Capítulo 1
Capítulo 1
Capítulo 1
Elizabeth nunca tinha se sentido to feliz em deixar um lugar em toda a sua vida. Certamente, ela sempre se lembraria com carinho a ocupao gratificante de enfermeira que trouxera sua querida Jane sade novamente; e Bingley, claro, que tinha sido nada alm de gracioso, amvel e generoso - um excelente anfitrio, sempre solcito pelo bem-estar dela e da irm; mas as irms dele - Miss Bingley especialmente - tinham sido tudo que foi displicente e condescendente; e de fato, o orgulhoso e altivo Mr. Darcy, na opinio dela, tinha sido pouco melhor. No escapou da observao de Elizabeth que o homem parecia se materializar em todo lugar que ela mesma tinha se aventurado durante os poucos momentos que ela podia deixar Jane por qualquer durao de tempo. Ela o tinha encontrado por acaso na biblioteca inmeras vezes - e tambm no conservatrio, na sala de msica, na sala de estar, no jardim e nos arredores. Se Elizabeth no o conhecesse bem, ela teria jurado que ele estava deliberadamente se colocando em seu caminho, no entanto ela o conhecia. Sempre que eles estavam na companhia um do outro, Darcy era normalmente frio e indiferente, porm ele escolheu encar-la constantemente e com tal intensidade que tinha comeado a deix-la desconfortvel. Certamente, um homem to bonito, rico e inteligente, que era acostumado a nada menos que uma sociedade muito refinada, no poderia talvez olhar para uma mulher de posio e circunstncias inferiores na vida como ela se no fosse para achar algum defeito; e, de fato, ela sabia que ele tinha achado um defeito nela, quase que no primeiro momento do seu conhecimento na assembleia de Meryton algumas semanas atrs. Elizabeth no poderia deixar de rir ao relembrar o seu comentrio desdenhoso para com ela. "Ela tolervel, eu suponho, mas no bonita o suficiente para me tentar." Entretanto, enquanto ela esteve em Netherfield, Darcy no tinha dado ela um grau insignificante de ateno, mesmo indo to longe como envolv-la
em intelectuais e filosficos debates acalorados enquanto em companhia do resto do seus, nenhum ele tinha includo na sua quase privada discusso verbal. Para o divertimento de Elizabeth, tal foco de ateno muitas vezes resultava em Miss Bingley ficando cada vez mais irritada e, como resultado, Elizabeth tinha se encontrado banida para o final da mesa durante as refeies em famlia com apenas o inebriado Mr. Hurst como compania, enquanto Miss Bingley bajulava Darcy e desavergonhadamente tentava monopolizar sua ateno. Mesmo nesses momentos, os frios olhos escuros de Darcy ainda a procuravam. O que isso poderia significar? Charlotte Lucas tinha dito muitas vezes a ela que acreditava que Mr. Darcy a admirava muito, mas Elizabeth no poderia concordar com tal ideia. Sua rplica usual era sempre rir e dizer, "Isso simplismente no possvel, Charlotte, pois eu sei que ele desgosta de mim tanto quanto eu dele", antes de mudar a direo da conversa para outro tpico. Depois de um tempo, Charlotte no j no comentava tais observaes, mas ela ia longe como levantar uma sobrancelha especulativa e lanar um olhar conhecido a Elizabeth cada vez que ela apanhava Darcy observando sua amiga, que era sempre que ficavam na compania um do outro. Elizabeth descobriu que eles ficavam na compania um do outro frequentemente. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------Os dois cavalheiros de Netherfield j tinham entrado em Meryton no seu caminho para Longbourn quando eles oportunamente notaram as senhoras que eles estavam, de fato, pretendendo chamar paradas no lado oposto da rua. Com grande ansiedade, Bingley surgiu incitou sua montaria em direo ao objeto de sua afeio, Miss Jane Bennet, enquanto Darcy permaneceu vrios passos atrs, lutando contra o tumulto em seu peito incitado pela agradvel forma e belos olhos de sua irm, Elizabeth. Isso vinha acontecendo por muitas semanas agora e, no importava
