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Aerod. Comp. - Trabalho Prático

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Universidade Federal de Uberlândia

Faculdade de Engenharia Mecânica


Graduação em Engenharia Aeronáutica

Aerodinâmica Computacional
Trabalho Prático

Prof. Dr. João Rodrigo Andrade

Arthur Barbosa Gomes - 11721EAR001


Luíza Santos Machado de Alencar - 11521EAR021
Yasmin de Souza Máximo - 11721EAR017

Uberlândia, 5 de abril de 2022


Sumário
1 Caracterização do problema e modelos físicos 2

2 Simulação Inicial 3
2.1 Parâmetros da simulação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2.2 Resultados e discussões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

3 Simulação Comparativa: Aumento no diâmetro da tubulação 8


3.1 Parâmetros da simulação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
3.2 Resultados e discussões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

4 Simulação Comparativa: Aumento na intensidade turbulenta 12


4.1 Parâmetros da simulação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
4.2 Resultados e discussões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

5 Simulação Comparativa: Modificação no modelo de turbulência 16


5.1 Parâmetros da simulação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
5.2 Resultados e discussões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

REFERÊNCIAS 20

1
1 Caracterização do problema e modelos físicos
O projeto consiste na simulação de uma tubulação com injeção simultânea de água
em temperatura e velocidade baixas, em um diâmetro elevado, e água em temperatura
e velocidade altas, em um diâmetro reduzido. A Figura 1 apresenta o modelo físico do
problema a ser simulado.

Figura 1: Modelo físico analisado

O modelo foi recriado como uma peça sólida via SolidWorks®, apresentada na Figura 2.

Figura 2: Modelagem do componente em ambiente CAD

2
2 Simulação Inicial

2.1 Parâmetros da simulação

Inicialmente, exigiu-se uma simulação básica do modelo anterior, segundo as especifi-


cações da Figura 1, apresentada anteriormente. A Tabela 2 apresenta os dados utilizados
para a modelagem no Fluent. As Figuras 3 e 4 apresentam as taxas de convergência para
a simulação. A utilização de 300 iterações se mostrou desnecessária, dado que já havia
convergência por volta de 120 iterações. Este valor foi reduzido em soluções posteriores.

Figura 3: Convergência da temperatura na saída

Figura 4: Convergência geral dos parâmetros simulados

3
Tabela 1: Parâmetros utilizados para a simulação inicial

Valores/Condições
Componente Descrição
Utilizados
Necessidade de maior
Elementos de
3 mm refinamento para a simulação
malha
efetiva do escoamento

Refinamento dos elementos


nas regiões próximas à superfície
Inflation Program Controlled
da tubulação, para garantir
melhor acurácia da simulação

Modelo de Standard k-ϵ [1], com as considerações


Turbulência model (2 equations) de "Enhanced Wall Treatment"

ρ = 1000 kg/m³
Fluido em µ = 8 × 10−4
Água Líquida
escoamento k = 0.677 w/mK
cp = 4216 J/kgK

V = 0.4 m/s
Entrada principal T = 20 ºC
d = 100 mm
Condições de
Contorno
V = 1.2 m/s
Entrada aquecida T = 40 ºC
d = 25 mm

Relacionado ao nível de
turbulência e às escalas de
Intensidade Turbulenta 5%
turbulência presentes no
fluido na entrada do escoamento

Metodologia mais simples


Acoplamento SIMPLE
para resolução das
Pressão-Velocidade Green-Gauss Node Based
Equações de Navier-Stokes.

Critério de Estabilidade da temperatura Verificação de estabilidade


Convergência na saída da tubulação na superfície de saída do fluido

4
O Standard k-ϵ Method é o padrão para realizações de simulações em Ansys. O método
baseia-se em equações de transporte de modelo para a turbulência, levando em consideração
a energia cinética (k) e sua taxa de dissipação (ϵ). A equação de transporte que modela
k é baseada na equação exata, enquanto a equação de transporte que modela ϵ foi obtida
usando raciocínio físico e tem pouca semelhança com sua contraparte matematicamente
exata [1].
A utilização da Metodologia SIMPLE baseou-se na simplicidade do modelo físico pro-
posto. Tanto a pressão quanto o momento foram discretizados em modelos de Ordem 2,
com considerações de Upwind para o momento. A energia cinética e a taxa de dissipação
foram modelados em Ordem 1 com considerações de Upwind.

