Lição 5 - A Mensagem e o Ministério Do Redentor
Lição 5 - A Mensagem e o Ministério Do Redentor
Lição 5 - A Mensagem e o Ministério Do Redentor
A mensagem e o
ministério do Redentor
Depois de considerar aquilo que Jesus ensinava, examinaremos aquilo que Jesus
fazia. Trataremos do significado da morte de Jesus conforme é definida nos
Evangelhos.
A Mensagem do Redentor Esboço da Lição
O Ministério do Redentor
Ao término desta lição, o aluno deverá estar apto para: Objetivos da Lição
OBJETIVO 1 O Reino de Deus estava no próprio âmago da mensagem de Jesus. Tudo quanto
Definir o Reino de Deus.
Jesus dizia e fazia expressava o Reino de Deus na história humana. Mas o que significa a
expressão Reino de Deus? Antes de entrarmos em um estudo pormenorizado do reino,
precisaremos de uma breve definição para não ficarmos confusos nos estudos posteriores.
1. O Reino de Deus é
a) a influência da Igreja na comunidade.
b) a manifestação do poder de Deus.
c) o envolvimento ativo de Deus na história humana.
d) b) e c) estão corretas.
Vejamos o que está envolvido nesta breve definição. Nosso estudo será dividido
nas quatro áreas seguintes: a vinda do reino, as características do reino, os cidadãos do
reino e, finalmente, comunicando a mensagem do reino.
O Reino no AT
No AT, a expressão Reino de Deus era usada para expressar o governo ativo de
Deus. Nem o lugar nem o período do reino era tão enfatizado, como o fato que se
tratava da intervenção direta de Deus nos negócios dos homens e das nações.
Desde os primeiros dias da nação, Deus era conhecido como o Rei de Israel (Êx
15.18; Nm 23.21; Dt 33. 5; Is 43.15). Deus, no entanto, era mais do que o Soberano da
minúscula nação de Israel. Era o Soberano de toda a terra. Sua autoridade se estendia
a todas as nações da terra (2Rs 19.15; Is 6.5; Jr 46.18; Sl 29.10; Sl 99.1-4). Embora
Israel experimentasse intervenções periódicas de Deus no decurso de sua história, a
nação sempre antegozava o dia em que Deus manifestaria seu governo soberano no
estabelecimento de seu Reino permanente entre os homens (Dn 2.44).
4. A resposta que Israel deu à ocupação de sua terra por estrangeiros foi:
a) dar mais ênfase aos sacrifícios.
b) conclamar a um reavivamento nacional.
c) colocar a Lei acima do Reino.
d) Todas as alternativas anteriores estão incorretas.
“Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus” (Mt 3.2). Com essas palavras,
João Batista fez a primeira proclamação dramática da chegada iminente do Reino de Deus.
O Reino de Deus foi proclamado com clareza por Jesus. Não havia necessidade
de aguardar algum momento no futuro indeterminável a fim de experimentar o poder
do Reino de Deus. O domínio e o Reino de Deus nos negócios humanos foi
manifestado na vida e no ministério de Jesus, o Rei Messiânico.
Primeiro, o Reino é estabelecido por Deus e não pelos homens. Houve muitos
levantes nacionais no Israel ocupado que procuravam arrancar o poder do exército
romano e estabelecer o reino. Todos estes esforços terminaram em fracasso. O Reino
de Deus não podia ser estabelecido pelo poder do homem. É um ato de Deus. Trata-se
de Deus manifestando Sua soberania na história humana. E foi exatamente assim que
aconteceu na vida e no ministério de Jesus. Ele trouxe o reino aos homens.
Em segundo lugar, se o reino deve ser estabelecido por Deus, Ele, logicamente,
está disposto a encontrar-se com o homem na hora de sua necessidade e de seu
desamparo. Este fato, também, é demonstrado no ministério de Jesus. Um dos livros
apócrifos declara que estas palavras foram faladas por Deus: “[...] Não me
preocuparei com o modo de vida daqueles que pecaram, nem com a Sua morte, nem
com o seu julgamento ou a sua destruição”. Isto parece ser o Deus que agiu em favor
dos pecadores no ministério de Jesus?
