Curso Insp. Tubulações - API 570 - Aula 2 - Rev. 1

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e o meio ambiente.

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API 570 – Inspeção de Tubulações
Industriais - Parte 2

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API 570 – Inspeção de Tubulações Industriais - Parte 2

Tópicos

1. Taxas de corrosão (Rate Long Term) / Rate Short Term).

2. Cálculo de Vida Remanescente - Conceitos da API 579-1/ASME FFS-1

3. Equação de Barlow – Cálculo de espessura de tubulações

4. Tensões Longitudinais / Circunferenciais

5. NR-13 aplicada à tubulações industriais.

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Taxas de corrosão
(Rate Long Term / Rate Short Term)

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Taxas de corrosão (Rate Long Term) / Rate Short Term)

Determinação da taxa de corrosão – API 570

A API 570 estabelece o conceito de Taxa de corrosão (Corrosion Rate) no seu capítulo 7.1:

 O proprietário/usuário pode usar o método de análise Ponto a Ponto ou um método de análise


estatística, ou uma combinação de ambos, para determinar as taxas de corrosão de longo
prazo (Rate Long Term) ou curto prazo (Rate Short Term).

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Taxas de corrosão (Rate Long Term) / Rate Short Term)

Determinação da taxa de corrosão – API 570

Conceito de CML (condition monitoring locations, ou locais de monitoramento de condições):


 Áreas designadas em sistemas de tubulação onde são realizados exames periódicos para
avaliar a condição da mesma. O CML podem conter um ou mais pontos de exame e utilizar
múltiplas técnicas de inspeção, com base no mecanismo de dano previsto.
 O CML pode ser uma única e pequena área em um sistema de tubulação, por exemplo, um
ponto com diâmetro de 2 polegadas ou um plano através de uma seção de um tubo onde os
pontos de exame estão em todos os quatro quadrantes do plano.

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Taxas de corrosão (Rate Long Term) / Rate Short Term)

Determinação da taxa de corrosão – API 570

Método ponto a ponto - Longo Prazo (LT)


1. A taxa de corrosão de Longo Prazo (LT) de um CML individual deve ser
calculada a partir da seguinte fórmula:

Taxa de Corrosão (LT) = t inicial - t atual


Tempo (anos) entre t inicial e t atual

Onde:
• t inicial : espessura, em polegadas (milímetros), no mesmo local, na instalação inicial ou
no início de um novo ambiente de taxa de corrosão.
• t atual : espessura real, em polegadas (milímetros), medida no momento da inspeção para
um determinado local ou componente, conforme especificado no item 5.7 da API 570.

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Taxas de corrosão (Rate Long Term) / Rate Short Term)

Determinação da taxa de corrosão – API 570

Método ponto a ponto - Curto Prazo (ST)


2. A taxa de corrosão de Curto Prazo (ST) de um CML individual deve ser
calculada a partir da seguinte fórmula:

Taxa de Corrosão (ST) = t prévio - t atual


Tempo (anos) entre t prévio e t atual
Onde:
• t atual : espessura real, em polegadas (milímetros), medida no momento da inspeção para
um determinado local ou componente, conforme especificado no item 5.7 da API 570.
• t espessura, em polegadas (milímetros), no mesmo local, medido durante uma ou
prévio :
mais inspeções anteriores.

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Taxas de corrosão (Rate Long Term) / Rate Short Term)

Determinação da taxa de corrosão – API 570

Método ponto a ponto


 As taxas de corrosão LT e ST devem ser comparadas para ver quais resultados resultam em
menor vida restante, como parte da avaliação da integridade da tubulação.
 O inspetor, em consulta com um especialista em corrosão, selecionará a taxa de corrosão
que melhor reflete o processo atual.
 Um prazo de inspeção pode ser definido com base no RBI (Inspeção Baseada em Risco) ou,
 Conforme definido no item 6.3.3 da API 570 “Definição de intervalos de inspeção sem o uso
de RBI”: Se o RBI não estiver sendo utilizado, o intervalo entre as inspeções da tubulação
deverá ser estabelecido e mantido usando os seguintes critérios:
a) os cálculos da taxa de corrosão e vida restante;
b) a classificação do serviço de tubulação (conforme item 6.3.4);
c) os requisitos jurisdicionais aplicáveis;
d) o julgamento do inspetor, do engenheiro de tubulação, do supervisor do engenheiro
de tubulação ou de um especialista em materiais, com base nas condições
operacionais, histórico de inspeções anteriores, etc.
 O prazo e frequência de inspeção e seus critérios são detalhados na Parte 3 do treinamento.

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Taxas de corrosão (Rate Long Term) / Rate Short Term)

Determinação da taxa de corrosão – API 570

Método de análise estatística


• O proprietário/usuário pode optar por usar um método de análise estatística (por
exemplo, parcelas de probabilidade ou ferramentas relacionadas) para estabelecer um
corrosão representativa, estimativa de vida remanescente e/ou data de reinspeção.
• Qualquer abordagem estatística deve ser documentada. Deve-se tomar cuidado para
garantir que o tratamento estatístico dos resultados dos dados reflita razoavelmente e
de forma conservadora os vários componentes da tubulação.

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Taxas de corrosão (Rate Long Term) / Rate Short Term)

Determinação da taxa de corrosão – API 570

Método de análise estatística


• A análise estatística não deve ser aplicada em tubulação com mecanismos de corrosão
imprevisíveis e significativos.
• Existem muitas ferramentas estatísticas que podem ser empregadas, uma vez que as
condições da tubulação forem devidamente estabelecidas.
• A API RP 574 fornece métodos dessa análise estatística.

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Cálculo de Vida Remanescente
Conceitos da API 579-1/ASME FFS-1

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Cálculo de Vida Remanescente - Conceitos da API 579-1/ASME FFS-1

Cálculo de Vida Remanescente – API 570

 A vida útil remanescente deve ser calculada a partir da seguinte fórmula


do Item 7.2 do API 570:

t atual - t requerida
Vida Remanescente (anos) =
Taxa de corrosão (polegadas (mm) / ano)

Onde:
• t atual : espessura real, em polegadas (milímetros), medida no momento da inspeção para
um determinado local ou componente, conforme especificado no item 5.7 da API 570.
• t espessura necessária, em polegadas (milímetros), no mesmo local calculada
requerida :
pelas fórmulas de projeto da tubulação (por exemplo, por pressão e estrutural), sem
considerar a sobre espessura de corrosão e de tolerância do fabricante.

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Cálculo de Vida Remanescente - Conceitos da API 579-1/ASME FFS-1

Cálculo de Vida Remanescente – API 570

 Algum nível de análise de dados é recomendado em ambas as abordagens (método


ponto a ponto ou análise estatística).
 Uma vez que a taxa de corrosão calculada usada para prever a vida futura restante foi
um produto do histórico operacional anterior, é importante verificar se qualquer
aceleração da taxa de corrosão ao longo do tempo e estar ciente das mudanças
operacionais planejadas.

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Cálculo de Vida Remanescente - Conceitos da API 579-1/ASME FFS-1

Cálculo de Vida Remanescente – API 570

 Conceito de MOC – Management of Change – Sistema de gestão documentado para revisão e


aprovação de mudanças (físicas e de processos) que afetem a tubulação, antes da
implementação da mudança. O processo MOC inclui o envolvimento de pessoal de inspeção
que pode precisar alterar os planos de inspeção como resultado da mudança.
 Conceito de IOW – Integrity Operating Window – Excepcionalidades nos parâmetros de
processo que podem ter um impacto imprevisto na integridade do equipamento sob pressão.

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Cálculo de Vida Remanescente - Conceitos da API 579-1/ASME FFS-1

Cálculo de Vida Remanescente – API 570

 Um MOC de boa qualidade e Programas IOW são necessários quando variáveis de


processo críticas que podem afetar a taxa de corrosão/dano ou suscetibilidade são
observados. A análise adicional dos dados deve considerar o seguinte:
a) A taxa medida está dentro do intervalo esperado/previsto?
b) A taxa de curto prazo é significativamente diferente da taxa de longo prazo?
c) A variabilidade (ou desvio padrão) dos dados do sistema aumentou
significativamente ao longo do tempo?
d) Fazer variações, orientações, nos trechos da tubulação ou outras
características identificáveis apresentam taxas significativamente diferentes?
e) As anomalias de dados foram resolvidas, seja através de um processo de
revisão ou leituras de verificação, antes dos dados análise?

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Cálculo de Vida Remanescente - Conceitos da API 579-1/ASME FFS-1

Escolha do CML – API 570

 Em geral, ambas as abordagens devem ser desenvolvidas considerando os potenciais


mecanismos de dano ativo na tubulação.
 Os CML’s representativos devem ser baseados principalmente nos locais onde os
mecanismos de dano estão provavelmente mais ativos, mas também deve incluir uma
amostra de todos os tamanhos, orientações, tipos de componentes e design
característicos (por exemplo, junto à válvula de controle, entradas/tomadas de
equipamentos, tubulação de fluxo alternativo, etc).
 Esta amostragem deve incluir CML’s com a data mais antiga, a partir da inspeção anterior.

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Cálculo de Vida Remanescente - Conceitos da API 579-1/ASME FFS-1

Escolha do CML – API 570

 Para corrosão geral, pode não ser necessário identificar a orientação específica do ponto de
amostragem.
 Onde são esperados mecanismos de dano localizados, a amostragem deve incluir a
orientação (superior/inferior, raio interno/externo, etc.) para ajudar a identificar o mecanismo
ativo específico e fornecer dados para ajustes futuros nas localizações dos CML’s.
 O número e CML's específicos a serem monitorados em cada inspeção devem ser
determinados pelo inspetor em consulta com um engenheiro de tubulação e/ou especialista
em corrosão onde são esperados processos de corrosão não uniforme ou outros
mecanismos de dano.
 Ferramentas estatísticas podem ser usadas para determinar ou ajustar a quantidade de
CML’s, quando dados anteriores estiverem disponíveis.
 Para tubulações novas ou aquelas com uma mudança nas condições de serviço, dados de
condições semelhantes podem ser aplicados para estimar quantidade e/ou local dos CML’s.

