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COLÉGIO GIORDANO

Crianças PCD: Um Estudo sobre inclusão social, Influência, Saúde, Evolução Histórica e
Legislativa.

ANA LUÍSA WILKE


EVELYN DIETRICH
LETÍCIA CAVALCANTI
MARIA EDUARDA ROMERO

São Paulo
2024
ANA LUÍSA WILKE, EVELYN DIETRICH, LETÍCIA CAVALCANTI, MARIA EDUARDA
ROMERO

CRIANÇAS PCD: Um Estudo sobre inclusão social, Influência, Saúde, Evolução Histórica e Legislativa.

Projeto de monografia para a


conclusão do curso final do 3º
Médio no Colégio Giordano.

Orientador: Prof. Márcia Rocha

São Paulo
2024
ANA LUÍSA WILKE, EVELYN DIETRICH, LETÍCIA CAVALCANTI, MARIA
EDUARDA ROMERO

CRIANÇAS PCD: Um Estudo sobre inclusão social, Influência, Saúde, Evolução Histórica e Legislativa.

Projeto de monografia para a


conclusão do curso final de
3ºmédio no Colégio Giordano.

Orientador: Prof. Márcia Rocha

BANCA EXAMINADORA

Professor(a):

Professor(a):

Professor(a):

São Paulo
2024
Agradecimentos

Gostaríamos de expressar sincera gratidão à nossa respeitada orientadora, Professora


Márcia Rocha, por nos orientar com sabedoria ao longo deste ano em nossa jornada
educacional. Valorizamos imensamente o apoio generoso oferecido aos alunos e sua orientação
pedagógica exemplar. Também queremos agradecer às nossas famílias por nos proporcionarem
a oportunidade de um ambiente escolar rico em experiência e suporte, incentivando-nos a
perseverar em nossos estudos com determinação e assim atingir o sucesso.
Epígrafe

“O verdadeiro sucesso na vida não está apenas nas conquistas, mas na coragem e a determinação
em que enfrentamos e superamos os desafios.”

- Valquíria Menegaldo - Psicopedagoga


Resumo

Ser uma criança com deficiência (PCD) aborda diversos aspectos, como as necessidades
específicas, que incluem acesso à educação inclusiva, serviços de saúde adequados e suporte
emocional. A influência da sociedade sobre as crianças PCD pode variar, desde a criação de
barreiras físicas e sociais até a promoção da inclusão e da acessibilidade. A sociedade
desempenha um papel crucial ao oferecer apoio e oportunidades iguais para todas as crianças,
independentemente de suas habilidades, garantindo assim um ambiente onde todas as crianças
possam alcançar seu potencial máximo.
Abstract

Being a child with a disability (PWD) addresses several aspects, such as specific needs,
which include access to inclusive education, adequate health services and emotional support.
Society's influence on PWD children can vary, from creating physical and social barriers to
promoting inclusion and accessibility. Society plays a crucial role in providing equal support
and opportunities for all children, regardless of their abilities, thus ensuring an environment
where all children can reach their full potential.
Sumário

Introdução ...................................................................................................................................... 11

1. O que é a Deficiência ................................................................................................................. 12

1.2. Deficiência física ................................................................................................................ 13

1.3. Deficiência Auditiva ........................................................................................................... 13

1.4. Deficiência Visual ............................................................................................................... 14

1.5. Deficiência Intelectual ...................................................................................................... 15

2. Desenvolvimento da fala e da comunicação ............................................................................ 16

2.2. Intervenção Precoce .......................................................................................................... 18

2.3. Tecnologias Assistivas ...................................................................................................... 19

2.4. Educação Inclusiva ........................................................................................................... 19

2.5. Terapia............................................................................................................................... 20

3. Participação de tomada de decisões e vida adulta ................................................................... 21

4. Suporte emocional ................................................................................................................... 21

4.2. Grupos de Apoio ............................................................................................................... 22

4.3. Intervenção Psicológica .................................................................................................... 22

4.4. Programas de Intervenção Precoce ................................................................................... 23

5. Evolução Histórica da concepção da deficiência modelar de deficiência ............................... 24

6. Acesso à saúde pública ............................................................................................................ 25

7. Direito das Crianças ................................................................................................................. 25

7.2. Educação Inclusiva ........................................................................................................... 26

7.3. Escolas de Educação Especial .......................................................................................... 26

7.4. Escolas Particulares .......................................................................................................... 26

8. História da educação de pessoas com deficiência ................................................................... 27


9. Reconhecimento das pessoas com deficiência: Aspectos legislativos ..................................... 29
10. Impacto da tecnologia nas crianças com deficiência ............................................................. 32

11. Desenvolvimento da autoestima e identidade: ....................................................................... 34

12. Relatos sobre Monique: Estudo de Caso ............................................................................... 39

Referências Bibliográficas ........................................................................................................... 48


Introdução

Essa pesquisa pretende orientar as pessoas sobre as crianças PCD de forma social,
legislativa e histórica. Esse projeto tem como objetivo melhorar e promover uma maior
qualidade de vida e visibilidade para as pessoas que sofrem de alguma deficiência.

Além disso, os objetivos específicos desse trabalho pretendem contextualizar


historicamente, explicar as diferentes deficiências e suas divergências na inclusão social,
abordar um Estudo de Caso para maior aprofundamento, análise de livros sobre o tema, trazer a
legislação em destaque e promover uma maior inclusão social com a exposição do tema com
ênfase na superação e no rompimento de estigmas sociais e rótulos limitantes.

A sigla PCD significa pessoas com deficiência, ela é usada para se referir a quaisquer
pessoas que possua alguma deficiência, podendo ser uma deficiência mental, física, sensorial
ou intelectual. Essa sigla foi criada em 2006, por uma ação da ONU (organizações das Nações
Unidas) para que as pessoas com deficiência possam possuir seus direitos na população. Em
2016 foi criada a lei nº 13.146 no Brasil, conhecida como Estatuto da Pessoa com deficiência,
foi muito relevante a aprovação dessa lei para conseguir garantir os direitos e a inclusão das
pessoas com deficiência na sociedade.

A lei procura estabelecer a igualdade e a acessibilidade, podendo haver punições para crimes
ou qualquer infração cometida contra os direitos dos deficientes.
Imagem 1: Crianças PCD

Fonte: https://plenarinho.leg.br/index.php/2020/11/dicas-de-convivencia-com-pessoas-com-deficiencia/.

