Prova de Fund. Da Adm - Julia Vilhena de Aguiar

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Curso de Graduação em Nutrição - Matutino 2020

Disciplina de Fundamentos de Administração - HSP0289

PROVA

Professora Vitoria Kedy Cornetta e Professor Gonzalo Vecina Neto

Aluna: ​Julia Vilhena de Aguiar NºUSP: 11254918 Nutrição - matutino 4ºsemestre

1) Qual a diferença entre escola clássica e administração participativa? Cite alguns


exemplos

A escola clássica de administração teve início na Franças em 1916 e seu grande


pensador é o Fayol, esta tinha a estrutura da empresa analisada de forma
“anatômica”, onde cada “órgão” tem sua função específica, onde o administrador
tinha funções bem específicas de prever, organizar, comandar, coordenar e
controlar. esta que tinha quatorze princípios que são divisão do trabalho, autoridade,
disciplina, unidade de comando, unidade de direção, subordinação, remuneração,
centralização, hierarquia, ordem, equidade, estabilidade, iniciativa e espírito em
equipe. Sendo assim mais marcado por uma forma mais mecanicista, baseada em
uma linha de produção baseada na repetição, tendo como um dos maiores
exemplos da escola clássica o fordismo.

Já a administração participativa é bem diferente, teve seu início perto dos anos 1897
com Herbert Henry, este que implantou um plano de participação nos lucros no
grupo Dow Chemical, esta que após a segunda guerra ganhou uma força maior
visando promover uma participação maior dos empregados na solução dos
problemas e assim maior eficácia na administração dos conflitos e as primeiras
marcas dessas forma de gestão no Brasil ocorreram em alguns cafezais paulistas .
Esta que tem como características a repartição das funções, uma gestão global,
criação de atores, busca por sinergia, tendo assim uma linha de ligação direta entre
o indivíduo e o grupo. Tendo como exemplos os círculos de controle de qualidade, a
qualidade total, o just in time, entre outros.

2) Quais os pontos importantes a serem considerados na análise do ambiente externo


e interno do planejamento estratégico? De exemplos de cada um.

O planejamento estratégico é o ato de arquitetar de forma consciente e ordenada


uma série de ações, tendo assim, programas de gestão que promovam o
desenvolvimento da instituição, levando a um processo aglutinador de atores
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envolvidos nos resultados.Estes que devem ter um objetivo, que é o oque fazer para
assim fazer o planejamento que é o como fazer. E para se alcançar o objetivo
podem existir etapas do planejamento como execução, orientar, dirigir, coordenar e
controlar.

Mas para que isso ocorra dentro do mundo é importante fazer análises do ambiente,
este que pode ser externo que engloba as oportunidades e as ameaças, e interno
que engloba as forças e fraquezas. Para essa análise foi criada uma sigla que no
Brasil é conhecida como FOFA que significa forças, oportunidades, fraquezas e
ameaças, que no mundo a fora é conhecida como SWOT.

No ambiente externo as oportunidades são aquelas que já existem no ambiente, que


estão lá e que devem ser bem analisadas, alguns exemplos são novas tecnologias,
integração no mercado global, desenvolver novos produtos a partir de demandas do
mercado, entre outros. E as ameaças são os riscos que vêm do ambiente externo e
que devem ser bem monitorados para que não ocorram perdas nas empresas,
alguns exemplos são concorrentes, fornecedores, falta de autonomia, evolução
tecnológica, entre outros.

No ambiente interno as forças são aqueles potenciais que existem dentro da


empresa, estes que podem ser explorados ou não, que de certa forma podem ser
vistos como pontos fortes, alguns exemplos são políticas de contratação e
treinamento, solidez financeira, comprometimento da equipe, presteza no
atendimento a reclamações, entre outros. Já as fraquezas são pontos fracos da
empresa mas que se visto com antecedência podem ser reparados e assim não
levarem a um dano maior, alguns exemplos são sistemas de tecnologia da
informação ruins ou não adequados, pessoal mal treinado ou desmotivado, falta de
integração entre os departamentos e secções, dificuldade de comunicação, entre
outros.

3) Discorra sobre os componentes e condicionantes da estrutura organizacional. Se


quiser exemplifique com desenhos.

As estruturas organizacionais existem para atender as necessidades dos homens,


podendo ter como finalidade o lucro ou não, sendo assim as organizações entregam
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para a sociedade o objetivo que está se propõe, exemplos de objetivo podem ser na
padaria a entrega do pão, já outro exemplo pode ser a Faculdade de Saúde Pública
que tem como objetivo ensino, pesquisa e extensão, desde modo o objetivo da
organização deve ser sabido por todos os que trabalham lá, para assim, realizar a
entrega do produto final com mais excelência, sem perder a direção pelo caminho.