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Cálculo de Vida Remanescente - Conceitos da API 579-1/ASME FFS-1

Escolha do CML – API 570

 As inspeções devem incluir o máximo de medidas necessárias para monitorar


satisfatoriamente o tipo e extensão dos danos previstos em cada sistema de tubulação.
 Se um método de análise estatística for realizado, uma amostra representativa de todos
os CML’s deve ser tomada, para evitar distorção dos dados. Já a amostragem
representativa não é uma consideração importante usando o método ponto a ponto.
 Além disso, alguns CML’s podem ser documentados como "inativos" ou "arquivados".
Estes são pontos essencialmente eliminados do registro ativo, mas são mantidos para
fins de registro histórico.
 Há vários razões para considerar a inativação ou arquivamento de CML’s, incluindo:
• Colocação inadequada do CML,
• Cobertura suficiente por outros CML’s,
• Falta de atividade de corrosão ao longo do tempo,
• Pontos inacessíveis durante a operação (por exemplo, tubos de forno).

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Cálculo de Vida Remanescente - Conceitos da API 579-1/ASME FFS-1

Conceito de “Fitness-for-Service - FFS”

“Fitness-for-Service” é definido como a capacidade de demonstrar a integridade


estrutural de um componente em serviço contendo uma falha ou dano, visando:
 Garantir a segurança do pessoal da fábrica e do público enquanto os equipamentos
mais antigos continuarem a operar;
 Fornecer procedimentos de avaliação tecnicamente sólidos de serviço, para garantir
que diferentes provedores de serviços forneçam previsões de vida consistentes;
 Ajudar a otimizar a manutenção e o funcionamento das instalações existentes.

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Cálculo de Vida Remanescente - Conceitos da API 579-1/ASME FFS-1

Conceito de “Fitness-for-Service - FFS”

 Procedimentos para avaliação de equipamentos para aptidão ao serviço (FFS) de


equipamentos sob pressão contendo defeitos ou danos se desenvolveram desde o final da
década de 1960.
 Na indústria de fabricação dos equipamentos, os códigos dos vasos de pressão sempre
reconheceram a ocorrência inerente de defeitos de soldagem e estabeleceram padrões
sobre os níveis de defeito permitidos para controlar a qualidade mínima da solda.
 A realização dessas normas às vezes exigia um grande número de reparos de solda que não
só eram demorados e caros, mas também poderiam ser prejudiciais à integridade.
Reconheceu-se que esses padrões de defeito admissível poderiam, em alguns casos, ser
muito conservadores, particularmente quando o material era dúctil e o estresse baixo.
 Além disso, a indústria americana, em particular refinarias de petróleo construídas na
primeira metade do século XX, e portanto antigas, necessitavam operar com segurança e a
simples retirada dos equipamentos de operação ou seu reparo por critérios conservativos
eram onerosos e exigiam paradas frequentes, com perda de produção e prejuízos.

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Cálculo de Vida Remanescente - Conceitos da API 579-1/ASME FFS-1

Conceito de “Fitness-for-Service - FFS”

 Em 2000 o API vinha desenvolvendo esforços para estabelecer critérios menos conservativos
para aceitação de defeitos nos diversos equipamentos industriais e previsibilidade de sua vida
útil, na busca de métodos de avaliação para operar com segurança até uma parada operacional
programada ou manutenção possível. Esse padrão foi emitido com o título API 579.
 Nesse mesmo período, o ASME vinha desenvolvendo esforços no mesmo sentido.
 Percebendo a duplicidade dos trabalhos, as duas entidades se uniram para criação de um
padrão único intitulado API 579-1/ASME FFS-1.
 Foram consultados centenas de especialistas, universidades e entidades de consultoria afetas
ao tema, obtendo-se um padrão de classe internacional.

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Cálculo de Vida Remanescente - Conceitos da API 579-1/ASME FFS-1

Aplicação e critérios do API 579/ASME FFS-1

São previstos 3 níveis de aceitação de defeitos. São eles:

 Nível 1: requer apenas certas medições para a realização do cálculo;


 Nível 2: requer as medições para a realização do cálculo e dados mais detalhados;
 Nível 3: análise detalhada do defeito incluindo informações e cálculos mais complexos
envolvendo Mecânica da Fratura e eventualmente metodologia de elementos finitos.

N1 N2 N3

Simplicidade / Conservadorismo Complexidade / Tempo de Análise

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Cálculo de Vida Remanescente - Conceitos da API 579-1/ASME FFS-1

Conceitos de Mecânica da Fratura

 O padrão utiliza-se em algumas situações, particularmente para análise de defeitos planares


de nível 3, técnicas da Mecânica da Fratura: área da engenharia mecânica que analisa o
comportamento dinâmico dos materiais e sua capacidade de resistir a falhas. Essa
capacidade pode ser definida como a tenacidade do material à fratura.
 Deve-se considerar dois regimes de comportamento dos materiais à tensões deformantes
aplicadas ao mesmo:
• Regime elástico: É o regime onde o material se comporta conforme a lei de Hooke,
ou seja, a sua deformação é diretamente proporcional à tensão aplicada ao mesmo:
“F = k x ΔL”. Removida a força “F”, o material retorna ao seu formato original;
• Regime plástico: Se a tensão deformante (força “F”) aplicada ao material ultrapassa
um certo limite chamado tensão mínima de escoamento, o material “assume” uma
condição diferente: a partir desse ponto o material passa a se deformar
permanentemente e a tensão, se permanecer crescente, levará o material à ruptura.

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Cálculo de Vida Remanescente - Conceitos da API 579-1/ASME FFS-1

Conceitos de Mecânica da Fratura

O ponto de transição desses dois tipos de deformação do material, é a tensão mínima de


escoamento ou SMYS (Specified Minimum Yield Strength), ponto em que o material passa a
se deformar permanentemente, passando do regime elástico para o plástico:

Escoamento Ruptura
X
SMYS Zona Plástica
90 % Escoamento - TH
72 % Escoamento - Projeto

Tensão
Zona Elástica

Tensão na Operação

0,5% Deformação

Deformação

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Cálculo de Vida Remanescente - Conceitos da API 579-1/ASME FFS-1

Conceitos de Mecânica da Fratura

Temos assim a caracterização de dois tipos de comportamento aos esforços deformantes:

 Frágil: é a característica que leva o


material a se romper com pequenas
deformações (pontos B e C);

 Dúctil: em oposição, é aquela


qualidade do material em absorver
grandes deformações antes da
ruptura (pontos B’ e C’).

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Cálculo de Vida Remanescente - Conceitos da API 579-1/ASME FFS-1

Conceitos de Mecânica da Fratura

Como exemplo, o aço carbono tem um comportamento intermediário entre a excessiva


fragilidade de alguns materiais como o vidro, e menos dúctil como por exemplo o alumínio.

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Cálculo de Vida Remanescente - Conceitos da API 579-1/ASME FFS-1

Aspectos da API 570 relacionados à API 579-1/ASME FFS-1

A Norma API 579/ASME FFS-1 é a ferramenta de menor grau de conservadorismo para análise de
descontinuidades e defeitos em equipamentos sob pressão, permitindo a continuidade operacional
segura desses equipamentos, até um momento mais oportuno ou parada operacional.
A API 570 reconhece os conceitos de adequação ao serviço (FFS) para avaliação de danos em
serviço de componentes da tubulação que estejam sob pressão. E considera no seu escopo que a
API 579-1/ASME FFS-1 forneça avaliações FFS detalhadas, para tipos específicos de danos.
Define ainda, na inspeção em serviço de soldas, que falhas semelhantes a trincas devem ser
avaliadas por um engenheiro de acordo com API 579-1/ASME FFS-1 e/ou especialista em corrosão.

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Cálculo de Vida Remanescente - Conceitos da API 579-1/ASME FFS-1

Aspectos da API 570 relacionados à API 579-1/ASME FFS-1

Na avaliação dos resultados da inspeção (item 7.7 da API 570), componentes encontrados
com degradação que podem afetar sua capacidade de carga (pressão interna) e outras cargas
aplicáveis (por exemplo, peso, vento, etc.) de acordo com API 579-1/ASME FFS-1, devem ser
avaliadas ou removidas do serviço até que ações corretivas/reparos sejam executados.
Técnicas de adequação ao serviço, como as documentadas em API 579-1/ASME FFS-1
podem ser usadas para essa avaliação, conforme aplicável, pelas seguintes partes da norma:
 Para avaliar a perda de metal por corrosão, considerando a corrosão futura e a taxa de
corrosão.
a) Avaliação da Perda Geral de Metal - API 579-1/ASME FFS-1, Parte 4.
b) Avaliação da Perda de Metal Local - API 579-1/ASME FFS-1, Parte 5.
c) Avaliação da corrosão por pite - API 579-1/ASME FFS-1, Parte 6.

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Cálculo de Vida Remanescente - Conceitos da API 579-1/ASME FFS-1

Aspectos da API 570 relacionados à API 579-1/ASME FFS-1

 Para avaliar blisters e laminações - API 579-1/ASME FFS-1, Parte 7.


 Para avaliar o desalinhamento da solda e deformações da tubulação, API 579-1/ASME FFS-1, Parte 8.
 Para avaliar falhas semelhantes a trincas, API 579-1/ASME FFS-1, Parte 9.
 Para avaliar os efeitos dos danos causados pelo fogo, API 579-1/ASME FFS-1, Parte 11.

