Geometria e Trigonometria

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GEOMETRIA E TRIGONOMETRIA

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Índice
Tema 1: Visualização e representação de formas..........................................1
1.1. Polígonos................................................................................................................1
1.2. Classificação de triângulos e quadriláteros.......................................3
1.3. Sólidos geométricos.......................................................................................13
1.4. Poliedros...............................................................................................................14
1.5. Relações estabelecidas entre poliedros, polígonos e planos 17
1.6. Figuras geométricas......................................................................................28
1.7. Números irracionais.......................................................................................33
1.8. Cálculos geométricos....................................................................................35
Exercícios.............................................................................................................................38
Tema 2: Proporcionalidade numérica e geométrica...................................41
2.1. Transformações geométricas.....................................................................41
2.2. Semelhanças........................................................................................................42
2.6. Propriedades das isometrias......................................................................43
2.6.1. Conceção de pavimentações, frisos e painéis..............................46
Tema 3: Trigonometria.................................................................................................49
3.1. Trigonometria do triângulo retângulo..................................................49
3.1.1. Teorema de Pitágoras................................................................................50
3.1.2. Razões trigonométricas de ângulos agudos..................................51
3.1.3. Fórmula fundamental da trigonometria...........................................53
3.2. Funções trigonométricas..............................................................................53
3.2.1. Conceito de ângulo – radiano.................................................................53
3.2.2. Amplitude de ângulos com os mesmos lados - graus e
radianos............................................................................................................................56
3.2.3. Conceito de arco – radiano.......................................................................56
3.2.4. Função seno, cosseno e tangente.......................................................56
3.2.5. Razões trigonométricas.............................................................................59
3.2.6. Amplitude de ângulos com o mesmo seno, cosseno ou
tangente...........................................................................................................................61
3.2.8. Funções trigonométricas como funções reais de variável
real.......................................................................................................................................68
3.2.9. Seno, cosseno e tangente........................................................................68
Exercícios.............................................................................................................................73
Tema 4: Geometria e Álgebra..................................................................................79
4.1. Método cartesiano para geometria no plano e no espaço........79
4.2. Vetores livres no plano e no espaço....................................................120
4.3. Equações da recta no plano e no espaço...........................................144
4.4. Intersecção de planos – interpretação geométrica e resolução
de sistemas...................................................................................................................145
Exercícios...........................................................................................................................150
Bibliografia...............................................................................................................................156
Tema 1: Visualização e representação de formas

1.1. Polígonos

A palavra polígono deriva do Grego, onde Poly significa muitos e gonos


significa ângulos.
Terá sido Euclides (330 aC- 260 aC), quem o define pela primeira vez, na
sua famosa obra, os Elementos de Euclides.

Podemos dizer que Polígono é o nome que se dá a qualquer figura


plana, limitada por uma linha poligonal fechada, isto é segmentos
que não pertencem à mesma reta e em que cada um interseta outros
dois.
Os polígonos classificam-se de acordo com o número de lados que têm.
Vejamos:

Nome do Polígono Figura

Triângulo – 3 lados

Quadrilátero – 4 lados

Pentágono – 5 lados

Hexágono – 6 lados

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Héptagono – 7 lados

… …

Propriedades dos polígonos

 O número de vértices coincide com o número de lados;

 A soma das medidas dos ângulos internos de um polígono de n


lados é dada por s = (n - 2) × 180 º ;

 A soma das medidas dos ângulos externos de um polígono de n


lados é 360º;

1.2. Classificação de triângulos e quadriláteros

Os triângulos podem ser classificados de acordo com a medida do


comprimento dos seus lados e dos seus ângulos internos:

 Um triângulo equilátero tem os lados congruentes, ou seja, com o


mesmo comprimento. Os seus ângulos internos são congruentes, têm
todos a mesma amplitude (medem 60°), sendo, por isso, classificado como
um polígono regular.

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 Um triângulo isósceles possui pelo menos dois lados e dois
ângulos congruentes, isto é com medidas iguais.

Nota: O triângulo equilátero é, consequentemente, um caso especial de um


triângulo isósceles, que apresenta não somente dois, mas os três lados com o
mesmo comprimento, assim como cada um dos ângulos internos, que medem
60º.

 Um triângulo escaleno, é todo aquele em que os três lados têm medidas


diferentes, pelo que os seus ângulos internos, também possuem
amplitudes diferentes.
Denomina-se base o lado sobre qual se apoia o triângulo.

Tal como referimos inicialmente, podemos classificá-los de acordo


com os ângulos, os quais passamos a identificar:

 Triângulo acutângulo: Um triângulo que tenha todos os ângulos agudos


(< 90º)

 Triângulo retângulo: Um triângulo que tenha um ângulo reto (= 90º)

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 Triângulo obtusângulo: Um triângulo que tenha um ângulo obtuso (>
90º e < 180º)

Pontos, linhas e círculos associados a um


triângulo

 Mediatriz

A mediatriz é a reta perpendicular a um lado do triângulo, traçada pelo


seu ponto médio.

As três mediatrizes de um triângulo se encontram em um único ponto,


o circuncentro, que é o centro da circunferência circunscrita ao
triângulo, que passa pelos três vértices do triângulo.

O circuncentro é o centro da circunferência circunscrita ao triângulo.

O Teorema de Tales determina que:

 Se o circuncentro está num dos lados do triângulo, o ângulo oposto


a este lado será reto.

 Se o circuncentro está dentro do triângulo, este será acutângulo;

 Se o circuncentro está fora do triângulo, este será obtusângulo.

 Mediana

Mediana é o segmento de reta que une cada vértice do triângulo ao


ponto médio do lado oposto.

A mediana relativa à hipotenusa num triângulo retângulo mede metade da


hipotenusa.

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O ponto de interseção das três medianas é o baricentro ou centro de
gravidade do triângulo.

 Bissetriz

Num triângulo há três bissetrizes internas, sendo que o ponto de


interseção delas chama-se incentro.

 O ponto de interseção das três bissetrizes é o incentro.

 O círculo que tem o incentro como centro e é tangente aos três lados do
triângulo é denominado círculo inscrito.

Num triângulo equilátero, o incentro, o baricentro e o circuncentro são


o mesmo ponto.
Propriedades dos triângulos:

 Para que se possa construir um triângulo é necessário que a medida de


qualquer um dos lados seja menor que a soma das medidas dos
outros dois e maior que o valor absoluto da diferença entre essas
medidas.

 A soma dos ângulos internos de


qualquer triângulo é 180°. Isso permite
a determinação da medida do terceiro
ângulo, desde que sejam
conhecidas as medidas dos outros dois
ângulos.
Por exemplo:

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o
α + β+ θ=180

Semelhança de triângulos

Dois triângulos são semelhantes se e somente se, tiverem

 os 3 pares de lados correspondentes diretamente proporcionais.

 os 3 pares de ângulos geometricamente iguais.

Critérios de semelhança de triângulos:

Caso AA (ângulo, ângulo): Dois triângulos são semelhantes somente se,


têm dois pares de ângulos geometricamente iguais.

Caso LAL (lado, ângulo, lado): Dois triângulos são semelhantes somente
se, têm dois pares lados, respetivamente, diretamente proporcionais; e são
geometricamente iguais os ângulos formados por esses lados.

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Caso LLL (lado, lado, lado): Dois triângulos são semelhantes somente se,
têm os três pares de lados, respetivamente, diretamente proporcionais.

Quadriláteros

Um quadrilátero é um polígono de quatro lados, cuja soma dos ângulos


internos é 360°, e a soma dos ângulos externos, é tal como de qualquer outro
polígono, 360°.

Para calcular a soma dos ângulos internos, aplica-se a fórmula anteriormente


enunciada.

Os quadriláteros apresentam os seguintes elementos:

 Vértices

 Lados

 Diagonais

 Ângulos internos e externos

Num quadrilátero, dois lados ou dois ângulos não consecutivos são chamados
opostos.

Consideremos o quadrilátero ABCD:

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 Vértices: A, B, C, D

 Lados: AB, BD, CD, CA

 Diagonais: AD, BC

 Ângulos internos: A, B, C, D.

 Trapézios

Um quadrilátero é considerado um trapézio se pelo menos dois dos seus lados


forem paralelos.

No caso de serem exatamente dois os seus lados paralelos, trata-se de


um Trapézio propriamente dito.

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Tipos de trapézios

 Trapézio Isósceles: Os lados opostos não paralelos são congruentes


(têm o mesmo comprimento), os lados opostos paralelos não são
congruentes e apresenta um eixo de simetria;

 Trapézio Retângulo: Contem dois ângulos de 90°, e não tem um eixo


de simetria;

 Trapézio Escaleno: Todos os lados são diferentes.

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 Paralelogramos

Dá-se o nome de paralelogramo a todo o quadrilátero cujos lados opostos são


paralelos.

Um paralelogramo apresenta as seguintes características:

 A soma de dois ângulos consecutivos é de 180°;

 As diagonais cortam-se no ponto médio;

 Os lados opostos são congruentes;

 Os ângulos opostos são congruentes.

Tipos de paralelogramos

 Paralelogramo obliquângulo: Os lados opostos são


geometricamente iguais entre si;

 Retângulo: Possui quatro ângulos de 90°, e os lados opostos são


iguais entre si. As diagonais são congruentes.

 Losango: Todos os lados são iguais entre si; As diagonais são


perpendiculares e são bissetrizes dos ângulos internos.

 Quadrado: Possui quatro ângulos de 90°, e todos os lados são iguais


entre si. Por ser um losango e um quadrado simultaneamente, as
diagonais são congruentes e perpendiculares. Todo quadrado é um
losango, mas nem todo losango é um quadrado.

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1.3. Sólidos geométricos

Terminada a abordagem efetuada aos polígonos, passamos de seguida


aos sólidos. Estes, podem ser classificados em Poliedros e Não Poliedros.

 Poliedros, são sólidos com todas as faces planas. Exemplo:

 Não Poliedros, quando têm alguma superfície curva. Exemplo:

Um Poliedro diz-se regular se todas as faces são geometricamente


iguais e em cada vértice o número e a disposição dos Polígonos regulares é
igual.

Sugestão: Pode pedir-se aos formandos que indiquem a título de exemplo


um Poliedro Regular.

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1.4. Poliedros

Utilizando a fórmula de cálculo da amplitude dos ângulos internos de um


Polígono Regular, e o conceito anterior (Poliedro Regular) vamos demonstrar
que o número máximo de Poliedros Convexos Regulares é de cinco e apenas
cinco:

 A soma das amplitudes dos Polígonos que rodeiam cada vértice


tem de ser inferior a que valor?

Tem de ser inferior a 360º, caso contrário, obteríamos uma figura plana.

 Qual o número mínimo de faces que se juntam num vértice?

O número mínimo é de três faces.

Vejamos o que se passa em cada vértice para diferentes Polígonos


regulares:

 Triângulos Equiláteros

3 Triângulos Equiláteros – A soma das amplitudes dos ângulos que rodeiam


cada vértice, é 3 X 60º=180º <360 º

4 Triângulos Equiláteros – A soma das amplitudes dos ângulos que rodeiam


cada vértice, é 4 X 60º=240º <360 º

5 Triângulos Equiláteros – A soma das amplitudes dos ângulos que rodeiam


cada vértice, é 5 X 60º=300º <360 º

6 Triângulos Equiláteros – A soma das amplitudes dos ângulos que rodeiam


cada vértice, é 6 X 60º=360º. Impossível, já que admitimos atrás, que a soma
das amplitudes dos ângulos que rodeiam cada vértice deve ser inferior a
360º.

Podemos construir 3 poliedros regulares convexos, com triângulos


equiláteros, a constituir as suas faces.

 Quadrados

3 Quadrados – A soma das amplitudes dos ângulos que rodeiam cada


vértice, é
3 X 90º=240º <360 º;

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4 Quadrados – A soma das amplitudes dos ângulos que rodeiam cada
vértice, é
4 X 90º=360º <360 º. Impossível, já que admitimos atrás, que a soma das
amplitudes dos ângulos que rodeiam cada vértice deve ser inferior a 360º.

