FILOSOFIA
FILOSOFIA
FILOSOFIA
TEORIA DO
CONHECIMENTO
O que é o conhecimento?
Que tipos de conhecimento existem?
Quais as fontes do conhecimento?
Qual a origem do conhecimento?
Será que o conhecimento é possível?
Qual o fundamento do conhecimento?
CONHECIMENTO
É inseparável de um contexto.
O saber-
saber-que també
também se designa
por conhecimento factual,
factual,
podendo ser expresso com outras
locuç
locuções: por exemplo, «sei onde»
onde»;
«sei quando»
quando»; «sei quem»
quem», etc.
etc.
CONTEXTO
REALIDADE LINGUAGEM
Elementos indissociáveis
no conhecimento do mundo
na construção
na comunicação dos resultados do conhecimento
de uma visão
do mundo e de
uma cultura
1.1.2. Definição tradicional de conhecimento
CONHECIMENTO PROPOSICIONAL
(SABER-QUE)
SUJEITO CRENÇ
CRENÇA OBJETO
O verdadeiro e o
Atitude de adesão a uma falso de qualquer
Saber é acreditar determinada proposição, crença dependem
naquilo que se sabe. tomando-a como de algo exterior à
verdadeira. própria crença.
A crença é uma condição necessária do conhecimento. Mas as crenças podem ser verdadeiras ou falsas.
DEFINIÇÃO TRADICIONAL DE CONHECIMENTO
CONDIÇÕES DO CONHECIMENTO
S dispõe de
S acredita que P. P é verdadeira. justificação ou
provas para
acreditar que P.
Todas as três
condições são Crença, verdade
necessárias e justificação:
para que haja condições
conhecimento. necessárias e
Consideradas suficientes para
isoladamente, que haja
nenhuma delas conhecimento.
é suficiente.
1.1.3. Críticas à definição tradicional de
conhecimento
EDMUND GETTIER
JUSTIFICAÇÃO DO
CONHECIMENTO
PENSAMENTO SENTIDOS
OU RAZÃO Perguntar pela fonte do (EXPERIÊNCIA SENSÍVEL)
conhecimento equivale,
a perguntar pela forma
como é possí
possível
Juízos a priori Juízos a posteriori
conhecer a verdade de
Exemplo: um determinado juíjuízo ou Exemplo:
pela justificaç
justificação que
«5 + 5 = 10». «O Sol brilha».
apresentamos para esse
conhecimento.
Juízos cuja verdade pode ser conhecida Juízos cuja verdade só pode ser conhecida
independentemente de qualquer experiência, através da experiência sensível.
tendo, portanto, origem no pensamento ou razão.
Baseia-se em juízos a priori, tendo a sua fonte ou Baseia-se em juízos a posteriori, tendo a sua
origem apenas no pensamento ou na razão. É origem na experiência. É o conhecimento
justificado pela razão e não pela experiência. empírico, justificado pela experiência.
RACIONALISMO EMPIRISMO
(Racionalismo do século XVII) (Empirismo inglês do século XVIII)
Valorização do Valorização do
conhecimento a conhecimento a
priori (mas não se posteriori (mas não
nega a existência se nega a existência
do conhecimento do conhecimento a
a posteriori). priori).
FUNDACIONALISMO De acordo com a definição tradicional de
conhecimento, uma crença encontra-se justificada se
tivermos razões para pensar que ela é verdadeira.
permitem evitar a
SIM NÃO
DOGMATISMO CETICISMO
DOGMATISMO
Ceticismo Ceticismo
metódico sistemático
Filósofo racionalista
REGRAS DO MÉTODO
Intuição Dedução
moral
mecânica medicina
física
metafísica
DÚVIDA
Se alguma crenç
crença
resistir à dúvida,
Recusar todas as crenças em que se note a então ela poderá
poderá
mínima suspeita de incerteza. ser a base ou o
fundamento para
as restantes.
É um instrumento da luz natural ou razão, posto
ao serviço da verdade.
Por causa dos Porque os Porque não Porque alguns Porque pode
preconceitos e sentidos são dispomos de um seres humanos se existir um deus
dos juízos muitas vezes critério que nos enganaram nas enganador, ou
precipitados que enganadores: permita discernir demonstrações um génio
formulámos na convém fazer de o sonho da matemáticas. maligno, que
infância. conta que nos vigília. sempre nos
enganam engana.
sempre.
Esta hipó
hipótese equivale a admitir que o entendimento humano é de tal natureza
que se engana sempre, mesmo quando pensa captar a verdade.
CARACTERÍSTICAS
DA DÚVIDA
FUNÇÃO DA DÚVIDA
Tem uma função catártica, já que liberta o espírito dos erros que o
podem perturbar ao longo do processo de indagação da verdade.
