Livro Didático de Língua Portuguesa
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© ALEXANDRE BECK
e os efeitos de sentido decorrentes do foco de ligação – ser (é) – que atribui ao alimento a característica de não ser carne, mas peixe (pela as qualidades/caracterizações sob a
narrativo típico de cada gênero, da carac- interpretação do menino). forma de um núcleo nominal, isto
terização dos espaços físico e psicológico e é, o predicativo do sujeito. Explore
dos tempos cronológico e psicológico, das
Verbos de ligação
com os estudantes os aspectos dis-
diferentes vozes no texto (do narrador, de
cursivos que emergem das diferentes
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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personagens em discurso direto e indireto), Alguns exemplos de verbos de ligação são ser, estar, permanecer, ficar, parecer, continuar, virar,
do uso de pontuação expressiva, palavras e tornar-se.
relações sintáticas. Se, por exemplo,
expressões conotativas e processos figura- quisermos qualificar uma pessoa por
tivos e do uso de recursos linguístico-gra- sua beleza, podemos recorrer à estru-
maticais próprios a cada gênero narrativo. Você sabe que os predicados devem conter necessariamente um verbo. O que define o tipo tura da predicação nominal: Maria
(EF69LP55) Reconhecer as variedades da BECK, Alexandre. Armandinho nove. Florianópolis: A. C. Beck, 2016. p. 90. de predicado de cada oração, porém, é o seu núcleo, que nem sempre é o verbo... Como? Em é bonita; Maria está bonita. Nesses
língua falada, o conceito de norma-padrão • As tirinhas causam humor por apresentar situações inesperadas. Qual é a situação inesperada na primeiro lugar, pense no que significa a palavra núcleo. Segundo o Dicionário Caldas Aulete exemplos, bonita é o predicativo
e o de preconceito linguístico. tirinha que você leu? 1. O fato de Armandinho não reconhecer peixe
Digital, o significado que nos interessa aqui é “parte essencial de algo”. Retome estas orações com a função de qualificar Maria.
(EF69LP56) Fazer uso consciente e refle- como um tipo de carne, assim como a outra da tirinha: Contudo, os verbos selecionados
xivo de regras e normas da norma-padrão 2. Releia as orações do segundo e do terceiro quadrinhos. personagem em relação ao camarão.
foram empregados para ligar o pre-
em situações de fala e escrita nas quais ela – Obrigada, Dinho... mas eu não como carne! dicativo ao sujeito; eles têm valores
deve ser usada. – Obrigada, Dinho... mas eu não como carne!
– Mas isto não é carne... isto é peixe! aspectuais e de modalidade: ser
(EF08LP04) Utilizar, ao produzir texto, – Mas isto não é carne... isto é peixe! bonita = aspecto permansivo; estar
conhecimentos linguísticos e gramaticais:
BECK, Alexandre. Armandinho nove. Florianópolis: A. C. Beck, 2016. p. 90. bonita = qualidade transitória.
ortografia, regências e concordâncias no- BECK, Alexandre. Armandinho nove. Florianópolis: A. C. Beck, 2016. p. 90.
minal e verbal, modos e tempos verbais, Como registramos, na primeira oração temos um verbo de ação e, na segunda, um verbo
a. Encontre os verbos das duas falas. 2. a) Como (comer); é (ser); é (ser).
pontuação etc.
b. Existe alguma diferença em relação ao que esses verbos expressam? de ligação. A parte principal do predicado, que contém a ideia central, é chamada de núcleo
(EF08LP06) Identificar, em textos lidos ou
do predicado. Na primeira oração, o núcleo é o verbo comer. Na segunda e na terceira orações,
de produção própria, os termos constituti- Vamos retomar as definições de sujeito e predicado.
vos da oração (sujeito e seus modificado- o núcleo do predicado está nas palavras carne e peixe.
res, verbo e seus complementos e modifi-
Sujeito é o termo ao qual o verbo ou locução verbal de uma oração se refere e sobre o
cadores). Predicado verbal é aquele que apresenta como núcleo, sua parte essencial, um verbo.