Podemos construir 1 poliedro regular convexo, com quadrados, a


constituir as suas faces.

 Pentágonos regulares

3 Pentágonos regulares – A soma das amplitudes dos ângulos que rodeiam


cada vértice, é 3 X 108º=324º <360 º;

Podemos construir 1 poliedro regular convexo, com pentágonos


regulares, a constituir as suas faces.

Obviamente, se testássemos com outros Polígonos Regulares,


diferentes dos anteriores, não seria possível construir qualquer Poliedro
regular convexo, pois qualquer que fosse o número de Polígonos em cada
vértice (mínimo de 3), a soma das amplitudes dos ângulos que rodeiam cada
vértice, seria ¿ 360 º .

Podemos desta forma concluir, que existem cinco Poliedros Convexos


Regulares. São também conhecidos, como os sólidos de Platão, que a cada
um deles associou um elemento da natureza.

Cubo – 6 faces constituídas por quadrados – Terra

Tetraedro – 4 faces constituídas por triângulos equiláteros – Fogo

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Octaedro - 8 faces constituídas por triângulos equiláteros – Ar

Dodecaedro - 12 faces constituídas por pentágonos regulares – Água

Icosaedro - 20 faces constituídas por triângulos equiláteros -


Universo.

Um Poliedro tem quatro ou mais lados planos. Quanto mais faces um


poliedro tiver, mais se aproxima de uma esfera. O conhecimento das
propriedades de um poliedro é necessária em cristalografia e estereoquímica
para determinar as formas dos cristais e das moléculas.

Nesta altura o formador pode fazer referência ao Dual, que não é mais que
um sólido Geométrico, formado por dois Poliedros, um dentro do outro, de
modo que os vértices do sólido interior coincidam com as faces do sólido
exterior.

1.5. Relações estabelecidas entre poliedros, polígonos e planos

Considere-se um ponto qualquer do espaço, designe-se por A:

 A

Pelo ponto A "passam" infinitas rectas.

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 Por qualquer ponto do plano ou do espaço "passam" infinitas rectas

O que acontece se fixarmos dois pontos do plano ou do espaço?

Consideremos o paralelepípedo seguinte:

Considerando o plano que contém o tampo do Paralelepípedo, facilmente se


conclui que:

Nesta situação temos uma e apenas uma recta, tal como podemos observar
na figura considerada.

 Fixando dois pontos do plano ou do espaço passa uma e apenas uma recta,
isto é, dois pontos distintos do plano ou do espaço definem uma recta.

Nota: Os pontos representam-se por letras maiúsculas. As retas representam-


se por letras minúsculas ou então através de dois pontos, por exemplo AB.

 Posições relativas de duas retas

Para abordar as noções de retas complanares e não complanares, conceito


por vezes de difícil visualização por parte dos formandos, recorre-se muitas
vezes a modelos.

A escolha do modelo faz-se geralmente recorrendo a sólidos que já foram


explorados pelos alunos, uma vez que terão maior facilidade em ver, na
prática, os conceitos.

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Por exemplo, considerando um cubo, e fazendo passar fios pelas arestas
simbolizando retas, pode fazer-se notar que as arestas que constituem a base
do cubo são complanares, mas que qualquer aresta perpendicular à base do
cubo não será complanar com as arestas que a constituem.

A noção de que duas retas complanares distintas poderem ocupar diferentes


posições relativas, também deve ser abordada recorrendo a um modelo.
Por exemplo, utilizando uma
peça que se assemelhe ao
telhado de uma casa e
fazendo o desenho do
esqueleto da figura ao lado,
é possível explicar que:

 as retas r e v são
concorrentes, têm um ponto em comum e como contêm dois lados
consecutivos de um triângulo são oblíquas;

 as retas E e r são concorrentes no mesmo ponto e contêm dois lados


consecutivos de um retângulo, pelo que se chamam perpendiculares;

 as retas u e w contêm dois lados opostos de um retângulo pelo que


são paralelas;

Podemos então sintetizar o que atrás foi escrito através do esquema


que se segue:
Coincidentes
Paralelas
Estritamente
Perpendiculares
Concorrentes
Oblíquas

Plano – Conjunto de pontos do espaço de modo que toda a recta que tenha,
com ele, dois pontos distintos está inteiramente contida nele.

O plano representa-se normalmente por um paralelogramo, e designa-se por

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letras Gregas ou por três letras maiúsculas correspondentes a três pontos
não-alinhados.

A B

Modos de C D definir um
Plano:

 Três pontos não colineares definem um plano

 Dado que dois pontos distintos definem uma recta:

 Um ponto e uma recta que não o contenha

 Duas retas paralelas mas não coincidentes

 Duas retas concorrentes

Posições relativas de dois Planos

Dois Planos dizem-se Secantes ou Concorrentes se têm em comum uma


única Recta.

Quando é que dois Planos são Paralelos?

Dois Planos são Paralelos se não são Secantes.

Quais serão os casos de paralelismo a considerar?

Dois Planos são estritamente Paralelos se não têm nenhum ponto em


comum.

Dois Planos são Coincidentes quando têm


todos os pontos comuns.

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Quando é que dois Planos são Perpendiculares?

Dois Planos α e β são Perpendiculares se em α existe uma recta


perpendicular a β e se em β existe uma recta perpendicular a α .

Tal como com as retas, podemos usar um modelo.


Assim, utilizando uma imagem conveniente, (como a que se observa abaixo),
é possível apreciar as diversas posições relativas que dois planos podem
ocupar:

 os planos α e β contêm duas faces opostas do prisma e são neste


caso paralelos;

 os planos que contêm duas faces consecutivas são concorrentes e neste


caso oblíquos;

 o plano de uma face é perpendicular ao plano de cada uma das bases.

Podemos então sintetizar o que atrás foi escrito através do esquema


que se segue:

Estritamente
Paralelos
Coincidentes
Perpendiculares
Concorrentes
Oblíquos

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Projeção ortogonal de um ponto sobre uma recta e sobre um plano

Dados:

A - Um ponto
r – Uma recta
α - Um Plano

Por A passa uma única recta (designemo-la por s) perpendicular a r


intersectando-a no ponto A'

A A' chamamos Projeção Ortogonal


de A sobre r

Consideremos agora t a única recta


que "passa" por A e é perpendicular ao plano α .

Ao ponto A'' (resultado da intersecção de t com α ) chama-se Projeção


Ortogonal de A sobre  .

Plano Mediador

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Chama-se Plano Mediador de um segmento [AB] ao plano perpendicular a
[AB] que contém o seu ponto médio

Qualquer ponto P do Plano Mediador está à mesma distância quer de A quer


de B.

Uma Recta é Secante a um Plano se tem com este um único ponto em


comum.

Quando é que uma Recta é paralela a um Plano?

Uma Recta é Paralela a um Plano se não é Secante ao Plano

Quais serão os casos de paralelismo a considerar?

Uma Recta é estritamente Paralela a um Plano se não tem com ele


nenhum ponto em comum.

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Uma Recta é Aposta a um Plano está contida no Plano (está contida num
Plano) se pertence ao Plano. (Outro caso de Paralelismo).

Quando é que uma Recta será Perpendicular a um Plano?

Uma Recta é Perpendicular a um Plano se é Perpendicular a todas as retas


desse Plano.

Polígonos que se obtêm por secção do cubo através de um plano

Secção Posição do Plano de corte

Triângulo O plano corta o cubo em três faces.

Quadrado O plano é paralelo a uma face do


cubo.

Retângulo O plano de corte é paralelo a uma


aresta do cubo.

Pentágono O Plano intersecta cinco faces do


cubo.

Hexágono O Plano intersecta seis faces do


cubo.

Os diferentes tipos de triângulos e Quadriláteros:

Triângulos:

Equiláteros – O Plano de corte é perpendicular a duas diagonais.

Isósceles - O Plano de corte é paralelo a uma diagonal do cubo.

Escaleno - O plano intersecta apenas três faces do cubo, não sendo paralelo
a nenhuma diagonal facial do cubo.

Será possível obter um triângulo retângulo?

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Não, porque os ângulos deformam de tal modo, que não é possível, formar
ângulos de 90º.

Quadriláteros:

Trapézio – O Plano de corte atravessa quatro faces, das quais duas são
paralelas entre si.

Paralelogramo – O plano de corte atravessa quatro faces duas a duas.

1.6. Figuras geométricas

Perímetros

Perímetro de um polígono é a soma das medidas dos seus lados.

Para um polígono regular de n lados, temos:

P = n · l, onde l é o comprimento do lado.

Retângulo
b - base ou comprimento
h - altura ou largura
Perímetro = 2b + 2h = 2(b + h)

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Quadrado

P=l+l+l+l=4·l

Triângulo equilátero

P=l+l+l=3·l

Pentágono

P=l+l+l+l+l=5·l

Hexágono

P=l+l+l+l+l+l=6·l

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Circunferência
P = 2R

Áreas

Triângulo

A= a.h
2

Quadrado
A=l²

Retângulo
A=a.b

Losango

A=D.d
2

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Paralelogramo

A=a.h

Trapézio

A=(B+b).h
2

… …
Polígono regular de n lados

Onde n.l é o perímetro e a o


apótema

Circulo
A =  R2

Volumes
Cubo Volume Área total

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V= a . a . a = a3 AT= 6.a2

Paralepipedo Volume Área total

V = a.b.c AT= 2.(ab + ac + bc)

… … …
Assim, o volume de todo prisma e de todo paralelepípedo é o produto
da área da base pela medida da altura:
Vprisma = ABase . h
Pirâmide Volume

Cilindro Volume Área total

Cone Volume Área total

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Esfera Volume Área total

1.7. Números irracionais

Em 1872 que o matemático alemão Dedekind (1831-1916) fez entrar na


Matemática, em termos efetivos os números irracionais, cuja geometria havia
sugerido há mais de vinte séculos.
h
Racional - número que se pode escrever da forma , onde h e k são inteiros
k
com k > 0.

Irracional – número que não se pode expressar como quociente de dois


números inteiros.

Exemplos de números irracionais

 Todas as raízes quadradas de números naturais que não sejam quadrados


perfeitos, isto é se a raiz quadrada de um número natural não for inteira, é
irracional.

 Números representáveis por dízimas infinitas não periódicas.

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 São irracionais os resultados da soma, subtracção, multiplicação e divisão
de um número irracional com um número racional.

Operações com radicais.

Chama-se radical a uma expressão do n par


tipo
√n a, onde a< 0 a=0 a> 0

➠ √ ❑, é o símbolo de radical; n
x =a
n
x =a x =a
n

Tem Tem
➠ n , é o índice do radical; uma duas
Não tem
solução solução soluções
➠ a , é o radicando
−√ a , √ a
n n
Zero
Convenções
n ímpar
b × √ a escreve-se b √ a
n n

n
x =a
Qualquer Tem
que seja uma
a ∈ IR solução
√n a
Propriedades dos radicais, com as respetivas aplicações e exemplos:
Propriedades Aplicações Exemplo
√ a = √a ;
np mp n m

a> 0
- Simplificar
m , n , p ∈∈¿ - Reduzir ao mesmo √6 88= √3 8 4
índice.
mp m
, ∈Q
np n

- Multiplicar radicais
√n a × √n b=√n ab - Passar fatores para √3 23 × 2=2 √3 2
3 √3 2=√ 33 × 2
3
fora
a> 0 , b>0 - Passar fatores para ( 4√5 ) =√4 5 3
3

dentro
n ∈∈¿ - Potência de um radical
n
√ a ÷ √ b=
n


n a
b

a> 0 , b>0
- Dividir radicais
√3 3 3 √
√3 6 = 3 6 = 3 2

n ∈∈¿
√ √ a= √ a
n p np - Simplificar √ √ 8= √ 8= √8
3 4 3×4 12

a> 0

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n , p ∈∈¿
m
√ am =a n ;
n

a> 0
6
- Simplificar
m , n∈∈¿ √ 4 =4
3 6 3
=4 2=16

m
∈Q
n

Adição de expressões envolvendo Radicais

Apenas é possível simplificar a soma de expressões envolvendo radicais, se


estes tiverem o mesmo índice, e o mesmo radicando.

