AULA PNAB - Fono 2024

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Política Nacional de Atenção Básica

PNAB

Professora: Juliana Lopes


Política Nacional de Atenção Básica

“Independentemente da(s) causa(s) definitiva(s), está claro que o


conceito de APS tornou-se cada vez mais expansivo e confuso desde
Alma-Ata [...]” (ORGANIZA-CAO PAN-AMERICANA DE SAUDE, 2005)

Ambos os termos envolvem uma ideia de


início ou fundamentação, mas "básico"
foca mais na simplicidade e
essencialidade, enquanto "primário" pode
estar mais ligado a uma ordem ou
importância estrutural.
Política Nacional de Atenção Básica

Conferência Internacional sobre


Cuidados Primários de Saúde: Alma-Ata

Realizada em 1978, contou com a participação de


representantes de 134 países. Evento significativo
para a história da saúde pública, reunindo uma ampla
gama de nações para discutir e estabelecer princípios
fundamentais para a promoção da saúde primária em
todo o mundo.
Política Nacional de Atenção Básica

Conferência Internacional sobre


Cuidados Primários de Saúde: Alma-Ata

O Contexto:

 Preocupações com a desigualdade no acesso


aos serviços de saúde;
 Prevalência de doenças infecciosas;
 Falta de atenção à promoção da saúde e
prevenção de doenças

Importância da prevenção e promoção da


saúde, além do tratamento curativo
Política Nacional de Atenção Básica

Conferência Internacional sobre


Cuidados Primários de Saúde: Alma-Ata

Deflagrando o Movimento:

 Crescente consciência das disparidades de saúde


entre as nações e dentro delas,;
 Esforços de organizações internacionais de saúde e
o ativismo de profissionais de saúde e defensores
dos direitos humanos.

Ação global para enfrentar os desafios de saúde -


convocação da Conferência de Alma Ata como um
fórum para discutir e estabelecer princípios
fundamentais para a saúde pública global.
Política Nacional de Atenção Básica

Conferência Internacional sobre


Cuidados Primários de Saúde: Declaração

•Saúde como estado de completo


bem-estar físico, mental e social
•Atenção Primária à Saúde como
base para alcançar a saúde para
todos
•Envolvimento da comunidade na
tomada de decisões sobre saúde
Política Nacional de Atenção Básica

Embasamentos legais:

Lei nº 8.080, de 19 de setembro 1990, que dispõe sobre as condições


para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o
funcionamento dos serviços correspondentes.

Portaria nº 687, de 30 de março de 2006, que aprova a Política de


Promoção da Saúde.

Decreto Presidencial nº 6.286, de 5 de dezembro de 2007, que


institui o Programa Saúde na Escola (PSE).

Portaria nº 204, de 29 de janeiro de 2007, que regulamenta o


financiamento e a transferência de recursos federais para as ações e
serviços de saúde.
Política Nacional de Atenção Básica

Atenção Básica

A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de


saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a
proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o
tratamento, a reabilitação, redução de danos e a manutenção da
saúde.

Objetivo
Desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde
e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de
saúde das coletividades.

Principal porta de entrada e centro de comunicação da Rede de


Atenção à Saúde
Política Nacional de Atenção Básica

Fundamentos e diretrizes:

1 - Território adstrito
2 - Acesso universal e contínuo a
serviços de saúde
3 – Adscrever os usuários
4 - Coordenar a integralidade
5 – Ampliar a autonomia dos
usuários
Política Nacional de Atenção Básica

PORTARIA Nº 2.436, DE 21 DE
SETEMBRO DE 2017

Aprova a Política Nacional de Atenção


Básica, estabelecendo a revisão de
diretrizes para a organização da
Atenção Básica, no âmbito do Sistema
Único de Saúde (SUS).
Política Nacional de Atenção Básica

Algumas portarias revogadas

Portaria nº 648/GM/MS, de 28 de março de 2006 - Aprova a


Política Nacional de Atenção Básica.