(EF08LP13) Inferir efeitos de sentido de- qual o predicado declara algo.
correntes do uso de recursos de coesão Predicado é o que se declara sobre o sujeito da oração. Ele pode expressar ação, carac-
sequencial: conjunções e articuladores terística ou estado do sujeito. Às vezes, pode expressar um fenômeno ou evento sem a Predicado nominal é aquele que tem como núcleo, sua parte essencial, um nome
textuais. presença de um sujeito na oração, como em: “Chove muito no verão tropical”. (substantivo, adjetivo, locução adjetiva). Os verbos que ocorrem nos predicados no-
(EF08LP14) Utilizar, ao produzir texto, minais são sempre de ligação.
recursos de coesão sequencial (articula- Estudar o predicado é conhecer a relação que se estabelece entre ele e o sujeito. Devemos
dores) e referencial (léxica e pronominal),
lembrar que o processo de predicação se refere a afirmar algo sobre alguma coisa. Essa função Além desses dois tipos de predicado, existe outro, que você estudará a seguir.
construções passivas e impessoais, dis-
curso direto e indireto e outros recursos desempenhada pelo predicado é sempre iniciada por um verbo.
expressivos adequados ao gênero textual.
(EF08LP15) Estabelecer relações entre 22 23
partes do texto, identificando o anteceden-
te de um pronome relativo ou o referente
comum de uma cadeia de substituições
lexicais. X Resposta
(EF08LP16) Explicar os efeitos de sentido 2. b) Espera-se que os estudantes identifiquem a diferença quanto ao primeiro verbo indicar uma ação e
do uso, em textos, de estratégias de mo- os outros indicarem um estado.
dalização e argumentatividade (sinais de
pontuação, adjetivos, substantivos, expres-
sões de grau, verbos e perífrases verbais,
advérbios etc.).
(EF89LP37) Analisar os efeitos de sentido
do uso de figuras de linguagem como iro-
nia, eufemismo, antítese, aliteração, asso-
nância, dentre outras.
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Sobre predicado verbo- X Respostas
-nominal 1. a) “´[...] vamos esclarecer a história,
A classificação do predicado como [...]”: predicado verbal. / “´[...] porque al-
verbal, nominal ou verbo-nominal Faça as atividades ▪ Predicado verbo-nominal Atividades guém vai pagar essa brincadeira!”: pre-
no caderno. Faça as atividades
está associada à noção de predicativo, no caderno. dicado verbal.
• Leia a tirinha a seguir e responda às questões. 1. Leia estes trechos retirados do Auto da Compadecida e registre, no caderno,
um termo que qualifica outro. O predi- b) “´[...] está doente.”: predicado nomi-
o tipo de predicado de cada um.
cativo compõe tanto o predicado no- nal. / “´[...] vai pra o Recife”: predicado
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para sempre.") por outro (o pronome
estudantes a combinação entre o verbo eu).
figurado, indicando um lugar muito longe, abandonado.
de ação (que traz uma informação im- b) Traz a pista de que é ele próprio a b. O que a mudança nessa conhecida oração traz de pista sobre a 3. Releia esta fala do Auto da Compadecida.
portante em termos de significado para
personagem principal dela. história que ele estava lendo?
c) Que Garfield não só era a
a oração – viver) e o adjetivo (que in- personagem principal dela, como Pois o senhor anda com uns modos de falar muito esquisitos!
também seu autor.
c. O que revela o último quadrinho sobre a história?
forma sobre como o sujeito foi durante d) O verbo é vivi (viver), de ação. SUASSUNA, Ariano. Auto da Compadecida. 35. ed. Rio de Janeiro: Agir, 2005. p. 32.
todo o tempo em que durou essa ação O adjetivo feliz está se referindo à d. Considere a oração do primeiro quadrinho:
de viver). palavra eu (pronome), que exerce, no a. O verbo em destaque pode apresentar mais de um sentido? Quais? 3. a) O verbo andar nessa oração
caso, a função de sujeito. ...e eu vivi feliz para sempre! tem o sentido de estar.
b. Nesse caso, qual é o tipo de predicado da oração? 3. b) O predicado é nominal.