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Cálculo de Vida Remanescente - Conceitos da API 579-1/ASME FFS-1

API 579-1/ASME FFS-1 - Perda de Espessura: 4 possibilidades:

a) Perda de 1. Perda de espessura uniforme (COV ≤ 10%);


Espessura
Generalizada 2. Perda de espessura não uniforme (COV >10%).

b) Perda de 1. Perda superficial (LTA – Local Thin Area);


Espessura
Localizada 2. Ranhura (Groove).

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Cálculo de Vida Remanescente - Conceitos da API 579-1/ASME FFS-1

Aspectos da API 570 relacionados à API 579-1/ASME FFS-1


Perda Geral de Metal - API 579-1/ASME FFS-1, Parte 4
Cabe ao engenheiro responsável a aprovação de reparo ou alteração da
pressão de trabalho após as avaliações de nível 1 e 2.
Os critérios abaixo se aplicam às tubulações para as análises de nível 1 e
2 conforme API 579-1 – ASME FFS-1:
168 mm (6,625”) ≤ D externo ≤ 1050 mm (42”)
5 mm (0,20”) ≤ Espessura futura ≤ 19mm (0,75”)

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Cálculo de Vida Remanescente - Conceitos da API 579-1/ASME FFS-1

Aspectos da API 570 relacionados à API 579-1/ASME FFS-1


Perda Geral de Metal - API 579-1/ASME FFS-1, Parte 4

São necessárias leituras de espessura no componente onde ocorreu a perda de metal


para avaliar a sua característica. Duas opções para análise são apresentadas:
1) Perda uniforme – A perda de metal não apresenta diferenças significativas
nos valores de leitura de espessura obtidos em um CML.
2) Perfil de espessura critica – Usado para caracterizar a perda de metal onde
há uma variação significativa nas leituras de espessura.
Um mínimo de 15 leituras de espessura remanescente é necessário para determinar
o Coeficiente de Variação (COV).
O COV é definido como o desvio padrão dividido pela média. Se o COV for maior que
10%, então adota-se o critério de perfil de espessura critica. O cálculo do COV é
fornecido na Tabela a seguir.

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Cálculo de Vida Remanescente - Conceitos da API 579-1/ASME FFS-1

Aspectos da API 570 relacionados à API 579-1/ASME FFS-1


Perda Geral de Metal - API 579-1/ASME FFS-1, Parte 4

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Aspectos da API 570 relacionados à API 579-1/ASME FFS-1


Perda Geral de Metal - API 579-1/ASME FFS-1, Parte 4
Nível 1
COV ≤ 10%

NOTA: Calcular a pressão


admissível baseada no código de
projeto, utilizando no cálculo a
expressão (t𝑎𝑚−𝐹𝐶𝐴) como valor
da espessura. O valor calculado
deve ser maior que a pressão de
projeto para que o dano seja
considerado aceitável, caso
contrário a tubulação estará
reprovada na análise de Nível 1.

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Perda Geral de Metal - API 579-1/ASME FFS-1, Parte 4

Perfil de espessura crítica COV > 10%


Localizar a região de perda de material e determinar orientação e
comprimento dos planos de inspeção, conforme a Figura abaixo:
Medir a espessura da tubulação em um trecho fora
do defeito (𝑡𝑟𝑑).
Medir a profundidade ao longo de cada plano de
inspeção (mínimo 5 pontos), registrando o valor
mínimo de espessura (𝑡𝑚𝑚) de cada plano. O
espaçamento mínimo entra cada plano de medição
(𝐿𝑠) é definido pela equação abaixo:

D = diâmetro da tubulação;
𝑡𝑚𝑖𝑛 = espessura mínima requerida da tubulação.
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Cálculo de Vida Remanescente - Conceitos da API 579-1/ASME FFS-1

Aspectos da API 570 relacionados à API 579-1/ASME FFS-1


Perda Geral de Metal - API 579-1/ASME FFS-1, Parte 4
Perfil de espessura crítica COV > 10%
Determinar os perfis críticos de espessura (CTP) longitudinal e circunferencial que são
formados pelos pontos onde foram medidos os valores mínimos de espessura de cada um dos
planos de inspeção, a partir disto determinar o comprimento na direção longitudinal (s) e nada
direção circunferencial (c). As Figuras 1, 2 e 3 ilustram essa situação.

t min
t min

Figura 2 – CTP Longitudinal – projeção linha M

Figura 1 - Planos de Inspeção t min


Perfis Críticos de Espessura (CTP)
Figura 3 – CTP Circunferencial – projeção linha C

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Aspectos da API 570 relacionados à API 579-1/ASME FFS-1


Perda Geral de Metal - API 579-1/ASME FFS-1, Parte 4
Perfil de espessura crítica COV > 10% - Avaliação Nível 1

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Aspectos da API 570 relacionados à API 579-1/ASME FFS-1


Perda Geral de Metal - API 579-1/ASME FFS-1, Parte 4

Perfil de espessura crítica COV > 10% - Avaliação Nível 1

Sim

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Aspectos da API 570 relacionados à API 579-1/ASME FFS-1


Perda Geral de Metal - API 579-1/ASME FFS-1, Parte 4
Perda Generalizada de Espessura - Avaliação de Nível 2
Não se aplica para tubulações

Caso a tubulação não seja aprovada nas metodologias descritas (nível 1),
deve-se reduzir a pressão e reparar ou substituir o trecho danificado.

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Cálculo de Vida Remanescente - Conceitos da API 579-1/ASME FFS-1

Aspectos da API 570 relacionados à API 579-1/ASME FFS-1


Perda Localizada de Espessura - API 579-1/ASME FFS-1, Parte 5

Os tipos de defeitos que são caracterizados como perdas localizadas de espessura


são definidos como perda superficial (LTA – Local Thin Area) e ranhura (groove).

Duas pequenas LTA´s Ranhura (groove)

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Cálculo de Vida Remanescente - Conceitos da API 579-1/ASME FFS-1

Aspectos da API 570 relacionados à API 579-1/ASME FFS-1


Perda Localizada de Espessura - API 579-1/ASME FFS-1, Parte 5
Perfis de Espessura
 Calcular o Perfil Crítico de Espessura (CTP) e a
espessura mínima medida (tmm) através da
metodologia definida no item anterior.
 Quando o defeito é caracterizado como uma LTA, os
planos de inspeção devem ser os mesmos do item
anterior. Caso o defeito seja caracterizado como
ranhura, os planos de inspeção devem ser nas direções
longitudinal e transversal do defeito analisado.
 LTA: As dimensões relevantes de uma LTA são o
comprimento longitudinal (s) e o comprimento
circunferencial (c) do defeito, baseados no CTP
correspondente, conforme figura ao lado:

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Aspectos da API 570 relacionados à API 579-1/ASME FFS-1


Perda Localizada de Espessura - API 579-1/ASME FFS-1, Parte 5
Perfis de Espessura
Ranhura: As dimensões relevantes de uma ranhura são o comprimento (𝑔𝑙), largura (𝑔𝑤), raio da
base (𝑔𝑟). As dimensões 𝑔𝑙 e 𝑔𝑤 são as dimensões longitudinal e transversal do CTP e, para perfis
cilíndricos, essas dimensões devem ser projetadas nos planos longitudinal e circunferencial,
conforme equações no próximo slide. As figuras abaixo ilustram as dimensões da ranhura.

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Aspectos da API 570 relacionados à API 579-1/ASME FFS-1


Perda Localizada de Espessura - API 579-1/ASME FFS-1, Parte 5
Orientações da Ranhura – Alinhamento da ranhura (𝛽)
Dimensões devem ser projetadas nos planos longitudinal e circunferencial, conforme equações abaixo.

𝑠=𝑔𝑙∗cos𝛽+𝑔𝑤∗sin𝛽, para 𝛽< 90𝑜

𝑐=𝑔𝑙∗sin𝛽+𝑔𝑤∗cos𝛽, para 𝛽<90𝑜

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Cálculo de Vida Remanescente - Conceitos da API 579-1/ASME FFS-1

Aspectos da API 570 relacionados à API 579-1/ASME FFS-1


Corrosão por pite - API 579-1/ASME FFS-1, Parte 6
A corrosão por pite é caracterizada por perdas localizadas de material, onde o diâmetro dos pites é
menor ou igual à espessura e profundidade da tubulação.
Para a análise de Nível 1 de corrosão por pites são necessárias as medidas e dados da tubulação:
 Profundidade dos pites.
 Diâmetro dos pites.
 Distância entre os pites.
 Dimensões da área afetada.

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Cálculo de Vida Remanescente - Conceitos da API 579-1/ASME FFS-1

Aspectos da API 570 relacionados à API 579-1/ASME FFS-1


Corrosão por pite - API 579-1/ASME FFS-1, Parte 6
Padrões visuais de pites - Grau 1

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Corrosão por pite - API 579-1/ASME FFS-1, Parte 6
Padrões visuais de pites - Grau 2

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Corrosão por pite - API 579-1/ASME FFS-1, Parte 6
Padrões visuais de pites - Grau 3

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Corrosão por pite - API 579-1/ASME FFS-1, Parte 6
Padrões visuais de pites - Grau 4

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Corrosão por pite - API 579-1/ASME FFS-1, Parte 6
Padrões visuais de pites - Grau 5

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Corrosão por pite - API 579-1/ASME FFS-1, Parte 6
Padrões visuais de pites - Grau 6

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Corrosão por pite - API 579-1/ASME FFS-1, Parte 6
Padrões visuais de pites - Grau 7

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Corrosão por pite - API 579-1/ASME FFS-1, Parte 6
Padrões visuais de pites - Grau 7 / Dano mais extenso

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Blisters e laminações - API 579-1/ASME FFS-1, Parte 7
Laminações
Laminações paralelas à superfície da tubulação e que estejam a mais de 25,4 mm (1”) de
qualquer solda (longitudinal ou circunferencial), tenham comprimento inferior à 19 mm e
estejam localizadas em ambiente livre de fontes de hidrogênio e H2S, não representam
risco imediato à tubulação e portanto podem ser consideradas como defeitos aceitáveis.
Demais casos de laminação devem ser consideradas como defeitos e deverão passar por
avaliação de um especialista.

