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1 Sequencia Didática História 8 e 9 Ano

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Governo do Estado do Acre

Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte


Diretoria de Ensino
Departamento de Educação do Campo
Divisão de Ensino do Campo
Programa Caminhos da Educação do Campo-Ciclos de Aprendizagem

SEQUÊNCIA DIDÁTICA – ENSINO FUNDAMENTAL


PROFESSOR (A): COMPONENTE SÉRIE: CICLO: II
ELISSANDRA SOUZA CURRICULAR: 8ª e 9º ano
História
COORDENADOR (A): AULAS PREVISTAS: EXECUÇÃO:
ANTÔNIA LUNA 19/09 a 30/09

OBJETIVOS/CAPACIDADES (Competência amplas da disciplina)

8º Ano
Identificação dos principais autores, obras e aspectos conceituais do iluminismo e do liberalismo, com destaque para relação
entre eles e as transformações políticas e econômicas, no contexto de ascensão da burguesia.

Construção do conceito de Iluminismo e identificação das principais características do movimento iluminista, na Filosofia e
na Literatura.

Conceitos de política, liberdade, igualdade e propriedade.

Aplicações dos conceitos de Estado, nação, território, governo e país, para o entendimento de conflitos e tensões nas
Américas.
Conhecimento do ideário dos líderes dos movimentos independentistas e seu e seu papel nas revoluções que levaram à
independência das colônias hispano-americanas

9º Ano

Compreender as lutas sociais em prol da cidadania e da democracia, em diversos momentos históricos


Descrição e contextualização dos principais aspectos sociais, culturais, econômicos e políticos da emergência da República
no Brasil, identificando, nesse com texto histórico, as lutas por direitos civis
Construção e compreensão dos conceitos de democracia e de cidadania

CONTEÚDOS
(O que é preciso ensinar explicitamente ou criar condições para que os alunos aprendam e
desenvolvam as capacidades que são objetivos)
HABILIDADES OBJETOS DE CONHECIMENTO TEMAS CONTEMPORÂNEOS
TRANSVERSAIS.

8º Ano Iluminismo 8º Ano


Conceito de iluminismo MACROÁREAS:
Conhecer as principais ideias Princípios liberais Cidadania e Civismo
iluministas e sua influência na UNIDADE TEMÁTICA:
organização política, econômica e Educação em Direitos Humanos
sociocultural das sociedades, em PRÁTICAS CONTEXTUALIZADAS
diferentes realidades históricas. COM TCTs:

Identificar e analisar, criticamente, a Identificar os princípios liberais


influência dos princípios liberais, surgidos no iluminismo a partir da
defendidos na Revolução Francesa forma que se usa o conceito de
no processo de independência das igualdade na comunidade local
colônias inglesas e espanholas, na
América e no estabelecimento e
fortalecimento do sistema capitalista. 9º Ano
Conhecer as principais ideias
iluministas e sua influência na
organização política, econômica e
sociocultural das sociedades, em
diferentes realidades históricas

9º Ano
MACROÁREAS:
Compreender as lutas sociais em República: uma necessidade.
Cidadania e Civismo
prol da cidadania e da democracia, Conceitos de democracia e cidadania
UNIDADE TEMÁTICA:
em diversos momentos históricos Alguns elementos que compõe a onde
Educação em Direitos Humanos
m democrática.
PRÁTICAS CONTEXTUALIZADAS
COM TCTs:

DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES

CAPACIDADES:

Conhecer as principais ideias iluministas e sua influência na organização política, econômica e sociocultural das sociedades,
em diferentes realidades históricas.

HABILIDADES:
(EF08HI01). Identificar os principais aspectos conceituais do iluminismo e do liberalismo e discutir a relação
entre eles e a organização do mundo contemporâneo.

OBJETO DE CONHECIMENTO:

O Iluminismo

Objetivos especifico

Compreender o contexto histórico do Iluminismo e suas principais ideias.

Identificar os principais filósofos iluministas e suas contribuições.

Relacionar as ideias do Iluminismo com a formação das sociedades modernas.

Conteúdos:

 Contexto histórico do século XVIII.


 Principais ideias do Iluminismo: razão, liberdade, igualdade e progresso.
 Filósofos iluministas: John Locke, Voltaire, Montesquieu Rousseau e Adam Smith.

1.Momento

Apresentação breve do contexto histórico do século XVIII.

Explique a importância do Iluminismo como movimento intelectual que questionou a autoridade e a tradição.
Use uma linha do tempo projetada no quadro para ilustrar eventos importantes da época.

2. Momento

Atividade expositiva:

Apresente os principais pensadores iluministas e suas ideias por meio de slides ou cartazes.

Discuta as contribuições de John Locke (direitos naturais e contrato social), Montesquieu (separação dos
poderes), Voltaire (liberdade de expressão) e Rousseau (soberania popular).

Mostre como as ideias iluministas influenciaram revoluções e constituições, como a Revolução Francesa e a
Declaração de Independência dos EUA.

3. Momento

Atividade prática

Proponha que os alunos criem um jornal fictício da época, reportando as ideias iluministas e suas influências nas
revoluções. Eles podem usar manchetes como "Liberdade e Razão se Espalham pela Europa".

Resuma as ideias principais discutidas e como elas impactam o mundo atual.

4.Momento

Passa um exercício onde os alunos devem relacionar o Iluminismo com direitos e deveres da sociedade atual.

Participação nas discussões.

Exercício de casa relacionado às ideias iluministas e o mundo contemporâneo.

Iluminismo: o que foi, principais pensadores e ideias que defendiam

O Iluminismo foi um movimento intelectual que se tornou popular no século XVIII, conhecido como "Século das
Luzes".
Surgido na Europa, especialmente na França, a principal característica desta corrente de pensamento
foi defender o uso da razão sobre o da fé para entender e solucionar os problemas da sociedade.
Os iluministas acreditavam que poderiam reestruturar a sociedade do Antigo Regime. Para tal, defendiam o
poder da razão acima da fé e da religião e buscaram estender a crítica racional em todos os campos do saber
humano.
Em outras palavras, buscavam, através da aplicação de conhecimentos filosóficos, sociais e políticos, a defesa
do conhecimento racional e a desconstrução de preconceitos e ideologias religiosas.
Por sua vez, essas seriam superadas pelas ideias de progresso e perfectibilidade humana.
Em suas obras, os pensadores iluministas argumentavam contra as determinações mercantilistas e religiosas.
Também foram avessos ao absolutismo e aos privilégios dados à nobreza e ao clero. Estas ideias eram
consideradas polêmicas, pois afetavam a estrutura política e social do Antigo Regime.
Desta maneira, filósofos como Diderot e D’Alembert buscaram reunir todo o conhecimento produzido à luz da
razão num compêndio dividido em 35 volumes: a Enciclopédia (1751-1780).
A publicação da Enciclopédia contou com a participação de vários expoentes iluministas como Voltaire e Jean-
Jacques Rousseau.
Suas ideias se difundiram principalmente entre a burguesia, que detinha a maioria do poder econômico.
Entretanto, não possuíam nada equivalente em poder político e ficavam sempre à margem das decisões.
Principais ideias do Iluminismo
Valorização do uso da razão;
Princípios do Liberalismo Político, como:
Defesa de um Estado descentralizado, mediante a divisão de poderes;
Antiabsolutismo, através da limitação dos poderes do monarca;
Defesa da soberania popular, isto é, de que o poder emana do povo, e não da religião;
Valorização das artes e do pensamento científico;
Defesas das liberdades individuais para os cidadãos, como a liberdade de expressão, de crença e de associação;
Igualdade de nascimento, abolindo os privilégios estamentais;
Separação dos interesses do Estado e da Igreja;
Prática do liberalismo econômico, visando maior liberdade de comércio;
Liberdade de expressão e de culto religioso;
Defesa do direito de busca individual da felicidade.
Características do Iluminismo
Vejamos, a seguir, as principais ideias iluministas sobre economia, política e religião.
Economia
Em oposição ao Mercantilismo, praticado durante o Antigo Regime, os iluministas afirmavam que o Estado
deveria praticar o liberalismo. Ao invés de intervir na economia, o Estado deveria deixar que o mercado a
regulasse livremente. Essas ideias foram expostas, principalmente, por Adam Smith.
Alguns, como Quesnay, defendiam que a agricultura era a fonte de riqueza da nação, em detrimento do
comércio, como defendido pelos mercantilistas.
Quanto à propriedade privada, não havia consenso entre os iluministas. John Locke enfatizava que a propriedade
era um direito natural do homem, enquanto Rousseau apontava que esta era uma fonte de desigualdade e
corrupção social.
Política e Sociedade
Contrários ao Absolutismo, os iluministas afirmavam que o poder do rei deveria ser limitado por mecanismos
sólidos, como um conselho de representantes do povo ou uma Constituição.
O escritor Montesquieu, por exemplo, defendia um modelo de Estado onde o governo estaria dividido em três
poderes:
Legislativo
Executivo
Judiciário
Assim, haveria equilíbrio e menos poder concentrado numa só pessoa. Esta ideia de governo foi adotada por
quase todos os países do mundo ocidental.
Além disso, para os iluministas, os súditos deveriam ter mais direitos e serem tratados de forma igualitária. Com
isso, defendiam que os impostos fossem pagos por todos, sem privilégios ou exceções. Também, para eles, as
minorias, como os judeus, tinham que ser reconhecidas como cidadãos plenos.
Nesse caso, é preciso lembrar que até então, as minorias religiosas, como judeus e muçulmanos, foram
obrigadas a se converter ou a deixar os países onde estavam para escapar das perseguições.
No entanto, nessa época, a noção de cidadania ainda excluía as mulheres. Embora alguns intelectuais
defendessem a cidadania ao público feminino, como Mary Wollstonecraft, Olympe de Gouges e Émilie du
Châtelet, essa visão não foi completamente incorporada pelos iluministas.
Religião
A religião foi muito criticada por vários pensadores iluministas.
A maioria, defendia a limitação dos privilégios do Clero e da Igreja, bem como o uso da ciência para questionar
os dogmas religiosos.
Havia aqueles que compreendiam o poder da religião na formação do ser humano, mas preferiam que houvesse
duas esferas distintas: a religião e o Estado.
De igual maneira, alguns iluministas defendiam o fim da igreja como instituição e que a fé deveria ser uma
expressão individual.
Principais pensadores iluministas
os principais filósofos iluministas:
Montesquieu (1689-1755): grande filósofo iluminista, conhecido pela sua teoria da separação dos poderes
estatais em três: executivo, legislativo e judiciário.
Voltaire (1694-1778): filósofo francês, grande crítico da soberania da Igreja Católica na tomada de decisões dos
Estados europeus.
Diderot (1713-1784): ficou marcado pela criação das Enciclopédias, volumes de livros que buscaram reunir
grande parte do conhecimento científico da época, de forma condensada.
D’Alembert (1717-1783): atuou com Diderot na elaboração das Enciclopédias.
Rousseau (1712-1778): defensor da ideia de Contrato Social, foi autor da teoria sobre o "bom selvagem",
abordando aspectos inerentes à natureza humana.
John Locke (1632-1704): filósofo inglês contratualista, defensor da ideia de que o ser humano seria uma "tábula
rasa". Também defendia que o Estado deveria garantir os direitos naturais de seus cidadãos.
Adam Smith (1723-1790): filósofo e economista escocês, é conhecido por suas teorias acerca da "mão invisível
do mercado".

O que foi o Despotismo esclarecido


Despotismo esclarecido foi um modelo de governo onde o monarca seguia determinadas ideias iluministas,
porém mantinha-se em um regime político de concentração de poder.
Isso acontecia sem que os monarcas abdicassem de seu poder absoluto, apenas o conciliando a princípios como
o uso da razão, a limitação da influência da Igreja, por exemplo. Deste modo, estes governantes faziam parte do
Despotismo Esclarecido.
Como exemplo podemos citar Marquês de Pombal, ministro português que, mesmo em um regime de governo
absolutista, atuou visando valorizar o letramento e as artes iAs ideias iluministas se espalharam de tal modo que
muitos governantes buscaram implantar medidas embasadas no iluminismo para modernizar se
Iluminismo no Brasil
O Iluminismo chegou ao Brasil através das publicações que eram contrabandeadas para a colônia.
Igualmente, vários estudantes que iam à Universidade de Coimbra, em Portugal, também tiveram contato com as
ideias iluministas e passaram a difundi-las.
Essas ideias passavam a questionar o próprio sistema colonial e fomentar o desejo de mudanças. Assim, o
movimento das Luzes influenciou a Inconfidência Mineira (1789), a Conjuração Baiana (1798) e a Revolução
Pernambucana (1817).
Consequências do Iluminismo
Os ideais iluministas tiveram sérias implicações sociopolíticas. Como exemplo, o fim do colonialismo e do
absolutismo e implantação do liberalismo econômico, bem como a liberdade religiosa, o que culminou em
movimentos como a Revolução Francesa (1789).

