Passo A Passo de Registro No SIM-POA

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INTRODUÇÃO

O Serviço de Inspeção Municipal de Produtos de origem Animal de Maringá (SIM/POA),


vinculado à Diretoria de Agricultura e Pecuária da Secretaria de Inovação e Desenvolvimento
Econômico é regulamentada pela Lei Municipal n° 1205/2019 e pelo decreto 395/2020. Através
dessa legislação, fica determinado que todos os estabelecimentos que manipulem, beneficiem,
transformem, industrializem, preparem, acondicionem e embalem produtos de origem animal (POA),
adicionados ou não de produtos vegetais, devem ser registrados em órgão competente.
O SIM/POA desenvolve atividades que visam o controle da qualidade e dos serviços
relacionados a produtos de origem animal com venda exclusiva dentro do município de maringá.
Estão sujeitos à inspeção e fiscalização os produtos cárneos, seus produtos e subprodutos; peixes,
moluscos, anfíbios e crustáceos; ovos e seus derivados; produtos apícolas; leite e seus derivados.
O objetivo mais importante deste serviço é a redução da produção e comércio de produtos de
origem animal clandestinos, os quais podem trazer a disseminação de doenças como teníase,
brucelose, tuberculose, listeriose e salmonelose.

1º PASSO
CONHECER A LEGISLAÇÃO

Ao pretender atuar no ramo de produtos de origem animal, o primeiro passo é planejar. E para
um bom planejamento é necessário se informar. Antes de solicitar o registro de um estabelecimento
de POA o interessado deve avaliar a sua necessidade e conhecer o Decreto Municipal 395/2020.
Normas específicas para cada classificação estão sendo elaboradas para melhor compreensão da área
pretendida. Abaixo algumas referências que devem ser seguidas para diferentes tipos de
estabelecimento:
 RIISPOA ( Decreto 9013/2017)
 Portaria 711/1995 – Norma técnica de instalação e equipamentos para abate e
industrialização de suínos (MAPA).
 Normas de Bovinos 1971 (MAPA).
 Padronização de Técnicas Instalações e Equipamentos - Inspeção de Carnes Bovinas/2007
(MAPA).
 Resolução nº 56/2004 – regulamento técnico para estabelecimentos de Abate de Bovinos,
suínos. (SIP/POA) (assinada em 10/05/2004; publicada em 22/07/2004).
 Portaria 210/98 – Regulamento Técnico da inspeção tecnológica e Higiênico Sanitária de
carne de Aves (MAPA).
 Ofício Circular nº7 de 19/05/1999 - Abate Humanitário De Animais De Açougue
 Instrução Normativa industrial nº 006/98 Norma técnica para abatedouro de aves e coelhos
(SIP/POA).
 IN 34/2008 – Regulamento técnico da inspeção Higiênica Sanitária e tecnológica do
processamento de resíduos de Animais (MAPA).
 IN 09/2010 – Estabelecimento Produtor de Farinhas e Produtos Gordurosos (MAPA).
 Instrução Normativa 004/98 – Norma técnica para estabelecimentos de ovos e derivados
(SIP/POA).
 Resolução 202/94 - Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Ovos e derivados
(SIP/POA).
 Instrução Normativa 01/2000 – ovos caipira (SIP/POA).
 Portaria 6/1985 – Normas higiênicas Sanitárias e Tecnológicas para Mel, Cera de Abelhas e
derivados (MAPA).
 Resolução nº 57/2004 – Norma técnica para construção de estabelecimento de leite e
derivados (SIP/POA) - (assinada em 18/05/2004; publicada em 03/06/2004)
 Portaria 273/2013- revoga resolução 65 de leite e adota a 51 com as alterações da 62.
 Portaria nº 05 (MS) de 28 de setembro de 2017, cap. V seção II ( qualidade da água)
 Portaria 368 (MAPA) de 04 de setembro de 1997 (Boas Práticas de Fabricação)
 Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade - MAPA. (Para registro de produto).
 Portaria nº 243 (ADAPAR), de 17 de novembro de 2014, alterada pela Portaria nº 188/2016
(Programas de Autocontroles)
 Portaria nº187 (ADAPAR) de 04 de agosto de 2016 (Registro Definitivo e adesão ao SISBI).
 INSTRUÇÃO NORMATIVA INTERMINISTERIAL MPA/ MAPA Nº 07 DE 2012.

