Investigação Israel

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INVESTIGAÇÃO ISRAEL: QUEM É JESUS?

Qualquer pessoa pode citar nomes de grandes pessoas que se destacaram na


História e influenciam muitos ainda hoje. Se estivermos falando de líderes
políticos, cometeríamos um sacrilégio se não lembrássemos em poucos
minutos de Winston Churchill. Ele foi o primeiro-ministro do Reino Unido
durante a Segunda Guerra Mundial. Orador e escritor notável, ele foi o
único primeiro-ministro britânico a ganhar o Premio Nobel da Literatura.
Ele marcou a história por liderar o seu país por uma das guerras mais
sangrentas e destrutivas que enfrentaram. Seus discursos e suas frases
ecoam até hoje, trazendo ânimo e restaurando forças em tempos difíceis.

Porém, se quisermos citar um grande pensador, podemos facilmente


colocar Aristóteles no topo da lista. Morto há mais de 2300 anos, suas
visões ainda influenciam muito de nossa sociedade. Os princípios de lógica
que usamos para tomar decisões foram sistematizados por ele. Sua visão
sobre a Ética como sendo um meio para o bem-estar da humanidade norteia
muito do nosso pensamento. E o valor que damos hoje à música e à poesia,
veio dele também. Ele certamente foi um grande professor.

Mas a conversa pode versar sobre Ciências. E o maior nome da ciência


atual, lembrado sempre pela sua adorável e bem humorada “língua de
fora”, é Albert Einstein. Ganhou o Prémio Nobel de Física aos 42 anos por
ter desenvolvido a lei do Efeito Fotoelétrico, o que possibilitou os trabalhos
com energia solar. Ele cunhou a frase “A imaginação é mais importante
que o conhecimento”. Algo que fez muito sentido na sua vida, já que
grande parte de suas teorias e descobertas foram produzidas com pouco ou
nenhum experimento.

Um grande líder, um grande professor e um grande cientista. Todos


marcaram a História. Todos impactaram nossas vidas de uma forma ou de
outra. Mas nenhum deles foi tão significativo quando um judeu pobre que
viveu há pouco mais de 2000 anos atrás: Jesus Cristo.

Sim, Jesus causou tanto impacto que até foi morto. Ele foi tão importante
que foi motivo de mudança de todo um calendário. Ele é tão significante
que até alguns ateus dedicam seu tempo para estudar Sua vida e ensinos.
Não há como negar que Ele é tema importante em nossa sociedade. O que
Ele falou e fez tem tanta influência, que hoje muitos críticos tentam negar a
mera possibilidade de sua existência.
ELE EXISTIU?

O que historiadores dizem sobre isso? Temos algum dado histórico sobre
Jesus fora da Bíblia? Podemos confiar nos livros do Novo Testamento para
aprender sobre Jesus?

Essas dúvidas são muito importantes. E cada uma levaria dias e dias para
ser tratada de forma clara e completa. Porém, pelo tempo que temos, vamos
apenas mostrar alguns dados que ajudarão você a refletir sobre isso.

Comentando sobre essa posição ultrarradical de negar a mera existência de


Jesus, o professor Bart Ehrman (historiador agnóstico) diz que a questão da
existência de Jesus não é nem debatida entre os historiadores de alta
graduação. “Um dos motivos que nos dá certeza de que Jesus existiu é o
fato de que referências a ele são feitas em vários documentos históricos
antigos”.

Bom, a lógica é a seguinte: se há vários relatos independentes e escritos em


datas muito próximas a um evento ou pessoa, isso significa que esse evento
ou pessoa provavelmente existiu. Um exemplo claro é a certidão de
casamento. Ela é um documento escrito em um momento muito próximo ao
evento (casamento). E atestada por diversas pessoas independentes
(testemunhas e juiz/sacerdote).

Mas que documentos são esses? Apenas a Bíblia? De maneira alguma.


