Máquina de Corrente Contínua - 2023-2
Máquina de Corrente Contínua - 2023-2
Máquina de Corrente Contínua - 2023-2
e (v B)
e: tensão induzida [V]
v: velocidade relativa do condutor ℓ em
relação ao campo magnético B [m/s]
B: campo magnético [T]
ℓ: comprimento do condutor [m]
2. Princípio de Funcionamento
• Lado a-b
eba vBl
• Lado b-c v
e
ecb 0
• Lado c-d B
edc vBl
• Lado d-a
ead 0
etot eba ecb edc ead 2vBl
2. Princípio de Funcionamento
A forma de onda da
tensão não deveria
ser contínua?
2. Princípio de Funcionamento
2. Princípio de Funcionamento
Fluxo Resultante
(Campo + Armadura)
3.1 Reação da Armadura
3.2 Tensão de Comutação (Tensão Ldi/dt)
Considere a máquina operando como motor.
Instante da comutação
i i
T
Comutação
Faíscas devido ao
Ideal
atraso na comutação.
I
Atividade de Pesquisa
Pesquisar nas referências bibliográficas as soluções
adotadas para os problemas encontrados na
comutação:
• a reação da armadura;
• a tensão de comutação (tensão Ldi/dt).
etotal B v B v r
e Bv
etotal 2 B r
v r
e0 B
4. Tensão Induzida
Considerando um enrolamento com várias bobinas
C, várias espiras por bobina NC e múltiplos caminhos
paralelos de corrente a, a equação anterior torna-se:
bobinas espiras
(debaixo dos polos) 2CN C (debaixo dos polos)
E Br
a
caminhos paralelos
z
total de condutores E Br
na armadura a z 2CN C
(debaixo dos polos)
4. Tensão Induzida
Quando a espira quadrada está em movimento
rotativo, a mesma produz um cilindro, cuja área
lateral é dada por:
A 2 r
Considerando uma máquina de p polos,
A 2 r p Ap
Ap r
p p 2
4. Tensão Induzida
Substituindo na equação da tensão induzida,
z
E B r
a
z p A p
E B
a 2
z p
E B Ap
2 a
4. Tensão Induzida
O fluxo magnético que atravessa cada polo da
máquina é dado por:
B Ap
Consequentemente,
z p
E
2 a
E K
fator de construção da máquina
4. Tensão Induzida
Comumente, a velocidade do rotor é expressa em
rpm. Logo,
2 n
E K
60
z p 2 n
E E k n
2 a 60
total de condutores na armadura
(debaixo dos polos)
onde:
z p polos
k
60 a caminhos paralelos
4.1 Enrolamento Progressivo e Regressivo
Enrolamento Progressivo Enrolamento Regressivo
Enrolamento
Progressivo
simplex
2 caminhos
paralelos
4.3 Enrolamento Ondulado
No enrolamento ondulado polos/2 bobinas são
conectadas em série e o final da última bobina
termina em um segmento adjacente ao início da
primeira bobina.
O enrolamento ondulado necessita apenas de duas
escovas, mas pode possuir mais. A quantidade de
caminhos paralelos será dada por: a 2 m
Para um enrolamento simplex, o passo do comutador
2 C 1
será dado por:
yc
p
4.3 Enrolamento Ondulado
4 polos
2 escovas
9 bobinas
9 segmentos
Enrolamento
Progressivo
simplex
2 caminhos
paralelos
Exercício 1
Considere o enrolamento da armadura da máquina
CC na figura abaixo.
a) O enrolamento é imbricado ou ondulado?
b) O enrolamento é progressivo ou regressivo?
c) Qual a multiplicidade do enrolamento?
d) Quantos caminhos paralelos de corrente tem esse
enrolamento?
a) Enrolamento
Imbricado
b) Enrolamento
Progressivo
c) Enrolamento
simplex
d) 4 caminhos
paralelos
Exercício 2 (Chapman, pag.448)
Uma armadura duplex com enrolamento imbricado
progressivo é usada em uma máquina CC de 6
polos. Há 72 bobinas na armadura, cada uma com
12 espiras. O fluxo magnético por polo da máquina
é 39 mWb e ela está girando a 400 rpm.
a) Quantos segmentos tem o comutador?
b) Qual o passo do comutador?
c) Quantas escovas tem essa máquina? Qual sua
largura (em segmentos)?
d) Quantos caminhos paralelos de corrente tem essa
armadura?
e) Qual o valor da tensão induzida?