---->Objetivo ----> Atividade ----> Produto

Deste modo, para que o objetivo ocorra este tem que ser colocado em prática,
sendo assim, deve ser transformado em atividades, que se classifica como o
processo de feitura do objetivo e por fim, ao se finalizar as atividades temos o
produto, que é a entrega final da organização.

Para que as organizações dêem dignidade ao nome existem componentes que


ajudam as estruturas organizações a se organizarem, esses que são conhecidos
como subsistemas e que podem ser divididos em três partes, subsistema de
atividades, subsistema de autoridade e subsistema de comunicação. Muitas vezes
esses subsistemas são representados de forma gráfica a partir de organogramas.
Esses subsistemas também podem ser divididos em subcomponentes.

No subsistema de atividades temos de subcomponentes a departamentalização, os


famosos departamentos, estes que para se dividir em departamentos devem seguir
critérios de departamentalização, que podem ser a partir da função, produto ou
processo. Já um outro subcomponente de atividades é o de linha e assessoria,
sendo o que de linha se baseia no comando de cima para baixo (comando em linha),
já a assessoria são traços paralelos de uma linha, um exemplo pode ser a
assessoria que um advogado presta a uma empresa que produz alimentos.

Já no subsistema de autoridade podemos ter os subcomponentes de amplitude


administrativa, que é o número de pessoas que um chefe consegue comandar, e o
subcomponente de número de níveis hierárquicos, sendo essas a linha de
transmissão do comando, que muitas vezes é recomendado que não seja muito
longa, para que não ocorra interferência na comunicação, se por acaso for um
número grande de níveis hierárquicos, normalmente, ocorre uma grande rigidez
dentro dessa organização, como nos militares.
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E por fim, no subsistema de comunicação, este que é essencial para um


funcionamento coeso da organização temos dois subcomponentes, o formal e o
informal, que geralmente, dentro de uma grande organização se misturam, formando
uma comunicação complexa, em busca da entrega de um bom produto final, um
exemplo de uso dessas comunicações são nos hospitais.

Já os condicionantes das estruturas organizacionais podem ser divididos em cinco


condicionantes, o primeiro é o de objetivos e estratégias este que visa definir e
condiciona a estrutura, sendo o objetivo o oque e a estratégia o como, o segundo é
o de natureza da atividade e da tecnologia que influencia na estrutura sendo a forma
de como se faz, podendo ter a ajuda de máquinas e equipamentos (tecnologia), o
terceiro é o ambiente externo que é o fato de que se as coisas no mundo mudam a
organização tem que mudar também para se adequar às novidades, o quarto é o
ambiente interno caracterizado pela parte de dentro da empresa, este que pode se
alterar de também mudar o ambiente externo e por fim o quinto que é o fator
humano, marcado pelas pessoas, os profissionais.

4) Qual a sua opinião sobre a questão do lucro na saúde? Você acredita que as
organizações sociais são uma forma de privatizar a saúde?

Como visto nas aulas de fundamentos da administração foi possível perceber o quão
caro é manter sistemas de saúde em funcionamento pleno pois estes sistemas
englobam muitos tipos de estruturas, diversos tipos de profissionais, matérias,
organizações, tecnologias, entre outros, sendo assim, não é algo fácil e nem
simples, demanda muita experiência de gestão e por esses diversos fatores que eu
citei demanda muito dinheiro, sendo assim, acho válido a visão do lucro na saúde,
porém, acho importantíssimo ressaltar que não se deve visar apenas o lucro, pois
deste modo, acarreta-se profissionais da saúde mal treinados, mal educados e que
não sabem lidar direito com pessoas. Sendo assim, acredito que o lucro pode ser
um dos objetivos ao lidar com serviços de saúde, mas nunca o único, sempre tendo
como objetivo também a melhora da promoção da saúde aos pacientes.

Sim, eu acredito que as organizações sociais, conhecidas como OS, denominadas


como do terceiro setor, são formas de privatizar a saúde tendo pontos extremamente
negativos como a falta de concursos públicos e assim a terceirização dos
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trabalhadores, diminuindo cada vez mais os direitos dos trabalhadores, a falta de


continuação do vínculo afetivo entre paciente e profissional da saúde, pois sempre
há uma forma de troca de profissionais entre sedes, gerando assim, pacientes que
não conseguem ter tempo de criar confiança com os profissionais da saúde, a
impressão de que estas não tem fins lucrativos mas que na verdade tem, estes que
são claros na concessão de subsídios estatais, isenção de impostos e a
possibilidade de remunerar com altíssimos salários seu corpo diretivo. Caracterizado
pela transformação do regime jurídico para o privado, podendo ser chamada de
“privatização ativa”.

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