Portaria nº 154/GM/MS, de 24 de janeiro de 2008 - Cria os


Núcleos de Apoio à Saúde da Família – NASF

PORTARIA Nº 2.488, de 21 de outubro de 2011- Aprova a


Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de
diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, para a
Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes
Comunitários de Saúde (PACS).
Política Nacional de Atenção Básica

Atenção Básica

A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de


saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a
proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o
tratamento, a reabilitação, redução de danos e a manutenção da
saúde.

Objetivo
Desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde
e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de
saúde das coletividades.

Principal porta de entrada e centro de comunicação da Rede de


Atenção à Saúde
Política Nacional de Atenção Básica

Atenção Básica

Fundamentos e diretrizes:
1 - Território adstrito
2 - Acesso universal e contínuo a
serviços de saúde
3 – Adscrever os usuários
4 - Coordenar a integralidade
5 – Ampliar a autonomia dos usuários
Política Nacional de Atenção Básica

Atenção Básica = Atenção Primária


à Saúde

Saúde da Família - estratégia prioritária para expansão e


consolidação da atenção básica.

Funções:

• Ser base
• Ser resolutiva
• Coordenar o cuidado
• Ordenar as redes
Política Nacional de Atenção Básica

São responsabilidades comuns a todas as


esferas de governo:

Contribuir para a reorientação do modelo de atenção e de


gestão;

Apoiar e estimular a adoção da estratégia Saúde da Família


pelos serviços municipais de saúde como estratégia prioritária
de expansão, consolidação e qualificação da atenção básica à
saúde;

Garantir a infraestrutura necessária ao funcionamento das


Unidades Básicas de Saúde;

Contribuir com o financiamento tripartite da Atenção Básica;


Política Nacional de Atenção Básica

São responsabilidades comuns a todas as


esferas de governo:

Estabelecer, nos respectivos Planos de Saúde, prioridades,


estratégias e metas para a organização da Atenção Básica;

Desenvolver mecanismos técnicos e estratégias organizacionais de


qualificação da força de trabalho para gestão e atenção à saúde;

Desenvolver, disponibilizar e implantar os sistemas de informações


da Atenção Básica de acordo com suas responsabilidades;

Planejar, apoiar, monitorar e avaliar a Atenção Básica;

Estabelecer mecanismos de controle, regulação e acompanhamento


sistemático dos resultados alcançados pelas ações da Atenção Básica;
Política Nacional de Atenção Básica

São responsabilidades comuns a todas as


esferas de governo:

Divulgar as informações e os resultados alcançados pela atenção


básica;

Promover o intercâmbio de experiências e estimular o


desenvolvimento de estudos e pesquisas;

Viabilizar parcerias com organismos internacionais, com


organizações governamentais, não governamentais e do setor
privado, para fortalecimento da Atenção Básica e da estratégia de
saúde da família no País;

Estimular a participação popular e o controle social.


Política Nacional de Atenção Básica

Infraestrutura e Funcionamento

UBS construídas de acordo com as normas sanitárias e


cadastradas no CNES
Política Nacional de Atenção Básica

Dos estabelecimentos:

Os estabelecimentos de saúde que ofertem ações e serviços de Atenção Primária à


Saúde, no âmbito do SUS, serão denominados:

I - Unidade Básica de Saúde (UBS): estabelecimento que não possui equipe de


Saúde da Família;

II - Unidade de Saúde da Família (USF): estabelecimento com pelo menos 1 (uma)


equipe de Saúde da Família, que possui funcionamento com carga horária mínima de
40 horas semanais, no mínimo 5 (cinco) dias da semana e nos 12 meses do ano,
possibilitando acesso facilitado à população.