10
A criação dessa lei foi feita na intenção de que as PCD possam ter as mesmas
oportunidades em diversos aspectos da vida, visto que essas pessoas podem enfrentar barreiras
que limitam a sua plena participação na sociedade (SECRETARIA GERAL, 2015).
A legislação brasileira define a deficiência como:

Um impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial,


o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena
e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas” (Lei n.º
13146/2015 – Estatuto da Pessoa com Deficiência)

Imagem 2: Inclusão Social

Fonte: https://blog.portaleducacao.com.br/desenvolvimento-e-aprendizagem-de-criancas-com-deficiencia-fisica/

11
1. O que é a Deficiência

Segundo a Secretaria de Estado dos direitos das Pessoas com deficiência, a


deficiência se trata de uma limitação ou anormalidade que pode limitar as funções
físicas ou intelectuais de um ser humano. A deficiência está ligada a um grau alto de
disfunções das funções psicológicas ou anatômica.

A termologia para deficiência na medicina, refere a uma ausência ou alguma


insuficiência de um órgão ou membro do corpo humano. Em alguns casos pode haver a
perda visual e a perda sensorial.

A sigla PcD é uma abreviação para o termo “pessoa com deficiência”. Essa sigla foi
estabelecida em 2006 pela Convenção sobre os Direitos de Pessoas com Deficiência das
Nações Unidas (ONU). A Convenção determina que as pessoas com deficiência são
aquelas que já nascem com a deficiência ou adquire com o tempo.
Imagem 3: Criança com síndrome de Down

Fonte: https://leiturinha.com.br/blog/sindrome-de-down/.

Desde 2015 o Brasil possui um Estatuto da Pessoa com Deficiência, promover a


igualdade e determinar penalidade para qualquer tipo de infração do estatuto. Uma
pessoa só se encaixa no termo quando tem uma limitação que pode impedir a sua
participação na sociedade, e quando tem uma deficiência visual, auditiva ou intelectual
ou sensorial.

12
Hoje em dia possuem quatro tipos de deficiências, sendo elas física, auditiva, visual
e intelectual, também existe a deficiência múltipla, é quando a pessoa tem duas ou mais
deficiência.

1.1. Deficiência física

Trata-se de uma limitação que dificulta a mobilidade por conta de uma alteração total ou
parcial, pode ser desde o nascimento ou adquirida com o tempo. A dificuldade pode ser: a
ausência de alguns membros, membros com deformidade, paralisia cerebral, nanismo,
paraplegia, tetraplegia e entre outros (OMS, 2024).
Imagem 4: Criança portadora de deficiência física

Fonte: https://institutopensi.org.br/dia-do-deficiente-fisico/

1.2. Deficiência Auditiva

De acordo com a FIOCRUZ, essa deficiência é considerada como uma


discrepância entre o desempenho do indivíduo e a habilidade normal para a detecção
sonora de acordo com padrões estabelecidos pela American Nacional Standards Institute
(ANSI - 1989). Caracteriza-se pela redução parcial ou total da capacidade auditiva,
podendo afetar um ou ambos ouvidos. As causas dessa perda auditiva podem incluir
infecções, acúmulo de cera e exposição a ruídos elevados (FIOCRUZ, 2024).

13
Imagem 5: Criança com aparelho auditivo

Fonte: https://diariopcd.com.br/2022/12/11/mais-de-10-milhoes-de-brasileiros-apresentam-algum-tipode-
deficiencia-auditiva/

1.3. Deficiência Visual

A deficiência visual pode ser parcial ou total, sendo ela de um olho ou dos dois
olhos. As deficiências visuais mais comuns são as cegueiras, baixa visão e a visão
molecular, podendo acontecer por infecções, traumas, glaucomas e catarata (OMS,
2015).

14
Imagem 6: Criança portadora de deficiência visual e alfabetização

Fonte: https://ensino.digital/blog/deficiente-visual

1.4. Deficiência Intelectual

A deficiência intelectual é quando uma pessoa não tem um comprimento ou


possui uma perda do seu desenvolvimento intelectual, ela é dividida em três graus
diferentes, sendo eles, médio, moderado, severo ou profundo. Essa deficiência, pode
trazer alguns prejuízos para as pessoas, afetando o desenvolvimento social,
comunicação, controle das emoções e entre outras habilidades para a convivência social
(APAE LIMEIRA, 2024).
Alguns tipo de deficiência intelectual é o transtorno do espectro autista(TEA),
mais conhecido como autismo, Síndrome de Angelman, que é uma alteração nos nervos,
Síndrome de Down, uma alteração genética nos cromossomos 21, Síndrome de Prader-
Willi, uma doença rara causada pela obesidade, Síndrome de Tourette, que se trata de
um distúrbio nervoso onde as pessoas tem vários tiques, Síndrome de Williams, que é
uma doença que tem uma alteração facial e a Síndrome do X frágil, na qual há uma
anomalia genética podendo ser de uma maneira leve ou grave (ERICKSSON, 2017).

15
O Brasil possui alguns direitos para pessoas deficientes viverem com igualdade na
sociedade, sendo a isenção de IPVA, impostos, isenção de declaração do imposto de
renda, tarifa zero em transporte público, assento preferencial em transporte público, meia
entrada em qualquer evento, como: cinema, shows e entre outros eventos, vagas de
estacionamento exclusivas e entre outros direitos (TERRA, 2023).
Não existe só os direitos, como também existem leis específicas que promovem a
inclusão, tais como: a reserva de vagas em concursos públicos, reserva de vagas de
emprego em empresas privadas, política de cotas para ingresso em universidades 12 11
Comentado [MO7]: Coloquei referenciado e ajustei os erros de português.
Comentado [MO8]: Ajustei a concordância e coloquei referência. públicas e
particulares, desconto na conta de energia, condições especiais para a aposentadoria
(SECRETARIA GERAL, 2015).

Imagem 7: Criança com deficiência intelectual

Fonte: https://blog.sabin.com.br/saude/o-que-e-deficiencia-intelectual-e-multipla/

16
2. Desenvolvimento da fala e da comunicação

Pessoas com deficiência intelectual frequentemente apresentam


atraso na aquisição e desenvolvimento da linguagem, com variações em suas
dificuldades dependendo do processo de estimulação e do grau de
comprometimento biológico e social. Uma característica notável na
linguagem das crianças com deficiência intelectual é a discrepância entre sua
capacidade de compreensão e de expressão (DUARTE; VELLOSO, 2017).

“A dificuldade é geralmente maior na produção de linguagem, ou seja, na


expressão” (ANDRADE; LIMONGI, 2007). Essas dificuldades são mais evidentes
na Educação Infantil, um período em que a fala está em pleno desenvolvimento e
onde a estimulação precoce se torna fundamental para o aprendizado e
desenvolvimento.

