0% acharam este documento útil (0 voto)
0 visualizações9 páginas

Root, SCB6160Final

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1/ 9

DOI: 10.

13102/scb6160 ARTIGO

Flora da Bahia: Leguminosae – Enterolobium (Clado Mimosoide: Ingeae)

Anne Ranielly Monteiro Luz1,a, Lamarck Rocha2*, Luciano Paganucci de Queiroz3,b & Élvia Rodrigues de
Souza1,c

¹ Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Vegetal, Departamento de Educação, Universidade do Estado da


Bahia, Campus VIII, Paulo Afonso, Bahia, Brasil.
² Departamento de Botânica e Zoologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Rio Grande do Norte,
Brasil.
3
Programa de Pós-Graduação em Botânica, Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, Bahia,
Brasil.

Resumo – Apresentamos o tratamento taxonômico do gênero Enterolobium para o estado da Bahia, Brasil. Foram registradas cinco espécies,
para as quais fornecemos uma chave de identificação, descrições, comentários, dados do período de floração e frutificação, além de ilustrações
e mapas de distribuição geográfica na Bahia.
Palavras–chave adicionais: Fabaceae, Flora Neotropical, florística, Nordeste do Brasil, taxonomia.

Abstract (Flora of Bahia: Leguminosae – Enterolobium (Clado Mimosoide: Ingeae)) – We present the taxonomic treatment of the genus
Enterolobium for the state of Bahia, Brazil. Five species were recorded, for which we provide an identification key, descriptions, comments,
data on the period of fruiting and flowering, as well as illustrations and maps of geographical distribution in Bahia.
Additional keywords: Fabaceae, floristics, Northeast Brazil, Neotropical Flora, taxonomy.

A tribo Ingeae (Clado Mimosoide, Leguminosae) não. Estípulas ausentes ou caducas. Folhas com
(LPWG 2017) reúne 36 gêneros e 951 espécies (Lewis pecíolo canaliculado ou anguloso, bipinadas; nectários
& Rico Arce 2005), caracterizadas pelo androceu extraflorais peciolares e adicionais, quando presentes,
monadelfo com numerosos estames. Ingeae não é na raque e ráquila, geralmente sésseis, globosos,
monofilética (Brown et al. 2008) e vários de seus elíptico-transversos, elíptico-ovais a pateliformes;
gêneros ainda são pouco explorados do ponto de vista pinas opostas a subopostas; parafilídios presentes ou
sistemático (Brown 2008), como Enterolobium Mart. não; foliólulos simétricos ou assimétricos, 2–80 pares
A maior parte do conhecimento taxonômico sobre o por pina, oblongos a linear-falcados, margens inteiras,
gênero permanece restrita à revisão taxonômica glabros ou indumentados. Inflorescências glomérulos
realizada por Mesquita (1990). No Brasil, destacam-se globosos, pedunculados, fasciculados ou em pseudo-
floras estaduais (e.g. Filardi et al. 2016; Chagas et al. racemos, homomórficos ou heteromórficos com flores
2017) e o tratamento para a Flora do Brasil (Morim et centrais diferenciadas das periféricas, principalmente
al. 2020), o qual ainda carece de descrições completas pela forma do cálice e número de estames. Flores
e comentários para as espécies. pentâmeras; sésseis a pediceladas; cálice tubuloso ou
Enterolobium é predominantemente composto de campanulado, lacínias agudas ou cuneadas; corola
árvores ou arbustos e pode ser facilmente reconhecido tubulosa ou campanulada, lacínias agudas ou
pelos frutos auriculiformes e nigrescentes. Mesquita cuneadas; androceu monadelfo, tubo estaminal incluso
(1993) registrou três espécies de Enterolobium na
ou exserto em relação à corola, estames 8–90, anteras
Bahia e, para a porção baiana do domínio da Caatinga,
dorsifixas, rimosas; ovário séssil, glabro ou
Souza & Queiroz (1996) mencionaram duas. Aqui,
indumentado, disco nectarífero presente ou não.
ampliamos o conhecimento sobre o gênero, como parte
Frutos bacoides ou nucoides, circinados, reniformes,
do projeto Flora da Bahia. Registramos cinco espécies
glabros ou indumentados; epicarpo liso ou rugoso,
no estado, para as quais apresentamos chave,
descrições, ilustrações, fotografias e mapas de unisseriado ou bisseriado. Sementes ovoides,
distribuição geográfica na Bahia. elipsoides, elíptico-ovoides ou obovoides, com ou sem
pleurograma, com ou sem linha fissural.
Enterolobium Mart., Flora 20 (2, Beibl.): 117. 1837. Enterolobium inclui 11 espécies e apresenta
Arbustos ou árvores inermes. Gemas presentes ou distribuição exclusivamente neotropical, desde o sul do
México até a Argentina, com maior riqueza na
*
Autor para correspondência: lamarck.rocha@gmail.com; Amazônia (Mesquita 1990; Barneby & Grimes 1996).
a
anneranielly@hotmail.com; b luciano.paganucci@gmail.com; No Brasil, ocorre na Amazônia, Caatinga, Cerrado,
c
elviasouza@gmail.com Mata Atlântica e Pantanal (Morim et al. 2020). Na
Editor responsável: Alessandro Rapini Bahia, está representado por cinco espécies e
Submetido: 24 dez. 2020; aceito: 23 abr. 2021 predominantemente distribuído em caatingas e
Publicação eletrônica: 30 abr. 2021; versão final: 6 maio 2021 florestas úmidas.

