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Research, Society and Development, v. 10, n.

8, e56610817880, 2021
(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i8.17880

Tratamento de sequelas do Acidente Vascular Encefálico (AVE) com toxina


botulínica: Uma revisão de literatura
Treatment of Cerebrovascular Accident (CVA) sequelae with botulinum toxin: A literature review
Tratamiento de las secuelas del Accidente Cerebrovascular (ACV) con toxina botulínica: Revisión
de la literatura

Recebido: 05/07/2021 | Revisado: 08/07/2021 | Aceito: 09/07/2021 | Publicado: 18/07/2021

Bárbara Queiroz de Figueiredo


ORCID: https://orcid.org/0000-0003-1630-4597
Centro Universitário de Patos de Minas, Brasil
E-mail: barbarafigueiredo@unipam.edu.br
Antônio Ricardo Neto
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6647-9374
Centro Universitário de Patos de Minas, Brasil
E-mail:antonioneto12@unipam.edu.br
Caio Flávio Reis Nogueira
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-1514-9660
Centro Universitário de Patos de Minas, Brasil
E-mail: caioflavio@unipam.edu.br
Rafaela Alves Fernandes
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0050-0844
Centro Universitário de Patos de Minas, Brasil
E-mail: rafaelaaf@unipam.edu.br
Marcelo Gomes de Almeida
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-6297-4383
Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil
E-mail: marcelomedile@yahoo.com.br

Resumo
Introdução: O acidente vascular encefálico (AVE) é um evento bastante prevalente na população mundial, e dentre
suas sequelas, destaca-se a espasticidade muscular e paralisias. A toxina botulínica é uma técnica farmacológica que
traz efeitos benéficos ao paciente com espasticidade, como o ganho de amplitude de movimento e melhora da função
dos membros afetados. Objetivo: identificar as evidências acerca do uso dessa toxina a esses pacientes,
principalmente perante a espasticidade muscular, evento fortemente relacionado após AVE. Metodologia: Trata-se de
uma pesquisa descritiva do tipo revisão integrativa da literatura, que busca evidências sobre o uso da toxina botulínica
para tratamento de sequelas do AVE. A pesquisa foi realizada por meio de bases de dados PubMed, MEDLINE,
Scielo, CDSR, Google Scholar, BVS e EBSCO, no período de 2003 a 2021. Dessa maneira, totalizaram-se 26
produções científicas para a revisão integrativa da literatura. Resultados: o tratamento da espasticidade com a toxina
botulínica tem maior êxito quando a administração segue alguns critérios como: o ajuste da dose de acordo com a
idade, com o peso, grau de espasticidade e musculatura administrada. Conclusão: a aplicação dessa toxina, aliado à
fisioterapia continuada, é o tratamento de primeira escolha para a espasticidade muscular, particularmente em
pacientes que apresentam sequelas pós acidente vascular cerebral, com o intuito de aumentar a mobilidade, amplitude
de movimento, facilitar a realização da higiene e de outras atividades funcionais, melhorar o desgaste da imobilização
e a dor, e, dessa maneira, promover a melhoria da qualidade de vida desses pacientes.
Palavras-chave: Toxina botulínica; Paralisia; Acidente vascular cerebral; Reabilitação; Espasticidade muscular.

Abstract
Introduction: The cerebrovascular accident (CVA) is a very prevalent event in the world population, and among its
sequelae, muscle spasticity and paralysis stand out. Botulinum toxin is a pharmacological technique that brings
beneficial effects to patients with spasticity, such as gain in range of motion and improvement in the function of
affected limbs. Objective: to identify the evidence regarding the use of this toxin in these patients, especially in the
face of muscle spasticity, an event strongly related to a stroke. Methodology: This is a descriptive research of the
integrative literature review type, which seeks evidence on the use of botulinum toxin for the treatment of stroke
sequelae. The search was conducted using PubMed, MEDLINE, Scielo, CDSR, Google Scholar, BVS and EBSCO
databases, from 2003 to 2021. Thus, 26 scientific productions were totaled for the integrative literature review.
Results: the treatment of spasticity with botulinum toxin is more successful when the administration follows some
criteria such as: dose adjustment according to age, weight, degree of spasticity and musculature administered.

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Conclusion: the application of this toxin, combined with continued physical therapy, is the treatment of first choice
for muscle spasticity, particularly in patients with sequelae after stroke, in order to increase mobility, range of motion,
facilitate the performance of hygiene and other functional activities, improve immobilization wear and pain, and, thus,
improve the quality of life of these patients.
Keywords: Botulinum toxin; Paralysis; Stroke; Rehabilitation; Muscle spasticity.

