0% acharam este documento útil (0 voto)
5 visualizações7 páginas

Laudo Insalubridade

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1/ 7

Laudo de avaliação de Risco Físico - Calor

 Identificação
Interessado Ferrofort
Setor Forno Siderúrgica
Rua das Indústrias, 450 – Parque Industrial, Metapólis – SP, 12345-678 –
Localização Fornos Siderúrgicos
Data da Inspeção 08/11/2024

 Descrição do Ambiente
A área de aproximadamente 250m². Trata-se de um espaço fechado, com isolamento térmico
reforçado, onde um forno industrial de grande porte domina o centro do local. A temperatura interna
pode atingir até 1.800°C, exigindo sistemas de ventilação potentes para controlar o calor e dissipar
gases resultantes do processo de fusão. O espaço também conta com corredores laterais para o tráfego
seguro de operadores e equipamentos, com sinalizações de segurança visíveis e EPIs de uso
obrigatório.

 Registro Fotográfico

Porta de acesso ao local Ambiente interno

Instalações elétricas em desacordo com padrões técnicos Salas administrativas

1
Laudo nº 036/2024 - SP – Empresa Ferrofort
c

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL


UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA
PRÓ-REITORIA DE GESTÃO DE PESSOAS
DIVISÃO DE SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA
LAUDO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL

 Tipo de trabalho realizado /Atividades desenvolvidas


Neste ambiente são desenvolvidas atividades de transformação de matéria-prima em aço, uma
atividade complexa que exige alta especialização, precisão e atenção rigorosa aos protocolos de
segurança. Este ambiente industrial é caracterizado por altas temperaturas e a manipulação de
materiais em fusão, o que torna o trabalho intensamente físico e tecnicamente desafiador. Abaixo
estão descritas algumas das principais atividades realizadas nos fornos siderúrgicos:

Auxiliar Agropecuário: Planeja o trabalho de apoio do laboratório e prepara vidrarias, lâminas


com corantes e materiais similares; prepara soluções, meios de cultura e equipamentos de medição e
ensaios; procede à coleta de material de produtos de origem animal, empregando os meios e os
instrumentos recomendados; executa trabalhos de natureza simples, que não exigem interpretação
técnica dos resultados; auxilia nas análises utilizando métodos físico-químicos e microbiológicos;
zela pela assepsia (limpeza de vidrarias), conservação e recolhimento do material utilizado; auxilia
nas atividades de ensino, pesquisa e extensão; executa outras tarefas inerentes ao cargo.

Técnico de Laboratório: Prepara reagentes, peças e outros materiais utilizados em experimentos


e aulas práticas; procede à montagem de experimentos reunido equipamentos e material de
consumo em geral para serem utilizados em aulas experimentais e ensaios de pesquisa; faz coleta de
amostras e dados no laboratório e em atividades de campo relativas a produtos de origem animal;
procede à análise de materiais utilizando métodos físico-químicos e microbiológicos; procede à
limpeza e conservação de instalações, equipamentos e materiais dos laboratórios; procede ao
controle de estoque dos materiais de consumo do laboratório; utiliza recursos de informática;
executa outras tarefas inerentes ao cargo.

Docentes: Ministram aulas práticas e realizam trabalhos de pesquisas envolvendo produtos de


origem animal.

 Mobiliário/Equipamentos
No ambiente há bancadas, mesas, prateleiras, cadeiras, estufas, capela, microscópio,
centrífuga, autoclaves, banho maria, refrigerador, contador de colônias, destilador,
termolactodensímetro, liofilizador, ultrafreezer, drip teste, serra fita, moedor de carne, etc.