ISSN 2238-4103 Sitientibus série Ciências Biológicas 21


Luz et al. – Enterolobium da Bahia

Chave para as espécies se a caatingas arbustivo-arbóreas, campos rupestres,


1’. Folíolos simétricos. florestas de galeria e estacionais semideciduais.
2. Tronco lenticelado; foliólulos 4–6 pares por pina, Encontrada com flores de setembro a fevereiro, maio e
elípticos ................................ 3. E. gummiferum julho, e com frutos de março a julho, setembro a
2’. Tronco não lenticelado; foliólulos 6–11 por pina, dezembro.
oblongos ou estreito-elípticos .... 4. E. monjollo Material selecionado ‒ Abaíra, Catolés estrada Ouro-Verde-
1. Folíolos assimétricos. Abaíra, 13°14ꞌ58"S, 41°39ꞌ48"W, 1 maio 2011 (fr.), E.R. Souza et al.
3. Folhas com menos de 5 pares de pinas; corola 694 (HUEFS); Barra, Km 6,2 da BR, estrada de Brejolândia,
externamente glabra ................... 5. E. timbouva 11°08ꞌ94"S, 43°14ꞌ17"W, 6 jun. 1974 (fr.), D.P. Lima et al. 13270
3’. Folhas com 5 ou mais pares de pinas; corola (HUEFS, UFRPE); Bom Jesus da Lapa, estrada Igopora-Caetité Km
externamente indumentada. 67, 13°15ꞌ18ꞌꞌS, 43°25ꞌ04ꞌꞌW, 2 jul. 1983 (fr.), L. Coradin et al II 6343
4. Folhas com 5–8 pares de pinas, foliólulos (BOT, EX, HERB, HORT, KEW, REG); Caetité, praça próximo ao
lanceolados; glomérulos dispostos em pseudo- mercado municipal, ca. 14°03ꞌS, 42°29ꞌW, 28 out. 1993 (fl., fr.), L.P.
racemos; corola sem tricomas ferrugíneos Queiroz & N.S. Nascimento 3616 (ALCB); Campo Alegre de
externamente ............. 1. E. contortisiliquum Lourdes, Morro da Cartola, ca. 7,6 km NW do município,
4’. Folhas com 20–30 pares de pinas, foliólulos 09°48ꞌ41"S, 43°09ꞌ25"W, 21 maio 2000 (fr.), L.P. Queiroz et al. 6240
falcados; glomérulos dispostos em fascículos; (FUEL, HUEFS, HURB); Carinhanha, Médio São Francisco,
corola com tricomas ferrugíneos externamente 14°20ꞌ06"S, 43°47ꞌ17"W, 25 nov. 2007 (est.), M.L. Guedes et al.
................................................ 2. E. glaziovii 13975 (ALCB, HUEFS); Cocos, próximo ao córrego Várzea do
Barro, 14°23ꞌ34"S, 44°39ꞌ40"W, 18 jul. 2007 (fr.), R. Valadão et al.
1. Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong, 607 (HUEFS); Condeúba, Caatinga arbustiva-arbórea, 14°53ꞌS,
Ann. New York Acad. Sci. 7: 102. 1893. 41°58ꞌW, 15 dez. 2017 (fr.), M.L. Guedes et al. 30173 (ALCB);
Figuras 1A–F, 3A–F e 4. Coribe, Félix do Coribe para Coribe, 13°44ꞌ13"S, 44°22ꞌ38"W, 20
Nomes populares: orelha-de-macaco, orelha-de-negro, jul. 2009 (fr.), C.N. Fraga et al. 2743 (HUEFS); Cruz das Almas,
tamboril, timbó e timbouva (Mesquita 1990). Recôncavo Sul, EMBRAPA Mandioca e Fruticultura, 11°45ꞌS,
Arbusto ou árvore 4–20 m alt.; tronco liso, 07°36ꞌW, 2 maio 2015 (fr.), M.L. Guedes et al. 23481 (ALCB); Irecê,
lenticelado; ramos pubescentes. Folhas com pecíolo Ibipeba, Mirorós, 11°38ꞌS, 42°00ꞌW, 25 set. 2000 (fl.), D.S. Almeida
3,5–10 cm compr., canaliculado; raque 2–12,5 cm et al. 6 (ALCB); Itaberaba, fazenda Itaberaba, morro Itibiraba,
compr.; ráquila 1,5–4 cm compr., pubérula; nectários 12°50ꞌ11"S, 40°08ꞌ13"W, 22 out. 2005 (fl., fr.), E. Melo et al. 4129
extraflorais na região mediana do pecíolo, os
(HUEFS); Jacobina, arredores de Sítio do Meio, 11°04ꞌ31"S,
adicionais na base do último par de pinas, sésseis,
40°38ꞌ50"W, 1 abr. 1996 (fr.), A.M. Giulietti et al. PCD2739 (ALCB,
globosos; parafilídios filiformes; 5–8 pares de pina;
CEPEC, HUEFS); Lençóis, Mucugezinho, área N da BR-242,
foliólulos assimétricos, 12–20 pares por pina, 0,2–2
12°27ꞌ51"S, 41°25ꞌ5"W, 26 out. 2014 (fl., fr.), L.P. Queiroz et al.
cm × 3–6 mm, cartáceos, opostos, lanceolados, ápice
15993 (ALCB, HUEFS); Licínio de Almeida, Saco da Onça,
brevemente cuspidado, base oblíquo-assimétrica,
14°44ꞌ47"S, 42°34ꞌ21"W, 14 out. 2014 (fl., fr.), M.L. Guedes et al.
nervação broquidódroma, face adaxial estrigosa, a
22466 (ALCB); Livramento do Brumado, 5 km da cidade na estrada
abaxial glabra. Glomérulos homomórficos, 1–1,5 cm
para Rio de Contas, perto do riacho entre pedras, 13°37ꞌS, 41°49ꞌW,
diâm., em pseudo-racemos; pedúnculo 1–2 cm compr.
25 de out. 1988 (fl.), R.M. Harley et al. 25612 (CEPEC); Maracás,
Flores 1,4–2 cm compr.; pedicelo 0,5–1 mm compr.;
rodovia Maracás/Pouso Alegre, Km 22, 8 jul. 1971 (fr.), R.S. Pinheiro
cálice tubuloso, tubo ca. 2 mm compr., lacínias 1–1,6
et al. 1446 (CEPEC); Morro do Chapéu, 11°33ꞌS, 41°09ꞌW, 25 out.
mm compr., agudas, as duas faces seríceas, sem
2003 (fr., fl.), M.L. Guedes et al. 10729 (ALCB, CEPEC); Mucugê,
tricomas ferrugíneos; corola alva, às vezes com uma
pousada Pé de Serra, 13°00ꞌ66"S, 41°37ꞌ02"W, 10 jun. 2012 (est.),
mancha alaranjada na fauce, tubulosa, tubo ca. 3 mm
compr., lacínias 2–3 mm compr., agudas, as duas L.P. Queiroz et al. 15579 (HUEFS); Palmeiras, Vale do Capão,
faces seríceas; androceu ca. 70 estames, 1–1,3 cm 12°35ꞌ53"S, 41°29ꞌ32"W, 26 out. 2014 (fl.), L.P. Queiroz et al. 16023
compr., tubo estaminal exserto, 2–3 mm compr.; (ALCB, HUEFS, US); Paramirim, caminho Catuarama para
ovário ca. 2 mm compr., glabro, ca. 18-ovulado, Mateus, 13°17ꞌ49"S, 42°14ꞌ44"W, 28 abr. 2007 (fr.), A.S Conceição
estilete 0,8–1,1 cm compr. Frutos bacoides, 8–9 × et al. 1945 (HUEFS); Piatã, beira do Rio de Contas, 13°06ꞌ45"S,
4,1–6 cm, bisseriados; epicarpo liso, glabro, lustroso. 41°41ꞌ12"W, 861 m, 18 abr. 2014 (fr.), E. Melo et al. 12608
Sementes elíptico-ovoides, 1,4–1,5 cm × 5–9 mm, (HUEFS); Pindobaçu, margem do rio Itapicuru-Açu, 10°44ꞌS,
episperma castanho-claro, pleurograma elíptico, com 40°21ꞌW, 20 dez. 1999 (fr.), M.L. Guedes et al. 7174 (ALCB,
linha fissural. CEPEC); Remanso, estrada para Pilão Arcado, a 6,4 km, 09°37ꞌ19"S,
Ocorre na Argentina, Bolívia, Uruguai e Paraguai. 42°04ꞌ51"W, 24 set. 2009 (fl., fr.), F.S. Gomes et al. 288 (ALCB,
No Brasil, está representada em todos os estados das HUEFS); Rio de Contas, estrada para Marcolino Moura, 13°36ꞌ16"S,
Regiões Sul e Centro-Oeste e na maioria dos estados 41°45ꞌ37"W, 1 nov. 2004 (fl.), R.M. Harley et al. 55193 (HUEFS);
das Regiões Sudeste (exceto Rio de Janeiro) e Nordeste Salvador, Campus da Federação, UFBA, acesso a área dos fundos da
(exceto Alagoas, Maranhão e Sergipe) (Mesquita prefeitura de campus, 12 maio 2006 (fl.), G.M. Carvalho et al. 92
1990; Morim et al. 2020). B4, B5, C7, D4–D7, E5, E7, (ALCB); Santa Cruz Cabrália, 16°38ꞌ33"S, 39°13ꞌ33"W, 7 nov.
F3–F6, G1, G4–G6: amplamente distribuída, associa- 1984 (fr.), F.S. Santos et al. 444 (CEPEC, HUEFS); Seabra,

