Anatomia para Colorir (Completo) NETTER
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Aprendizagem
|||||||||||||||||||||||||||| Unidade 3
Morfofisiologia dos
Sistemas I
Sistema Esquelético e
Sistema Muscular – O Sistema Locomotor
Desenvolvimento do material
Fátima Juliane Machado Ceron
Sistema Esquelético e
Sistema Muscular – O
Sistema Locomotor
Para Início de Conversa... ............................... 3
Infográfico ......................................................... 28
Referências ....................................................... 30
1 Para Início de Conversa...
Este material abordará conteúdos pertinentes ao sistema
cardiovascular. Para isso, trataremos de como as fibras musculares
cardíacas são organizadas, a partir do ponto de vista fisiológico,
garantindo a ritimicidade da contração. Também estudaremos as
definições para a vasculatura sanguínea e sua porção linfática,
além do mecanismo e regulação do ciclo cardíaco.
A localização da bomba cardíaca se faz fundamental como força de pressão para o fluxo
sanguíneo em todos os vasos existentes. É imprescindível se ater sobre a separação o
sangue oxigenado e desoxigenado pelo organismo.
3 Aprofundando os pontos
O sistema cardiovascular permite a nutrição do organismo, já que, por meio do coração,
mantém o fluxo sanguíneo, que carreia, por meio de seus constituintes, os açúcares e
gases necessários para o metabolismo celular gerador de energia química.
Objetivos de Aprendizagem:
Relatar a embriologia e anatomia do sistema cardiovascular.
Conteúdo:
Por isso, um clínico vascular é específico para o estudo dos vasos sanguíneos, e realiza
exames como angiograma ou angiografia. Em relação as células sanguíneas, há a
formação no saco vitelino e vasos primitivos, passando, a partir da 5ª semana, para
o fígado, baço, linfonodos (diferenciação de células de defesa específicas) e medula
óssea (inicialmente, no interior de ossos longos. Na vida adulta, no interior da bacia
pélvica – por isso, ao se tratar de um transplante de medula, trata-se deste tecido
hematopoiético).
O coração, por sua vez, se forma a partir da 3ª semana de vida embrionária, em células
mesodérmicas próximas a estrutura buco-faríngea (adjacente aos primeiros arcos e
bolsas faríngeas, na porção cranial do embrião).
Anfíbios já possuem uma circulação dupla, pois o sangue entra por dois átrios, ainda
que desemboque em um único ventrículo. Répteis, em crocodilianos, já possuem 4
aberturas, 2 superiores e 2 inferiores, mas sem uma formação completa do septo que
separa os “tipos” de sangue circulantes. Assim, é a partir de aves que o órgão cardíaco
se organiza como nos seres humanos: 2 átrios e 2 ventrículos, com circulação dupla
completa, ou seja, em sua normalidade, com total separação entre o fluxo de sangue
oxigenado e desoxigenado.
▪ Nó sinoatrial (ou nodo S.A. – que oscila em manter a frequência cardíaca em cerca
de 60 batimentos/minuto): Conhecido como marca-passo cardíaco, com fibras
modificadas auto-excitáveis, que iniciam a transmissão do impulso.
▪ Nó atrioventricular: Converge os sinais ao feixe de His, localizado na região do septo
ventricular.
▪ Feixes atrioventriculares (A.V.): induzem a completa contração ventricular.
▪ Fibras de Purkinje: Suprem a coordenação nervosa dos músculos papilares e da
parede dos ventrículos.
Esta morfologia é importante para permitir a passagem ritmada dos sinais elétricos,
permitindo a sincronia entre contrações atriais e ventriculares. Envolta a essas fibras,
há tecido conjuntivo, por onde circundam terminações nervosas e capilares.
Ou seja, o coração também possui metabolismo. Logo, também precisa receber irrigação
sanguínea para captar o oxigênio e secretar o dióxido de carbono, direcionado dos vasos
sanguíneos ao sistema respiratório, ou vice-versa, respectivamente. Por serem músculos,
o oxigênio é desligado da mioglobina. Além disso, há o glicogênio e triglicerídeos como
reserva energética para a contração muscular. Em condições contraídas, as fibras estão
em um estado de sístole. Em relaxamento, denomina-se diástole.