Um dos métodos utilizados para reduzir as dificuldades funcionais das


pessoas com problemas na fala é a Comunicação Alternativa (CA), descrita por
Bersch (2017) como uma das categorias de Tecnologia Assistiva. A CA é vista
como um recurso vital para a autonomia e autoconfiança dos estudantes com
dificuldades na fala, permitindo que expressem desejos, sentimentos e
compartilhem ideias, o que melhora significativamente seu processo de interação e
aprendizagem, dado que o desenvolvimento da linguagem é crucial para o
desenvolvimento intelectual e cognitivo.

A interação social e a troca comunicativa entre as crianças e seus


interlocutores são consideradas pré-requisitos essenciais para o
desenvolvimento linguístico; “rituais comunicativos pré-verbais preparam e
precedem a construção da linguagem pela criança”. Portanto, as
características da fala de adultos ou crianças mais velhas são estudadas e tidas
como fundamentais para o desenvolvimento da linguagem nas crianças. Há
uma evolução linguística na criança quando ela interage com outros. Nesse
contexto, vários teóricos tentam entender o desenvolvimento da linguagem e
sua relação com o pensamento (VYGOTSKY, 2001; LURIA, 1987;
TOMASELLO, 2003).

17
Tomasello (2003) argumenta que por volta dos nove meses de idade ocorre uma
revolução na vida da criança. Pela primeira vez, os bebês começam a olhar de maneira
flexível e confiável para onde os adultos estão olhando e participam de ações de atenção
conjunta com os adultos. Suas interações evoluem de diádicas (interação criança-adulto)
para triádicas (criança-objeto-adulto).

A criança evolui de uma fase em que a linguagem é puramente emocional para


uma linguagem objetiva (com intenção comunicativa). Vigotski (2001) afirma: “A
linguagem não é apenas um meio expressivo-emocional, mas também um meio de
contato psicológico com os semelhantes”. Este é um momento crucial na vida das
crianças, conforme discutido por Vigotski (2001), onde o desenvolvimento do
pensamento e da linguagem se entrelaçam.

Imagem 8: Fala e Comunicação com PCD

Fonte:https://institutoitard.com.br/dicas-de-como-se-comunicar-com-criancas-com-
necessidadesespeciais/

Segundo Allan e Souza (2009), uma vez que a criança entende o papel que ela, o
adulto e o referencial externo desempenham no contexto, ela é capaz de trocar esses
papéis, ou seja, a criança pode dirigir um símbolo linguístico ao adulto da mesma forma
que o adulto o dirigiu a ela para manipular sua atenção. Para Tomasello (2003), o
18
resultado desse processo de imitação com inversão de papéis é um símbolo linguístico:
um mecanismo comunicativo entendido intersubjetivamente por ambos os lados da
interação.

2.1. Intervenção Precoce

A identificação e a intervenção precoces são fundamentais para maximizar as


oportunidades de desenvolvimento comunicativo. Programas de intervenção precoce
focam em habilidades auditivas, visuais e motoras, além de envolverem os pais e
cuidadores no processo (Costa, 2017).

2.2. Tecnologias Assistivas

O uso de tecnologias assistivas, como dispositivos de comunicação aumentativa


e alternativa (CAA), tablets com aplicativos específicos e computadores adaptados,
pode facilitar a comunicação em crianças com deficiências severas. Essas tecnologias
proporcionam meios alternativos de expressão e interação (Lima, 2019).

Imagem 9: Criança PCD e tecnologia.

Fonte:https://mwpt.com.br/conheca-9-tecnologias-assistivas-que-pessoas-com-deficiencia-
motora-utilizam-para-navegar-na-web/

19
2.3. Educação Inclusiva

A educação inclusiva é uma abordagem que busca integrar crianças PCD em


ambientes educacionais regulares, oferecendo suporte adequado para suas necessidades.
Professores treinados em estratégias de ensino inclusivo podem criar um ambiente de
aprendizagem mais acessível e estimulante para todos os alunos (Ferreira, 2020).

2.4. Terapia Fonoaudiológica

A terapia fonoaudiológica é essencial para abordar problemas específicos de fala


e linguagem. Fonoaudiólogos trabalham com crianças PCD para desenvolver
habilidades articulatórias, melhorar a compreensão e expressão verbal e utilizar métodos
de comunicação alternativa quando necessário (Pereira, 2018).
Um estudo realizado por Lima (2019) mostrou que o uso de tecnologias
assistivas aumentou a capacidade de comunicação em 85% das crianças avaliadas. Além
disso, Costa (2017) relatou que crianças que participaram de programas de intervenção
precoce demonstraram melhorias substanciais em suas habilidades de linguagem e
comunicação em comparação com aquelas que não receberam tais intervenções.

Um estudo de caso realizado por Oliveira (2020) acompanhou uma criança com
deficiência visual que, através de descrições verbais detalhadas e o uso de objetos
tangíveis, conseguiu desenvolver habilidades comunicativas equivalentes às de crianças
sem deficiência. Outro estudo de caso, reportado por Mendes (2021), mostrou que uma
criança com paralisia cerebral conseguiu melhorar sua articulação de fala após um ano
de terapia fonoaudiológica intensiva e o uso de dispositivos de comunicação
aumentativa.

20
Imagem 10: Apoio no desenvolvimento da fala.

Fonte: https://apaecuritiba.org.br/fonoaudiologia-para-criancas/

3. Participação de tomada de decisões e vida adulta

A participação ativa dos pais é essencial na vida das pessoas com deficiência,
principalmente no desenvolvimento de sua autonomia e na tomada de decisões. No
artigo "O papel da família na construção da autonomia da pessoa com deficiência
intelectual" (Cruz, Mori e Cesari), os autores discutem como o envolvimento familiar é
um elemento chave para o fortalecimento da independência de pessoas com deficiência
intelectual.
Eles argumentam que, ao longo do desenvolvimento, os familiares,
especialmente os pais, devem equilibrar a proteção e o incentivo à autonomia,
permitindo que seus filhos façam escolhas e experimentem as consequências dessas
decisões.
O texto da APAE Curitiba também reforça a importância do papel da família
como principal apoio no desenvolvimento da pessoa com deficiência. Ele destaca que os
pais precisam respeitar o ritmo e as capacidades individuais de seus filhos, promovendo
uma participação ativa na vida social e em atividades cotidianas que ajudam a construir
um senso de competência e autoconfiança. Isso é fundamental para que as pessoas com
deficiência se sintam capazes e seguras em suas escolhas, o que contribui para uma vida
mais independente.