Sitientibus série Ciências Biológicas 21: 10.13102/scb6160


2
Luz et al. – Enterolobium da Bahia

Figura 1. A–F. Enterolobium contortisiliquum: A- ramo reprodutivo; B- foliólulo (face abaxial); C- flor; D- ovário; E- fruto bisseriado (corte
transversal); F- semente. G, H. E. glaziovii: G- ramo reprodutivo; H- fruto (ilustrado por Karena M. Pimenta a partir de: A–F- Queiroz 15993;
G, H- Spada 10772).

caminho para Xique-Xique, 12°12ꞌ58"S, 42°15ꞌ59"W, 21 jul. 1996 (fr.), menos densa (vs. copa densa em E. timbouva), tronco
R. Harley et al. 2923 (ALCB, CEPEC); Sento Sé, Serra da Jacobina, lenticelado (vs. sem lenticelas) com superfície lisa (vs. com
13°63ꞌ05"S, 41°79ꞌ05"W, 19 nov. 1996 (fl.), N. Roque et al. 4522 (ALCB, rachaduras); maior número de foliólulos (12–20 vs. 8–12
CEPEC, HUEFS); Serra Dourada, 12°45"S, 43°57ꞌW, 17 jul. 1984 (fl., pares/pina) e pares de pina (5–8 vs. 3–4); glomérulos em
fr.), M.M. Santos et al. 83 (CEPEC, HUEFS). pseudo-racemos (vs. em fascículos); flores pediceladas (vs.
Assemelha-se a Enterolobium timbouva, com a qual é sésseis); frutos bisseriados (vs. unisseriados), sementes
corriqueiramente confundida. Diferencia-se pela copa elíptico-ovoides (vs. obovoides ou ovoides), castanho-

