De acordo com uma concepção progressista de educação, a escola não é vista
como “redentora” dos problemas sociais. Mas compreendemos que a escola, em especial
a escola pública, como um espaço social responsável pela apropriação do saber
historicamente produzido e acumulado pelos homens, de geração em geração, em
diferentes sociedades.
Assim, com essa importante função social, a escola tem uma importância
legítima, podendo trazer, em si, o caráter de transmitir às camadas populares
possibilidades de apropriação crítica e histórica do conhecimento. Sendo assim, esses
conteúdos fundamentais para a transformação dessa realidade.
54
humano social. Isto implica retirar o foco do projeto educacional do mercado de trabalho e
colocá-lo sobre os sujeitos. Não sujeitos isolados, mas sujeitos singulares cujo projeto de
vida se constrói pelas múltiplas relações sociais, que só pode ocorrer à medida que os
projetos individuais entram em coerência com um projeto social coletivamente construído.
55
conforme Basso, 2011, p. 117 “complexo empreendimento que tem lugar em contextos
específicos configurados, e por sua vez configuradores de valores humanos que se
refletem nas instituições culturais, políticas e econômicas.”
Cabe a escola pública garantir a todos um bom ensino e saberes que possa refletir
na vida dos alunos, preparando-os para a vida adulta. Partindo da interação do professor
e da participação ativa do aluno a escola deve possibilitar a aquisição de conteúdos –
trabalhar a realidade do aluno em sala de aula, para que ele tenha discernimento e poder
de analise da sua realidade de maneira crítica, racional e que promova a socialização do
educando para que tenha uma participação organizada na democratização da sociedade.
Saviani alerta para a responsabilidade do poder público, que é o responsável pela criação
e avaliação de projetos no âmbito das escolas do estado e município, uma vez que este é
o responsável pelas políticas públicas para melhoria do ensino, visando a integração
entre o aluno e a escola.
Ao conceber a escola pública enquanto espaço de democracia, construção da
cidadania, diálogo, construção de saberes e ciência, se faz necessário também estar
56
ciente que é este um espaço de poder e território de luta de classes, não se pode deixar
de lado esta consciência crítica. Quando se fala em escola pública, no contexto da
pedagogia histórico crítica, a gestão democrática precisa ser atuante e definidora dos
processos da gestão, pois, conceituar sociedade, homem, educação consiste conceituar a
escola que queremos.
57
4.2.20 Concepção de Homem
Pessoas idosas que buscam ampliar e desenvolver seu conhecimento, e/ou tem
interesse em oportunidades de convivência e realização social apresentam temporalidade
específica, o que as faz merecer atenção especial no processo educativo
Visto que a escola não é o único espaço de produção e socialização dos saberes,
a própria experiência do aluno constrói concepções de homem, de mundo, de sociedade
e de cultura.
58
Normalmente valores e virtudes já estão bem estabelecidos, sendo apenas
discutidos para abordagem de novos conceitos e pontos de vista.
Esse agir coletivo, no cotidiano da escola, constitui um grande desafio para romper
com relações de poder e atuar no enfrentamento de todas as questões que excluem e
marginalizam , organizando para que todos tenham voz no espaço escolar.
Para que todos tenham acesso a essa democracia, é fundamental que a qualidade
no processo de ensino e aprendizagem seja premissa. Apenas participa da cidadania
aqueles que, democraticamente, são dotados dos conhecimentos necessários para ter
acesso a ela.
59
No sistema estadual de ensino do estado do Paraná, conforme a Deliberação
14/99, do Conselho Estadual de Educação (CEE-PR), o projeto político pedagógico e a
proposta pedagógica tem, como base, relações democráticas, pautadas na autonomia
administrativa e pedagógica.
Sempre é possível avançar nas práticas de gestão democrática na escoa, a través
da construção coletiva das decisões e aspectos da organização do estabelecimento. A
participação de toda comunidade e o fortalecimento das instâncias colegiadas
possibilitam, via conselhos escolares, conselhos de classe, grêmio estudantil, APMF,
processo de eleição direta de diretores, formas de efetivação da democracia real na
escola. A autonomia e a gestão democrática da escola fazem parte da própria natureza
do ato pedagógico. A gestão democrática da escola é, portanto, uma exigência do projeto
político pedagógico.