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Blisters e laminações - API 579-1/ASME FFS-1, Parte 7
Blister
Os procedimentos de avaliação de aptidão para serviço (FFS) são fornecidos nesta parte 7 para
componentes pressurizados com blister por hidrogênio molecular (H2), trincas induzidas por
hidrogênio (HIC) , HIC orientado para tensão (SOHIC), conforme definido na API 571.
A analise deverá ser realizada por especialista.

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Desalinhamento da solda e deformações da tubulação, API 579-1/ASME FFS-1, Parte 8
Deformações – amassamentos e sulcos
Para a avaliação de nível 1 dos defeitos de amassamento são necessárias as medições de profundidade
(condição pressurizada e não pressurizada) e distância do amassamento até a junta ou descontinuidade
mais próxima. Como descontinuidade pode-se citar reduções, derivações, suportes, etc.
Análises de amassamento e sulco combinados devem-se considerar, também, as restrições abaixo.
Tensão Admissível ≤ 482 MPa
Resistência a Tração ≤ 711 MPa

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Desalinhamento da solda e deformações da tubulação, API 579-1/ASME FFS-1, Parte 8

Desalinhamento de solda
As categorias abrangidas incluem deslocamento da linha central, desalinhamento
angular e embicamento, e uma combinação de deslocamento da linha central e
desalinhamento angular de juntas de solda de topo.

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Desalinhamento da solda e deformações da tubulação, API 579-1/ASME FFS-1, Parte 8

Desalinhamento de solda

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Falhas semelhantes a trincas, API 579-1/ASME FFS-1, Parte 9
Defeitos planares
Para qualquer nível de avaliação, deve-se determinar o comprimento e a profundidade da descontinuidade.
Para nível 1, uma análise mais simplificada considera o defeito planar sempre como se fosse uma fratura
frágil e estática (sem aumento das dimensões com o tempo):
 Limitada à defeitos em chapas planas, cilindros ou esferas.
 Material em aço carbono e tensões de escoamento ≤ 250 Mpa (API gr. B).
 Espessura ≤ 38 mm.

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Falhas semelhantes a trincas, API 579-1/ASME FFS-1, Parte 9
Defeitos planares
Para análise nível 1, é possível, considerando as limitações definidas, adotar curvas de aceitação
para cilindros, trinca na junta longitudinal, perpendicular à junta, como no exemplo abaixo:

Legenda
Trincas Superficiais

Trincas profundas

Defeitos na chapa – curva A

Defeitos em soldas tratadas termicamente – curva B

Defeitos em soldas não tratadas – curva C

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Falhas semelhantes a trincas, API 579-1/ASME FFS-1, Parte 9
Defeitos planares
 Para nível 2 e 3, aplica-se métodos de mecânica da fratura.
 Considera-se no caso de nível 2, trincas estáticas.
 Base é o “FAD – Failure Assessment Diagram” ou Diagrama de Avaliação da Falha:

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Danos causados pelo fogo, API 579-1/ASME FFS-1, Parte 11

Avaliação de Danos por Incêndio


Procedimentos de avaliação de aptidão para serviço (FFS) para avaliação de vasos de
pressão, tubulações e tanques sujeitos ao impacto de chamas e ao calor radiante de um
incêndio são cobertos nesta Parte. Essas avaliações e procedimentos abordam a
degradação estrutural visualmente observável dos componentes e a degradação menos
aparente das propriedades mecânicas, como resistência, ductilidade e tenacidade.

Avaliação de Distúrbios de Processo


Esta Parte fornece procedimentos FFS para componentes pressurizados (isto é, pressão
interna e/ou externa) que estão potencialmente danificados pela exposição ao fogo.
Normalmente, isso ocorre devido a um incêndio na planta externamente ao componente.
No entanto, esses procedimentos são igualmente aplicáveis para problemas de processo
devido a uma reação química dentro de um vaso de processo.

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Danos causados pelo fogo, API 579-1/ASME FFS-1, Parte 11

Formas de Dano por Fogo: As formas gerais de dano que devem ser consideradas incluem:
a) Deformação mecânica e danos estruturais.
b) Degradação das propriedades mecânicas.
c) Degradação da microestrutura metalúrgica.
d) Degradação na resistência à corrosão e suscetibilidade à trincas e danos por fluência.
e) Presença de falhas semelhantes a trincas no limite da pressão.
f) Mudanças de tensões residuais.

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Cálculo de Vida Remanescente – API 570

 Conceito de MOC – Management of Change – Sistema de gestão documentado para revisão e


aprovação de mudanças (físicas e de processos) que afetem a tubulação, antes da
implementação da mudança. O processo MOC inclui o envolvimento de pessoal de inspeção
que pode precisar alterar os planos de inspeção como resultado da mudança.
 Conceito de IOW – Integrity Operating Window – Excepcionalidades nos parâmetros de
processo que podem ter um impacto imprevisto na integridade do equipamento sob pressão.

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Estudo de Caso
Explosão em Refinaria da Conoco-Phillips (2001)

Falha catastrófica de uma seção da tubulação da Planta de Gás Saturado

Fonte: Inspeção de Equipamentos – Estudo de Casos - Blog inspirado nas aulas do prof. Denes José Vanderlei (SENAI
- Cubatão) e no Curso de Formação de Inspetores de Equipamentos - EFI do SINDIPETRO - LP.
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Estudo de Caso
Explosão em Refinaria da Conoco-Phillips (2001)

A falha ocorreu em 16 de abril de 2001, na refinaria Humber, operada pela


Conoco, no Reino Unido. Por volta das 14h20m uma falha catastrófica de uma
seção da tubulação da Planta de Gás Saturado (Saturate Gas Plant - SGP), ocorreu
em uma curva à jusante de um ponto de injeção de água (vapor condensado). A
linha denominada P-4363, com 6” de diâmetro, era uma linha aérea que
transportava gás inflamável sob alta pressão.

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Estudo de Caso
Explosão em Refinaria da Conoco-Phillips (2001)
Falha no sistema de gestão da Inspeção

 Havia problemas de corrosão associados ao sistema de tubulações aéreas da


SGP, que foram identificados em dois trocadores de calor, durantes inspeções
de rotina. Esses foram completamente substituídos em dezembro de 1994,
devido corrosão acentuada em vários componentes dos equipamentos.
 Na época a curva não foi incluída no escopo desta inspeção, porém o relatório
de inspeção levantou preocupações sobre possível processo corrosivo no
ponto de injeção de água e recomendou inspeções frequentes para determinar
as características de corrosão e vida útil. Foi feito um pedido para instalação
de um andaime de acesso para permanecer no local.
 No entanto, o andaime não foi instalado, o sistema de gestão de segurança da
empresa não conseguiu captar esses detalhes importantes. Nenhuma
atividade de inspeção mais aprofundada foi realizada nesta linha e esta foi a
única vez que qualquer parte da linha foi mencionada.

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Estudo de Caso
Explosão em Refinaria da Conoco-Phillips (2001)
Falha no sistema de gestão da Inspeção

 Há “alguma evidência” de que uma inspeção visual foi realizada efetivamente


em 1994, mas nenhum registro de medição de espessura foi encontrado.
 Dessa forma, nenhuma inspeção foi realizada neste trecho e o departamento
de inspeção continuava “acreditando” que o ponto de injeção de água não
estava mais em serviço e, portanto, o mecanismo de corrosão da linha tinha
sido interrompido.
 Em 2000 a empresa inicia um trabalho de implantação de Inspeção Baseada
em Risco (RBI) e para isso era necessário que dados fossem inseridos em um
software. Mas uma vez (meses antes do acidente), houve a chance de se
detectar o problema, mas quando o programa de software foi executado para a
linha, o ponto de injeção não foi considerado devido a "desinformação" de que
o ponto estava fora de serviço.

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Estudo de Caso
Explosão em Refinaria da Conoco-Phillips (2001)
Falha no sistema de gestão da Inspeção

 A atividade de Inspeção de Equipamentos, incluindo as Tubulações Industriais,


é fundamental em empresas que operam com sistemas sob pressão, com
produtos inflamáveis, tóxicos e outros que possam expor a saúde dos
trabalhadores, das comunidades, a segurança industrial e o meio ambiente.
 Cabe ao Inspetor ou Engenheiro de Inspeção de Equipamentos ter uma ampla
visão dos equipamentos sob sua responsabilidade, abrangendo não somente
os aspectos imediatos das instalações em operação, mas também das suas
características de projeto e construção, permitindo assim um melhor
diagnóstico da sua integridade e vida útil.
 O conhecimento dos processos de fabricação, projeto e montagem, além de
uma visão clara do processo operacional, contribuem para uma atuação mais
eficaz desses técnicos e engenheiros, garantido a segurança, integridade das
instalações e consequente boa performance operacional.

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Equação de Barlow
Cálculo de espessura de tubulações

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Equação de Barlow - Cálculo de espessura de tubulações

Cálculo de espessura de tubulações


Cálculo de espessura de parede da tubulação em função da pressão interna
 Peter Barlow (* Norwich,13/10/1776 – † London,1/3/1862) foi um matemático e físico inglês
que, entre outros trabalhos, desenvolveu uma modelagem matemática para o cálculo de
tensões em um cilindro de parede delgada, submetido a um pressão interna de um fluido.
 Como já citado anteriormente a pressão interna do fluido, na maioria das tubulações, é o
fator determinante de cálculo da sua espessura.
 Esse método de cálculo, com algumas ponderações, é a base para cálculos de projeto de
espessura de tubulações de processo (ASME B31.3), oleodutos (ASME B31.4) e também
gasodutos (ASME B31.8).

