Unidade de Terapia Intensiva: Enf Salete Sara

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UNIDADE DE

TERAPIA
INTENSIVA
ENF SALETE SARA
RK

Definição:
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é
uma área hospitalar destinada a clientes
em estado crítico, que necessitam de
cuidados altamente complexos e com
monitorização continua, com
centralização de esforços e coordenação
de atividades.
Estrutura e Organização:
As UTI’s são unidades hospitalares que possuem
infraestrutura especializada, assistência médica e
de enfermagem ininterruptas, equipamentos
específicos, recursos humanos altamente
qualificados e acesso a tecnologias diagnósticas e
terapêuticas sofisticadas, servindo de apoio para
tomadas de decisão e intervenções em situações de
urgência e emergência. É um setor hospitalar
destinado ao atendimento de pacientes em estado
grave, porém, recuperáveis.
O que é um paciente grave?

É aquele com comprometimento de um ou mais


dos principais sistemas fisiológicos, com perda
de autorregulação, necessitando de assistência
contínua.
Planejamento da UTI:
O planejamento e o projeto precisam ser baseados nos padrões
de admissão de pacientes e colaboradores e na necessidade de
instalações de áreas de apoio (posto de enfermagem,
armazenamento, áreas administrativas e educacionais).

A unidade do paciente precisa, necessariamente:


a) proporcionar condições de internação de pacientes graves em
ambientes individuais e/ou coletivos, de acordo com o grau de
risco, a faixa etária, doença e requisitos de privacidade;
b) executar e registrar assistência médica e de enfermagem
intensivas;
c) ter disponibilidade de apoio diagnóstico laboratorial, de
imagem e terapêutico durante 24 horas;
d) manter condições de monitoração e assistência respiratória
ininterruptamente
Localização:
A UTI deve possuir uma área geográfica distinta dentro do
hospital e, quando possível, ficar em local onde o acesso possa
ser controlado.

Sua localização deve permitir fácil acesso a elevadores de


serviço e de emergência, centro cirúrgico, sala de recuperação
pós-anestesia, unidade de emergência, unidades intermediárias
(semi-intensivas/ área vermelha) e serviço laboratorial e de
imagem.
Tipo de unidade:
Os pacientes devem ser alocados de forma a permitir sua visualização direta pela
equipe de saúde durante todo o tempo, favorecendo, assim, a monitoração
continua, independente de estar dispostos em uma área coletiva ou em quartos
fechados.

Em áreas coletivas, indica-se a separação dos leitos por meio de divisórias laváveis,
de modo a proporcionar relativa privacidade aos pacientes.

Nos quartos fechados, é necessária a adoção de painéis de vidro para possibilitar a


observação, essas unidades permitem mais privacidade, redução do nível de ruído e
possibilitam o isolamento de pacientes infectados e/ou imunossuprimidos.
Posto de enfermagem:
O posto de enfermagem deve ser confortável, possibilitar a visão de todos os leitos
e, também, auxiliar na execução das funções da equipe de trabalho.
Assim, ele precisa possuir:

Área destinada ao preparo de medicação, disposta de forma a isolar a equipe de


outras atividades, quando envolvida com essa tarefa;
iluminação adequada para as tarefas específicas;
sistema de energia de emergência;
lavabo;
sistema funcional para estoque de medicamentos, soluções e materiais.
E os profissionais?
Para o bom funcionamento da UTI, é necessário que a equipe seja composta por
profissionais de diferentes áreas.

O número mínimo de profissionais deve ser respeitado.


Médicos diaristas: 1, para atender no máximo 10 leitos.
Médicos plantonistas: 1, para atender 10 leitos ou fração, em cada turno.
Enfermeiros assistenciais: 1 para cada 8 leitos ou fração, em cada turno.
Fisioterapeutas: 1 para cada 10 leitos ou fração, nos períodos da manhã, à tarde
e à noite, totalizando 18 horas de atuação.
Técnicos de enfermagem: 1 para cada 2 leitos, em cada turno.
Técnico diarista: para serviços de apoio assistencial.
Auxiliares administrativos: pelo menos 1 por unidade.
Funcionários para serviço de limpeza: no mínimo 1 para cada turno.
UTI Especializada:
De acordo com a idade e o tipo de
tratamento do paciente atendido na UTI, ele
será alocado em uma unidade específica,
como poderá observar a seguir, a fim de que
as necessidades de cada faixa etária sejam
supridas da maneira mais adequada possível
ou destinada a alocação de acordo com o
tipo de doença.
De acordo com a Faixa Etária:
Neonatal: Destinado ao atendimento de pacientes com idade de 0 a 28 dias, será
será dividida de acordo com as necessidades do cuidado, nos seguintes termos:
I - Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN);
II - Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal (UCIN)

Pediátrico: Destinado ao atendimento de pacientes com idade de 29 dias a 18


anos incompletos.