5 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
5.1 AVALIAÇÃO
60
para a aprendizagem dos conteúdos da disciplina, bem como proporcionar no mínimo 04
(quatro) atividades diferentes para avaliação à cada trimestre. Sendo divididos em duas
(02) avaliações escritas com valor trinta (3,0) cada uma, somando sessenta (6,0) pontos e
os quarenta (4,0) pontos restantes divididos entre dois trabalhos de vinte (2,0) pontos
cada um, tais como: seminários, debates, pesquisas, desenvolvimentos de projetos, etc.
Para a EJA a cada 25% da carga horária das disciplinas de História, Geografia, Biologia,
Química, Física e Inglês , nas disciplinas de Arte, Filosofia , Sociologia e Educação Física
, a carga horária é de 50%e para as disciplinas de Língua portuguesa e Matemática
06(seis) registros de notas, Língua Portuguesa e Literatura 04(quatro) nas disciplinas de
História, Geografia, Ciências, Língua Estrangeira Moderna, Química, Física e Biologia; 02
(dois) registros de notas nas disciplinas de Arte, Filosofia, Sociologia e Educação Física.
61
O Conselho de Classe deve refletir a ação pedagógico-educativa e não apenas se
ater a notas ou problemas de determinados alunos. No Conselho de Classe, deve-se
avaliar a aprendizagem, avaliando também o ensino. O Conselho de Classe do Colégio
Estadual Pilar Maturana divide-se em três momentos:
Pré-conselho é o levantamento de dados da avaliação diagnóstica, para nortear o
planejamento; dados sobre situações específicas das disciplinas; levantamento individual
da situação de aprendizagem dos alunos e de indisciplina; levantamento de faltas, evasão
escolar, levantamento de dados para encaminhamento da ficha FICA e Rede de
Proteção; organização de ações dos professores, pedagogas e direção; convocação das
famílias; fornecer dados para a organização do Conselho de Classe e do Pós-conselho,
norteando a organização do trabalho pedagógico da escola; todos os profissionais devem
trazer suas dificuldades, experiências que deram certo e sugestões de ações a serem
desenvolvidas; o Conselho de Classe é a reflexão acerca dos resultados obtidos;
planejamento de ações para a superação dos resultados; reflexão acerca da prática
pedagógica; reflexão sobre avaliação (avaliação como mediação entre o ensino do
professor e a aprendizagem do aluno);análise dos dados do pré-conselho.
O pós-conselho de Classe é a organização das ações coletivas propostas no
conselho de classe (que podem variar de um conselho para outro dependendo das
dificuldades apresentadas pelos alunos); análise dos resultados levantados no Conselho
de Classe; reflexão sobre a prática pedagógica e replanejamento e análise dos resultados
com as turmas e com os pais dos alunos.
62
- Torneios Esportivos nas modalidades que estiverem sendo trabalhadas, de acordo com
o conteúdo.
- Elaboração da programação detalhada das atividades a serem realizadas a cada dia,
bem como a atribuição de responsabilidades na operacionalização das mesmas.
- Promover a divulgação do calendário e programação da Mostra Cultural, com
antecedência para envolvimento de todos e ciência do processo.
As atividades realizar-se-ão num período de 3 dias consecutivos, no semestre, a serem
definidos no início do ano letivo, quando da elaboração do calendário escolar.
Objetivos:
- Promover o entrosamento entre as diferentes séries e turmas.
- Oferecer aos alunos oportunidades de manifestar-se através de diferentes formas de
expressão.
- Ampliar a visão do mundo através das diferentes formas de expressão da cultura.
- Levar ao conhecimento da comunidade escolar a produção do aluno nas diversas áreas
do conhecimento através da exposição de trabalhos.
- Estimular a pesquisa como forma da construção do saber.
- Valorizar a produção do aluno como exteriorização do conhecimento aprendido.
- Proporcionar ao aluno um espaço para análise e a crítica através da observação dos
trabalhos expostos.