Resumen
Introducción: El accidente cerebrovascular (ACV) es un evento muy prevalente en la población mundial, y entre sus
secuelas destacan la espasticidad muscular y la parálisis. La toxina botulínica es una técnica farmacológica que aporta
efectos beneficiosos a los pacientes con espasticidad, como la ganancia en el rango de movimiento y la mejora de la
función de las extremidades afectadas. Objetivo: identificar la evidencia sobre el uso de esta toxina en estos
pacientes, especialmente ante la espasticidad muscular, evento fuertemente relacionado con un ictus. Metodología: Se
trata de una investigación descriptiva del tipo revisión integradora de la literatura, que busca evidencia sobre el uso de
la toxina botulínica para el tratamiento de las secuelas del ictus. La búsqueda se realizó utilizando las bases de datos
PubMed, MEDLINE, Scielo, CDSR, Google Scholar, BVS y EBSCO, de 2003 a 2021. Así, se totalizaron 26
producciones científicas para la revisión integradora de la literatura. Resultados: el tratamiento de la espasticidad con
toxina botulínica es más exitoso cuando la administración sigue algunos criterios como: ajuste de dosis según edad,
peso, grado de espasticidad y musculatura administrada. Conclusión: la aplicación de esta toxina, combinada con
fisioterapia continuada, es el tratamiento de primera elección para la espasticidad muscular, particularmente en
pacientes con secuelas tras un ictus, con el fin de incrementar la movilidad, amplitud de movimiento, facilitar la
realización de la higiene y otros aspectos funcionales. actividades, mejoran el desgaste y el dolor de la inmovilización
y, por tanto, mejoran la calidad de vida de estos pacientes.
Palabras clave: Toxina botulínica; Parálisis; Accidente vascular cerebral; Rehabilitación; Espasticidad muscular.