 Agentes nocivos à saúde ou Identificador do risco e Grau de agressividade ao Homem


Avaliação qualitativa dos riscos ambientais e operacionais
Risco Químico: Manipulação de produtos químicos como: Formol, álcool isoamílico, ácido
sulfúrico, ácido clorídrico.
Risco Físico: Ruído. Conforme avaliação realizada no ambiente de trabalho, constatou-se que não
existem agentes físicos que atinjam os limites máximos de exposição.
Risco Biológico: Bactérias. Conforme avaliação realizada no ambiente de trabalho, constatou-se
que os agentes biológicos não se apresentam com a natureza considerados pela legislação como
insalubres.
Risco de Acidentes: Arranjo físico inadequado; Iluminação inadequada; Armazenamento
inadequado; Eletricidade; Incêndio ou Explosão; Sinalização inadequada; Queimaduras.
Risco Ergonômico: Postura inadequada, relacionada com o mobiliário inadequado do posto de
trabalho.

2
Laudo nº 036/2024 - SP – Empresa Ferrofort
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA
PRÓ-REITORIA DE GESTÃO DE PESSOAS
DIVISÃO DE SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA
LAUDO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL

Avaliação quantitativa do ambiente


Tempo Exposição
Agente / Fonte Valor Limite de Nível Mín.
Trajetória Exp.
Grandeza Geradora Encontrado Tolerância Permissível E H P
Dia/Min
Ruído1 Ambiente Aérea 75 dB (A) 85 dB (A) 480 (8h) -- X
Ruído2 Ambiente Aérea 64 dB (A) 85 dB (A) 480 (8h) -- X
Iluminância1 Artificial NA 98 lx NA NA 500 lx X
Iluminância2 Artificial NA 560,7 lx NA NA 500 lx X
Iluminância3 Artificial NA 128 lx NA NA 500 lx X
Iluminância4 Artificial NA 140 lx NA NA 500 lx X
Iluminância5 Artificial NA 185 lx NA NA 500 lx X
Umidade
-- -- % -- -- ≥ 40% X
Relativa
1
Ruído : Sala de Incubação/Bancada principal/Sala autoclave.
Ruído2: Sala do Prof. Carissa /Sala do Prof. Fernando.
Iluminância1: Sala de Incubação.
Iluminância2: Bancada principal.
Iluminância3: Sala autoclave.
Iluminância4: Sala da Prof. Larissa.
Iluminância5: Sala da Prof. Fernando.
Obs.: Iluminação insatisfatória no setor.

 Conclusão
Fundamento científico: Os ácidos podem desencadear diversos problemas à saúde através da
Inalação, ingestão e contato com a pele, podendo causar (irritação ao trato respiratório e mucosas
das membranas), queimaduras na boca, garganta e estômago, levando à morte, dor de garganta,
vomito, diarreia, colapso circulatório, pulsação fraca e rápida, baixa respiração.

Fundamento Legal: Após avaliação no local de trabalho, dos processos das atividades
desenvolvidas: posto de trabalho, função do trabalhador, tempo de exposição, forma de contato com
o agente nocivo à saúde, tipo de proteção utilizada e do fundamento legal sobre o assunto,
concluímos que:

1 - Os servidores que desenvolvem suas atividades em caráter permanente ou habitual com


manipulação de ácido sulfúrico (risco químico) no LABORATÓRIO DE ANÁLISE DE
PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL fazem jus ao adicional de insalubridade de grau médio
(10% sobre o vencimento do cargo efetivo), conforme preconiza o Anexo 13 (Operações Diversas)
da NR15 (Portaria nº 3.214/78- MTE) e como estabelece a Orientação Normativa nº 4 de
14/02/2017 SEGRT/MPDG e os Artigos 68 a 72 da Lei nº 8.112, de 11/12/90.

2 – Não fazem jus ao adicional de insalubridade, conforme disposto no art. 11° I, II e III da
Orientação Normativa n°4, de 14 de fevereiro de 2017, os servidores que desenvolvem atividades
cuja exposição seja eventual ou esporádica ao risco; que exerçam atividades-meio ou de suporte, em
que não há obrigatoriedade e habitualidade do contato; que sejam realizadas em local inadequado,
em virtude de questões gerenciais ou por problemas organizacionais de outra ordem; e em que o
servidor ocupe função de chefia ou direção, com atribuição de comando administrativo, exceto
quando respaldado por laudo/parecer técnico individual que comprove a exposição em caráter
habitual ou permanente, quando da solicitação do pedido do adicional.