- Oportunizar ao aluno situações onde possa perceber-se como produtor de
conhecimento.
- Promover o saber estético e ético na produção e preparação dos standers.
63
5.5 ASPECTOS A SEREM TRABALHADOS COM OS ALUNOS
DIREITOS
- O direito de ter as cinco aulas diariamente.
- Direito a estudar em um ambiente tranquilo, limpo, agradável e que propicie uma
aprendizagem efetiva.
- Direito a avaliações diferenciadas.
- Direito a recuperação dos conteúdos.
- Direito a ser respeitado.
DEVERES
- Pontualidade. Trabalhar com os alunos a importância de chegar no horário na entrada e
após o intervalo.
- Material completo. Os alunos devem trazer cadernos individuais, encapados
identificados, e numerados, reservando um determinado número de páginas para a
organização das datas de avaliações e datas de provas.
- Respeito aos colegas, professores, funcionários e equipe pedagógica.
- Organização e limpeza do ambiente.
- Respeitar o ensalamento.
- Cumprir as atividades propostas em sala de aula e em casa.
- Não utilizar equipamentos eletrônicos no ambiente escolar.
- Não trazer balas, chicletes, doces, etc.
- DIREITOS
- Reuniões periódicas com os professores e equipe pedagógica. Que os professores
sejam informados sobre eventuais problemas, transtornos, deficiências ou dificuldades
familiares dos alunos. Que os professores sejam informados através da pasta ou outro
meio sobre reuniões com os pais. Ser respeitado por alunos, funcionários e equipe em
geral.
- Participar das decisões e receber informações.
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DEVERES
- Pontualidade e assiduidade.
- Respeito as normas da escola. Garantir a organização, zelando pelo patrimônio do
Colégio.
- Cobrar dos alunos a limpeza da sala, não deixar giz no quadro, apagar a luz, desligar o
ventilador e fechar a porta, sendo o último a sair da sala. Cobrar o ensalamento em todas
as aulas. Proibir o uso de equipamentos eletrônicos. Que os professores tenham acesso
ao Projeto Político Pedagógico informando-se sobre as normas do Colégio.
- Respeito aos alunos, equipe de professores, funcionários e equipe pedagógica,
utilizando conceitos éticos acima dos valores individuais.
- Elaborar e dirigir o planejamento de ensino, segundo a proposta pedagógica do Colégio,
responsabilizando-se por sua execução.
- Informar à equipe pedagógica sobre eventuais problemas que interfiram no trabalho em
sala de aula.
- Planejar e organizar as aulas visando ao aprendizado do aluno. Avaliar o aluno de
diferentes formas e garantir a recuperação dos conteúdos.
- Trabalhar em equipe e participar das reuniões pedagógicas, elaborando estratégias
construtivas através da troca de experiências.
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Para o cumprimento da função social da escola (ensinar), compreende-se que é
necessária a disciplina, não de forma autoritária, mas como uma condição para a prática
pedagógica. Nesse sentido, compreende-se necessária a realização de combinados e
regras de convivência com os alunos, o que facilita também o domínio de classe e uma
aula de qualidade.
Os docentes compreendem que é necessário avançar em relação ao contato com
as famílias. Mesmo com as tentativas de contato realizadas, ainda existem situações de
famílias que precisam acompanhar mais efetivamente o desenvolvimento escolar de seus
filhos, o que se torna um elemento que não contribui na superação das dificuldades ou
excesso de faltas dos alunos.
Para melhor organização do trabalho pedagógico, não é viável fazer o
encaminhamento do aluno para equipe pedagógica / direção em qualquer situação (sem
observar o regulamento interno do estabelecimento). Há a necessidade em avançar nas
questões disciplinares e na relação com a família dos alunos que “não aprendem”, em
reuniões pedagógicas com pais, alunos e professores, bem como ações de mediação de
conflitos.