Mapa mental sobre o Iluminismo

Questão 1
O Iluminismo foi um movimento intelectual surgido na Europa do século XVIII que defendia os seguintes
princípios, exceto:
a) A busca de explicações racionais para a compreensão do mundo.

b) A unidade de interesses entre o Estado e a Igreja, restringindo a liberdade de culto.

c) A defesa de que todos os indivíduos nascem livres e iguais perante a lei.

d) A crítica ao Antigo Regime, baseado na submissão ao poder real e na desigualdade entre os homens.

Questão 2
No contexto da Revolução Industrial, processo de transformação dos modos de produção que teve seu início em
meados XVIII, surgiram movimentos de trabalhadores que se organizavam contra as condições de trabalho
precárias. Dentre estes movimentos, as Trade Unions eram:
a) Um movimento que lutava pela aprovação da Carta do Povo pelo Parlamento inglês, garantindo o direito ao
voto para todos os trabalhadores.

b) Uma organização que tinha como principal característica a quebra das máquinas pelos operários insatisfeitos
com a exploração e baixos salários.

c) Uma união internacional de donos de fábrica, preocupados em melhorar as condições de trabalho na área da
indústria.

d) Associações de operários que reivindicavam melhores condições de vida e de trabalho e que tinham a greve
como principal instrumento de luta.

Questão 3

Grande parte dos episódios e ideais da Revolução Francesa (1789-1799) circularam em seu próprio tempo por
meio de pinturas e gravuras. Observe a charge abaixo e assinale a alternativa que indica a qual aspecto da
Revolução Francesa ela se relaciona:

Devemos torcer para que o jogo acabe logo. Gravura. Autor desconhecido. Paris, 1789.

a) À falta de uma legislação trabalhista, que combatesse a precariedade das condições de trabalho dos mais
pobres.

b) À crítica à sociedade de ordens do Antigo Regime, que tinha os privilégios do primeiro e segundo estados
(nobreza e clero) sustentados pelo terceiro, formado por burgueses e trabalhadores urbanos e rurais.

c) . À excessiva exploração dos recursos naturais e da terra.

d) . À defesa da sustentação dos direitos do clero pela nobreza e pelos sans-culottes.

Questão 4

O Iluminismo é uma filosofia que deixou marcas profundas na sociedade ocidental. Atualmente, inclusive,
podemos verificar a influência do iluminismo em fatos como:
a) Criação da Constituição

b) Instituição dos Três Poderes

c) Surgimento do parlamento

d) Elaboração de leis escritas

Questão 5

UEBA – No período do Iluminismo, no século XVIII, o filósofo Montesquieu defendia:


A) divisão da riqueza nacional.
b) divisão dos poderes executivo, legislativo e judiciário.
c) divisada política em nacional e internacional.
d) formação de um Poder Moderador no Congresso Nacional.
e) implantação da ditadura moderna.

Questão 6

(Cesgranrio) O movimento conhecido como Ilustração ou Iluminismo marcou uma revolução intelectual, ocorrida
na sociedade europeia ao longo do século XVIII. O Iluminismo, em seu âmbito intelectual, expressou a:
a) negação do humanismo renascentista baseado no experimentalismo, na física e na matemática.

b) aceitação do dogmatismo católico e da escolástica medieval.

c) defesa dos pressupostos políticos e das práticas econômicas do Estado do Antigo Regime.

d) consolidação do racionalismo como fundamento do conhecimento humano.

e) supremacia da ideia de providência divina para a explicação dos fenômenos naturais.


Questão 7
As ideias dos diversos filósofos do Iluminismo, que tanta importância exercem nos movimentos sociais dos
séculos XVIII e XIX, têm como princípio comum:
a) a república como único regime político democrático.

b) a razão como portadora do progresso e da felicidade.

c) as classes populares como base do poder político.

d) o calvinismo como justificativa de riqueza material.

e) a igualdade social como alicerce do exercício da cidadania.

Questão 8

Qual filósofo iluminista se destacou ao afirmar que o ser humano nascia bom, mas a
sociedade era responsável por torná-lo mal?

a) Montesquieu
b) Thomas Hobbes
c) Rousseau
d) Diderot
Questão 9
7. O iluminismo foi um movimento filosófico ocorrido na Europa, com destaque na França, por volta dos séculos
XVII e XVIII. Com base nessa informação, assinale a alternativa que não se refere a um filósofo iluminista:
a) Rousseau.
b) Voltaire.
c) Montesquieu.
d) Sócrates

Questão 10
Faça a associação entre o pensador iluminista e sua contribuição:
Voltaire ( ) Desenvolveu a ideia do liberalismo econômico.
Diderot ( ) Acreditava que a sociedade moldava o indivíduo.
Adam Smith ( ) Grande crítico da Igreja católica.
John Locke ( ) Criou a enciclopédia.

PRINCIPIOS LIBERAIS
CAPACIDADES:

Conhecer as principais ideias iluministas e sua influência na organização política, econômica e sociocultural das sociedades,
em diferentes realidades históricas.
HABILIDADES:
(EF08HI01). Identificar os principais aspectos conceituais do iluminismo e do liberalismo e discutir a relação
entre eles e a organização do mundo contemporâneo.

OBJETO DE CONHECIMENTO:

Princípios Liberais

Objetivos especifico

Compreender o conceito de liberalismo e seu surgimento no contexto histórico.

Identificar os principais pensadores liberais e suas contribuições.

Relacionar o liberalismo com a formação das democracias e sistemas econômicos modernos.

1Momento

Apresentar brevemente o contexto histórico do século XVIII e XIX, destacando o surgimento de novas formas de
pensar a política e a economia.

Explique que o liberalismo foi um movimento que enfatizou a liberdade individual, o direito à propriedade e o
governo limitado.

Fazer uma pergunta inicial: O que é liberdade para vocês?

2 Momento

Aula expositiva com interação

3. Momento

Atividade em grupo:

Cada grupo pode responder à pergunta: Como essas ideias ainda estão presentes em nossa sociedade atual?
(Exemplos: democracia, economia de mercado, direitos individuais).

4.Momento

1. Atividade prática

Distribua papeis para que os alunos escrevam uma ideia que aprenderam sobre o liberalismo e como ela pode
ser vista no mundo atual. Eles podem desenhar uma situação cotidiana (como compra e venda, eleições, etc.)
que envolva princípios liberais.

Em seguida, peça que compartilhem com a turma.

Conclusão

Resuma as ideias principais do liberalismo e sua importância para o mundo moderno.

Enfatize que o liberalismo moldou não apenas sistemas políticos (democracia) mas também econômicos
(capitalismo).

Deixe uma reflexão para casa: Você acha que todas as ideias liberais são aplicáveis hoje? Por quê?

Liberalismo
Liberalismo foi uma doutrina econômica, política e social, que surgiu na Europa, no século XVIII,
contra o mercantilismo e a intervenção do Estado na economia.

O liberalismo foi dominante na economia e na política durante o século XIX e caiu em descrédito
após a Primeira Guerra Mundial.

"História do liberalismo
Surgimento do liberalismo político
A Revolução Gloriosa na Inglaterra foi despertada por um sentimento de desagrado de grande parte dos
cidadãos comuns (incluindo burgueses, plebeus e camponeses) contra a monarquia absolutista inglesa, que
mantinha os privilégios da classe nobre e concentrava o poder nas mãos do monarca.

Nesse sentido, John Locke, filósofo que viveu no século XVII e atravessou a passagem para o século XVIII,
desenvolveu sua teoria jusnaturalista em oposição ao jus naturalismo de outro filósofo inglês, Thomas Hobbes.

Hobbes viveu o início da insurgência contra a monarquia inglesa, no início do século XVII, e escreveu o livro
Leviatã: ou matéria, forma e poder como forma de defender a monarquia. Ele também era jusnaturalista, ou seja,
pautava a sua filosofia numa teoria de que existem direitos naturais inerentes a todos os seres humanos. Para
esse filósofo, o ser humano, em seu estado natural, é regulado apenas pela lei de natureza (aquela que garante
os direitos naturais e a liberdade irrestrita).

Para Hobbes, o ser humano, em seu estado de natureza, era violento, pois ele não tinha qualquer regulação
moral e precisava cuidar da sua sobrevivência, e tinha o direito natural de prover isso sem qualquer regulação
que o impedisse de ser violento. Para resolver o problema da natureza violenta foi necessário, segundo o filósofo,
a criação de um Estado forte e coercitivo que, na sua visão, somente seria possível por meio da monarquia
absolutista.

John Locke, mesmo sendo jusnaturalista, foi na contramão da teoria de Hobbes. Locke era oposto à monarquia
absolutista e reconhecia como direitos naturais a liberdade, a propriedade e a vida. Para esse teórico, a lei de
natureza estabelece os direitos naturais e entende a liberdade como algo irrestrito. Nesse sentido, há brecha
para que uma pessoa possa invadir e tomar a propriedade do outro.

O Estado deveria, então, ser uma instituição reguladora por meio de um corpo de leis que estabeleceria os limites
para o convívio pacífico entre os cidadãos. No entanto, não haveria qualquer justificativa para o Estado atentar
contra a vida, a liberdade e, principalmente, a propriedade dos cidadãos, a menos que estes atentassem contra a
própria ordem estatal de maneira injustificada."

"Do mesmo modo, aos cidadãos deveria ser permitida a insurgência legítima contra o Estado caso este agisse de
maneira ruim (algo que a monarquia não permitia). A melhor maneira de governar, segundo Locke, seria o
parlamentarismo constitucional e democrático. É assim que Locke entrega a gênese do pensamento liberal
político e solta as primeiras fagulhas de um pensamento liberal econômico que surgiria algumas décadas depois.

O iluminismo francês seguiu um curso parecido na luta contra a monarquia durante a Revolução Francesa.
Filósofos como Charles de Montesquieu e Voltaire deram continuidade a um pensamento político liberal.

Voltaire era defensor das liberdades individuais, como a liberdade de expressão e a de culto religioso, além de
defender a separação entre o Estado e a Igreja. Montesquieu criou a teoria da tripartição do Estado, que propõe
uma medida de repartição do poder estatal em três partes, sendo elas o poder Executivo, o poder Legislativo e o
poder Judiciário. A intenção de Montesquieu era apresentar uma forma de evitar os abusos de poder e garantir a
manutenção das liberdades individuais."

"Características do liberalismo
Quando as primeiras ideias ditas liberais surgiram, ainda no século XVII, elas vinham de filósofos ingleses, como
John Locke, e franceses iluministas, como Montesquieu e Voltaire. O intuito nessa época era derrubar o Antigo
Regime (a monarquia absolutista) e instituir Estados constitucionais de direito na Europa.

As ideias mais remotas do pensamento liberal político advêm da filosofia jusnaturalista do filósofo inglês John
Locke. Para Locke, o ser humano possui direitos naturais, que são, fundamentalmente, o direito à vida, à
liberdade e à propriedade. A propriedade privada, para ser legitimada como um direito natural, deveria ter uma
função social que atenda à comunidade.

Muito além dos ideais jusnaturalistas, o liberalismo admite que não deveria haver um sistema opressor que
retirasse dos indivíduos a sua liberdade, deixando-os livres, na medida do possível, para viverem e produzirem.
Nesse sentido, surgiu o liberalismo econômico, proposto pela primeira vez pelo filósofo e economista inglês
Adam Smith. Smith defendia que o Estado deveria ter o mínimo possível de participação e gestão na economia,
pois esta deveria ficar totalmente regulada por si mesma. Para o economista inglês, haveria uma espécie de
“mão invisível” do mercado econômico que atuaria na regulação de todos os processos econômicos, sem
necessitar de qualquer interferência externa.

As teorias liberais foram altamente aplicadas em grande parte da Europa oitocentista e nos Estados Unidos.
Esses eram os territórios altamente industrializados que permitiram a manutenção de um sistema capitalista
regido pelas doutrinas liberais da época. As regras de manutenção da economia foram desenvolvidas pelo
mercado. Salários, modos de contratação, preços e modos de venda eram decididos pelas instituições privadas.

Os impostos sobre as empresas quase não existiam, recaindo, na maioria das vezes, em cima das pessoas
comuns (entre elas os empresários) e quase nunca sobre as empresas em si. Isso constitui a essência do
liberalismo. Enquanto pensamento político, ele garante as liberdades individuais e, enquanto doutrina econômica,
garante a liberdade de propriedade e de empreender."

Tipos de liberalismo
Liberalismo político: é o pensamento liberal fundamentado nas teorias dos filósofos liberais clássicos, como John
Locke, os iluministas franceses e os filósofos utilitaristas ingleses Jeremy Bentham e John Stuart Mill. A principal
ideia desses pensadores era apresentar uma ruptura com o autoritarismo das monarquias absolutistas.

Liberalismo econômico: mais que uma filosofia ou um pensamento, o neoliberalismo é uma doutrina que rege os
modos do comportamento econômico avesso aos princípios socialistas. O liberalismo defende, em suma, a não
intervenção do Estado na economia, pois está deveria regular-se por si mesma."

"Neoliberalismo e liberalismo
Na economia, temos a divisão entre o liberalismo clássico e a versão revista dessa doutrina no século XX, o
neoliberalismo. A crise de 1929 foi um fator decisivo para a cisão de governos com as doutrinas liberais, pois os
governos das maiores potências mundiais precisaram injetar dinheiro na economia e retomar as rédeas para que
o mundo não falisse. Esse período foi necessário para a retomada econômica e para que se implementasse
medidas de proteção aos trabalhadores no mundo todo, como a criação da Consolidação das Leis Trabalhistas
(CLT) no Brasil.