3
Laudo nº 036/2024 - SP – Empresa Ferrofort
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA
PRÓ-REITORIA DE GESTÃO DE PESSOAS
DIVISÃO DE SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA
LAUDO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL

3 - A simples entrada nos ambientes periciados para realizar a limpeza de pisos, paredes, tetos, etc.,
utilizando produtos de limpeza diluídos em água não garante ao servidor adicional ocupacional,
pois o contato com estes produtos químicos de forma difusa ou indireta, após a sua diluição em
água, não se confunde com a fabricação e o manuseio de álcalis cáusticos puros.

4 - A atividade exercida no laboratório avaliado é considerada insalubre conforme enquadramento


acima, mas o servidor para fazer jus ao adicional de insalubridade, deverá atender ao disposto no
Art. 9° I, II e III da Orientação Normativa n°4, de 14 de fevereiro de 2017, que tratam de exposição
eventual ou esporádica, habitual e permanente, respectivamente, informando a carga horária
mensal/semanal da sua atividade quando da solicitação do seu pedido.

5 - No ambiente periciado não foram encontradas atividades para a caracterização e justificativa


para a concessão de periculosidade, irradiação ionizante e gratificação por trabalhos com raios-x ou
substâncias radioativas, conforme determinação expressa na Orientação Normativa nº 4 de
14/02/2017 SEGRT/MPDG, e nas demais legislações vigentes.

Portanto, os percentuais aplicáveis para o ambiente periciado são:


 Grau de Insalubridade: Grau Médio 10% - Químico
 Grau de Periculosidade: Grau 0%
 Grau de Irradiação Ionizante: Grau 0%
 Trabalhos com Raios-X ou Substâncias Radioativas: Grau 0%

 Medidas Corretivas e Preventivas


Administrativa
1-Todos os equipamentos que compõem o posto de trabalho da àrea administrativa, devem estar
adequados às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser
executado. Dessa forma, sugerimos a adequação ergonômica do ambiente de trabalho através do
uso de: Suporte para monitores/notebooks; Mousepad e teclado com apoio de punho e suporte
para os pés;
2 - Instalação de lâmpada de emergência no ambiente periciado, através de conjunto de blocos
autônomos, conforme NBR 10898 - Sistema de iluminação de emergência;
3- Iluminar adequadamente o ambiente de trabalho, pois a iluminação atual (vide tabela de
avaliação quantitativa) na sala da incubadora, sala de autoclave, na sala da professora Carissa
Michelle Goltara Bichara e Fernando Elias Rodrigues da Silva, é insuficiente, a fim de adequação
a NR 17 – Ergonomia:
a) Item 17.5.3. Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou
artificial, geral ou suplementar, apropriada à natureza da atividade;
b) Item 17. 5.3.2. A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de forma a
evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos.
4 - Adequação das Saídas de Emergência conforme NBR 9077 - Saídas de Emergência em
Edifícios;
5 - Instalação de placas e sinais luminosos indicando rotas de fugas nos ambientes periciados,
conforme NBR 13435 - Sinalização de Segurança contra incêndio e pânico;
6 - As áreas de circulação devem permanecer sempre limpas e desobstruídas;
7 - Manutenção das goteiras e infiltrações existentes no local;
8 - Os painéis elétricos devem estar fechados e sinalizados, conforme especificado no item 10.10
da NR 10 referente à Sinalização de Segurança;
9 - Realizar manutenção periódica da instalação elétrica, conforme determina NR 10 – Segurança