Exercício 2
a) A quantidade de segmentos é igual a quantidade de
bobinas. Portanto, o comutador tem 72 segmentos.
b) Para um enrolamento imbricado, o passo do
comutador é dado por:
yc m yc 2
c) A quantidade de escovas é igual a quantidade de
polos. Portanto, a máquina tem 6 escovas e a sua
largura deve abranger 2 segmentos (duplex).
d) Para um enrolamento imbricado, os caminhos
paralelos de corrente serão dados por:
a m p a 2 6 12 caminhos paralelos
Exercício 2
e) A tensão induzida é dada por:
z p 1728 6
k 14,4
60 a 60 12
z 2 C NC 2 72 12 1728condutores
5. Circuito Equivalente
O circuito equivalente da máquina de corrente
contínua, pode ser dividido em dois circuitos:
enrolamento de campo e enrolamento da armadura.
enrolamento
de campo Motor corrente de armadura
resistência da armadura
Gerador rotação (rad/s)
tensão terminal
resistência
de campo
tensão induzida
5. Circuito Equivalente
Considerando a máquina operando como um motor,
a corrente de armadura pode ser calculada por:
VT E
IA
RA
Te K I A
Exercício 3
A armadura de uma máquina CC de 4 polos tem
enrolamento imbricado simplex com 52 bobinas e 7
espiras por bobina. A máquina opera com fluxo por
polo de 30 mWb, tensão terminal 700 V e rotação
1800 rpm. A resistência da armadura é 0,4 Ω.
Calcule:
(a) a corrente de armadura;
(b) a potência elétrica disponível na armadura;
(c) o torque eletromagnético desenvolvido.
Exercício 3
(a) Primeiramente, calcula-se a tensão induzida.
z p
E n
60 a
2CN C p
E n
60 m p
2 52 7 3
E 30 10 1800 655,2V
60 1
Exercício 3
Então, a máquina opera como motor. Logo,
VT E 700 655,2
IA 112 A
RA 0,4
(b) A potência elétrica disponível na armadura será:
nvazio nc arg a
RN % 100% %
Pot .Entrada perdas
100%
nc arg a Pot .Entrada
6.1 Fluxo de Potência no Gerador CC
Potência Convertida
Potência
Mecânica PT VT I L
Pe E I A Te m
Pm Tm m Potência
Terminal
p A RA I A2
pmag
pmec Perdas pF RF I F2
Perdas pSL
Suplementares Perdas Magnéticas Perdas Elétricas
Mecânicas (Perdas no (Perdas no Cobre)
Núcleo)
6.2 Fluxo de Potência no Motor CC
Potência Convertida
Potência
Terminal Pm Tm m
PT VT I L Pe E I A Te m Potência
Mecânica
pmec pSL
p A RA I A2 pmag
pF RF I F2
7. Curva de Magnetização
A curva de magnetização é um gráfico da tensão
induzida versus a corrente de campo (ou fmm do
enrolamento de campo) à velocidade constante.
Tensão Induzida [V]
E1 n1
VT0 E2 n2
fmmF N F I F [ A e]
Corrente de Campo [A]
IF0
Exercício 4
Uma máquina de corrente contínua tem a curva de
magnetização dada na figura abaixo. A máquina
opera como motor cuja resistência de armadura é
0,3 Ω e consome corrente de armadura de 30 A
enquanto o rotor gira a 800 rpm. Sabe-se que a
resistência de campo é 50 Ω e a tensão de campo
125 V. Determine:
(a) a tensão terminal;
(b) o torque mecânico de saída do motor sabendo que
as perdas rotacionais valem 200 W.