1. Introdução
O crescente envelhecimento populacional tem elevado o número de pessoas com doenças e incapacidades crônicas,
dentre elas, o Acidente Vascular Cerebral (AVC), também chamado de Acidente Vascular Encefálico (AVE), sendo uma das
grandes preocupações da atualidade, o que gera repercussões sociais na saúde pública e na previdência social, fator que tem
grande impacto econômico e social. Aliado a isso, o termo “Doenças Cerebrovasculares (DCV)” é utilizado para se referir a
anormalidades do encéfalo decorrentes de alterações do seu sistema vascular, que se originam de diversos mecanismos
fisiopatológicos, como tromboses, embolias, ruptura de vasos, alterações da permeabilidade vascular, aumento da viscosidade
sanguínea ou alterações qualitativas do suprimento sanguíneo (Schuster et al., 2007).
A Organização Mundial de Saúde define o Acidente Vascular Encefálico (AVE) como um distúrbio focal da função
cerebral, desenvolvido rapidamente, perdurando por mais de 24 horas, sendo de origem vascular. O AVE, classificado como
uma doença cerebrovascular, no mundo, é considerada a terceira causa de morte, sendo superado apenas por neoplasias e
doenças cardiovasculares (Calil et al., 2007). Estudos sobre a prevalência desta enfermidade calculam que há cerca de 5 a 10
casos de AVE a cada 1000 habitantes, em todo o mundo, sendo que a doença atinge em torno de 17 milhões de pessoas por ano
em todo mundo, aproximadamente 60% dos sobreviventes recupere a independência para o autocuidado, 75% recupere a
marcha independente e 20% exigirão cuidados institucionais. De acordo com Almeida (2012) no Brasil, o AVE é uma das
principais causas de internações e mortalidade, causando na grande maioria dos pacientes, algum tipo de deficiência, seja
parcial ou completa.
O AVE pode ser de origem isquêmica (obstrução vascular localizada, que leva a interrupção do fornecimento de
oxigênio e glicose ao cérebro, afetando subsequentemente os processos metabólicos do território envolvido) ou hemorrágico
(causado por um aneurisma ou trauma dentro das áreas extravasculares do cérebro) (Piassaroli et al., 2012).
Independentemente do tipo (isquêmico ou hemorrágico), o AVE causa limitações funcionais diversas pela perda da autonomia
decorrente de incapacidades geradas, principalmente no tocante à espasticidade, que é um comum causado pela lesão do
sistema nervoso central, caracterizada por aumento da resistência ao alongamento muscular passivo, dependente da velocidade
de estiramento do músculo, ocasionando hiperexcitabilidade dos reflexos miotáticos, hipertonia elástica, alteração da
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sensibilidade proprioceptiva, sendo, muitas vezes acompanhados por clônus, espasmos flexor e/ou extensor, contraturas,
hiperreflexia autonômica, distonia e por reflexos patológicos como Babinski (Teles et al., 2012).
De acordo com Thompson et al. (2005), a espasticidade é uma síndrome que dificulta a reabilitação neuromotora dos
pacientes com AVE, podendo diminuir a amplitude de movimento articular, causar dores, limitar as atividades dos membros,
como também pode dificultar as atividades funcionais e de vida prática, como, por exemplo, a higiene pessoal e os cuidados
com a aparência exterior, sendo responsável também por causar alterações na marcha e como um dos fatores que interferem no
processo de reabilitação funcional após Acidente Vascular Encefálico. Ela surge por causa da perda da inibição do reflexo
miotático, resultante de lesão do neurônio motor superior (Pierson et al., 1996). Os pacientes com espasticidade são
frequentemente hemiparéticos, acometendo membro superior e membro inferior, dependendo do lado cerebral acometido,
possuindo uma maior incapacidade dos que os pacientes sem espasticidade (Lundstrom et al., 2008).
Dessa forma, a espasticidade é uma sequela motora muito incapacitante, presente na maior parte dos casos de AVE,
limitando as atividades funcionais, o que se faz necessária a avaliação e intervenção sobre a mesma, tendo em vista que o
aumento do tônus muscular gera grande incapacidade funcional interferindo na qualidade de vida desta população de pacientes.
Para mensuração do grau de espasticidade, usualmente e clinicamente é utilizada uma escala específica, chamada, “Escala
Modificada de Ashworth”, que é realizada por meio da mobilização passiva da extremidade através do arco de movimento,
para afastar origem de inserção de grupos musculares, quantificando a resistência ao movimento de forma rápida nas diversas
articulações (Teles et al., 2012).
Sob esse cenário, o tratamento através da toxina botulínica é considerado um padrão-ouro para reabilitação de
pacientes com sequelas pós AVE, haja vista que age através do bloqueio químico da transmissão neuromuscular via inibição da
liberação de acetilcolina. É um medicamento advindo do extrato purificado formado por um complexo proteico de origem
biológica, obtido a partir do Clostridium Botulinum, uma bactéria anaeróbia que, em condições apropriadas à sua reprodução
(10ºC, sem oxigênio e certo nível de acidez), cresce e produz sete sorotipos diferentes ou sete cadeias imunologicamente
distintas de neurotoxinas: A, B, C, D, E, F e G. Dentre esses, o sorotipo A é o mais potente e o que proporciona maior duração
de efeitos, utilizado tanto para fins terapêuticos como estéticos, haja vista que seus efeitos clínicos têm sido reconhecidos
desde o final do século XIX, caracterizado por ser um medicamento produzido por biossíntese em células vivas, diferente dos
sintéticos que são obtidos por síntese química (Mukai et al., 2011).
Diante dessas evidências, o tratamento de indivíduos com sequelas de AVE com o uso da toxina botulínica na
modulação da espasticidade tem tido grande aceitação pelos pacientes, pois este tratamento tem ocasionado ganho na
Amplitude de Movimento (ADM), melhora capacidade funcional e qualidade de vida e acredita-se que pacientes com sequelas
de AVE apresentam melhora da qualidade de vida e capacidade funcional após aplicação da toxina botulínica tipo A (Gouvêa
et al., 2015). As pesquisas acerca do assunto têm feito com que sejam desenvolvidas evidências e expostas experiências da
aplicação de toxina botulínica A em uma série de pacientes com sequelas pós AVE, e, desse modo, o presente estudo visa
identificar as evidências acerca do uso dessa toxina a esses pacientes, principalmente perante a espasticidade muscular, evento
fortemente relacionado após AVE.