Sitientibus série Ciências Biológicas 21: 10.13102/scb6160


3
Luz et al. – Enterolobium da Bahia

claras (vs. marrom-escuras), pleurograma elíptico (vs. (vs. liso), sementes ovoides (vs. elípticas), e ocorrência
oval) e linha fissural presente (vs. ausente). apenas na Mata Atlântica (vs. Amazônia e Cerrado)
(Mesquita 1993).
2. Enterolobium glaziovii (Benth.) Mesquita, Acta
Bot. Brasil. 7(2): 18. 1993. 3. Enterolobium gummiferum (Mart.) J.F.Macbr.,
Figuras 1G, H e 4. Contr. Gray Herb. 59: 1. 1919.
Nomes populares: angico-pedra, orelha-de-macaco, Figuras 2A–D, 3G–I e 4.
orelha-de-negro, tambor, timbó, timboiba e vinhático- Nomes populares: corticeira, fava-de-rosca, orelha-de-
cabeleira (Mesquita 1993). negro, tamboril-do-cerrado, vinhático-cascudo e vinhático-
Árvore 10–34 m alt.; tronco liso; ramos densamente do-campo (Mesquita 1990).
pilosos. Folhas com pecíolo 1,5–2 cm compr., Arbusto, arvoreta ou árvore 2–45 m alt.; tronco
canaliculado; raque 8–10,5 cm compr.; ráquila ca. 5 mm suberoso, lenticelado; ramos glabros. Folhas com
compr., densamente ferrugíneo-vilosa; nectários pecíolo 3,5–6 cm compr., canaliculado; raque 1,5–8 cm
extraflorais distantes 0,8–1 cm da base do pecíolo, os compr.; ráquila ca. 1,3 cm compr., glabra; nectários
adicionais às vezes presentes na base do último e extraflorais distantes 0,6–1,5 cm da base do pecíolo, os
antepenúltimo par de pinas, sésseis, elíptico- adicionais na base do último par de pinas e abaixo de
transversos; parafilídios ausentes; 20–30 pares de pina; todos os jugos da pina, sésseis, pateliformes; parafilídios
foliólulos assimétricos, 40–80 pares por pina, ca. 3 × 1 filiformes; 3–6 pares de pina; foliólulos simétricos, 4–6
mm, cartáceos, opostos a subopostos, falcados, ápice pares por pina, 1,5–4 × 0,5–1,7 cm, coriáceos, opostos,
cuspidado, base oblíqua, irregular, um dos lados 70% elípticos, ápice retuso, base aguda, nervação
reduzido, nervação secundária inconspícua, as duas broquidódroma, as duas faces glabras. Glomérulos
faces seríceas. Glomérulos homomórficos, 1–1,5 cm homomórficos, 1–1,5 cm diâm., em fascículos;
diâm., em fascículos; pedúnculo 3,5–4 cm compr. pedúnculo 2,5–4 cm compr. Flores 1,4–2 cm compr.;
Flores 1,4–2 cm compr.; pedicelo ca. 1 mm compr.; pedicelo ca. 1 mm compr.; cálice tubuloso, tubo 2–4 mm
cálice tubuloso, tubo ca. 2 mm compr., lacínias ca. 1 mm compr., lacínias 1–3 mm compr., agudas, as duas faces
compr., agudas, as duas faces seríceas, tricomas seríceas, tricomas ferrugíneos ausentes; corola alva,
ferrugíneos; corola alva, campanulada, tubo ca. 3 mm tubulosa, tubo ca. 3 mm compr., lacínias ca 2 mm
compr., lacínias ca. 2 mm compr., agudas, as duas faces compr., agudas, as duas faces seríceas; androceu 40–56
ferrugíneo-vilosas; androceu 18–20 estames, 1–1,3 cm estames, 4–7 mm compr., tubo estaminal exserto, 4–5
compr., tubo estaminal exserto, ca. 4 mm compr.; ovário mm compr.; ovário ca. 2 mm compr., glabro, 8–22-
ca. 2 mm compr., viloso, 23–29-ovulado, estilete ca. 8 ovulado, estilete 0,5–1,3 cm compr. Frutos bacoides,
mm compr. Frutos bacoides, 8–10 × 4–5 cm, 3,9–8,5 × 3,7–8 cm, bisseriados; epicarpo crasso,
bisseriados; epicarpo rugoso, glabro, lustroso. velutino. Sementes elíptico-ovoides, ca. 1,5 cm × 9 mm,
Sementes ovoides, ca. 1 cm × 4 mm, episperma episperma castanho-claro, pleurograma oval, com linha
amarelo-enxofre, pleurograma lanceolado, com linha fissural.
fissural. Endêmica do Brasil, foi registrada nas Regiões Norte
Endêmica do Brasil, ocorre em áreas de floresta (Pará, Tocantins), Nordeste (Bahia, Maranhão, Piauí),
ombrófila, nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do
Rio de Janeiro e Bahia (Morim et al. 2020). H7: região Sul, Mato Grosso), Sudeste (Minas Gerais, São Paulo)
sul, Mata Atlântica. Pode ser encontrada com flores e (Morim et al. 2020). D2, E3, E6, F5, F6, G5: cerrado s.
frutos principalmente nos meses de junho a março. str., carrascos e campos rupestres. Encontrada com
Material examinado ‒ Itambé, rodovia Itambé/Potiragua/ flores durante os meses de maio, julho, setembro a
Itapebi, ca. 15°14ꞌS, 40°37ꞌW, 10 nov. 1967 (fl., fr.), R.S. Pinheiro et novembro, e frutos de maio a outubro.
al. 413 (CEPEC, NY). Material selecionado – Abaíra, Chapada Diamantina, estrada
Material examinado adicional – BRASIL. ESPÍRITO de Abaíra para Barra da Estiva, 13°15ꞌ51"S, 41°26ꞌ37"W, 10 out.
SANTO. Linhares, estrada Macanaiba Pele de Sapo, Km 1,78, 2009 (fr.), M.L. Guedes et al. 16655 (ALCB); Caetité, coletas a 18
19°09ꞌ42"S, 39°11ꞌ02"W, 30 nov. 1972 (fl.), J. Spada et al. 10772 km de Caetité, na estrada para Guanambi, 14°07ꞌ23"S, 42°36ꞌ50"W,
(CVRD, HUEFS, VIES). RIO DE JANEIRO. Rio de Janeiro, 1 set. 2006 (fr.), S.C. Sant’Ana et al. 1288 (CEPEC, HUEFS);
Reserva Biológica do Poço das Antas, estrada para Juturnaíba, Formosa do Rio Preto, 11°02ꞌ53"S, 45°11ꞌ35"W, 16 maio 1982 (fl.,
esquerda Km 4, 13 jun. 1995 (fr.), C. Luchiari et al. 656 (CEPEC). fr.), A.E. Fernandes et al. s.n. EAC 11344 (HUEFS); Ibicoara, estrada
Apresenta morfologia única entre as espécies da vicinal, próximo à divisa com Mucugê, 13°15ꞌ20"S, 41°25ꞌ39"W, 24
Bahia, sendo reconhecida pela ráquila densamente out. 2013 (fl.), E. Melo et al. 12248 (HUEFS); Jacobina, ca. 28 km
ferrugíneo-vilosa, 40–80 pares de folíolos, glomérulos SW da sede do município, na estrada para Morro do Chapéu, estrada
homomórficos, flores com indumento ferrugíneo- velha que inicia no Km 24 partindo de Jacobina, 28 out. 1995 (fl., fr.),
viloso, frutos com epicarpo rugoso e sementes ovoides, A.M. Carvalho et al. 6157 (ALCB, CEPEC); Lençóis, antes da
amarelo-enxofre. Enterolobium glaziovii se assemelha a entrada de Lençóis, 12°34ꞌ00"S, 41°01ꞌ59"W, 4 out. 2007 (fl.), D.
E. schomburgkii (Benth.) Benth., não registrada na Cardoso et al. 2178 (HUEFS); Licínio de Almeida, Serra Geral,
Bahia; diferencia-se principalmente pelos glomérulos Pedra Preta, próximo ao saco da onça, mina de extração de manganês,
homomórficos (vs. heteromórficos), epicarpo rugoso 14°45ꞌ06"S, 42°32ꞌ39"W, 21 out. 2012 (fl.), G.R. Oliveira et al. 39

Sitientibus série Ciências Biológicas 21: 10.13102/scb6160


4
Luz et al. – Enterolobium da Bahia

Figura 2. A–D. Enterolobium gummiferum: A- ramo reprodutivo; B- foliólulo; C- flor; D- fruto. E–G. E. monjollo: E- folíolo (face abaxial);
F- foliólulo (face abaxial); G- fruto. H–L. E. timbouva: H- ramo reprodutivo; I- foliólulo (face abaxial); J- flor; K- fruto; L- semente (ilustrado
por Karena M. Pimenta a partir de: A–D- Walter 3867; E–G- Santos 150; H–L-Pando 2).