quantas vezes Darcy lembrasse e si prprio da situao inadequada dela e da inferioridade de suas coneces, a inteligncia jovial, o humor inteligente e gracioso e, ainda, as maneiras modestas da senhora nunca falharam em impression-lo apesar de sua desaprovao. Ele tinha tentado tudo que estava ao seu alcance que poderia pensar para se livrar dos esmagadores e desconcertantes sentimentos por ela, mas a sedutora Elizabeth Bennet no lhe concederia prorrogao. Quando Darcy estava acordado ela invadia seus pensamentos constantemente, e nas tardes horas da noite ela dominava seu subconsciente levendo-o para proibidas imaginaes de esplendor apaixonado. Darcy dominava seu cavalo, seus olhos firmemente fixos em Elizabeth. Ela estava envolvida em uma conversa com um cavalheiro desconhecido que parecia estar lhe dando arrebatada ateno. Aps uns poucos momentos a conversa deles minguou e, no instante seguinte, ela olhou para cima para ver Darcy ecarando-a atentamente. Ela reconheceu-o com um pequeno e polido aceno de cabea, o qual fez com que o cavalheiro com quem ela vinha conversando se virasse. Imediatamente, Darcy sentiu as cores fugirem do seu rosto enquanto sua mente vacilou com desprazer e dor para lembranas de Ramsgate e sua irm, Georgiana...e Wickham! Bom Deus! Que diabos George Wickham est fazendo aqui? A raiva se espalhou como fogo selvagem atravs de seu corpo inteiro, levando-o a lutar para controlar suas emoes. Isso no foi um feito facilmente realizado no meio de Meryton. Ele estava fervendo enquanto Wickham levemente tocou a borda de seu chapu com a ponta dos dedos, sua boca se curvou em um sorriso insolente enquanto ele reconhecia o olhar glido de Darcy. Darcy forou-se a desviar o olhar em direo a Bingley, que estava sorrindo estupidamente para Jane Bennet do dorso do seu cavalo, envolto em um esquecimento feliz. Ele tinha claramente perdido o intercmbio entre os dois homens. Esse no foi o caso de Elizabeth, tinho estado avaliando a interao deles com certo grau de preocupao. Seus olhos atiravam-se de Darcy para
Wickham e de volta, sem saber o que fazer com a situao. Sem querer, os olhos de Darcy vieram descansar nela assim como um particularmente severo olhar de desgosto desfigurou seu belo rosto. Elizabeth encarou esse olhar e Darcy, instantneamente arrependeu-se dele, imediatamente suavizou sua expresso, talvez mais do que ele teria desejado; fornecendo a Wickham uma parte de uma informao extremamente privada que Darcy nunca teria querido que ele tivesse a sua disposio. Tornando deliberadamente de Darcy com um sorriso, Wickham focou todo o seu charme em Elizabeth e continuou para envolv-la, uma vez mais, em conversa. Darcy sentiu seu sangue gelar. A ideia de George Wickham ganhando a boa opinio de Elizabeth era mais do que ele poderia digerir, mas o que ele poderia fazer sobre isto? Nada! Absolutamente nada sem deixar seus negcios pessoais abertos para todo o mundo desprezar. Ele no poderia suportar colocar Georgiana em tal humilhao e censura. Mas e as de inmeras outras jovens mulheres? E a honra delas? E o decoro delas? E o de Elizabeth? Darcy de repente sentiu toda a frustrao de sua posio de novo como uma dor familiar em seu peito lembrando-lhe que ela no era dele por direito para proteger, em primeiro lugar. O riso selvagem de Lydia Bennet ecoou alegremente atravs da rua. O semblante belo e as boas maneiras de Wickham tinham muito provavelmente o recomendado para a mais nova das Miss Bennets. Darcy assitia com crescente resentimento e alarme enquanto Wickham conversava facilmente com Elizabeth. Aps vrios momentos agonizantes, seus belos olhos viraram para reunir-se aos olhos torturados dele e em suas profundezas Darcy pode facilmente discernir surpresa, confuso e curiosidade. Certamente, a espirituosa e inteligente Elizabeth Bennet no seria tomada pelos gostos de George Wickham! Mas e se ele estivesse errado? Wickham era bonito, carismtico e perigoso. Sim, ela no tinha fortuna para tet-lo mas, conhecendo Wickham to intimamente como ele conhecia, seria isso suficiente para garantir que ELizabeth estaria a salvo de sua corte? Ela era certamente uma das mais belas mulheres