21
Portanto, é importante ressaltar que a tomada de decisões, com o suporte
familiar, deve ser encorajada desde cedo para que as pessoas com deficiência intelectual
desenvolvam habilidades importantes para lidar com situações diárias e para o exercício
da autonomia.
Essa participação não só fortalece o vínculo familiar, mas também gera
oportunidades de aprendizado e amadurecimento, elementos essenciais para que elas
possam expressar seus desejos e tomar decisões de forma mais independente.

4. Suporte emocional

O nascimento de uma criança com deficiência é uma experiência inesperada que


pode trazer à tona diversas questões, como o impacto frente ao diagnóstico e a
necessidade de adaptação e aceitação para que seja possível o desenvolvimento da
criança. Inicialmente, pode ocorrer um impacto frente ao recebimento do diagnóstico,
que faz emergir diversificados sentimentos e reações.
Diante disso, a família pode passar por uma fase de negação, o que demanda
adaptação para finalmente poder chegar à aceitação, possibilitando o desenvolvimento
do filho diante das reais limitações e potencialidades, A fase da negação pode se
prolongar por dias, meses ou até mesmo anos.
Diversas estratégias têm sido desenvolvidas para oferecer esse suporte de
maneira eficaz. Pesquisas apontam que a descoberta da deficiência de um filho pode
desencadear uma série de reações emocionais nos pais, como choque, negação, tristeza,
raiva e, eventualmente, aceitação.
Os grupos de apoio, por exemplo, têm se mostrado uma estratégia extremamente
benéfica. Esses grupos fornecem um espaço seguro para que pais compartilhem
experiências e recebam apoio emocional de outras famílias em situações semelhantes.
Além disso, intervenções psicológicas, como a terapia cognitivo-comportamental
(TCC), ajudam os pais a desenvolverem estratégias de enfrentamento e resiliência,
promovendo um ambiente mais positivo para o desenvolvimento das crianças.
Programas de intervenção precoce também desempenham um papel
fundamental. O "Early Start Denver Model", por exemplo, é um programa internacional
que combina estratégias de ensino comportamental e desenvolvimento social,
apresentando resultados positivos tanto para as crianças com autismo quanto para suas

22
famílias. No Brasil, iniciativas como o Projeto TEAcolhe e a Associação de Pais e
Amigos dos Excepcionais
(APAE) têm mostrado eficácia significativa em fornecer suporte contínuo e
especializado.

4.1. Grupos de Apoio

A participação em grupos de apoio para pais de crianças com deficiência tem se


mostrado extremamente benéfica. Esses grupos oferecem um espaço seguro para
compartilhar experiências, obter informações e receber apoio emocional de outras
famílias que estão passando por situações semelhantes.

4.2. Intervenção Psicológica

Terapias individuais e familiares podem ajudar os pais a lidarem com as


emoções decorrentes da descoberta da deficiência. A terapia cognitivo-comportamental
(TCC) é uma abordagem eficaz para ajudar pais e crianças a desenvolverem estratégias
de enfrentamento e resiliência.

4.3. Programas de Intervenção Precoce

Esses programas não só ajudam no desenvolvimento das habilidades da criança,


mas também fornecem suporte emocional e educacional para os pais. Um exemplo é o
programa “Early Start Denver Model”, que tem mostrado resultados positivos no
desenvolvimento de crianças com autismo e no bem-estar de suas famílias.

Imagem 11: Segundo os dados do Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e


Estatística (IBGE), considerando a população total do país, estimada em 45.606.048 brasileiros, 23,9%
têm algum tipo de deficiência.

23
Fonte: IBGE, Censo Demográfico de 2010.

Imagem 12: Estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que cerca de
7,53 das crianças brasileiras de 0 a 14 anos possuem algum tipo de deficiência, destacando a relevância de
abordar essa questão com seriedade.

Fonte: SILVA*, Diego Rodrigues; LERNER, Rogerio; KUPFER, Maria Cristina Machado.
Psicologia em Desenvolvimento: depressão em pais de crianças com deficiência física: uma revisão da
literatura de 2013 a 2018. Depressão em Pais de Crianças com Deficiência Física: uma Revisão da
Literatura de 2013 a 2018. 2020. Disponível em: https://repositorio.usp.br/directbitstream/b0d002ee-a1df-

4121-9bf2b6a864cdf646/3004794%20LEr_45.pdf. Acesso em: 10 jun. 2024.

24
5. Evolução Histórica da concepção da deficiência modelar de deficiência

A concepção da deficiência passou por uma transformação significativa ao longo


da história, partindo de um modelo que enxergava a deficiência como um "problema
individual" para um entendimento moderno de inclusão social e cidadania.
Na Antiguidade e Idade Média, pessoas com deficiência frequentemente
enfrentavam estigmas e exclusão, sendo vistas como um fardo para a sociedade, sem
direitos próprios.
No Brasil, o cenário começou a mudar no século XIX, com a criação do
Hospício Dom Pedro II e do Instituto dos Meninos Cegos, que ainda assim atendiam
apenas a um número limitado e específico de pessoas com deficiência visual e auditiva.
Com o avanço do século XX, principalmente após as grandes guerras, aumentou
a conscientização sobre a importância de reintegrar veteranos e outras pessoas com
deficiência na sociedade.
A primeira metade do século XX, no Brasil, ocorreu algumas ações tímidas do
Estado, enquanto a sociedade civil, com iniciativas como as APAEs, começou a oferecer
suporte na educação e reabilitação de pessoas com deficiência.
A Constituição de 1988 marcou um ponto de virada importante ao garantir
direitos fundamentais a pessoas com deficiência, como o direito ao trabalho e à
acessibilidade, alinhando-se a princípios de dignidade e igualdade.
Posteriormente, em 2007, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com
Deficiência da ONU trouxe um entendimento que reconhece a deficiência como uma
interação entre impedimentos individuais e barreiras sociais.
A legislação brasileira incorporou essa visão com a Lei Brasileira de Inclusão de
2015, que promove um tratamento inclusivo, assegurando a participação plena e
igualitária dessas pessoas na sociedade.
6. Acesso à saúde pública

Segundo as definições estabelecidas pela lei Brasileira de Inclusão (LBI) nº


13.146, de julho de 2015, A deficiência é como o impedimento de interações, que são
condições das funções e estruturas do corpo.
O acesso a saúde de pessoas com deficiência trouxe muitos avanços de
acessibilidade para pessoas com deficiência. A saúde da pessoa com deficiência no SUS
fornece tratamento integral desde vacinas e consultas até ações mais especializadas em

25
reabilitação e atendimento hospitalar, junto com o fornecimento de órteses, próteses e
meios auxiliares de locomoção, quando for preciso. pessoas com deficiência tenha
atenção integral ao SUS e quando necessitam de orientações ou cuidados de saúde,
incluindo serviços básicos de saúde.
7. Direito das Crianças

Lei n° 7.853, 24/10/1989 - Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de


deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para
Integração da Pessoa Portadora de Deficiência - Corde, institui a tutela
jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a
atuação do Ministério Público, define crimes, e dá outras providências.