(ALCB); Mucugê, 12°59ꞌ48"S, 41°23ꞌ04"W, ca. 1,5 km após o posto de Tomboro, caminho para roça de Lili, 13°15ꞌS, 41°45ꞌW, 22 set. 1992 (fl.),
gasolina, na estrada para Jussiape, abaixo da ponte sobre o rio Cumbuca, W. Ganev et al. 1158 (CEPEC); Rio de Contas, 13°34ꞌ44"S,
11 jul. 2012 (fr.), L.P. Queiroz et al. 15589 (CEN, HUEFS, MBM); São 41°48ꞌ41"W, 16 set. 1989 (fl.), G. Hatschbach et al. 53377 (CEPEC,
Desidério, assentamento Thainá, Cerrado, 12°35ꞌS, 44°49ꞌW, 1 jul. 2001 HUEFS, INPA, UCS, UFPR); Rio do Pires, 13°46ꞌS, 42°22ꞌW, 1.200 m,
(fr.), M.L. Guedes et al. 9121 (ALCB); Piatã, estrada Catolés-Abaíra, 5 ago. 1993 (fr.), W. Ganev et al. 2005 (HUEFS).

Sitientibus série Ciências Biológicas 21: 10.13102/scb6160


5
Luz et al. – Enterolobium da Bahia

Figura 3. A–F. Enterolobium contortisiliquum: A- hábito; B- pecíolo com nectário extrafloral; C- folíolo evidenciando foliólulos (face
adaxial); D- inflorescência; E- fruto maduro; F- semente madura. G–I. E. gummiferum: G- tronco evidenciando superfície suberosa; H- ramo
reprodutivo; I- inflorescências. J–N. E. timbouva: J- hábito; K- tronco evidenciando superfície com rachaduras; L- ramo reprodutivo;
M- inflorescência; N- semente (Fotos: A–N- Rubens T. Queiroz).

Pode ser reconhecida pelo tronco suberoso, 4–6 tronco lenticelado (vs. não lenticelado em E. monjollo)
pares de foliólulos por pina, elípticos, coriáceos, flores e foliólulos elípticos (vs. oblongos ou estreito-
pediceladas, fruto com epicarpo velutino, e semente elípticos), geralmente maiores (1,5–4 × 0,5–1,7 cm vs.
com pleurograma oval. Enterolobium gummiferum 1–1,6 × 0,4–0,8 cm) e em menor número por pina (4–
assemelha-se a E. monjollo, diferenciando-se pelo 6 vs. 6–11).

Sitientibus série Ciências Biológicas 21: 10.13102/scb6160


6
Luz et al. – Enterolobium da Bahia

Material examinado – Arataca, fazenda Jassy, Km 3 da rodovia


Arataca/Núcleo Colonial/Una, ca. 15°15ꞌ46ꞌꞌS, 39°24ꞌ50ꞌꞌW, 25 set.
1996 (fl., fr.), L.A. Mattos Silva et al. 3497 (CEPEC); Camacã,
assentamento Conjunto Recordação, ca. 12°41ꞌ52ꞌꞌS, 38°19ꞌ26ꞌꞌW, 5
set. 2001 (fr.), D.M. Loureiro et al. 595 (CEPEC); Encruzilhada, ca.
15°31ꞌ51"S, 40°54ꞌ32"W, 7 ago. 1984 (fr.), M.M. Santos et al. 150
(ALCB, CEPEC, HUEFS); Itaibé, fazenda após a pedreira de
calcário, 15°45ꞌ21"S, 39°34ꞌ11"W, 2 nov. 2014 (fr.), H.C. Lima et al.
7911 (HUEFS).
Material adicional – BRASIL. ESPÍRITO SANTO: Santa
Teresa, museu de biologia, parque, 4 nov. 1987 (fr.), W. Pizziolo et
al. 324 (CEPEC).
Enterolobium monjollo é uma árvore com copa
pouco densa e córtex acinzentado e não lenticelado.
Assemelha-se a E. gummiferum, com diferenciação
apresentada nos comentários daquela espécie.