que ele j conhecera e ela tinha uma turba de encantos para recomend-la a qualquel homem; cada um dos quais Darcy estava mais agonizantemente consciente sempre que ele estava na compania dela. Outro pensamento alarmante ocorreu a ele ento - se Wickham tiver xito em impressionar Elizabeth, com que falsidades caluniosas sobre ele Wickham pode encher a cabea dela? O relacionamento de darcy com Elizabeth tinha sempre mantido um nvel de ansiedade subjacente para ele. Mesmo agora, aps quase seis semanas de convivncia, incluindo viver sob o mesmo teto em Netherfield enquanto ela cuidava da irm, parecia muito tnue; mas quaisquer mentiras que Wickham possa dizer a ela poderia muito facilmente causar danos irreparveis as suas peties. mas por qu? ele exigiu em exasperao. Por que deveria ser motivo de igual preocupao? Como um desejo to profundo quanto o que sinto por ela, eu poderia autorizar a mim mesmo a agir de acordo com esses sentimentos? Eu poderia realmente permitir-me formar qualquer real projeto com ela quando sua situao na vida to decididamente inferior a minha? Ele lutou para reprimir a ardente atrao que ele tinha sentido por ela desde o primeiro instante de seu conhecimento. Tinha sido uma luta constante; uma que ele sabia que estava perdendo. Inferno sangrento! Era simplesmente intil! Mesmo na mais mera possibilidade de Elizabeth Bennet pensando o pior dele - e nas mos de Wickham - fez a presente agitao de Darcy ficar maior. Ele no poderia deixar seu fevente desejo por sua estima ao acaso, e com uma impulsividade que poucos que conheceram-no em Hertfordshire reconheceriam, ele saltou do cavalo. Foi essa ao que finalmente despertou Bingley de sua descarada admirao de Jane desde que eles chegaram e ele seguiu Darcy com entusiasmo. Elizabeth notou a reao momentaneamente assustada de Wickham e, com interesse, tornou seus olhos de volta a Darcy. Sua mandbula estava rgida com seu desprazer como ele nivelou um olhar de dio intenso ao homem diante dele. Felizmente ignorante da hostilidade que irradiava de Darcy, Bingley cumprimentou o gupo ali reunido, em seguido calorosamente voltou sua ateno
de volta a Jane. " um prazer ver voc essa manh, Miss Bennet, e todas as suas irms! Ns estvamos em nosso caminha para Longbourn para cham-las quando aconteceu de v-las aqui. Este certamente um bom dia, no ?" Jane corou antes de responder que, de fato, era. Denny, um dos oficiais do regimento do Coronel Forster, deu um passo a frente e apresentou Wickham a ele, informando Bingley de que seu amigo estava para tomar o posto de tenente no seu regimento agora acampad em Meryton. Bingley o recebeu com seu usual bom humor e, embora ele olhasse para Jane a cada poucos segundos, ele de alguma forma conseguiu manter uma conversa inteligente com o cavalheiro. Darcy estava silenciosamente notando a contnua observao de Elizabeth de sua velada hostilidade para com Wickham. Ele sabia que devia falar ou ela certamente pensaria o pior dele por tal flagrante animosidade. Com nada menos que um supremo esforo de vontade, ele forou a si mesmo um semblante de compostura e perguntou sobre a sade de seus pais. Ela o recebeu com civilidade conforme respondia, "Eles esto ambos com excelente sade, obrigada," e caiu em silncio. "Vocs frequentemente caminham em Meryton, Miss Bennet?" ele perguntou, falhando em reprimir uma careta para o seu adversrio que, nesse momento, ousou sorrir para sua Elizabeth enquanto tentava falar convincentemente com Bingley. Por que, sim, Mr. Darcy. uma caminhada bastante agradvel, e como pode ver, h sempre muitas pessoas para conhecer." Aqui, ela olhou corajosamente para Wickham, antecipando a resposta de Darcy. Ela no estava desapontada como ele estava, de fato, parecia estar lutando fervorosamente para esconder seu descontentamento. Elizabeth continuou calmamente, "O que voc pensa do vilarejo, Mr. Darcy?" Ela descobriu que tinha que perguntar-lhe uma segunda vez, pois ele pareceu to perturbado por seu comentrio anterior para ter ouvido essa questo da primeira vez. A resposta dele foi meramente superficial. "E voc j teve a oportunidade de conhecer os vrios estabelecimentos,