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Cálculo de espessura de tubulações


Cálculo de espessura de parede da tubulação em função da pressão interna
 Esse modelo considera a existência de duas forças na parede de um cilindro de parede delgada
(diâmetro médio > 6 x espessura) e submetido à uma pressão interna provocada por um fluído:

Tensão transversal (rompe o cilindro no sentido longitudinal ou da sua diretriz).

Tensão axial (rompe o cilindro no sentido da circunferência) .

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Cálculo de espessura de tubulações


Cálculo de espessura de parede da tubulação em função da pressão interna

Para um cilindro de parede delgada (dm > 6 x t), submetido à uma pressão interna (fórmula de Barlow)

= P x dm = P x dm
2 xt 4 xt
Onde:
• P = Pressão Interna;
• dm = diâmetro médio do cilindro;
• t = espessura da parede do cilindro.

Observe-se que =2x Portanto é determinante para o cálculo de


espessura da parede do cilindro

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Cálculo de espessura de tubulações


Cálculo de espessura de parede da tubulação em função da pressão interna
 Retomando o conceito de Tensão Mínima de Escoamento do Material ou
“Specified Minimum Yield Strength” (SMYS):

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Cálculo de espessura de projeto de tubulações


Cálculo de espessura de parede da tubulação em função da pressão interna
 Para as tubulações de processo, estabelece-se a seguinte fórmula

Onde:
t =
espessura da parede calculada em função da pressão interna.
P =
Pressão Interna. D = Diâmetro externo. d = Diâmetro interno.
Sh =
Tensão admissível do material na temperatura de projeto.
E =
Coeficiente de eficiência da solda (varia de 0,80 até 1,00).
Y =
Coeficiente de redução em função do material e temperatura.
Para aço carbono até 485 ° C, adota-se Y = 0,4.
C = Soma das margens para corrosão, erosão e abertura de roscas e de chanfros.

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Cálculo de espessura de projeto de tubulações


Cálculo de espessura de parede da tubulação em função da pressão interna
Tubulações de Processo - sobre espessura de corrosão e erosão (C)
 A sobre espessura para corrosão e erosão deve ser o produto da taxa anual de
corrosão pelo número de anos da vida útil da tubulação.
 Toma-se como padrão de 10 a 15 anos de vida útil para tubulações em geral.
 Na falta de dados, adota-se para aço carbono e aço liga:
a) 1,2 mm como valor mínimo para a sobre espessura de corrosão;
b) 2,0 mm em serviços de média corrosão;
c) até 4,0 mm em serviços de alta corrosão.

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Cálculo de espessura de projeto de tubulações


Cálculo de espessura de parede da tubulação em função da pressão interna
Para Oleodutos

t = Pi x D S=FxEx tn = t + A
2xS

Onde:
t = espessura da parede calculada em função da pressão interna.
tn = espessura nominal projetada da tubulação
Pi = Pressão Interna. D = Diâmetro externo.
S = Tensão admissível.
= Tensão de escoamento do material (SMYS).
F = Fator de projeto = 0,72. (F = 0,60 para líquidos categoria 2 -- que vaporizam à
pressão atmosférica. Exemplo: GLP, amônia, etc.)
E = Coeficiente de eficiência da solda (normalmente = 1,00).
A = Soma das margens para corrosão, sulcos e cavas, etc.
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Cálculo de espessura de projeto de tubulações


Cálculo de espessura de parede da tubulação em função da pressão interna
Para Gasodutos

t = PxD
tn = t + A
2x x F x E xT

t = espessura calculada.
tn = espessura nominal.
P = Pressão Interna.
D = Diâmetro nominal.
= Tensão de escoamento do material.
F = Fator de projeto.
E = Fator de eficiência de junta.
T = Fator de temperatura.
A = Sobre espessura de corrosão.
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Cálculo de espessura de projeto de tubulações


Cálculo de espessura de parede da tubulação em função da pressão interna
Para Gasodutos
 Para gasodutos, o fator de projeto (F) varia conforme a classe de locação (concentração
de edificações para ocupação humana), no entorno do gasoduto em uma área de
400x1.600 metros com o eixo do gasoduto no seu centro, conforme tabelas abaixo:

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Cálculo de espessura de projeto de tubulações


Cálculo de espessura de parede da tubulação em função da pressão interna
Para Oleodutos e Gasodutos – Sobre espessura de corrosão
 A sobre espessura é função do potencial de corrosão.
 Adotar como regra geral um valor mínimo de 1,3 mm.
 Em casos especiais, para produtos claros com injeção de
inibidor de corrosão, admite-se um mínimo de 0,75 mm.

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Cálculo de espessura de tubulações corroídas

 Um certo conservadorismo, na avaliação de defeitos de dutos enterrados em áreas externas e que


transportam fluidos inflamáveis ou agressivos ao meio ambiente, não é necessariamente inadequado.
 Serão aqui citados três métodos, desde um mais simples, até um mais complexo para avaliação.
 Critérios mais simples podem ser bastante úteis para uma tomada de decisão, por exemplo, no campo
com recursos limitados ou mesmo no caso de ferramentas mais simples, como será visto no tópico
referente aos pigs instrumentados.

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Cálculo de espessura de tubulações corroídas – Fórmula de Barlow

 A maneira mais simples considera apenas o valor da profundidade do defeito. Nesse caso
adota-se a fórmula de Barlow para determinar a espessura aceitável a partir da pressão
operacional máxima no ponto ou no duto:

t – espessura mínima admissível no ponto,


t= Px D
P – pressão máxima operacional,
2x0,72x S
D – Diâmetro da Tubulação,
S – Tensão de escoamento do material.
 Esse critério pode ser bastante conservativo, pois pressupõe que todo o tubo possui essa
espessura mínima.

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Equação de Barlow - Cálculo de espessura de tubulações

Cálculo de espessura de tubulações corroídas – ASME B31.G

 Aplicável para oleodutos (B31.4) e gasodutos (B31.8), a Norma B31.G e suas variantes, considera
a profundidade e o comprimento do defeito no sentido longitudinal, traçando curvas de pressão
entre os valores de 10% e 80% da profundidade do defeito em relação à espessura nominal;
 Muito utilizada atualmente por conta do uso de pigs instrumentados mais recentes, que permitem
adotar esse critério mesmo sem escavações e medição local dos defeitos.

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Equação de Barlow - Cálculo de espessura de tubulações

Cálculo de espessura de tubulações corroídas – API 579-1 / ASME FFS-1

 Nem sempre muito utilizado em dutos e tubulações pela sua complexidade, esse padrão é uma
das alternativas que podem ser consideradas para casos mais de maior dificuldade de reparo e
onde se necessita uma avaliação do tempo residual de integridade do duto.
 Em qualquer caso, essa Norma exige medições mais detalhadas e analise por especialistas para
determinação da aceitação ou não do defeito.
 Útil no caso de defeitos planares (trincas), onde os critérios anteriores não são aplicáveis.

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Cálculo de espessura de tubulações corroídas – API 579-1 / ASME FFS-1

 Nem sempre muito utilizado em dutos e tubulações pela sua complexidade, esse padrão é uma
das alternativas que podem ser consideradas para casos mais de maior dificuldade de reparo e
onde se necessita uma avaliação do tempo residual de integridade do duto.
 Em qualquer caso, essa Norma exige medições mais detalhadas e analise por especialistas para
determinação da aceitação ou não do defeito.
 Útil no caso de defeitos planares (trincas), onde os critérios anteriores não são aplicáveis.

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Tensões Longitudinais / Circunferenciais

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Tensões Longitudinais / Circunferenciais

Cálculos de tensões aplicadas em projetos de tubulações

 As tubulações em operação são submetidas à diversas tensões e esforços tais como


pressão interna provocada pelo fluido, peso próprio e do fluido transportado, ação do
vento, efeitos das dilatações térmicas, sobrecargas, esforços de montagem etc.
 No projeto de tubulações todos esses esforços devem ser considerados, contudo
como regra geral, os esforços provocados pela pressão interna do fluido costuma ser
o fator determinante do cálculo de espessura da tubulação.

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Tensões Longitudinais / Circunferenciais

Cálculos de tensões aplicadas em projetos de tubulações

 Outro aspecto que impacta no projeto de uma tubulação são os esforços provocados
por efeitos da dilatação térmica do seu material.
 Tubulações que trabalham com fluidos aquecidos ou em temperatura criogênica
podem sofre esforços extremamente elevados por conta da variação de temperatura
em operação e fora dela.
 Mesmo tubulações que operam com fluidos à temperatura normal sofrem esforços por
conta da dilatação térmica, devido à variação da temperatura ambiente e insolação.

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Tensões Longitudinais / Circunferenciais

Cálculos de tensões aplicadas em projetos de tubulações

 Assim para projeto de tubulações são necessários estudos que adequam as


tubulações à sua dilatação térmica, garantindo sua capacidade de resistir à esses
esforços. Esse estudo é denominado cálculo de flexibilidade de tubulações.
 Assim, tanto para garantir as condições definidas nos cálculo de flexibilidade e
também o peso próprio da tubulação e do fluido que ele transporta, são utilizados
vários modelos e dispositivos de fixação e suportes das linhas.