5. Enterolobium timbouva Mart. Flora 20(2, Beibl.):


128. 1837.
Figuras 2H–L, 3J–N e 5.
Nomes populares: orelha-de-preto, tambor, tamboril,
tamboril-da-mata, tamboril-roxo, timbouva (Mesquita
Figura 4. Mapa de distribuição geográfica de Enterolobium
1990).
contortisiliquum, E. glaziovii e E. gummiferum no estado da Bahia.
Arvoreta ou árvore 4–25 m alt.; tronco com
rachaduras, lenticelado; ramos glabros ou pilosos.
4. Enterolobium monjollo (Vell.) Mart., Flora 20(2 Folhas com pecíolo 0,5–1,5 cm compr., canaliculado;
Beibl.): 117. 1837. raque 5,5–11 cm compr.; ráquila 0,3–0,8 mm compr.,
Figuras 2E–G e 5. glabrescente; nectários extraflorais distantes 3,2–4 cm
Nomes populares: angico-pedra, orelha-de-macaco, da base do pecíolo, os adicionais presentes em quase
orelha-de-negro, tambor, timbó, timboiba e vinhático- todos os pares de pinas, sésseis, elíptico-ovais;
cabeleira (Mesquita 1990). parafilídios ausentes; 3 ou 4 pares de pina; foliólulos
Árvore 6–20 m alt.; tronco com fissuras, suberoso, assimétricos, 8–12 pares por pina, 1,5–2,7 cm × 3–8
não lenticelado; ramos glabrescentes. Folhas com mm, cartáceos, opostos, oval-oblongos, ápice agudo-
pecíolo 3,5–4 cm compr., anguloso; raque 3–6 cm cuspidado, base oblíqua, nervação broquidódroma, face
compr.; ráquila 3–4 cm compr., pubérula; nectários adaxial estrigosa, a abaxial glabra. Glomérulos
extraflorais distantes ca. 0,5 cm da base do pecíolo, os homomórficos, 1–1,5 cm diâm., em fascículos;
adicionais presentes em quase todos os pares de pinas, pedúnculo 1,5–3,5 cm compr. Flores 1,4–2 cm compr.,
sésseis, elíptico-transversos; parafilídios filiformes; 4–7 sésseis; cálice campanulado, tubo 2–3 mm compr.,
pares de pina; foliólulos simétricos, 6–11 por pina, 1– lacínias ca. 1 mm compr., agudas, as duas faces glabras;
1,6 cm × 4–8 mm, cartáceos, opostos, oblongos ou corola alva, tubulosa, tubo ca. 3 mm compr., lacínias
estreito-elípticos, ápice obtuso, base oblíqua, nervação 0,1–0,2 mm compr., agudas, as duas faces glabras a
broquidódroma, face adaxial glabra, a abaxial estrigosa. glabrescentes; androceu 60–90 estames, 5–6 mm
Glomérulos homomórficos, 1–1,5 cm diâm., em compr., tubo estaminal exserto, (2–)5–9 mm compr.;
fascículos; pedúnculo 2,3–3,7 cm compr. Flores ca. 8 ovário 1,5–2 mm compr., glabro, 18–22-ovulado,
mm compr., pedicelo ca. 2 mm compr.; cálice tubuloso, estilete 0,7–1,5 cm compr. Frutos bacoides, 2,5–11,5
tubo 2–3 mm compr., lacínias ca. 5 mm compr., agudas, cm × 6–7 mm compr., unisseriados; epicarpo liso,
as duas faces seríceas, sem tricomas ferrugíneos; corola glabro, lustroso. Sementes obovoides ou ovoides, 1,3–
alva, tubulosa, tubo ca. 3 mm compr., lacínias ca. 5 mm 1,8 × 0,9–1 cm, episperma marrom-claro, pleurograma
compr., agudas, as duas faces seríceas; androceu ca. 80 oval, sem linha fissural.
estames, tubo estaminal exserto, ca. 7 mm compr.; Ocorre na Bolívia e Brasil, nas Regiões Norte (Pará),
ovário ca. 1,2 mm compr., glabro, 18–22-ovulado, Nordeste (Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba,
estilete ca. 1,3 cm compr. Frutos bacoides, 6–12 × 4– Pernambuco, Piauí e Sergipe), Centro-Oeste (Distrito
12,5 cm, bisseriados; epicarpo rugoso, velutino. Federal, Goiás e Mato Grosso do Sul) e Sudeste (Minas
Sementes não observadas. Gerais e São Paulo) (Mesquita 1990; Morim et al. 2020).
Endêmica do Brasil, ocorre nos estados de Espírito B4, B5, C3, C5, D3–D5, D7, E2, E5–E7, E9, F3, F5–F7,
Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia (Morim et G3, G5: caatingas e cerrados, também cultivada na
al. 2020). E9, H7, H8: florestas ombrófilas densas. Foi arborização, sendo comum em áreas urbanas. Encontrada
encontrada com flores em setembro e frutos de agosto a com flores nos meses de abril, setembro a novembro, e
novembro. frutos de março a dezembro.