Adulto: Destinado ao atendimento de pacientes com idade acima de 14 anos.

Pacientes na faixa etária de 14 a 18 anos incompletos podem ser atendidos nos Serviços de
Tratamento Intensivo Adulto ou Pediátrico, de acordo com o manual de rotinas do Serviço.
De acordo com a especialidade:
UTI coronariana: É uma unidade especializada no paciente adulto e de alto
risco do ponto de vista cardiológico, que precisam de assistência especializada
relacionada a eventos cardíacos, como dor torácica, síndromes coronarianas
agudas (angina instável e infarto agudo do miocárdio), insuficiência cardíaca
descompensada, arritmias instáveis, síndrome aórticas agudas, síndrome pós
parada cardiorrespiratória.
UTI neurológica: É uma estrutura específica dedicada ao tratamento de
pacientes com as mais diversas patologias, desde acidente vascular cerebral
(hemorrágico ou isquêmico) a traumatismos cranioencefálicos e infecções no
sistema nervoso central (como meningite).
Humanização e
Princípios
Bioéticos
Humanizar é garantir a qualidade
da comunicação entre paciente,
família e equipe, a fim de
que aconteça a escuta ativa para
com o outro, compreendendo-o em
sua singularidade e necessidades,
para que este se sinta
reconhecido.
Durante a hospitalização em UTI, podem ocorrer alterações psicológicas e sociais não
somente do paciente, mas também dos familiares, assim, as UTIs passaram a focar não
apenas a recuperação do paciente, mas ainda seu bem-estar e suas características e
necessidades individuais. Nessa perspectiva, tornou-se evidente a necessidade de
aproximação da equipe com seus pacientes em vez de relacionar-se com ele por meio
dos aparelhos que o monitoram.
Pode existir certa dificuldade de comunicação entre a equipe
de saúde e o paciente e seus familiares. Comumente, essa
dificuldade está relacionada a fatores que dizem respeito a
diferenças entre as concepções dos envolvidos, ou pouco
tempo de contato entre os indivíduos.

A visão dos familiares e da equipe em relação aos fatores estressores, por meio de
uma comunicação clara e objetiva, fazendo com que ela passe a interagir no
processo de tratamento, minimizando, assim, o sentimento de impotência, por meio
da comunicação clara, as emoções se evidenciam e os sentimentos surgem de
maneira mais singela.
RK

Ambiente físico reflete na


humanizada?

O ambiente físico de uma UTI tem importante


impacto nos pacientes, podendo ser
responsável pelo desenvolvimento de
distúrbios psicológicos, por desorientação no
tempo e espaço e pela privação do sono.
O que podemos fazer?
Se possível leitos privativos para os pacientes que se encontram conscientes ou
manter divisórias entre os leitos;
Abertura de janelas que possibilitem a entrada de luz natural;
Flexibilização para utilização de telefone, televisão, aparelhos de som;
Existência de relógios com data e hora, para permitir a orientação temporal;
Quando possível, podem-se utilizar reguladores de luz individuais e ao alcance dos
pacientes;
Temperatura constante em torno de 24 °C, evitando desconforto térmico.
O controle individualizado da temperatura, leito a leito, pode ser uma demanda;
Redução dos níveis de ruído, de todos os tipos: de equipamentos, da equipe, de
visitantes, entre outros.
Garantia de visitas diárias dos familiares, a beira do leito;
Garantia de informações da evolução diária dos pacientes aos familiares por meio de
boletins;
Atribuições do técnico em enfermagem
na UTI:
Prestar assistência segura, humanizada e individualizada aos clientes;
Preparar clientes para consultas e exames, orientando-os sobre as
condições de realização dos mesmos;
Prepara e administrar medicações por via oral, tópica, intradérmica,
subcutânea, intramuscular, endovenosa e retal s médicas ou de
enfermagem;
Verificar os sinais vitais e as condições gerais dos clientes;
Executar atividades de limpeza, desinfecção, esterilização de materiais
e equipamentos, bem como seu armazenamento;
Realizar atividades na promoção de campanhas do aleitamento
materno bem como a coleta no domicílio;
Auxiliar na preparação do corpo após o óbito entre outras.
RK

“A persistência é o
caminho do êxito.”
-Charles Chaplin

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