A inclusão de pessoas com deficiências na sociedade requer acessibilidade,


benefícios e assistências. Aceitação social e garantia do que ela ocorra.
As Crianças ao serem diagnosticadas com qualquer tipo de deficiência, tanto
intelectual quanto física e auditiva, recorrem aos seus direitos semelhantes aos demais.
Portanto o cuidado especial requer prioridade, principalmente na área educacional,
sendo um dever do estado previsto em lei.
Art. 2° Ao poder público e seus órgãos cabe assegurar as pessoas
portadoras de deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos inclusive
dos direitos à educação à saúde, ao trabalho, lazer, à previdência social, ao
amparo a infância e à maternidade, e de outros que, decorrentes da
constituição e das leis, propiciem se bem-estar pessoal, social e econômico.

As crianças que possuem necessidades especiais, terá seus direitos de participar


de atividades tanto na educação regular quanto em escolas de educação especial, a
escolha da educação destinada a criança será responsabilidade dos pais ou responsáveis
legais da criança especial.
Já a educação, assegurando-os a aprendizagem daquele que irá a utilizar,
garantindo a interação e aceitação social, sendo seu primeiro passo a própria sociedade
reconhecer seus direitos como cidadão.

26
7.1. Educação Inclusiva

A educação inclusiva visa o processo de necessidade especiais nas escolas,


sendo em qualquer grau de escolaridade, portanto as pessoas com deficiências terão
aulas de educação formal juntamente com as pessoas que possuem deficiências.
Acolhendo e juntando a comunidade escolar. Visando oferecer educação para todos,
respeitando a diversidade e eliminando as descriminações propostas ao público jovem.

7.2. Escolas de Educação Especial

Possuem um direcionamento específico para o determinado público com


deficiência. Contendo Auxílio especial com profissionais, e matérias, direcionados ao
desenvolvimento do aluno. Não ocorrem educação idêntica ao aprendizado de crianças
sem deficiência, contendo diversas propostas pedagógicas para ajuda na área
educacional.

Se houver recusa de matrícula de alunos com deficiências em escolas regulares:


Art. 80 - Constitui crime punível com reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos de
multa:
I - Recusar, suspender, procrastinar, cancelar ou fazer cessar sem justa causa,
a inscrição do aluno em estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau,
público ou privado, por motivos derivados da deficiência que porta.

A recusa de um aluno com deficiência resulta em condenação. Sendo os estados


assegurando direito de qualquer criança que frequenta o ensino, entrando em contato
com a secretaria da educação, havendo possibilidade de processo judicial.
Os responsáveis ou pais dos alunos devem entrar em contato com conselho
tutelar da cidade onde mora para relatar o fato, apresentando a devida denúncia.
7.3. Escolas Particulares

Escolas particulares podem colocar condições e necessidades nas matrículas de


aluno com necessidades educacionais, sendo assim a exigência de integração da criança
durante sua educação infantil, contendo familiarização, com o ambiente, e prática social

27
para ajudar o grupo que está constituindo a classe especial, necessitando que seja
inclusa com outras crianças visando seu envolvimento entre elas.
8. História da educação de pessoas com deficiência

A história da educação de pessoas com deficiência no Brasil está organizada em


três períodos principais:
De 1854 a 1956 - Esse período é caracterizado por iniciativas de caráter privado,
com a criação dos primeiros estabelecimentos de apoio às pessoas com deficiências
mentais, físicas e sensoriais, seguindo o exemplo do Instituto dos Meninos Cegos,
fundado no Rio de Janeiro em 1854.
Durante esses anos, a educação especial desenvolveu-se fundamentada em
padrões de assistencialismo e segmentação das deficiências, o que contribuiu para que
crianças e jovens com deficiência fossem educados em ambientes marginalizados e
isolados da sociedade. Em 1972, o Ministério da Educação (MEC) instituiu o Grupo
Tarefa de Educação Especial, propondo a criação do Centro Nacional de Educação
Especial (CENESP), que mais tarde se tornaria a Secretaria de Educação Especial
(SEESP).
De 1957 a 1993 - Este período é marcado por ações oficiais de âmbito nacional e
pela participação ativa de pessoas com deficiência em movimentos sociais,
especialmente nas décadas de 1980 e 1990, reivindicando direitos e inclusão social.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei Nº 4.024/61, garantiu o direito
à educação para "alunos excepcionais" por meio do artigo 88, que orientava a integração
desses alunos ao sistema de ensino, dentro das possibilidades. No entanto, o modelo que
predominou foi o clínico, com um enfoque médico e preventivo, em vez de educacional.
Em 1986, a Portaria CENESP/MEC nº 69 alterou a terminologia de "alunos
excepcionais" para “alunos portadores de necessidades educacionais especiais”.
De 1993 até os dias atuais - Este período é caracterizado pelos movimentos em
favor da inclusão escolar. A Constituição de 1988, em seu Artigo 208, determina que o
Estado deve garantir atendimento educacional especializado para pessoas com
deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96, no Capítulo V, artigo


58, define a educação especial como uma "modalidade de educação escolar, oferecida

28
preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com necessidades
especiais".
Em 2001, o Conselho Nacional de Educação discutiu as Diretrizes Curriculares
da Educação Especial, visando a inclusão escolar de todos os alunos,
independentemente de classe, raça, gênero, ou outras características individuais.
Esse processo desafia a escola a se reinventar, rompendo com o tradicional para
implementar mudanças inclusivas. A dedicação educacional e a abordagem afetiva são
essenciais para eliminar práticas injustas e excludentes, promovendo uma verdadeira
administração da inclusão no ambiente escolar.

Imagem 13: Área educacional do Espírito Santo

Fonte: https://blog.amigopanda.com.br/importancia-da-inclusao-escolar/

29
Imagem 14: Ambiente escolar

Fonte: https://blog.amigopanda.com.br/importancia-da-inclusao-escolar/

9. Reconhecimento das pessoas com deficiência: Aspectos legislativos

Estatuto da pessoa com deficiência


O artigo 4º do referido estatuto é bem claro e prevê expressamente o direito à
igualdade de oportunidades e à proibição de qualquer tipo de discriminação.
O estatuto regula os aspectos de inclusão do deficiente como um todo,
descrevendo seus direitos fundamentais, bem como prevê crimes e infrações
administrativas cometidas contra os deficientes ou seus direitos.
LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015. Estatuto da Pessoa com Deficiência
DA IGUALDADE E DA NÃO DISCRIMINAÇÃO
Art. 4º Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com
as demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação.