No entanto, intelectuais da chamada Escola Austríaca de Economia, liderados no início pelo economista Ludwig
von Mises, começaram a propor novas formas de uma doutrina liberal que conciliassem as necessidades de um
mercado livre com alguma, bem tímida, participação do Estado na economia (para salvá-la quando necessário).
Politicamente, o Estado e os governos eram necessários para estabelecer algumas relações, mas à iniciativa
privada deveria ser dada novamente a liberdade.

Teóricos ligados à Escola de Economia de Chicago também trouxeram teorias parecidas. A junção de todas
essas teorias de uma nova doutrina liberal com a prática delas no século XX, a partir da década de 1980, deu
origem ao neoliberalismo. Países como Chile e Inglaterra foram pioneiros nas adoções de medidas neoliberais,
com a privatização do serviço público e a redução ao máximo da estatização e da interferência do Estado na
economia. Para saber mais sobre essa nova etapa do liberalismo, acesse: Neoliberalismo.

Neoliberalismo
O chamado “neoliberalismo” é um dos temas mais polêmicos em se tratando de debates públicos, isto é,
discussões entre políticos, jornalistas, analistas de conjuntura política e professores universitários. O conceito
“neoliberal” remonta a dois momentos diversos: 1) à virada do século XIX para o século XX e 2) ao período dos
anos 1980 e 1990. As discussões e polêmicas circundam ambos os períodos, como veremos.

Sabe-se que o liberalismo, ou liberalismo clássico, foi um conjunto de doutrinas econômicas e reflexões
políticas que vigorou entre os séculos XVIII e XIX, influenciando uma grande geração de intelectuais e
políticos. Adam Smith e David Ricardo estão entre os principais nomes da tradição liberal clássica. O termo
neoliberalismo, a princípio, deveria indicar precisamente uma simples renovação ou uma reafirmação das
doutrinas liberais, entretanto, não é bem assim.

Os neoliberais (ou “novos liberais”) da virada do século XIX para o início do século XX possuíam certa
interferência de ideologias mais à esquerda e pendiam a uma posição socialmente reformista e intervencionista,
o que ia contra as bases do pensamento liberal clássico. Esses “novos liberais” ainda davam especial ênfase nas
políticas de justiça social e em práticas reformadas de controle estatal da economia, expressando, segundo José
Guilherme Merquior, um desejo de substituir a economia do laissez-faire (“deixe fazer”), isto é, da livre iniciativa.

Essas ideias neoliberais, no início do século XX, foram endossadas por intelectuais como Hans Kelsen (no
campo jurídico) e John M. Keynes (no campo da política econômica), mas duramente criticadas por outros
herdeiros da tradição liberal clássica. Entre esses últimos, o principal foi o representante da Escola Austríaca de
Economia, Ludwig Von Mises. Mises, junto a outros economistas vinculados à sua perspectiva, era radicalmente
contra qualquer tipo de intervenção do Estado no seio da liberdade do mercado e do indivíduo.

As ideias críticas de Mises deitaram raízes sobre uma nova geração de intelectuais que despontou após
a Segunda Guerra Mundial. Em meio a essa geração estava o também austríaco Friedrich A. Hayek, cujas
ideias disputaram espaço nas décadas seguintes (e principalmente nas décadas de 1980 e 1990, em razão do
colapso da União Soviética) com as ideias de John Keynes, no campo econômico, mas também com as de
outros, em campos fora do estritamente econômico, como John Rawls, Norberto Bobbio e Robert Nozick. Esse
cenário intelectual, que teve grande impacto sobre os governos dos Estados Unidos da América e do Reino
Unido nas figuras de Ronald Reagan e Margareth Thatcher, configurou o segundo momento em que se
empregou o conceito de “neoliberalismo”.

"No contexto dos governos de Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso, o termo neoliberal foi associado à
política das privatizações pelos críticos de posição de esquerda, que qualificavam tais medidas como
“entreguismo”, ou seja, a “entrega” das riquezas da nação a potências estrangeiras, enquanto os mais alinhados
ao pensamento liberal clássico não viam nessas medidas nada de propriamente liberal, mas apenas uma forma
menos ostensiva de controle estatal sobre a economia."

EXERCÍCIOS

Questão 1
Inspirado no liberalismo clássico e em clara oposição ao Keynesianismo, o neoliberalismo propõe,
entre outras medidas:
I. a atuação do Estado como empresário, como mediador das relações capital-trabalho e como
regulador de taxas e tarifas.
II. o desenvolvimento de uma política de privatização das empresas estatais para reduzir o papel do
Estado na economia.
III. a minimização do poder dos sindicatos e a redução dos direitos trabalhistas.
IV. a redução das barreiras para a circulação de mercadorias e capitais entre países, promovendo,
assim, uma maior abertura econômica.
Estão corretas:
a) apenas I, II e IV.
b) apenas I, III e IV.
c) apenas I, II e III.
d) apenas II, III e IV.
e) I, II, III e IV
Questão 2
Entre as lideranças políticas internacionais frequentemente associadas ao neoliberalismo dos anos
1980, podemos apontar:
a) Ronald Reagan e Winston Churchill
b) Vladimir Putin e Bashar Al-Assad
c) Juan Domingo Perón e Richard Nixon
d) Margaret Thatcher e Ronald Reagan
e) Vladimir Putin e Rainha Vitória
Questão 3
(UNIRIO) Em meio à globalização econômica e à política neoliberal, convivemos recentemente com
o caso do México, em 1994-95. A crise mexicana, ou o que se denominou "efeito tequila" (hot
money), resultou:
a) de investimentos maciços na indústria mexicana, gerando a rápida valorização do peso, moeda
forte local.
b) do descompasso econômico entre o México e os países da América Latina, criando o
fortalecimento industrial mexicano.
c) da supervalorização do dólar, enquanto moeda-padrão, afetando as economias periféricas
dependentes dos EUA.
d) da fuga de imensos capitais especulativos que migraram, afetando a solidez econômica local.
e) da miséria em que se encontra o México diante dos outros países latino-americanos muito mais
estáveis e sólidos.
Questão 4
Entre os economistas que são identificados com o neoliberalismo do século XX estão:
a) Carl Menger e Friedrich Engels
b) David Ricardo e Schumpeter
c) Schumpeter e Werner Sombart
d) Karl Marx e John M. Keynes
e) Milton Friedman e Friedrich Hayek

CAPACIDADES:
Conhecer os aspectos estruturantes das diferentes tradições/movimentos religiosos e filosofias de vida, a
partir de pressupostos científicos, filosóficos, estéticos e éticos.
HABILIDADES:
EF08HI06: identificar e analisar os direitos humanos em diferentes contextos históricos e
contemporâneos, reconhecendo os princípios fundamentais desses direitos.
EF08HI10**: Compreende os principais documentos que garantem os direitos humanos, como a
Declaração Universal dos Direitos Humanos.
OBJETO DE CONHECIMENTO
1.Momento
Apresentação dos conceitos de direitos humanos e sua relação com a cidadania.
2. Momento
Aula expositiva explicação do conteúdo.
3.Momento
Debate sobre situações de desrespeito aos direitos humanos (racismo, xenofobia, desigualdade
de gênero). Leitura e análise de trechos da **Declaração Universal dos Direitos Humanos.
4.Momento
Atividade
Os alunos serão divididos em grupos e receberão diferentes casos de proteção de direitos
Cada grupo deverá identificar o problema e propor soluções, apresentando-se para a turma.

Educação e Direitos humanos na prática escolar

Precisamos falar sobre direitos humanos na escola, ou seja, como educação e direitos humanos se relacionam
e a importância dessa
integração. O conhecimento sobre direitos humanos é fundamental para a consolidação de uma sociedade justa
e inclusiva. Por isso,
a educação sobre direitos humanos vem ganhando cada vez mais espaço nas escolas de todo o mundo.

Direitos humanos na escola é uma abordagem educacional que enfatiza que todos os seres humanos nascem i
guais e têm direitos universais, além de incentivar o uso ativo da cidadania.

Neste artigo, vamos explorar algumas práticas educativas que podem ser adotadas pelas escolas para oferecer u
ma educação consistente em direitos humanos a seus alunos e explorar importância da relação indissociável da
educação com os direitos humanos.

Quais os direitos humanos existentes na escola?

Os direitos humanos na escola são fundamentais para garantir um ambiente educacional justo, seguro e
inclusivo. Aqui está uma lista de quais são os direitos humanos na escola e que devem ser respeitados no
contexto escolar:
Direito à educação de qualidade

Todos têm direito a uma educação que desenvolva plenamente suas habilidades e personalidade, preparando-os
para a vida adulta e cidadania ativa.

Igualdade de acesso e oportunidades

Todas as crianças e jovens devem ter acesso igualitário à educação, independentemente de sua origem
socioeconômica, gênero, etnia ou outras características.

Não-discriminação

Nenhum estudante deve sofrer discriminação por qualquer motivo, seja raça, cor, sexo, língua, religião, opinião
política, origem nacional ou social, condição econômica ou nascimento.

Liberdade de expressão e opinião

Alunos têm o direito de expressar livremente suas ideias e opiniões, desde que respeitando os direitos dos outros
e as regras da escola.

Proteção contra violência e bullying

Todos na escola têm direito a um ambiente livre de violência física ou psicológica, incluindo proteção contra
bullying e assédio.

Respeito à diversidade cultural e religiosa

A escola deve respeitar e valorizar a diversidade cultural e religiosa de seus alunos, promovendo um ambiente de
tolerância e compreensão mútua.

Direito à privacidade

Os dados pessoais e informações confidenciais dos alunos devem ser protegidos, respeitando sua privacidade e
dignidade.

Participação nas decisões escolares

Estudantes devem ter voz nas decisões que afetam sua vida escolar, através de conselhos estudantis ou outros
mecanismos de participação.

Acesso à informação

Alunos têm direito de acesso a informações relevantes para sua educação e desenvolvimento, incluindo materiais
didáticos adequados e atualizados, inclusive, com atividades para trabalhar direitos humanos na escola.

Ambiente seguro e saudável

A escola deve proporcionar um ambiente físico seguro e saudável, com infraestrutura adequada, saneamento
básico e condições propícias ao aprendizado.

Por que o ensino de direitos humanos nas escolas é tão importante?

A educação é o melhor caminho para assegurar e garantir aos cidadãos direitos humanos.
No entanto, a prática escolar é crucial para promover a conscientização e educar os alunos sobre os direitos fund
amentais da pessoa humana.

A ênfase em edudação e direitos humanos possibilita que os alunos possam aprender sobre questões relacion
adas à igualdade, liberdade e dignidade.
Ao educar e conscientizar os alunos sobre essas questões, podemos ajudá–los a construir um mundo melhor e m
ais justo, daí a importância dos direitos humanos na escola.
Além disso,
o foco em educação e direitos humanos nas escolas também fornece informações valiosas sobre seu direito a
viver livre de discriminação e opressão. Isso pode ajudar os alunos a entender e aceitar as diferenças entre pess
oas e a serem respeitosos com aqueles que são diferentes deles. Esse ensino de direitos humanos é
um meio eficaz para promover o bem–estar e o respeito em todo o mundo.

A importância da educação para a defesa dos direitos humanos

A educação é uma ferramenta poderosa para promover a consciência e


o respeito aos direitos humanos. Ela oferece o conhecimento necessário para que o aluno desenvolva o senso de
responsabilidade social.

De acordo com a UNESCO, ensinar sobre direitos humanos significa reconhecer as liberdades fundamentais de t
odos, incluindo a liberdade de expressão e
de pensamento, não discriminação e direitos de igualdade e livre organização.

A educação responsável, portanto, passa a ser um meio importante para ajudar a garantir que os direitos humano
s sejam reconhecidos e cumpridos.

Cada vez mais,


é necessário assegurar que os professores e outros profissionais da área estejam preparados para tratar os assu
ntos relacionados à educação e direitos humanos em sala de aula.

Ao estudar sobre direitos humanos na escola,


os alunos devem ser capazes de utilizar a educação como uma oportunidade para serem multiplicadores da defe
sa daqueles que estão mais vulneráveis na sociedade.

Por meio da educação, os alunos podem entender melhor a importância dos direitos humanos e
do desenvolvimento de habilidades para a promoção dos direitos das minorias. Com isso, a prática escolar torna-
se um meio seguro para garantir que os direitos humanos sejam respeitados, valorizados e defendidos.

Educação, diversidade e inclusão: o desafio das escolas brasileiras

O trabalho da educação e direitos humanos promove benefícios em diferentes aspectos. Por isso, direitos hu
manos na escola promove a diversidade e inclusão e é
um tema cada vez mais comum na agenda das escolas brasileiras. Além de ser um dever moral, pois é
um direito humano,
é também um dos principais pilares da educação: preparar os alunos para compreender e respeitar as diferenças
e a diversidade.

