Revolução Industrial

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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO


ESCOLA BÁSICA MUNICIPAL VEREADORA ALBERTINA KRUMMEL MACIEL
ANO: 8o TURMA: 81 DISCIPLINA: HISTÓRIA
ALUNO/A:
PROFESSOR(A): EDSON C. GUEDES E-MAIL: Declaytom@hotmail.com
CARGA HORÁRIA: 2 H.A. DATA DA POSTAGEM:27/05/20 -PRÓXIMA POSTAGEM: 03/06/20
ATIVIDADE NÃO PRESENCIAL N: 6

APRESENTAÇÃO

Olá, espero encontrar você com saúde e disposição.


Falando em disposição, te convido agora a estudar sobre a Revolução industrial. Você já estudou as
“revoluções inglesas”, o “conceito de Revolução” e, logo mais, estudaremos a “revolução Francesa”. Mas, para
encerramos esta primeira etapa das revoluções, veremos o que foi a Revolução industrial que, como o próprio
nome diz, revolucionou a forma de produzir mercadorias, de viver e de pensar. Essa Revolução teve início na
Inglaterra na década de 1760 e se propagou pela Europa nas décadas seguintes. Nosso objetivo de aprendizado é
analisar os impactos da Revolução Industrial na produção e circulação de povos, produtos e culturas.
Leia o texto, faça anotações, se tiver acesso à internet poste suas perguntas no site. Para quem pega o
material na escola, não esquece de guardar com todo o cuidado esta belezura, porque utilizaremos deste conteúdo
mais à frente. Nesta primeira etapa, a tua tarefa é “somente ler”. Não tem atividade para enviar ok?
Após o texto, você encontra um mapa mental sobre a Revolução que indicará os pontos principais sobre
os acontecimentos que mudaram a relação do ser humano com as coisas e entre as pessoas.
Então, bora lá pra mais uma Revolução.

Bons estudos!

Edson Claiton Guedes


Professor de história
Do artesanato à maquinofatura

A Revolução industrial, iniciada na Inglaterra por volta de 1760, foi um conjunto de mudanças
profundas no modo de os seres humanos produzirem mercadorias, viverem e se relacionarem uns com os outros.
Antes da Revolução, as formas de produção predominantes nas cidades europeias eram o artesanato e a
manufatura. No artesanato, as tarefas eram feitas geralmente pela mesma pessoa. O artesão era dono da oficina
que ficava em sua própria casa.
A partir do século XV, com as grandes navegações e as conquistas de mercados na África, Ásia e
América, aumentou muito a procura por produtos europeus. Muitos negociantes passaram a reunir trabalhadores
em grandes oficinas e a oferecer-lhes a matéria-prima e uma remuneração pelo serviço realizado. Essa forma de
produção é chamada de manufatura. Nela, a oficina e as ferramentas pertencem ao capitalista e cada trabalhador
faz uma parte do trabalho. Com a criação das máquinas industriais movidas a vapor, ocorreram mudanças
profundas. Cada uma dessas máquinas substituía diversas ferramentas e realizava o trabalho de várias pessoas.
Essa nova forma de produção recebeu o nome de maquinofatura.
O pioneirismo inglês foi o principal motivo para a Inglaterra se transformar em grande potência mundial,
a oficina do mundo. Dentre os motivos para tal pioneirismo esta a invenção da máquina a vapor no Reino Unido,
algo essencial para a explosão industrial e marcará a primeira fase deste processo. Mas nada disso teria sido
possível sem dois fatores fundamentais: o primeiro foi a chegada da burguesia inglesa ao poder político no século
XVII. Isso fez com que o Estado adotasse uma série de medidas que beneficiaram o desenvolvimento industrial. E
o segundo, os ingleses terem passado séculos acumulando riquezas com as mais diversas atividades tipo:
comércio internacional, tráfico de escravos, cercamento de terras e o corso, uma prática de roubo a navios de
outras nações, uma espécie de pirataria em nome do Estado. Tudo isso rendeu muito capital que os ingleses
investiram na industrial.
Mas, e a mão de obra para revolução veio de onde? Vamos ver a relação entre os dois polos da produção:
trabalho x capital; operários x burgueses. Já naquela época, a burguesia gozava de vantagens devido as
revoluções inglesas do século XVII que concederam poderes para a classe burguesa no parlamento, limitando até
a participação da aristocracia e da monarquia inglesa. A classe burguesa era a mais poderosa do mundo,
governando seu país ao contrário dos regimes aristocráticos do resto do continente. Já para os operários era outra
história, marcada por muita exploração. A classe operária surgia juntamente com as fábricas, graças ao
cercamento de terras para a burguesia. Muitas famílias de camponeses foram expulsas, e foi esse êxodo rural que
expandiu os latifúndios, trazendo a mão de obra necessária para encher as fabricas nas cidades. Porem, os
trabalhadores nas fabricas viviam em condições precárias, com uma alta carga horária, uma remuneração irrisória,
e ainda sem nenhum direito. Essa tensão entre classes gerou muita revolta culminando em movimentos como o
cartismo e o ludismo.
Os Luditas, como ato de protesto, invadiam as fábricas para destruir equipamentos, por isso eram
conhecidos como os quebradores de máquinas. Já os cartistas, tentavam conseguir direitos através da política.
Eram as cartas do povo.
A expansão da revolução industrial se deu em 3 fases: na primeira em meados do século XVIII e início do
século XIX, ela se estendeu até a França e o principal combustível era o carvão. Na segunda fase, as máquinas se
espalharam para o resto da Europa, Estados Unidos, Japão, sendo o principal combustível o petróleo. Começavam
a usar os motores a combustão. Inclusive, o neocolonialismo ou imperialismo ou o domínio das potencias
capitalistas sob regiões consideradas mais atrasadas do planeta só foi possível com a ascensão econômica e
militar trazida pela revolução industrial, e a independência desses países só começaria a acontecer depois da
segunda guerra mundial. Na terceira e última fase, já no século XX, depois da segunda guerra mundial, a
revolução se expande para outras regiões do mundo, trazendo tecnologias de massa ainda hoje presentes no nosso
dia a dia.
Muitas coisas do nosso cotidiano são consequências dessa revolução que começou lá na Inglaterra no
século XVIII. A grande importância da industrialização foi tornar os métodos de produção mais eficiente que os
conhecidos na época. Passamos a produzir mais em menos tempo com maior qualidade. As mercadorias ficaram
mais baratas por estarem sendo produzidas mais rapidamente, o que também trouxe uma onda de consumismo
que começou a se estabelecer principalmente a partir da terceira fase da revolução.
Todo esse processo de revolução aumentou o crescimento desordenado das cidades assim como a
poluição ambiental no mundo inteiro, ameaçando inclusive o futuro da vida na terra.

Essa linha do tempo demonstra como o processo industrial é contínuo e revolucionário


FONTES

https://www.youtube.com/watch?v=Y1S7_OD9Viw
http://www.sindipetro-es.org.br/3-revolucao-industrial-parte-1/
BOULOS, Alfredo. História: sociedade & cidadania. 4ª. Edição. São Paulo: Editora FTD, 2018, p. 32.

*Segue abaixo o Gabarito da atividade n. 5


1 d
2 c
3 c
4 b
5 c
6 b
7 a---4
b---2

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