Impugnação A Execução

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HAROLDO LACERDA

ADVOGADO
OAB/RJ 197.026
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ ELEITORAL DA 091ª ZONA ELEITORAL


DA COMARCA DE BARRA MANSA – RJ.

*Processo n.º 0600659-43.2020.6.19.0091

GISELLI MARIA SIMÕES TOGNASCA ESTEVES, brasileira, casada,


do lar, portadora da carteira de identidade de n° 06.482.620-9, expedida pelo
DETRAN/RJ, inscrita no CPF do MF sob o n.º 083.782.617-94, email
giselliiesteves@gmail.com, Whatsapp (24) 98189-5876, residente e domiciliada na Rua
das Figueiras, lote 70, P05, 0, Celulama Ter, Cabo Frio, RJ, CEP 28908-720, por seu
advogado abaixo assinado (procuração anexa), vem, respeitosamente, à presença de
Vossa Excelência, com fundamento no artigo 525 do CPC e demais dispositivos legais
aplicáveis, apresentar:

IMPUGNAÇÃO À EXECUÇÃO

Pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:

DOS FATOS

A Impugnante, GISELLI MARIA SIMÕES TOGNASCA ESTEVES, foi


casada com JULIO CESAR FIALHO ESTEVES, que, à época, candidatou-se ao cargo de
vereador. Em razão de irregularidades na prestação de contas de sua campanha eleitoral,
foi determinada a devolução de valores contra Julio.

Entretanto, por razões alheias à sua vontade e sem que tivesse


qualquer participação nos fatos que levaram à execução, Gisele foi injustamente
envolvida no processo. A Justiça Eleitoral direcionou a execução contra ela, resultando na
penhora de um veículo que fora indevidamente registrado em seu nome, bem como o
bloqueio de R$101,31, em sua conta no PICPAY, esse já devidamente desbloqueado .

Importante destacar que Gisele não possui Carteira Nacional de


Habilitação (CNH) e jamais dirigiu o referido veículo. Além disso, o automóvel foi adquirido
e registrado em seu nome de maneira indevida, sem seu consentimento, em razão de
atos fraudulentos cometidos por seu ex-marido, Julio, que usou o nome da impugnante

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Tel.: (24) 3026-6616 / cel.: (24) 99848-6277
email: haroldolacerda47@gmail.com
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sem sua ciência ou autorização, uma vez que, por diversas vezes ela foi coagida a
assinar documentos pelo seu ex marido

DO MÉRITO

Da Inexistência de Responsabilidade da Impugnante*

Gisele não foi candidata nas eleições em questão, nem teve qualquer
envolvimento na campanha eleitoral de Julio. A responsabilidade pela prestação de
contas e as consequências de sua não observância são exclusivamente do ex-cônjuge,
conforme dispõe. Assim, não há qualquer fundamento para que ela seja responsabilizada
pela execução da divida eleitoral imposta ao seu ex-cônjuge.

Do Uso Indevido do Nome da Impugnante*

O veículo penhorado foi registrado em nome de Gisele, mas a


impugnante não foi a real adquirente ou usuária do bem. Tal veículo foi adquirido e
registrado em seu nome sem sua anuência, uma prática indevida realizada pelo seu ex-
marido. Gisele, além de não possuir CNH, não tem qualquer ligação com a compra ou uso
desse veículo e ainda, não faz a menor ideia de aonde ou com quem ele possa estar, o
que demonstra claramente que seu nome foi utilizado de maneira fraudulenta.

Da Ausência de Relação Patrimonial Válida*

A penhora de um bem registrado em nome de Gisele, porém não


adquirido ou usado por ela, caracteriza uma penhora irregular e deve ser imediatamente
anulada. A impugnante não detém a posse ou o usufruto do bem, e sua propriedade
formal foi fruto de manobra ilícita por parte de seu ex-marido, Júlio.

Do Patrimônio da Impugnante*

Impende destacar que, o ex-casal, mantiveram o matrimônio por 40


anos e sempre o Júlio escondeu o seu patrimônio do casal, hoje, após 40 anos de união,
contando com 58 anos de idade, a impugnante se encontra com ZERO PATRIMÔNIO,
dependendo exclusivamente da ajuda de sua filha para sobreviver, (segue processo de
divórcio na íntegra em anexo)

DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer:

a) Que seja acolhida a presente impugnação, com a consequente


exclusão de GISELLI MARIA SIMÕES TOGNASCA ESTEVES da
presente execução, por não ser responsável pelas obrigações
eleitorais de JULIO CESAR FIALHO ESTEVES;

b) Que seja determinada a imediata desconstituição da penhora


sobre o veículo registrado em nome da impugnante, visto que não é
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de sua propriedade, nem foi por ela adquirido, sendo o uso do seu
nome indevido e sem consentimento;

c) Que seja determinado o reconhecimento da nulidade dos atos de


execução praticados contra a impugnante, por ausência de
fundamento legal para inclusão de seu nome no processo;

Termos em que,
Confia no deferimento.

Volta Redonda, 23 de outubro de 2024.

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HAROLDO GOMES LACERDA
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