2. Metodologia
Trata-se de uma pesquisa descritiva do tipo revisão integrativa da literatura, que buscou responder quais as evidências
sobre o uso da toxina botulínica no tratamento de sequelas pós acidente vascular cerebral (AVE). A pesquisa foi realizada
através do acesso online nas bases de dados National Library of Medicine (PubMed MEDLINE), Scientific Electronic Library
Online (Scielo), Cochrane Database of Systematic Reviews (CDSR), Google Scholar, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e
EBSCO Information Services, no mês de julho de 2021.
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Para a busca das obras foram utilizadas as palavras-chaves presentes nos descritores em Ciências da Saúde (DeCS):
em inglês: “botulinum toxi”, “paralysis”, “stroke”, “rehabilitation”, “muscle spasticity”, em português: “toxina botulínica”,
“paralisia”, “acidente vascular cerebral”, “reabilitação”, “espasticidade muscular”, em espanhol: “toxina botulínica”,
“parálisis”, “accidente vascular cerebral”, “rehabilitación”, “espasticidad muscular” e em francês: “toxine botulique”
“paralysie”, “coup”, “réhabilitation”, “spasticité musculaire”.
Como critérios de inclusão, foram considerados artigos originais, que abordassem o tema pesquisado e permitissem
acesso integral ao conteúdo do estudo, publicados no período de 2003 a 2021, em inglês, português, espanhol e francês. O
critério de exclusão foi imposto naqueles trabalhos que não estavam em inglês, português, espanhol e francês que não tinham
passado por processo de Peer-View e que não relacionassem a utilização da toxina botulínica para tratamento de sequelas pós
AVE.
A estratégia de seleção dos artigos seguiu as seguintes etapas: busca nas bases de dados selecionadas; leitura dos
títulos de todos os artigos encontrados e exclusão daqueles que não abordavam o assunto; leitura crítica dos resumos dos
artigos e leitura na íntegra dos artigos selecionados nas etapas anteriores. Após leitura criteriosa das publicações, 6 artigos não
foram utilizados devido aos critérios de exclusão. Assim, totalizaram-se 26 artigos científicos para a revisão integrativa da
literatura, com os descritores apresentados acima. Após esta seleção, filtraram-se por artigos dos últimos dezoito anos e por
artigos em línguas portuguesa, inglesa, espanhola e francesa.

3. Resultados e Discussão
Após a seleção dos artigos por meio dos critérios de inclusão e de exclusão, elaborou-se uma tabela (Tabela 1)
contendo as principais informações sobre o uso da toxina botulínica em pacientes com sequelas pós-AVE.

Tabela 1: Estudos utilizados na Revisão Integrativa e achados principais.

AUTOR ANO PRINCIPAIS ACHADOS

Gouvêa, D., et 2015 O tratamento de indivíduos com sequelas de AVE com o uso da toxina botulínica na modulação da
al. espasticidade tem tido grande aceitação pelos pacientes, pois este tratamento tem ocasionado ganho na
amplitude de movimento (ADM), melhora capacidade funcional e qualidade de vida.

Sposito, M. M. 2009 A Toxina Botulínica tipo A é uma terapia farmacológica que traz efeitos benéficos ao paciente com
M. espasticidade, como o ganho de amplitude de movimento e melhora da função dos membros afetados.

Souza, O. A., et 2016 O uso da toxina botulínica facilita o controle das contrações. No tratamento da espasticidade, a utilização da
al. toxina botulínica tipo A, em conjunto com Fisioterapia, é um método útil para reabilitação de pacientes que
apresentam espasticidade, como os que tiveram sequelas pós AVE, e inclusive, para os que tiveram
Traumatismo Crânio Encefálico (TCE)

Portella, L. V., 2004 A toxina botulínica atua bloqueando a liberação de acetilcolina no terminal pré-sináptico através da
et al. desativação das proteínas de fusão, impedindo que a acetilcolina seja lançada na fenda sináptica e, dessa
maneira, não permitindo a despolarização do terminal pós-sináptico e bloqueando, assim, a contração
muscular. Este medicamento, entretanto, não interfere na produção da acetilcolina e, por este motivo, o
bloqueio é reversível alguns meses após a aplicação.

Sposito, M. M. 2004 Quanto ao mecanismo de ação, a toxina botulínica tipo A age sobre a inibição da liberação de acetilcolina
M., et al. nos terminais nervosos motores e na ação sobre outros neurotransmissores, promovendo relaxamento
muscular (ação sobre músculos estriados; ação sobre o reflexo de estiramento medular), sendo de grande
valia no tratamento para pacientes com sequelas pós AVE.

Foley, N., et al. 2013 A administração deste fármaco está limitada a músculos específicos em doses controladas. Recomenda-se a
injeção intramuscular em cada músculo comprometido com a espasticidade, injeções subcutâneas podem
ser indicadas em situações especiais.

Fujimura, O. T. 2017 Ao utilizar a escala de avaliação de incapacidade, os escores para higiene e curativo melhoraram

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R. K. significativamente 2 e 6 semanas após a administração da toxina botulínica, mas não houve mudança
significativa na dor, e os escores totais para parâmetros de membros superiores exibiram melhora
significativa entre 2 e 12 semanas após sua administração.