SA node
Atrial muscle
AV node
His bundle
Bundle branches
Purkinje fibres
Ventricular muslce
P QRS T
Figura 3: Estímulos nervosos em diferentes terminações nervosas cardíacas. Adaptado de: Wikimedia Commons.
Por isso, a parada cardíaca, ou ainda cardiorrespiratória, pode ser identificada como
uma dor aguda no peito, causada pelo acúmulo do volume do sangue em dado local
do vaso sanguíneo. Esta dor, irradiada sobretudo para o lado esquerdo do corpo, é
caracterizada como angina.
!Curiosidade
Ainda assim, o resultado da manobra – se bem feita – representa 15% da necessidade
do cérebro em se manter ativo.
É importante salientar que em idosos ou cardíacos, pode haver uma aparente – ainda
que contraditória – maior tolerância ao estresse da desregulação mecânica. Pense
como um elástico de roupas. Quando novo, a força elástica é maior, bem como sua
sensibilidade ao rompimento. Um elástico usado estará em um estado de maior
relaxamento, mas não romperá sua estrutura de forma facilitada. Por isso, é mais
comum morte súbita causada por paradas cardíacas em jovens do que em adultos. Os
jovens têm um coração com alta capacidade contrátil, em que qualquer evento que
desregule este mecanismo, pode ser fatal.
Por outro lado, os dados sociodemográficos também evidenciam uma redução da taxa
de óbitos em atendimentos intra hospitalares do infarte. Ou seja, a pesquisa observa
resultados dicotômicos: enquanto há uma piora nos índices de mortalidade em
infartos fora do hospital, há uma taxa de reversão da condição cardíaca em ambientes
hospitalares, indicando um melhor preparo da equipe médica nesta situação.
Conteúdo:
Logo, a alta concentração destas gorduras pode ser perigosa para a saúde. Igualmente,
a baixa concentração de High Density Lipoprotein (HDL) com fisiologia antagônica
aos primeiros dois tipos de colesteróis, é um sinal de alerta. Isto, pois enquanto os
primeiros carreiam o colesterol do fígado para depositá-los no sangue, o último faz o
caminho contrário.
!Curiosidade
Em um sangue a recém coletado, não é visível esta diferenciação, mas, após a
centrifugação, o plasma, menos denso, se separa dos demais elementos do sangue.
"Importante
O sangue deve se manter levemente alcalino (pH 7,4). Uma acidose ou alcalose
metabólica leva há um desequilíbrio deste potencial, devendo ser corrigido pelo
transporte de bicarbonatos e prótons, além de outras compensações de outros
sistemas, como respiratório e urinário.
O monóxido de carbono (CO) possui uma afinidade muito maior pela porção heme
da hemoglobina quando comparado ao oxigénio, e quando o CO se liga ao ferro
do grupamento heme, a molécula de hemoglobina aumenta a afinidade com o
oxigênio de uma forma que ele não possa ser liberado para os tecidos mesmo em
condições hipóxicas.
Linfócitos são células de defesa da linha mais específica, pois são classes que produzem
anticorpos. São diferenciados em regiões de órgãos linfoides, como timo e baço.
Curiosamente, o sangue não tem cor azulada para diferenciar as veias de artérias. A
cor azul é a que visualizamos por sobre a pele, porém, esta divisão de cor é totalmente
didática. Tanto artérias quanto veias podem transportar sangue arterial ou venoso.
O número de veias no corpo humano é maior do que o das artérias, não só porque
é muito frequente a existência de duas veias satélites (principais, a partir das quais
ramificam-se outras veias ou vênulas) acompanhando uma artéria, como também pela
existência de um sistema de veias superficiais às quais não correspondem artérias. Mas
há exceções: por exemplo, na porção proximal dos membros há uma veia satélite; no
pênis e no cordão umbilical há duas artérias e uma veia.
Objetivos de Aprendizagem:
Identificar as bulhas cardíacas com as etapas do ciclo cardíaco.
Figura 6: Cortes e eixos para evidenciar a anatomia cardíaca. Fonte: HANSEN, 2019.
"Importante
O oxigênio é importante para a captação, por meio da mitocôndria, e reação química,
junto à glicose também difundida e transportada no meio intracelular, para formar
energia e gás carbônico. Ou seja, os tecidos produzem gás carbônico com a respiração
celular. Este gás carbônico, maior no meio intracelular, passa por difusão para o meio
extracelular para seguir aos capilares, caracterizando o sangue venoso.