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Tensões Longitudinais / Circunferenciais

Cálculos de tensões aplicadas em projetos de tubulações

Dilatação Térmica de Tubulações – Exemplo


Tubo de aço carbono 10”, série 40, engastado, aquecido de 0°C à 100°C:

e = 1,083 mm/m ou e = 0,001083 mm/mm


Para ΔT de 100°C, temos
E = 2 x 10 5 MPa

Como P = E x e P = 2 x 10 5 MPa x 0,001083 mm/mm P = 216,6 MPa,


ou P = 2166 Kgf/cm 2

Sendo A = 76,8 cm , temos:

F=AxP F = 76,8 cm2 x 2166 Kgf/cm 2

F = 166.132 Kgf ou F ~ 166 T

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Tensões Longitudinais / Circunferenciais

Cálculos de tensões aplicadas em projetos de tubulações

Dilatação Térmica de Tubulações


Regra prática: A dilatação unitária do aço carbono é aproximadamente 1 mm por metro de
comprimento a cada 100° C, até o limite de 500°C. Assim uma tubulação de 50 metros de
comprimento aquecida de 0°C a 200°C, sofrerá uma dilatação aproximada de 100 mm.

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Tensões Longitudinais / Circunferenciais

Cálculos de tensões aplicadas em projetos de tubulações


Meios de controlar a dilatação térmica
 Trajeto da tubulação afastando-se da linha reta.
 Uso de elementos deformáveis intercalados na tubulação.
 Pré-tensionamento.

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Tensões Longitudinais / Circunferenciais

Cálculos de tensões aplicadas em projetos de tubulações

Definição de Flexibilidade de tubulações


 A flexibilidade é definida pela capacidade de absorver as dilatações
térmicas por meio de simples deformações nos seus diversos trechos.
 Uma tubulação é mais flexível quanto menores forem as tensões
provenientes dessas deformações.
 Uma tubulação tem flexibilidade quando as tensões resultantes das
dilatações térmicas forem menores que os valores máximos admissíveis
dos elementos que a compõe.
 O movimento dos pontos extremos (por exemplo bocais de equipamentos)
podem agravar ou atenuar os efeitos da dilatação térmica da tubulação.

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Tensões Longitudinais / Circunferenciais

Cálculos de tensões aplicadas em projetos de tubulações

Flexibilidade de tubulações
 O estudo de flexibilidade é um método de verificação e não um cálculo direto, ou seja,
desenha-se uma determinada configuração e em seguida verifica-se a flexibilidade. Se as
tensões estiverem acima dos valores admissíveis, duas soluções podem ser adotadas:
 Suprimir os dispositivos de restrição de movimento, quando possível, ou
modificar sua posição.
 Alterar a configuração da tubulação para uma mais flexível.

 Situações em que se pode dispensar o estudo de flexibilidade:


 Tubulação idêntica à outra já estudada e calculada.
 Tubulação semelhante em condições mais favoráveis de flexibilidade
(menor traçado, maior diâmetro ou menor temperatura).
 Tubulações de pequenas dimensões trabalhando em temperatura
ambiente, abrigadas do sol.
 Tubulações enterradas.

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Cálculos de tensões aplicadas em projetos de tubulações

Flexibilidade de tubulações
Influência do traçado na flexibilidade
Uma tubulação será mais flexível
Quanto maior for seu comprimento desenvolvido em relação à distância dos pontos extremos.

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Cálculos de tensões aplicadas em projetos de tubulações

Flexibilidade de tubulações
Influência do traçado na flexibilidade
Uma tubulação será mais flexível
Quanto mais simétrico for seu traçado.

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Cálculos de tensões aplicadas em projetos de tubulações

Flexibilidade de tubulações
Influência do traçado na flexibilidade
Uma tubulação será mais flexível
Quanto menores forem as desproporções entre os seus diversos lados.

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Cálculos de tensões aplicadas em projetos de tubulações

Flexibilidade de tubulações
Influência do traçado na flexibilidade
Uma tubulação será mais flexível
Quanto maior liberdade houver de movimentos.

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Cálculos de tensões aplicadas em projetos de tubulações

Flexibilidade de tubulações
Exemplos de casos particulares de traçado

Nos trechos curtos de tubos (trechos


AB e FE) podem surgir esforços
excessivos, mesmo quando existe
flexibilidade da tubulação principal.

Solução: Batente para liminar dilatação


do tubo para a direita.

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Cálculos de tensões aplicadas em projetos de tubulações

Flexibilidade de tubulações
Exemplos de casos particulares de traçado

Nas tubulações com ramais longos (ramal


A/B/C) podem ocorrer tensões excessivas
causadas pela flexão da linha, devido à
dilatação do ramal.

Solução: Colocação de guia na linha


próxima ao ponto A ou batente para liminar
dilatação do ramal na direção da linha.

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Cálculos de tensões aplicadas em projetos de tubulações

Flexibilidade de tubulações
Exemplos de casos particulares de traçado

Ramal ligando duas linhas tronco transversais,


pode sofrer esforços excessivos, dependendo
do seu arranjo.

Solução: construir o ramal com possibilidade


de absorver a dilatação das duas linhas tronco.

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Cálculos de tensões aplicadas em projetos de tubulações

Flexibilidade de tubulações
Exemplos de casos particulares de traçado

Ramal ligando duas linhas tronco paralelas,


pode sofrer esforços excessivos, dependendo
do seu arranjo.

Solução: construir o ramal com possibilidade


de absorver a dilatação das duas linhas tronco.

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Cálculos de tensões aplicadas em projetos de tubulações

Flexibilidade de tubulações – Exemplos

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Cálculos de tensões aplicadas em projetos de tubulações

Flexibilidade de tubulações – Exemplos

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Cálculos de tensões aplicadas em projetos de tubulações

Flexibilidade de tubulações – Exemplos

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Cálculos de tensões aplicadas em projetos de tubulações

Flexibilidade de tubulações – Exemplos

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Cálculos de tensões aplicadas em projetos de tubulações

Funções dos Suportes de tubulações

 Suportar o peso próprio da tubulação e do fluido transportado (incluindo agua de TH).


 Orientar a tubulação quanto à dilatação térmica.
 Melhorar a flexibilidade das tubulações.
 Proteção de equipamentos ligados à tubulação como também pontos mais frágeis
da mesma, decorrentes dos esforços de dilatação.
 Dividir o conjunto para melhor flexibilidade, distribuindo melhor as tensões.
 Proteger tubos paralelos e/ou equipamentos de danos causados por dilatações.
 Evitar deslocamentos laterais e angulares em juntas de expansão, de torção em
ramais ligados à tubos ou equipamentos sujeitos a grande variação térmica.
 Evitar desalinhamento de haste de válvulas e eixos de bombas, compressores, etc.

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Cálculos de tensões aplicadas em projetos de tubulações


Tipos de Suportes de tubulações

Fixos

Suportar pesos Semimóveis

• Suportes de Mola
Móveis
• Suportes de contrapeso

 Ancoragem (total fixação)


Limitar movimentos dos tubos  Guias (movimento axial)
 Batentes (limitação de movimentos)

Absorver vibrações e  Amortecedores e juntas de expansão


permitir flexibilidade

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Cálculos de tensões aplicadas em projetos de tubulações

Suportes para peso - Fixos

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Cálculos de tensões aplicadas em projetos de tubulações

Suportes para peso - Fixos

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Cálculos de tensões aplicadas em projetos de tubulações

Suportes para peso – Semimóveis (pendurais)

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Tensões Longitudinais / Circunferenciais

Cálculos de tensões aplicadas em projetos de tubulações

Suportes para peso – Semimóveis (pendurais)


Permitem movimentos verticais, sem deixar de suportar a tubulação.

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Cálculos de tensões aplicadas em projetos de tubulações

Suportes para peso – Semimóveis (pendurais)

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Cálculos de tensões aplicadas em projetos de tubulações

Suportes para limitação de movimentos – Bloco de ancoragem


Não permite nenhuma movimentação no ponto

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Cálculos de tensões aplicadas em projetos de tubulações

Suportes para limitação de movimentos – Guias


Permite movimentos axiais

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Cálculos de tensões aplicadas em projetos de tubulações

Suportes para limitação de movimentos – Batentes


Limitação de movimentos axiais em um sentido

Movimento livre
Movimento limitado

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Cálculos de tensões aplicadas em projetos de tubulações

Absorção de vibração – Amortecedores

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Cálculos de tensões aplicadas em projetos de tubulações

Juntas de expansão
 O espaço disponível for insuficiente.
 Em tubulações de maior diâmetro, para redução de custos pela diminuição do traçado.
 Por necessidade técnica de trechos retilíneos.
 Em tubulações sujeitas à vibrações excessivas.

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Cálculos de tensões aplicadas em projetos de tubulações

Juntas de expansão

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Tensões Longitudinais / Circunferenciais

Cálculos de tensões aplicadas em projetos de tubulações

Juntas de expansão

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NR-13 aplicada à tubulações industriais

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NR-13 aplicada à tubulações industriais

NR-13 - Relevância da segurança em caldeiras e vasos de pressão

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NR-13 aplicada à tubulações industriais

NR-13 - Relevância da segurança em caldeiras e vasos de pressão

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NR-13 - Relevância da segurança em caldeiras e vasos de pressão

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NR-13 - Publicação e Alterações/Atualizações

Publicação D.O.U.
 Portaria MTb n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 / DOU de 06.07.78
 Portaria SSMT n.º 12, de 06 de junho de 1983 / DOU de 14.06.83.
 Portaria SSMT n.º 02, de 08 de maio de 1984 / DOU de 07.06.84.
 Portaria SSST n.º 23, de 27 de dezembro de 1994 / DOU de 26.04.95.
 Portaria SIT n.º 57, de 19 de junho de 2008 / DOU de 24.06.08.
 Portaria MTE n.º 594, de 28 de abril de 2014 / DOU de 02.05.14.
 Portaria MTb n.º 1.084, de 28 de setembro de 2017 / DOU de 29.09.17.
 Portaria MTb n.º 1.082, de 18 de dezembro de 2018 / DOU de 20.12.18.
 Portaria SEPRT n.º 915, de 30 de julho de 2019 / DOU de 31.07.2019.
 Portaria MT n.º 1846, de 01 de julho de 2022 / DOU de 04.07.2022.
(entrou em vigor em 01/11/2022)

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NR-13 - Destaques das revisões

Difícil aplicação, particularmente para os


1 ª. Versão - 08 de junho de 1978
vasos, tratados de forma muito simplista.