Barbosa, C. M. 2017 As associações realizadas entre as variáveis evidenciaram a existência de chances maiores para ocorrência
R. do desfecho favorável em pacientes com paralisia facial após uso da toxina botulínica tipo A, em relação à
espasticidade e funcionalidade, quando comparado aos indivíduos que não receberam essa intervenção.

Lima, L. S. R., 2020 Seu efeito é reversível, durando aproximadamente de 3 a 6 meses, sendo esse período dependente do
et al. paciente, da frequência e quantidade de dose aplicada, ou seja, a aplicação da toxina botulínica consiste em
um tratamento reversível de curto prazo.

Anjos, A. A. S., 2020 Relato de caso clínico mostrou efeitos positivos em relação ao tratamento com Toxina Botulínica A para
et al. correção de assimetria facial por paralisia pós AVE, foi eficaz para devolver estética, simetria, função e
equilíbrio muscular à face da paciente, sendo possível observar a satisfação da mesma ao final do
tratamento.

Ênia, J. R. N., et 2021 O uso da toxina botulínica na reabilitação de pacientes com paralisia facial vem aumentando cada vez mais
al. e os estudos a respeito do produto estão em crescimento, de forma a se alcançar um protocolo único de
utilização, mesmo que ainda pode-se notar escassez desses estudos. A reabilitação dos pacientes com
paralisia facial utilizando a toxina botulínica é eficaz e segura, sendo uma opção, principalmente, para
melhorar a assimetria facial.

Pimentel, L. H. 2014 Em pacientes com hemiparesia espástica secundária ao AVE, à aplicação de TBA com tempo de intervalo
C., et al. do evento superior a 6 meses, os resultados demonstraram melhoria da espasticidade. No entanto, A
melhora da velocidade de marcha e da independência funcional não foram correlacionadas com a dose de
TBA na amostra analisada.

Figallo, S. M. 2020 A neurotoxina botulínica é um produto altamente eficaz e potente que pode ser usado de forma terapêutica,
A., et al. e dentro da odontologia ela tem sido utilizada em diversos tratamentos, como no equilíbrio facial em
pacientes que apresentam paralisia facial. Com isso os pacientes passam a ter um condicionamento da
atividade muscular, promovendo um equilíbrio na simetria da face, através de um tratamento menos
invasivo que melhora além de questões funcionais, a autoestima e questões psicológicas do indivíduo.

Oliveira, D. R. 2017 Os efeitos benéficos do uso da toxina botulínica no tratamento da espasticidade são evidenciados na Escala
N., et al. de Ashworth, e parecem potencializar o tratamento fisioterapêutico. No entanto, algumas contraindicações
podem ser citadas, como: doenças neuromusculares, hipersensibilidade à toxina botulínica, gestantes e uso
antibióticos.

Casaca, I. 2006 Cerca de 10% dos pacientes tratados com TBA desenvolvem anticorpos à toxina, e segundo pesquisas, isso
pode acontecer por administração de doses altas de TB em pequenos intervalos de tempo. Por isso,
recomenda-se que as doses administradas sejam as menores possíveis por sessão.

Cardoso, E. 2003 O uso da TBA em 20 pacientes com espasticidade após AVE foi capaz de melhorar a amplitude de
movimento e o score na Escala de Ashworth. Neste estudo, os pacientes apresentaram melhoras também na
escala de Medida da Independência Funcional (MIF).

Ward, A. B, et 2014 Em pacientes com hemiplegia e hemiparesia espástica secundária ao AVE, a aplicação da TBA, com tempo
al. de intervalo do evento igual ou superior a 3 meses, resultou em uma menor espasticidade, maior
deambulação e melhoria nas atividades funcionais de vida diária.

Wolfgang, H. J, 2014 Em pacientes com sequelas secundárias ao AVE, a aplicação de TBA, com tempo médio de intervalo do
et al. evento entre 7 meses, com quantidade e doses dependentes do protocolo e do aplicador, os resultados foram
menor espasticidade e melhora no quadro de dor.

Veverka, T., et 2016 Os resultados da aplicação de TBA em pacientes com sequelas pós AVE foram a diminuição da
al. espasticidade, aumento da atividade funcional, da deambulação, da atividade cortical, do controle motor e
da potência muscular na região tratada.