Temos várias fontes chamadas “extra-bíblicas”, pois foram escritas por
pessoas que nem eram cristãs (e muitas até inimigas dos cristãos) que
afirmam a existência de Jesus. Veremos alguns exemplos...

Um dos mais importantes é Flavio Josefo, um historiador judeu que vivia


sobre a proteção do império romano (após o conflito do ano 70 d.C.). Ele
manteve seu judaísmo (cultura e religião) e escreveu grandes obras
justamente para levar os romanos a uma admiração de seu povo. Temos
dois relatos de Cristo reunidos em sua obra “Antiguidade dos Judeus”
(escritas em 94 d.C., menos de 70 anos depois da morte de Jesus). Uma
delas está no Volume 18 do mesmo livro:
“Nesse mesmo tempo, apareceu JESUS, que era um homem sábio, se é que podemos
considera-lo simplesmente um homem, tão admiráveis eram as suas obras. Ele ensinava
os que tinham prazer em ser instruídos na verdade e foi seguido não somente por muito
judeus, mas também por muitos gentios. Ele era o CRISTO. Os mais ilustres dentre os
de nossa nação acusaram-no perante Pilatos, e este ordenou que o crucificassem. Os
que o haviam amado durante a sua vida não o abandonaram depois da morte. Ele lhes
apareceu ressuscitado e vivo no terceiro dia, como os santos profetas haviam predito,
dizendo também que ele faria muitos outros milagres. É dele que os cristãos, os quais
vemos ainda hoje, tiraram o seu nome.” (Volume 18)

Há também Tácito, um senador, orador e um dos maiores historiadores


romanos. Totalmente antipático a Nero e aos Cristãos, ele relata em seus
escritos (116-117 d.C.) sobre Jesus Cristo como originador da “superstição
perigosa”, reconhecendo claramente a sua existência e importância.

Outro historiador romano e antipático aos cristãos foi Suetônio, o qual


escreveu em “Os Doze Césares” (120 d.C.) que Jesus Cristo era o
originador da tal “seita popular”.

Já Plínio, o Jovem, governador da província de Bitínia, escreveu em 110-


111 d.C. sobre suas investigações a respeito dos cristãos e cita Jesus Cristo
como sendo originador de tal crença.

O que entendemos com isso? Se deixarmos o Novo Testamento de lado,


ainda sim podemos estabelecer os fatos centrais da vida e morte de Jesus
Cristo, como qualquer outro personagem histórico. Mas por que
deveríamos deixar de lado o Novo Testamento?

Veja, os quatro evangelhos que estão na Bíblia foram livros escritos por
pessoas diferentes e em um data muito próxima dos fatos que eles
descrevem. Isso significa que as pessoas que conviveram com Jesus
estavam em sua maioria vivas e em bom estado de saúde. Lendas, mitos e
falsificações na história de Jesus seriam rapidamente corrigidos por aqueles
que O conheceram.

Observe, por exemplo, como Lucas começa o seu evangelho:


“Tendo, pois, muitos empreendido pôr em ordem a narração dos fatos que entre nós se
cumpriram, segundo nos transmitiram os mesmos que os presenciaram desde o
princípio, e foram ministros da palavra, pareceu-me também a mim conveniente
descrevê-los a ti, ó excelente Teófilo, por sua ordem, havendo-me já informado
minuciosamente de tudo desde o princípio; para que conheças a certeza das coisas de
que já estás informado.”

O mais fascinante é que neste prefácio, Lucas escreve em uma forma mais
clássica do grego, a forma que os historiadores da época usavam para
escrever. Logo após, ele muda para o grego mais popular. Mas parece que
ele quis deixar claro que o seu trabalho não era uma lenda ou mito.

Temos, então, motivos de sobra para acreditar que esse homem existiu.
Mas, como Flavio Josefo bem colocou, será que Ele era apenas um homem
comum como Churchill, Aristóteles ou Einstein?

