Bacicolo Relatorio III
Bacicolo Relatorio III
Bacicolo Relatorio III
DEDICATÓRIA ................................................................................................................ I
AGRADECIMENTOS ..................................................................................................... II
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 1
5. Conclusão ................................................................................................................ 17
Referências ..................................................................................................................... 18
DEDICATÓRIA
I
AGRADECIMENTOS
A Deus todo-poderoso pelo dom da vida e saúde que sempre proporciona ao longo da
minha caminhada estudantil, pelas coisas não quantificáveis e qualificáveis que me tem
dado ao longo da vida.
A minha esposa pela carinhosa energia que tem contribuindo, e encorajamento de seguir
em frente e pelo exemplo que me tem mostrado que é possível sim vencer no meio das
incertezas.
A empresa Mota-Engil pela abertura que tem com seus colaboradores, e o seu
engajamento no meio profissional.
II
RESUMO
III
LISTA DE ABREVIATURAS
IV
LISTA DE FIGURAS E TABELAS
Lista de figuras
Figura 1-1: mapa de localização geográfica da área de estudo, coordenadas 16˚150̛ 089̋ e
71˚ 732̓ 19̋ Fonte google maps, (acesso 31/07/2024). ...................................................... 2
Figura 1-2: cava da secção 6, da bacia de carvão de Moatize, fonte autor (2024). .......... 3
Figura 2-1: Processo geral da Gestão do Risco – Norma ISO 31000:2009. .................... 7
Figura 4-1: Tipos de acidentes ocorridos na operação de mina. .................................... 14
Figura 4-2: Demonstração de sinalização. ...................................................................... 15
Figura 4-3: proposta do processo de melhoria da sinalização de segurança. ................. 16
Lista de tabelas
V
1. INTRODUÇÃO
Este facto, faz com que questões ligadas a segurança nesta área careçam de maior atenção,
primando por adoptar procedimentos mais seguros que reduzam os riscos de acidentes e
contribuam para as melhorias nas condições de trabalho e qualidade de vida dos
trabalhadores.
A ISO 45001 (2018), define a HSST (Higiene, Saúde e Segurança do Trabalho) como
factores, que afectam a segurança e saúde, do funcionário e terceiros em uma organização.
Pelo facto dos colaboradores constituem o principal activo de qualquer organização,
Miguel (2014) afirma que, deve-se procurar primar pela prevenção e redução da
incidência dos riscos de acidentes de trabalho, lesões corporais e/ou doenças
ocupacionais, garantindo maior segurança no trabalho por meio de uma cultura de
segurança. Nesta perspectiva, Moreira (2010, p. 27), define acidentes de trabalho como
sendo, um evento negativo que se verifica no local e no tempo de trabalho, produzindo,
directa ou indirectamente lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte
redução na capacidade de trabalho ou de ganho ou morte.
Para OIT, morrem anualmente 2,3 milhões de pessoas por acção dos acidentes de trabalho
ou doenças profissionais e, 15,2% dessas mortes são devido a acidentes de trabalho.
Devido ao manuseio dos elementos utilizados e condições ambientais insalubres
resultantes das actividades mineiras, faz-se necessário adoptar medidas preventivas como
formas a mitigar acidentes de trabalho.
1
1.1. Localização Geográfica da Área de Estudo
O distrito de Moatize, que dista 20Km do Município de Tete, situa-se a NE da cidade
capital provincial, entre os paralelos 15˚ 37’ e 16˚ 38’ de latitude Sul e entre os meridianos
33˚ 22’ e 34˚ 28’ de longitude Este. É limitado a Norte pelos distritos de Chiúta e
Tsangano; a Este pela República do Malawi; a Sul pelos distritos de Tambara, Guro,
Changara e Município de Tete, através do rio Zambeze e Mutarara através do rio
Mecombedzi; e a Oeste pelos distritos de Chiúta e Changara.
A superfície do distrito1 é de 8.462 km2 e a sua população está estimada em 292 mil
habitantes à data de 1/7/2012. Com uma densidade populacional aproximada de 34,5
hab./km2, prevê-se que o distrito em 2020 venha a atingir os 450 mil habitantes. A
estrutura etária do distrito reflete uma relação de dependência económica de 1:0.9, isto é,
por cada 10 crianças ou anciões existem 9 pessoas em idade activa. Com uma população
jovem (49%, abaixo dos 15 anos), tem um índice de masculinidade de 95% (por cada 100
pessoas do sexo feminino existem 95 do masculino) e uma taxa de urbanização do distrito
é de 18%, concentrada na Vila de Moatize e zonas periféricas de matriz semiurbana.
Figura 1-1: mapa de localização geográfica da área de estudo, coordenadas 16˚150̛ 089̋ e 71˚ 732̓ 19̋
Fonte google maps, (acesso 31/07/2024).