Serrano, S, et al. 2014 O tratamento com TBA é eficaz na redução da espasticidade e na melhoria das amplitudes articulares dos
membros superiores. A escala Goal Attainment Scaling (GAS) mostrou-se uma ferramenta sensível e útil,
tendo a maioria dos doentes atingido os objetivos mínimos traçados inicialmente. Na perspectiva do doente,
a maioria teve uma noção de benefício subjetivo com a aplicação da TBA.

Barbosa, A. C., 2020 Efeitos adversos sistêmicos raros relatados após aplicação de TBA nos membros inferiores incluem
et al. fraqueza muscular distante do local da injeção, disfagia, boca seca, entre outros.

Lauaté, J., et al. 2004 Este estudo confirma que a toxina botulínica pode melhorar o conforto de pacientes com espasticidade de

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membros superiores e aumento da preensão palmar, além de melhorar e otimizar estratégias para o
tratamento da espasticidade focal dos membros inferiores.

Slawek, J., et al. 2005 Obtiveram um resultado estatisticamente significativo na redução do tônus muscular e do posicionamento
das mãos, na capacidade de realizar tarefas motoras simples e um efeito de curta duração de melhoria na
função do braço e funções simples da mão. Os movimentos muito complexos não diferiram
significativamente após aplicação da injeção, embora, em alguns casos individuais os pacientes foram
capazes de alcançar melhorias nesse aspecto.

Elovic, E. P., et 2008 Até 5 tratamentos com TBA entre 12 e 56 semanas em pacientes com espasticidade pós-AVE foi bem
al. tolerado e melhorou significativamente o tônus muscular, com deficiência diminuída e melhor qualidade de
vida dos pacientes.

Kaji, R., et al. 2010 TBA em altas doses reduziu a espasticidade nos músculos dos membros superiores e melhorou o
desempenho nas atividades de vida diária dos pacientes em termos de posição do membro e curativo. Além
disso, nenhuma diferença clinicamente relevante ou intercorrências foram observadas na frequência dos
pacientes das amostras.

Demetrios, M., 2013 A injeção de TBA, seguida por terapia de movimento induzida por restrição modificada (mCIMT), mostrou
et al. melhorar a espasticidade e a função motora do membro superior em pacientes com AVE crônico com
atividade motora residual voluntária do membro superior.

Fonte: Autores.

As neurotoxinas, de modo geral, atuam irrompendo a transmissão do impulso nervoso da célula neuronal, seu papel
principal é afetar o processo de exocitose das vesículas sinápticas que produzem um bloqueio na liberação de acetilcolina,
gerando assim, uma debilidade muscular prolongada (Barbosa, 2017). Seu uso para melhorar a assimetria da face em pacientes
com paralisia facial adjacentes às sequelas do AVE, principalmente por meio da toxina botulínica, é um procedimento
minimamente invasivo, muito eficiente e que apresenta alto índice de satisfação para os pacientes, e, por isso, vem sendo
comumente utilizado, mesmo que ainda não exista um protocolo único de aplicação (Figallo et al., 2020).
Segundo Cardoso (2003), a Toxina Botulínica tipo A (TBA) é uma terapia farmacológica que traz efeitos benéficos ao
paciente com espasticidade, como o ganho de amplitude de movimento e melhora da função dos membros afetados. O
tratamento da espasticidade com a toxina botulínica tem maior êxito quando a administração segue alguns critérios, como: o
ajuste da dose de acordo com a idade, com o peso, grau de espasticidade e musculatura administrada (Sposito, 2009). Aliado a
isso, existem evidências de que a fisioterapia nesses pacientes se torna mais eficiente quando o tratamento é associado à TBA,
especialmente quando essa intervenção ocorre durante o primeiro mês após a aplicação, haja vista que essa substância parece
produzir melhoras na qualidade de vida, na função motora, espasticidade e amplitude de movimento (Oliveira et al., 2017).
No paciente com sequelas pós AVE, quando a espasticidade se torna incapacitante, a toxina botulínica do tipo A
(BTX-A) é uma opção de tratamento frequentemente oferecida em combinação com terapia física e ocupacional. No membro
superior, mecanicamente, a BTX-A pode reduzir o tônus adutor no ombro e o tônus flexor no cotovelo, punho e dedos. Embora
os objetivos específicos do tratamento variem de acordo com as preferências do paciente e do cuidador, eles geralmente
incluem função aprimorada, amplitude de movimento passiva e ativa aumentada, melhor higiene das mãos, redução da dor,
capacidade aprimorada de controlar a posição do membro e maior facilidade de vestir (Foley, et al., 2013) Portanto, acredita-se
que pacientes com sequelas de AVE apresentam melhora da qualidade de vida e capacidade funcional após aplicação da toxina
botulínica tipo A (Gouvêa et al., 2015). Em estudo de Elovic et al. (2008), o tratamento com TBA por até 12 meses, aliado à
fisioterapia, resultou em melhorias estatisticamente significativas nos pacientes com deficiência funcional decorrente das
sequelas do AVE.
Desse modo, nota-se que a TBA representa a terapia padrão-ouro para espasticidade focal após acidente vascular
cerebral, com baixa prevalência de complicações, reversibilidade e eficácia na redução da hipertonia espástica. (Souza et al.,
2016). Portanto, está indicada e é reconhecida como o tratamento mais eficaz de duração temporária para devolver a simetria