Grande revisão, com melhor definição de


Revisão de 27 de dezembro de 1994,
vasos e caldeiras em categorias, modelo
com republicação em 26/04/95
tripartite, criação do SPIE, etc.
Inclusão de tubulações ligadas à vasos e
Revisão de 28 de abril de 2014 caldeiras.

Inclusão de tanques metálicos de


Revisão de 18 de dezembro de 2018 armazenamento e estocagem.
Algumas alterações e simplificações.
Revisão de 01 de julho de 2022 Entrou em vigor em novembro 2022.

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Estrutura da NR-13 - Portaria Nº 1.846, de 1º.de julho de 2022 - D.O.U. 4/7/22

 Item 13.1 – Objetivo.


 Item 13.2 - Campo de aplicação.
 Item 13.3 - Disposições gerais.
 Item 13.4 – Caldeiras.
 Item 13.5 - Vasos de pressão.
 Item 13.6 – Tubulações.
 Item 13.7 - Tanques metálicos de armazenamento.
Anexo I - Capacitação e Treinamento.
Anexo II – Requisitos para Certificação de Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos – SPIE.
Anexo III – Certificação voluntária de competências do Profissional Legalmente Habilitado – PLH.
Anexo IV – Requisitos para ampliação de prazo de inspeção de caldeiras categoria A com sistema instrumentado
de segurança (SIS) e de caldeiras categoria B com sistema de gerenciamento de combustão – SGS.
Glossário

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NR-13 - Destaques das revisões

 Essa Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho do Governo Federal


estabeleceu em 1978 critérios para segurança no projeto, construção, operação,
manutenção e inspeção de caldeiras e vasos de pressão.
 Revisão de 1995 estabeleceu pela primeira vez as bases para o SPIE (Serviço
Próprio de Inspeção de Equipamentos), entre outras modificações de relevância.
 A partir da revisão de 28/04/2014 incluiu tubulações ou sistemas de tubulação
ligados às caldeiras ou vasos de pressão enquadrados nessa NR e que contenham
fluidos de classe A ou B, conforme item 13.5.1.1.1 (item 13.2.1 subitem e).

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NR-13 - Classes dos fluídos conforme item 13.5.1.1.1

 Fluidos inflamáveis.
 Fluidos combustíveis com temperatura superior ou igual a 200 ºC.
Classe A  Fluidos tóxicos com limite de tolerância igual ou inferior a 20 ppm.
 Hidrogênio.
 Acetileno.

Classe B  Fluidos combustíveis com temperatura inferior a 200 ºC.


 Fluidos tóxicos com limite de tolerância superior a 20 ppm.

Classe C  Vapor de água, gases asfixiantes simples ou ar comprimido.

Classe D  Outros fluidos não enquadrados nas classes anteriores.

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NR-13 – Exemplos de enquadramento de tubulações

Linhas de Vapor Saturado (se for fluido Térmico enquadra)

Alimentação de Água

NR-13
Drenagem ou Blow Down
Linha de Gás / Óleo
Combustível / Diesel

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NR-13 – Exemplos de enquadramento de tubulações

Saída de Água NR-13


Quente Saida de HC

Entrada de Água
Fria
NR-13

Entrada de HC

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NR-13 – Exemplos de enquadramento de tubulações

GLP
Tanque
Tubulação
Filtro
saindo Gasolina
Torre 1

NR-13 NR-13
Bomba Válvula
petróleo
Pesado

Tubulação
Entrando Inibidor de
corrosão
Vaso 1

Vaso 2
Forno

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NR-13 (Capítulo 13.2) - Campo de Aplicação

 13.2.1 Esta NR deve ser aplicada aos seguintes equipamentos:


e) tubulações que contenham fluidos de classe A ou B, conforme as alíneas “a” e “b” do
subitem 13.5.1.1.1, ligadas a caldeiras ou vasos de pressão abrangidos por esta NR.

 13.2.2 Esta NR não se aplica aos seguintes equipamentos:

d) dutos e seus componentes;


h) tubos de sistemas de instrumentação;
i) tubulações de redes públicas de distribuição de gás;
q) tubulações que operam com vapor,
observado o disposto no subitem 13.6.2.6 desta NR.

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NR-13 (Capítulo 13.2) - Campo de Aplicação

 13.2.3 O disposto no item 13.2.2 não exime o empregador do dever de inspecionar e


executar a manutenção dos referidos equipamentos e de outros sistemas
pressurizados que ofereçam riscos aos trabalhadores, acompanhadas ou executadas
por um responsável técnico, e observadas as recomendações do fabricante, bem como
o disposto em códigos ou normas aplicáveis.

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NR-13 (Capítulo 13.3) - Disposições gerais


 13.3.1 As seguintes situações constituem condição de grave e iminente risco:
a) operação de equipamentos abrangidos por esta NR sem os dispositivos de segurança
previstos nos subitens 13.4.1.2 “a”, 13.5.1.2 “a”, 13.6.1.2 e 13.7.2.1;
c) ausência ou bloqueio de dispositivos de segurança, sem a devida justificativa técnica,
baseada em códigos, normas ou procedimentos formais de operação do equipamento;
e) operação de equipamento enquadrado nesta NR, cujo relatório de inspeção ateste a sua
inaptidão operacional.
13.3.1.1 Por motivo de força maior e com justificativa formal do empregador, acompanhada
por análise técnica e respectivas medidas de contingência para mitigação dos riscos,
elaborada por Profissional Legalmente Habilitado - PLH ou por grupo multidisciplinar por ele
coordenado, pode ocorrer postergação de até seis meses do prazo previsto para a inspeção de
segurança periódica dos equipamentos abrangidos por esta NR.
13.3.1.1.1 O empregador deve comunicar ao sindicato dos trabalhadores da categoria
predominante do estabelecimento a justificativa formal para postergação da inspeção de
segurança periódica dos equipamentos abrangidos por esta NR.

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NR-13 (Capítulo 13.3) - Disposições gerais

 13.3.2 Para efeito desta NR, considera-se PLH aquele que tem competência legal para o
exercício da profissão de engenheiro nas atividades referentes a projeto de construção,
acompanhamento da operação e da manutenção, inspeção e supervisão de inspeção de
caldeiras, vasos de pressão, tubulações e tanques metálicos de armazenamento, em
conformidade com a regulamentação profissional vigente no País.
 13.3.2.1 O PLH pode obter voluntariamente a certificação de suas competências
profissionais por intermédio de um Organismo de Certificação de Pessoas - OPC acreditado
pela Coordenação Geral de Acreditação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e
Tecnologia - Cgcre/INMETRO, conforme estabelece o Anexo III desta NR.
 13.3.3 A inspeção de segurança dos equipamentos abrangidos por esta NR deve ser executada
sob a responsabilidade técnica de PLH.

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NR-13 (Capítulo 13.3) - Disposições gerais

 13.3.4 A inspeção de segurança dos equipamentos abrangidos por esta NR deve ser
respaldada por exames e testes, a critério técnico do PLH, observado o disposto em
códigos ou normas aplicáveis.
 13.3.4.1 Deve ser observado o histórico dos equipamentos quando existente.
 13.3.4.2 Os exames e testes devem ser realizados em condições de segurança para
os executantes e demais trabalhadores envolvidos.
 13.3.4.3 A execução de testes pneumáticos ou hidropneumáticos, quando
indispensável, deve ser realizada sob responsabilidade técnica de PLH, com
aprovação prévia dos procedimentos a serem aplicados.

 13.3.5 É proibida a inibição dos instrumentos, controles e sistemas de segurança,


exceto quando prevista, de forma provisória, em procedimentos formais de operação e
manutenção ou mediante justificativa formalmente documentada elaborada por
responsável técnico, com prévia análise de risco e anuência do empregador ou de
preposto por ele designado, desde que mantida a segurança operacional.

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NR-13 (Capítulo 13.3) - Disposições gerais


 13.3.6 Os instrumentos e sistemas de controle e segurança dos equipamentos abrangidos por esta
NR devem ser mantidos em condições adequadas de uso e devidamente inspecionados e testados
ou, quando aplicável, calibrados.

 13.3.7 Todos os reparos ou alterações em equipamentos abrangidos nesta NR devem respeitar os


respectivos códigos de construção e as prescrições do fabricante no que se refere a:
a) materiais;
b) procedimentos de execução;
c) procedimentos de controle de qualidade; e
d) qualificação e certificação de pessoal.
 13.3.7.1 Quando não for conhecido o código de construção, deve ser respeitada a concepção
original da caldeira, vaso de pressão, tubulação ou tanque metálico de armazenamento,
empregando-se os procedimentos de controle prescritos pelos códigos aplicáveis a esses
equipamentos.
 13.3.7.2 A critério técnico do PLH, podem ser utilizadas tecnologias de cálculo ou
procedimentos mais avançados, em substituição aos previstos pelos códigos de construção.

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NR-13 (Capítulo 13.3) - Disposições gerais


 13.3.7.3 Projetos de alteração ou reparo devem ser concebidos previamente nas
seguintes situações:
a) sempre que as condições de projeto forem modificadas; ou
b) sempre que forem realizados reparos que possam comprometer a segurança.

 13.3.7.4 Os projetos de alteração e os projetos de reparo devem:


a) ser concebidos ou aprovados por PLH;
b) determinar materiais, procedimentos de execução, controle de qualidade e
qualificação de pessoal; e
c) ser divulgados para os empregados do estabelecimento que estão envolvidos
com o equipamento.

 13.3.7.5 Todas as intervenções que exijam mandrilhamento ou soldagem em partes que


operem sob pressão devem ser objeto de exames ou testes para controle da qualidade
com parâmetros definidos por PLH, de acordo com códigos ou normas aplicáveis.