Sugestão DAVIS, Jim. Garfield. Folha de S.Paulo, São Paulo, 1o out. 2015. Ilustrada, p. C7. c. Substitua o verbo sem que o sentido da frase seja alterado. 3. c) Uma possibilidade é substituir
andar por está/tem estado.
Para se certificar da predicação ver-
• Qual é o verbo dessa oração? É um verbo de ação ou de ligação? 4. Leia esta tirinha e observe novamente o verbo andar.
bo-nominal, os estudantes podem
fazer um exercício de equivalência. O • O adjetivo feliz está se referindo a que palavra? Que função
sintática exerce essa palavra nessa oração?
© FERNANDO GONSALES
trecho “[...] candidatos que chegaram
atrasados...” equivale a: Os candida- • Reúna-se com um colega e releia o quadrinho, atentando ao nú-
tos chegaram (= predicado verbal) cleo. O que é possível inferir sobre ele?
+ Os candidatos estavam atrasados Há um tipo de predicado que reúne, ao mesmo tempo, um
(= predicado nominal). Se a turma núcleo verbal e um nominal, como você viu na tirinha do Garfield:
manifestar dificuldades, peça aos es-
verbo intransitivo adjetivo
tudantes que façam as equivalências
de outras frases. Exemplo: Nomearam ...e eu vivi feliz para sempre!
Daniela síndica (= nomearam Daniela núcleo verbal núcleo nominal
+ Daniela tornou-se síndica); Voltei da GONSALES, Fernando. Níquel Náusea. Folha de S.Paulo, São Paulo, 2 ago. 2018. Ilustrada, p. C7.
festa cansado (= voltei da festa + eu
Esse tipo de predicado, em que se encontram dois nú- a. Por que a cachorrinha julga primitivo o fato de os lobos ainda terem de buscar o próprio alimento?
estava cansado).
cleos – um verbal, que expressa uma ação, e um nominal, b. A que termo o adjetivo livres está sendo atribuído no primeiro quadrinho? Que tipo de verbo é
que revela uma predicação por meio de substantivos, andar? 4. a) Porque, como um bichinho de estimação, ela é alimentada pelo dono.
4. b) O adjetivo livres se refere ao termo lobos. O verbo andar é um verbo intransitivo, de ação.
adjetivos ou locuções adjetivas –, é chamado predicado c. Reúna-se com um colega para compararem qual é a diferença no sentido do verbo andar entre a
verbo-nominal. tirinha e o texto da atividade 3. 4. c) Na tirinha o verbo andar apresenta o sentido de caminhar, enquanto,
no texto da atividade, o sentido é de estar.
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Orientação Sobre oração coordenada
Os estudantes já tiveram a oportuni- sindética
dade de trabalhar, no volume do 6 o Faça as atividades As conjunções aditivas e adversati-
ano, os conceitos de frase, oração e Faça as atividades
no caderno.
Orações coordenadas Analise este período, retirado desse texto: no caderno.
vas já foram abordadas no volume 7 e
período, diferenciar período simples A oração é um enunciado construído por um verbo e um pre- Conseguem beber até 100 L de água de uma vez, protegem-se do calor com uma densa pelagem [...]. trabalhadas nesta Unidade, no tópico
de período composto, conheceram as sobre orações coordenadas. Agora,
dicado. Quando um período é composto de mais de uma oração,
conjunções e locuções conjuntivas, oração coordenada 1 oração coordenada 2 serão sistematizados os estudos sobre
podemos classificá-las como dependentes ou independentes.