O VERDADEIRO CHOQUE

Tenho receio de ser muito obvio, mas uma das primeiras coisas que
precisamos aprender sobre um personagem histórico é como ele se
enxergava. O que Jesus ensinou a respeito de Si mesmo? Será que Ele
ensinou algo ou temos de criar nossa própria interpretação?

Sim, Jesus ensinou várias coisas a respeito de Si mesmo. Ele disse ser “o
caminho, a verdade e a vida” e o único meio de se religar a Deus. Ele se
declarou “o Cristo”, o prometido, o enviado de Deus. Ele usava termos
como “Filho do Homem” e “Filho de Deus”. Ele realizava milagres e
exorcismos pela Sua própria autoridade.

Mas, o verdadeiro choque está em Lucas 5: 17-20. Você viu o que


aconteceu aqui? Jesus disse perdoar os pecados daquele homem paralítico.
Ele não especificou os pecados, então podemos compreender que Ele
estava falando de TODOS os pecados.

Mas espere um minuto... Eu entendo e aceito muito bem você perdoar o


pecado que alguém comete contra você. Alguém quebra seu celular, e você
perdoa essa pessoa. Alguém te dá um soco e você perdoa. Não é preciso
muita autoridade para fazer isso.

Entretanto, não é isso que Jesus está fazendo aqui, não é mesmo? Ele está
perdoando todos os pecados. Os celulares quebrados não eram dele. Os
socos machucaram outra pessoa. Mesmo assim, ele age como se tivesse o
poder e autoridade para perdoar esses e outros erros. E, ao fazer isso, Ele
está claramente se mostrando como a parte mais interessada em cada um
desses erros.

Leia até o verso 21 agora. Note que os oponentes de Jesus perceberam


muito bem as implicações do que acabara de acontecer.

Ora, Ele não consultou ninguém. Ele nem mesmo fez uma prece. Como
pode um simples homem perdoar os erros de outras pessoas? Que
autoridade teria um simples líder, professor ou cientista para fazer isso?
Como podemos considerar uma pessoa que faz tal afirmação?

C.S. Lewis, o escritor da série Crônicas de Nárnia, propôs que há apenas


três respostas possíveis para essa questão: ou Jesus era um doente mental,
ou Ele era o próprio Mal, ou Ele era o próprio Deus.

“Você pode querer calá-lo por ser um louco, pode cuspir nele e matá-lo
como a um demônio; ou pode prosternar-se a seus pés e chamá-lo de
Senhor e Deus.”(Cristianismo Puro e Simples)

Como resolver esse trilema? Se algo extraordinário e exclusivamente


divino ocorresse na vida de Jesus as nossas respostas ficariam mais
limitadas?

ESTÁ VIVO! ESTÁ VIVO!

Para responder a essa dúvida, precisamos entender o que aconteceu com


Ele. E, ao recorrer aos estudos dos historiadores (inclusive e
preferencialmente os céticos), conseguimos compreender que Jesus foi
preso, julgado e condenado à morte justamente por ter feito declarações
consideradas blasfêmias pelos seus contemporâneos.

Os romanos, especialistas em métodos de tortura e pena de morte, optaram


por cumprir essa condenação pelo meio mais eficaz que possuíam na
época: a crucifixão. Isso é um fato historicamente estabelecido. Jesus
morreu através da crucifixão romana. E, após Sua morte, Ele foi sepultado
numa tumba de uma pessoa muito conhecida naquela região: José de
Arimatéia, uma autoridade religiosa judaica que seguia Jesus em segredo
até então.

Três dias morto. Aparentemente aquele movimento havia sido vencido. Os


discípulos de Jesus, amedrontados e desanimados, se escondiam...

Mas a turbulência começa agora...

