Pão Ázimo - Sendo Revisado

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 6

Pão Ázimo e o vinho

Pão ázimo ou asmo, matzo (ídiche) matzá (hebraico), ‫מַ צָּ ה‬, é um tipo de pão assado sem
fermento, feito somente de farinha de trigo e água.
A Ceia do Senhor que toda a Igreja deve participar tem como elementos: pão e vinho.
E por ordenança deve ser o Pão Ázimo, isto é, sem fermento.
Jamais o PÃO levedado foi usado pelos Judeus na celebração da Páscoa.
Se isto bastasse nosso irmão Paulo não diria que Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado
por nós, sem fermento – I Coríntios 5.6-8 – o mesmo Pão foi usado por Jesus na
celebração da Páscoa, e logo a seguir, na instituição da Ceia, isto é, a primeira Ceia do
Senhor (Mateus 26.17; Lucas 22.1,7-20; I Coríntios 11.23-33).
A Páscoa era comemorada no 14º dia do primeiro mês (Lv 23,5), e a Festa dos Ázimos
entre os dias 15 e 21 desse mesmo mês (Lv 23,6). Assim, a determinação de se comer
apenas pães sem fermento entre os dias 14 e 21 do primeiro mês (Ex 12,18), ou seja,
durante os sete dias da(s) festa(s), incluía a festa da Páscoa (no primeiro dia) e a dos
Ázimos (nos seis dias restantes), sendo as duas consideradas como uma única festa: a
Páscoa.

Levítico 23.6
E aos quinze dias deste mês é a festa dos pães ázimos do Senhor; sete dias comereis
pães ázimos.
II Crônicas 35.17
“E os filhos de Israel que ali se acharam celebraram a páscoa naquele tempo, e a festa
dos pães ázimos, durante sete dias.”
1 Coríntios 5:8
Por isso façamos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e
da malícia, mas com os ázimos da sinceridade e da verdade.
1 Coríntios 5:7
Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como
estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós.

A bebida alcoólica, o vinho e a Bíblia

Leia as perguntas e responda:

1 - Qual foi a bebida que Jesus usou ao instituir a Ceia do Senhor?


2 - No capítulo 2 do Evangelho segundo João, vemos que Jesus transformou água
em vinho nas bodas de Canã. Que tipo de vinho era esse?
3 - O suco de uva não-fermentado pode ser chamado de vinho?

Antes de compreendermos o que Bíblia Sagrada nos ensina sobre o vinho, convém
conhecer um pouco sobre o processo de fermentação, que no nosso caso, usaremos
como exemplo o suco da uva.
Pois bem, vinho é o nome que se dá ao suco extraído do sumo de uvas frescas. Esse
processo de extração faz-se em grandes vasilhas de madeira semelhante a uma enorme
bacia, chamada cuba - na Bíblia, também aparece denominado "lagar", - onde é
realizada a espremedura da uva, ou pisa. Atualmente, esse trabalho humano e artesanal é
substituído por máquinas que realizam a mesma tarefa. O resultado obtido é um caldo
espumoso, de forte coloração vermelha escuro, ligeiramente adocicado, de agradável

Igreja no Parque Capivari – Evangelista Jorge Luiz.


1
odor e paladar. Este caldo nada mais é do que o puro suco de uva fresco, livre de
qualquer processo de fermentação - ou seja, vinho não-fermentado. A fermentação se dá
quando enzimas produzidas por bactérias ou fungos, em contato com o produto, entram
em ação. No caso do sumo da uva, essas bactérias, alimentando-se do açúcar natural
proveniente da fruta, produzem enzimas que convertem esse açúcar em gás carbônico e
álcool. O gás se desprende, permanecendo apenas o álcool. Podemos dizer então que
isto é suco de uva fermentado. A fermentação desse vinho (chamada de fermentação
acética), por sua vez, produz o vinagre.

A massa do pão é outro exemplo típico de fermentação. O amido da farinha de trigo é


transformado em açúcar, que por sua vez converte-se em álcool e gás carbônico pela
ação desses microorganismos. O gás forma bolhas no interior da massa, fazendo-a
crescer. Quando é assada, os microorganismos morrem e o álcool evapora, de modo que
a massa não apresenta o gosto de álcool e nem o típico paladar azedo de produto que
sofreu fermentação. No caso das bebidas alcoólicas, existem aquelas que são
adicionadas álcool e as que são o resultado da fermentação direta. Nesse último caso, o
açúcar da uva, da cana, do malte ou de outra matéria-prima usada é transformada em
álcool e gás carbônico; o gás se desprende, ficando o álcool na bebida.