Havia uma única condição prévia imposta sobre a cura – corresponder a Jesus
com fé pessoal (Mc 5.34; 10.52). A cura física nunca devia ser considerada como fato
isolado de um compromisso pessoal com Jesus e da confiança Nele. Esse fato é
retratado de modo vívido naquilo que aconteceu na cidade de Nazaré (Mc 6.1-6). O
ministério de Jesus de cura ficou severamente limitado, nessa ocasião, pela falta de fé
em Jesus demonstrada pelos habitantes da cidade (Mc 6.5-6).
Examinando esses dois versículos, podemos ver que a vinda de Jesus e a vinda
do Reino de Deus eram o mesmo evento. O fato trágico é que o povo de Israel estava
esperando ansiosamente a vinda do Reino de Deus, mas quando Ele veio, os israelitas
perderam o direito ao Reino, porque não queriam reconhecer o próprio Rei Jesus.
Conforme você pode ver no diagrama acima, Deus agiu em várias ocasiões
durante o período do AT como parte de seu propósito redentor para Israel. Cada uma
destas manifestações de Seu poder e autoridade antegozava a manifestação ulterior de
seu Reino, quando chegasse o Rei Messiânico.
Você deve ter notado que o tema desses versículos é a necessidade de entrar no
Reino de Deus. Agora, procure as referências a seguir: Mt 8.12 e 13.42; Lc 13.28. Elas
dizem respeito às consequências drásticas, se uma pessoa não se tornar um cidadão do
Reino de Deus. Conforme disse Jesus à elite religiosa de Israel: “Ali haverá choro e
ranger de dentes, quando virdes Abraão, e Isaque, e Jacó, e todos os profetas no
Reino de Deus, e vós lançados fora” (Lc 13.28). Jesus não poderia ter dito nada mais
radical aos líderes da nação.
Pensava-se que ser um cidadão de Israel era uma garantia automática de ser
membro do Reino de Deus. Os israelitas, por serem descendentes de Abraão,
pensavam ter um relacionamento exclusivo com Deus (Mt 3.9; Lc 3.8). Imagine como
eles devem ter se sentido quando Jesus lhes disse: “[...] os publicanos e as meretrizes
entram adiante de vós no Reino de Deus” (Mt 21.31).
14. Leia as referências a seguir e anote aquilo que dizem a respeito de como uma
pessoa deve entrar no reino.
a) Mt 5.19 e 20: ___________________________________________________
b) Mt 7.21: ___________________________________________________
c) Mc 10.15: ___________________________________________________
Arrependimento
A chamada ao arrependimento foi feita originalmente por João Batista (Mt 3.2).
Sua chamada foi feita a todos os níveis da sociedade judaica, aos ricos e aos pobres, aos
sacerdotes e aos publicanos. Passaremos adiante, em nosso estudo da Teologia do
arrependimento do NT, para ver o lugar do arrependimento nos ensinos de Cristo. O
Messias, da mesma forma que João Batista, ensinava que o arrependimento era uma
mudança pessoal de ideia, que resultava em uma transformação radical do modo de vida.
Certo escritor expressou assim a mensagem de arrependimento, pregada por Jesus:
Crença
Jesus disse que Deus já estava atento às necessidades humanas. Ele estava pronto
para intervir em favor daqueles que pedissem. A única coisa que Deus procurava era a
fé. Considere os milagres registrados nos Evangelhos. Jesus empregava uma fórmula
muito familiar em quase todos os casos: “[...] a tua fé te salvou” (Mt 9.2; Mc 10.52; Lc
7.50; 17.19; 18.42). Semelhante fé não era simplesmente confiança na capacidade que
Jesus tinha de operar um milagre. Era fé genuína na disposição que Jesus tinha de fazer
aquilo que era necessário. Conforme disse o leproso a Jesus: “Senhor, se quiseres, podes
tornar-me limpo” (Mt 8.2-3). Tratava-se da fé no próprio Jesus.