4
Laudo nº 036/2024 - SP – Empresa Ferrofort
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA
PRÓ-REITORIA DE GESTÃO DE PESSOAS
DIVISÃO DE SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA
LAUDO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL

em Instalações e Serviços em Eletricidade – (item 10.4.4. As instalações elétricas devem ser


mantidas em condições’ seguras de funcionamento e seus sistemas de proteção devem ser
inspecionados e controlados periodicamente, de acordo com as regulamentações existentes e
definições de projetos). Para laboratório com produtos químicos, os circuitos elétricos devem ser
protegidos contra umidade e agentes corrosivos, por meio de eletrodutos emborrachados e
flexíveis e dimensionados com base no número de equipamentos e suas respectivas potências,
além de contemplar futuras ampliações.
10 - Desobstrução dos extintores de incêndio localizado no laboratório;
11 - Armazenar os produtos químicos em local apropriado e não armazenar junto com substâncias
incompatíveis. Assim sendo, o local de armazenagem deve ser amplo, bem ventilado,
preferencialmente com exaustão, dotado de prateleiras largas, seguras e instalações elétricas à
prova de explosões.
12 - Troca de lâmpadas queimadas;
13 - Dedetização periódica do ambiente periciado, para evitar a proliferação de cupins;
14 - Realização de exames médicos periódicos para os servidores expostos aos riscos químicos e
biológicos;
15 - Devem ser mantidas no laboratório as FISPQ’s (Ficha de Informação de Segurança de
Produtos Químicos) de todos os produtos manuseados.
16 -Os resíduos concentrados de características tóxicas, corrosivas, inflamáveis e reativas não
devem ser descartados diretamente na rede de esgoto. Estes deverão ser recolhidos em contêineres
específicos, identificados com símbolos de risco e, posteriormente, neutralizados ou
encaminhados para seu destino final, atendendo a legislação ambiental;
17 - Em relação às instalações sanitárias usadas pelos servidores, sugerimos, conforme estabelece
a NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho:
a) Implantação de cestos de lixo com tampa e disponibilidade de sabão para lavar as mãos;
b) Higienização adequada das instalações sanitárias utilizadas pelos servidores.
18- Elaboração e implantação de PMOC (Plano de Manutenção, Operação e Controle) para o
sistema de climatização, conforme portaria MS nº 3.523, de 28 de agosto de 1998 e lei nº 13.589,
de 4 de janeiro de 2018, publicada no DOU em 05/01/2018.

Equipamentos de Proteção Individual – EPI


1- Luvas
a) Neoprene (proteção contra ácidos, álcalis e solventes orgânicos);
b) Nitrílica (Recomendada para exposição a álcalis, graxas e solventes orgânicos);
c) PVC (proteção contra ácidos, álcalis, álcoois e éteres);
e) Borracha natural “látex” (Proteção contra ácidos em baixa concentração, álcalis e cetonas;
procedimentos cirúrgicos e não cirúrgicos);
2 - Máscara facial com filtro para gases e vapores orgânicos;
3 - Jalecos ou aventais apropriados;
4 - Óculos de segurança tipo ampla visão para produtos químicos, lente incolor em policarbonato,
antiembaçante e ventilação indireta;

Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC


1 - Instalar lava-olhos e chuveiro de emergência no local de manuseio;
2 - Instalação da capela de exaustão.

5
Laudo nº 036/2024 - SP – Empresa Ferrofort
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA
PRÓ-REITORIA DE GESTÃO DE PESSOAS
DIVISÃO DE SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA
LAUDO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL

Nota: Este laudo poderá ser modificado em função de:


 Mudança no ambiente de trabalho que venha a interferir no local/atividade periciado;
 Modificações consideráveis nas estruturas físicas avaliada;
 Qualquer mudança que venha neutralizar ou diminuir os efeitos dos agentes ambientais
avaliados neste laudo;
 Aparecimento de legislação que por ventura venha influir no setor periciado;
 Ocorrendo quaisquer das situações acima citadas, deverá ser feita nova avaliação.

Belém (Pa), 17 de janeiro de 2018.

Anderson dos Santos Vieira


Eng. de Segurança do Trabalho
CREA nº 16.154 D-PA
SIAPE – 1967955

6
Laudo nº 036/2024 - SP – Empresa Ferrofort
7
Laudo nº 036/2024 - SP – Empresa Ferrofort

Você também pode gostar