Exercício 4
Exercício 4
(a) A corrente de campo pode ser calculada por:
VF 125
IF 2,5 A
RF 50
Pela curva de magnetização, uma corrente de
campo de 2,5 A produz tensão induzida de 145 V na
rotação de 1200 rpm.
E1 n1 145 1200 800
E2 145 96,67V
E2 n2 E2 800 1200
Portanto, a tensão terminal será:
VT E RA I A 96,67 0,3 30 105,67V
Exercício 4
(b) A potência elétrica disponível pode ser calculada
por:
Pe E I A 96,67 30 2900W
Consequentemente, a potência mecânica de saída
será:
Pm Pe prot 2900 200 2700W
Pm 2700
Tm 32,23N m
m 800 2
60
8. Classificação das Máquinas de
Corrente Contínua
Dependendo das conexões do enrolamento de
campo e do enrolamento da armadura, podemos
classificar as Máquinas de Corrente Contínua como:
8.1 Excitação Independente (Separada)
8.2 Excitação em Derivação (Shunt)
8.3 Excitação em Série
8.4 Excitação Composta
8.4.1 Composta Aditiva (Cumulativa)
8.4.2 Composta Subtrativa (Diferencial)
8.1 Excitação Independente
Enrolamento de Campo Enrolamento da Armadura
VT VT I A RA I A2 prot I A VT 2RA I A 0
VT prot RA I A2 0
Exercício 6
Portanto,
prot
prot R I 0
2
A A
I A max
RA
VT I A max
max 100%
VT I A max RA I A max prot
2
230 189,74
max 100%
230 189,74 0,05 189,74 1800
2
max 92,38%
8.1.1 Gerador Independente
Chama-se de Característica de Tensão de um gerador
CC, um gráfico da tensão terminal versus a corrente
de linha (corrente terminal).
VT E RA I L
Característica de Tensão
8.1.1 Gerador Independente
VT E RA I L
N F I Feqv N F I F fmmRA
Corrente de
fmmRA
Campo I Feqv IF
Equivalente NF
Exercício 7 (Chapman, pag.532)
A figura a seguir representa a curva de magnetização
de um gerador CC, excitação independente, 172 kW,
430 V, 400 A e 1800 rpm. O circuito de campo tem
resistência 20 Ω o qual representa uma bobina com
1000 espiras em cada polo e encontra-se em série
com um reostato ajustável até 300 Ω. A resistência
da armadura é 0,05 Ω e a tensão de campo está
ajustada para 430 V.
(a) Se o reostato do circuito de campo for ajustado para
63 Ω e uma turbina estiver acionando o gerador a
1600 rpm, qual será a tensão terminal a vazio?
Exercício 7
(b) O gerador opera conforme o item (a). Qual seria sua
tensão terminal se uma carga de 360 A fosse
conectada aos seus terminais? Assuma que o
gerador tem enrolamentos de compensação.
(c) Qual seria sua tensão terminal assumindo que o
gerador não tenha enrolamentos de compensação?
Considere que a carga de 360 A produz uma reação
de armadura de 450 A∙e.
(d) Considerando o gerador com 360 A de carga, qual a
corrente de campo necessária para que a tensão
terminal seja igual a tensão a vazio? (Assuma que a
máquina seja compensada). Qual o valor de ajuste
do reostato de campo para que isso seja possível?
Exercício 7
Exercício 7
(a) A corrente de campo será dada por:
VF 430
IF 5,2 A
RF Raju 20 63
Pela curva de magnetização, encontramos que a
tensão interna é 430 V. Entretanto, o gerador é
acionado a 1600 rpm. Então,
VF
IF
RF Raju
VF 430
Raju RF 20 49,9 50
IF 6,15
8.1.2 Motor Independente
Chama-se de característica de velocidade de um
motor CC um gráfico do torque (conjugado) versus a
velocidade (rad/s ou rpm).