Parágrafo único. As USF e UBS são consideradas potenciais espaços de educação,


formação de recursos humanos, pesquisa, ensino em serviço, inovação e avaliação
tecnológica para a RAS.
Política Nacional de Atenção Básica

Das Diretrizes

Regionalização e Hierarquização- dos pontos de atenção da RAS, tendo a Atenção


Primária como ponto de comunicação entre esses
Territorialização e Adstrição
População Adscrita
Cuidado Centrado na Pessoa
Resolutividade
Longitudinalidade do cuidado
Coordenar o cuidado
Ordenar as redes: reconhecer as necessidades de saúde da população sob sua
responsabilidade
Participação da comunidade
Política Nacional de Atenção Básica

Tipos de Equipe

 Equipe de Saúde da Família (eSF)

 Equipe da Atenção Primária (eAP)

 Equipe de Saúde Bucal (eSB)

 Equipes Multiprofissionais na Atenção Primária à Saúde –


(eMulti)

 Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (EACS)

 Equipes de Consultório na Rua (eCR)

 Equipe de Saúde da Família Ribeirinhas (ESFR)


 Equipes de Saúde da Família Fluviais (ESFF)
Política Nacional de Atenção Básica

Equipes de Saúde da Família - eSF

Composição mínima:
 Médico generalista ou especialista em saúde da família ou médico de
família e comunidade
 Enfermeiro generalista ou especialista em saúde da família
 Auxiliar ou técnico de enfermagem
 Agentes comunitários de saúde – ACS O número de ACS por equipe
deverá ser definido de acordo com base populacional (critérios
demográficos, epidemiológicos e socioeconômicos)

Pode-se acrescentar a esta composição:


 Cirurgião dentista generalista ou especialista em saúde da família
 Auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal
 Agente de combate às endemias (ACE)
Política Nacional de Atenção Básica

Equipes da Atenção Primária


Composição mínima:
 Médico preferencialmente da especialidade medicina de família e
comunidade,
 Enfermeiro preferencialmente especialista em saúde da família

Modalidade I: a carga horária mínima individual dos profissionais deverá


ser de 20 (vinte) horas semanais, com população adscrita
correspondente a 50% (cinquenta por cento) da população adscrita para
uma eSF; ou
Modalidade II: a carga horária mínima individual dos profissionais
deverá ser de 30 (trinta) horas semanais, com população adscrita
correspondente a 75% (setenta e cinco por cento) da população adscrita
para uma eSF.
Política Nacional de Atenção Básica

Equipes de Saúde Bucal

Composição:

 Cirurgião dentista
 Auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal

Modalidades:

Modalidade I: Cirurgião-dentista e auxiliar em saúde bucal (ASB) ou


técnico em saúde bucal (TSB) e;
Modalidade II: Cirurgião-dentista, TSB e ASB, ou outro TSB.
Política Nacional de Atenção Básica

Equipes Multiprofissionais na Atenção


Primária à Saúde - eMulti.

I - para a eMulti Ampliada:


• ser vinculada a, no mínimo 10 (dez) e no máximo 12 (doze), equipes
• cumprir a carga horária mínima de 300 (trezentas) horas semanais por equipe; e
• não compor a carga horária de equipe com mais de 120 (cento e vinte) horas da mesma categoria
profissional ou especialidade.

II - para a eMulti Complementar:


• ser vinculada a no mínimo 5 (cinco) e no máximo 9 (nove) equipes;
• cumprir a carga horária mínima de 200 (duzentas) horas semanais por equipe; e
• não compor a carga horária de equipe com mais de 80 (oitenta) horas da mesma categoria
profissional ou especialidade.

III - para a eMulti Estratégica:


• ser vinculada a no mínimo 1 (uma) e no máximo 4 (quatro) equipes
• cumprir a carga horária mínima de 100 (cem) horas semanais por equipe; e
• não compor a carga horária de equipe com mais de 40 (quarenta) horas da mesma categoria
profissional ou especialidade.
Política Nacional de Atenção Básica

Equipes Multiprofissionais na Atenção


Primária à Saúde - eMulti

As eMulti deverão ser vinculadas a uma ou mais das seguintes


tipologias de equipes ou serviços:
I - equipe de Saúde da Família - eSF;
II - equipe de Saúde da Família Ribeirinha - eSFR;
III - equipe de Consultório na Rua - eCR;
IV - equipe de Atenção Primária - eAP; ou
V - equipe de Unidade Básica de Saúde Fluvial - UBSF.
§ 2º Nenhuma equipe poderá estar vinculada a mais de uma
eMulti simultaneamente.
PORTARIA GM/MS Nº 635, DE 22 DE MAIO DE 2023
Política Nacional de Atenção Básica