1º Considera-se discriminação em razão da deficiência toda forma de


distinção, restrição ou exclusão, por ação ou omissão, que tenha o propósito

30
ou o efeito de prejudicar, impedir ou anular o reconhecimento ou o exercício
dos direitos e das liberdades fundamentais de pessoa com deficiência,
incluindo a recusa de adaptações razoáveis e de fornecimento de tecnologias
assistivas.

2º A pessoa com deficiência não está obrigada à fruição de benefícios


decorrentes de ação afirmativa.
Art. 5º A pessoa com deficiência será protegida de toda forma de
negligência, discriminação, exploração, violência, tortura, crueldade, opressão e
tratamento desumano ou degradante.
Para os fins da proteção mencionada no caput deste artigo, são considerados
especialmente vulneráveis a criança, o adolescente, a mulher e o idoso, com deficiência.
Art. 6º A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive para:
I - Casar-se e constituir união estável;
II - Exercer direitos sexuais e reprodutivos;
III - Exercer o direito de decidir sobre o número de filhos e de ter acesso a informações
adequadas sobre reprodução e planejamento familiar;
IV - Conservar sua fertilidade, sendo vedada a esterilização compulsória;
V - Exercer o direito à família e à convivência familiar e comunitária; e
VI - Exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção, como adotante ou
adotando, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas.

Art. 7º É dever de todos comunicar à autoridade competente


qualquer forma de ameaça ou de violação aos direitos da pessoa com
deficiência.
Se, no exercício de suas funções, os juízes e os tribunais tiverem
conhecimento de fatos que caracterizem as violações previstas nesta Lei,
devem remeter peças ao Ministério Público para as providências cabíveis.
Art. 8º É dever do Estado, da sociedade e da família assegurar à pessoa com
deficiência, com prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à
saúde, à sexualidade, à paternidade e à maternidade, à alimentação, à
habitação, à educação, à profissionalização, ao trabalho, à previdência social,
à habilitação e à reabilitação, ao transporte, à acessibilidade, à cultura, ao
desporto, ao turismo, ao lazer, à informação, à comunicação, aos avanços
científicos e tecnológicos, à dignidade, ao respeito, à liberdade, à convivência
familiar e comunitária, entre outros decorrentes da Constituição Federal, da

31
Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo
Facultativo e das leis e de outras normas que garantam seu bem-estar pessoal,
social e econômico.

Imagem 15: Criança PCD

Fonte:https://diariopcd.com.br/2022/11/28/lei-garante-os-direitos-de-alunos-com-deficiencia-em-
ambiente-escolar/

Imagem 16: Reconhecimento PCD

Fonte:https://diariopcd.com.br/2022/11/28/lei-garante-os-direitos-de-alunos-com-deficiencia-em-
ambiente-escolar/

32
10. Impacto da tecnologia nas crianças com deficiência

A tecnologia tem desempenhado um papel cada vez mais significativo na vida


das crianças com deficiência (PCD), oferecendo uma variedade de benefícios e desafios
que moldam suas experiências de desenvolvimento. Uma das principais maneiras pelas
quais a tecnologia influencia a vida dessas crianças é através da promoção da inclusão
social e do acesso a oportunidades educacionais.
Em termos de educação, a tecnologia tem revolucionado a forma como as
crianças com deficiência aprendem e se envolvem com o conteúdo curricular. Com o
uso de dispositivos adaptados, softwares especializados e aplicativos voltados para suas
necessidades específicas, essas crianças podem superar muitas das barreiras tradicionais
encontradas em ambientes educacionais convencionais. A tecnologia permite a
personalização do aprendizado, adaptando materiais e métodos de ensino para atender
às necessidades individuais de cada criança, promovendo assim um desenvolvimento
acadêmico mais eficaz.
Além disso, a tecnologia desempenha um papel fundamental no
desenvolvimento das habilidades de comunicação e interação social das crianças com
deficiência. Dispositivos de comunicação aumentativa e alternativa (CAA), por
exemplo, capacitam essas crianças a se expressarem e se comunicarem de maneira
eficaz, melhorando sua capacidade de interagir com os outros e participar ativamente de
atividades sociais.
No entanto, apesar dos benefícios evidentes, a tecnologia também apresenta
desafios significativos para as crianças com deficiência. Questões relacionadas à
acessibilidade e disponibilidade de dispositivos adaptados podem limitar o acesso
dessas crianças às ferramentas tecnológicas necessárias para seu desenvolvimento. Além
disso, a dependência excessiva da tecnologia pode potencialmente prejudicar o
desenvolvimento de habilidades sociais e físicas essenciais.
Em conclusão, o impacto da tecnologia na vida das crianças com deficiência é
complexo e multifacetado. Embora ofereça oportunidades sem precedentes para
inclusão e desenvolvimento, é essencial abordar os desafios associados ao acesso e à
acessibilidade para garantir que todas as crianças, independentemente de suas
habilidades, possam se beneficiar plenamente das oportunidades proporcionadas pela
tecnologia.

33
Existem alguns recursos e aplicativos que podem ajudar crianças com deficiência
a usar o celular, como:
Leitores de tela
Os sistemas operacionais Android e iOS já vêm com leitores de tela instalados, como o
Talk Back e o VoiceOver, respectivamente.
TelepatiX
Este aplicativo permite que pessoas com limitações na fala escrevam e vocalizem frases
curtas.
Eye-D
Este aplicativo gratuito converte textos em falas, ajudando pessoas com deficiência
visual a identificar os arredores ao sair na rua.

Ubook
Este aplicativo oferece mais de 1000 audiolivros em diversos gêneros literários.
CPqD Alcance
Este aplicativo oferece narração automática da tela e auxilia em diversas funções do
smartphone, como fazer ligações, acessar contatos e SMS.
Google BrailleBack
Este aplicativo permite que pessoas com deficiência visual entendam os elementos da
tela do Android através de uma mistura de braille e falas.
Livox
Facilita a comunicação de pessoas com paralisia cerebral, autismo, deficiência
intelectual ou física.
No entanto, o uso inadequado ou a falta de fiscalização no uso dessas tecnologias também
pode criar barreiras, destacando a importância de garantir que as ferramentas sejam acessíveis e
inclusivas.