K
Te VT K m
RA
8.2 Excitação em Derivação (Shunt)
E VT di f
( La L f ) E (i f ) R f i f
dt
di f
E ( La L f ) ( R f Ra )i f 0
dt
8.2.1 Escorvamento em Máquinas CC
As máquinas CC são construídas com material
ferromagnético que apresentam um magnetismo
residual, de tal modo que:
E (i f 0) E0 0
Analisando a equação diferencial anterior para if = 0.
di f
( La L f ) E0 R f i f 0 pois, E0 > 0
dt
Desse modo, a corrente crescerá autonomamente
até a sua taxa de variação ser igual a zero, ou seja,
até E R f i f 0 .
Ao processo de crescimento espontâneo da corrente
de campo, chamamos de escorvamento.
8.2.1 Escorvamento em Máquinas CC
Ponto de Operação
à Vazio (sem carga)
di f
E Rf if 0 0
dt
E0
8.2.1 Escorvamento em Máquinas CC
Curva de Magnetização
VT
RF Raju
IF
R3 R2 R1 R0
I A IL IF
VT
IF
Raju RF
E VT RA I A
8.2.2 Gerador Shunt
Isolando a tensão terminal e substituindo a
corrente de armadura,
VT E RA I L I F
Substituindo a corrente de campo e isolando
novamente a tensão terminal, obtém-se:
E RA I L
1
VT
1 RA
R aju R
F
8.2.2 Gerador Shunt
Porém,
RF Raju RA
Logo,
VT E ( I F ) RA I L
Característica de Tensão
8.2.2 Gerador Shunt
VT E RA I L
RA I L
VT E ( I F ) RA I L
VT E RA I L
VT
IF
Raju RF
VT E RA I L
8.2.2 Gerador Shunt
O efeito da reação da armadura em uma máquina
sem compensação pode ser computado através do
conceito da corrente de campo equivalente.
fmmeqv fmmderivação fmmRA
N F I Feqv N F I F fmmRA
Corrente de
fmmRA
Campo I Feqv IF
Equivalente NF
8.2.3 Motor Shunt
Considere o motor shunt da figura abaixo.
Te K I A
VT E
IA
RA
8.2.3 Motor Shunt
Portanto,
VT E
Te K
RA
K
Te VT K m
RA
VT RA
m T
K K 2 e
8.2.3 Motor Shunt
Te
K
Te VT K m
RA
8.2.3 Motor Shunt
VT RA
m T
K K 2 e
Exercício 10 (Chapman, Adap., pag.477)
Considere a curva de magnetização abaixo para um
motor shunt, 50 HP, 250 V e 1200 rpm. A resistência
do enrolamento de campo (incluindo o reostato de
ajuste) é 50 Ω e a resistência da armadura é 0,06 Ω. O
enrolamento de campo tem 1200 espiras por polo.
Quando o motor consome uma corrente de linha de
200 A, a reação da armadura é 840 A∙e. Calcule a
rotação do motor para a carga de 200 A quando a
reação da armadura é:
(a) desprezada (motor compensado);
(b) considerada (motor sem compensação).
Exercício 10
Exercício 10
(a) Considerando que o motor opera sob tensão
nominal de 250 V. Então, a corrente de campo será:
VT 250
IF 5A
Raju RF 50
Portanto, a corrente de armadura vale:
I A I L I F 200 5 195 A
Desse modo, a tensão interna será:
E VT RA I A 250 0,06 195 238,3V
Exercício 10
Consultando a curva de magnetização, para corrente
de campo de 5 A, a tensão induzida é 250 V e a sua
rotação é 1200 rpm. Logo,
250 1200
n2 1144rpm
238,3 n2
(b) Para contabilizar a reação da armadura precisamos
calcular a corrente de campo equivalente.
fmmRA 840
I Feqv IF 5 4,3 A
NF 1200
Exercício 10
Consultando a curva de magnetização encontramos
uma tensão induzida correspondente de 233 V para
uma rotação de 1200 rpm.