O sangue, agora oxigenado, entra no átrio esquerdo por meio de veias pulmonares, e
é distribuído ao organismo por meio da aorta. Desta forma, didaticamente, o trajeto
do sangue venoso caracteriza a circulação pulmonar, enquanto que do arterial, a
circulação sistêmica.
Os “sons” cardíacos, ou bulhas cardíacas, são possíveis de serem auscultados (pois não
é uma vibração sonora) por meio do estetoscópio. A primeira bulha representa os sons
das válvulas entre átrios e ventrículos, sendo a esquerda ligeiramente anterior ao lado
direito. A segunda bulha confere o fechamento das válvulas semilunares, em um único
som durante a expiração, e na inspiração, com um pequeno retardamento da semilunar
do lado direito. A terceira bulha ocorre devido ao enchimento ventricular para sua
posterior contração. E, a quarta bulha, por fim, após a contração atrial.
As duas primeiras bulhas são determinadas pela pressão sistólica atrial, seguida
da diastólica (já que o sangue flui ao ventrículo, relaxando as fibras cardíacas
atriais). Este som pode ser proeminente em casos de estenose mitral, quando há um
estreitamento deste fluxo sanguíneo, por conta do espessamento e encurtamento dos
cordões tendíneos da válvula; isto pode provocar estalidos de abertura. Pode causar
hipertensão pulmonar, fibrilação atrial e tromboembolia. Como sintomas, são similares
aos de insuficiência cardíaca, além de sopro diastólico. Durante a regurgitação mitral
(retorno do sangue para a região atrial esquerda) pode ser hipofonética se os folhetos
valvares estiverem rígidos, ou auscultada em razão de uma alteração miocárdica.
O galope de soma ocorre quando há a fusão das bulhas B3 e B4, devido ao encurtamento
do período diastólico, caracterizando a taquicardia. O ruído diastólico, por sua vez,
ocorre junto a B3, sem acompanhamento da B4. Indica a interrupção abrupta do
enchimento ventricular. Na verificação de sopros, há manobras que auxiliam na
localização destas disfunções. De toda forma, podem ser categorizados em sistólicos e
Sopros diastólicos sempre indicam anormalidade, assim como sopros contínuos, ou seja,
que ocupam todo o ciclo cardíaco, sendo audíveis na B2. Por fim, atritos pericárdicos,
com sons característicos, indicam inflamações entre as camadas pericárdicas.
!
Curiosidade
A pressão arterial é medida em milímetros de mercúrio (mmHg) porque a coluna
de mercúrio é uma substância densa e pesada o suficiente para ser influenciada
pela pressão sanguínea. O esfigmomanômetro é um aparelho utilizado para medir a
pressão arterial, e ele possui um manômetro que exibe a pressão em mmHg.
Algumas pessoas possuem hipotensão ortostática, ou seja, a queda de sua P.A. ocorre na
mudança de postura. Também, é possível uma superestimulação do nervo vago, ou falta
de ligação de adrenalina em receptores cardíacos, o que desencadeia quedas frequentes
de P.A. junto a episódios de síncope, caracterizando a síndrome neurocardiogênica, ou
Vaso Vagal. Esta, pode ser parcial (se a disfunção for apenas neurológica ou cardíaca)
ou mista.
Ainda que com baixo risco de morte, a qualidade de vida de pessoas com “pressão
baixa” deve ser destacado. Logicamente, a hipertensão é mais nociva a homeostase do
organismo, pois acentua as chances de hemorragias ou mesmo falências miocárdicas,
devido a descompensação das forças contráteis necessárias para a impulsão do sangue
pelos vasos sanguíneos.
Objetivos de Aprendizagem:
Reconhecer o papel do sistema linfático na regulação do volume sanguíneo
e intersticial.
Conteúdo:
O coração, um órgão predominantemente muscular, possui células especializadas auto-
excitáveis, que garantem a sincronia e ritmicidade dos batimentos cardíacos em ambos
os lados do coração: direito, sangue desoxigenado, e esquerdo, sangue oxigenado. Em
suma, o sistema cardiovascular permite a oxigenação tecidual, a nutrição tecidual, e o
transporte do gás carbônico produzido pelo metabolismo da respiração celular, até os
alvéolos, para sua posterior eliminação pela expiração.