No entanto,
o desafio para as escolas brasileiras passa pela aplicação de normas de inclusão que ajudem no desenvolviment
o de princípios de tolerância e de respeito entre os alunos. Superando esses desafios,
o trabalho com direitos humanos na escola se torna mais fácil e eficiente.

A educação para a diversidade e


a inclusão podem ajudar a garantir que os alunos entendam o valor dos direitos humanos básicos e possam colo
car esses princípios em prática no ambiente escolar.

As escolas também podem promover a diversidade e


a inclusão ao desenvolver programas de formação de professores, tais como cursos de formação sobre direitos h
umanos e sobre como trabalhar educação em direitos humanos na
escola com diferentes faixas etárias, etnias, culturas e identidades.

Cursos online, por exemplo, são excelentes opções para que educadores obtenham ideias sobre direitos
humanos na escola e como colocar em prática no dia a dia escolar.

Neste sentido, é importante também que os alunos tenham a oportunidade de praticar a diversidade e
a inclusão, participando de debates, atividades culturais, discussões em sala de aula e outras formas de trabalho
em grupo e formas diversos outros tipos de atividades para trabalhar direitos humanos na
escola. Para garantir a inclusão na prática escolar,
é necessário que as escolas brasileiras sejam firmes ao cumprir seus deveres de respeitar e promover os direitos
humanos.

A educação e direitos humanos a partir do pensamento de Paulo Freire

A educação libertadora de Paulo Freire oferece uma ótica pela qual podemos reimaginar a abordagem dos direito
s humanos nas escolas, entrelaçando-se profundamente com a essência da pedagogia crítica e
da emancipação social.

Ao colocar o diálogo, a reflexão crítica e


a ação transformadora no coração do processo educativo, essa metodologia não apenas ensina sobre direitos hu
manos de maneira abstrata, mas também empodera os alunos a se tornarem agentes ativos na promoção e
na defesa desses direitos dentro e fora do ambiente escolar.

A educação em direitos humanos, sob a influência do pensamento freiriano, perpassa a transmissão de conhecim
ento, buscando despertar nos estudantes uma consciência crítica sobre as injustiças sociais e estimulando-os
a participar ativamente na construção de uma sociedade mais justa.

Nesse contexto, a escola torna-se um espaço de prática democrática, onde se valoriza a voz do aluno e
se promove a igualdade, a liberdade e
a solidariedade — princípios fundamentais tanto da educação libertadora quanto dos direitos humanos.

Educadores inspirados por Freire utilizam metodologias participativas sobre educação em direitos humanos na
escola, que encorajam os alunos a questionar estruturas opressivas e
a buscar soluções coletivas para problemas sociais.

Projetos de aprendizagem baseados em problemas reais da comunidade, debates, simulações e


a análise crítica de eventos atuais são algumas das estratégias adotadas para integrar os direitos humanos ao cu
rrículo, transformando o ensino em uma ferramenta poderosa de mudança social.

Assim, a educação libertadora de Paulo Freire e


os direitos humanos na escola caminham juntos, moldando cidadãos conscientes, críticos e, acima de tudo, comp
rometidos com a dignidade e a igualdade de todos os seres humanos.

ATIVIDADES

1. Roda de Conversa: O que são Direitos Humanos?


Organize uma roda de conversa para explorar o que os alunos já sabem sobre direitos humanos. Utilize pergunta
s abertas para incentivar a participação e compartilhe exemplos de direitos humanos universais, como o direito à
educação, à liberdade de expressão e ao acesso à saúde.

2. Dinâmica do Balão
Esta atividade envolve escrever direitos fundamentais em balões e discutir por que eles são importantes. Cada al
uno escolhe um balão, lê
o direito escrito e compartilha por que considera esse direito importante para a sociedade. Após a discussão,
os balões são amarrados em um espaço comum da escola como um lembrete visual dos direitos discutidos.

3. Linha do Tempo dos Direitos Humanos


Criar uma linha do tempo colaborativa com marcos importantes dos direitos humanos ao redor do mundo. Divida
a turma em grupos e atribua a cada um
a tarefa de pesquisar e apresentar um evento ou figura histórica significativa. Esta atividade promove a pesquisa,
a colaboração e a consciência histórica sobre a evolução dos direitos humanos.

4. Reflexão e Compromisso Pessoal


Encerre a sessão pedindo aos alunos que reflitam sobre como podem promover os direitos humanos em sua com
unidade. Eles podem escrever um compromisso pessoal e compartilhá-lo com a turma, incentivando a responsabi
lidade individual e coletiva na defesa e promoção dos direitos humanos.

Essas atividades são o ponto de partida para uma jornada de aprendizado contínuo sobre direitos humanos, esta
belecendo uma base sólida de conhecimento e empatia que será expandida nas próximas seções.

Brasil República
Brasil República é o período da História do Brasil que teve início com a Proclamação da República,
em 15 de novembro de 1889, e que vigora até os dias atuais.

A república brasileira passou por diversas fases e transformações, com períodos democráticos e
ditaduras. Costuma-se dividir esse período em:

 Primeira República (ou República Velha): 1889-1930


 Era Vargas: 1930-1945
 República Populista: 1945-1964
 Ditadura Civil-Militar: 1964-1985
 Nova República: 1989 - presente

Primeira República ou República Velha (1889-1930)


Após a Proclamação da República no Brasil, instituiu-se imediatamente um governo provisório,
chefiado pelo Marechal Deodoro da Fonseca, que deveria dirigir o país até que fosse elaborada uma
nova Constituição.

No dia 24 de fevereiro de 1891 foi promulgada a segunda Constituição brasileira e a primeira da


República. No dia seguinte à promulgação da Constituição, foram eleitos pelo Congresso Nacional, o
primeiro presidente e o vice.

O período da Primeira República no Brasil é marcado pelo coronelismo, onde ricos proprietários de
terras tinham grande poder sobre a população local, controlando as eleições, através do chamado
voto de cabresto.

A base da economia era a agricultura, tendo o café como principal produto de exportação, com
destaque também para a exploração do cacau (Bahia) e do látex (Região Norte). Também foi o
período do primeiro grande avanço da industrialização no Brasil, tendo como consequências o
surgimento de uma classe operária e a aceleração da urbanização.

A Primeira República é dividida em dois períodos:

 República da Espada (1889-1894). Em virtude da condição militar dos dois primeiros


presidentes do Brasil: Deodoro da Fonseca (1891) e Floriano Peixoto (1891-1894).
 República Oligárquica (1894-1930). Período em que as oligarquias agrárias que dominavam o
país, ligadas aos estados de São Paulo e Minas Gerais, controlavam a política. Durante este
período, conhecido popularmente como “política do café com leite”, apenas três presidentes não
procediam de São Paulo e de Minas Gerais. A supremacia política das grandes oligarquias só
terminou com a Revolução de 1930.

Era Vargas (1930-1945)


Período em que o chefe do governo brasileiro era o gaúcho Getúlio Vargas. Essa fase é subdividida
em:

 Governo Provisório (1930-1934)


 Governo Constitucional (1934-1937)
 Estado Novo (regime ditatorial de 1937 até 1945)

A partir de 1930, as massas populares foram incorporadas ao processo político, sempre sob
controle do governo varguista.

Uma das reações contra a nova ordem política instalada pela Revolução de 1930, foi o Movimento
Constitucionalista de 1932. O movimento ocorreu em São Paulo, onde as elites oligárquicas
tentaram retomar o controle político.

Em 1933, Getúlio Vargas promoveu eleições para a Assembleia Constituinte, que promulgou a nova
Constituição em 16 de julho de 1934.

O período do governo constitucionalista de Getúlio Vargas foi uma fase marcada pelo choque de
duas correntes ideológicas: a Ação Integralista Brasileira (AIB), de inspiração fascista, e a Aliança
Nacional Libertadora (ANL), movimento da frente popular de orientação socialista. Ambas faziam
oposição a Vargas. Tais movimentos eram reflexos da conjuntura internacional do período, marcado
pela polarização entre esquerda (comunistas e socialistas) e direita (fascismo e nazismo), com a
ascensão de regimes totalitários de ambos os lados.

Após a Intentona Comunista de 1935, uma tentativa fracassada de revolução, liderada por Luís
Carlos Prestes e membros da ANL, Getúlio Vargas intensifica a repressão aos seus opositores. Em
1937, documentos falsos (Plano Cohen) foram usados para forjar uma “ameaça comunista”. Este foi
o pretexto para o fechamento do Congresso, cancelamento das eleições presidenciais e a anulação
da Constituição de 1934, dando início ao Estado Novo.

No mesmo dia do golpe, foi outorgada a nova Constituição Brasileira, inspirada na constituição
polonesa. O período do Estado Novo é marcado pela extinção dos partidos políticos e das eleições,
pela censura e perseguição aos inimigos do regime e pela construção da figura de Vargas como
líder carismático (pai dos pobres) por meio da propaganda nacionalista. A economia se
caracterizava pelo chamado nacionalismo econômico e investimentos na indústria de base.

A participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial (1939-1945) contra os nazistas abalou o Estado
Novo, pois colocou em evidência a contradição de lutar contra uma ditadura e viver num regime
sem democracia.

Diversos setores da sociedade brasileira começam a estabelecer articulações contra o regime


varguista. Assim, em 29 de outubro de 1945, Getúlio Vargas foi deposto da presidência do Brasil.

República Populista (1945-1964)


Após a deposição de Getúlio Vargas, seu ex-ministro da guerra, general Eurico Gaspar Dutra,
venceu as eleições de dezembro de 1945.

Em 18 de setembro de 1946 foi promulgada a quinta Constituição brasileira. Essa carta, que
garantiu os direitos civis e eleições livres, iria reger a vida do país por mais de duas décadas.

Foram presidentes desse período:

 Eurico Gaspar Dutra (1946-1951);


 Getúlio Vargas (1951-1954);
 Café Filho (1954-1955);
 Carlos Luz (1955);
 Nereu Ramos (1955-1956);
 Juscelino Kubitschek (1956-1960);
 Jânio Quadros (1961);
 João Goulart (1961-1964).

Getúlio Vargas venceu as eleições de 1950, cinco anos após ser derrubado do poder. Com sua
política nacionalista, recebeu o apoio das classes populares, de setores da burguesia, dos grupos
políticos ligados ao trabalhismo e de parte do Exército.

Vargas enfrentou forte oposição da União Democrática Nacional (UDN), que tinha Carlos Lacerda
(1914-1977) como seu principal porta-voz e pregava a destituição do presidente, acusando pessoas
ligadas ao governo de corrupção.

Vargas também era acusado de pretender instalar uma república sindicalista no Brasil, regime
semelhante ao que Perón havia instalado na Argentina.

Com o crescimento da oposição a Vargas, mesmo entre setores que antes o apoiavam, e a escalada
de acusações, incluindo a de envolvimento no atentado contra Carlos Lacerda, a crise do governo
se agravou. Em decorrência disso, Getúlio Vargas comete suicídio em 24 de agosto de 1954.

Nos dezessete meses que sucederam à morte de Vargas, três presidentes ocuparam o poder: Café
Filho, Carlos Luz e Nereu Ramos. A situação política era difícil.

Em 1955, houve novas eleições para presidente e Juscelino Kubitschek foi eleito, com a promessa
de realizar "cinquenta anos de progresso em cinco anos de governo".

Sua administração foi marcada por obras de grande repercussão, entre elas a construção de
Brasília, a nova capital do país.

Em 1961, o populista Jânio Quadros foi eleito. Ele renunciou, contudo, em 25 de agosto. De acordo
com a Constituição, o vice João Goulart deveria assumir a presidência.

Houve, porém, um veto militar à posse de Jânio Quadros (Jango), acusado de comunista. A solução
para a crise política foi a promulgação da Emenda Constitucional nº 4, que instituiu o sistema
parlamentarista de governo no país. A emenda limitava o poder do presidente.

João Goulart, empossado em 7 de setembro de 1961, colocava em prática uma política nacionalista.
Um plebiscito realizado em 1963 determinou a volta do regime presidencialista.

Em 31 de março de 1964, um golpe militar contra o governo derrubou João Goulart. Em 9 de abril,
foi promulgado o Ato Institucional nº 1, que dava amplos poderes ao Alto Comando Militar.

Ditadura Civil-Militar (1964-1985)


O período que vai de 1964 a 1985 foi marcado pela presença de militares na vida política brasileira.
Durante duas décadas, foi estabelecido um regime autoritário e centralizador.

Os presidentes desse período foram:

 Marechal Castelo Branco (1964-1967);


 General Costa e Silva (1967-1969);
 General Médici (1969-1974);
 General Ernesto Geisel (1974-1979);
 General Figueiredo (1979-1985).

No contexto da Guerra Fria, a Ditadura brasileira era apoiada pelos EUA, que passou a intervir
ativamente nos países da América Latina para impedir o crescimento das ideias consideradas
comunistas. Tal apoio deu abertura ao crescimento da economia (milagre econômico), mas também
ampliou drasticamente a dívida externa brasileira.

Durante esse período, a história do Brasil ficou marcada pela restrição à liberdade, repressão
violenta aos opositores do regime, censura e diversas violações dos direitos humanos.

Em agosto de 1979, foi assinada a Lei da Anistia, suspendendo as penalidades impostas aos
opositores do regime militar e, ao mesmo tempo, perdoando os crimes cometidos pelos militares.