Na antiga aliança, há duas palavras hebraicas traduzidas por "vinho". A primeira


palavra, a mais comum, é yayin, usada 141 vezes no Antigo Testamento para indicar
vários tipos de vinho, seja fermentado ou não-fermentado. Observe por exemplo, o texto
de Neemias 5:18, que fala "vinho de todas as espécies" (yayin).
Isto significa que a palavra hebraica yayin aplica-se (também) a todos os tipos de suco
de uva fermentado (Gênesis 9:20,21; 19:32,33; 1 Samuel 25:36,37 ; Provérbios
23:30,31). As consequências trágicas de tomar vinho fermentado aparecem em vários
trechos do Antigo Testamento, notadamente em Provérbios 23:29-35. Por outro lado,
yayin também se usa com referência ao suco doce, não-fermentado, da uva. Pode
referir-se ao suco fresco da uva espremida, conforme aparece em Isaías 16:10; Jeremias
40:10-12; 48:33. Estes versículos dão o respaldo bíblico de que o sumo de uva não-
fermentado pode perfeitamente ser chamado de "vinho", sem que isso indique qualquer
disparidade. Em Jeremias 40:10-12, o profeta chama de vinho (yayin), ao suco ainda
dentro da uva (ver também Lamentações 2:12).

A outra palavra hebraica traduzida por "vinho" é tirosh, que significa "vinho novo" ou
"vinho da vindima". Tirosh ocorre 38 vezes no Antigo Testamento; essa palavra nunca
se refere à bebida fermentada, mas sempre ao produto não-fermentado da videira, tal
como o suco ainda no cacho de uvas (Isaías 65:8), ou o suco doce de uvas recém-
colhidas (Deuteronômio 11:14; Provérbios 3:10; Joel 2:24).

Há ainda a palavra hebraica shekar, geralmente traduzida por "bebida forte". Aparece 23
vezes no Antigo Testamento. Esta palavra refere-se, mais comumente, a outras bebidas
fermentadas, talvez feita de suco de fruta de palmeira, de romã, maçã, ou de tâmara.

Seja qual for a natureza da bebida, é importante verificarmos que em vários lugares o
Antigo Testamento condena o uso de bedidas fermentadas, seja da uva ou de outra fruta
qualquer (Levítico 10:9-11; Provérbios 20:1; 23:29-35; 31:4-7).

O VINHO NA NOVA ALIANÇA

Igreja no Parque Capivari – Evangelista Jorge Luiz.


2
A linguagem do Novo Testamento emprega a palavra grega "oinos" para referir-se ao
vinho. Esta palavra pode referir-se a dois tipos bem diferentes do suco de uva: o suco
não-fermentado e o suco fermentado. Equivale à mesma maneira da palavra hebraica
yayin, do Antigo Testamento.

O uso do vinho na Ceia do Senhor


Qual bebida Jesus usou ao instituir a Ceia do Senhor? (Mateus 26:26-29; Marcos 14:22-
25; Lucas 22:17-20; 1 Coríntios 11:23-26)

As referências abaixo levam a conclusão bíblica de que Jesus e seus discípulos beberam,
durante a instituição da Ceia, o suco de uva não-fermentado.

Nem Lucas, nem qualquer outro escritor bíblico emprega a palavra grega "oinos"
(vinho) no tocante à Ceia do Senhor. Os escritores dos três primeiros Evangelhos
empregam a expressão "fruto da vide" (Mateus 26:2924; Marcos 14:25; Lucas 22:18). O
vinho não-fermentado é o único "fruto da vide" natural, contendo aproximadamente
20% de açúcar e nenhum álcool. A fermentação destrói boa parte do açúcar e altera
aquilo que a videira produz. Vinho fermentado não é fruto da vide; não é produzido pela
videira.

Jesus instituiu a Ceia do Senhor quando ele e seus discípulos celebravam a Páscoa. A lei
da Páscoa em Êxodo 12:14-20 proibia, durante a semana daquele evento, a presença de
fermento (hebraico seor) ou qualquer agente fermentador. No mundo antigo, o fermento
era obtido da espuma da superfície do vinho quando em fermentação. Além disso,
qualquer coisa fermentada era proibido (Êxodo 12:19; 13:7). Deus dera estas leis porque
a fermentação simboliza a corrupção e o pecado (Mateus 16:6-12; 1 Coríntios 5:7,8).
Jesus, o Filho de Deus, cumpriu a lei em todas as suas exigências (Mateus 5:17). Logo,
teria cumprido a lei de Deus para a Páscoa e não teria usado vinho fermentado.