- Promover maior envolvimento das famílias na disciplina e comprometimento do aluno
com a escola e a aprendizagem;
- Solicitar maior atuação do Conselho Tutelar nos casos de omissão familiar;
- O professor deve registrar todos os fatos ocorridos com o aluno no livro de registro do
professor, bem como na pasta de ocorrências da sala de aula, solicitando ao aluno sua
assinatura; em caso de recusa os representantes de classe assinam;
- Os livros devem ser encaminhados para o Setor pedagógico pelo professor em hora
atividade ou monitor para que sejam tomadas as medidas cabíveis de acordo com o
regulamento interno da escola;
- O professor deve encaminhar ao setor Pedagógico a listagem de alunos faltosos para
que sejam tomadas as providências necessárias;
- À Escola cabe conscientizar o aluno da importância da convivência em grupo, reflexões
em sala, combinados de comprometimentos de ambas as partes professor/escola e
aluno;
- Construção de regras disciplinares orientada pelo professor representante de cada
turma e discutidas no coletivo para construção dos combinados/contratos.
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- Palestras com profissionais especializados de diferentes instituições a fim de
conscientizar e orientar os alunos numa ação preventiva, evitando consequências
prejudiciais ao seu desenvolvimento.
- Reuniões e palestras para Pais com profissionais específicos para alertar sobre
problemas de faltas de limites (psicólogos, conselho tutelar e promotoria, etc.), orientando
a família na sua relação com os filhos.
6 AVALIAÇÃO DO PPP
7 BRIGADA ESCOLAR
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mudanças de comportamento, visto que crianças e adolescentes são mais receptíveis,
menos resistentes a uma transformação cultural e potencialmente capazes de influenciar
pessoas, atuando como multiplicadores das medidas preventivas. Ainda mais, a opção de
se trabalhar com as escolas da rede estadual de educação tem a ver com a necessidade
de adequá-las internamente para atender as disposições legais de prevenção de toda a
espécie de riscos, sejam eles de cunho natural ou de outra espécie como acidentes
pessoais e incêndios, entre outros.
- OBJETIVO GERAL:
Promover a conscientização e capacitação da Comunidade Escolar do Estado do Paraná
para ações mitigadoras e de enfrentamento de eventos danosos, naturais ou humanos,
bem como o enfrentamento de situações emergenciais no interior das escolas para
garantir a segurança dessa população e possibilitar, em um segundo momento, que tais
temas cheguem a um grande contingente da população civil do Estado do Paraná.
- OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
• levar os Estabelecimentos de Ensino Estadual do Paraná a construírem uma cultura de
prevenção a partir do ambiente escolar;
• proporcionar aos alunos da Rede Estadual de Ensino condições mínimas para
enfrentamento de situações emergenciais no interior das escolas, assim como
conhecimentos para se conduzirem frente a desastres;
• promover o levantamento das necessidades de adequação do ambiente escolar, com
vistas a atender às recomendações legais consubstanciadas nas vistorias do Corpo de
Bombeiros;
• preparar os profissionais da rede estadual de ensino para a execução de ações de
Defesa Civil, a fim de promover ações concretas no ambiente escolar com vistas a
prevenção de riscos de desastres e preparação para o socorro, destacando-se ações
voltadas ao suporte básico de vida e combate a princípios de incêndio;
• articular os trabalhos entre os integrantes da Defesa Civil Estadual, do Corpo de
Bombeiros, da Polícia Militar (Patrulha Escolar Comunitária) e dos Núcleos de Educação;
• adequar as edificações escolares estaduais às normas mais recentes de prevenção
contra incêndio e pânico do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Paraná,
acompanhando os avanços legais e tecnológicos para preservação da vida dos
ocupantes desses locais.
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- ESTRATÉGIAS:
Ocorrerão capacitações contemplando públicos diferentes, com objetivos
específicos, englobando uma capacitação para os gestores regionais e locais, outra para
a Brigada Escolar.
O Coordenador Local do Programa será o Diretor do estabelecimento de ensino.