que funcionam como conectivos ora- Repare que as duas orações coordenadas estão justapostas, não foram ligadas por conjunção as orações coordenadas alternativas,
As dependentes estão subordinadas à oração principal, ou seja,
cionais. Por isso, este é um momento ou locução conjuntiva. conclusivas e explicativas. Por isso,
o sentido delas está atrelado à outra.
para recordar esses conceitos e prepa- apenas reforce o conceito de que, na
rar os estudantes para a fixação sintá- Já as independentes sintaticamente apresentam sentido com- As orações coordenadas justapostas, sem o recurso de uma conjunção ou locução coordenação sindética, as orações são
tica das orações coordenadas. Peça pleto; uma oração não assume nenhuma função sintática da outra. conjuntiva, são chamadas assindéticas. unidas por meio de um conectivo ora-
a colaboração da turma e selecione • Leia a seguir a tirinha de Armandinho.
cional (conjunção ou locução con-
alguns estudantes para fazerem uma As orações coordenadas ligadas por conjunção ou locução conjuntiva são chamadas juntiva), que introduz um novo valor
© ALEXANDRE BECK
breve explicação oral sobre esses con- sindéticas. semântico à oração que ele coordena.
ceitos. Peça-lhes que ilustrem as expli- As conjunções que unem orações coordenadas são chamadas coordenativas.
cações com alguns exemplos. Esclareça
as possíveis dúvidas e dê sequência às Há cinco tipos de relação de sentido que podem ser estabelecidos pelas conjunções coor-
orientações de leitura do livro. denativas. Vamos estudar cada um deles.
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Sugestão
Se os estudantes tiverem dificuldade • Volte a este exemplo:
para identificar as orações coorde-
BECK, Alexandre. Armandinho nove. Florianópolis: A. C. Beck, 2016. p. 51. [...] protegem-se do calor com uma densa pelagem e têm gordura nas corcovas [...].
nadas, convém ensinar-lhes um modo
prático de separar as orações de um a. O que Lili entendeu da fala de Armandinho? E o que ele quis dizer?
MASSAO, Lucas. Sem medo de espinhos: como o camelo consegue comer cactos. Superinteressante,
período: a) oriente-os a ler todo o Período simples e b. Que palavra causou essa confusão? a) Ela entendeu que ele queria São Paulo, Abril, ed. 388, p. 32, maio 2018.
período composto provar a fantasia, mas ele queria
parágrafo e sublinhar os verbos, lo- Retome a fala de Lili no segundo quadrinho. provar as frutas. a. Esse trecho traz duas características dos camelos. Que palavra liga as duas orações que revelam es-
Chamamos de período
cuções verbais ou formas nominais simples aquele que apre- • Quantas orações há nesse período? Elas são dependentes ou in- sas características? a) A palavra e liga as duas orações.
(infinitivo, particípio e gerúndio) de senta um só verbo ou uma dependentes sintaticamente? b) O verbo provar. b. Que sentido essa palavra estabelece entre as orações? b) Sentido de adição.
cada período; b) diga-lhes que devem só locução verbal. Já o pe-
ríodo composto apresenta Um período composto de orações sintaticamente inde- Você observou que, unindo as orações, encontramos uma conjunção coordenativa: e. Ligadas
assinalar os conectivos com um círcu-
lo ou qualquer outro tipo de destaque. mais de um verbo ou locu- pendentes é chamado período composto por coordenação. por essa conjunção, as duas orações revelam uma relação de sentido de adição, acréscimo.
ção verbal. Dizemos que as orações que o compõem são coordenadas.
Na falta de conectivo, eles devem ficar
As orações coordenadas sindéticas que expressam uma ideia de acréscimo ou adição
atentos ao sinal de pontuação empre- Há duas orações, independentes sintaticamente.