A tensão induzida será novamente 238,3 V pois a
corrente de armadura é a mesma. Portanto,
233 1200
n2 1227rpm
238,3 n2
A reação da armadura enfraquece o torque
eletromagnético e o motor opera em uma rotação
maior em relação ao caso do motor compensado.
Exercício 11
Um motor shunt de 50 HP tem a curva de
magnetização dada na figura abaixo. O motor é
alimentado com tensão terminal de 240 V, a
resistência da armadura é 0,065 Ω, a resistência de
campo é 10 Ω e o reostato está ajustado para 14 Ω.
Na velocidade de 1200 rpm, as perdas rotacionais
são 1450 W. Esse motor alimenta um guindaste que
demanda um torque de 250 N∙m para qualquer
velocidade de rotação. Calcule:
(a) a rotação do motor;
(b) o rendimento para essa condição de operação.
Exercício 11
(a) Para compreender o problema, considere a figura
a abaixo.
Motor Shunt
Ponto de Operação
Guindaste
op
Velocidade de Operação
Exercício 11
Precisamos obter a característica de velocidade do
motor shunt, a qual é dada por:
K
Te VT K m
RA
É necessário determinar o valor do produto K .
A corrente de campo pode ser calculada por:
VT 240
IF 10 A
Raju RF 14 10
Exercício 11
Consultando a curva de magnetização, obtém-se:
E 280V
Desse modo, o produto K pode ser calculado por:
E 280
K 2,228
m 1200 2
60
Agora, podemos obter a característica de velocidade
do motor shunt.
K
Te VT K m 2,228
240 2,228 m
RA 0,065
Exercício 11
Simplificando,
Te 8226,5 76,37 m
Agora, para conhecer a velocidade de operação,
precisa-se conhecer o torque eletromagnético
desenvolvido, o qual é dado por:
1450
Te Tc arg a Tprot Te 250
1200 2
60
prot
Te Tc arg a
rot Te 261,5N m
Exercício 11
Então, a velocidade de operação pode ser calculada
resolvendo-se a equação:
261,5 8226,5 76,37 op
op 104,3rad / s
Convertendo para rotações por minuto (rpm):
60
nop 104,3 996rpm
2
Exercício 11
(b) Para se calcular o rendimento é necessário conhecer
a potência de entrada e a potência de saída.
2 VT
IF
RF
1
VT RA
m T
K K 2 e
Em baixas velocidades, o
aumento da resistência
de campo RF, diminui a
velocidade do motor ωm.
Variação da Tensão aplicada à Armadura
VA RA
m T
K K 2 e
VT RA A diminuição da resistência
m T
K K 2 e
de armadura RA, aumenta a
velocidade do motor ωm.
8.3 Excitação em Série
Armadura
Campo Série
I A IF IL
E VT RA RS I A
VT E RA RS I L
8.3.1 Gerador Série
VT E RA RS I L
VT RA RS I A E
VT RA RS I A K m
I A IS IL
VT RA RS I A K K F I S m
VT RA RS KK F m I A
8.3.2 Motor Série
Porém, sabemos que o torque se relaciona com a
corrente de armadura por:
Te K I A
Te K K F I S I A
Te KK F I A
2
8.3.2 Motor Série
Elevando ambos os membros ao quadrado,
VT RA RS KK F m I A
2 2 2
VT RA RS KK F m
Te
2 2
KK F
Finalmente, isolando o torque,
KK FVT2
Te
RA RS KK F m 2
8.3.2 Motor Série
Velocidade excessiva
8.3.2 Motor Série
Exercício 12 (Chapman, Adap., pag.497)
78,72 1200
n 3750rpm
246 n
78,72 V
1250 A∙e
Exercício 12
O torque induzido pode ser calculado através da
equação:
Pe
Te
m
E IA 246 50
Te
m 3750 2
60
Te 31,3N m
Exercício 12
b) Inicialmente vamos calcular a corrente de partida do
motor série sem o resistor de partida.