OBJETIVO 10 Parábola
Ilustrar o uso que Jesus fez
das parábolas conforme
Mt 13.31 e 32. As parábolas eram uma forma popular de ensino nos dias do NT. Usavam
linguagem figurada e incidentes da vida de todos os dias para ilustrar verdades
religiosas. O Mestre podia dar expressão concreta e pictórica às ideias religiosas
abstratas. Considere, por um momento, a parábola do Grão de Mostarda. Jesus
disse:
Os discípulos perguntaram a Jesus, certa vez: “Por que lhes falas por parábolas?”
(Mt 13.10). Por que Jesus empregava parábolas? Alguns comentaristas têm dito que
Jesus usava parábolas a fim de ocultar dos ouvintes a verdade do reino. Pessoalmente,
acho difícil crer assim. Examinaremos esta questão um pouco mais de perto.
22. Depois de cada uma das parábolas alistadas a seguir, descreva a atitude que cada
uma delas ensina.
a) Edificando sobre a Rocha: _________________________________________
b) O tesouro oculto: _________________________________________
c) O juiz iníquo: _________________________________________
d) O bom samaritano: _________________________________________
Resumamos o que já estudamos nesta lição. O Reino de Deus foi o tema central
da mensagem de Deus ao povo de Israel. Ensinava que havia um duplo advento do
Reino. O Reino já havia chegado mediante a vida e o ministério de Jesus, e continuará
a ser manifesto através de Seu ministério na Igreja. Apesar disto, a manifestação final
da glória do eterno Reino do Messias será cumprido somente quando Ele voltar na sua
glória.
Aqueles que aceitaram Jesus como seu Messias não somente foram
abençoados com entendimento espiritual, como também receberam
responsabilidades espirituais. Essas responsabilidades foram delineadas em muitas
das parábolas.
Por essa razão, Jesus falou do fato que Ele viera para morrer. O texto de Mc
8.31 cita assim as Suas palavras: “O Filho do homem será entregue nas mãos dos
homens, e matá-lo-ão; e, morto ele, ressuscitará ao terceiro dia”. Esse versículo
abrange os elementos essenciais de Sua missão de redenção: Seu sofrimento, Sua
rejeição pelos líderes religiosos de Israel, Sua morte e, finalmente, Sua ressurreição.
Jesus considerava necessário cada um destes elementos para o cumprimento de Sua
missão de redenção. Não era simples acidente da história, mas o próprio propósito de
Deus.
Até que ponto Jesus tinha consciência da natureza redentora de Sua morte
vindoura? Tem havido alguns comentaristas modernos que dizem que Jesus foi
apanhado desprevenido no Jardim do Getsêmani. Sendo assim, Jesus simplesmente
morreu como mártir de uma causa religiosa. É isso que o NT nos diz?
Jesus sabia que viera para morrer. Sabia, ainda, que a Sua morte era para a
salvação dos homens. Qualquer pessoa que escutasse as palavras de Jesus no decurso
de Seu ministério entenderia que era assim que Ele interpretava a Sua morte vindoura.
O Calvário não apanhou Jesus desprevenido. Ele veio para isto mesmo.
Certa vez, perguntaram a Jesus por que Seus discípulos não jejuavam.
Respondeu: “Podem porventura andar tristes os filhos das bodas, enquanto o esposo
está com eles? Dias, porém, virão em que lhes será tirado o esposo e então jejuarão”
(Mt 9.15; Mc 2.19-20; Lc 5.34-35). A palavra tirado (paralamba?nw) significa remoção
violenta. Jesus sabia que não apenas os deixaria, como também seria levado à força do
meio deles.