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NR-13 (Capítulo 13.3) - Disposições gerais

 13.3.8 Os relatórios de inspeção de segurança dos equipamentos abrangidos por esta NR devem ser
elaborados em até 60 dias ou, no caso de parada geral de manutenção, em até 90 dias.
 13.3.8.1 Imediatamente após a inspeção de segurança de caldeira, vaso de pressão ou tanque
metálico de armazenamento, deve ser anotada, no respectivo registro de segurança, previsto nos
subitens 13.4.1.8, 13.5.1.7 e 13.7.1.3 desta NR, a condição operacional e de segurança.
 13.3.8.2 As recomendações decorrentes das inspeções de segurança devem ser registradas e
implementadas pelo empregador, com a determinação de prazos e responsáveis pela execução.

 13.3.9 Os relatórios, projetos, certificados e demais documentos previstos nesta NR podem ser elaborados
e armazenados em sistemas informatizados, com segurança da informação, ou mantidos em mídia
eletrônica com assinatura validada por uma Autoridade Certificadora - AC, assegurados os requisitos de
autenticidade, integridade, disponibilidade, rastreabilidade e irretratabilidade das informações.
 13.3.9.1 No caso de versão impressa de relatórios de inspeção de segurança, as páginas devem ser
numeradas.

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NR-13 (Capítulo 13.3) - Disposições gerais

 13.3.10 A documentação dos equipamentos abrangidos por esta NR deve permanecer à


disposição para consulta dos operadores, do pessoal de manutenção, de inspeção e das
representações dos trabalhadores e do empregador na Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes - CIPA, devendo o empregador assegurar pleno acesso a essa documentação,
inclusive à representação sindical da categoria profissional predominante do estabelecimento,
quando formalmente solicitado.

 13.3.11 O empregador deve comunicar à autoridade regional competente em matéria de trabalho


e ao sindicato da categoria profissional predominante do estabelecimento a ocorrência de
vazamento, incêndio ou explosão envolvendo equipamentos abrangidos por esta NR que tenha
como consequência uma das situações a seguir:
a) morte de trabalhador(es);
b) internação hospitalar de trabalhador(es); ou
c) eventos de grande proporção.

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NR-13 (Capítulo 13.3) - Disposições gerais

 13.3.11.1 A comunicação deve ser encaminhada até o segundo dia útil após a ocorrência
e deve conter:
a) razão social do empregador, endereço, local, data e hora da ocorrência;
b) descrição da ocorrência;
c) nome e função da(s) vítima(s);
d) procedimentos de investigação adotados;
e) cópia do último relatório de inspeção de segurança do equipamento envolvido; e
f) cópia da Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT.

 13.3.11.2 Na ocorrência de acidentes previstos no subitem 13.3.11, o empregador deve


comunicar formalmente a representação sindical dos trabalhadores predominante do
estabelecimento para participar da respectiva investigação.

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NR-13 – Tubulações (Capítulo 13.6) - 13.6.1 Disposições Gerais

 13.6.1.1 As empresas que possuam tubulações enquadradas nesta NR devem


elaborar um programa e um plano de inspeção que considere, no mínimo, as
variáveis, condições e premissas descritas abaixo:
a) os fluidos transportados;
b) a pressão de trabalho;
c) a temperatura de trabalho;
d) os mecanismos de danos previsíveis;
e) as consequências para os trabalhadores, instalações e meio ambiente
trazidas por possíveis falhas das tubulações.

 13.6.1.2 As tubulações devem possuir dispositivos de segurança em conformidade


com o respectivo código de construção, observado, quanto à frequência de
inspeção e teste, o prazo máximo previsto no item 13.6.2.2 desta NR.

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NR-13 – Tubulações (Capítulo 13.6) - 13.6.1 Disposições Gerais

 13.6.1.3 As tubulações devem possuir indicador de pressão, conforme previsto em projeto


ou diagramas de engenharia, processos e instrumentação.
 13.6.1.4 Todo estabelecimento que possua tubulações deve ter a seguinte documentação
devidamente atualizada:
a) especificações aplicáveis às tubulações ou sistemas, necessárias ao planejamento
e à execução da inspeção;
b) fluxograma de engenharia com a identificação da linha e seus acessórios;
c) projeto de alteração ou reparo;
d) relatórios de inspeção de segurança;
e) certificados de inspeção e teste dos dispositivos de segurança, se aplicável.

 13.6.1.5 Os documentos referidos no subitem 13.6.1.4, quando inexistentes ou extraviados,


devem ser reconstituídos pelo empregador, sob a responsabilidade técnica de PLH.

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NR-13 – Tubulações (Capítulo 13.6) - 13.6.2 Inspeção de segurança de tubulações

 13.6.2.1 As tubulações devem ser submetidas a inspeções de segurança inicial, periódica e


extraordinária.
 13.6.2.1.1 Devem ser executados testes hidrostáticos de fabricação, antes da operação
inicial, em conformidade com o respectivo código de construção.
 13.6.2.1.2 A critério técnico do PLH, observado o disposto no respectivo código de
construção, poderão ser adotadas outras técnicas em substituição ao teste hidrostático.
 13.6.2.2 Os intervalos de inspeção das tubulações devem atender aos prazos máximos
da inspeção interna do vaso ou caldeira mais crítica a elas ligados.
 13.6.2.2.1 Desde que fundamentado tecnicamente, os prazos de inspeção podem ser
duplicados, a critério do PLH, observado o limite máximo de 10 (dez) anos.

Nota: A inspeção de segurança inicial é válida para tubulações instaladas a partir de 2 de maio de
2014, conforme item 6 da portaria no. 1846.

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NR-13 – Tubulações (Capítulo 13.6) - 13.6.2 Inspeção de segurança de tubulações

 13.6.2.3 O programa de inspeção pode ser elaborado por tubulação, por linha ou por sistema.
 13.6.2.3.1 No caso de constatação de risco à saúde e à integridade física dos trabalhadores
envolvidos na execução da inspeção, a tubulação deve ser retirada de operação.

 13.6.2.4 Deve ser executada inspeção extraordinária nas seguintes situações:


a) sempre que a tubulação for danificada por acidente ou outra ocorrência que comprometa a
segurança dos trabalhadores;
b) quando a tubulação for submetida a reparo provisório ou alterações significativas, capazes
de alterar sua capacidade de contenção de fluído;
c) antes de a tubulação ser recolocada em funcionamento, quando permanecer inativa por
mais de doze meses ou, para sistemas com comprovação de hibernação, vinte e quatro meses.

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NR-13 – Tubulações (Capítulo 13.6) - 13.6.2 Inspeção de segurança de tubulações


 13.6.2.5 O relatório de inspeção de segurança, mencionado na alínea "d" do subitem 13.6.1.4,
deve conter, no mínimo:
a) identificação da(s) linha(s) ou sistema de tubulação;
b) fluidos de serviço da tubulação, e respectivas temperatura e pressão de operação;
c) tipo de inspeção executada;
d) data de início e de término da inspeção;
e) descrição das inspeções, exames e testes executados;
f) registro fotográfico ou registro da localização das anomalias significativas
detectadas no exame externo da tubulação;
g) resultado das inspeções e intervenções executadas;
h) recomendações e providências necessárias;
i) parecer conclusivo quanto à integridade da tubulação, do sistema de tubulação ou da
linha até a próxima inspeção;
j) data prevista para a próxima inspeção de segurança; e
k) nome legível, assinatura e número do registro no conselho profissional do PLH e
nome legível e assinatura de técnicos que participaram da inspeção.

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NR-13 aplicada à tubulações industriais

NR-13 – Tubulações (Capítulo 13.6) - 13.6.2 Inspeção de segurança de tubulações

 13.6.2.6 As tubulações de vapor de água devem ser mantidas em boas condições


operacionais, de acordo com um plano de manutenção.
 13.6.2.7 As tubulações devem ser identificadas conforme padronização formalmente
instituída pelo estabelecimento.

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NR-13 aplicada à tubulações industriais

NR-13 – Requisitos para Certificação


de Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos - SPIE (Anexo II)

1 - O SPIE da empresa, organizado na forma de setor, seção, departamento, divisão, ou


equivalente, deve ser certificado por OCP acreditado pelo INMETRO, que irá verificar, por
meio de auditorias programadas, o atendimento aos seguintes requisitos:
a) existência de pessoal próprio da empresa onde estão instaladas caldeiras, vasos de
pressão, tubulações e tanques, com dedicação exclusiva a atividades de inspeção,
avaliação de integridade e vida remanescente, com formação, qualificação e
treinamento compatíveis com a atividade proposta de preservação da segurança;
b) mão de obra contratada para ensaios não destrutivos certificada segundo
regulamentação vigente e, para outros serviços de caráter eventual, selecionada e
avaliada segundo critérios semelhantes ao utilizado para a mão de obra própria;
c) serviço de inspeção de equipamentos proposto com um responsável pelo seu
gerenciamento formalmente designado para esta função;

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NR-13 – Requisitos para Certificação


de Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos - SPIE (Anexo II)

1 – Requisitos do SPIE da empresa (continuação):


d) existência de pelo menos um PLH;
e) existência de condições para manutenção de arquivo técnico atualizado, necessário ao
atendimento da NR-13, assim como mecanismos para distribuição de informações quando
requeridas;
f) existência de procedimentos escritos para as principais atividades executadas;
g) existência de aparelhagem condizente com a execução das atividades propostas;
h) cumprimento mínimo da programação de inspeção.

2 - A certificação de SPIE e a sua manutenção estão sujeitas a regulamento específico do INMETRO.

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Final Parte 2

Preservando a vida
e o meio ambiente.

Nome: Edgard de Castro Souza


Cargo: consultor associado
E-mail: treinamentos@abendi.org.br abendioficial
Tel. (11) 5586-3173 | 3174
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