VT E
IA
RA RS
IA VT
I Lpartida
RA RS
250
I Lpartida 3125 A
0,08
Exercício 12
Com o resistor inserido no circuito do motor série, a
corrente de partida fica limitada a:
VT
I Lpartida
R partida RA RS
250
I Lpartida 360 A
0,6144 0,08
Te 2,289 360
Te 824,04 N m
8.4 Excitação Composta
• Excitação Composta Longa
Armadura Série
Derivação
8.4 Excitação Composta
• Excitação Composta Curta
Armadura Série
Derivação
Exercício 13 (Syed, Adap., pag.100)
Um gerador CC composto, 50 kW, 250 V, tem os
seguintes dados: resistência de armadura 0,06 Ω,
resistência de campo série 0,04 Ω e resistência de
campo derivação 125 Ω. Calcule a tensão induzida na
armadura quando o gerador alimenta carga nominal
em tensão nominal para as ligações abaixo.
Considere uma queda de tensão nas escovas de 2 V.
(a) derivação curta;
(b) derivação longa.
Exercício 13
(a) A figura abaixo mostra as correntes do gerador
composto com conexão composta curta.
VF
Exercício 13
A corrente de linha pode ser calculada por:
Pot .Saída 50k
IL 200 A
VT 250
A tensão no enrolamento de campo em derivação é:
VF VT RS I L
VF 250 0,04 200 258V
A corrente de campo em derivação será:
VF 258
IF 2,06 A
RF 125
Exercício 13
Desse modo, a corrente de armadura será dada por:
E 272,12V
Exercício 13
(b) A figura abaixo mostra as correntes do gerador
composto com conexão composta longa.
Exercício 13
Novamente, a corrente de linha é:
Pot .Saída 50k
IL 200 A
VT 250
A corrente de campo em derivação é dada por:
VF 250
IF 2A
RF 125
Então, a corrente de armadura será:
I A I F I L 200 2 202 A
Exercício 13
Desse modo, a tensão induzida na armadura pode
ser calculada por:
E 272,2V
8.4.1 Excitação Composta Cumulativa
Considere, por exemplo, um gerador CC com ligação
composta longa.
N F I Feqv N S I S N F I F fmmRA
Corrente de NS fmmRA
Campo I Feqv IF IS
Equivalente
NF NF
8.4.2 Excitação Composta Diferencial
Considere, por exemplo, um gerador CC com ligação
composta longa.
N F I Feqv N F I F N S I S fmmRA
NS fmmRA
I Feqv IF IS
NF NF
8.4.3 Gerador Composto
Considere o gerador composto cumulativo abaixo.
E VT RA RS I A I A IF IL
VT E RA RS I A
8.4.3 Gerador Composto
E0
N3
N2
N1
NS
N3 N 2 N1
VT E RA RS I A
8.4.3 Gerador Composto
Exercício 14 (Fitzgerald, pag.422,427,428)
Um gerador CC composto cumulativo, derivação
longa, 100 kW, 250 V, 400 A, cuja resistência de
armadura é 0,025 Ω e resistência de campo série
0,005 Ω. O enrolamento de campo em derivação
possui 1000 espiras/polo e o enrolamento série
possui 3 espiras/polo. O efeito da reação da
armadura está representado na curva de
magnetização para várias correntes de armadura. O
gerador está fornecendo corrente nominal quando a
corrente do campo em derivação é 4,7 A na rotação
1150 rpm. Calcule a tensão terminal supondo que:
(a) a reação da armadura é desprezada;
(b) a reação da armadura é considerada.
(c) Refaça o item (b) considerando que uma espira é
acrescentada ao enrolamento série aumentando a
resistência série para 0,007 Ω.
Exercício 14
(a) Para conexão em derivação longa a corrente de
armadura é igual a corrente do enrolamento série.
Portanto,
I S I A I F I L 400 4,7 404,7 A
Desprezada a reação da armadura, a corrente de
campo equivalente será:
NS 3
I Feqv IF I S 4,7 404,7 5,9 A
NF 1000
Desprezada a reação da armadura podemos utilizar
a curva Ia = 0 da curva de magnetização. Nesse
caso, a tensão induzida será 274 V.