2º PASSO
DEFINIÇÃO DA LOCALIZAÇÃO E VISTORIA PRÉVIA

Faz parte do planejamento prévio a definição do local onde se pretende instalar o


estabelecimento de POA, considerando o tipo de atividade.
Definidos a atividade e o local, o interessado deve preencher o requerimento de análise de
planta baixa conforme normas da ABNT e apresentar o mesmo ao Sistema de Inspeção Municipal.
Este processo é importante, pois é aqui que o fluxo operacional será verificado com o objetivo de
evitar contaminações cruzadas. É importante também que já seja determinado na planta o que será
construído e/ou reformado antes do início das obras para evitar que ocorram investimentos
desnecessários ou que haja a necessidade de realizar alguma alteração posterior na estrutura do
estabelecimento.
Após analisar a planta baixa, o fiscal do SIM/POA, entrará em contato com o responsável
pelo estabelecimento para agendar a vistoria prévia.
A vistoria prévia tem como objetivo tão somente verificar se há impedimentos para a
instalação do estabelecimento de POA no que se refere a aplicação das normas sanitárias de inspeção
e boas práticas de fabricação, sendo de responsabilidade dos profissionais técnicos do projeto, o
estudo de viabilidade da obra.
O laudo de vistoria prévia terá validade de 60 a 365 dias, dependendo da classificação da
empresa. Caso não seja utilizado para abertura de protocolo de pedido dentro desse prazo, o laudo
será arquivado.

3º PASSO
ENCONTRANDO ASSESSORIA E RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Para elaborar o processo de registro junto a SIM/POA, o interessado necessitará da assessoria


de um engenheiro ou arquiteto para o desenvolvimento das plantas arquitetônicas, bem como da
assessoria de um médico veterinário, ou outro profissional habilitado*, para o desenvolvimento do
memorial econômico sanitário, PPHO, Manual de Boas Práticas, e demais documentos.
Esses profissionais são ponto chave no planejamento, pois auxiliam o proprietário na
definição da estrutura e processos necessários e obrigatórios, o que é primordial para a decisão de
viabilidade do empreendimento escolhido.
O profissional responsável pela elaboração do projeto arquitetônico deve apresentar Anotação
de Responsabilidade Técnica – ART junto ao CREA, (ou Registro de Responsabilidade Técnica –
RRT – junto ao CAU no caso de arquitetos).
O profissional responsável pela elaboração da documentação deve apresentar ART
homologada pelo seu conselho de classe.
*Responsável técnico legalmente habilitado: profissional que tenha cursado a disciplina de
tecnologia, industrialização e conservação dos produtos de origem animal ou análogas, conforme
avaliação do órgão fiscalizador da profissão no qual deve estar inscrito ( Decreto Municipal
395/2020).

4º PASSO
PROVIDENCIANDO A DOCUMENTAÇÃO E FORMALIZANDO O PEDIDO DE REGISTRO

Após receber o laudo de vistoria prévia favorável, o interessado deve providenciar a


documentação necessária para protocolar o pedido de registro.
O pedido de registro será realizado quando a documentação completa for entregue ao
SIM/POA. Todos os documentos devem ser entregues de uma vez só, não sendo permitido a entrega
de documentos fracionados ou por partes, exceto em casos de atualização documental (laudos,
licença sanitária, etc...). Documentos necessários para protocolar o pedido de registro:
 Requerimento dirigido ao Setor de Inspeção de POA;
 Comprovante de propriedade;
 Contrato social com alterações (se houverem), cadastro do INCRA ou comprovante de
microempreendedor individual;
 Documento de arrendamento quando for o caso;
 Cópia dos documentos pessoais RG e CPF do representante legal da empresa;
 Cartão CNPJ (no caso de pessoa jurídica) ou CPF (em caso de pessoa física);
 Parecer da Secretaria de Planejamento do Município em relação ao código de obras e
Alvará de funcionamento;
 Parecer da VISA Municipal ou Expedição da Licença Sanitária;
 Licença Prévia do IAP (terreno), Licença de Instalação (L.I) e Licença de Operação (L.O)
ou Dispensa (DLAE)
 Análise físico química e microbiológica (coliformes totais e termotolerantes) da água de
abastecimento. Quando a água da SANEPAR apresentar comprovante de abastecimento
pela rede, apresentar o mesmo e, após a construção do local para armazenamento (caixa d
´água ou similar, desde que autorizado seu uso pelo fiscal do SIM/POA), exame
bacteriológico de ponto interno, devendo se enquadrar nos padrões oficiais conforme
legislação vigente;
 Laudo de limpeza da caixa d´água assinado pelo responsável técnico e executado por
empresa devidamente licenciada, acompanhado de cópia atualizada da licença sanitária da
empresa;
 Laudo de desinsetização assinado pelo responsável técnico e executado por empresa
devidamente licenciada, acompanhado de cópia atualizada da licença sanitária da
empresa;
 Laudo de limpeza dos aparelhos de ventilação das áreas de manipulação executado por
empresa licenciada, acompanhado de cópia atualizada da licença sanitária da empresa;
 Laudo de Vistoria Prévia expedida pelo fiscal do SIM/POA, do terreno ou do
estabelecimento pré-existente;
 Memorial Econômico Sanitário do estabelecimento, com fluxograma dos processos de
produção detalhado e com destaque para a fonte e a forma de abastecimento de água,
sistema de escoamento e de tratamento do esgoto e resíduos industriais e proteção
empregada contra insetos e vetores;
 Memorial descritivo simplificado dos procedimentos padrão de higiene operacional
(PPHO) a serem adotados;
 Manual de Boas Práticas de Fabricação (BPF);
 Cópia da licença sanitária dos veículos de transporte dos produtos;
 Formulário de registro de produtos de origem animal (relatório técnico dos produtos);
 Dizeres obrigatórios de rotulagem dos produtos;
 Cópia da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) com responsável técnico (RT)
legalmente habilitado no conselho de classe, na condução dos trabalhos de natureza
higiênico-sanitária e tecnológica, cuja formação profissional de nível superior deverá
atender ao disposto em legislação específica e cópia do documento/carteira de registro;
 Planta baixa com lay out dos equipamentos, máquinas, pontos de água quente e fria, ralos,
em escala 1:50 ou 1:100. No caso de ampliações usar cores padronizadas (ABNT):
existente (preto e azul); a construir (vermelho); a demolir (amarelo). Na planta constar
área total e área de ampliação;
 Planta de Cortes, transversal e longitudinal (contendo altura pé direito, trilhos,
plataformas, mesas, etc.) e planta fachada escala 1:50 ou 1:100;
 Planta de situação e localização escala 1:500, mostrando a localização do
estabelecimento, rios, estradas, vias de acesso, moradias, criações etc.. até um raio de
1000 metros (quando for o caso);
 Parecer do fiscal do SIM/POA sobre projeto apresentado, datado e assinado;