Os discípulos e antigos seguidores de Jesus voltam à cena pública. Eles


começaram a clamar que Jesus estava vivo. Eles não acusaram os carrascos
romanos de terem falhado no seu trabalho. Sim, todos sabiam que Jesus
havia morrido de verdade. Mas eles usaram uma palavra há muito tempo
esquecida pelos judeus: Ressureição. Jesus morreu, mas agora estava
fisicamente e mentalmente vivo.
Várias pessoas começaram a contar como viram, conversaram e até
comeram com o Jesus ressurreto. Essas experiências foram descritas em
vários lugares do país por pessoas que inicialmente não tiveram contato
umas com as outras. Certa vez, Ele apareceu a 500 pessoas de uma só vez.

O que dizem os estudiosos atuais sobre isso? Poucos se comprometem.


Cada um bola uma teoria diferente para explicar os fatos históricos que
mencionamos anteriormente.

“Os discípulos estavam mentindo”, dizem alguns. Mas quem é capaz de


mentir enfrentando escárnio, perseguição, apedrejamentos, chicotadas e
morte? Que grande mentiroso é capaz de orquestrar tão perfeita mentira,
sobre a qual todas as “testemunhas” falam exatamente a mesma coisa?
Como mentir sobre algo que os próprios discípulos inicialmente não
acreditavam?

Outros ainda tentam colocar a culpa nos pobres carrascos de Jesus. Será
que eles fizeram um trabalho errado? Será que eles falharam em constatar a
morte de Jesus? Isso é muito pouco provável, pois qualquer pesquisa rápida
nos escritos de Hipócrates mostrará que muitos dos métodos de avaliar a
morte de um ser humano já eram conhecidos muito tempo antes de Jesus.
E, sejamos francos, um Jesus “quase morto” não teria provocado alegria,
mas pena – para dizer o mínimo.

Mas agora estamos na época da psicologia e psiquiatria. Muitos acreditam


que tudo pode ser explicado por uma mistura de medo, tristeza, luto e
anseio por estarem certos. A ideia é dizer que os discípulos
experimentaram alucinações. Mas como explicar a conversão de Tiago, o
irmão de Jesus? Ele não acreditava em Jesus. E, pelo que nos contam os
evangelhos, ele provavelmente tinha vergonha de Jesus. Ele sentiria, no
mínimo, certo alívio pela morte de Jesus.

E o que dizer de Saulo, então? O homem que escreveu quase todo o Novo
Testamento e formou as bases teóricas do Cristianismo fora outrora um
perseguidor dos cristãos. E ele mesmo conta que só se converteu por ter
literalmente se encontrado com Jesus no meio do caminho. Ele não estava
em luto, nem dor, nem medo.
Que dizer sobre essas coisas? A única explicação racional é a que a própria
Bíblia fornece: Jesus ressuscitou fisicamente dos mortos. E estamos muito
certos em chamar isso de milagre.

Mas esse não é apenas um milagre qualquer... Entenda que, em qualquer


religião do mundo, o poder do Mal pode fazer alguns “milagres”. Mas ter
autoridade sobre vida e morte é atribuição exclusiva de Deus.

A LUZ DO MUNDO

Com tudo isso que compreendemos, não podemos esperar que Jesus veio
ao nosso mundo apenas para incomodar algumas pessoas, fazer uns
milagres e dar um grande show de mágica. Jesus não foi um grande líder
político, apesar de ter falado bastante sobre política. Jesus não foi um
grande professor ou filósofo, apesar de seus ensinos impactarem a vida de
muitos até hoje. Jesus não foi um grande cientista, apesar de ter se colocado
como o grande designer de todo o Universo.

Jesus teve uma missão muito maior do que essa. E uma das maneiras mais
claras que Ele usou para mostrar isso foram as seguintes palavras: “Eu sou
a luz do mundo e aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz
da vida.”

Jesus veio para nos dar uma oportunidade de viver uma vida plena. Suas
palavras, Seus atos, Sua mera existência liga o interruptor do quarto das
nossas vidas para que possamos então começar a viver de verdade.

Aqui cabe uma ilustração para fechamento.

Sugestão: pesquise “Buscando Alá, Encontrando Jesus” no youtube.

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