2.2 Resultados e discussões


Com a simulação realizada, foram coletados dados das propriedades dos fluidos ao longo
do escoamento. Para todas as análises, considerou-se as propriedades na seção central dos
tubos.
As Figuras 5, 6 e 7 apresentam os mapas de contorno, respectivamente, para velocidade
do escoamento, temperatura do fluido e pressão sobre a tubulação.

Figura 5: Velocidade do escoamento

Analisando a Figura 5, é possível observar algumas características do escoamento. Ini-


cialmente, é possível perceber a formação do perfil de velocidade na entrada principal da
tubulação. Nota-se um perfil parabólico de velocidade antes do escoamento acelerado co-
meçar a afetá-lo. Isso se mostra coerente com o modelo de Escoamento de Couette com
paredes fixas.

5
Além disso, há a aparente formação de uma zona de recirculação à esquerda do tubo
vertical, devido à interação entre os dois escoamentos em velocidades diferentes atuar como
um gerador de vórtices.
Por fim, nota-se uma resistência de interação entre os escoamentos, que só adquirem
características mistas próximos à saída da tubulação.

Figura 6: Temperatura do fluido

A Figura 6 indica que as interações entre as temperaturas dos dois escoamentos seguem
um comportamento semelhante à camada limite fluidodinâmica. As características do
escoamento misto se mostram mais presentes próximas à saída da tubulação.
Além disso, devido à diferença de velocidade entre os fluidos, parece haver a formação
de uma zona não afetada pelo escoamento quente, logo à direita da tubulação vertical. É
notável que a variação da temperatura parece se seguir em fluxo vertical no tubo.

6
Figura 7: Pressão sobre a tubulação

Por fim, a Figura 7 mostra o comportamento de pressão do fluido. Nota-se um compor-


tamento relativamente padronizado, com características médias entre os escoamentos de
entrada. Ressalta-se uma zona de baixa pressão próxima ao joelho da tubulação, que co-
labora para a formação da zona recirculatória comentada anteriormente, além do aumento
de pressão nas regiões em que o fluido inicia a interação.

7
3 Simulação Comparativa: Aumento no diâmetro da tu-
bulação

3.1 Parâmetros da simulação

Para promover comparações entre a simulação inicial, a entrada de fluido quente foi
ampliada e a simulação foi refeita. As figuras 8 e 9 apresentam as taxas de convergência
do modelo modificado, enquanto a Tabela 2 apresenta os dados da nova simulação, com as
modificações realizadas em negrito.

Figura 8: Convergência da temperatura na saída

Figura 9: Convergência geral dos parâmetros simulados

8
Tabela 2: Parâmetros utilizados para a simulação com diâmetro modificado

Valores/Condições
Componente Descrição
Utilizados
Necessidade de maior
Elementos de
3 mm refinamento para a simulação
malha
efetiva do escoamento

Refinamento dos elementos


nas regiões próximas à superfície
Inflation Program Controlled
da tubulação, para garantir
melhor acurácia da simulação

Modelo de Standard k-ϵ [1], com as considerações


Turbulência model (2 equations) de "Enhanced Wall Treatment"

ρ = 1000 kg/m³
Fluido em µ = 8 × 10−4
Água Líquida
escoamento k = 0.677 w/mK
cp = 4216 J/kgK

V = 0.4 m/s
Entrada principal T = 20 ºC
d = 100 mm
Condições de
Contorno
V = 1.2 m/s
Entrada aquecida T = 40 ºC
d = 50 mm

Relacionado ao nível de
turbulência e às escalas de
Intensidade Turbulenta 5%
turbulência presentes no
fluido na entrada do escoamento

Metodologia mais simples


Acoplamento SIMPLE
para resolução das
Pressão-Velocidade Green-Gauss Node Based
Equações de Navier-Stokes.

Critério de Estabilidade da temperatura Verificação de estabilidade


Convergência na saída da tubulação na superfície de saída do fluido

9
3.2 Resultados e discussões

Com a simulação realizada, foram coletados dados das propriedades dos fluidos ao longo
do escoamento, nas mesmas condições citadas anteriormente.
As Figuras 10, 11 e 12 apresentam os mapas de contorno, respectivamente, para velo-
cidade do escoamento, temperatura do fluido e pressão sobre a tubulação.