11. Desenvolvimento da autoestima e identidade:

O desenvolvimento da autoestima em crianças com deficiência (PCD) é um


processo crucial que pode influenciar significativamente seu bem-estar emocional,
social e acadêmico. Para promover uma autoestima saudável nessas crianças, é essencial

34
adotar abordagens que considerem suas necessidades específicas e valorizem suas
capacidades únicas.
Autoestima é o julgamento ou avaliação que fazemos de
nós mesmos, ou seja,a ideia que temos sobre nosso valor e as
nossas competências , sendo também um processo afetivo e
decisivo para o desenvolvimento psicológico e intelectual.(
Barbosa, 2009)

Promover a autoestima em crianças com deficiência requer um esforço contínuo


e coordenado entre pais, educadores, profissionais de saúde e a comunidade. Ao criar
um ambiente inclusivo, focar nas capacidades, oferecer suporte emocional e social,
educar sobre as deficiências, envolver a família, personalizar intervenções, modelar
comportamentos positivos e promover atividades recreativas, podemos ajudar essas
crianças a desenvolver uma autoestima saudável e a alcançar seu pleno potencial.

Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), algumas sugestões são:

Ambiente Inclusivo e Acolhedor


Um ambiente inclusivo e acolhedor envolve mais do que apenas acessibilidade
física; é uma questão de cultura e atitude. As escolas devem adotar práticas que
encorajem a empatia, respeito e aceitação das diferenças. Além disso, a arquitetura e a
tecnologia assistiva são componentes fundamentais para garantir que todos tenham as
mesmas oportunidades de participação.

Inclusão Escolar: Assegurar que as crianças com deficiência estejam inseridas em


ambientes escolares inclusivos, onde possam participar ativamente e se sentir parte do
grupo.

Acessibilidade: Garantir que todos os ambientes, incluindo escolas e locais de lazer,


sejam fisicamente acessíveis para as crianças com deficiência.

35
Foco nas capacidades

Focar nas capacidades das crianças em vez de suas limitações é uma abordagem
baseada nas forças. Isso pode ser implementado por meio de:
• Elogios específicos: Reconhecer as habilidades e conquistas de cada criança de
maneira concreta. Isso ajuda a aumentar a autoconfiança.

• Oportunidades de sucesso: Criar atividades adaptadas às capacidades das


crianças permite que elas experimentem o sucesso e a superação. Isso inclui a
criação de tarefas e projetos que valorizem o potencial de cada aluno.

Suporte Emocional e Social

A criação de redes de apoio é vital para o bem-estar emocional das crianças com
deficiência. As interações sociais positivas ajudam a construir autoestima e habilidades
de convivência. Além disso, grupos de apoio entre pares promovem o compartilhamento
de experiências e a criação de vínculos emocionais profundos

Interações Positivas: Incentivar interações positivas entre crianças com e sem


deficiência, promovendo a amizade e a cooperação.

Grupos de Apoio: Criar grupos de apoio onde as crianças possam compartilhar suas
experiências e receber suporte de pares e adultos.

Educação e Sensibilização

Educar todas as crianças sobre deficiências é um passo importante para eliminar


preconceitos. A sensibilização ajuda a promover uma cultura de inclusão e empatia. A
formação contínua de educadores é essencial para garantir que eles estejam equipados
para lidar com as necessidades das crianças de maneira sensível e eficaz.

Educação sobre Deficiências: Educar todas as crianças sobre as diferentes deficiências


para promover a compreensão e a empatia.

36
Sensibilização dos Pais e Educadores: Prover formação para pais e educadores sobre
como apoiar efetivamente a autoestima das crianças com deficiência.

Envolvimento da família

A participação dos pais no processo educacional das crianças é crucial. Quando


os pais estão engajados, o desempenho e a autoestima dos filhos melhoram. Um
ambiente familiar acolhedor, onde as crianças se sentem seguras e amadas, serve como
base para a construção de uma autoestima saudável.

Participação Ativa dos Pais: Incentivar a participação ativa dos pais na vida escolar e
nas atividades diárias das crianças.

Fortalecimento dos Laços Familiares: Promover um ambiente familiar que seja


acolhedor e de suporte, onde a criança se sinta amada e valorizada.

Intervenções Personalizadas

Os Planos de Ensino Individualizados (PEI) garantem que as necessidades


específicas de cada criança sejam atendidas. Ao adaptar o currículo, é possível permitir
que todas as crianças alcancem seu pleno potencial. Além disso, o apoio psicológico é
fundamental para o desenvolvimento da autoestima e para ajudar as crianças a enfrentar
os desafios emocionais que podem surgir.

Planos de Ensino Individualizados: Desenvolver planos de ensino individualizados


que atendam às necessidades específicas de aprendizagem de cada criança.
Apoio Psicológico: Disponibilizar apoio psicológico e terapias que ajudem na
construção da autoestima e no manejo de desafios emocionais.

37
Modelagem de Comportamentos Positivos

Expor as crianças a exemplos positivos, como adultos com deficiência que


conquistaram sucesso, pode ser inspirador. Isso ajuda a desconstruir estigmas e mostrar
às crianças que elas também podem alcançar seus objetivos. Incentivar a autoexpressão
e a autonomia é igualmente importante para que as crianças desenvolvam sua identidade
e confiança.
Exemplos Positivos: Expor as crianças a modelos positivos, incluindo adultos com
deficiência, que tenham alcançado sucesso e felicidade.

Autoexpressão e Autonomia: Incentivar a autoexpressão e a autonomia, permitindo


que as crianças tomem decisões apropriadas à sua idade e capacidade.

Atividades recreativas e artísticas

Esportes e Atividades Físicas: Incentivar a participação em esportes adaptados e


atividades físicas que promovam o desenvolvimento de habilidades e a interação social.

Artes e Cultura: Encorajar a participação em atividades artísticas e culturais, que


podem ser uma excelente forma de expressão e desenvolvimento da autoestima.

Participar de esportes adaptados e atividades culturais não apenas promove o


desenvolvimento físico e social, mas também oferece um espaço para a expressão
pessoal. Atividades artísticas, em particular, são um excelente meio de desenvolver a
autoestima e explorar habilidades que podem não ser visíveis em ambientes acadêmicos
tradicionais.

38
Imagem 17: Crianças PCD no esporte

Fonte: https://www.ortoponto.com.br/m/blog/5ffcbd1837b7c15a771ad13e/esportes -para-pessoa-


comdeficiencia-conheca-essa-pratica

Imagem 18: Inclusão no esporte

Fonte: https://irdobem.com.br/blog/o-esporte-como-um-caminho-para-a-inclusao-de-deficientes-fisicos

39
12. Relatos sobre Monique: Estudo de Caso

Imagem 19: Livro “Relatos sobre Monique”.