Veja: são chamadas aditivas.
gado; c) sugira o acréscimo de uma
barra (/) para separar as orações. Esse Conjunção e locução Ela foi feita sob medida, mas se você quer mesmo... As conjunções coordenativas aditivas mais comuns são: e e nem. Algumas locuções
conjuntiva conjuntivas aditivas são: bem como, não só... mas também.
procedimento facilita a separação das
Conjunção é a palavra in- oração coordenada 1 oração coordenada 2
orações e auxilia na classificação do variável que liga orações ou
tipo de coordenação que ocorre entre dois termos que exercem Observe que essas duas orações se encontram unidas pela ▪ Oração coordenada sindética adversativa
elas. Para esse procedimento, você função semelhante den- conjunção mas. • Releia esta rubrica do trecho do Auto da Compadecida:
pode usar o trecho textual contendo tro de uma mesma oração. Agora, considere este texto, que traz uma curiosidade sobre
curiosidades sobre os camelos ou se- Locuções conjuntivas são
o camelo: [...] No mesmo instante, Chicó tenta fugir, mas João agarra-o pelo pescoço.
expressões formadas por
lecionar outros trechos de acordo com duas ou mais palavras com Os camelos possuem diversos recursos para sobreviver SUASSUNA, Ariano. Auto da Compadecida. 35. ed. Rio de Janeiro: Agir, 2005. p. 30.
a necessidade da turma. valor de conjunção: visto em ambientes desérticos. Conseguem beber até 100 L de
que, à medida que, uma a. Chicó é impedido de fugir por João. Que palavra liga as orações que revelam esse fato?
água de uma vez, protegem-se do calor com uma densa pe- b. Que ideia essa palavra atribui às orações? a) A palavra mas liga as duas orações.
vez que, desde que, para b) Ela atribui às orações a ideia de oposição.
que, a fim de que, depois lagem e têm gordura nas corcovas que pode ser consumida.
que... MASSAO, Lucas. Sem medo de espinhos: como o camelo consegue comer cactos.
O conteúdo da segunda oração se opõe à ação de Chicó ao tentar fugir. Essa oposição vem
Superinteressante, São Paulo, Abril, ed. 388, p. 32, maio 2018. indicada pela conjunção mas.
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Orientação X Resposta
Explique aos estudantes que, na leitura a) Permita que os estudantes discutam,
da manchete, a segunda ocorrência de sempre orientando que a argumenta-
“escolher trabalhar”, depois do “não”, a. Que ideia é introduzida pela fala da personagem no último quadrinho? Em Faça as atividades ção esteja pautada no respeito aos Di-
As orações coordenadas sindéticas que expressam uma ideia de oposição ou pequenos grupos, converse com os colegas sobre o posicionamento da per- no caderno. reitos Humanos e à diversidade. Espe-
está elíptica, ou seja, não está escrita
mas entende-se o que está sendo su- contraste são chamadas adversativas. sonagem a respeito dessa ideia. a) Resposta pessoal. ra-se que eles percebam a crítica em
gerido. As conjunções coordenativas adversativas mais usadas são: mas, porém, todavia, b. Que palavra relaciona as falas da personagem? b) A palavra então. relação a situações em que o humor é
contudo, entretanto. Algumas locuções conjuntivas adversativas são: no entanto, construído reforçando preconceitos.
O terceiro quadrinho expressa uma conclusão ou consequência da fala anterior. Essa con-
Sobre oração coordenada apesar disso, ainda assim.
clusão é indicada pela conjunção então.
sindética alternativa Sobre oração coordenada
As coordenadas alternativas são Oração coordenada sindética alternativa Faça as atividades
sindética explicativa
As orações coordenadas sindéticas que expressam uma ideia de conclusão ou conse- É comum os estudantes interrogarem
tipicamente introduzidas pela conjun- Leia esta manchete publicada no jornal Diário de Pernambuco.