Figura 10: Velocidade do escoamento com diâmetro aumentado

Nota-se, segundo a Figura 10, que o aumento do diâmetro da tubulação permite a maior
entrada de fluido em velocidade elevada. Consequentemente, o perfil geral de velocidade
no domínio é maior, em comparação à Figura 5.
O valor da velocidade na saída possui mais características do fluido aquecido do que na
situação anterior. Nota-se, também, a diminuição da zona de recirculação, devido à maior
predominância do fluido rápido no escoamento.

10
Figura 11: Temperatura do fluido com diâmetro aumentado

Considerando a Figura 11, a temperatura geral do fluido se mostra caracteristicamente


maior em comparação à Figura 6. Novamente, a maior presença do fluido aquecido indica
maior domínio de suas características na tubulação.
Nota-se que a temperatura na saída é superior em relação à anterior, mas a área de tem-
peratura baixa no tubo vertical não sofreu muitas modificações, devido ao comportamento
do fluido de se mover vetorialmente para cima e para a direita.

Figura 12: Pressão sobre a tubulação com diâmetro aumentado

Por fim, na Figura 12, nota-se uma queda na pressão geral do sistema, mesmo com
o aumento da entrada de fluido rápido. Isso se deve ao aumento da tubulação promover
maior volume do domínio - consequentemente diminuindo a sua pressão.

11
4 Simulação Comparativa: Aumento na intensidade tur-
bulenta

4.1 Parâmetros da simulação

Para a nova simulação, realizou-se uma modificação nos parâmetros de intensidade


turbulenta na entrada dos fluidos. As figuras 13 e 14 apresentam as taxas de convergência
do modelo modificado, enquanto a Tabela 3 apresenta os dados da nova simulação, com as
modificações realizadas em negrito.

Figura 13: Convergência da temperatura na saída

Figura 14: Convergência geral dos parâmetros simulados

12
Tabela 3: Parâmetros utilizados para a simulação com intensidade turbulenta modificada

Valores/Condições
Componente Descrição
Utilizados
Necessidade de maior
Elementos de
3 mm refinamentopara a simulação
malha
efetiva do escoamento

Refinamento dos elementos


nas regiões próximas à superfície
Inflation Program Controlled
da tubulação, para garantir
melhor acurácia da simulação

Modelo de Standard k-ϵ [1], com as considerações


Turbulência model (2 equations) de "Enhanced Wall Treatment"

ρ = 1000 kg/m³
Fluido em µ = 8 × 10−4
Água Líquida
escoamento k = 0.677 w/mK
cp = 4216 J/kgK

V = 0.4 m/s
Entrada principal T = 20 ºC
d = 100 mm
Condições de
Contorno
V = 1.2 m/s
Entrada aquecida T = 40 ºC
d = 25 mm

Relacionado ao nível de
turbulência e às escalas de
Intensidade Turbulenta 10 %
turbulência presentes no
fluido na entrada do escoamento

Metodologia mais simples


Acoplamento SIMPLE
para resolução das
Pressão-Velocidade Green-Gauss Node Based
Equações de Navier-Stokes.

Critério de Estabilidade da temperatura Verificação de estabilidade


Convergência na saída da tubulação na superfície de saída do fluido

13
4.2 Resultados e discussões

Com a simulação realizada, foram coletados dados das propriedades dos fluidos ao longo
do escoamento, nas mesmas condições citadas anteriormente.
As Figuras 15, 16 e 17 apresentam os mapas de contorno, respectivamente, para velo-
cidade do escoamento, temperatura do fluido e pressão sobre a tubulação.

Figura 15: Velocidade do escoamento com intensidade turbulenta aumentada

Nota-se, segundo a Figura 15, poucas diferenças em relação à Figura 5. Em destaque, a


região da zona de recirculação diminuiu, devido à maior intensidade turbulenta na entrada
promover menor advecção do fluido que, consequentemente, se desenvolve em uma região
maior ao longo da tubulação.
No entanto, o perfil de velocidade se manteve quase idêntico ao caso base. O aumento
da intensidade turbulenta afetou pouco o desenvolvimento do fluido na tubulação.

14
Figura 16: Temperatura do fluido com intensidade turbulenta aumentada

Considerando a Figura 16 apesar de sutil, é possível verificar uma maior uniformidade


de temperaturas com relação à Figura 6. A região de temperatura do fluido aquecido
parece ter diminuído, além de haver uma redução pequena na temperatura da saída.
Isso é coerente com a teoria da transferência de calor por convecção, dado que os fluidos
quentes e frios têm maior tempo de interação e, consequentemente, trocam mais energia
térmica entre si. Mesmo assim, essa troca se mostra bem sutil e o perfil de temperaturas
se mostra semelhante ao anterior.