Fonte: MENEGALDO, 2017.

A obra relata a história de superação da Munique, e foi escrita por sua mãe
Valquiria que ao se tornar mãe dela no dia 25 de maio de 1984, exatas às 17h30, ela
descobriu o porquê ela nasceu, era o amor de mãe que mudou sua vida e deu um motivo
a sua existência.

Os pais de Munique, descobriram que sua filha era especial quando ela tinha 5 anos,
pois após vários sinais desde seu nascimento sendo intensificado cada vez mais
profundamente e ficando mais visíveis com a falta de desenvolvimento na fala, no
caminhar, sendo atividades mentais e motoras e após uma longa busca de diagnósticos ,
o seu lado foi de disgenesia do corpo caloso concomitem-te á epilepsia, essa termologia
se refere a uma má formação no cérebro, desde a embriogênese, especificamente do
telencéfalo.

Os médicos não davam esperanças de melhoras, nem nada realmente concreto,


deixando aspectos em aberto e com isso sua mãe Valquiria decide largar seu emprego e
se dedicar integralmente a filha e a melhorar sua qualidade de vida, com isso ela
estudou e se tornou psicopedagoga.

Por mais exaustivo que essa jornada como uma mãe de uma menina “especial”,
o amor incondicional falou mais alto e foi o que salvou a Munique e a fez conseguir
desenvolver autonomia mesmo com suas dificuldades, uma citação dentro do próprio
livro “Relatos sobre Munique” que exemplifica essa questão de percepção da ignorância
diante do tema sendo mãe de PCD (pessoas com deficiências) e que foi preciso estudo
para conseguir proporcionar o apoio e conhecimento necessário para lidar com isso, é

40
“Conscientizar-se da própria ignorância é um grande passo para aprender” de Benjamin
Disraeli.

O livro conta desde a gestação , infância, primeiros sinais, vida escolar e dificuldades,
confirmação do laudo, fase atual na idade adulta, ainda trás depoimentos, falas da
própria Munique e diversas referências e explicações de termos médicos mais
complexos que foram utilizados por falar de uma temática da medicina a onde existem
jargões, é uma obra curta, mas bem completa, que informa o leitor, alerta, auxilia e
serve como uma fonte de inspiração e uma motivação para superar e sempre encontrar
sua melhor versão mesmo diante de dificuldades com o laudo de alguma deficiência
sendo física, mental ou múltipla.

Imagem 15: Livro usado como estudo de caso

Fonte: https://www.bienaldolivrosp.com.br/pt-br/expositores/perfil-do-
expositor.relatos%20sobre%20munique.org-3df93b46-8bea-4d80-bd61-aee8015f7a26.html#/

41
Artigo sobre Disgenesia do corpo caloso e más-formações associadas:

Análises de tomografia computadorizada e ressonância magnética. Todas as


seguintes imagens tratam da doença que Munique possui, em diferentes fases da vida,
feita por diversas pessoas no meio da radiologia brasileira e algumas foram reunidas
nesse documento, sendo de total autoria deles.

Referência: https://doi.org/10.1590/S0100-39842003000500011

Autoria: Dr. Cristiano Montandon – Publicação em 2003.

Trabalho realizado na Clínica da Imagem e no Departamento de Diagnóstico por


Imagem e Anatomia Patológica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de
Goiás (HCUFG), Goiânia, GO.

Imagens: 20 até 27.

42
43
44
45
46
Entrevista com Valquiria Mengaldo – Psicopedagogia.
Foi realizada na Bienal do livro de São Paulo no dia oito de setembro de 2024,
com autorização da escritora para sua entrevista com o objetivo de ser utilizada nessa
monografia e uso do seu livro “Relatos de Munique” para contribuição educacional no
ambiente escolar.

Imagem 28: Valquíria Menegaldo


Imagem 29: Nação Valquírias

Fonte: MENEGALDO, 2023 Fonte: MENEGALDO, 2022

Imagem 30: Bienal do livro (lugar da entrevista)

Fonte: WILKE, 2024

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Valquíria Menegaldo nos abordou com entusiasmo e simpatia e contou sobre a
história do livro, revelando que a arte da capa era sua filha, que ela sempre gostou de escrever,
porém por muito tempo deixou os dados, relatos apenas guardados, e após seu professor a
orientar a publicar, ela esperou a filha estar de acordo com tamanha exposição e estar
preparada para isso, porque esse livro seria útil para outros pais que encaram a mesma
jornada, além de informar e promover respeito, empatia e inclusão social em todos os
ambientes sociais, criando assim algo harmonioso.

Ela relatou que abandonou seu antigo emprego e posteriormente se graduou em


Pedagogia pela Unibe e em Estudos Sociais pela Farfi, além de ser pós graduada em
Pisicopedagogia Clínica pela Unorp, em Educação Especial e Inclusiva pela Uninter e em
Neuropisicopedagogia Clínica e Ludopedagogia, ambas na Falc, ainda assim realizou diversos
outros cursos , sendo assim ela se aprimorou cada vez mais, e assim além de ajudar sua filha,
hoje ela trabalha e auxilia apenas crianças PCD ( com deficiência), mesmo com um
diagnostico difícil a se tornarem sua melhor versão.

Ela auxiliou sua filha e foi atrás de fazer com que ela desenvolve- se personalidade,
autonomia, e que sua condição não a impedisse de ser quem quisesse, com isso Munique se
formou no ensino médio, anda, fala e se comunica bem, realizou faculdade de comunicações e
hoje tem um bom emprego em uma empresa de comunicações, conseguindo assim se superar.

O livro se tornou importante, antes a história foi contada em seus trabalhos de


conclusão de curso na universidade e atualmente é abordado com o intuito de promover uma
maior visibilidade em rodas de conversa na faculdade onde ela realiza palestras e aulas.

“Entendendo tudo o que a vida me proporcionou, pude crescer e aprender que cada dia é diferente do
outro, com a possibilidade de ter e dividir conhecimento”

- Munique Menegaldo Silva

48
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https://www.apaelimeira.org.br/sobre-a-deficiencia-intelectual/. Acesso em: 11 jun.
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<https://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/deficiencia-auditiva.htm>.
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Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/11-10-dia-do-deficiente-fisico/>. Acesso
em: 11 jun.
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OMS. 13/12 – Dia do Cego | Biblioteca Virtual em Saúde MS. Disponível em:

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SECRETARIA GERAL. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei


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49
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nem sempre a tecnologia é vilã. para crianças com deficiência, recursos tecnológicos
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