Na antiga aliança, bebidas fermentadas nunca deviam ser usadas na casa de Deus, e um
sacerdote não podia chegar-se a Deus em adoração se tomasse qualquer líquido
embriagante (Levítico 10:9). Jesus Cristo foi Sumo Sacerdote de Deus do novo
concerto, e chegou-se a Deus em favor do seu povo (Hebreus 3:1; 5:1-10).

O sangue puro de Cristo (Salmos 16:10; Atos 2:27; 13:37) jamais poderia ser
representado por algo corrompido e fermentado. O fruto da vide, simbolizando o sangue
incorruptível de Cristo é melhor representado por suco de uva não-fermentado (1 Pedro
1:18,19). Indiscutível!

Paulo determinou que os coríntios tirassem dentre eles o fermento espiritual; o agente
fermentador da maldade e a malícia, porque Cristo é a nossa Páscoa (1 Coríntios 5:6-8).

Seria contraditório usar na Ceia do Senhor um símbolo da maldade; algo contendo


levedura ou fermento, se considerarmos os objetivos dessa ordenança bíblica, bem
como as exigências para dela participar.

Não tem vinho


Alguns acreditam que o vinho fornecido nas bodas de Canã (João 2) bem como o vinho
feito por Jesus, era fermentado e, portanto, embriagante se consumidos em grande
Igreja no Parque Capivari – Evangelista Jorge Luiz.
3
quantidade. Se aceita esta opinião, as implicações disto, dadas a seguir, também devem
ser reconhecidas e aceitas:

Primeiro, os convidados do casamento provavelmente estariam bêbados, haja vista que


consumiram todo o vinho disponível.

Segundo, Maria, mãe de Jesus, estaria lamentando a falta de bebida embriagante e


estaria pedindo a Jesus que fornecesse aos convidados, já embriagados, mais vinho
fermentado.

Terceiro, Jesus teria produzido, a fim de atender a vontade de sua mãe (v.3), de 600 a
900 litros de vinho embriagante (vv.6-9), mais do que suficiente para manter os
convidados totalmente bêbados.

Quarto, Jesus estaria produzindo esse vinho embriagante como seu primeiríssimo
"milagre", a fim de manifestar a sua glória (v.11) e de levar as pessoas a crerem n'Ele
como o filho justo e santo de Deus.

Fica claro que, à luz da natureza de Deus, da justiça de Cristo e do bom caráter de
Maria, as implicações da suposição de que o vinho de Canã estava fermentado são
blasfêmias. Contraria a revelação bíblica contra a perfeita obediência de Cristo a seu Pai
celestial, supor que Ele desobedeceu ao mandamento do Pai: "Não olheis para o vinho,
quando se mostra vermelho... e se escoa suavemente", isto é, fermentado (Provérbios
23:31). Leia também Provérbios 20:1; Hc 2:15; Levítico 10:8-11; Provérbios 31:4-7;
Isaías 28:7; Romanos 14:21).

O conselho de Paulo a Timóteo


As palavras do apóstolo Paulo, aconselhando Timóteo a usar de um pouco de vinho é,
sem dúvida, o texto áureo dos evangélicos chegados a um gole. O referido texto
encontra-se em 1 Timóteo 5:23 e nos diz da seguinte forma: "Não bebas mais água só,
mas usa de um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas freqüentes
enfermidades."

É interessante observar que o apóstolo Paulo traz severas exortações em várias de suas
epístolas aos usuários de bebidas embriagantes. Entre os mais claros podemos destacar
1 Coríntios 5:11: "Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que,
dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou
roubador; com o tal nem ainda comais"; e ainda o texto de Gálatas 5:21, que diz:
"Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das
quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão
o reino de Deus."