2
Bacia de Moatize
Esta corresponde a uma das maiores bacias, que se estende desde Tete até Minjova, na
fronteira com o Malawi, que por sua vez continua por este país com o nome de Bacia de
Lengwe. Os limites NE e SW do graben são definidos por falhas de bordadura com
direcção NW-SE. O graben de Moatize tem um comprimento aproximado de 35 km e
uma largura média de 2 km.
A camada Chipanga é a mais espessa de todas e a única que foi explorada. As camadas
de carvão de Moatize, estão inseridas no karroo justificando-se assim a importância desta
unidade geológica [F. Real, 1966].
Figura 1-2: cava da secção 6, da bacia de carvão de Moatize, fonte autor (2024).
3
1.2. Objectivos
Objectivo Geral
Objectivos Específicos
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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Avaliação de riscos - é o processo de avaliação dos riscos para a segurança e saúde dos
trabalhadores, resultantes dos perigos existentes no local de trabalho.
Doença profissional – doença incluída na Lista das Doenças Profissionais de que esteja
afetado um trabalhador que tenha estado exposto ao respetivo risco pela natureza da
atividade ou condições, ambiente e técnicas do trabalho habitual. O trabalhador tem
direito a reparação caso sofra, lesão corporal, perturbação funcional ou doença não
incluída na Lista, desde que se prove ser consequência da atividade exercida e não
represente normal desgaste do organismo.
1
Fonte: https://pt.slideshare.net/krlosars/dicionrio-de-segurana-do-trabalho, acesso 31/07/2024.
5
Higiene no trabalho - conjunto de metodologias não médicas necessárias à prevenção
das doenças profissionais, tendo como principal campo de ação o controlo da exposição
aos agentes físicos, químicos e biológicos presentes nos componentes materiais do
trabalho.
Saúde no trabalho – atividade que para além da vigilância medica, tem por finalidade
fomentar e manter o nível mais elevado de bem-estar físico, mental e social dos
trabalhadores, por forma, a prevenir os danos na sua saúde emergentes das condições de
trabalho.
6
2.2. Avaliação de risco
De acordo com (Roxo, 2006) a avaliação de riscos é o processo dinâmico dirigido a
estimar a magnitude do risco para a saúde e a segurança dos trabalhadores, tendo em vista
obter a informação necessária para que o empregador reúna condições para uma tomada
de decisão apropriadas, tanto corretivas como preventivas.
Segundo (Roxo, 2006) os métodos a priori são os que visam equacionar a ação preventiva
antes de haver o acidente e os métodos a posteriori são os métodos reativos de análise de
acidente, isto é, após o acidente ter ocorrido.
7
A avaliação de riscos só deverá ser efetuada por pessoa profissionalmente competente,
devendo fazer-se a partir de uma boa planificação, nunca devendo ser entendida como
uma imposição burocrática, já que não é um fim em si mesma, mas sim um meio para a
decisão de adoção de medidas de prevenção.
A análise e avaliação preliminar de riscos deverá fazer-se em todos e cada um dos postos
de trabalho da organização, tendo em conta:
Far-se-á uma nova análise e avaliação dos postos de trabalho que possam ser afetados
por:
8
2.3. Análise e interpretação
A avaliação de riscos foi estruturada e implementada de acordo com as etapas
apresentadas a seguir:
3. Materiais e Métodos
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Tabela 3:2: Matriz para a operação de Perfuração e Desmonte realizados com explosivos.
Perigo (Fonte/Operações) Riscos ND NE NC NP NR NI Medidas de Controlo
Derrube da crosta (solo) Quedas em altura 2 2 10 4 40 III Sinalização das áreas de operação, construção de barreiras físicas.
Sinalização das áreas de operação, construção de barreiras físicas,
construção de muretas ou obstáculos que evitem a aproximação de
Operações de escavações Quedas ao mesmo nível 10 10 25 100 2500 I
beiras de bancadas, em trabalhos de carregamento de explosivos
onde haja risco de quedas.
Construção de barreira física de separação da área de circulação de
Esmagamento/soterramento por queda de máquinas e os peões, delimitação de via exclusiva para peões;
Mecânicos
Manuseio de máquinas de perfuração 6 3 100 18 1800 I
material introdução de sinalização de limite de velocidade e velocidade
recomendada;
Construção de barreira física de separação da área de circulação de
Obstrução da via de movimentação por Quedas em altura /soterramento por queda máquinas e os peões, delimitação de via exclusiva para peões;
- 1 10 1 10 III
veículos de material introdução de sinalização de limite de velocidade e velocidade
recomendada
Projeção de
Manuseio de máquinas de perfuração 2 2 10 4 40 III Usos de Capacetes e sinalização de proibição de circulação
estilhaços/Choques/Atropelamento/Ruido.