no caderno.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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a. Essa manchete abordou a flexibilização do horário de trabalho de servidores públicos em dias de disso, a conjunção conclusiva pois só
coordenada pode representar o valor
jogos do Brasil durante a Copa de 2018. Segundo a manchete, o que aconteceu nos dias dos jogos do • Leia a tirinha. pode ser empregada posposta a um
de alternância (Ora chove, ora faz sol),
Brasil em relação ao horário de trabalho? a) Os servidores puderam escolher trabalhar ou não nesses dias. verbo/locução verbal, destacada, entre
© ANDRÉ DAHMER
mas também pode ter valor de exclu-
são (Ou você estuda ou você brinca). b. Que ideia a palavra ou constrói nessa manchete? vírgulas, no meio da oração coordena-
A manchete anterior traz uma ideia de escolha, alternância: ou o servidor escolheria trabalhar, da (Está frio; vista, pois, [= portanto]
X Respostas um agasalho); as explicativas revelam
ou escolheria não trabalhar. As duas orações são coordenadas e estão ligadas pela conjunção
a) Talvez os estudantes ainda não iden- um motivo do pensamento contido na
ou, revelando uma relação de alternância ou escolha.
tifiquem ou como uma conjunção; no oração que a precede. Além disso, vêm
entanto, é importante introduzir essa As orações coordenadas sindéticas que expressam uma ideia de alternância de fatos, antepostas ao verbo e precedidas de
informação neste momento, ao expli- uma vírgula (Não posso usar meu skate,
opção, escolha, são chamadas alternativas.
car-lhes a composição dessa manchete. pois a roda saiu).
A conjunção ou é a mais comum para revelar esse tipo de relação de sentido, embora
b) Ela estabelece a relação de adicionar,
unir as duas orações. os pares quer... quer, já... já, ora... ora, e mesmo ou... ou possam marcar a mesma relação. X Respostas
DAHMER, André. Malvados. Folha de S.Paulo, São Paulo, 2 maio 2018. Ilustrada, p. C4. a) A personagem estabelece uma
Sobre oração coordenada relação entre a ideia do tamanho da
▪ Oração coordenada sindética conclusiva a. Qual é a preocupação da personagem da tirinha?
esperança e da perda dela quando é
sindética conclusiva b. Que ideia a segunda fala da tirinha revela em relação à primeira fala, no quadrinho anterior?
Leia a tirinha a seguir e responda às questões. pequena.
Talvez os estudantes ainda não iden- •
c. Que palavra relaciona a primeira e a segunda falas da personagem? c) A palavra porque,
tifiquem a palavra então como uma b) A segunda fala revela uma explica-
© ALEXANDRE BECK
uma conjunção.
conjunção; no entanto, é importante ção – a personagem explica por que
A segunda fala da personagem explica o motivo pelo qual ela considera a esperança pequena
introduzir essa informação neste mo- acha que o pior tipo de esperança é
a de pior tipo, o que expressou na primeira fala. Essa explicação vem indicada pela conjunção a pequena – porque é mais fácil de
mento, ao explicar-lhes a relação entre
porque. perder.
as duas falas, estabelecida, no caso, por
uma conjunção. c) Aqui provavelmente os estudantes
As orações coordenadas sindéticas que expressam ideia de explicação em relação ao já identifiquem a palavra porque co-
que foi afirmado em oração anterior são chamadas explicativas. mo uma conjunção. Enfatize essa per-
As conjunções coordenativas explicativas mais comuns são: porque, que, pois (quando cepção.
precede o verbo).
BECK, Alexandre. Armandinho nove. Florianópolis: A. C. Beck, 2016. p. 51.
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Sugestão
Se julgar conveniente, proponha aos estudantes a montagem de um mural coletivo:
1. Organize a turma em trios e peça a cada grupo que escolha um dos tipos já estudados de orações coor-
denadas sindéticas: alternativas, conclusivas ou explicativas.
2. Solicite a cada grupo que localize, em livros, jornais ou revistas, o tipo de oração que escolheu.
3. Organize a produção do mural coletivo com os estudantes, reunindo as orações de cada tipo seleciona-
das pelos grupos e separando-as em três colunas.