Afirmação da
minha
existência
CARACTERÍSTICAS DO COGITO
CLAREZA DISTINÇÃO
Separação de uma
ideia relativamente a
EVIDÊNCIA
Presença da ideia ao outras: não lhe estão
espírito. associados elementos
que não lhe
pertençam.
No erro intervêm:
ENTENDIMENTO VONTADE
Dá ou não o
consentimento aos
Formula juízos. juízos que o
entendimento
formula.
Qualidades subjetivas
Ser humano
(não estão presentes nos
corpos)
Fundacionalismo de Descartes
Ideias inatas
– conhecimento claro e distinto
Principais verdades:
- a existência do pensamento (alma), traduzida no cogito;
- a existência de Deus, ser perfeito, com os atributos respetivos;
- a existência de corpos extensos em comprimento, largura e altura.
Filósofo empirista
Perceções
Grau de Ideias
Impressões maior força e menor
(pensamentos)
vivacidade
São as representações
das impressões, ou as
São as perceções mais suas imagens
vívidas e fortes, como enfraquecidas.
As ideias derivam das
as sensações, emoções Exemplo: a memória
impressões, são cópias
e paixões. da cor de uma flor.
delas.
Exemplo: a cor de uma (As ideias da memória
flor. são mais fortes e
vívidas que as da
imaginação.)
Não existem ideias
inatas.
Ideias
Impressões
(pensamentos)
Simples
Exemplo: Exemplo:
Não admitem qualquer
sensação visual de um memória de um tom
separação ou divisão.
tom de verde. de verde.
Complexas
Ideias simples derivam de impressões simples, mas muitas ideias complexas não resultam de impressões complexas.
A ideia de Deus, por exemplo, referindo-se a um Ser infinitamente inteligente, sábio e bom, é uma ideia complexa
que tem por base ideias simples que a mente e a vontade compõem, elevando sem limite as qualidades de bondade
e sabedoria. Nenhum objeto da experiência sensível lhe corresponde.
Tipos ou modos de
conhecimento
Não estão A sua
dependentes justificação
RELAÇÕES DE QUESTÕES DE
do confronto encontra-se na
com a
IDEIAS FACTO experiência
experiência. sensível.
Conhecimento a Conhecimento a
priori, traduzido posteriori,
em proposições traduzido em
São sempre necessárias. proposições
verdadeiras, em contingentes.
quaisquer
circunstâncias. Verdades Verdades Poderiam ter
Negá-las implica necessárias. sido falsas.
contingentes.
contradição. Exemplo: Negá-las não
Exemplo: «As
São os «2 + 4 = 6.» implica
estrelas
conhecimentos contradição.
cintilam.»
da lógica e da
matemática. Os conhecimentos a priori nada nos dizem de substancial acerca do mundo.
Exemplo:
Até hoje, sempre o calor dilatou os corpos. Logo, isso irá
igualmente verificar-se amanhã.
CONEXÃO NECESSÁRIA?
As certezas relativas
A única coisa que percecionamos é que aos factos futuros
entre dois fenómenos se verifica uma têm só um
conjunção constante. fundamento
psicológico: o hábito
ou costume.
Conhecimento O conhecimento acerca dos factos futuros
a posteriori e é apenas suposição ou probabilidade,
não a priori. assentando na expectativa.
MUNDO (REALIDADE
EU DEUS
EXTERIOR)
Mitigado ou
moderado: Hume
Só conhecemos as A crença na reconhece as
perceções, pelo que a existência de algo limitações
realidade acaba por se para lá dos fenómenos das nossas
reduzir aos carece de capacidades
fenómenos. fundamento. A cognitivas e a
capacidade cognitiva nossa propensão
do entendimento para o erro.
humano limita-se ao
âmbito do provável.
Crenças básicas para um empirista: crenças de que se está Baseiam-se nas
a ter estas ou aquelas experiências. impressões dos sentidos.
1.2.5. Análise comparativa das teorias de
Descartes e Hume
ANÁLISE COMPARATIVA DAS TEORIAS DE DESCARTES E HUME
DESCARTES HUME
A experiência é a fonte principal do conhecimento e
A razão é a fonte principal do conhecimento – Origem do todas as ideias têm uma origem empírica –
racionalismo. conhecimento empirismo.
Há ideias factícias, adventícias e inatas. A partir das Não há ideias inatas. As ideias associam-se por
Operações da semelhança, contiguidade no tempo e no espaço e
ideias inatas, obtém-se o conhecimento (por
intuição e dedução).
mente e ideias causalidade. Sublinha-se o papel do raciocínio
indutivo.