Em 1982, a sociedade brasileira começou a organizar a campanha das Diretas Já, para a realização
de eleições diretas para a Presidência da República. Porém, o movimento foi derrotado, e o primeiro
presidente civil após 21 anos de ditadura foi eleito de forma indireta pelo Congresso.

Em 15 de janeiro de 1985, Tancredo foi eleito Presidente pelo Congresso Nacional.

Nova República (1985 até os dias atuais)


A eleição de Tancredo Neves (1910-1985) iniciou uma nova fase da história republicana. No
entanto, Tancredo não chegou a exercer o cargo.

A doença e a morte de Tancredo abalaram o país. Com a morte de Tancredo, assumiu a


Presidência, em caráter definitivo, o vice José Sarney. Se sucederam no poder:

 Fernando Collor (1990-1992)


 Itamar Franco (1992-1994)
 Fernando Henrique Cardoso (1995-2002)
 Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010)
 Dilma Rousseff (2011-2016)
 Michel Temer (2016-2018)
 Jair Messias Bolsonaro (2019-2022)
 Luiz Inácio Lula da Silva (2023 - atual)

Questão 1
“O Brasil entra no século XX como 17 318 556 milhões de habitantes (...) e deles faz parte um
elemento recente, os mais de 800 mil imigrantes europeus que ingressaram no país só nas últimas
décadas.

” (100 Anos de República - Um retrato Ilustrado da História do Brasil. 1889-1903. vol.1. Ed. Abril. São Paulo, 1989)

A imigração marcou a fisionomia do Brasil e os contingentes de imigrante, nesta época, vieram


principalmente dos seguintes países:

a) Itália e Alemanha
b) Espanha e Irlanda
c) Estados Unidos e Japão
d) Itália e França
Questão 2
A República Velha (1894-1930) foi caracterizada por:

a) Por um período de paz completa em todo território nacional.


b) Pela alternância de poder entre os partidos estaduais realizado pelo sufrágio universal
masculino.
c) Por uma ascensão social dos libertos pela lei de 13 de maio de 1888.
d) Pela dominação das elites agrárias estaduais, especialmente as de São Paulo e Minas Gerais.

Questão 3
Observe atentamente o cartaz abaixo:
Assinale a alternativa correta sobre a economia no Brasil neste período:

a) As atividades econômicas principais eram o cultivo do café e a fabricação da borracha, sem


espaço para a indústria.
b) Observa-se um movimento de migração da cidade para o campo, por conta da malha ferroviária
desenvolvida desde o séc. XIX.
c) O café era o principal produto de exportação e as primeiras indústrias se implantavam nas
grandes cidades.
d) A principal atividade industrial deste período era a pesada.
Questão 4
"Ao fim de uma madrugada e confusa, de 14 para 15 de novembro de 1889, vários grupos militares
de oposição concentraram-se diante do Ministério do Exército do Rio de Janeiro (onde estava
reunido o governo imperial) e seu protesto culminou com a proclamação da República pela mais
importante figura militar do país, o marechal Deodoro da Fonseca." (100 Anos de República - Um retrato Ilustrado da História do Brasil.
1904-1918. vol.2. Ed. Abril. São Paulo, 1989)

O início da República no Brasil foi descrito, desde sua fundação, como uma “proclamação”. No
entanto, cada vez mais, os historiadores preferem o termo “golpe de Estado”, pois:

a) A república foi implantada por grupos apoiados por forças internacionais.


b) Não houve participação popular e foi dirigido contra um governo constitucional.
c) A intenção primeira era derrubar o gabinete do visconde Ouro Preto e não proclamar um novo
regime.
d) Foi realizada durante a madrugada e não à luz do dia.

Questão 5
As revoltas de Canudo e Contestado, durante a República Velha, apesar de acontecerem em pontos
distantes da geografia nacional, são semelhantes em suas causas. Assinale a alternativa correta
que expressa está coincidência:

a) Tanto Canudos, na Bahia, quanto Contestado, no sul, lutavam pela derrubada no regime
republicano.
b) Ambas as revoltas foram causadas por pessoas que se sentiam excluídas da República e que não
notaram melhorias em suas condições de vida.
c) Tratou-se de um levante organizado por ex-escravos que pediam equiparação de direitos civis
com os brancos.
d) Os dois acontecimentos foram capitaneados por militares que insuflaram a população pobre
contra a República recém-instaurada.

Questão 6
O tenentismo dominou a cena política brasileira na década de 20. Um dos movimentos que
podemos ver sua influência é:

a) Revolta da Chibata
b) Revolta da Vacina
c) Revolta da Armada
d) Revolta dos 18 do Forte

Questão 7
A Semana de Arte de São Paulo, em 1922, provocou uma inflexão nas artes do Brasil, porque:

a) Introduziu conceitos da vanguarda europeia no cenário artístico brasileiro.


b) Reafirmou a estética do realismo socialista na obra de artistas como Tarsila do Amaral e Anita
Mafalti.
c) Impôs a reflexão nacionalista ligada aos movimentos de direita que começavam a surgir na
Europa como o fascismo.
d) Consagrou a estética do saudosismo ao privilegiar o passado como tema das obras artísticas.

Questão 8
Descontentes com os candidatos apoiados pelo presidente Washington Luís, um grupo de oligarcas
dissidentes criou uma chapa eleitoral chamada Aliança Liberal, encabeçada por Getúlio Vargas que
prometia reformas.

Júlio Prestes, natural sucessor do presidente, acabou ganhando as eleições, mas a Aliança Liberal e
parte do Exército pegaram em armas no acontecimento batizado de “Revolução de 30”. Assinale a
consequência deste levante para o Brasil:

a) Instituição do Estado Novo.


b) Começo da ditadura militar.
c) Fim do governo das oligarquias estaduais.
d) Ascensão de um regime de centro-esquerda.

Questão 9
"Trata-se de uma estratégia muito usada em hábitos políticos coronelistas, em que, por exemplo, os
eleitores trocavam seu voto por um favor, como um bem material (sapatos, roupas, chapéus etc.)
ou algum tipo de serviço (atendimento médico, remédios, verba para enterro, matrícula em escola,
bolsa de estudos etc.)."
Adaptado de JusBrasil. Consultado em 05.08.2020.

O trecho acima descreve uma prática eleitoral da República Velha denominada:

a) Voto secreto
b) Voto de cabresto
c) Voto censitário
d) Voto aberto
Questão 10
Quando a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) é deflagrada, o Brasil adora uma postura de
neutralidade. No entanto, três anos mais tarde, decide declarar guerra à Alemanha. Assinale a
alternativa que explique esta postura do Brasil:

a) O Brasil segue a postura de neutralidade dos Estados Unidos, porém muda de


opinião quando este é atacado pelos alemães.
b) O governo brasileiro prefere não contrariar a numerosa colônia germânica no sul
do país e se declara neutro, contudo opta pela beligerância quando navios
mercantes são atacados pelos submarinos alemães.
c) O Brasil prefere a neutralidade seguindo as recomendações dos chanceleres da
América. No entanto, entra na guerra ao ver suas águas territoriais ameaçadas com
a proximidade da Marinha alemã.
d) O país escolhe a neutralidade por causa dos negócios que mantinha com a
Alemanha, mas declara a guerra quando esta afunda navios brasileiros.

Democracia e Cidadania
CAPACIDADES
Compreender as lutas sociais em prol da cidadania e da democracia, em diversos momentos históricos.

HABILIDADES

(EF09HI16) Relacionar a Carta dos Direitos Humanos ao processo de afirmação dos direitos
fundamentais e de defesa da dignidade humana, valorizando as instituições voltadas para a
defesa desses direitos e para a identificação dos agentes responsáveis por sua violação.
OBEJETO DO CONHECIMENTO
Conceitos de democracia e cidadania

Objetivos Específicos

Compreender os conceitos de democracia e cidadania e sua importância.

Identificar os direitos e deveres dos cidadãos.

Refletir sobre a participação ativa dos cidadãos no processo democrático.

Relacionar a cidadania com a prática cotidiana e a construção de uma sociedade justa.

1.Momento

Perguntar aos alunos:

O que vocês entendem por democracia?

O que significa ser cidadão?".

Relacionar as respostas à realidade atual, discutindo eventos recentes de participação democrática (como
eleições ou movimentos sociais.

2.Momento
Exposição Teórica

Apresentar os conceitos de democracia e cidadania, usando exemplos históricos e contemporâneos.

Explicar as diferenças entre democracia direta e representativa, relacionando com o sistema político brasileiro.

3.Momento

Debate

Após a dinâmica, promover um debate sobre o papel da cidadania no cotidiano.

Questionar:

Como podemos exercer nossa cidadania de forma ativa?

O que a democracia oferece que outros sistemas não oferecem?

4.Momento

Atividade Escrita

Pedir que os alunos escrevam um texto breve sobre como a cidadania e a democracia impactam suas vidas e
como podem contribuir para fortalecer a democracia em sua comunidade

Finalizar com uma reflexão coletiva sobre a importância da participação cidadã para o fortalecimento da
democracia. Incentivar os alunos a identificar formas de atuação cidadã em sua vida cotidiana e na comunidade.

Democracia
Palavra de difícil definição, a democracia abriu espaço para a participação
política popular em diferentes sociedades e épocas, além de possuir tipos
diversos.

"Origem da democracia
A democracia ocidental teve origem em Atenas, na Grécia Clássica. Os gregos antigos criaram a
ideia de cidadania, que se estendia àquele que é considerado cidadão e poderia, portanto, exercer
o seu poder de participar da política da cidade.

A democracia grega era restrita, e essa ideia começou a mudar a partir da Revolução Francesa e do
iluminismo moderno, que, por meio do republicanismo, passaram a advogar por uma participação
política de todas as classes sociais. Ainda na Modernidade, apesar de avanços políticos e de uma
ampliação do conceito de democracia, as mulheres não tinham acesso a qualquer tipo de
participação democrática ativa nos países republicanos, fato que somente começou a ser revisto
com a explosão do movimento feminista das sufragistas, que culminou na liberação, pela primeira
vez na história, do voto feminino, na Nova Zelândia, em 1893.

Apesar de conhecermos de perto a democracia, o conceito que designa a palavra é amplo e pode
ser dividido e representado de diferentes maneiras. Não existindo apenas um tipo de regime
político democrático, a democracia divide-se, basicamente, em: direta, participativa e
representativa."

"Tipos de democracia
As democracias podem ser classificadas com base no modo como se organizam, e também podem apresentar
diferentes estágios de desenvolvimento. Por isso, o termo é amplo e de difícil definição, pois o simples ato de
dizer que “a democracia é o poder do povo” ou de associar democracia à prática de eleições não define o
conceito em sua totalidade.
Podemos estabelecer três tipos básicos de democracia:

Democracia direta
É a forma clássica de democracia exercida pelos atenienses. Não havia eleições de representantes. Havia um
corpo de cidadãos que legislava. Os cidadãos reuniam-se na ágora, um local público que abrigava as chamadas
assembleias legislativas, nas quais eram criadas, debatidas e alteradas as leis atenienses. Cada cidadão podia
participar diretamente emitindo as suas propostas legislativas e votando nas propostas de leis dos outros
cidadãos.

Os cidadãos atenienses tinham muito apreço por sua política e reconheciam-se como privilegiados por poderem
participar daquele corpo tão importante para a cidade, por isso eles levavam a sério a política. Os cidadãos
preparavam-se, mediante o estudo da Retórica, do Direito e da Política, para as assembleias. Eram considerados
cidadãos apenas homens, em sua maioridade, nativos de Atenas ou filhos de atenienses e livres. As decisões,
então, eram tomadas por todos, o que era viável devido ao número reduzido de cidadãos.

Democracia representativa
É mais comum entre os países republicanos do mundo contemporâneo. Pela existência de vastos territórios e de
inúmeros cidadãos, é impossível pensar em uma democracia direta, como havia na Grécia. Vários fatores
contribuíram para a formação desse tipo de democracia, dos quais podemos destacar:

Sufrágio universal.

Existência de uma Constituição que regulamenta a política, a vida pública e os direitos e deveres de todos.

Igualdade de todos perante a lei, o que está estabelecido pela Constituição.

Necessidade de eleger-se representantes, pois não são todos que podem participar.

Necessidade de alternância do poder para a manutenção da democracia.

As democracias representativas são regidas por Constituições que estabelecem um Estado Democrático de
Direito. Nessas organizações políticas, todo cidadão é considerado igual perante a lei, e todo ser humano é
considerado cidadão. Não pode haver desrespeito à Constituição, a Carta maior de direitos e deveres do país, e
os cidadãos elegem representantes que legislarão e governarão em seu nome, sendo representantes do poder
popular nos poderes Executivo e Legislativo.

A vantagem desse tipo de organização política é a exequibilidade, e sua desvantagem é a brecha para a
corrupção e para a atuação política em benefício do bem privado e não do bem público. Por ser um sistema em
que a participação política não é exercida diretamente, mas por meio de representações, ele é chamado de
democracia indireta.
"Democracia participativa
Nem uma democracia direta, como era feita na Antiguidade, nem totalmente indireta, como
acontece com a democracia representativa, a democracia participativa mescla elementos de uma e
de outra. Existem eleições que escolhem e nomeiam membros do Executivo e do Legislativo, mas
as decisões somente são tomadas por meio da participação e autorização popular.