Por exemplo, é possível escrever com um só radical a expressão √3 2+5 √3 2−2 √3 2


.
De fato, temos:
√3 2+5 √3 2−2 √3 2=¿¿ 1 × √3 2+5 × √3 2−2 √3 2=¿¿ 6 √3 2−2 √3 2=¿¿ 4 √3 2
1.8. Cálculos geométricos

Círculo

Na Matemática e na Geometria, um círculo é o conjunto dos pontos internos


de uma circunferência. Por vezes, também se chama círculo ao conjunto de
pontos cuja distância ao centro é menor ou igual a um dado valor (ao qual
chamamos raio). A área A de um círculo pode ser expressa matematicamente
por:

Onde r é o raio da circunferência e (Pi) uma constante.

Mediatriz

É o lugar geométrico dos pontos que equidistam de dois


pontos A e B distintos. O traçado da mediatriz determina, consequentemente,
o ponto médio de um segmento AB

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Processo de construção

 Escolha dois pontos distintos A e B, eles formam um segmento AB.


 Com centro em A trace um arco de circunferência com medida maior do
que a metade
 Com centro em B repita o mesmo arco
 A mediatriz passa pelos dois pontos de interseção entre os arcos

Bissetriz de um ângulo

A bissetriz é o lugar geométrico dos pontos que equidistantes de duas retas


concorrentes e que, como tal, dividem um ângulo em dois ângulos
congruentes.

Processo de construção:

 Centra-se o compasso no ponto O e traça-se uma circunferência


qualquer, a interseção com as semirretas determina os pontos A e B.

 Centra-se o compasso em A e traça-se um arco de circunferência maior


do que a metade do segmento AB, a fim
de evitar imprecisões.

 Centra-se o compasso em B e traça-


se o mesmo arco anterior.

 A interseção dos arcos determina o


ponto C.

 A bissetriz do ângulo O passa pelos


pontos C e O.
Esfera

A esfera pode ser definida como "um sólido geométrico formado por
uma superfície curva contínua cujos pontos estão equidistantes de um outro
fixo e interior chamado centro"; ou seja, é uma superfície fechada de tal
forma que todos os pontos dela estão à mesma distância de seu centro, ou
ainda, de qualquer ponto de vista de sua superfície, a distância ao centro é a

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mesma.

Uma esfera é um objeto tridimensional


perfeitamente simétrico. Na matemática, o termo refere-se à “superfície de
uma bola”.

Quanto à geometria analítica, uma esfera é representada pela equação:

2 2 2 2
( x−a) +( y−b) +( z−c) =r

em que a, b, c são os deslocamentos nos eixos x, y, z respetivamente, e r é


o raio da esfera.

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Exercícios

1. Observe a tabela seguinte:

Poliedros Número Número Número A+2 F+ V


Regulares de Faces de de
Convexos (F) Vértices arestas
(V) (A)

Tetraedro 4 4 6 8 8

Cubo 6 8 12 14 14

Octaedro 8 6 12 14 14

Icosaaedro 12 20 30 32 32

Dodecaedro 20 12 30 32 32

1.1.1 Relacionando os dados evidenciados na tabela com a nota


seguinte, que poderá constatar? Exemplifique.

- Euler, em 1752, referiu a seguinte regra: " Num poliedro o número de


faces mais o números de vértices é igual ao número de arestas mais
dois." Esta regra conhecida como a regra de Euler foi previamente
estabelecida por René Descartes em 1635.

1.2 Um dual é um sólido geométrico constituído por dois poliedros, um


dentro do outro, de modo a que os vértices do sólido interior
coincidam com o centro das faces do sólido exterior. Usando os
poliedros regulares convexos, quantos duais podemos estabelecer?
Identifique-os.

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2. No cubo da figura P, I, e Q são os pontos médios das arestas em que
estão assinalados.

2.1 Mostre que PB e EH são ortogonais (perpendiculares).


2.2 Desenhe a secção obtida no cubo por um plano que passa por I e é
paralelo ao plano PQB.
2.3 Sabendo que a aresta do cubo tem 5 cm, determine o perímetro da
secção referida na alínea anterior.
3. Considere o cubo representado na figura e o octaedro dual que se
obtém considerando os seus vértices nos centros das faces do cubo.

3.1 Indique uma recta paralela ao plano HGF e justifique a sua escolha.
3.2 Dê um exemplo de uma recta não complanar com BC e que faça
com BC um ângulo de 45º de amplitude.
3.3 Justifique que as faces do octaedro são todos triângulos equiláteros.
3.4 Determine e desenhe a secção obtida no cubo pelo plano JNG e
identifique--a.
3.5 Suponha que o sólido menor, obtido pela intersecção do plano
mencionado na alínea anterior com o cubo é um modelo de um
frasco de perfume. Pretende-se embrulhar o frasco. Descreva
pormenorizadamente como procederia para calcular a área mínima
de papel necessário.
4. Em S. Paulo (Brasil) no parque Ibirapuera, há um monumento chamado

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Obelisco, em homenagem aos heróis de 1932. Esse monumento tem a
forma de um tronco de pirâmide, com bases quadradas de arestas 9 m
e 6 m, respectivamente. A altura do monumento é de 72 m. Determine
o volume do monumento.

Nota: Neste exercício está implícito o conceito de razão de semelhança –


r. Sendo r a razão entre os comprimentos, a razão entre as áreas é
r2, e a razão entre os volumes é r3.

Tema 2: Proporcionalidade numérica e


geométrica
2.1. Transformações geométricas

As transformações geométricas fazem parte da história da humanidade, há mais


tempo do que se possa imaginar.

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Vejamos os exemplos que se seguem:
Uma das primeiras evidências
aparece na pintura rupestre do
sítio de El Buey na Bolívia.

Na cerâmica chinesa, que


remonta ao período Neolítico
(3000 a.C.), pode notar-se a
presença do uso de
transformações geométricas na
sua decoração.

A cerâmica marajoara (Brasil) é


considerada uma das mais
antigas artes cerâmicas do
continente Americano. A sua
decoração era usualmente feita
através de símbolos geométricos
e padrões simétricos.

No tapete Pazyryk (Sibéria)


datado do século V a.C. pode-se
observar padrões geométricos e
simetrias na sua ornamentação.

2.2. Semelhanças

ISOMETRIAS são transformações geométricas que conservam as distâncias,


tornam uma figura invariante, produzindo diferentes tipos de SIMETRIA
(preservação da forma e configuração através de um ponto, linha ou plano).

Exemplos:

 Reflexões (simetrias axiais)

 Translações

 Reflexão deslizante (combinação de uma reflexão com uma translação)

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 Rotações [Meia volta (simetria central ou rotação de 180º)]

AMPLIAÇÕES ou REDUÇÕES são transformações geométricas que não


conservam as distâncias, com exceção para alguns subgrupos (isometrias).

Exemplos de semelhanças:

 Reduções

 Ampliações

 Isometrias

2.6. Propriedades das isometrias

ISOMETRIAS NO PLANO

REFLEXÃO (SIMETRIAS AXIAIS)

Reflexão de um ponto

Exemplos de reflexões (simetrias


axiais).
Cada uma das figuras tem um eixo de
simetria

TRANSLAÇÕES

Translação de um ponto segundo uma


direção e grandeza.

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Exemplo de translação aplicada a
duas figuras:

 Existe uma translação entre a


figura original e a sua cópia.

 Em termos informais efetuar uma


translação não é mais que copiar e
mover um objeto.

ROTAÇÕES

Rotação: rodar uma figura em torno


de um ponto chamado centro de
rotação.
Rotação simples de um ponto (pode
observar-se na figura ao lado)

Exemplo de rotação:

 O “P” foi rodado em torno do


ponto vermelho 60º de cada vez

 A outra figura foi rodada 90º em


torno do respetivo centro de
rotação.

SIMETRIAS

Consideremos as figuras que se seguem.

Quais são simétricas?

A figura 1 é simétrica. Existe pelo menos um eixo de simetria (neste caso

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existem mesmo 8 eixos de simetria). Ter um eixo de simetria, por exemplo o
eixo horizontal de simetria da figura (ver figura 4), quer dizer exatamente que
existe uma simetria do plano da figura – a simetria definida pelo eixo horizontal
e – que deixa a figura invariante.
Existe então uma transformação geométrica, neste caso uma simetria axial,
que deixa a figura invariante.

No caso da figura 2, também existe uma transformação geométrica que deixa a


figura invariante – a simetria central (simetria em relação a um ponto, neste
caso o centro da figura). Esta simetria também pode ser interpretada como uma
rotação de 180º, a chamada meia-volta.

Em relação à figura 3 também existem transformações geométricas que a


deixam invariante. Se considerarmos o centro da figura como centro de rotação,
vemos que uma rotação de 72º (360º/5) deixa a figura invariante. O mesmo
acontece com outras rotações, como por exemplo de 144º ou 288º.

Concluímos assim que:

As figuras 1, 2 e 3, são simétricas.


Cada uma das figuras 1, 2 e 3 tem (pelo menos) uma simetria diferente da
identidade.

 Na figura 1 pelo menos uma simetria axial;

 Na figura 2 uma simetria de meia-volta;

 Na figura 3 pelo menos uma simetria de rotação.

SIMETRIAS EM POLÍGONOS REGULARES


Os polígonos regulares são figuras com um elevado grau de simetria.
 4 simetrias de
reflexão:
correspondentes às
retas passando por
pares de vértices
opostos e pelos pontos
Quantas simetrias tem o
médios de pares de
quadrado?
lados opostos;

 4 simetrias de
rotação: de amplitude
90º, 180º, 270º e 360º.

Quantas simetrias tem o  5 simetrias de


pentágono? reflexão: relativas às
rectas que passam pelos
vértices e pelos pontos
médios dos lados
opostos;

 5 simetrias de
rotação: amplitudes 72º,
144º, 216º,

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288º e 360º.

2.6.1. Conceção de pavimentações, frisos e painéis

Em cada um dos casos existe um motivo que se repete. O padrão é formado por
cópias de um motivo. A disposição desse motivo caracteriza o padrão.
Na figura 1 o padrão é formado
pelo motivo:
Na figura 2 o padrão é formado
pelo motivo:

Um padrão é periódico se existe um


motivo do padrão e duas translações de
simetria não paralelas que geram o
desenho (figura 3). Representa um
padrão periódico.

A figura 4 representa um padrão não


periódico, ou seja, um friso.

Se num padrão existem apenas translações de simetria segundo uma única


direção, e existe uma translação cujo vector tem comprimento mínimo e que
deixa o desenho invariante, o padrão diz-se um friso (figura 4).

A figura 5 não é considerada um friso já


que não existe uma translação com vetor
de módulo mínimo.

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PAVIMENTAÇÕES

Enquanto nos padrões podemos considerar que temos um motivo e as suas


cópias, sobre um fundo uniforme, nas pavimentações a intenção é cobrir o
plano completamente, sem espaços intermédios nem sobreposições.

PAVIMENTAÇÕES REGULARES

Pavimentações formadas por apenas um tipo de polígonos regulares.


As únicas possíveis são aquelas em que o ladrilho é um retângulo, um quadrado
ou um hexágono regular.

PAVIMENTAÇÕES SEMIREGULARES

Pavimentações formadas por dois ou mais tipos de polígonos regulares com o


mesmo arranjo em cada vértice.

3.6.3.6. 3.3.6.6.
Estas pavimentações são ambas obtidas com hexágonos e triângulos, mas a
configuração em cada vértice é diferente. Por isso têm códigos diferentes.
Para identificar uma pavimentação (código), basta contar o número de lados de
cada polígono que forma cada vértice. Contornamos o vértice, começando pelo
polígono com menor número de lados.