O sistema linfático é também uma das principais vias para a absorção de nutrientes do
trato gastrointestinal, sendo responsável principalmente pela absorção de gorduras.
Há uma íntima relação entre o Sistema Nervoso Central e o sistema linfático, quando
os linfócitos T se apresentam infiltrados nas porções do SNC, ainda que não haja
um sistema linfático clássico permeando estas estruturas, mesmo que meninges
apresentem vasos.
Delimitado por tecido epitelial, como no endotélio capilar, o fluxo deste fluido linfático
depende diretamente da contração muscular esquelética. Isso explica o porquê, em
vasodilatação, como em temperaturas altas, há o inchaço (edema) dos dedos das mãos
e pés, principalmente, já que estão a favor da força gravitacional.
Quando a pressão sanguínea está baixa, os rins secretam a enzima renina, que converte
o angiotensinogênio circulante no sangue em angiotensina I e posteriormente em
angiotensina II, que se localiza na membrana plasmática luminal das células do
endotélio dos capilares. A angiotensina II é um potente vasoconstritor que resulta no
O colesterol, por sua vez, obstrui a passagem do fluxo sanguíneo de forma normalizada.
As placas de gordura diminuem o diâmetro dos vasos, e isto resulta em uma maior
força contrátil cardíaca para que haja a circulação sanguínea. Ainda que, neste caso,
o sistema linfático trabalhe em homeostasia, a pressão arterial é desregulada e
permanece alta. Riscos de derrames são mais comuns em pacientes diabéticos ou com
alto colesterol, devido a esta força acrescida sobre os vasos.
Ainda que a pressão arterial baixa seja considerada menos nociva, devido a menor
letalidade, ela exerce um estresse contínuo aos sistemas adjacentes.
2 Teoria na Prática
3 Sala de Aula
Após o embasamento teórico, vamos estender nossa
aprendizagem assistindo as videoaulas a seguir.
Primeiramente, trataremos dos conceitos básicos sobre o
sistema cardiovascular e linfático; depois, detalharemos
Acesse
alguns destes conceitos importantes em análises da saúde aqui
cardíaca. E, por fim, trabalharemos as questões abordadas no
estudo de caso deste percurso de aprendizagem.
Lembre-se que o organismo, como uma engrenagem, é formado por peças que
desempenham funções orgânicas chaves. Um desequilíbrio de uma atividade de uma
destas estruturas pode desencadear uma cascata de disfunções sistêmicas. De qualquer
forma, fisiologicamente, a correção de um possível desnível é também feita de maneira
integrada por distintos componentes do organismo.
4 Infográfico
O infográfico a seguir apresenta as especificidades que diferem os vasos sanguíneos. As
artérias são vasos descendentes, e portanto, comportam uma maior pressão do fluxo
sanguíneo. Atente-se sempre, também, que nos capilares – e apenas neles – ocorre a
difusão dos componentes do sangue!
Arteriolas e
venulas 3 4 Capilares
São ramificações das Capilares permitem
artérias e veias, as difusões dos
respectivamente, elementos
formando vasos de menor permeáveis do
calibre que se convergem sangue aos tecidos,
nos capilares. ou vice e versa.
5 Direto ao Ponto
Neste percurso de aprendizagem, abordamos o maquinário da regulação da volemia
do corpo humano, atribuída ao sistema circulatório, e, portanto, aos sistemas vascular
e linfático. No primeiro sistema, de forma particular, há a propulsão deste sangue no
interior de vasos, através da pressão exercida pelo músculo cardíaco.
Tratamos também que este ciclo pode ser avaliado a partir das bulhas cardíacas, dadas
pelos fechamentos de válvulas cardíacas; e pelo exame gráfico da descarga elétrica
que ocorre na rede neuronal e sinoatrial do coração. Tais análises, complementares a
outros exames, podem indicar uma anomalia na frequência cardíaca, e portanto, uma
causa ou efeito da descompensação do volume sanguíneo.
Exemplos:
DANGELO, C. A.; FATTINI, J. G. Anatomia Humana. 2ª ed. Porto Alegre: Atheneu, 2016.
GARTNER, L. P.; HIATT, J. L. Tratado de histologia em cores. 3ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2007.