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em pacientes com paralisia facial, porém é necessário conhecimento teórico e técnico de profissionais especializados para
tratar e reabilitar pacientes com esse tipo de alteração. (Anjos et al., 2020), haja vista sua capacidade de contribui para
melhorar não só a espasticidade em si, mas também para melhorar as dificuldades nas atividades de vida diária associadas à
espasticidade de membros superiores (Fujimura, 2017).
Segundo Lima et al. (2020), os efeitos clínicos começam a aparecer a partir de 2 a 10 dias após a injeção, e o efeito
máximo visível acorre após 14 dias após a aplicação, e o que determina o número de unidades aplicadas é a indicação e os
tamanhos dos músculos envolvidos. Além disso, recomendações pós aplicação são necessárias, visto que, para ter um bom
resultado, deve-se respeitar a não realização de qualquer exercício físico, viagens aéreas, abaixar a cabeça nas primeiras 4
horas. Além disso, o tratamento da espasticidade com a toxina botulínica tem maior êxito quando a administração segue alguns
critérios, como: o ajuste da dose de acordo com a idade, com o peso, grau de espasticidade e musculatura administrada
(Sposito, 2009).
Estudo de Wolfgang et al. (2014) e tiveram como resultado a diminuição dos padrões dolorosos, haja vista que,
independentemente da ação da TB sobre o estado de tensão muscular, resultados também são encontrados na diminuição do
limiar doloroso, pois a mesma pode atuar também no bloqueio de neurotransmissores liberados por nociceptores. Já no que se
refere ao sistema nervoso central, Veverka et al. (2016) avaliou a ativação do córtex motor e do cerebelo, por meio de
ressonância magnética. Segundo o autor, a intervenção da TB acompanhada da cinesioterapia é causadora do aumento da
ativação de determinadas áreas do SNC, em decorrência do incremento das informações aferentes para o encéfalo.
O estudo de Serrano et al. (2014) constatou que o tratamento da espasticidade do membro superior com toxina
botulínica do tipo A foi visivelmente bem tolerado e eficaz em termos de redução da hipertonia espástica e no atingimento de
objetivos individualizados. Os resultados sugerem que o tratamento com TBA é seguro e eficaz na redução da espasticidade
nas articulações avaliadas e na melhoria das amplitudes articulares do membro superior em complementaridade com o
programa convencional de reabilitação. As associações realizadas entre as variáveis evidenciaram a existência de chances
maiores para ocorrência do desfecho com uso da toxina botulínica tipo A, em relação à espasticidade e funcionalidade quando
comparado aos indivíduos que não receberam essa intervenção (Lauaté, et al., 2004). Segundo Pimentel, et al. (2014), o efeito
benéfico da TBA na espasticidade dos membros superiores é mesmo notório, incluindo melhora na subescala motora da
Medida de Independência Funcional (MIF). No entanto, o autor não conseguiu estabelecer a eficácia dessa substância no
tratamento da espasticidade dos membros inferiores.
Dentre os efeitos colaterais, o uso da TBA pode provocar dor, astenia, hematomas ou equimose nos locais de
aplicação. Raras vezes, podem acontecer reações sistêmicas, como síndrome gripal e fraqueza muscular em músculos distantes
da injeção (Casaca, 2006). Aliado a isso, Barbosa et al (2020) alega que osefeitos adversos são geralmente de dois tipos:
aqueles relacionados à injeção local; e aqueles relacionados aos efeitos sistêmicos da disseminação da toxina, e que fraqueza
contralateral após o tratamento com TBA é um efeito adverso raramente relatado.
Não existe um consenso na literatura sobre a dosagem limite para o aparecimento dos efeitos indesejáveis da TBA.
Casaca (2006) sugere que a dosagem de aplicação dessa toxina não deve exceder entre 600 a 800 U, enquanto que Portella et
al. (2020) sugerem a dosagem limite de 300 a 400 U, reportando que pacientes que recebem doses anuais acima de 500 U
apresentam progressivamente mais chances de desenvolver anticorpo para a TBA. A melhor forma de uso parece ser, então, a
aplicação em doses reduzidas, em áreas menores, e com um intervalo não muito longo entre as aplicações.
Resultados do estudo de Kaji et al. (2020) demonstraram que a dose de TBA entre 200 e 240 U tem eficácia clínica
para o tratamento do pulso e dos dedos de pacientes com espasticidade pós AVE, sem eventos adversos limitantes de dose, o
que pode ser vantajoso quando os efeitos colaterais são uma desvantagem na prática clínica. No entanto, não existe
contraindicação absoluta para a utilização da TBA, porém, as contraindicações relativas são: precauções com a gravidez e