senhor?" "O qu? Ah, no...no muito bem. Eu tenho estado muito ocupado desde minha chegada para ter tido esse privilgio." Ainda que os olhos de Wickham parecessem estar focados muito diligentemente no resto do seu grupo, Darcy sabia com muita certeza que ele estava prestando bastante ateno em sua conversa com Elizabeth. Ele desesperadamente desejou dizer alguma coisa - qualquer coisa - que pudesse comunicar um apropriado aviso para ela de alguma maneira, mas ele sabia que era impossvel naquelas circunctncias. Sua frustrao foi extrema. O alvio, entretanto, veio de uma parte muito bem-vinda. "Por acaso, Mr. Darcy, h um item em particular que eu estava esperando procurar essa manh em uma daquelas lojas ali no final da rua. Se voc sentir que pode suportar minha compania, senhor, eu estaria muito disposta a ajud-lo em familiarizar-se com todas as atraes que Meryton contm." Apesar da oferta de Elizabeth t-lo tomado de surpresa, o benefcio de tal proposta foi registrado imediatamente. Ele tirou os olhos de Wickham tempo suficiente para oferecer o brao a ela, o qual ela tomou aps uma leve hesitao. "Obrigado, Miss Bennet," ele disse calmamente, "eu agradeo." Ele a levou para longe do grupo a um ritmo contido; Elizabeth, indiferentemente apontou os vrios aspectos da cidade e certas lojas enquanto secretamente desejava descobrir a causa da severa descompostura de seu companheiro, normalmente estico, com seu novo conhecido; e Darcy, oferecendo distradas respostas enquanto ele silenciosamente ponderava a melhor maneira de contar a Elizabeth o desagradvel assunto de Wickham. Depois de andarem longe o bastante para evitar serem ouvidos, Elizabeth assustou-o mais uma vez perguntando, de uma maneira um pouco impertinente, a quanto tempo ele conhecia Wickham. Darcy ignorou sua ousadia e calmamente respondeu, " Eu o tenho conhecido praticamente minha vida inteira, Miss Bennet. O pai dele era o administrador do meu pai e um homem muito respeitvel. Ns brincamos quando ramos garotos, crescemos juntos na propriedade do meu pai e, aps
um tempo, passamos a olhar um para o outro como irmos." Ele parou para observar uma assustada reao que ela deixou escapar, apesar de seu melhor julgamento. "Voc parece ter um grande interesse na minha relao com aquele cavalheiro, Miss Bennet. Por que isso? meramente curiosidade de sua parte ou algo mais?" Ela corou com irritao, mas recuperou-se rpido o bastante para responder com grande impudncia, " Por que, Mr. Darcy, eu estava apenas preocupada pela gravidade de seu semblante, senhor. Ele pareceu para mim mais srio que o usual e eu pensei que voc poderia usar um desvio. Vendo como voc aprecia olhar pelas janelas sempre que algo realmente o desagrada, eu meramente pensei que voc poderia apreciar a oportunidade de olhar para dentro delas dessa vez." Darcy, que, em circunstncias normais e com qualquer outra mulher, teria considerado tal impertinncia altamente ofensiva, achou nada menos que agradvel, vindo daquela mulher em particular. Oh, como ele amou quando ela usou de si mesma para provoc-lo! Para surpresa de Elizabeth, ela viu os contornos de sua boca curvarem-se levemente antes dele dizer, "Sim, bem, eu a agradeo por sua preocupao, Miss Bennet." Ele ento limpou sua garganta e continuou. "Depois da morte do pai de Wickham, meu prprio pai ajudou-o em Cambridge, coma