As diferentes pavimentações são devidas a:

- Diferentes polígonos

- Mesmos polígonos com diferentes disposições em torno dos vértices

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Tema 3: Trigonometria
As origens da trigonometria remontam ao século II a.C. e ao que parece o
seu criador foi o astrónomo Hiparco. Já no século II, Ptolomeu recolheu os
parcos conhecimentos de trigonometria existentes até essa data, e organizou-
os, na sua obra "Almagesto".

A palavra trigonometria significa medida dos três ângulos de um


triângulo e determina um ramo da matemática que estuda a relação
entre as medidas dos lados e as amplitudes dos ângulos de um
triângulo retângulo.

A trigonometria possui uma infinidade de aplicações práticas. Para


calcular distâncias inacessíveis/impossíveis utiliza-se a trigonometria desde a
antiguidade.

Algumas aplicações da trigonometria são:

 Cálculo da altura de um prédio.

 Os gregos determinaram a medida do raio de terra, por um processo muito


simples, utilizando a trigonometria. Seria impossível medir a distância da Terra à
Lua, porém com a trigonometria é simples.

 Um engenheiro precisa saber a largura de um rio para construir uma ponte,


o trabalho dele é mais fácil quando ele usa a trigonometria.

 Um Topógrafo pode necessitar de saber a altura de uma montanha, o


comprimento de um rio, etc. Sem a trigonometria ele demoraria anos para
desenhar um mapa.

3.1. Trigonometria do triângulo retângulo

O que é um triângulo retângulo?

É um triângulo que possui um ângulo reto, isto é, possui um ângulo cuja


amplitude é de 90 graus.
Sabemos que a soma das amplitudes dos ângulos internos de um triângulo é
igual a 180°, então a soma das amplitudes dos outros dois ângulos é igual a 90°.

Num triângulo retângulo temos,

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 A hipotenusa é o lado oposto ao ângulo reto e é o maior lado do triângulo.

 Os catetos são os lados que formam o ângulo reto.

 Os ângulos a ee são complementares, pois a sua soma é igual a 90º

 Os ângulos a e e são ângulos agudos, ou seja, cuja amplitude é menor que


90º
(0 < â < 90º ; 0 < ê < 90º).

3.1.1. Teorema de Pitágoras

Teorema cuja demonstração costuma ser atribuída ao matemático e filósofo


grego Pitágoras e que diz o seguinte: "Se um triângulo é retângulo, então o
quadrado da medida do seu lado maior (hipotenusa) é igual à soma dos
quadrados das medidas dos seus lados menores (catetos)."

2 2 2
h =a +b

Observação: O Teorema de Pitágoras é generalizável a espaços com mais de


duas dimensões.

3.1.2. Razões trigonométricas de ângulos agudos

Os catetos têm nomes especiais de acordo com a sua posição em relação ao


ângulo agudo em questão, por exemplo:

Relativamente ao ângulo a :

[AB] é o cateto adjacente;


[BC] é o cateto oposto;

Relativamente ao ângulo e :

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[AB] é o cateto oposto;
[BC] é o cateto adjacente;

Em triângulos retângulos semelhantes (têm os ângulos geometricamente iguais


e os lados proporcionais), e relativamente a cada um dos ângulos agudos, a
razão entre o cateto oposto e a hipotenusa, a razão entre o cateto adjacente e a
hipotenusa e a razão entre o cateto oposto e o cateto adjacente é sempre igual.

Por exemplo,

Relativamente ao ângulo agudo de 35º, podemos verificar que:

O mesmo aconteceria para qualquer triângulo retângulo que tivesse, neste caso
particular, um ângulo agudo com 35º de amplitude, ou seja, de uma maneira
geral em triângulos retângulos semelhantes existe uma razão entre quaisquer
dois lados de cada triângulo e esta não depende das dimensões dos triângulos,
mas sim das amplitudes dos seus ângulos.

Vamos atribuir "nomes" às razões anteriores.

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Chamamos a estas razões de razões trigonométricas. Assim temos,

Seno de x - sen(x) - razão entre a medida do cateto oposto sobre a medida da


hipotenusa.

Cosseno de x - cos(x) - razão entre a medida do cateto adjacente sobre a


medida da hipotenusa.

Tangente de x - tan(x) - razão entre a medida do cateto oposto sobre a


medida do cateto adjacente.

3.1.3. Fórmula fundamental da trigonometria

Relações entre as razões trigonométricas

- Fórmula fundamental da Trigonometria

3.2. Funções trigonométricas

3.2.1. Conceito de ângulo – radiano

Ângulo é a região de um plano concebida pelo encontro de duas semirretas que


possuem uma origem em comum, chamada vértice do ângulo. A abertura do
ângulo é uma propriedade invariante e é medida em radianos ou graus. Ângulo
é um dos conceitos fundamentais da matemática, ocupando lugar de destaque
na Geometria euclidiana, ao lado de ponto, reta, plano,
triângulo, quadrilátero, polígono e perímetro.

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No que diz respeito às suas medidas, os ângulos podem ser classificados como:

 Nulo

Um ângulo nulo mede 0°;

 Agudo

Ângulo cuja medida é maior do que 0° e menor do que 90°;

 Reto

Um ângulo reto é um ângulo cuja medida é exatamente 90°; assim os seus lados
estão localizados em retas perpendiculares;

 Obtuso

É um ângulo cuja medida está entre 90° e 180°;

 Raso

Ângulo que mede exatamente 180°, os seus lados são semirretas opostas;

 Giro ou completo

Ângulo que mede 360°.

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Podemos ainda classificar os ângulos de acordo com a
complementaridade:

 Ângulos complementares: dois ângulos são complementares se a soma de


suas medidas é igual a 90°.

 Ângulos suplementares: dois ângulos são Suplementares quando a soma


de suas medidas é igual a 180°.

Unidades de medidas para ângulos

A medida em radianos de um ângulo é o comprimento do arco “cortado” pelo


ângulo, dividido pelo raio do círculo.

O SI utiliza o radiano como a unidade derivada para ângulos. Devido ao seu


relacionamento com o comprimento do arco, o radiano é uma unidade especial.

Senos e cossenos cujos argumentos estão em radianos possuem propriedades


analíticas particulares, tal como criar funções exponenciais em base e.

A medida em graus de um ângulo é o comprimento de um arco, dividido pela


circunferência de um círculo e multiplicada por 360 o.

O símbolo de graus é um pequeno círculo sobrescrito °. 2π radianos é igual a


360°, pelo que, π é igual a 180°.

3.2.2. Amplitude de ângulos com os mesmos lados - graus e radianos

O radiano (símbolo: rad ou, mais raramente, c) é a razão entre


o comprimento de um arco e o seu raio. É a unidade padrão de medida
angular utilizada em muitas áreas da matemática. É uma das unidades do
Sistema Internacional.

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3.2.3. Conceito de arco – radiano

Radiano (1 rad) é o ângulo definido num círculo por um arco de circunferência


com o mesmo comprimento que o raio do referido círculo.

3.2.4. Função seno, cosseno e tangente

Círculo trigonométrico

Círculo Trigonométrico é um círculo de centro na origem do referencial e raio


igual à unidade, ao qual se encontra associado um referencial ortonormado xOy.

Consideremos sobre o círculo trigonométrico de centro O, os pontos A e B


escolhidos como a figura indica.

Se aos pontos A e B fizermos corresponder as semirretas OA e OB, o par (OA,OB)


define um ângulo.

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O ponto O é o vértice do ângulo e as semirretas OA e OB são, respetivamente, o
lado origem e o lado extremidade.

Há dois sentidos de percurso num círculo:

Ângulo positivo é o ângulo gerado no sentido contrário ao dos ponteiros do


relógio.

Ângulo negativo é o ângulo gerado no sentido dos ponteiros do relógio.

A um ângulo pode associar-se uma amplitude em sentidos chamando-se


então ângulo orientado.

LINHAS TRIGONOMÉTRICAS

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P é o ponto de intersecção do lado extremidade do ângulo com o arco que limita
o círculo trigonométrico.

O seno de α é a ordenada do ponto P.

O co-seno de α é a abcissa do ponto P.

C é o ponto de intersecção do lado extremidade do ângulo com o eixo


das tangentes.
A tangente de α é a ordenada do ponto C.

D é o ponto de intersecção do lado extremidade do ângulo com o eixo


das cotangentes.
A cotangente de α é a abcissa do ponto C.

3.2.5. Razões trigonométricas

Enquadramento de seno e do cosseno

O sinal de uma razão trigonométrica depende exclusivamente do sinal das


coordenadas do ponto associado ao círculo trigonométrico.

Para todo o α,

Página | 49
Para todo o α,

Tangente

Dado um triângulo retângulo, a tangente de um dos seus 2 ângulos agudos é a


proporção entre o comprimento do cateto oposto a este ângulo e o comprimento
do cateto adjacente a ele, calculada, como toda proporção, pela divisão de um
valor pelo outro, a referência da proporção.

No círculo trigonométrico, o valor da tangente de um ângulo qualquer pode ser


visualizado na reta vertical que tangencia este círculo no ponto em que ele corta
o eixo dos xx´s na parte positiva.

Nesta reta tangente ao círculo trigonométrico, o valor da tangente de qualquer


ângulo é representado pelo segmento que vai do ponto em que ela corta o eixo
horizontal até o ponto em que ela corta a reta que contém o raio do círculo
trigonométrico para o ângulo considerado.

Para avaliar este valor, deve-se compará-lo com o raio do círculo trigonométrico
que, por definição, é igual a 1, de preferência quando este raio se encontra
sobre a parte superior do eixo ortogonal vertical. Observe que, enquanto o seno
e o cosseno são sempre menores do que o raio do círculo trigonométrico e,
portanto, menores do que 1, a tangente trigonométrica pode ser tanto menor
quanto maior do que 1.

A co-tangente é definida como o inverso da tangente, ou como a razão entre


o cosseno e o seno:

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3.2.6. Amplitude de ângulos com o mesmo seno, cosseno ou tangente

Redução ao 1º quadrante
Observando atentamente no círculo trigonométrico cada uma das situações em
causa, é possível concluirmos algumas relações importantes entre as relações
trigonométricas de certos ângulos.

Ângulos do 1º Quadrante

π
➠ Ângulos Complementares: α e −α
2

Os pontos P e Q do círculo trigonométrico, respetivamente associados a α e


π
−α , são simétricos em relação à recta de equação y = x.
2

Daí resulta que a abcissa de um é a ordenada do outro e reciprocamente, isto é,


π
➠ sen( −α )=cos α
2

π
➠ cos ( −α )=sen α
2

π
➠ tg( −α )=cotgα
2

π
➠ cotg( −α )=tg α
2

Página | 51
Ângulos do 2º Quadrante

π
➠ Relação entreα e +α
2

A abcissa de Q é simétrica da ordenada de P, e a ordenada de Q é igual à


abcissa de P, isto é,
π
➠ sen( + α )=cos α
2

π
➠ cos ( +α )=−sen α
2

π
➠ tg ( +α )=−cotg α
2

π
➠ cotg( + α )=−tg α
2

Ângulos Suplementares: α e π−α

Os pontos P e Q do círculo trigonométrico, respetivamente associados a α e


π−α , são simétricos em relação ao eixo das ordenadas. Daí resulta que as
ordenadas de P e Q são iguais e as suas abcissas são simétricas, isto é,

➠ sen(π−α )=sen α

Página | 52
➠ cos (π−α )=−cos α

➠ tg(π−α )=−tg α

➠ cotg( π −α )=−cotg α

Ângulos do 3º Quadrante
➠ Relação entre α e π +α

Os pontos P e Q do círculo trigonométrico, respetivamente associados a α e a


π +α , são simétricos em relação a O.
Daí resulta que as suas ordenadas e as suas abcissas são simétricas, isto é,
➠ sen(π +α )=−sen α

➠ cos (π +α )=−cos α

➠ tg( π +α)=tg α

➠ cotg(π + α )=cotg α


➠ Relação entre α e −α
2

Página | 53

➠ sen( −α )=−cos α
2


➠ cos ( −α )=−sen α
2


➠ tg( −α )=cotg α
2


➠ cotg( −α )=tg α
2

Ângulos do 4º Quadrante


➠ Relação entre α e +α
2


➠ sen( +α )=−cos α
2


➠ cos ( +α )=sen α
2


➠ tg ( +α )=−cotg α
2

Página | 54

➠ cotg( + α )=−tg α
2

➠ Ângulos Simétricos: α e - α

Os pontos P e Q do círculo trigonométrico, respetivamente associados α e -


α, são simétricos em relação ao eixo das abcissas.