Elétricos
Manuseio de máquinas de perfuração Contacto directo 2 1 10 2 20 IV Formação dos funcionários e manutenção dos equipamentos
Manuseio de explosivos Radiações não ionizantes 2 1 25 2 50 III Sinalização das áreas de operação, construção de barreiras físicas
Estudo de ruído no posto de trabalho; construção de barreira
acústica, uso de protetor auricular, enclausuramento de fontes
Máquinas de perfuração Temperaturas baixas 10 4 10 4 400 II emissoras de ruido, construção de cabines de comando das
operações de beneficiamento, automação de processos que evitem
contacto do trabalhador com a fonte
Físicos
Manuseio de máquinas de perfuração Temperaturas altas - 2 10 2 20 IV Manutenção dos equipamentos, e formação dos funcionários.
Trabalho ao ar livre, debaixo de
Radiações não ionizantes - 4 25 4 100 III Manutenção dos equipamentos, e formação dos funcionários.
cobertura
Uso de roupas adequadas e mais leves, uso de máquinas com cabines
Trabalho ao ar livre, debaixo de
Humidade 2 3 10 6 60 III climatizadas, utilização de guarda sol/chuvas, descanso em
cobertura
ambientes com temperaturas mais amenas.
Trabalho ao ar livre, debaixo de
Vibrações/ Via respiratória 6 3 25 18 450 II Uso de Máscaras
cobertura
Cheiro de combustível usado nas
Via respiratória 6 4 25 24 600 I Manutenção das máquinas e mascaras e luvas para os funcionários
máquinas
Vias de absorção são a inalatória e via
Químicos
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Tabela 3:3: Matriz de avaliação de riscos de operação de Transporte.
12
4. Resultados e discussões
Para a classificação dos riscos perante as frentes de trabalho, constatou-se que os riscos
ergonômicos são reduzidos, porém os físicos e químicos têm maior impacto devido ao
manuseamento de emulsão expulsiva e seus acessórios, bem como a disposição dos
campos de trabalho (mina) e equipamentos manipulados.
Esses acidentes são mais frequentes em períodos noturnos, sendo eles causados pelos
seguintes factores:
✓ Fadiga;
✓ Baixa visibilidade
✓ Praças inseguras
✓ Vias de acesso reduzidas, e não sinalizadas adequadamente;
✓ Piso falso e pavimento escorregadio;
✓ Não uso de equipamentos de proteção individual;
✓ Falhas humanas (desvios comportamentais).
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Tipos de acidentes ocorridos na operação de mina.
0
Obitos
14
Corte e ferrimento
16
Manuseio de cargas explosivas
Factores
Tombamento de equipamentos 7
(carga/transporte/auxiliares)
21
Estabilidade de Leiras e Bermas
42
Queda ao mesmo nivel
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Percentual (%)
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e) Confirmação de detonação;
f) Por fim, realiza-se a vistoria dos blocos detonados como forma de constactar a
eficiência da explosão e a posterior, coloca-se uma sinalização para autorizar a
recolha do minério e liberação das vias.
Devido à falta de manutenção das placas, redução de pessoal que produzem a sinalização
e ao estado actual de algumas placas, faz-se necessário criar estratégias de melhorias visto
que esta actividade é de elevado risco para os trabalhadores e vizinhança e impacta
fortemente o meio ambiente.
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Figura 4-3: proposta do processo de melhoria da sinalização de segurança.
Fonte: (autor, 2024).
Fase Analítica
Briefing
A coleta de dado deve ser feita pelo projectista no decorrer das actividades. Este, realiza
o levantamento das características da área e da sinalização existente e posteriormente
serem analisadas as informações recolhidas.
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5. Conclusão
Notou-se também que apesar de muitos funcionários já terem sofrido algum tipo de
acidente na mina maioritariamente por falhas humanas, ainda assim negligenciam a
sinalização existente, praticando actos inseguros.
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Referências
GEVIRTZ, C. Developing new products with TQM. New York: McGraw-Hill, 1994.
GIBSON, D.. The Wayfinding Handbook. New York: Princeton Architectural Press.
2009.
MIGUEL, Alberto Sérgio. Higiene e Segurança do Trabalho, 11. ed, Porto: PortoEditora,
2010.
Souza, Ilan Fonseca; Barros, Lidiane de Araújo; Filgueiras, Victor Araújo. Saúde e
segurança do trabalho: curso prático. Brasília: ESMPU, 2017. Disponível em:
http://escola.mpu.mp.br/publicacoes/obras-avulsas/e-books-esmpu/saude-eseguranca-
do-trabalho-curso-pratico-1. Acesso em: 03 de agosto de 2024.
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