Essa participação acontece nas assembleias locais, em que os cidadãos participam, ou pela
observação de líderes populares, nas assembleias restritas, que podem ou não ter direito a voto.
Também acontecem plebiscitos para ser feita uma consulta popular antes de tomar-se uma decisão
política. Esse tipo de democracia permite uma maior participação cidadã, mesmo com a ampliação
do conceito de cidadania, e pode ser chamada democracia semidireta."

"Exemplos de democracia"
"Muitos países republicanos ocidentais têm, em algum grau, o desenvolvimento de algum tipo de democracia.
Também existem grandes monarquias, como a Inglaterra, que são democráticas. Em sua maioria, os países
democráticos executam a democracia representativa.

O sistema político no Brasil pode ser chamado de representativo, mas a nossa Constituição Federal de 1988
permite uma ampla participação popular, que, caso fosse efetivamente aplicada, poderia colocar-nos no patamar
de democracia participativa, inclusive prevendo a possibilidade de uma iniciativa popular legislativa."
"Alguns estados dos Estados Unidos exercem a participatividade semidireta, e um bom exemplo de país que
exerce a democracia participativa é a Suíça. Já a democracia direta não existe mais em nível nacional na
contemporaneidade devido à sua inexequibilidade perante a ampliação do conceito de cidadania.

Democracia moderna"

"O turbilhão de ideais surgido na Europa durante a Modernidade deu origem ao iluminismo e às
chamadas revoluções burguesas. O iluminismo é um bom exemplo do resgate de certos ideais
ocidentais, esquecidos durante muito tempo, contra o chamado Antigo Regime. Tratava-se de
pensar em uma ampliação do conceito de soberania (agora popular) e de cidadania. Para tanto, era
necessário reavivar a ideia de democracia dos gregos e trazer uma nova forma de pensar a política,
sem estratificação social, como acontecia no sistema aristocrático europeu até então.

Os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, entoados como mantras durante a Revolução


Francesa, são um forte símbolo da democracia moderna, que nasce ao mesmo tempo que o
republicanismo; porém vale lembrar que república e democracia não são sinônimos. A democracia
moderna prevê a criação de um Estado de direito, onde todos são, a princípio, livres e iguais, não
importando a origem, a classe social, a cor ou a religião.

Aliás, o Estado democrático deve ser laico, para que contemple as pessoas de todas as religiões
existentes. As democracias mais maduras datam do mesmo período em que crescia o pensamento
iluminista europeu, no século XVIII, e podemos citar a França e os Estados Unidos como as mais
antigas.

Nessas democracias maduras, há um problema recente relacionado à pouca participação popular e


à insatisfação com a criação de um Estado, às vezes, omisso, às vezes, burocrático demais,
dificultando a vida dos cidadãos, acirrando as desigualdades sociais ou sendo travado pela
corrupção do sistema.

Existem também as recentes e frágeis democracias que, seguindo os exemplos modernos, ainda
não conseguiram estabelecer-se plenamente, e muitos cidadãos ainda não estão habituados à vida
democrática. São democracias que surgiram somente no século XX, depois de ditaduras
conservadoras de direita, ditaduras comunistas ou longos regimes totalitários (como é o caso de
Portugal e Espanha)."

Democracia e ditadura

"Sistematicamente, democracia e ditadura são termos opostos. Não é o simples fato de haver
escolha política em um país (eleição) que o torna, automaticamente, uma democracia. Muitas
ditaduras permitem eleições para que o processo político pareça mais legítimo, porém a ausência
de participação popular na política e outros fatores podem denominar o que chamamos de
ditadura.

Para ser considerado, efetivamente, uma democracia, um país deve conter, entre outras coisas:

Liberdade de expressão e de imprensa;

Possibilidade de voto e elegibilidade política;

Liberdade de associação política;

Acesso à informação;

Eleições idôneas.

A não observância dos fatores anteriores, somada a outros fatores, como a derrubada de uma
Constituição legal sem a formação de uma Assembleia Constituinte, pode indicar a existência de
uma ditadura.
Quando um Estado Democrático de Direito, representado pela Constituição, é, por algum motivo,
suspenso, interrompido ou deixado de lado, podemos dizer que há a formação de um Estado de
exceção, uma das características de uma ditadura.

O filósofo francês contemporâneo Jacques Rancière escreveu um livro intitulado O ódio à


democracia, em que ele disserta sobre a crise democrática que tem assolado os países no século
XXI. Segundo o pensador, o mundo tem agido contra a democracia por uma espécie de medo que
ela pode colocar no cidadão médio: o medo de que a democracia seja o regime político por
excelência.

Rancière afirma que a democracia é o regime do dissenso, e isso tem promovido a cisão da
população. É normal que haja discordância dentro de um regime democrático, mas deve haver
também respeito mútuo por todas as partes que respeitam a democracia, e deve haver uma
tentativa de construir-se um projeto comum com base na discordância.

A partir do momento em que setores autoritários não respeitam os seus adversários, tem-se início
um processo de ódio contra a democracia que pede o fim dela para que o adversário e a sua
posição política sejam eliminados. É daí que surge o anseio pela ditadura."

Democracia no Brasil
Como tantas outras coisas no Brasil, a relação entre democracia e política aqui é complicada. Na
Primeira República, ou República Velha, tivemos um período provisório comandado por setores
militares (1889-1894). Um período em que a chamada política café com leite deu início a um longo
conchavo entre líderes de São Paulo e Minas Gerais para a presidência do país.

Em 1930, uma chapa liderada por Júlio Prestes, paulista, foi indicada e eleita, porém os políticos
mineiros não aceitam a eleição, iniciando a Revolução de 1930, que acabou com a república e
iniciou a Era Vargas. Uma característica da Primeira República era o voto de cabresto, em que os
coronéis locais mandavam e fiscalizavam as pessoas quando votavam, criando uma fraude que
descaracteriza a legitimidade do processo democrático.

A democracia só foi restabelecida no Brasil em 1945, e, em 1964, o país viveu outro golpe contra a
república brasileira e contra a democracia. Trata-se do golpe civil-militar, que impôs um regime de
exceção entre 1964 e 1965, suspendendo direitos civis e a Constituição, impondo a censura contra
a imprensa e fechando, em alguns momentos, o Congresso Nacional.

Em 1985, a ditadura militar acabou, mas deixou como marca as eleições indiretas para presidente.
Houve a prevalência de um grande movimento, iniciado ainda no fim da ditadura, que se chamava
Diretas Já! e pedia o estabelecimento de eleições diretas para presidente. Em 1988, aconteceu a
Assembleia Constituinte, que criou a Constituição Federal de 1988 e restabeleceu a possibilidade da
democracia plena, reforçando direitos e promovendo a igualdade.

O respeito a essa democracia, até mesmo por parte de representantes do Legislativo, do Judiciário
e do Executivo, e por parte da população civil, ainda é um problema, pois temos visto a violação
sistêmica dos valores constitucionais por parte de políticos eleitos pelo povo e por parte do próprio
povo. Em meio a altos e baixos, a democracia brasileira segue oscilando."

Conceito de Cidadania
A cidadania estabelece um estatuto de pertencimento de um indivíduo a uma comunidade (país) e lhe
atribui um conjunto de direitos e obrigações.
"Origem do termo
O termo cidadania tem origem etimológica no latim civitas, que significa "cidade". Estabelece um
estatuto de pertencimento de um indivíduo a uma comunidade politicamente articulada – um país –
e que lhe atribui um conjunto de direitos e obrigações, sob vigência de uma Constituição. Ao
contrário dos direitos humanos, que tendem à universalidade dos direitos do ser humano na sua
dignidade, a cidadania moderna, embora influenciada por aquelas concepções mais antigas, possui
um caráter próprio e possui duas categorias: formal e substantiva.

Cidadania formal vs. Cidadania Substantiva


A cidadania formal é, conforme o direito internacional, indicativo de nacionalidade, de
pertencimento a um Estado-Nação, por exemplo, uma pessoa portadora da cidadania brasileira. Em
segundo lugar, na ciência política e sociologia, o termo adquire sentido mais amplo. A cidadania
substantiva é definida como a posse de direitos civis, políticos e sociais. Essa última forma de
cidadania é a que nos interessa.

A compreensão e ampliação da cidadania substantiva ocorrem a partir do estudo clássico de T.H.


Marshall – Cidadania e classe social, de 1950 –, que descreve a extensão dos direitos civis, políticos
e sociais para toda a população de uma nação. Esses direitos tomaram corpo com o fim da 2ª
Guerra Mundial, após 1945, com o aumento substancial dos direitos sociais por meio da criação do
Estado de Bem-Estar Social (Welfare State), que estabeleceu princípios mais coletivistas e
igualitários. Os movimentos sociais e a efetiva participação da população em geral foram
fundamentais para que houvesse uma ampliação significativa dos direitos políticos, sociais e civis,
alçando um nível geral suficiente de bem-estar econômico, lazer, educação e político.

A cidadania esteve e está em permanente construção. É um referencial de conquista da


humanidade por meio daqueles que sempre buscam mais direitos, maior liberdade, melhores
garantias individuais e coletiva e não se conformando frente às dominações, seja do próprio Estado,
seja de outras instituições."
"Cidadania no Brasil
No Brasil, ainda há muito que fazer em relação à questão da cidadania, apesar das extraordinárias
conquistas dos direitos após o fim do regime militar (1964-1985). Mesmo assim, a cidadania está
muito distante de muitos brasileiros, pois a conquista dos direitos políticos, sociais e civis não
consegue ocultar o drama de milhões de pessoas em situação de miséria, altos índices de
desemprego, taxa significativa de analfabetos e semianalfabetos – sem falar do drama nacional das
vítimas da violência particular e oficial.

Conforme sustenta o historiador José Murilo de Carvalho, no Brasil, a trajetória dos direitos seguiu
lógica inversa daquela descrita por T.H. Marshall. Primeiro “vieram os direitos sociais, implantados
em período de supressão dos direitos políticos e de redução dos direitos civis por um ditador que se
tornou popular (Getúlio Vargas). Depois vieram os direitos políticos... a expansão do direito do voto
deu-se em outro período ditatorial, em que os órgãos de repressão política foram transformados em
peça decorativa do regime [militar]... A pirâmide dos direitos [no Brasil] foi colocada de cabeça para
baixo”.1
Tipos de Direito e Cidadania
Nos países ocidentais, a cidadania moderna constituiu-se por etapas. T. H. Marshall afirma que a
cidadania só é plena se dotada de todos os três tipos de direito:

1. Civil: direitos inerentes à liberdade individual, liberdade de expressão e de pensamento; direito


de propriedade e de conclusão de contratos; direito à justiça; que foi instituída no século 18;

2. Política: direito de participação no exercício do poder político, como eleito ou eleitor, no conjunto
das instituições de autoridade pública, constituída no século 19;

3. Social: conjunto de direitos relativos ao bem-estar econômico e social, desde a segurança até ao
direito de partilhar do nível de vida, segundo os padrões prevalecentes na sociedade, que são
conquistas do século 20."

Alguns elementos que compõe a ordem democrática


CAPACIDADES:
Conhecer os aspectos estruturantes das diferentes tradições/movimentos religiosos e filosofias de vida, a
partir de pressupostos científicos, filosóficos, estéticos e éticos.
HABILIDADES:
EF08HI06: identificar e analisar os direitos humanos em diferentes contextos históricos e
contemporâneos, reconhecendo os princípios fundamentais desses direitos.
EF08HI10**: Compreende os principais documentos que garantem os direitos humanos, como a
Declaração Universal dos Direitos Humanos.
OBJETO DE CONHECIMENTO
Alguns elementos que compõe a ordem democrática

Objetivos Específicos

Compreender os principais elementos que constituem uma democracia.

Identificar os pilares fundamentais da democracia, como direitos humanos, participação política, liberdade de
expressão, divisão de poderes e o Estado de Direito.

Refletir sobre como esses elementos são aplicados no contexto brasileiro.

Promover a importância do engajamento cidadão para a manutenção da democracia.

1.Momento

Iniciar com uma pergunta-chave:

O que vocês acham que é necessário para um país ser verdadeiramente democrático?

Anotar as respostas dos alunos no quadro e conectá-las com os principais elementos que serão discutidos ao
longo da aula.

2.Momento

Explicar os cinco principais elementos que compõem a democracia:

Relacionar os elementos ao contexto do Brasil e do mundo atual, utilizando exemplos concretos.

3.Momento
Discussão em sala

Abrir para uma discussão coletiva. Perguntar aos alunos: Qual desses elementos vocês acham mais importante
para manter uma democracia saudável?

O que pode acontecer se algum desses elementos falhar?

Conectar as respostas com o fortalecimento ou enfraquecimento da democracia.

4.Momento

Propor que os alunos escrevam uma redação breve sobre “Como posso contribuir para a democracia em meu
país? Destacando os elementos que compõem a democracia e como eles podem atuar como cidadãos
conscientes.