Sitientibus série Ciências Biológicas 21: 10.13102/scb6160


7
Luz et al. – Enterolobium da Bahia

41°23ꞌ24ꞌꞌW, 22 nov. 1995 (fr.), J.D Peixinho 1 (HUEFS); Licínio de


Almeida, Serra Geral, fazenda São Domingos, 14°27ꞌ05"S,
42°31ꞌ30"W, 10 dez. 2009 (fr.), M.L. Guedes et al. 16757 (ALCB);
Maracás, fazenda Pantanal, Jardim da sede da fazenda, 13°27ꞌ16"S,
40°23ꞌ19"W, 3 out. 2009 (fl.), L. Pando 2 (HUEFS, HUESB); Miguel
Calmon, Entorno do parque Sete Passagens, Ponto 221, 11°21ꞌ09"S,
40°32ꞌ54"W, 3 mar. 2007 (fr.), M.L. Guedes et al. 13117 (ALCB);
Morro do Chapéu, distrito de Ventura, ca. 26 km e de Morro do
Chapéu na estrada para Mundo Novo, 11°37ꞌ00"S, 40°58ꞌ59"W, 6 out.
2007 (fl.), L.P. Queiroz et al. 13264 (HUEFS); Mucugê, na cidade,
13°00ꞌ18ꞌꞌS, 41°22ꞌ15ꞌꞌW, 14 jun. 2010 (fr.), M.L. Guedes et al. 17169
(ALCB); Oliveira dos Brejinhos, córrego Serra Negra, 12°19ꞌ01ꞌꞌS,
42°53ꞌ45ꞌꞌW, 12 out. 1981 (fl.), G. Hatschbach et al. 44166 (CEPEC);
Paramirim, caminho Catuarama para Mateus, 13°17ꞌ50"S,
42°14ꞌ44"W, 28 abr. 2007 (fr.), A.A. Conceição et al. 1945 (ALCB);
Remanso, estrada para Pilão Arcado, 09°36ꞌ40"S, 42°09ꞌ03"W, 24 set.
2009 (fl., fr.), E. Melo et al. 6570 (ALCB); Riachão das Neves, ca. 11
km N de Riachão das Neves, na BR-135, 11°40ꞌ59"S, 44°57ꞌ00"W, 13
out. 1994 (fl.), L.P. Queiroz et al. 4123 (HUEFS); Senhor do Bonfim,
Serra da Maravilha, 10°23ꞌ02"S, 40°13ꞌ35"W, 14 jul. 2005 (fr.), D.
Cardoso et al. 728 (HUEFS); Sento Sé, Cumbre, 10°00ꞌ05"S,
41°93ꞌ69"W, 12 ago. 2006 (fr.), J.A. Siqueira-Filho et al. 1681
Figura 5. Mapa de distribuição geográfica de Enterolobium monjollo e
(HUEFS); Serra Dourada, caminho para Espinosa, 14°49ꞌ24"S,
E. timbouva no estado da Bahia.
42°43ꞌ32"W, 5 out. 2009 (fr.), M.L. Guedes et al. 15830 (ALCB);
Urandi, Serra Geral, Sítio do Carro, 14°44ꞌ48"S, 42°35ꞌ50"W, 4 ago.
Material selecionado – Abaíra, caminho Ouro Verde para 2009 (fr.), M.L. Guedes et al. 15798 (ALCB); Xique-Xique, Baixo
Catolés, 13°14ꞌS, 41°39ꞌW, 14 out. 2006 (fl., fr.), M.L. Guedes et al. Médio São Francisco, empreendimento “Brasil 2000” margem do Rio,
12827 (ALCB); Barra, ca. 200 m da ponte sobre o rio São Francisco, 10°49ꞌ19ꞌꞌS, 42°43ꞌ51ꞌꞌW, 1 jul. 2000 (est.), M.L. Guedes et al. 7536
na estrada para Barreiras (BR-242), 11°05ꞌ20ꞌꞌS, 43°08ꞌ31"W, 11 out. (ALCB).
1994 (fl., fr.), L.P. Queiroz et al. 4057 (CEPEC, FUEL, HUEFS); Pode ser reconhecida pelos foliólulos assimétricos,
Brotas de Macaúbas, 11°59ꞌ56ꞌꞌS, 42°37ꞌ33ꞌꞌW, 22 jul. 1993 (fr.), L.P. oval-oblongos, ápice agudo-cuspidado, glomérulos em
Queiroz et al. 3417 (HUEFS, R); Caetité, Serra Geral, Saída do Bloco fascículos, e pétalas com lacínias glabras a glabrescentes.
I, 14°04ꞌ08ꞌꞌS, 42°28ꞌ30ꞌꞌW, 24 maio 2008 (fr.), M.L. Guedes et al. Assemelha-se a Enterolobium contortisiliquum, cujas
14434 (ALCB); Campo Alegre de Lourdes, estrada para Remanso, diferenças estão apresentadas nos comentários daquela
09°54ꞌ88"S, 42°97ꞌ94"W, 25 nov. 2003 (fr.), L.P. Queiroz et al. 7973 espécie.
(HUEFS); Cocos, próximo ao córrego Várzea do Barro, 14°23ꞌ34"S,
44°39ꞌ40"W, 18 jul. 2007 (fr.), R.M. Valadão et al. 1354 (ALCB);
Coribe, ca. 5 km S em estrada de terra que cruza pequeno ramal que AGRADECIMENTOS
sai a 5,1 km e de Ponto d’água, a 24,4 km S de São Félix do Coribe na
estrada para Coribe, 13°49ꞌ44"S, 44°27ꞌ14"W, 11 abr. 2007 (fr.), L.P. Aos curadores dos herbários visitados, por
Queiroz et al. 12779 (HUEFS); Dom Basílio, 13°45ꞌ36"S, 41°46ꞌ15ꞌꞌW, viabilizarem o acesso às coleções; à Coordenação de
29 out. 1993 (est.), L.P. Queiroz et al. 3696 (FUEL, HUEFS, JPB); Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior –
Feira da Mata, rua J.J. Seabra, em frente ao colégio Fênix, 14°21ꞌ28"S, CAPES, pela bolsa de mestrado de ARML; à Karena M.
44°28ꞌ11"W, 3 abr. 2002 (fl.), M.V. Moraes et al. 213 (HUEFS, HURB, Pimenta, pelas ilustrações; e a Rubens T. Queiroz, pelas
NY); Feira de Santana, Campus da UEFS, próximo da guarita, fotografias utilizadas na prancha. Esse estudo é parte da
12°16ꞌ01ꞌꞌS, 38°58ꞌ01"W, 5 nov. 1991 (fl., fr.), L.P. Queiroz 2544 dissertação de mestrado da primeira autora,
(ALCB, HUEFS); Formosa do Rio Preto, 11°00ꞌ51"S, 44°56ꞌ34"W, 8 desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em
out. 2005 (fr.), M.L. Guedes et al. s.n. (ALCB 92997); Gentio do Ouro, Biodiversidade Vegetal (PPGBVeg – UNEB). LPQ é
Serra do Açuruá, estrada para Xique-Xique, 30 km antes de Santo bolsista de produtividade CNPq (Pq 1A).
Inácio, 11°25ꞌ44ꞌꞌS, 42°30ꞌ21ꞌW, 10 set. 1990 (fr.), H.C. Lima et al.
3941 (CEPEC); Ibitiara, 2 km em direção à Ibipitanga, 12°38ꞌ05"S,
42°13ꞌ29"W, 3 jul. 2001 (fr.), H.P. Bautista et al. 3253 (CEPEC); REFERÊNCIAS
Ipupiara, Pintadas, 11°49ꞌ12ꞌꞌS, 42°36ꞌ50ꞌꞌW, 11 ago. 2017 (fr.), M.L.
Guedes et al. 25844 (ALCB); Irecê, Barra do Mendes, Barragem de Barneby, R.C. & Grimes, J.W. 1996. Silk tree, guanacaste,
São Bento, 11°48ꞌ44"S, 42°05ꞌ24"W, 25 out. 2009 (fr.), M.L. Guedes et monkey’s earring: a generic system for the synandrous
al. 16219 (ALCB); Itaité, fazenda Nova Itapiã, 12°59ꞌ09ꞌꞌS, Mimosaceae of the Americas, Part I. Abarema, Albizia, and
40°58ꞌ22ꞌꞌW, 24 set. 1985 (fr.), J.A.A. Filho s.n. (ALCB 3082); Allies. Memoirs of the New York Botanical Garden 74: 1–292.
Jacobina, 11°13ꞌ55"S, 40°40ꞌ59"W, 21 ago. 1993 (fr.), L.P. Queiroz et Brown, G. K. 2008. Systematics of the tribe Ingeae (Leguminosae-
al. 3507 (HUEFS); Lençóis, Km 215 a 217, BR-242, 12°33ꞌ46ꞌꞌS, Mimosoideae) over the past 25 years. Muelleria 26: 27–42.