Figura 17: Pressão sobre a tubulação com intensidade turbulenta aumentada

Por fim, o campo de pressão da Figura 17 mostra-se indiferente da solução inicial, dada
na Figura 7. Aparentemente, a modificação da característica de turbulência afeta pouco o
sistema, sendo necessário um aumento muito elevado para promover uma distinção.

15
5 Simulação Comparativa: Modificação no modelo de
turbulência

5.1 Parâmetros da simulação

Para a última simulação, modificou-se o padrão de simulação da turbulência viscosa


para o k-ω SST Model. As figuras 18 e 19 apresentam as taxas de convergência do modelo
modificado, enquanto a Tabela 4 apresenta os dados da nova simulação, com as modificações
realizadas em negrito.

Figura 18: Convergência da temperatura na saída

Figura 19: Convergência geral dos parâmetros simulados

16
Tabela 4: Parâmetros utilizados com novas considerações de turbulência

Valores/Condições
Componente Descrição
Utilizados
Necessidade de maior
Elementos de
3 mm refinamentopara a simulação
malha
efetiva do escoamento

Refinamento dos elementos


nas regiões próximas à superfície
Inflation Program Controlled
da tubulação, para garantir
melhor acurácia da simulação

Modelo de k-ω SST [1], com as considerações


Turbulência Model (2 equations) de "Enhanced Wall Treatment"

ρ = 1000 kg/m³
Fluido em µ = 8 × 10−4
Água Líquida
escoamento k = 0.677 w/mK
cp = 4216 J/kgK

V = 0.4 m/s
Entrada principal T = 20 ºC
d = 100 mm
Condições de
Contorno
V = 1.2 m/s
Entrada aquecida T = 40 ºC
d = 25 mm

Relacionado ao nível de
turbulência e às escalas de
Intensidade Turbulenta 5%
turbulência presentes no
fluido na entrada do escoamento

Metodologia mais simples


Acoplamento SIMPLE
para resolução das
Pressão-Velocidade Green-Gauss Node Based
Equações de Navier-Stokes.

Critério de Estabilidade da temperatura Verificação de estabilidade


Convergência na saída da tubulação na superfície de saída do fluido

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O SST k-ω Model foi formulado para combinar efetivamente a formulação robusta e
precisa do Standard k-ω Model, na região próxima à parede, com a independência de fluxo
livre do modelo k-ϵ na região de transporte livre, utilizando-se da formulação de tensões
cisalhantes próximas às paredes para melhorar os resultados numéricos.

5.2 Resultados e discussões

Com a simulação realizada, foram coletados dados das propriedades dos fluidos ao longo
do escoamento, nas mesmas condições citadas anteriormente.
As Figuras 20, 21 e 22 apresentam os mapas de contorno, respectivamente, para velo-
cidade do escoamento, temperatura do fluido e pressão sobre a tubulação.

Figura 20: Velocidade do escoamento com modificações no modelo de turbulência

Conforme esperado do modelo de fechamento de turbulência, a Figura 20 apresenta


suas maiores distinções em relação à Figura 5 nas regiões próximas às paredes da tubula-
ção. Essa apresentou uma zona de recirculação inferior à estimada anteriormente, além de
reduzir o campo de velocidade nula no joelho da tubulação.
Na região de corrente livre, no entanto, praticamente não se nota diferenças entre o
modelo inicial e o modelo modificado.

18
Figura 21: Temperatura do fluido com modificações no modelo de turbulência

A análise da Figura 21 mostra um campo de temperaturas menos detalhado que a


simulação inicial, dada pela Figura 6. Nota-se parâmetros menos detalhados na região de
corrente livre com relação ao modelo inicial, que parece melhor representar o campo em
regime permanente.
Em regiões próximas às paredes, no entanto, não se nota nenhuma diferença com relação
ao campo inicial, devido à maior uniformidade de distribuição de temperatura.

Figura 22: Pressão sobre a tubulação com modificações no modelo de turbulência

O campo de pressão da Figura 22, mostra-se diferente da solução inicial, dada na


Figura 7, apresentando resultados mais uniformes. O Método SST k-ω se mostra menos
eficiente em apresentar os resultados mais detalhados em regiões de corrente livre.

19
Referências
[1] ANSYS Fluent Theory Guide.

20

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