inteno de que a igreja seria sua profisso e um valioso benefcio eclesistico fosse dele uma vez que este vagasse. Depois da morte de meu pai, a qual aconteceu cinco anos atrs, Mr. Wickham proferiu um desejo de estudar as leis. Sabendo, naquela poca, que seus hbitos eram consideravam-no inadeuqado para a vida de clrigo, eu preferi acreditar que ele estava sendo sincero. Ele solicitou, e recebeu, a soma de trs mil libras em lugar do benefcio..." Se Elizabeth no sabia exatamente o que esperar, ela teria que admitir para si mesma que certamente no era isso. Ela escutou em horror como Darcy firmemente, e sem nenhum grau de agitao crescente, continuou a d-la um relato detalhado da histria do comportamento vergonhoso de Wickham. Quando ele chegou aos eventos do vero anterior em Ramsgate, entretanto, a
dor ainda era muito recente e pessoal e Darcy descobriu que seu orgulho no lhe permitia proferir o nome de sua amada irm. Em vez disso, ele revelou apenas a tentativa de seduo e fuga de uma estimada jovem de seu conhecimento. Enfim, ele tinha feito. Elizabeth no conseguia tirar seus olhos do rosto de Darcy. Ela estava nauseada em pensar que ela, que sempre tinha se orgulhado de suas abilidades de discernimento, tinha estado to disposta a provocar e insultar o homem taciturno diante dela - um homem que ela tinha conhecido por muitas semanas agora - em favor de um completo estranho a quem ela tinha apenas sido apresentada e continuava, mesmo agora, sendo um desconhecido para ela. O semblante belo de Wickham e suas boas maneiras tinham, em um mero quarto de hora que havia conversado com ele, sido suficientes para ganhar uma impresso favorvel dela; mas que impresso errnea ela tinha formado! Elizabeth corou com mortificao. Que tudo isso tivesse acontecido na presena de Darcy tornou sua agitao mais extrema. Por alguma razo que ela no podia explicar, ou sequer imaginar, Elizabeth no podia tolerar Darcy pensando menos dela do que ele j pensava por ter errado to grandemente em seu julgamento de um homem como Wickham. A ansiedade de Elizabeth estava aparente e Darcy sentiu toda a responsabilidade disso ento ele parou e, com a voz cheia de sincera preocupao, disse a ela, "Miss Bennet, eu sinto muitssimo que o que eu relatei tenha lhe causado tal angstia. Por favor acredite-me, meu propsito em faz-lo foi apenas alert-la e s suas irms do grande perigo de fazer parte da sociedade de Wickham. No foi minha inteno ser malicioso ou causar-lhe dor, a eu devo implorar sua compreenso e espero que voc me perdoe por t-la entristecido." Elizabeth achou difcil encontrar o olhar intenso de Darcy e, no esforo de se recompr, ela olhou para longe. "No, senhor, eu estou perfeitamente bem e, de fato, voc est enganado, no h nada para perdoar; mas eu acho que eu devo agora confessar-lhe o quo despreparada eu estava para ouvir tal infame relato do mesmo amvel cavalheiro a quem eu fui apenas apresentada. Eu acho
que quase alm de mim creditar tais terrveis acusaes e tal duplo comportamento, ainda, dado o que eu venho a conhecer de seu carter, e dado que tambm sua prpria histria ntima com Mr. Wickham, eu temo que eu deva acreditar em voc e julgar sua histria verdadeira. Darcy soltou um inaudvel sinal de alvio e correu o dorso de sua mo atravs de sua boca. "Sim," ele disse calmamente, "di-me dizer que verdade em todos os detalhes. Por favor acredite em minha sinceridade, Miss Bennet, quando eu digo que no h ningum que deseje mais que eu que a aparncia cavalheiresca de Mr. Wickham jamais fosse mais que aparncia" No momento que Darcy e Elizabeth retornaram para o resto de seu grupo, Wickham e Denny j tinham partido. Elizabeth foi a Jane para pedir que todos eles voltassem para casa sem demora. Jane estava preocupada e, vendo a profunda asiedade de Elizabeth, ela prontamente concordou. Bingley, que no estava inteiramente preparado para separar-se de Miss