274 V
5,9 A
Exercício 14
Todas as tensões na curva de magnetização foram
medidas para 1200 rpm. Consequentemente, deve-
se corrigir a tensão induzida obtida anteriormente.
Logo,
274 1200
E2 263V
E2 1150
Desse modo, a tensão terminal será dada por:
VT E RA RS I A
VT 263 0,025 0,005 404,7 251V
Exercício 14
(b) A corrente de armadura calculada anteriormente é
404,7 A.
Ao considerar a reação da armadura, devemos
utilizar a curva de magnetização para Ia = 400 A
(valor aproximado).
Desse modo, a tensão induzida será 261 V. Porém,
devemos corrigir essa tensão para 1150 rpm. Logo,
261 1200
E2 250V
E2 1150
261 V
5,9 A
Exercício 14
A tensão terminal será igual a:
VT E RA RS I A
VT 250 0,025 0,005 404,7 238V
(c) Ao acrescentar mais uma espira no enrolamento
série, a corrente de campo equivalente será alterada
para:
NS 4
I Feqv IF I S 4,7 404,7 6,3 A
NF 1000
269 V
6,3 A
Exercício 14
Consultando a curva de magnetização para corrente
de armadura de 400 A e corrente de campo de 6,3 A,
obtém-se a tensão induzida de 269 V. Mas, devemos
novamente corrigir esse valor para 1150 rpm.
269 1200
E2 258V
E2 1150
VT E RA RS I A
VT 258 0,025 0,007 404,7 245V
A tensão terminal aumentou em relação ao item (b) com
a inclusão de uma espira.
8.4.4 Motor Composto
I A IL IF S I A
F S
Te k I A
VT k m VT E
Te k Te k
RA RS RA RS
Motor Composto Cumulativo
TR Te Tmec
dm
J Te Tmec
dt
VT E d m
VT k m IA m
Te k RA RS dt
RA RS E k m
F S
Motor Composto Cumulativo
T [N∙m]
Operação Estável
A carga aumenta e a
velocidade diminui.
Motor
2 Carga
Te2
1
Te1
n2 n1 n [rpm]
Motor Composto Diferencial
Considere o motor composto diferencial abaixo.
VT cte RF cte F cte
I A I L I F S I A
dm
J Te Tmec
dt
d m
m
VT E dt
VT k m IA
Te k RA RS
RA RS E k m
F S
Motor Composto Diferencial
Motor
Carga
Operação Instável
A carga aumenta e a
velocidade também
aumenta.
Exercício 15 (Chapman, pag.503)
Um motor CC composto, derivação longa, totalmente
compensado, 100 HP, 250 V, 1200 rpm tem uma
resistência interna incluindo o enrolamento série de
0,04 Ω. O enrolamento em derivação possui 1000
espiras/polo e o enrolamento série 3 espiras/polo. A
curva de magnetização é dada abaixo. A vazio, o
reostato de campo foi ajustado para que a rotação do
motor fosse 1200 rpm. As perdas mecânicas,
magnéticas e suplementares podem ser desprezadas.
(a) Qual a corrente do campo em derivação a vazio?
(b) Se o motor é composto cumulativo, qual será a sua
velocidade se a corrente de armadura é 200 A?
(c) Refaça o item (b) considerando o motor composto
diferencial.
Exercício 15
Exercício 15
(a) A vazio, a corrente de armadura é zero, de modo
que a tensão interna é igual a tensão terminal de
250 V. Então, a corrente de campo é 5 A, conforme
a curva de magnetização.
3
I Feqv 5 200
1000
I Feqv 5,6 A
262 V
5,6 A
Exercício 15
Consultando a curva de magnetização, para uma
corrente de campo de 5,6 A obtém-se uma tensão
induzida de 262 V em 1200 rpm.