Daí resulta que as abcissas de P e Q são iguais e as suas ordenadas são


simétricas, isto é,

➠ sen (−α )=−sen ( α )

➠ cos (−α )=cos (α )

➠ tg(−α )=−tg α

➠ cotg(−α )=−cotgα

OBS.: As relações que acabamos de estudar são válidas qualquer que


seja a amplitude a do ângulo (em graus ou radianos).

Valores de algumas razões trigonométricas:


0° 30°

sen 0

cos 1

tg 0

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cotg +∞

Fórmulas Trigonométricas

Fórmula Fundamental

Fórmulas Secundárias

Fórmulas de Adição

Fórmulas de Duplicação

Fórmulas de Bissecção

Página | 56
Fórmulas de Transformação

OBS.: As fórmulas anteriores não são válidas se os denominadores


tomarem valores nulos.

3.2.8. Funções trigonométricas como funções reais de variável real

As funções trigonométricas ou funções circulares apresentam uma característica


particular: a periodicidade
Estas funções ajudam a compreender fenómenos periódicos que nos rodeiam,
tais como:

- movimento dos ponteiros do relógio;

- movimento de um pêndulo;

- movimento de uma roda;

- fases da lua;

- translação da terra em torno do seu eixo;

- pulsações cardíacas, etc

Função Periódica

Uma função f : IR → IR é dita periódica de período T (ou apenas T-periódica) se


existe um número real T tal que f ( x +T )=f (x) todo x real.

3.2.9. Seno, cosseno e tangente

Função seno

A função seno é a função real de variável real que a cada x faz corresponder

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sen (x). Esta função tem as seguintes propriedades:

 Domínio: IR
 Função periódica com período 2TT
 Zeros e Sinal:
 tem zeros em x = kTT para cada k ∈ z
 positiva em ]2kTT, TT +2kTT [ com k ∈ z
 negativa em ]TT +2kTT, 2TT + 2kTT [ com k ∈ z
 Extremos e Monotonia:

 Mínimo absoluto com valor -1


em
 máximo absoluto com valor 1
em
 crescente em
 decrescente em

 Contradomínio: [-1, 1]

 A função é ímpar

 A função é contínua no seu domínio

 A função não é injetiva e não é sobrejetiva

 Gráfico:
 Concavidade voltada para cima em ] +2k , 2 +2k [ com
 Concavidade voltada para baixo em ]2k , +2k [ com
 Pontos de inflexão: k para cada

Na abaixo encontra-se representado o gráfico da função seno

Gráfico da função seno

Função cosseno

A função cosseno é a função real de variável real que a cada x faz


corresponder cos(x).

Página | 58
Esta função tem as seguintes propriedades:

 Domínio: IR

 Função periódica de período 2

 Zeros e Sinal:
π
 tem zeros em x= + kπ com para cada
2

π π
 positiva em ¿− +2 kπ , + 2 kπ ¿ com
2 2

π 3π
 negativa em ¿ +2 kπ , +2 kπ ¿ com
2 2

 Extremos e Monotonia:
 Mínimo absoluto com valor -1 em x { +2k : }

 Máximo absoluto com valor 1 em x {2k : }

 Crescente em [ +2k , 2 +2k ] com

 Decrescente em [2k , +2k ] com

 Contradomínio: [-1, 1]

 A função é par

 A função é contínua no seu domínio

 A função não é injetiva e não é sobrejetiva

 Gráfico:

π 3π
 concavidade voltada para cima em ¿ +2 kπ , +2 kπ ¿ com
2 2
π π
 concavidade voltada para baixo em¿− +2 kπ , + 2 kπ ¿ com
2 2

π
 pontos de inflexão: +kπ para cada
2

Na figura abaixo, encontra-se representado o gráfico da função cosseno

Página | 59
Gráfico da função cosseno

Função tangente

A função tangente é a função real de variável real que a cada


π
x ∈ IR ¿ { + kπ :k ∈ Z ¿ } faz corresponder tg(x).
2

Esta função tem as seguintes propriedades:

π
 Domínio: IR ¿ { +kπ :k ∈ z ¿ }
2

 Função periódica de período π

 Zeros e Sinal:

 em zeros em x = k π para cada k ∈ z

 positiva nos intervalos com k ∈ z

 negativa nos intervalos com k ∈ z

 Extremos e Monotonia:

 não tem nem mínimos nem máximos

 crescente nos intervalos com k ∈ z

 Contradomínio: IR

 A função é ímpar

 A função é contínua no seu domínio

 A função não é injetiva mas é sobrejetiva

 Gráfico:
 Concavidade voltada para cima em com k ∈ z

 Concavidade voltada para baixo em com k ∈ z

 Pontos de inflexão: k para cada k ∈ z

Página | 60
 Assíntotas verticais: retas de equação com k ∈ z

Na figura abaixo encontra-se representado o gráfico da função tangente e


respetivas assíntotas.

Gráfico da função tangente

Exercícios
1. Um papagaio de papel está suspenso por um fio com 120 m de
comprimento. O ângulo de elevação do ponto mais alto do papagaio é de
52º. Determine a distância (y) do papagaio ao solo.

2. Um avião está a 700m de altura e inicia a aterragem em direção a um


aeroporto. O ângulo de descida é 6º.
Qual a distância que o avião vai percorrer até tocar no solo?

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3. A 100 metros da base de um prédio o ângulo de elevação do telhado é
de 25º. Qual é a altura do prédio?

4. Calcule a que altura está o papagaio.

5. Do cimo de um rochedo, o ângulo de depressão de um barco é 6º. O


barco está a 1500 metros do rochedo. Qual é a altura do rochedo?

6. Viagem de barco
Observe a figura. Determine a distância de A a B.

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7. Um poste de 6 metros
de altura projeta, a
determinada hora do dia,
uma sombra de 10 m.
Qual é o ângulo de
elevação do sol?

8. Verifique qual das


duas casas fica mais
próxima da Rua Direita.

9. Seja [ ABC ] um Triângulo isósceles em que BA = BC . Seja α a amplitude


do ângulo ABC .

2
BC
a) Mostre que a área do triângulo [ABC] é dada por × senα , (α ∈ ¿ 0 , π ¿
2
).

b) Considere agora um polígono regular de n lados, inscrito numa


circunferência de raio 1. Utilize o resultado anterior para mostrar que a

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área do polígono é dada por

c) Interprete geometricamente o que acontece a A n quando n aumenta


indefinidamente.
(Prova Modelo 2000-adaptação)
10. Na figura estão representados, em
referencial o.n. xOy:
➠ Um quarto de círculo, de centro na
origem e raio 1;
➠ Uma semirreta paralela ao eixo Oy,
com origem no ponto (1,0);
➠ Um ponto A pertencente a esta
semirreta;
➠ Um ângulo de amplitude α, cujo lado
origem é o semieixo positivo Ox e cujo
lado extremidade é a semirreta AO.

Escreva em função de α, a área de região sombreada.


(Exame 1ª chamada 2001-adaptação)
11. Na figura abaixo, está representado um quadrado [ ABCD ], de lado
1.

O ponto E desloca-se sobre o lado [AB], e o ponto F desloca- se sobre o


lado [AD]. de tal forma que se tem sempre AE ¿ AF . Para cada posição do
π π
ponto E, seja, x a amplitude do ângulo BEC ( x ∈ ¿ , ¿)
4 2

Mostre que o perímetro do quadrilátero [CEAF] é dado em função de x


por

(Exame 1ª chamada 2002-adaptação)

12. Na figura está representado a sombreado um polígono [ABEG]

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Tem-se que:
➠ [ ABFG ]é um quadrado de lado 2;
➠ FD é um arco de circunferência de centro em B;
➠ O ponto E move-se ao longo desse arco;
➠ Em consequência, o ponto C desloca-se sobre o segmento [BD ], de
tal forma que se tem sempre [ EC ]⊥[BD ];
π
➠ x designa a amplitude, em radianos, do ângulo CBE, x ∈ [0, ]
2
Mostre que a área do polígono [ ABEG ] é dada em função de x por

A ( x )=2 ( 1+senx+ cosx )

Sugestão: pode ser-lhe útil considerar o trapézio [ ACEG] .


(Exame 1ª chamada 2003-adaptação)

13. O gráfico representa, com uma boa aproximação, a variação da


altura h das marés, num determinado lugar, em função das horas, t, de
um determinado dia.

Neste dia a altura máxima da maré foi 3,3 m e a altura mínima 1,1 m.
Para esta função encontrou-se a expressão analítica
h ( t )=2 , 2+ 1, 1 sen (0 , 5 t+3)
sendo 0 ≤ t<24 em horas e h em metros.
Neste dia, a que horas foi a maré alta? (Indique esses instantes em horas
e minutos).

5 −π
6. Sendo cos α= e < α <0 , determine o valor exato de
13 2

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π
cos ( +α )−sen (3 π +α )+tg( π−α ).
2

7. Sem recorrer à calculadora, determine o valor exato de:

8. Exprima em função das razões trigonométricas de α a seguinte


expressão:

9. Na figura está representado, em


referencial o.n. xOy, o círculo
trigonométrico.
Os pontos P e Q pertencem à
circunferência, sendo a recta PQ
paralela ao eixo Ox. O ponto R
pertence ao eixo Ox.
O ângulo ROP tem 53° de amplitude.
Qual é a área do triângulo [OPQ] (valor
aproximado às décimas)?

10. De um ângulo α, sabe-se que


tg(4 π + α)>0 que cos (−α)< 0 .
A que quadrante pertence α ?

11. Na figura está representada uma circunferência de centro O.


Sabe-se que:
 [AB] é um diâmetro da circunferência,
sendo AB=10 cm;
 O ponto C pertence à circunferência;
 α é a amplitude do ângulo COB, sendo
α= 70°;
 [OD] é perpendicular a [AC].

a) Justifique que BAC = 35°.


b) Determine o comprimento da corda
[BC], com aproximação ao milímetro.
c) Mostre que, em cm2, a área do triângulo [AOC] pode ser expressa por:
2 o o
A[ AOC ] =25 cos (35 )tg(35 )

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Tema 4: Geometria e Álgebra
4.1. Método cartesiano para geometria no plano e no espaço

Referenciais cartesianos ortogonais e monométricos do plano

O matemático e filósofo francês René Descartes (1596-1650) estabeleceu a ligação


entre a Álgebra e a Geometria criando-se um novo ramo da Matemática que,
tradicionalmente, se designa por Geometria Analítica.
Na base desta união está um referencial de coordenadas que, em homenagem ao
importante matemático, se passou a designar por referencial Cartesiano

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Referencial Cartesiano

É formado por dois eixos perpendiculares, que se intersectam num ponto - a origem
das coordenadas.

Ordenada do ponto – lê-se no


eixo dos yy.

Abcissa do ponto – lê-se no


eixo dos xx.

➠ O eixo horizontal é o eixo dos xx´s ou das abcissas, o eixo vertical é o eixo
dos yy´s ou das ordenadas.

➠ Os eixos dividem o plano em quatro quadrantes:

Referenciais monométricos e dimétricos

➠ Um referencial é monométrico se a unidade de graduação é igual em


ambos os eixos.

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➠ Um referencial é dimétrico se a unidade de graduação é diferente.

Ao definirmos um referencial, obtemos um processo de identificar cada ponto do


plano, através de um par ordenado de números – Coordenadas do ponto

Consideremos, um ponto P qualquer do plano, de coordenadas (a,b).

(a,b)

Pode dizer-se IR2 em vez de plano


cartesiano:

➠ De facto, a cada par ordenado de números reais corresponde um ponto


do plano e a cada ponto do plano corresponde um par ordenado de
números reais.