Jane Bennet to cedo, implorou acompanhar as senhoras de volta a Longbourn - uma proposta que foi recebida com alegria por Jane. Sentindo todo o perigo de passar mais tempo do que devia na disconcertante compania de Elizabeth Bennet por uma manh, Darcy declinou juntar-se a eles, dizendo que tinha algumas correspondncias urgentes as quais ele tinha adiado por muito tempo e que agora requeriam sua imediata ateno. Naquela tarde, na privacidade de seu prprio quarto, Elizabeth revelou os detalhes de sua conversa com Darcy a Jane. Nunca querendo pensar mal de ningum, Jane estava bem desesperada querendo acreditar que Wickham no era to ruim como Darcy expunha. "Mas Lizziy, voc est certa, absolutamente certa, que ele tem tais projetos nesse momento? Talvez ele tenha se arrependido de suas aes passadas e est ansioso para reestabelecer seu carter aos olhos do mundo. Ele pareceu possuir uma expresso de bondade em suas maneiras." Elizabeth sacudiu sua cabea devagar e deu um sorriso relutante. "No, Jane. Eu bem desejaria pensar como voc, mas eu no posso deixar de acreditar que isso imrpovvel. Embora o semblante do Mr. Darcy sugerisse um
mais veemente desgosto de Mr. Wickham, voc no notou o modo que Mr. Wickham olhou para o Mr. Darcy. A expresso dele foi um misto de escrnio e insolncia. No, eu no posso inocent-lo to facilmente dos crimes que o Mr. Darcy o acusou. Eu me sinto mais inclinada a acreditar que ele no um homem confivel." "Por esse relata, ento, Lizzy, ele certamente parece desgostar do Mr. Darcy tanto quanto este desgosta dele. Algo muito ruim, talvez pior do que o que ele lhe relatou no que diz respeito sua associao, deve certamente ter ocorrido para promover sentimentos tao fortes de averso." "Eu confesso, que nesse sentido, eu sou da sua opinio. Mr. Darcy estava muito perturbado, Jane. Mesmo quando ele estava falando particularmente comigo de Mr. Wickham, ele pareceu visivelmente perturbado. Et muito alm dele revelat sentimentos sobre qualquer assunto e, dado isto, eu no posso deixar de imaginar se ele pode estar guardando algo mais dele mesmo." Jane permaneceu pensativa por um longo tempo antes de dizer calmamente, "Lizzy, eu acredito que Mr. Darcy deve estar apaixonado por voc." Elizabeth a encarou, sua expresso incrdula, e riu. "Jane! O que fez voc pensar tal coisa? Certamente, Mr. Darcy no sente nada por mim. Voc lembra o comentrio dele na assembleia, no lembra?" "De fato, foi muito errado deke dizer tal coisa, no importa a compania, mas, Lizzy, no parece inacreditvel que um homem com a notoriedade do Mr. Darcy - um homem orgulhoso e discreto com tal sifnificncia no mundo - falaria com voc to abertamente sobre seus prrpios negcios com tal homem como Mr. Wickham? Eu dificilmente posso acreditar nisso. No, isso poderia ser apenas um cumprimento a voc, minha querida irm." "Realmente, Jane, isso muito absurdo!" ele riu novamente. "Voc sabe to bemquanto eu que Mr. Darcy despreza-me por minhas opinies decididas e meus modos impertinentes. Elel nunca permitir ter sentimentos por mim, uma senhorita desconhecida com nada mais que cinquenta libras e seus encantos para recomend-la; no quando ele poderia ter uma mulher elegante com cinquenta mil libras e um ttulo."
Jane sorriu. "Eu tomo a liberdade de discordar, Lizzy." Elizabeth fez um protesto, mas Jane a silenciou. "Voc esquece, Lizzy, que eu tenho notado, to bem como Charlotte, a ateno que Mr. Darcy lhe d, mesmo se no for mais do que olhar para voc atravs da sala. No pode ter escapado a sua aguda observao que voc , de fato, a nica senhora que ele encara." Jane sacudiu a cabea. "No, na h outra explicao para isto. Mr. Darcy deve estar apaixonado por voc.' A discusso continuou e metade da noite foi gasta na conversa.
TEXTO ORIGINAL: Affinity and Affection - A Pride and Prejudice What If Story TRADUO:
Lizzie Rodrigues http://www.lizzierodrigues.blogspot.com/