Alguns interpretam as palavras de Paulo no sentido de que os cristãos não deveriam é


embebedar-se, e que assim ele tolerava o uso de bebidas alcoólicas desde que fosse
moderação. Essa interpretação ridícula cai em descrédito quando verificamos o contexto
bíblico, até mesmo se compararmos com outros textos das cartas de Paulo. Observe: no
Antigo Testamento, a abstinência total de vinho fermentado era uma regra para todos
que buscavam o mais alto nível de consagração a Deus (Levítico 10:8-11; Números 6:1-
5; Juízes 13:4-7; 1 Samuel 1:14,15; Jeremias 35:2-6). No Novo Testamento, todos os
crentes são conclamados a viver à altura do mais alto padrão de Deus (João 2:3; Efésios
Igreja no Parque Capivari – Evangelista Jorge Luiz.
4
5:18; 1 Tessalonicenses 5:6; Tito 2:2). Além do mais, Paulo faz questão de citar a
embriaguez, como sendo uma conduta grave o suficiente para excluir a pessoa do reino
dos céus (1 Coríntios 6:10). Nesta passagem, Paulo relaciona dez classes de pessoas que
não herdarão o reino dos céus: devassos, idólatras, adúlteros, efeminados, sodomitas,
ladrões, avarentos, bêbados, maldizentes e roubadores. O versículo em apreço não dá
margens a meio termo. Seria estranho afirmar que o apóstolo em sua carta abriu mão de
dar uma golada de bebida embriagante desde que fosse moderadamente, já que as
conseqüências eternas no caso de se "ultrapassar um certo limite", são tão graves. Tal
afirmação implicaria em dizer também que roubar moderadamente não teria problema e
que o grave seria roubar excessivamente.

Citar conselho de Paulo a Timóteo para justificar o uso de vinho embriagante, em apoio
a bebedores de vinho, é distorcer totalmente o significado do texto de 1 Timóteo 5:23.
Observe primeiramente que o conselho foi dado com propósitos exclusivamente
medicinais. Segundo, o uso do vinho seria apenas "um pouco". Esse "pouco" indica
claramente uma dose medicinal, quando necessário. Terceiro, o texto deixa transparecer
que Timóteo deveria beber essa dose mínima de vinho, ainda misturado à água ('não
bebas mais água só'). Tal fato entra em conformidade com os antigos escritos gregos
sobre medicina, que costumava citar o vinho não-embriagante como remédio para
estômago. Estes escritos também propunham a drenagem do vinho caso este fosse
fermentado. Esta drenagem se procedia através do aquecimento do vinho, que
provocava a evaporação do álcool, restando somente o vinho doce. Havia o hábito
também de se usar uma pequena mistura diluída na água. Portanto, nem com camisa de
força o conselho medicinal de 1 Timóteo 5:23 sugere qualquer apoio ao uso de vinho
fermentado como bebida habitual ou mesmo bebida de reuniões sociais.

Testemunho da medicina moderna


Os maiores médicos e especialistas atuais em defeitos congênitos citam evidências
comprovadas de que o consumo de álcool danifica o sistema reprodutivo das mulheres
jovens, podendo provocar abortos e nascimentos de bebês com deficiências mentais e
físicas incuráveis. Autoridades mundialmente conhecidas em embriologia precoce
afirmam que as mulheres que bebem até mesmo quantidades moderadas de álcool,
próximo do tempo da concepção (48 horas), podem lesar os cromossomos de um óvulo
em fase de liberação, e daí causar sérios distúrbios no desenvolvimento mental e físico
do bebê.

Seria absurdo afirmar que Jesus haja servido bebidas alcoólicas ou contribuído de
alguma forma para o seu uso. Afirmar que Ele não sabia dos terríveis efeitos em
potencial que as bebidas inebriantes têm sobre as pessoas e crianças nascituros é
questionar sua divindade, sabedoria e discernimento do bem e do mal.

Tudo o que Deus criou é bom. E como é natural do diabo corromper as coisas boas, ele
denegriu as frutas e os cereais que deveriam ser usados na alimentação, mas que são
usados às toneladas para se transformarem em bebidas que escravizam e destroem.

O mesmo acontece com as uvas que possuem uma bênção biblicamente proferida (Isaías
65:8), pois contém glicose pura, que passa diretamente para o sangue e vai a todas as
células do corpo, contribuindo para o crescimento, desenvolvimento e restabelecimento
das energias. Não poderia haver melhor símbolo para representar o puro sangue de
Cristo, tendo deixado o céu para dá-lo em resgate pela humanidade.
Igreja no Parque Capivari – Evangelista Jorge Luiz.
5
Igreja no Parque Capivari – Evangelista Jorge Luiz.
6

Você também pode gostar