➠ Estabelece-se desta forma uma correspondência biunívoca entre o conjunto


de pares de números reais – designado por IR2, e o conjunto de pontos do plano.

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Atividade – Como localizar no plano?

Na figura está representada a planta da


sala-de-jantar dos avós do João. Como
poderá ele, pelo telefone, descrevê-la à Ana,
de modo que ela seja capaz de a desenhar,
exatamente, como na figura?

Uma das possibilidades a considerar


para resolver o problema colocado nesta
Atividade é usar o seguinte processo:

➠ Em papel quadriculado escolha um ponto, vértice de uma das quadrículas,


chame-lhe origem e designe-o por O .
➠ Trace duas retas perpendiculares concorrentes em O .
➠ Use o lado da quadrícula para unidade da graduação dos eixos traçados.
➠ Marque os pontos de coordenadas A(0 ,6); B(8 , 6); C (8 , 3); D (6 , 3) e E(5 ,0).
Una O com A e, sucessivamente, A com B, B com C , C com D , D com E e E com O .
Eis a figura desejada.

Esta linguagem de coordenadas, já conhecida, é muito precisa e eficaz. Seja qual


for o emissor e o recetor, ambos dispõem de um processo de interpretação de
mensagem sem ambiguidades.

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Correspondência entre o plano e IR2 e entre o espaço e IR3.

Sabemos que:

➠ Num eixo, a posição de um ponto fica definida apenas com um número.

Estamos a trabalhar a uma dimensão!

➠ A posição de um ponto no plano fica definida por um par ordenado de


números.

Trabalhámos a duas dimensões!

O que acontecerá a três dimensões, isto é, no espaço, no qual nos


movimentamos?

Atividade:

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Para indicar a posição correcta da lâmpada na sala de aula, o que será
preciso fazer?

Observando de forma atenta e cuidada, facilmente se conclui que para indicar a


posição de um ponto no Espaço é necessário um terno ordenado de
números.

Temos de definir um novo eixo. Os formandos poderão ser induzidos a olhar para
um dos cantos da sala, sendo-lhes pedido que considerem os planos que contêm as
paredes e o chão, bem como as suas intersecções.

➠ Este novo eixo, designamos por eixo dos zz´s.

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➠ Eixo ox – eixo das abcissas

➠ Eixo oy – eixo das ordenadas

➠ Eixo oz – eixo das cotas

 Os três eixos são perpendiculares dois a dois – Referencial Ortogonal


 A unidade considerada é a mesma nos três eixos – Referencial
monométrico
 Os três eixos definem três planos xoy; yoz e zox

 xoy tem equação z=0 (Plano


horizontal)
 xoz tem equação y=0 (Plano
vertical)
 yoz tem equação x=0 (Plano
vertical)

Os três planos considerados, anteriormente intersectam-se num ponto


O(0,0,0), e dividem o espaço em oito regiões, denominadas por octantes.

Chamamos Primeiro Octante, ao octante em que os seus pontos têm as


três coordenadas positivas.

O conjunto IR3

À semelhança do que acontecia no plano, no Espaço teremos:

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IR3 = IR x IR x IR
IR3 = {(x ,y ,z): x ∈ IR, y ∈ IR, z ∈ IR}

Existe uma correspondência biunívoca entre o conjunto de pontos do espaço e o


conjunto dos ternos ordenados de números reais (IR3).
O conjunto dos ternos ordenados de números reais designa-se por IR3.

Conjuntos de pontos e condições

O que é uma condição?

Condição é uma expressão com uma ou mais variáveis que se transforma numa
proposição quando as variáveis são substituídas por constantes.

Exemplo:

 y=− x

 y≤− x

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Consideremos a recta horizontal que contém o ponto do eixo dos yy´s de ordenada
2.

Pode pedir-se aos formandos, que indiquem pontos da recta considerada.

São pontos da recta:

(-3,2); (-2,2); (-1,2); (0,2); (1,2); (2,2); …

A característica comum a todos os pontos da recta, é o facto de terem


ordenada 2.

Como poderemos representar algebricamente a recta em questão?

Algebricamente, a recta representa-se através da equação, y=2

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No referencial considerado podemos traçar um número indefinido outras retas
horizontais.

Qual será a equação através da qual poderemos representar o eixo


dos xx?

É a equação y=0 .

De forma análoga, se estudam as retas verticais.

Qual será a equação através da qual poderemos representar o eixo


dos yy?

É a equação x=0 .

Bissetrizes dos quadrantes


Consideremos, a figura que se segue:

➠ A recta vermelha representa a recta bissetriz dos quadrantes ímpares.

➠ A recta cinzenta representa a recta bissetriz dos quadrantes pares.

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O que podemos concluir, acerca dos pontos da recta bissetriz dos
quadrantes ímpares?

Os pontos da recta bissetriz dos quadrantes ímpares têm igual abcissa e


ordenada.

Qual será a equação através da qual poderemos representar a recta


bissetriz dos quadrantes ímpares?

É a equação y= x .

O que podemos concluir, acerca dos pontos da recta bissectriz dos


quadrantes pares?

Os pontos da recta bissetriz dos quadrantes pares têm coordenadas


simétricas.

Qual será a equação através da qual poderemos representar a recta


bissectriz dos quadrantes pares?

É a equação y=− x .

Semiplano fechado e Semiplano aberto

Qualquer recta divide o plano em dois semiplanos.

➠ Se se considerar que a recta que define o semiplano lhe pertence, este diz-se
fechado e a recta representa-se a cheio no desenho.

➠ Se se considerar que a recta que define o semiplano não lhe pertence, este

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diz-se aberto e a recta representa-se a tracejado.

Mais exemplos:

Disjunção e conjunção de condições

Vimos já anteriormente que:

Condição é uma expressão com uma ou mais variáveis que se transforma numa
proposição quando as variáveis são substituídas por constantes.

Exemplo:

y=− x

Consideremos, em IR2 as duas condições seguintes:

x≥3 e y≥2

Representemos, geometricamente, cada uma delas num referencial:

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A cada uma destas condições corresponde obviamente um conjunto infinito de
pontos.
Podemos desde logo estabelecer a seguinte, relação:

Condição Conjunto

x≥3 {( x , y ) ∈ IR 2 : x≥3 }
y≥2 {( x , y ) ∈ IR 2 : y≥2 }
➠ Se considerarmos a totalidade dos pontos de uma condição e da outra:

A condição que define este conjunto de pontos, é a disjunção das condições dadas:

No conjunto dos números reais à disjunção de condições corresponde a reunião ( ¿ )


de conjuntos:
{( x , y ) ∈ IR 2 : x≥3 } ¿ {( x , y ) ∈ IR 2 : y≥2 }
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➠ Se considerarmos os pontos que satisfazem as duas condições simultaneamente:

A condição que define este conjunto de pontos, é a conjunção das condições


dadas:

No conjunto dos números reais à conjunção de condições corresponde a


intersecção ¿ de conjuntos:
( )

{( x , y ) ∈ IR 2 : x≥3 } ¿ {( x , y ) ∈ IR 2 : y≥2 }

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Condições no Espaço

Consideremos a condição x=1.

➠ No Plano é uma recta vertical.

O que será no espaço a condição considerada?

➠ No Espaço é um plano vertical.

A intersecção de dois planos é uma recta. Pode dar-se como exemplo, o plano
que contém o chão da sala de aula, e o plano que contém uma das paredes.

Considerando um dos cantos da sala como a origem de um referencial, a recta


considerada poderia representar-se através da conjunção de condições seguintes:
z=0∧ y=0
Distância entre dois pontos

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Consideremos os pontos A(−2, 2) e B(3 , 2) . Como poderemos calcular a distância
entre ambos?

Observando a figura anterior, e contando os espaços, concluímos que

Podemos ainda calcular esta distância de outra forma:

 Como a ordenada dos pontos é igual. Bastar-nos-á considerar as abcissas dos


pontos

Podemos pois concluir que:

A distância entre dois pontos que têm a mesma ordenada é igual ao valor
absoluto da diferença das abcissas dos pontos.

De forma análoga, verificamos que:

A distância entre dois pontos que têm a mesma abcissa é igual ao valor
absoluto da diferença das ordenadas dos pontos.

Como se calculará a distância entre dois pontos com diferentes abcissas e


ordenadas?

Vamos calcular a distância entre estes dois pontos, e deduzir a fórmula da

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distância entre dois quaisquer pontos.

Num referencial represente-se P , Q e um triângulo retângulo de hipotenusa [PQ ].


Temos duas possibilidades. Consideremos, por exemplo, o triângulo [PAQ ], sendo
A(7 ,2).
Sabe-se determinar PA e QA .
Usando o teorema de Pitágoras determine-se PQ .

De um modo geral é possível determinar a distância entre dois pontos quaisquer


utilizando uma fórmula que resulta de aplicação do teorema de Pitágoras.

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Circunferência e círculo

Desenhamos os segmentos de recta [ AB] e [BC ].

Se traçarmos as mediatrizes de cada um dos segmentos, estas intersectam-se num


ponto equidistante de A, B e C que é o ponto (0,1).

Com centro em P poder-se-á desenhar-se uma circunferência que passe por


A, B e C, visto que, estes se encontram todos à mesma distância de P.

Estamos neste momento, em condições de introduzir o conceito de


Circunferência.

Circunferência - É o lugar geométrico dos pontos do plano, que são equidistantes


de um ponto fixo chamado centro.

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A circunferência tem centro em P(0,1) e de raio d. De forma a obter d, bastar-nos-á
calcular a distância, por exemplo entre os pontos P e C:

Aplicando a fórmula da distância entre de dois pontos, teremos:

d= √(7−0 )2+(1−1)2 =...=7


Pretendemos obter, a expressão Matemática que relacione as coordenadas x e y de
qualquer ponto da circunferência.

➠ Suponhamos Q (x,y) um ponto qualquer da circunferência. Sabemos que a sua

distância a P (0,1) é d=7, ou seja: √( x−0 )2+( y−1 )2=7 .


➠ Elevando ao quadrado os dois membros da igualdade (que nunca são negativos),
obtemos uma expressão equivalente:

( x−0 )2 +( y−1)2 =72


A expressão obtida, representa a circunferência de centro em P(0,1) e de raio 7.

Pretendemos obter, a expressão Matemática que relacione as


coordenadas x e y de qualquer ponto, de uma qualquer circunferência no
Plano.

Consideremos uma qualquer circunferência no plano. Suponhamos P(x,y) um ponto


qualquer da circunferência. Sabemos que a sua distância a C(a,b) é R, ou seja:

√( x−a)2+( y−b)2=R
Elevando ao quadrado os dois membros da igualdade (que nunca são negativos),
obtemos uma expressão equivalente:

( x−a )2 +( y−b )2 =R2


Obtemos desta forma a Equação da Circunferência no caso geral.

Neste momento, encontramo-nos em condições de estabelecer, uma comparação


entre a Distância entre dois Pontos do Plano e a Equação da
Circunferência:

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Noção de Circulo.

Se considerarmos toda a área que se encontra no interior, continuamos a


poder referir-nos a uma circunferência?

É óbvio que não, já que neste caso, não nos limitamos apenas aos pontos
equidistantes do centro. Neste momento, consideramos também os pontos
interiores à circunferência. Este conjunto de pontos é o círculo.

Circulo – É o lugar geométrico de pontos do Plano, formado pelos pontos da


circunferência e todos os pontos interiores à mesma.

De facto, o circulo considerado não é mais, que o conjunto dos pontos do


Plano, definidos pela condição seguinte:

x 2 +( y−1)2 ≤7 2
Face a tudo o que ficou exposto atrás, podemos desde já concluir que:

 À semelhança do que acontece com a recta, que divide o plano em dois


semiplanos, também a circunferência divide o plano, não em dois
semiplanos mas em duas regiões.

A distância de qualquer ponto do círculo (fechado, por conter a fronteira) ao seu


centro, é menor ou igual ao raio. Podemos observar o que foi mencionado atrás, na
figura seguinte. A qual será apresentada sob a forma de acetato. Os alunos serão
induzidos a concluir as restantes situações, expostas na mesma.