Ao diretor do estabelecimento escolar caberá a responsabilidade de criar
formalmente a Brigada Escolar. Trata-se de um grupo de cinco servidores do
estabelecimento que atuarão em situações emergenciais, além de desenvolverem ações
no sentido de:
• identificar riscos na edificação e nas condutas rotineiras da comunidade escolar;
• garantir a implementação do Plano de Abandono, que consiste na retirada, de forma
segura, de alunos, professores e funcionários das edificações escolares, por meio da
execução de exercícios simulados, no mínimo um por semestre, a ser registrado em
calendário escolar;
• promover revisões periódicas do Plano de Abandono;
• apontar mudanças necessárias, tanto na edificação escolar, bem como na conduta da
comunidade escolar, visando o aprimoramento do Plano de Abandono;
• promover reuniões bimestrais entre os integrantes da Brigada Escolar para discussão de
assuntos referentes a segurança do estabelecimento de ensino, com registro em livro ata
específico ao Programa;
• verificar constantemente o ambiente escolar e a rotina da escola, em busca de situações
inseguras, comunicando imediatamente o Diretor para as providências necessárias.
Os cinco integrantes da Brigada Escolar, serão capacitados pelo Corpo de Bombeiros
Militar na modalidade de ensino a distância - EAD e presencial.
- ATIVIDADES PERMANENTES:
O Diretor de cada unidade escolar terá como responsabilidade, desenvolver o
trabalho de implantação e implementação do Plano de Abandono.
Esse Plano de Abandono consiste na retirada de forma segura de alunos,
professores e funcionários das edificações escolares, por meio da execução de exercícios
simulados e em tempo razoável.
Exercícios simulados deverão ser realizados no mínimo 01 (um) por semestre, e
as datas deverão estar registradas em Calendário Escolar.
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- Plano de Abandono – Rota de Fuga:
A Equipe de Brigadistas do C.E. Pilar Maturana, responsáveis diretos pela
organização do Plano de Abandono, estará acompanhando e sinalizando as “rotas de
fuga” nas dependências da escola como salas, corredores e escadas, assim como, o
“ponto de encontro” (ao lado e próximo ao ginásio de esportes), e assim, atingir os
resultados desejados, ou seja, executar a retirada de todos os integrantes da comunidade
escolar em ordem, no menor tempo possível e em total segurança.
Desta forma, acionado o sinal de alarme, alerta já pré-definido, inicia-se os
procedimentos, condutas e posicionamentos de todos que se encontram dentro das
instalações, salas e ambientes da escola para executar o Plano de Abandono (Rota de
Fuga), de maneira organizada, com controle e segurança da comunidade escolar. Cada
pessoa (estudante, funcionário, professor, etc.) deve estar ciente e executar, da melhor
forma possível, os procedimentos e seu papel na execução do abandono/saída do Prédio
Escolar.
Cada turma (professor e alunos), após acionado o sinal de alerta, devem
rapidamente se posicionar em fila única próximo à porta (aluno-representante na frente),
em fila tipo indiana, deixando suas bolsas e todo material em sala, com o professor
devendo aguardar por parte do responsável o aviso de saída e, em seguida, inicia a
liberação e deslocamento dos alunos em sentido ao refeitório do colégio. O professor será
o último da fila, devendo verificar da saída de todos os alunos, fechar a porta e fazer um
sinal com um traço (giz) em diagonal na porta. A turma deverá se deslocar em passos
largos, sem correr, braços posicionados normalmente, olhar à frente, mantendo-se pelo
lado direito do corredor/escadas, conforme indicação das placas e setas de sinalização
afixadas, dirigindo-se ao Ponto de Encontro. Chegando ao local definido (P.E.), o
professor pega o livro e faz a chamada, verificando se todos os seus alunos estão
presentes. O ponto de encontro será em frente ao ginásio de esportes, as turmas deverão
se posicionar lado a lado, em ordem de série, para a conferência dos responsáveis.
Qualquer falta ou observação o responsável pelo ponto de encontro deve ser informado.
Observação: Havendo algum aluno com necessidade especial ou com qualquer
problema, um aluno-representante deverá auxiliar, acompanhando-o durante todo o
deslocamento e trajeto.
Para ilustrar como acontece o Plano de Abandono, seguem abaixo a Planta Baixa
com a sinalização devida e o Organograma de cada turno.
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VISTA AÉREA DO C. E. PILAR MATURANA
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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