Sitientibus série Ciências Biológicas 21: 10.13102/scb6160


8
Luz et al. – Enterolobium da Bahia

Brown, G.K.; Murphy, D.J.; Miller, J.T. & Ladiges, P.Y. 2008. LPWG – Legume Phylogeny Working Group. 2017. A new
Acacia s.s. and its relationship among tropical legumes, tribe subfamily classification of the Leguminosae based on a
Ingeae (Leguminosae: Mimosoideae). Systematic Botany 33: taxonomically comprehensive phylogeny. Taxon 66: 44–77.
739–751. Mesquita, A. L. 1990. Revisão Taxonômica do Gênero Enterolobium
Chagas, A.P.; Dutra, V.F. & Garcia, F.C.P. 2017. Flora do Espírito Mart. (Mimosoideae) para a Região Neotropical. Dissertação de
Santo: Ingeae (Leguminosae): parte 1. Rodriguésia 68: 1613– mestrado. Universidade Federal Rural de Pernambuco.
Mesquita, A. L. 1993. Enterolobium glaziovii (Benth.) Mesquita,
1631.
comb. nov. et “status novum” para as regiões Sudeste e Nordeste
Filardi, F.L.R.; Felsemburgh, C.A. & Garcia, F.C.P. 2016.
do Brasil. Acta Botanica Brasilica 7: 1993.
Enterolobium Mart. In: M.G.L. Wanderley, G.J. Shepherd,
Morim, M.P.; Mesquita, A.L. & Bonadeu, F. 2020. Enterolobium
T.S.A. Melhem, A.M. Giulietti & S.E. Martins (coords), Flora
in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Vol. 8. Instituto de
Disponível em <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/
Botânica, São Paulo, p. 100–103. floradobrasil/FB22961>; acesso em 20 fev. 2021
Lewis, G.P. & Rico Arce, M.L. 2005. Tribe Ingeae. In: G.P. Lewis, Souza, E.R. & Queiroz, L.P. 1996. O complexo Phithecellobium
B. Schrire, B. Mackinder & M. Lock (eds), Legumes of the (Leguminosae: Mimosoideae) na caatinga do estado da Bahia. I.
World. The Royal Botanic Gardens, Kew, p. 193–213. O gênero Enterolobium Mart. Sitientibus 15: 83–90.

LISTA DE EXSICATAS

Almeida, D.S. 6 (1); Bautista, H.P. 3253 (5); Brito, D.S. 64 (3); Cardoso, D. 728 (5), 2178 (3); Carvalho, A.M. 6157, 6265 (3); Carvalho,
G.M. 92 (1); Carvalho-Sobrinho, J.G. 134 (1), 728 (3), 1604 (1), 2265 (5); Conceição, A.A. 1945 (5); Conceição, A.S. 1945 (1); Coradin,
L. 6343 (1); Correia, C. 27 (3); Costa, J.M. 75 (1); Fernandes, A.E. 11344 (3); Filho, J.A.A. s.n. ALCB 3082 (5); Fontana, A.P. 8597 (1);
Fraga, C.N. 2743 (5); Gadelha, N. 2355 (5); Ganev, W. 1158 (3), 2005 (3); Giulietti, A.M. 2739 (1); Gomes, F.S. 288 (1); Guedes, M.L.S.
s.n. ALCB 92997, 5067 (5), 7057, 7174 (1), 7536, 9107 (5), 9121 (3), 10729, 10995, 11038 (1), 12827, 13117, 13737 (5), 13975, 14038 (1),
14434 (5), 14447 (1), 15798, 15830, 16219 (5), 16655 (3), 16757, 17169 (5), 18985 (3), 19287, 22161, 22289, 22435, 22466, 22774, 23481(1),
25844 (5), 30173 (1); Harley, R.M. 2923 (1), 6128 (3), 22289 (1), 22826 (3), 25612 (1), 25718, 28284 (3), 55193 (1); Hatschbach, G. 44166
(5), 53344, 53377, 53393 (3), 63804 (2), 64472 (1), 72187 (3), 72410 (1); Lima, D.P. 13270 (1); Lima, H.C. 1788 (1), 3941 (5), 7854 (1),
7911 (4); Lima, J.C.A. 78 (1); Lopes, M.M.M. 1384 (5); Lordello, R. s.n. ALCB 00683 (1); Loureiro, D.M. 595 (4); Luchiari, C. 656 (2);
Melo, E. 3892, 3895, 4129 (1), 6570 (5), 12608 (1), 12248 (3); Moraes, M.V. 213 (5); Nascimento, F.H.F. 263 (3); Nunes, A.T. 66 (1);
Nunes, T.S. 401 (5); Oliveira, G.R. 30 (1), 39 (3), 48 (1); Pando, L. 2 (5); Paula R.C.M. s.n. HUEFS 140644 (1); Peixinho, J.D. 1 (5);
Pereira, C.B. 33 (1); Pinheiro, R.S. 413 (2), 1446 (1); Pizziolo, W. 324 (4); PROUFBA 196 (1); Queiroz, L.P. 2544, 3264, 3417, 3507 (5),
3616, 3634 (1), 3696, 4057, 4123 (5), 6240, 7486 (1), 7973, 12779 (5), 12860 (3), 14091, 15579 (1), 15589, 15684 (3), 15993, 16023 (1);
Ribeiro, T. 264 (1); Rocha, A.C.S. 1 (5); Roque, N. 4522 (1), 3230 (3); Salgado, O.A. 169 (3); Sant’Ana, S.C. 1288 (2), 1276 (3); Santos,
F.S. 444, 673 (1); Santos, R.M. 1732 (1); Santos, M.M. 83 (1), 150 (4); Santos, V.J. 477 (5); Silva, A.F. 1275 (1); Silva, A.G. 258 (1); Silva,
L.A.M. 3497 (4); Silva, J.M. 1794, 2149 (1), 2926 (5); Silva, S.P.C. 670 (3); Siqueira-Filho, J.A. 1681, 1855 (5); Souza, E.R. 694 (1);
Spada, J. 10772 (2); Walter, B.M.T. 3867 (3); Valadão, R. 607 (1), 1354 (5).

Sitientibus série Ciências Biológicas 21: 10.13102/scb6160


9

Você também pode gostar