Estratégia de Agentes Comunitários de


Saúde (EACS)

É prevista a implantação da Estratégia de Agentes


Comunitários de Saúde nas UBS como uma possibilidade para a
reorganização inicial da Atenção Primária com vistas à
implantação gradual da Estratégia de Saúde da Família ou
como uma forma de agregar os agentes comunitários a outras
maneiras de organização da Atenção Básica
Política Nacional de Atenção Básica

Equipes de Consultório na Rua (eCR)

As eCR integram o componente atenção básica da Rede


de Atenção Psicossocial e desenvolvem ações de Atenção
Básica, devendo seguir os fundamentos e as diretrizes
definidos na Política Nacional de Atenção Básica

As eCR desempenharão suas atividades in loco, de forma itinerante,


desenvolvendo ações compartilhadas e integradas às Unidades
Básicas de Saúde (UBS) e, quando necessário, também com as
equipes dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), dos serviços de
Urgência e Emergência e de outros pontos de atenção, de acordo
com a necessidade do usuário.
Política Nacional de Atenção Básica

Equipes de Consultório na Rua (eCR)

São equipes da atenção básica, compostas por profissionais de


saúde com responsabilidade exclusiva de articular e prestar
atenção integral à saúde das pessoas em situação de rua.

Realizar suas ações em instalações específicas, na unidade móvel e


também nas instalações de Unidades Básicas de Saúde do
território onde está atuando.

Carga horária: 30 horas – diurno e/ou noturno


Política Nacional de Atenção Básica

Equipes de Consultório na Rua (eCR)

As eCR poderão ser compostas pelos seguintes profissionais


de saúde:
I - enfermeiro;
II - psicólogo;
III - assistente social;
IV - terapeuta ocupacional;
V - médico;
VI - agente social;
VII - técnico ou auxiliar de enfermagem;
VIII - técnico ou auxiliar em saúde bucal;
IX - cirurgião dentista;
X - profissional/professor de educação física;
Política Nacional de Atenção Básica

Equipes de Consultório na Rua (eCR)


Modalidades:
I - Modalidade I: equipe formada, minimamente, por 4 (quatro)
profissionais,

II - Modalidade II: equipe formada, minimamente, por 6 (seis)


profissionais

III - Modalidade: equipe da Modalidade II acrescida de um


profissional médico.

a) enfermeiro, psicólogo, assistente social, cirurgião dentista e terapeuta


ocupacional; (obrigatoriamente 2- Mod I; 3 – Mod II)
b) agente social, técnico ou auxiliar de enfermagem, técnico ou auxiliar em
saúde bucal e profissional/professor de educação física;
Política Nacional de Atenção Básica

Equipes de Consultório na Rua (eCR)


Política Nacional de Atenção Básica

EQUIPES DE ATENÇÃO Primária PARA


POPULAÇÕES ESPECÍFICAS

Equipes de saúde da família para o atendimento da População


Ribeirinha da Amazônia Legal e Pantanal Sul Matogrossense

I - Equipe de Saúde da Família Ribeirinhas (ESFR): equipes que


desempenham a maior parte de suas funções em unidades básicas de
saúde construídas/localizadas nas comunidades pertencentes à área
adscrita e cujo acesso se dá por meio fluvial.

II - Equipes de Saúde da Família Fluviais (ESFF): equipes que


desempenham suas funções em Unidades Básicas de Saúde Fluviais
(UBSF).
Política Nacional de Atenção Básica

Equipe de Saúde da Família Unidades Básicas de


Ribeirinhas Saúde Fluviais
Política Nacional de Atenção Básica

“A grandeza
não consiste
em receber
honras mas em
merecê-las “

-Aristóteles-

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