Avaliação:

Avaliação contínua baseada na participação nas atividades em grupo e discussões.

Avaliação individual da redação, observando a capacidade do aluno de conectar os elementos da democracia à


sua prática cidadã.

Os 5 elementos essenciais de uma democracia


Vimos que a democracia é uma forma de governo. É um modo de governar-se mediante um autogoverno
popular.
Um governo, por sua vez, é uma instituição de tomada de decisões obrigatórias para todos os envolvidos.
Logo, se a democracia é uma forma de governo; e o governo, um modo de tomada de decisões: a democracia é
um modo de tomada de decisões.
Uma tomada de decisões coletivas é o que podemos propriamente chamar de processo. Ela não ocorre
instantaneamente, mas é preparada e consumada num transcurso temporal.
Esse transcurso ocorre em várias fases, que podemos descrever do modo a seguir.
Tudo começa com o vislumbre de que há um problema a ser resolvido. Surgem, então, propostas de solução.
Essas duas fases não são específicas da democracia. Qualquer regime de governo irá deparar-se com essas
duas situações. É a partir daqui que a democracia entra em cena. Ela tem uma maneira específica de
funcionamento para as próximas fases.
Numa democracia, após as propostas, deverá haver:
1º) deliberação: os cidadãos terão à disposição os meios de formar sua convicção a respeito das propostas;
2º) participação popular: uma vez convencidos de seu ponto de vista, os que quiserem influenciarão seus pares e
os representantes do povo (no caso de uma democracia representativa);
3º) determinação da pauta: dentre os vários problemas com as várias soluções, ter-se-á de decidir quais serão
votadas prioritariamente;
4º) decisão: os competentes votarão as propostas.
Em cada uma dessas etapas o povo terá a liberdade de influir, seja diretamente pelos mecanismos de que
dispuser; seja indiretamente por meio de mandatários eleitos.
Dos cinco elementos essenciais das democracias, quatro referem-se, cada um, a uma dessas etapas. Para cada
uma delas, há uma exigência de como deve funcionar dentro de uma democracia.
O quinto elemento essencial refere-se a quem deve poder participar de cada uma dessas fases.

1) Entendimento Esclarecido
O primeiro elemento essencial a ser descrito é o entendimento esclarecido.
Ele se refere ao momento da deliberação.
Com efeito, o modo de tomada de decisões numa democracia exige que elas não sejam impostas de inopino. As
propostas têm de ser levadas ao conhecimento dos governados e discutidas. É exatamente isso o que o
elemento essencial do entendimento esclarecido exige. Ele toca não propriamente ao momento decisório; mas ao
período prévio à decisão.
Robert Dahl o descreve da seguinte maneira: “dentro de limites razoáveis de tempo, cada membro deve ter
oportunidades iguais e efetivas de aprender sobre as políticas alternativas importantes e suas prováveis
consequências”4.
Pode-se dizer que esse requisito democrático exige que se permita, dentro de limites factíveis de tempo e
instrumentos disponíveis, bem como respeitado o interesse de cada qual, o acesso a três coisas:
i) entendimento sobre a política proposta;
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ii) conhecimento das alternativas à política proposta;
iii) consequências de cada qual.
É isso que proporciona aos cidadãos uma robusta competência cívica.
Saliente-se, novamente, que esse pilar democrático exige o acesso aos mecanismos aptos a acarretar um
entendimento esclarecido. O efetivo esclarecimento depende da busca pessoal aos dados dispostos. Cada
cidadão será livre para buscar ou não aprofundar na compreensão de determinado problema e suas soluções.
2) PARTICIPAÇÃO EFETIVA

Logo após a deliberação, os cidadãos estarão convencidos do ponto de vista que desejam adotar e da proposta
que pretendem promover. Ou mesmo se optam por se abster daquela discussão específica.
Aqui entra o segundo elemento essencial da democracia: a participação efetiva.
Segundo Dahl, ela exige que “antes de ser adotada uma política pela associação, todos os membros devem ter
oportunidades iguais e efetivas para fazer os outros membros conhecerem suas opiniões sobre qual deveria ser
esta política” 5.
Esse requisito democrático trata do momento imediatamente prévio, preparatório, à votação. Ele é
circunstancialmente posterior à deliberação e anterior à votação.
Aqui cada membro do povo deve ter a possibilidade de influenciar seus pares e comunicar seu entendimento a
respeito do tema a seus representantes eleitos, em caso de democracia representativa.
Pode-se dizer, então, que esse elemento essencial comporta duas prerrogativas:
i) liberdade de influenciar seus pares;
ii) liberdade para comunicar seu convencimento aos representantes eleitos.
3) Voto igualitário

Após a deliberação esclarecida e a participação efetiva, chegará o tempo da escolha sobre qual política tomar.
Exige-se aqui igualdade de voto: one man, one vote, no brocardo anglo-saxão.
Segundo Robert Dahl: “na etapa decisória das decisões coletivas, a todos os cidadãos se deve garantir iguais
oportunidades para expressar uma opção, cujo peso se considerará igual ao das escolhas expressadas por
quaisquer outros cidadãos” (tradução livre).6
Esse é o elemento que toca mais flagrantemente a lógica da igualdade explicada no post sobre o conceito de
democracia.
Alguns aqui objetariam que o voto igualitário é um caminho certo para a mediocridade, porquanto iguala o peso
de opiniões de pessoas com grau de preparo distinto.
Bom… primeiramente é preciso responder com o princípio categórico da igualdade de Robert Dahl também
descrito naquele post anterior: ainda que haja num caso concreto diferenças de nível de preparo, entre duas
pessoas que são responsáveis por suas escolhas na vida privada não haverá disparidade tamanha que
justificasse uma discriminação no peso do voto na esfera pública.
Ademais, essa objeção ignora o peso do prestígio. Como já dito no post anterior, a igualdade exigida pela
democracia é meramente política. Nada esvaziará, per se, o poder de influência decorrente do prestígio.
Em qualquer regime poderá haver distinção entre a autoridade da opinião dos diferentes cidadãos.
Nos sistemas não democráticos, esse peso diferenciado dos votos de alguns ficaria congelado por critérios legais
(maior renda, maior graduação acadêmica, maior patrimônio etc.).
Enquanto isso, nas democracias, caberá aos próprios cidadãos livremente conceder esse peso diferenciado ao
conceder credibilidade a certas pessoas ou grupos. A autoridade moral aqui é conquistada e livremente
concedida, não imposta pela lei.
Além disso, essa dinâmica gera uma lógica de luta de toda a sociedade pela preparação dos cidadãos. Basta
imaginar um chefe que descentraliza atribuições. O que ele tem de fazer? Capacitar os delegatários. Pensando
por essa lógica, é possível ter na democracia um nível de escolha tão elevado quanto no mais sadio dos regimes
aristocráticos. Basta para isso que preparemos os cidadãos. Será então um esforço contínuo e intenso de todos.
Por fim, esse elemento essencial do voto igualitário também patenteia um dos grandes problemas que a
democracia sofre hoje: a transferência autocrática de poderes para burocratas do governo ou para cortes de
justiça.
De fato, tem sido corriqueiro o esvaziamento desta prerrogativa popular por meio da avocação de poderes por
órgãos constituídos por membros não eleitos. Percebendo que o povo de modo geral tem opiniões diversas dos
burocratas e juízes politicamente indicados, esses têm assumido para si decisões que deveriam pertencer ao
povo, ao invés de se limitarem a aplicar as regras criadas pelos legítimos detentores do poder.
Ao agir dessa forma, eles esvaziam o voto igualitário, porque o peso dado à própria opinião acaba sendo
esmagadoramente maior que à dos cidadãos em geral.
Frise-se que a democracia é uma espécie de justiça distributiva. Define a quantidade de poder decisório que se
distribui a cada um na sociedade. Quando um órgão não eleito assume autocraticamente uma atribuição
decisória, ele está redistribuindo injustamente aquele primeiro arranjo, concentrando poder.
Pode-se fazer um paralelo e dizer que os burocratas do governo e as cortes de justiça têm funcionado para a
democracia mais ou menos como o BNDES para a economia, em especial na era PT. Economicamente, o
governo arrecada parcelas de dinheiro relativamente pequenas de todas as pessoas mediante tributos; depois os
concentra em grandes conglomerados financeiros – os “campeões nacionais” – por meio de empréstimos
subsidiados (ou seja, aqueles em que parte dos juros são pagos com o dinheiro dos contribuintes). Do ponto de
vista da democracia, os burocratas e juízes politicamente indicados retiram a pequena parcela de poder de
influência de cada cidadão e concentra uma enorme quantidade de poder decisório sobre si próprios.
Vale ainda evitar uma confusão: não se está de modo algum afirmando que o povo deva decidir sobre tudo. Em
absoluto. Sendo soberano, ele pode decidir livremente outorgar parcela de seu poder a determinados órgãos não
eleitos, seja por sua índole técnica ou por qualquer outro motivo. Mas ele tem de fazê-lo expressamente, e
permanece com o direito de retomar tal poder a qualquer momento caso insatisfeito.
O que tem ocorrido é fenômeno absolutamente diverso: em vários temas o povo quer decidir e, inclusive,
constantemente critica a postura autoritária daqueles órgãos. Sem que o povo expressamente lhes outorgue um
poder, aqueles o assumem. Por isso utilizei o termo: autocraticamente. Eles próprios se auto atribuem um poder
que não lhes foi conferido. Não há regra de direito democraticamente instituída que lhes conferisse o direito de
tomar aquela decisão. Por via transversa, manipulando conceitos e muitas vezes tergiversando o caráter
altamente inovador de suas decisões, eles avocam essa prerrogativa. E mesmo após manifestação popular de
insatisfação se negam a devolver o poder a quem de direito.
Falaremos melhor sobre isso em um futuro post em que trataremos das filosofias e ideologias contrárias à
democracia.

4) Controle da pauta política


Contudo, ainda que se gozasse de participação, voto e esclarecimento, não se poderia afirmar haver verdadeiro
autogoverno popular se as questões que o povo quisesse fossem examinadas ou alteradas pudessem ser
simplesmente excluídas da pauta de modo perene.
Por isso, para que haja um governo democrático, é preciso ainda que o povo possua certo controle sobre a pauta
política.
De fato, em uma democracia, uma minoria não pode excluir do programa de votações, sem qualquer limitação,
os temas que bem entende. Máxime se em oposição à vontade popular. Do contrário, não se poderia dizer que o
povo esteja se governando plenamente.
Como bem explica Robert Dahl:
Os membros devem ter a oportunidade exclusiva para decidir como e, se preferirem, quais as questões que
devem ser colocadas no planejamento. Assim, o processo democrático exigido pelos três critérios anteriores
jamais é encerrado. As políticas da associação estão sempre abertas para a mudança pelos membros, se assim
estes escolherem.7
5) Inclusividade
Por fim, há ainda um último pilar para o regime democrático.
Esse talvez seja o critério mais característico das democracias modernas, marcadas pelo sufrágio universal.
Deveras, atendidos apenas os quatro requisitos anteriores, o regime já seria republicano em alguma medida;
todavia, apenas para os restritos (e por vezes restritíssimas) membros que tivessem o privilégio da participação
política.
Contudo, ainda não estaria assegurado o autogoverno pela coletividade soberana, pois o número dos que
possuiriam esse privilégio poderia ser reduzidíssimo e, pior ainda, não representativo.
Essa inovação se baseia na convicção mencionada no post anterior da igualdade política. Segundo ela, todas as
pessoas com níveis de autodeterminação suficientes para gerenciar suas próprias vidas gozam de uma liberdade
natural que impede que sejam governadas por terceiros sem poderem participar desse governo, sem que
precisem de um certo modo consentir com ele.
A inclusão, a princípio, alcança todos os adultos civilmente capazes.
Ficariam, assim, temporariamente, fora da gestão da coisa pública apenas as crianças e os que por enfermidade
mental gravíssima não sejam aptos a administrar os próprios bens.
Mesmo assim, perceba-se que se trata de exclusão temporária ou circunstancial, não radical. Uma vez alcançada
a idade suficiente para gerenciar as coisas próprias, ou recuperado o gozo das faculdades mentais, a pessoa tem
salvaguardados os direitos políticos. Não há mais pessoa alguma excluída de forma radical, perene, da
participação política em igualdade com os demais.
No entanto, o critério de inclusão segue esse norte teórico amplíssimo apenas a título orientai-vos. No plano
fático, cabem às constituições determinar exatamente quais pessoas ficam excluídas da cidadania. De modo
geral, o que se tem percebido é a aplicação de um segundo critério baseado na idoneidade moral, excluindo do
gozo dos direitos políticos também os condenados por atos graves. É o que a CRFB/88 faz no art. 14, § 2º 8, e
nos incisos de seu art. 159.