4. Leiam e conversem sobre as orações selecionadas, identificando as conjunções, avaliando as relações
de sentido e a composição de cada uma.
5. Ao final da discussão, faça com a turma uma síntese sobre o que foi aprendido a respeito desses três ti-
pos de orações coordenadas, refletindo sobre o uso que fazem delas no cotidiano.
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Orientação
Essas atividades encerram a discussão
sobre a coordenação sindética e
assindética. Certifique-se de que os Atividades
Faça as atividades
estudantes compreenderam como ana- no caderno.
lisar esse tipo de construção sintática. 1. Identifique os verbos e as locuções verbais nestes trechos do Auto da Compadecida e registre, no cader-
no, se as orações são sindéticas ou assindéticas.
X Respostas
1. a) Verbos: diga e deixe; oração coor- a. Não diga uma palavra, deixe tudo por minha conta.
denada assindética. SUASSUNA, Ariano. Auto da Compadecida. 35. ed. Rio de Janeiro: Agir, 2005. p. 28.
b) Verbos: benze e chama; oração
coordenada sindética. b. Benze tudo e chama a gente de cachorro.
c) Verbos: tenta fugir (locução verbal) SUASSUNA, Ariano. Auto da Compadecida. 35. ed. Rio de Janeiro: Agir, 2005. p. 29.
e agarra; oração coordenada sindética.
2. Espera-se que os estudantes indi- c. No mesmo instante, Chicó tenta fugir, mas João agarra-o pelo pescoço.
quem que o primeiro trecho indica SUASSUNA, Ariano. Auto da Compadecida. 35. ed. Rio de Janeiro: Agir, 2005. p. 30.
que João Grilo vai resolver, em “deixe
tudo por minha conta”. Na segunda, 2. Analise os contextos em que esses trechos estão inseridos e, em seguida, explique o significado de
que o padre estaria louco, o que seria cada um.
demonstrado por benzer tudo e con- 3. As conjunções coordenativas desempenham um papel importante ao estabeler relações de sentido
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fundir pessoas com animais. No tercei- entre as orações. Identifique que conjunção seria mais adequada para cada conjunto de orações:
ro, que João segura o amigo, impedin-
*
a. Isso foi era com seu patrão.
do que ele fuja.
*
b. Vossa Senhoria me desculpe, eu penso que não. e mas porque
3. a) Isso foi porque era com seu patrão.
b) Vossa Senhoria me desculpe, mas eu
*
c. Começou pelo rabo espalhou-se pelo resto do corpo.
4. Leia as orações a seguir e responda qual é a relação de sentido estabelecida entre elas.
penso que não.
c) Começou pelo rabo e espalhou-se a. É mesmo, é bondade minha, porque você não passa de um amarelo safado!
pelo resto do corpo. SUASSUNA, Ariano. Auto da Compadecida. 35. ed. Rio de Janeiro: Agir, 2005. p. 63.
b. Permita então que eu lhe dê meus parabéns, João, porque você acaba de se meter
numa danada.
SUASSUNA, Ariano. Auto da Compadecida. 35. ed. Rio de Janeiro: Agir, 2005. p. 28.
4. Nos dois casos, relação de explicação.
5. Leia a tirinha de Dustin.
KELLEY, Steve; PARKER, Jeff. Dustin. O Globo, Rio de Janeiro, 14 mar. 2017. Segundo Caderno, p. 4.
a. No último quadrinho, ele diz a razão pela qual está vivendo um conflito. Que tipo de relação se esta-
belece entre as orações da fala do último quadrinho?
b. Você já viveu esses momentos de conflito, de não poder fazer o que quer e não querer fazer o que
pode? Escreva um texto contando um pouco sobre isso. Ao final, analise se fez uso de conjunções e,
em caso positivo, de que tipo. 5. a) Relação de alternância: ou ele é muito jovem para fazer algo ou velho o
suficiente para saber que algo não dará certo.
5. b) Resposta pessoal.
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