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lactação, com o uso de antibióticos, com doenças neuromusculares e com hipersensibilidade à toxina (Casaca, 2006). Desta
forma, conclui-se que a toxina botulínica pode ser usada em associação com a fisioterapia no tratamento da espasticidade de
maneira segura, desde que sejam obedecidas as recomendações do uso (Barbosa, et al., 2020).
Portanto, infere-se que a aplicação da TBA resulta na diminuição da espasticidade presente em indivíduos com lesão
cerebral, e que esse medicamento pode ser aplicado utilizando-se técnicas diferentes para cada paciente, sendo que a duração
dos efeitos é variada entre eles. Além disso, os efeitos observados em uma aplicação nem sempre são evidenciados em
aplicações subsequentes em um mesmo indivíduo (Portella et al., 2004). Desse modo, a melhora da atividade funcional,
espasticidade e deambulação, como relatado em estudo de Ward, et al. (2014), são capazes de retratar a diminuição das
sequelas motoras pós AVE, alcançando, assim, uma das últimas fases do tratamento clínico: o restabelecimento funcional.
A administração deste fármaco está limitada a músculos específicos em doses controladas. Recomenda-se a injeção
intramuscular em cada músculo comprometido com a espasticidade. Injeções subcutâneas podem ser indicadas em situações
especiais. Assim, as injeções de TBA são um método valioso, reversível e seguro de tratamento, resultando em uma ampla
gama de benefícios, com melhoria funcional mensurável. No entanto, a elaboração do plano terapêutico deve ser claramente
estabelecida antes da terapia com a toxina, pois a melhora funcional é mais empírica naqueles pacientes com força muscular
residual e função da mão, por isso, o tratamento deve ser individualizado em todos os casos (Slawek et al., 2005). Desse modo,
a prática clínica para essa terapia deve ser baseada em um nível de julgamento profissional, por meio de estudos clínicos e
experiencia empírica dos profissionais, e mais ensaios são necessários para facilitar a prática médica baseada em evidência
(Demetrios et al., 2013)

4. Conclusão
Nota-se que o AVE continua sendo uma das grandes preocupações da atualidade, haja vista que é uma doença
intimamente relacionada ao declínio da capacidade funcional e qualidade de vida, com quadro clínico é variado, e sequelas, na
grande maioria dos casos, como a hemiparesia ou hemiplegia espástica. A toxina botulínica tipo A, que age através do
bloqueio da transmissão neuromuscular via inibição da liberação de acetilcolina, é um tratamento bem estabelecido para
espasticidade pós-AVE, com resultados clínicos favoráveis. No entanto, é de suma importância que se avalie de maneira
singular cada paciente, bem como que a equipe multidisciplinar trace um plano terapêutico com base em suas limitações e
funcionalidades preservadas.
Haja vista que a TBA bloqueia a hiperatividade muscular, produz o relaxamento da musculatura e atua na liberação de
diversas substancias dos neurônios que promovem a espasticidade, bem como impede a liberação de substâncias nociceptivas,
a aplicação dessa toxina, aliado à fisioterapia continuada, é o tratamento de primeira escolha para a espasticidade muscular,
particularmente em pacientes que apresentam sequelas pós acidente vascular cerebral, com o intuito de aumentar a mobilidade,
amplitude de movimento, facilitar a realização da higiene e de outras atividades funcionais, melhorar o desgaste da
imobilização e a dor, e, dessa maneira, promover a melhoria da qualidade de vida desses pacientes. Dessa forma, estudos
posteriores serão de suma relevância para melhor qualidade empírica deste tratamento, haja vista que se trata de uma
propedêutica relativamente atual e ainda com poucas evidências afincas.

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