De todo modo, a exigência inclusiva segue efetuando uma espécie de tensão crítica em relação ao critério
constitucional. Serve como um paradigma de julgamento. Caso os dispositivos constitucionais fossem
demasiadamente fechados, o critério da inclusão exerceria uma força deslegitimada a do sistema eleitoral,
desqualificando o regime como não democrático. Seguindo a mesma lógica, em qualquer sistema, a inclusão
segue como uma pauta de orientação para eventuais alterações normativas.
Cumulativos e não binários
É importante perceber que esses cinco elementos essenciais da democracia são todos eles cumulativos.
Faltando qualquer um, democracia não há.
Entretanto, não são eles adjetivos binários, isto é, do tipo “ou é, ou não é”. Melhor dizendo, eles são traços
graduais das democracias.
Esses institutos podem funcionar melhor ou pior, sem que um país deixe de ser uma democracia. E é exatamente
essa característica que permite às democracias serem mensuradas, comparadas e ranqueadas.

Educação e Direitos humanos


CAPACIDADES:
Conhecer os aspectos estruturantes das diferentes tradições/movimentos religiosos e filosofias de vida, a
partir de pressupostos científicos, filosóficos, estéticos e éticos.
HABILIDADES:
EF08HI06: identificar e analisar os direitos humanos em diferentes contextos históricos e
contemporâneos, reconhecendo os princípios fundamentais desses direitos.
EF08HI10**: Compreende os principais documentos que garantem os direitos humanos, como a
Declaração Universal dos Direitos Humanos.
OBJETO DE CONHECIMENTO
1.Momento
Apresentação dos conceitos de direitos humanos e sua relação com a cidadania.
3. Momento
Aula expositiva explicação do conteúdo.
3.Momento
Debate sobre situações de desrespeito aos direitos humanos (racismo, xenofobia, desigualdade
de gênero). Leitura e análise de trechos da **Declaração Universal dos Direitos Humanos.
4.Momento
Atividade
Os alunos serão divididos em grupos e receberão diferentes casos de proteção de direitos
Cada grupo deverá identificar o problema e propor soluções, apresentando-se para a turma.

Educação e Direitos humanos na prática escolar

Precisamos falar sobre direitos humanos na escola, ou seja, como educação e direitos humanos se relacionam
e a importância dessa
integração. O conhecimento sobre direitos humanos é fundamental para a consolidação de uma sociedade justa
e inclusiva. Por isso,
a educação sobre direitos humanos vem ganhando cada vez mais espaço nas escolas de todo o mundo.

Direitos humanos na escola é uma abordagem educacional que enfatiza que todos os seres humanos nascem i
guais e têm direitos universais, além de incentivar o uso ativo da cidadania.

Neste artigo, vamos explorar algumas práticas educativas que podem ser adotadas pelas escolas para oferecer u
ma educação consistente em direitos humanos a seus alunos e explorar importância da relação indissociável da
educação com os direitos humanos.

Quais os direitos humanos existentes na escola?

Os direitos humanos na escola são fundamentais para garantir um ambiente educacional justo, seguro e
inclusivo. Aqui está uma lista de quais são os direitos humanos na escola e que devem ser respeitados no
contexto escolar:

Direito à educação de qualidade

Todos têm direito a uma educação que desenvolva plenamente suas habilidades e personalidade, preparando-os
para a vida adulta e cidadania ativa.

Igualdade de acesso e oportunidades

Todas as crianças e jovens devem ter acesso igualitário à educação, independentemente de sua origem
socioeconômica, gênero, etnia ou outras características.

Não-discriminação

Nenhum estudante deve sofrer discriminação por qualquer motivo, seja raça, cor, sexo, língua, religião, opinião
política, origem nacional ou social, condição econômica ou nascimento.

Liberdade de expressão e opinião

Alunos têm o direito de expressar livremente suas ideias e opiniões, desde que respeitando os direitos dos outros
e as regras da escola.

Proteção contra violência e bullying

Todos na escola têm direito a um ambiente livre de violência física ou psicológica, incluindo proteção contra
bullying e assédio.

Respeito à diversidade cultural e religiosa

A escola deve respeitar e valorizar a diversidade cultural e religiosa de seus alunos, promovendo um ambiente de
tolerância e compreensão mútua.

Direito à privacidade

Os dados pessoais e informações confidenciais dos alunos devem ser protegidos, respeitando sua privacidade e
dignidade.

Participação nas decisões escolares

Estudantes devem ter voz nas decisões que afetam sua vida escolar, através de conselhos estudantis ou outros
mecanismos de participação.

Acesso à informação

Alunos têm direito de acesso a informações relevantes para sua educação e desenvolvimento, incluindo materiais
didáticos adequados e atualizados, inclusive, com atividades para trabalhar direitos humanos na escola.
Ambiente seguro e saudável

A escola deve proporcionar um ambiente físico seguro e saudável, com infraestrutura adequada, saneamento
básico e condições propícias ao aprendizado.

Por que o ensino de direitos humanos nas escolas é tão importante?

A educação é o melhor caminho para assegurar e garantir aos cidadãos direitos humanos.
No entanto, a prática escolar é crucial para promover a conscientização e educar os alunos sobre os direitos fund
amentais da pessoa humana.

A ênfase em edudação e direitos humanos possibilita que os alunos possam aprender sobre questões relacion
adas à igualdade, liberdade e dignidade.
Ao educar e conscientizar os alunos sobre essas questões, podemos ajudá–los a construir um mundo melhor e m
ais justo, daí a importância dos direitos humanos na escola.

Além disso,
o foco em educação e direitos humanos nas escolas também fornece informações valiosas sobre seu direito a
viver livre de discriminação e opressão. Isso pode ajudar os alunos a entender e aceitar as diferenças entre pess
oas e a serem respeitosos com aqueles que são diferentes deles. Esse ensino de direitos humanos é
um meio eficaz para promover o bem–estar e o respeito em todo o mundo.

A importância da educação para a defesa dos direitos humanos

A educação é uma ferramenta poderosa para promover a consciência e


o respeito aos direitos humanos. Ela oferece o conhecimento necessário para que o aluno desenvolva o senso de
responsabilidade social.

De acordo com a UNESCO, ensinar sobre direitos humanos significa reconhecer as liberdades fundamentais de t
odos, incluindo a liberdade de expressão e
de pensamento, não discriminação e direitos de igualdade e livre organização.

A educação responsável, portanto, passa a ser um meio importante para ajudar a garantir que os direitos humano
s sejam reconhecidos e cumpridos.

Cada vez mais,


é necessário assegurar que os professores e outros profissionais da área estejam preparados para tratar os assu
ntos relacionados à educação e direitos humanos em sala de aula.

Ao estudar sobre direitos humanos na escola,


os alunos devem ser capazes de utilizar a educação como uma oportunidade para serem multiplicadores da defe
sa daqueles que estão mais vulneráveis na sociedade.

Por meio da educação, os alunos podem entender melhor a importância dos direitos humanos e
do desenvolvimento de habilidades para a promoção dos direitos das minorias. Com isso, a prática escolar torna-
se um meio seguro para garantir que os direitos humanos sejam respeitados, valorizados e defendidos.

Educação, diversidade e inclusão: o desafio das escolas brasileiras

O trabalho da educação e direitos humanos promove benefícios em diferentes aspectos. Por isso, direitos hu
manos na escola promove a diversidade e inclusão e é
um tema cada vez mais comum na agenda das escolas brasileiras. Além de ser um dever moral, pois é
um direito humano,
é também um dos principais pilares da educação: preparar os alunos para compreender e respeitar as diferenças
e a diversidade.

No entanto,
o desafio para as escolas brasileiras passa pela aplicação de normas de inclusão que ajudem no desenvolviment
o de princípios de tolerância e de respeito entre os alunos. Superando esses desafios,
o trabalho com direitos humanos na escola se torna mais fácil e eficiente.
A educação para a diversidade e
a inclusão podem ajudar a garantir que os alunos entendam o valor dos direitos humanos básicos e possam colo
car esses princípios em prática no ambiente escolar.

As escolas também podem promover a diversidade e


a inclusão ao desenvolver programas de formação de professores, tais como cursos de formação sobre direitos h
umanos e sobre como trabalhar educação em direitos humanos na
escola com diferentes faixas etárias, etnias, culturas e identidades.

Cursos online, por exemplo, são excelentes opções para que educadores obtenham ideias sobre direitos
humanos na escola e como colocar em prática no dia a dia escolar.

Neste sentido, é importante também que os alunos tenham a oportunidade de praticar a diversidade e
a inclusão, participando de debates, atividades culturais, discussões em sala de aula e outras formas de trabalho
em grupo e formas diversos outros tipos de atividades para trabalhar direitos humanos na
escola. Para garantir a inclusão na prática escolar,
é necessário que as escolas brasileiras sejam firmes ao cumprir seus deveres de respeitar e promover os direitos
humanos.

A educação e direitos humanos a partir do pensamento de Paulo Freire

A educação libertadora de Paulo Freire oferece uma ótica pela qual podemos reimaginar a abordagem dos direito
s humanos nas escolas, entrelaçando-se profundamente com a essência da pedagogia crítica e
da emancipação social.

Ao colocar o diálogo, a reflexão crítica e


a ação transformadora no coração do processo educativo, essa metodologia não apenas ensina sobre direitos hu
manos de maneira abstrata, mas também empodera os alunos a se tornarem agentes ativos na promoção e
na defesa desses direitos dentro e fora do ambiente escolar.

A educação em direitos humanos, sob a influência do pensamento freiriano, perpassa a transmissão de conhecim
ento, buscando despertar nos estudantes uma consciência crítica sobre as injustiças sociais e estimulando-os
a participar ativamente na construção de uma sociedade mais justa.

Nesse contexto, a escola torna-se um espaço de prática democrática, onde se valoriza a voz do aluno e
se promove a igualdade, a liberdade e
a solidariedade — princípios fundamentais tanto da educação libertadora quanto dos direitos humanos.

Educadores inspirados por Freire utilizam metodologias participativas sobre educação em direitos humanos na
escola, que encorajam os alunos a questionar estruturas opressivas e
a buscar soluções coletivas para problemas sociais.

Projetos de aprendizagem baseados em problemas reais da comunidade, debates, simulações e


a análise crítica de eventos atuais são algumas das estratégias adotadas para integrar os direitos humanos ao cu
rrículo, transformando o ensino em uma ferramenta poderosa de mudança social.

Assim, a educação libertadora de Paulo Freire e


os direitos humanos na escola caminham juntos, moldando cidadãos conscientes, críticos e, acima de tudo, comp
rometidos com a dignidade e a igualdade de todos os seres humanos.

ATIVIDADES

1. Roda de Conversa: O que são Direitos Humanos?


Organize uma roda de conversa para explorar o que os alunos já sabem sobre direitos humanos. Utilize pergunta
s abertas para incentivar a participação e compartilhe exemplos de direitos humanos universais, como o direito à
educação, à liberdade de expressão e ao acesso à saúde.

2. Dinâmica do Balão
Esta atividade envolve escrever direitos fundamentais em balões e discutir por que eles são importantes. Cada al
uno escolhe um balão, lê
o direito escrito e compartilha por que considera esse direito importante para a sociedade. Após a discussão,
os balões são amarrados em um espaço comum da escola como um lembrete visual dos direitos discutidos.

3. Linha do Tempo dos Direitos Humanos


Criar uma linha do tempo colaborativa com marcos importantes dos direitos humanos ao redor do mundo. Divida
a turma em grupos e atribua a cada um
a tarefa de pesquisar e apresentar um evento ou figura histórica significativa. Esta atividade promove a pesquisa,
a colaboração e a consciência histórica sobre a evolução dos direitos humanos.

4. Reflexão e Compromisso Pessoal


Encerre a sessão pedindo aos alunos que reflitam sobre como podem promover os direitos humanos em sua com
unidade. Eles podem escrever um compromisso pessoal e compartilhá-lo com a turma, incentivando a responsabi
lidade individual e coletiva na defesa e promoção dos direitos humanos.

Essas atividades são o ponto de partida para uma jornada de aprendizado contínuo sobre direitos humanos, esta
belecendo uma base sólida de conhecimento e empatia que será expandida nas próximas seções.

VALORES ATITUDINAIS INSTRUMENTOS DE RECURSOS


DESENVOLVIDOS NAS AVALIAÇÃO
ATIVIDADES/ SITUAÇÕES

Disposição em aprender; Participação; Datashow;


Atenção ao conteúdo Resolução de exercícios; PC/Notebook;
trabalhado; Posicionamento construtivo; Material xerocado;
Valorização do conteúdo; Auto avalição. Quadro branco;
Respeito aos colegas e a Vivência dos alunos.
escola; Caixa de som
Desenvolver o habito de .
leitura.
Cooperação com a classe
REFERÊNCIAS

https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/democracia.htm

https://brasilescola.uol.com.br/politica/importancia-voto.htm

https://brasilescola.uol.com.br/historiab/voto-feminino-no-brasil.htmnino no Brasil" em:


https://brasilescola.uol.com.br/historiab/voto-feminino-no-brasil.htm

DAHL, Robert A. La Democracia y sus críticos. Barcelona: Paidós, 2002, p. 373: “um sistema político
cuyos miembros se consideran unos a otros iguales, son colectivamente soberanos y poseen todas
las capacidades, recursos e instituciones necesarios para autogobernarse”.
2DAHL, Robert A. Sobre a Democracia. Brasília: UNB, 2001, p. 49-50.
3DAHL, Robert A. Sobre a Democracia. Brasília: UNB, 2001, p. 99.

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