Jesus disse aos discípulos na instituição da ceia: “[...] isto é o meu sangue, o sangue
do NT, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados” (Mt 26.28; Mc 14.24; Lc
22.20). Com essas palavras, Jesus levou Seus discípulos de novo para o AT. Especificamente,
Ele lhes relembrava a promessa feita através do profeta Jeremias, de um novo concerto
entre Deus e Israel (Jr 31.31-34). Assim como o antigo concerto foi selado com sangue (Êx
24.8), assim também o novo concerto devia ser selado com sangue. Desta vez o sangue
não era de um animal oferecido como substituto, mas o sangue de Jesus. Há mais uma
verdade associada com a introdução desse novo concerto mediante o sangue sacrificial
27. Associe as três referências ao AT com seu respectivo ensino a respeito do Concerto.
____ a) Selado com sangue. 1. Jr 31.34
____ b) Incluía o perdão dos pecados. 2. Êx 24.8
____ c) O Servo do Senhor será o sacrifício. 3. Is 53.10
Em Mc 15.34 lemos: “E, à hora nona, Jesus exclamou com grande voz,
dizendo: Eloí, Eloí, lamá sabactani? que, traduzido, é: Deus meu, Deus meu por que
me desamparaste?” Jesus bebeu totalmente o cálice da ira de Deus contra o
pecado. Dalguma maneira misteriosa Jesus experimentou a plenitude da ira de
Deus contra o pecado. Estas palavras foram faladas por Jesus enquanto Deus
colocava sobre Ele “os pecados de todos nós” (Is 53.4-6). A agonia da cruz era
muito mais do que física. Havia, ainda, a agonia associada com a condição espiritual
dos homens. Com esse grito de desamparo – uma citação direta do Sl 22.1 – Jesus
tornou muito claro que Ele tomara sobre si a condição espiritualmente perdida dos
homens.
Aquele que veio da parte de Deus foi abandonado por Deus [...]
Esta palavra expressa a consumação de todos os sofrimentos de
nosso Senhor. Estas exatas palavras dos seus lábios benditos,
enquanto as trevas escureceram a cruz. Elas nos trazem face a face
com as profundezas insondáveis de sua obra de carregar nossos
pecados, sendo que sobre Ele foram colocados os pecados de todos
nós [...] O imaculado suportou a ira do Deus justo. (Arno C.
Gaebelein)
“Está consumado”. Estas são as últimas palavras de Jesus na cruz. Jesus não
estava expressando nenhum tipo de entrega passiva ao poder da morte. Este
versículo inteiro exala a verdade do triunfo da cruz. João nos diz, por exemplo que
Jesus inclinou a cabeça. Há um ambiente de paz nesta declaração que é ecoado por
Jesus nas palavras registradas por Lucas: “Pai nas tuas mãos entrego o meu espírito”
(Lc 23.46).
Finalmente João nos diz que Jesus “entregou o espírito”. A vida de Jesus não
lhe foi arrebatada à força. Ele a ofereceu, Ele deu a Sua vida. Jesus predisse esta
verdade em Jo 10.17-18: “Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para
tornar a tomá-la. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho
poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la [...]”. Voltando às palavras de Jesus
em Jo 19.30, notamos que a palavra consumado pode ser traduzida: “foi consumado
e permanecerá para sempre consumado”. Nada deve ser acrescentado àquilo que
Jesus fez na cruz do Calvário. A morte de Jesus foi a consumação perfeita do
programa divino da redenção.
1. O Reino de Deus é
a) a nação de Israel.
b) o papel da Igreja na comunidade.
c) a manifestação da autoridade soberana de Deus.
d) o não envolvimento com os assuntos das nações gentias.
5. Conforme Mt 7.21
a) o Reino de Deus pertence somente a Israel.
b) a cidadania no Reino de Deus é o direito de todos.
c) a entrada no Reino de Deus é mediante a obediência à Lei Oral.
d) Todas as alternativas anteriores estão incorretas.
4. c) 10. c)
5. a), b) 25. a) e b)
19. c) 12. c)