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Mediatriz e Elipse

O que é a mediatriz de um segmento de recta?

Mediatriz de um segmento de recta de extremos A e B é o lugar geométrico dos


pontos do plano que distam igualmente de A e B.

Aplicando a fórmula da distância, entre dois pontos podemos concluir que:

elevando ambos os membros ao quadrado

Com dois pedaços de plasticina, fixam-se dois pontos de tal forma que, a distância
entre eles fosse menor do que metade do comprimento do fio (de forma similar à
figura que se segue).

À figura anteriormente obtida damos o nome de Elipse. O processo utilizado


para desenhar a elipse anterior, é o mesmo utilizado pelos Jardineiros quando
pretendem formar canteiros elípticos.

➠ Aos pontos fixos,


F 1 e F 2 , chamamos focos da Elipse.

➠ Para qualquer ponto da Elipse, a somas das distâncias aos focos é a mesma.

Estamos em condições de definir Elipse. Estabelece-se que:

Elipse é o lugar geométrico de pontos do plano cuja soma das distâncias a dois
pontos fixos (focos) é constante e maior que a distância entre os focos.

Elementos de uma elipse,

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Os elementos de uma elipse são: centro, eixo maior, eixo menor, focos e os vértices

Que relação poderemos estabelecer entre a, b, c ?

Página | 88
Observemos o problema que se segue:

Será possível representá-la através de uma condição à semelhança do que foi feito
para a circunferência?

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Generalizando para uma qualquer elipse, centrada na origem, e com o eixo
maior sob o eixo dos xx´s teremos:

Página | 90
Demonstração:

Assim, e nas condições indicadas anteriormente, a equação da elipse é da forma:

Página | 91
Página | 92
Exercícios:

Resolução:

Resolução:

Página | 93
Página | 94
Resolução:

Generalizando, teremos:

Página | 95
Finalmente, será introduzido o conceito de Excentricidade de uma Elipse.

Página | 96
Vejamos:

Qual será a excentricidade de uma circunferência?

Superfície esférica, esfera e plano medidor

Sabemos que, dados dois quaisquer pontos do espaço P e Q de coordenadas


(x,y) e (s,t) respectivamente a distância entre eles é dada pela fórmula:

P̄ Q̄=√ ( s−x )2 +( t − y )2
Consideremos agora o cubo seguinte, apresentado sob a forma de acetato:

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Qual será o comprimento da diagonal espacial, d ?

Observando a figura, virá obviamente que:

Analisemos, agora a figura que se segue:

Página | 98
Substituindo a, b e c, podemos concluir que:

Plano Mediador

Tomando em linha de conta a definição de plano mediador enunciada


anteriormente, observando a figura que se segue.

Página | 99
e recordando o que se passava, com a recta mediatriz de um segmento de recta,
estabelecer-se-á que:

Plano Mediador de um segmento de recta de extremos P e Q é o lugar geométrico


dos pontos, do espaço, que distam igualmente de P e Q.

Superfície esférica e Esfera

e estabelecer-se-á que:

Página | 100
e

Observando de seguida a figura seguinte:

Neste momento, estamos também a considerar os pontos do interior da superfície


esférica. Quer isto dizer que, estamos a considerar não uma superfície esférica, mas
sim uma Esfera. Estabelecer-se-á que:

Estamos, neste momento, em condições de estabelecer um paralelismo entre


fórmulas na passagem do Plano para o Espaço:

Página | 101
4.2. Vetores livres no plano e no espaço

Há variáveis físicas tais como o comprimento ou a massa, que podem ser indicadas
apenas por um número. Mas há outras, como as forças e a velocidade, que não
ficam completamente definidas apenas por um número; é necessário conhecer,
igualmente, a respetiva direção e sentido.

Vetores livres

Para definirmos a velocidade de um barco ou do vento ou da força exercida quando


empurramos um objeto, não basta um número, precisamos também de uma direção
e de um sentido.

Tais grandezas para ficarem completamente definidas, exigem, pois, o


conhecimento de uma direção, de um sentido e de um número. Aquelas dizem-se
grandezas vetoriais e designamo-las por vetores.

De facto, ao considerarmos a recta r; como por cada ponto do espaço que


não pertença a r, se pode traçar uma recta que lhe seja paralela – há uma
infinidade de retas que são paralelas a r. Diz-se, neste sentido, que a recta r
mencionada e todas as que lhe são paralelas definem uma direção.

Assim sendo, direção é a propriedade comum a todas as retas


paralelas entre si. Saliente-se ainda que, como por um ponto qualquer podemos
traçar uma infinidade de retas concorrentes, há uma infinidade de direções.

Por outro lado, qualquer ponto de uma recta pode percorrê-la de dois modos
distintos – a cada um destes modos chama-se sentido; pelo que a cada direção
podemos associar dois sentidos que se dizem opostos ou contrários.

Consideremos o segmento de recta [AB]:

Este segmento de recta define:

Página | 102
 Uma direção - que é a da sua recta suporte;

 Um comprimento – o de [AB] – que representamos por AB .


Se definirmos qual dos extremos deste segmento de recta consideramos para
origem e qual tomamos para extremidade, iremos definir, também, o sentido de
[AB].

Se tomarmos A para origem e B para extremidade teremos definido [A,B] –


segmento orientado AB; se pelo contrário B for a origem e A a extremidade, define-
se [B,A] – o segmento orientado BA.

Note-se que: [B,A] e [A,B] são distintos, apenas, por terem sentidos contrários.

Deste modo, um segmento orientado fica definido por:

 Origem

 Direção

 Sentido

 Comprimento

Um segmento orientado em que a origem e extremidade coincidem diz-se


segmento orientado nulo e representa-se por um ponto. Por exemplo, [A,A].

Qual será a direção do segmento orientado nulo? – Este segmento tem a direção de
r, s, t,... pois uma qualquer dessas retas poderá ser considerada a sua recta
suporte. Portanto, dizemos que o referido segmento tem direção e sentido
indeterminados. O respetivo comprimento é igual a zero.

Por conseguinte, há no espaço E uma infinidade de segmentos orientados com a


direção, sentido e comprimento de [A,B] - [C,D], [E,F], [G,H], [I,J] e [U,T] - como
exemplifica a figura:

Página | 103
Todos os segmentos orientados definidos, por terem a mesma direcção, o mesmo
sentido e o mesmo comprimento – definem o mesmo vector livre.

Deste modo, em que condições estará definido um vector? – Quando se conhece:

 a sua direcção;
 o seu sentido;
 o seu comprimento.

O vetor livre do qual [A,B] ou [C,D] ou [E,F] ou [G,H] ... é representante poder-se-á

exprimir simbolicamente por



AB ( ou por

CD ou por

EF ... , ou ainda por uma
letra minúscula com uma seta por cima, por exemplo: u⃗ , ⃗v ...

À medida do comprimento de um vector ⃗u , numa determinada unidade, designa-se

por norma de u⃗ ⃗u
e representa-se por: ‖ ‖.

⃗ e ⃗v dizem-se iguais ou equipolentes se tiverem a


 Dois vetores u
mesma direção, o mesmo sentido e igual comprimento.

 Ao vetor que tem a mesma direção, o mesmo comprimento e sentido


contrário ao de u⃗ chamamos vetor simétrico de u⃗ e representamo-lo
⃗.
por -u

 Os segmentos orientados nulos definem o vetor nulo que se


representa por 0⃗ .

 O conjunto de todos os vetores do espaço E é representado por


V E.

 O conjunto dos vetores representáveis por segmentos orientados do


plano α , representa-se por
Vα .

 Como todos os vetores livres do plano α são também vetores livres


do espaço E, constata-se que:
V E⊂V α .

Soma de um ponto com um vector

Imaginemos que uma formiga partiu do vértice B de um cubo e efetuou um


deslocamento definido por ⃗v . Onde chegou a formiga?

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Verificámos que a formiga chegou ao vértice G, que é obtido como resultado de
uma operação designada adição do ponto B com o vector ⃗v , de outro modo, G=
B+ ⃗
v.

Generalizando,

u⃗ , que tem origem em P.


Isto é, Q é a extremidade do representante de
⃗ ⇔ u⃗ = Q – P, ou ainda: ⃗
Como Q = P + u PQ=Q−P . Pelo que, um vector pode ser
designado pela diferença entre a extremidade e a origem de um qualquer
dos seus representantes.

Adição de vetores

⃗ - que
Analisemos, agora, a terceira questão da atividade e consideremos o vetor u
representa a velocidade a que se desloca um praticante de "asa delta".
Subitamente levanta-se um vento forte cuja velocidade é representada pelo vector
⃗v . Qual será então, o vetor que representa a "velocidade real da asa delta" a partir
daquele momento?

Resposta: As duas velocidades, a da asa delta e a do vento, que determinam o


deslocamento a asa delta, estão representadas pelos vetores u⃗ e ⃗v ,
respetivamente.

Página | 105
Como obter o vetor que representa a velocidade resultante? – Vamos construir um
paralelogramo que tem por lados dois segmentos orientados representantes dos
⃗ e ⃗v , com origem no mesmo ponto. De seguida traça-se a diagonal que
vetores u
contém esse ponto.
 O vetor resultante tem a direção e o comprimento dessa diagonal. Ao referido
vetor resultante chama-se vetor soma dos vetores u⃗ e ⃗v e representa-se por⃗s = ⃗
u
+ ⃗
v . Este processo de determinação do vetor soma designa-se por regra do
paralelogramo.

 Poderemos, de outro modo, obter um representante do vetor soma ⃗


s=⃗
u +⃗
v:

Constroem-se dois segmentos orientados representantes dos vetores u⃗ e ⃗v para


que a origem coincida com a extremidade do primeiro.

O segmento orientado que tem por origem a origem do primeiro e por extremidade
a extremidade do segundo é um representante do vetor soma (concretamente
referimo-nos ao vetor ⃗
s=⃗
u +⃗
v ).

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OBS.: E se os vetores ⃗ u e⃗v , que representam, respetivamente, as velocidades da
asa delta e do vento, tivessem a mesma direção e o mesmo sentido?

 Nesta situação as duas velocidades iriam ter um efeito acumulado, logo o


deslocamento da "asa delta" far-se-ia mais rapidamente na direção e no sentido
comum aos vetores parcelas, ou seja, o vetor soma tem a direção e o sentido dos
vetores parcelas e a sua norma é igual à soma das normas.

 Terá interesse explorar uma situação análoga, que consiste em considerar a


velocidade do vento e da "asa delta" com a mesma direção mas sentidos opostos...

Subtração de dois vetores

⃗ e ⃗v , quaisquer do espaço E, subtrair dois vetores equivale, tal


Dados dois vetores u
como nos números, a adicionar o aditivo com o simétrico do subtrativo. Façamos
uma análise geométrica:

Exemplo:

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Propriedades da adição de vetores

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Norma de um vetor

À medida do comprimento de um vetor ⃗u , numa determinada unidade, designa-se


por norma de u⃗ e representa-se por:

⃗u
‖ ‖

⃗ e ⃗v dizem-se iguais ou equipolentes se tiverem a mesma direção,


 Dois vetores u
o mesmo sentido e igual comprimento.

 Ao vetor que tem a mesma direção, o mesmo comprimento e sentido contrário


ao de u⃗ chamamos vetor simétrico de u⃗ e representamo-lo por -u⃗ .

 Os segmentos orientados nulos definem o vetor nulo que se representa por 0⃗ .

 O conjunto de todos os vetores do espaço E é representado por


V E.

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 O conjunto dos vetores representáveis por segmentos orientados do plano α ,
representa-se por
Vα .

 Como todos os vetores livres do plano α são também vetores livres do espaço E,
constata-se que:
Vα ⊂V E.