Especificações para apresentação da documentação:


Os documentos devem ser entregues impressos para a correção do SIM/POA. Os documentos
serão corrigidos e, se necessário, serão devolvidos aos responsáveis técnicos junto com um parecer
contendo o que deve ser modificado.
Os modelos de requerimento, memorial e formulário de registro de produtos serão enviados
por e-mail ao responsável técnico da empresa, que realizará o preenchimento. Os arquivos estão em
formato Word protegido, ou seja, possuem apenas alguns espaços que podem ser editados e outros
que não podem. Após preencher todos os espaços em branco dos formulários, salvar o arquivo em
formato PDF para encaminhar por e-mail. Não serão aceitos documentos rasurados, ilegíveis e que
não forem totalmente preenchidos.
Obs.: Nos formulários que possuírem tabelas para preenchimento de vários itens (por
exemplo, no formulário de registro de produtos, onde deve ser escrito os ingredientes e suas
quantidades), cada item deve ser escrito em uma linha (um ingrediente por linha).

5º PASSO
APROVAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO E N° DE REGISTRO

Após a entrega da documentação e parecer positivo do SIM/POA, será encaminhado o


número de registro ao estabelecimento para confecção de etiquetas e rótulos e registro de produtos
com sua devida numeração.
Será solicitado também que o responsável técnico protocole toda a documentação corrigida
na sede do SIM/POA, dentro da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, no endereço Av. XV de
Novembro, 701 – Zona 01 – 3° andar.

6º PASSO
PROGRAMAS DE AUTOCONTROLES

A implantação dos programas de autocontrole (BPF, PPHO e APPCC) em indústrias de


alimentos de origem animal permite o controle higiênico-sanitário em alimentos e o controle de
microrganismos causadores de toxinfecções alimentares, motivadas, principalmente, pelas formas de
contaminações por agentes etiológicos de natureza física, biológica ou química. A gestão da
qualidade total é uma estratégia a longo prazo bem como a participação de todos os membros da
empresa em benefício dela própria, clientes e sociedade. As boas práticas de fabricação (BPF),
procedimento padrão de higiene operacional (PPHO), análises de perigos e pontos críticos de
Controle (APPCC/HACCP), cronogramas de qualificação de fornecedores, sistemas de
rastreabilidade e recolhimento são programas de autocontrole, empregados na gestão da qualidade e
exigidos pelo MAPA (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento). É competência do
responsável técnico desenvolver e implantar os PACs no estabelecimento. Este processo será
imprescindível para o recebimento do Certificado de Registro e liberação das atividades do
estabelecimento.
Programas de autocontroles devem ser apresentados junto com a documentação inicial, e
devem contar um e termo de compromisso para implantação integral do mesmo em prazo não
superior a 6 meses após liberação das atividades (Cronograma de Implantação e Execução dos
Programas de Autocontroles e demais providências determinadas pelo SIM/POA).

7º PASSO
LIBERAÇÃO DAS ATIVIDADES

Após a constatação de condições adequadas de estrutura e higiene dos estabelecimentos, será


emitido a liberação para atividades e Certificado de Registro provisório. O Certificado de Registro
definitivo, com valide de 01 (um) ano será emitido após a correção de todos os documentos.
As inspeções serão realizadas com uma frequência baseada no risco sanitário da empresa.

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