E1 n1 262 1200
n2 1108rpm
E2 n2 242 n2
(c) Para a ligação diferencial, a corrente de campo
equivalente será dada por:
NS fmmRA 3
I Feqv IF IS 5 200 4,4 A
NF NF 1000
236 V
4,4 A
Exercício 15
Consultando novamente a curva de magnetização,
para uma corrente de 4,4 A obtém-se uma tensão
induzida de 236 V em 1200 rpm. Portanto,
236 1200
242 n2
n2 1230rpm
9. Partida de Motores CC
As principais funções de um sistema de partida de
motores CC são:
1. Proteger o motor contra curto-circuitos;
2. Proteger o motor contra sobrecargas;
3. Proteger o motor contra altas correntes na partida;
4. Proporcionar uma maneira de controlar a
velocidade do motor.
9. Partida de Motores CC
Considere um motor shunt equipado com um
resistor de partida, conforme a figura abaixo.
9. Partida de Motores CC
I max
I min
9. Partida de Motores CC
Nesse caso, o resistor de partida é composto de 3
estágios e a resistência total de partida será:
Rtot RA R1 R2 R3
A corrente de partida deverá estar limitada à um
valor máximo dado por:
VT
I max
Rtot
9. Partida de Motores CC
Após a corrente alcançar o seu valor máximo, o
motor começa a acelerar e a corrente diminui até
um valor mínimo pelo aumento da tensão induzida.
VT E1
I min
Rtot
Nesse momento, o 1º segmento do resistor de
partida deverá ser eliminado e a corrente alcança
novamente o seu valor máximo,
VT E1
I max Rtot1 RA R2 R3
Rtot1
9. Partida de Motores CC
Imediatamente após a saída de um segmento do
resistor de partida, a velocidade do motor não varia
bruscamente e podemos escrever:
I min
I min Rtot VT E1 I max Rtot1 Rtot1 Rtot
I max
Após a saída do 1º segmento e a corrente alcançar
seu valor máximo novamente, a corrente decai e
atinge novamente o seu valor mínimo.
VT E2
I min
Rtot1
9. Partida de Motores CC
Quando a corrente alcançar o valor mínimo é
momento de retirar o 2º segmento e corrente volta a
alcançar o seu valor máximo.
VT E2
I max
Rtot 2
Dessa forma, podemos escrever:
I min I min
I min Rtot1 VT E2 I max Rtot2 Rtot 2 Rtot
I max I max
I min 2
Rtot 2 Rtot1 I min
Rtot 2 Rtot
I max I max
9. Partida de Motores CC
Generalizando, para n de segmentos tem-se:
n
I min
Rtotn Rtot
I max
Após a saída de todos os n segmentos, tem-se:
R
log A
I min
n
RA Rtot n R tot
I max
log I
min
I max
Exercício 16 (Chapman, pag.507)
Um motor shunt de 100 HP e 250 V consome
corrente de armadura nominal 350 A e tem
resistência de armadura 0,05 Ω. Deseja-se projetar
um circuito de partida para esse motor que limite a
corrente máxima a 200% do seu valor nominal e que
gradativamente desconecte cada segmento toda vez
que a corrente atingir o seu valor nominal.
a) Quantos estágios (segmentos) são necessários para
compor o resistor de partida?
b) Qual o valor da resistência de cada segmento?
Exercício 16
a) A quantidade de segmentos pode ser calculada por:
log RA
n R tot
log I min
I max
n 2,84
VT E1 250 125
Rtot1 0,1786
I max 700
Rtot1 RA R2 R3 0,1786
Exercício 16
A corrente decai novamente atingindo seu valor
mínimo de 350 A. Nesse momento, a tensão induzida
será:
E2 VT Rtot1 I min 250 0,1786 350 187,5V
Logo após a tensão atingir 187,5 V o 2º segmento
deverá ser desconectado e a corrente volta para o
seu valor máximo de 700 A.
VT E2 250 187,5
Rtot 2 0,0893
I max 700
Rtot 2 RA R3 0,0893
Exercício 16
Agora podemos calcular a resistência de cada um dos
estágios.