Multiplicação de vetores por um escalar

Chama-se produto de k por ⃗


u ao vetor k ⃗u , se k ≠0 e u ≠⃗0 :

k ⃗u tem:
⃗;
- a direção de u

- o sentido
⃗ se k > 0;
de u
⃗ se k < 0.
de -u
- a norma de k ⃗
u

‖k⃗u‖=|k|‖⃗u‖ (a norma é sempre um número positivo ou nulo)


u =⃗0 :
 Se k =0 ¿ ⃗ k ⃗u =⃗0 .

Quando efetuamos o produto de um número real (diferente de zero) por um vetor


(não nulo), obtemos sempre um vetor com a mesma direção que o vetor dado,
embora possa ser diferente o sentido e o comprimento.

⃗e ⃗
Pelo que, dois vetores u v , não nulos, dizem-se colineares quando têm a
mesma direção.

Em consequência,

⃗ e⃗
Dados dois vetores u v , existe um número real k, tal que ⃗v =k×⃗
ue
⃗ e⃗
reciprocamente, se existe k nestas condições, então os vectores u v são
colineares.
OBS: Atendendo a que o vetor nulo tem direção indeterminada, convenciona-se
que é colinear com qualquer vetor.

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Propriedades da multiplicação de um vetor por um número real
OBS.: estas propriedades são válidas para os vetores no espaço.

No Plano:

Consideremos o referencial cartesiano ortogonal e monométrico do plano

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(O,x,y) e fixemos dois vetores unitários (ou seja de norma 1)
⃗e 1 e ⃗e 2 com a direção e
o sentido de Ox e Oy respetivamente.

Obtemos, deste modo, um referencial ortonormado (o.n.), (O,


⃗e 1 , ⃗e 2 ) do plano.
Consideremos nesse referencial o vetor, ⃗
u

u na soma de dois vetores, um com a direção de ⃗e 1 e outro


É possível decompor ⃗
com a direção de
⃗e 2 :
isto é,

u =2 ⃗e 1 +3 ⃗e 2

A
2 ⃗e 1 e 3 ⃗e 2 chamamos vetores componentes do vetor ⃗
u

⃗ na base (
Aos números do par (2,3) chamamos coordenadas do vector u
⃗e 1 , ⃗e 2 )

Consideremos, agora, os vectores seguintes

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Indique as coordenadas e as componentes de cada um deles.

Deste modo, teremos:

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Fica deste modo estabelecida uma correspondência biunívoca entre
V α e R2 .

Página | 114
Página | 115
No Espaço:

(Será realizado um estudo análogo, aquele que foi efetuado para o plano)

Consideremos o referencial ortogonal e monométrico do espaço, os vetores


⃗e ⃗e ⃗e
unitários (ou seja de norma 1) 1 , 2 e 3 com a direção e o sentido dos eixos
coordenados Ox, Oy e Oz, respectivamente.

⃗e , ⃗e ,⃗e
Obtemos, deste modo, um referencial ortonormado (o.n.), (O, 1 2 3 ) no
espaço.
⃗ de V E e o seu representante cuja
Consideremos neste referencial o vector livre, u
origem é O.

Tracemos o paralelepípedo de base assente no plano xOy, do qual [OP] é diagonal.

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⃗e , ⃗e ,⃗e
Assim, ao fixar-se um referencial o.n. (O, 1 2 3 ), fica estabelecida a
correspondência biunívoca entre o conjunto dos vectores do espaço e o

3
conjunto R .

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Exercício

Resolução:

Falta-nos apenas, determinar, a forma como se calcula a norma de um vetor.


Consideremos figura que se segue:

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Resolução:

Tendo em atenção o exercício anterior, podemos deste modo estabelecer


que:

Produto escalar de dois vetores no plano e no espaço

Ângulo entre dois vetores

Ângulo de u⃗ com ⃗v , (⃗
u ), é o ângulo convexo definido por 2 segmentos orientados,
⃗v

com a mesma origem.

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O ângulo entre dois vetores varia de 0º a 180º ou, em radianos, entre 0 e π .

O ângulo de dois vetores colineares com o mesmo sentido é 0º (0 rad).

O ângulo de dois vetores colineares e com sentidos contrários é 180º (π rad).

Produto escalar entre dois vetores

Exemplos do cálculo do produto escalar:

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Expressão do produto escalar nas coordenadas dos vetores em referencial
ortonormado

No plano:

No espaço:

Consequências da definição do produto escalar

 O produto escalar entre dois vetores é um número real.

 Se dois vetores são perpendiculares então o produto escalar é nulo:

 Se o ângulo entre dois vetores é obtuso então o produto escalar é negativo:

 Se o ângulo entre dois vetores é agudo então o produto escalar é positivo:

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Ângulo de duas retas

Duas retas r e s concorrentes e não perpendiculares, chama-se ângulo de duas


retas ao menor ângulo (α ) por elas definido.

Inclinação de uma reta

Uma recta não vertical tem uma equação da forma:


y=mx+b
m - declive da recta
(0, b) - é o ponto de intersecção da recta com o eixo dos yy

Se os pontos (x1,y1) e (x2,y2) estão na recta então o declive da recta é dado por

Se m é o declive da recta e o ponto (x 1,y1) está na recta então y-y 1=m(x- x1) é uma
equação da recta.
Declive como tangente da inclinação no caso de equação reduzida da recta no
plano

A reta s está formando com o eixo Ox um ângulo β. A medida desse ângulo é feita
em sentido anti-horário a partir de um ponto pertencente ao eixo Ox. Assim,
podemos dizer que a reta s tem inclinação β e o seu coeficiente angular (m) igual a:
m = tgβ.

A inclinação da reta irá variar entre 0° ≤ β <180°. Veja os exemplos de algumas


possibilidades de variação da inclinação da reta e seus respetivos coeficientes
angulares:

Exemplo 1:

Nesse exemplo o valor da inclinação é menor que 90º.

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Inclinação igual a 45° e coeficiente angular igual a: m = tg 45° = 1.

Exemplo 2:

Nesse exemplo o valor da inclinação da reta é maior que 90° e menor que 180°.

Inclinação igual a 125° e coeficiente angular da reta igual a: m = tg 125° = -2.

Exemplo 3:

Quando a reta for paralela ao eixo Oy, ou seja, tiver uma inclinação igual a 90° o
seu coeficiente angular não irá existir, pois não é possível calcular a tg 90°.

Exemplo 4:

Nesse exemplo a reta s é paralela ao eixo Ox, ou seja, seu ângulo de inclinação é
igual a 180°, portanto, o seu coeficiente angular será igual a: m = tg 180º = 0.

4.3. Equações da recta no plano e no espaço

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4.4. Intersecção de planos – interpretação geométrica e resolução de
sistemas

Página | 124
Página | 125
Página | 126
Página | 127
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Página | 129
Exercícios

1.1. O conjunto de pontos do plano definido pela condição: x≤3∧ y≤3 .

1.2. O conjunto de pontos do plano definido pela condição: x >1∨ y >1 .

2. Indique, justificando, quais das seguintes afirmações são falsas:

3
(A) – A condição, em ℜ , y=0∧z=0 define o eixo Oy .

(B) – No espaço, a recta definida pela condição x=3∧ y=1 é paralela ao eixo Oz e
contém o ponto (3,1,−6) .

(C) - O ponto de coordenadas (1,0,2) pertence à esfera de centro na origem e raio


√ 10 .
(D)– A elipse é o lugar geométrico de pontos do plano, cuja soma das distâncias a
dois pontos fixos, é constante e maior que a distância entre eles.

3. Considere os pontos:

A ( 3 , 2 ,3 ) ; B (1 ,1 , 1) ; C ( 3 ,−6 , k ) .
Determine:
3.1. um valor real para k de modo que a distância de A a C seja 10 .

3.2. uma equação da superfície esférica com centro em B e que contém o ponto
A.

4. Considere as equações:

2 2
(A) - x + y =2 ;
2 2
(B) -( x +1 ) + y =0 ;
2 2
(C) - ( x−1 ) + ( y−2 ) =4 ;

(D) -
( ) (
x−
1 2
4
1 2 1
+ y− =
2 9. )
Faça corresponder cada equação à representação geométrica.

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5. Considere os pontos:
A (3,−2,0) ; B (3,6,0) .
Determine uma condição que represente o plano mediador de [ AB ] .

x
y= +2
6. Mostre que a recta de equação 3 é a mediatriz do segmento de recta de
extremos A (−1 , 0 ) e B (−2 , 3 ) .

7. Represente geometricamente, e indique no desenho, os vértices de cada uma


das elipses:

x2 y 2
+ =1
7.1. 9 4 ;

x2 y 2
+ =1
7.2. 9 16 .

8. Represente, geometricamente, o conjunto de pontos do espaço que satisfazem


as condições seguintes:

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2 2
8.1. x + ( y +1 ) ≤9∧z=0 ;
2 2 2
8.2. x + y + ( z−1 ) =4∧z=0 .

9. Observe a figura seguinte:

9.1. Escreva as coordenadas dos vértices do cubo.

9.2. Determine as coordenadas do centro do cubo.

10. Na figura que se segue, está representado um paralelepípedo [ABCDOEFG],


num referencial tridimensional.

10.1. Justifique a afirmação:

Página | 132
→ →
 AB e GF representam o mesmo vector;

10.2. Observando a figura determine:


10.2.1. O+OA
→ → →
10.2.2. ( DC +CF ) +EF ;
→ → →
10.2.3. OA +EF −GF ;

10.2.4. Tendo em conta os resultados anteriores e atendendo às propriedades da


→ → →
adição de vectores, determine: DC +(CF +EF ) , e indique a propriedade aplicada.

11. No referencial ortonormado encontra-se representado o octaedro regular


[ABCDEF], sendo B(0,02), C(2,0,2) e E(0,2,2), determine:


11.1. BD , e indique as suas componentes e as suas coordenadas

11.2. Calcule as coordenadas de um vetor colinear com o vetor BD e de norma 12.

12. Através da equação de uma recta podemos converter graus Celsius em graus
Fahrenheit. Sabendo que 32ºF corresponde a 0ºC e que 212ºF corresponde a
100ºC. Relativamente à recta referida:

12.1. indique dois pontos que lhe pertençam;

12.2. escreva as coordenadas de um vector director;

12.3. escreva uma equação vectorial;

12.4. escreva uma equação reduzida;

Página | 133
12.5. represente-a num referencial Ortonormado.

Exercícios saídos em exame

Página | 134
Bibliografia

Página | 135
(s.d.). Obtido de
http://webprofsilva.com/moodle/pluginfile.php/525/mod_resource/content/1/
TRANSFORMA%C3%87%C3%95ES%20GEOM%C3%89TRICAS.pdf.

(s.d.). Obtido de
http://webprofsilva.com/moodle/pluginfile.php/525/mod_resource/content/1/
TRANSFORMA%C3%87%C3%95ES%20GEOM%C3%89TRICAS.pdf.

(s.d.). Obtido de http://pt.wikipedia.org/wiki/Radiano.

(s.d.). Obtido de http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2000/icm22/circulo_trigonometrico.htm.

(s.d.). Obtido de http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%82ngulo

(s.d.). Obtido de http://pt.wikipedia.org/wiki/Trigonometria

(s.d.). Obtido de wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cotangente

(s.d.). Obtido de http://turmaxis.no.sapo.pt/g_pvectores.pdf:


http://turmaxis.no.sapo.pt/g_pvectores.pdf

(s.d.). Obtido de http://matematica.com.pt/file.axd?file=Geometria11.pdf:


http://matematica.com.pt/file.axd?file=Geometria11.pdf

(s.d.). Obtido de http://www.mundoeducacao.com/matematica/inclinacao-coeficiente-


angular-uma-reta.htm: http://www.mundoeducacao.com/matematica/inclinacao-
coeficiente-angular-uma-reta.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Esfera. (s.d.).

http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm99/icm17/numirra.htm. (s.d.).

http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm99/icm17/numirra.htm. (s.d.).

http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm99/icm17/numirra.htm. (s.d.).

http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm99/icm17/numirra.htm. (s.d.).

http://www.mat.uc.pt/~mat0829/Transformacoesgeometricas-2.pdf. (s.d.).

rectas, h. r. (s.d.).

Página | 136

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